SlideShare uma empresa Scribd logo
Matrizes
Clássicas
Grécia
Poesia Épica
• Homero
Questão Homérica
• Alexandrinos – cada poema, um autor
• Wolf – século XVIII (debate em nível científico)
• Analíticos
• Unitários
Grécia Antiga
Ilíada : “ A cólera de Aquiles”
Característica da poesia Épica
• Caráter episódico dos cantos (início – meio – fim);
• “Estilo Formular” (Milman Parry): Uso de repetições,
epítetos, frases prontas, comparações. (Recurso
Mnemônico);
• Hexâmetros Dactílicos;
• Narração in medias res;
• Dialeto Homérico: Base Jônica;
• Narrador onisciente e onipresente;
• Narração em 3ª pessoa (sujeito X objeto);
• Personagens heroicas e divinas
Hexâmetros dactílicos
• Uso de 6 pés de sílabas com uma longa e duas
breves, com poucas variações:
• -uu -uu -uu -uu -uu - - (espondeu no final)
• ou
• -uu -uu -uu -uu -uu -u (troqueu no final)
Estrutura da Narrativa Épica
• Invocação : Demonstração ritual da relação do
profeta com a divindade;
• Proposição : Síntese do enredo que será contado;
• Narração : Ação de contar o poema, a história;
Personagens : Heróis
• Eram seres mortais, mas semelhantes aos deuses;
• Apresentam características superiores aos demais mortais;
• Características:
• 1) Areté: Elemento constituinte da classe guerreira.
Coragem/Beleza/Eloquência;
• 2) Timé: Reconhecimento público. Deviam ser honrados em vida.
• 3) Kléos: Glória, fama. A Kléos era o objetivo do herói. É falada
posteriormente para imortalizá-lo, superando-o da condição
humana. Melhor maneira de obter a Kléos é através do
combate singular.
Ex:Ilíada, Canto III – Páris X Menelau.
Personagem : Deuses
• Intervinham do campo de batalha ( Canto III – vv
379 – 381 )
• Aparições epifânicas ( Canto I – Afrodite com Páris
e Helena)
• Decisões eram tomadas em assembleias.
Forças dominantes :
• Áte : Força que é caracterizada como ‘ cegueira’, que leva
o herói ao erro. Conduz o ser humano ao erro pelo
desconhecimento, cometido por ignorância.
• Hýbris : Elemento que caracteriza o comportamento
desmedido. Ultrapassar , agir com violência.
• ( Agamemnon toma Briseides de Aquiles )
• Moîra : Não é personalizada. Age como uma força que
representa a condição humana, fazendo a diferença entre
homens e deuses.
Cantos I – III Ilíada
• Inicia-se com uma assembleia para saber o
motivo da peste que invade os Aqueus.
Agamémnone toma Briseides de Aquiles e esse
por sua vez sai da Guerra. Tétis pede um favor a
Zeus e este tentar cumprir . O rei dos Gregos
começa a enumerar a as naus e os chefes dos
Gregos e Troianos. Páris desafia Menelau a um
combate singular, propondo decidir o destino da
Guerra. O herói Grego ganha o duelo, mas o
Troiano é salvo pela deusa Afrodite.
Canto IV – VI
• Após Afrodite ‘trapacear’ e salvar Páris, ela pede a Zeus para
que a Guerra volte acontecer, está ganha o consentimento
de Zeus. Atenas salva a vida de Menelau depois de um
guerreiro Troiano lançar uma flecha contra ele. E assim inicia-
se uma batalha terrível. O canto V narra os feitos de
Diomedes (Areté de Diomedes), conta o que ele fez na
batalha, e nos mostra a ação dos deuses junto aos homens
na batalha; já no canto VI é a caracterização do maior herói
troiano – Heitor. O exército Troiano começa a sentir a força
dos heróis Gregos. Heitor pede para sua mãe invocar a
proteção de Atena. Ele exorta seu irmão Páris e vai encontrar
sua esposa – Andrômaca – momento especial, pois é o único
canto romanceado.
Cantos VII - VIII
• Começa um combate singular Heitor x Ajáz. Lutam
até a noite, mas ninguém sai morto. Mas a batalha
tinha que parar ao anoitecer. Há uma trégua e é
nessa pausa que enterram os mortos, ocorre o ritual
fúnebre. No Canto VIII, Zeus proíbe a ação dos
deuses na Guerra e vai ao Monte Ida assistir aos
combates. Os Troianos então começam a ganhar
dos Gregos. Mais uma vez, a noite interrompe os
combates.
Canto IX
• É a narrativa que mostra a mistura de
temporalidade;
• Como o exército Grego estava perdendo a
batalha, Agamémnone, no conselho, desesperado
pede o retorno à Grécia. Diomedes e Nestor o
acusam de covardia e de injustiça com o melhor
guerreiro da Grécia – Aquiles. Então ele resolve
devolver Briseides junto com uma recompensa. É
formada uma comissão, composta por Odisseu,
Fenice e Ajax para convencer Aquiles a voltar pra
guerra, mas este se mostra inflexível.
Cantos X - XII
• São contados os feitos de Dolão (Troiano que foi enviado
para espionar os Gregos). Ele é preso por Odisseu e Diomedes
, que o pressionam para contar os planos do exército inimigo.
O canto XI conta os feitos do rei Agamemnone , este por sua
vez mata muitos Troianos, mas é ferido e tem que deixar a
batalha. Os Troianos então retomam a vantagem e muitos
Gregos são feridos. A embaixada implora a volta de Aquiles,
mas ele age como uma pessoa irredutível, então pedem para
que ele empreste sua armadura a Pátroclo. Já no canto XII,
Heitor e seu exercito encurralam os Gregos para trás do muro.
Os Gregos e, principalmente, os dois Ajazes defendem o
acampamento. Depois de uma luta indecisa, os Troianos
fazem uma brecha na muralha, mas não conseguem passar.
Então Heitor quebra o portão e eles encurralam os Gregos em
seus navios.
Cantos : XIII - XV
• Enquanto Zeus se vira e olha para outras regiões , Posidon vai até
a Planície, onde os Gregos estão sendo atacados pelos Troianos,
e incita-os coragem para guerrear. Os gregos se fortalecem e
começam a se sobressair. Esse combate é muito sangrento,
guerreiros de ambos os exércitos morrem. No canto XIV Nestor
que curava um guerreiro troiano, sai para ver a gritaria e
encontra : Agmemnone, Diomedes e Odisseu feridos. O rei quer
fugir, mas Posidon o acalma. No campo dos deuses, Hera se
prepara para seduzir Zeus, e acaba adormecendo seu marido.
Posidon insufla força as Gregos, que ganham vantagem. Ajaz
fere Heitor. Assim os Aqueus conseguem afastar os troianos de
suas naus. Zeus acorda e percebe que foi enganado, ameaça e
conta os acontecimentos até o final da guerra. Ele manda uma
mensagem para Apolo para que ajude os Troianos. Pátroclo
implora ajuda a Aquiles, enquanto isso Heitor, curado por Apolo,
se prepara para incendiar o navio de Protesilau.
Cantos : XVI - XVIII
• São cantados os feitos de Pátroclo, este implora as armas de
Aquiles, que as concede mas apenas para proteger os navios.
Quando este aparece com o exercito de Mírmidones, os troianos
o confundem com Aquiles. Combate entre Sarpedone e
Pátroclo. Ele se esquece da promessa feita a Aquiles e os
persegue até as muralhas. Pátroclo mata muitos troianos, mas
acaba sendo desarmado por Apolo e morto por Heitor. O canto
XVII consiste em uma narrativa sobre os feitos de Menelau que
mata Euforbo, que tentava levar as armas de Pátroclo. Ele
chama Ajaz para defender o corpo de Pátroclo que Heitor queria
ultrajar. Eles conseguem pegar o corpo do morto e Menelau
pede que Antíloco avise Aquiles. O maior herói Grego se
desespera com a notícia do amigo. Sua mãe o consola,
prometendo-lhe uma nova armadura feita por Hefesto. Ele sai de
sua tenda e afasta os troianos apenas com seus gritos. Tétis vai a
casa de Hefesto e recebe a descrição das norvas armas de seu
filho.
XIX - XXI
• Tétis entrega a nova armadura a Aquiles e cuida do corpo de
Pátroclo. Aquiles convoca uma assembleia e pede para
retornar a Guerra. Agamémnone reconhece seus erros e
devolve Briseides. Atena lhe infude força. Xanto, seu cavalo,
prevê a morte em breve, logo após matar Heitor. No canto
XX, é convocado o conselho universal dos deuses. E Zeus diz
que os deuses estão livres para tomar partido de quem
quiserem. Aquiles mata muitos Troianos. No embate entre
Heitor e Aquiles, o troiano fica em perigo, sendo salvo por
Apolo. No XXI os Troianos fogem para dentro do rio Xanto.
Posidon e Atena encorajam Aquiles, que luta contra o rio.
Hera envia seu filho Hefesto para salvar Aquiles das ondas do
rio Xanto. Os deuses lutam uns contra os outros. Depois
retornam ao Olimpo.
XXII -XXIII
• Heitor fica fora dos muros de Troia , mesmo com o pedido de
seus pais. Mas quando Aquiles chega este fica com medo e
foge, e eles dão três voltas ao redor da cidade. Zeus pesa em
uma balança o destino dos heróis. Atena desce para ajudar
Aquiles. Inicia-se uma batalha entre Aquiles e Heitor, saindo
vencedor Aquiles. Então o Grego ultraja o cadáver de Heitor,
e o leva junto para junto dos navios. No XVIII, Aquiles e os
guerreiros fazem honra ao corpo de Pátroclo. Pela manhã é
acessa uma pira e Doze jovens troianos são sacrificados ao
amigo de Aquiles. As cinzas são colocadas numa urna de
ouro e um túmulo é construído para Pátroclo. Iniciam-se os
jogos em homenagem a Pátroclo.
Canto XXIV
• Aquiles ainda muito triste com a morte de seu amigo,
ultraja o corpo de Heitor todo dia, dando três voltas ao
redor do túmulo de Pátroclo. Os deuses que estavam
do lado de Troia se indignam com a falta de respeito de
Aquiles e pedem que Zeus o faça parar. Zeus envia
Tétis para acalmar Aquiles. Príamo, protegido pelo
deus, vai até o acampamento de Aquiles, e conversa
com o guerreiro para que este devolva o cadáver de
seu filho. Aquiles aceita e devolve o corpo de Heitor, e
ainda concede onze dias de trégua para que seja feito
o ritual fúnebre do Troiano. Neste ritual há uma grande
lamentação, é extremamente trágico. O autor termina
a Ilíada falando sobre Heitor, por isso alguns autores
dizem que a epopeia deveria ser chamada “ A tragédia
de Heitor”.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Francisco simões pp
Francisco simões ppFrancisco simões pp
Francisco simões ppfantas45
 
Texto4a P7
Texto4a P7Texto4a P7
Texto4a P7renatotf
 
Ilíada
IlíadaIlíada
IlíadaLaguat
 
Quem sabe mais sobre... ulisses
Quem sabe mais sobre... ulissesQuem sabe mais sobre... ulisses
Quem sabe mais sobre... ulissesFátima Rocha
 
Christian jacq pedra de luz 3 - paneb o ardente
Christian jacq   pedra de luz 3 - paneb o ardenteChristian jacq   pedra de luz 3 - paneb o ardente
Christian jacq pedra de luz 3 - paneb o ardente
Ariovaldo Cunha
 
Game Design Document Jokem Pdj
Game Design Document   Jokem PdjGame Design Document   Jokem Pdj
Game Design Document Jokem Pdjmaikonsm
 
Marco gustavo
Marco gustavoMarco gustavo
Marco gustavo
Carlos Vaz
 
Ulissesresumo 1207936367865133-8
Ulissesresumo 1207936367865133-8Ulissesresumo 1207936367865133-8
Ulissesresumo 1207936367865133-8Xanuxca
 
Os doze de inglaterra
Os doze de inglaterraOs doze de inglaterra
Os doze de inglaterraagnes2012
 
Adeus ao heroi
Adeus ao heroiAdeus ao heroi
Adeus ao heroi
Roberto Miranda
 
A princesa de babilônia (voltaire)
A princesa de babilônia (voltaire)A princesa de babilônia (voltaire)
A princesa de babilônia (voltaire)
Nodge Holanda
 
Vencedor do mar
Vencedor do marVencedor do mar
Vencedor do mar
Mariana Monteiro
 
TROYES, Chretien. Romances da távola redonda
TROYES, Chretien. Romances da távola redondaTROYES, Chretien. Romances da távola redonda
TROYES, Chretien. Romances da távola redonda
Nathana Costantin
 
Christian jacq juiz do egito - volume i - a pirâmide assassinada (252 pg)
Christian jacq   juiz do egito - volume i - a pirâmide assassinada (252 pg)Christian jacq   juiz do egito - volume i - a pirâmide assassinada (252 pg)
Christian jacq juiz do egito - volume i - a pirâmide assassinada (252 pg)
Ariovaldo Cunha
 
Lusiadas pontosessenciais
Lusiadas pontosessenciaisLusiadas pontosessenciais
Lusiadas pontosessenciais
MariaGuida
 

Mais procurados (19)

Francisco simões pp
Francisco simões ppFrancisco simões pp
Francisco simões pp
 
Texto4a P7
Texto4a P7Texto4a P7
Texto4a P7
 
Ilíada
IlíadaIlíada
Ilíada
 
Quem sabe mais sobre... ulisses
Quem sabe mais sobre... ulissesQuem sabe mais sobre... ulisses
Quem sabe mais sobre... ulisses
 
Christian jacq pedra de luz 3 - paneb o ardente
Christian jacq   pedra de luz 3 - paneb o ardenteChristian jacq   pedra de luz 3 - paneb o ardente
Christian jacq pedra de luz 3 - paneb o ardente
 
Game Design Document Jokem Pdj
Game Design Document   Jokem PdjGame Design Document   Jokem Pdj
Game Design Document Jokem Pdj
 
Marco gustavo
Marco gustavoMarco gustavo
Marco gustavo
 
Ft29 Ines De Castro
Ft29 Ines De CastroFt29 Ines De Castro
Ft29 Ines De Castro
 
Ruth rocha conta_a_odisseia
Ruth rocha conta_a_odisseiaRuth rocha conta_a_odisseia
Ruth rocha conta_a_odisseia
 
Ulissesresumo 1207936367865133-8
Ulissesresumo 1207936367865133-8Ulissesresumo 1207936367865133-8
Ulissesresumo 1207936367865133-8
 
Os doze de inglaterra
Os doze de inglaterraOs doze de inglaterra
Os doze de inglaterra
 
Adeus ao heroi
Adeus ao heroiAdeus ao heroi
Adeus ao heroi
 
A princesa de babilônia (voltaire)
A princesa de babilônia (voltaire)A princesa de babilônia (voltaire)
A princesa de babilônia (voltaire)
 
Hipólito
HipólitoHipólito
Hipólito
 
Antigone
AntigoneAntigone
Antigone
 
Vencedor do mar
Vencedor do marVencedor do mar
Vencedor do mar
 
TROYES, Chretien. Romances da távola redonda
TROYES, Chretien. Romances da távola redondaTROYES, Chretien. Romances da távola redonda
TROYES, Chretien. Romances da távola redonda
 
Christian jacq juiz do egito - volume i - a pirâmide assassinada (252 pg)
Christian jacq   juiz do egito - volume i - a pirâmide assassinada (252 pg)Christian jacq   juiz do egito - volume i - a pirâmide assassinada (252 pg)
Christian jacq juiz do egito - volume i - a pirâmide assassinada (252 pg)
 
Lusiadas pontosessenciais
Lusiadas pontosessenciaisLusiadas pontosessenciais
Lusiadas pontosessenciais
 

Semelhante a Matrizes clássicas - Homero

Seminario ilìada
Seminario ilìadaSeminario ilìada
Seminario ilìada1975Andreia
 
A Ilíada e a Odisseia
A Ilíada e a OdisseiaA Ilíada e a Odisseia
A Ilíada e a Odisseia
Joselma Mendes
 
Gênero Textual Epopeia - texto cavalo de troia
Gênero Textual Epopeia -  texto cavalo de troiaGênero Textual Epopeia -  texto cavalo de troia
Gênero Textual Epopeia - texto cavalo de troiaJomari
 
Odisseia
OdisseiaOdisseia
Odisseia
Milena Costa
 
Ilíada - Análise literária
Ilíada - Análise literáriaIlíada - Análise literária
Ilíada - Análise literária
210314
 
Ilíada - Análise literária 2014
Ilíada - Análise literária  2014Ilíada - Análise literária  2014
Ilíada - Análise literária 2014
210314
 
Guerra de Tróia - Prof. Altair Aguilar
Guerra de Tróia  - Prof. Altair AguilarGuerra de Tróia  - Prof. Altair Aguilar
Guerra de Tróia - Prof. Altair Aguilar
Altair Moisés Aguilar
 
As Troianas - Eurípedes
As Troianas - EurípedesAs Troianas - Eurípedes
As Troianas - Eurípedes
Maurileni Moreira
 
Trabalho sobre a grécia antiga, sua arte e sua cultura 2.
Trabalho sobre a grécia antiga, sua arte e sua cultura 2.Trabalho sobre a grécia antiga, sua arte e sua cultura 2.
Trabalho sobre a grécia antiga, sua arte e sua cultura 2.thunderbold
 
Uea a morte de aquiles by edgoes
Uea   a morte de aquiles by edgoesUea   a morte de aquiles by edgoes
Uea a morte de aquiles by edgoes
Edberg Goes
 
Gênero dramático
Gênero dramáticoGênero dramático
Gênero dramáticoGlauco Souza
 
O mundo de Homero
O mundo de HomeroO mundo de Homero
O mundo de Homero
Patrícia Costa Grigório
 
Seminário Antiga I
Seminário Antiga ISeminário Antiga I
Seminário Antiga I
Renata Cardoso
 

Semelhante a Matrizes clássicas - Homero (20)

Seminario ilìada
Seminario ilìadaSeminario ilìada
Seminario ilìada
 
A Ilíada e a Odisseia
A Ilíada e a OdisseiaA Ilíada e a Odisseia
A Ilíada e a Odisseia
 
Gênero Textual Epopeia - texto cavalo de troia
Gênero Textual Epopeia -  texto cavalo de troiaGênero Textual Epopeia -  texto cavalo de troia
Gênero Textual Epopeia - texto cavalo de troia
 
Odisseia
OdisseiaOdisseia
Odisseia
 
Tróia
TróiaTróia
Tróia
 
Ilíada - Análise literária
Ilíada - Análise literáriaIlíada - Análise literária
Ilíada - Análise literária
 
Ilíada - Análise literária 2014
Ilíada - Análise literária  2014Ilíada - Análise literária  2014
Ilíada - Análise literária 2014
 
Guerra de Tróia - Prof. Altair Aguilar
Guerra de Tróia  - Prof. Altair AguilarGuerra de Tróia  - Prof. Altair Aguilar
Guerra de Tróia - Prof. Altair Aguilar
 
As Troianas - Eurípedes
As Troianas - EurípedesAs Troianas - Eurípedes
As Troianas - Eurípedes
 
Trabalho sobre a grécia antiga, sua arte e sua cultura 2.
Trabalho sobre a grécia antiga, sua arte e sua cultura 2.Trabalho sobre a grécia antiga, sua arte e sua cultura 2.
Trabalho sobre a grécia antiga, sua arte e sua cultura 2.
 
Aquiles
AquilesAquiles
Aquiles
 
Uea a morte de aquiles by edgoes
Uea   a morte de aquiles by edgoesUea   a morte de aquiles by edgoes
Uea a morte de aquiles by edgoes
 
TRÓIA 1MF ITALO
TRÓIA 1MF ITALOTRÓIA 1MF ITALO
TRÓIA 1MF ITALO
 
Gênero dramático
Gênero dramáticoGênero dramático
Gênero dramático
 
A Iliada
A IliadaA Iliada
A Iliada
 
A Iliada
A IliadaA Iliada
A Iliada
 
A Iliada taller
A Iliada tallerA Iliada taller
A Iliada taller
 
O mundo de Homero
O mundo de HomeroO mundo de Homero
O mundo de Homero
 
Ulisses
UlissesUlisses
Ulisses
 
Seminário Antiga I
Seminário Antiga ISeminário Antiga I
Seminário Antiga I
 

Último

Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e ZCaça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Mary Alvarenga
 
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptxRoteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
pamellaaraujo10
 
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfCaderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
enpfilosofiaufu
 
HISTÓRIA DO CEARÁ MOVIMENTOS REVOLUCIONARIOS NO CEARÁ.pptx
HISTÓRIA DO CEARÁ MOVIMENTOS REVOLUCIONARIOS NO CEARÁ.pptxHISTÓRIA DO CEARÁ MOVIMENTOS REVOLUCIONARIOS NO CEARÁ.pptx
HISTÓRIA DO CEARÁ MOVIMENTOS REVOLUCIONARIOS NO CEARÁ.pptx
WALTERDECARVALHOBRAG
 
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultosptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
Escola Municipal Jesus Cristo
 
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxCIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
MariaSantos298247
 
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manualUFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
Manuais Formação
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
KeilianeOliveira3
 
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ISequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Letras Mágicas
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
Letícia Butterfield
 
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptxA nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
juserpa07
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Acrópole - História & Educação
 
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdfEJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
Escola Municipal Jesus Cristo
 
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdfAPOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
CarlosEduardoSola
 
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdfcurso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
LeandroTelesRocha2
 
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptxMÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
Martin M Flynn
 
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Luana Neres
 
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
Escola Municipal Jesus Cristo
 
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdfcurso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
LeandroTelesRocha2
 
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptx
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptxSlides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptx
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e ZCaça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
 
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptxRoteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
 
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfCaderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
 
HISTÓRIA DO CEARÁ MOVIMENTOS REVOLUCIONARIOS NO CEARÁ.pptx
HISTÓRIA DO CEARÁ MOVIMENTOS REVOLUCIONARIOS NO CEARÁ.pptxHISTÓRIA DO CEARÁ MOVIMENTOS REVOLUCIONARIOS NO CEARÁ.pptx
HISTÓRIA DO CEARÁ MOVIMENTOS REVOLUCIONARIOS NO CEARÁ.pptx
 
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultosptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
 
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxCIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
 
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manualUFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
 
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ISequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
 
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptxA nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
 
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdfEJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
 
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdfAPOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
 
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdfcurso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
 
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptxMÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
 
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
 
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
 
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdfcurso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
 
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptx
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptxSlides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptx
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptx
 

Matrizes clássicas - Homero

  • 3. Questão Homérica • Alexandrinos – cada poema, um autor • Wolf – século XVIII (debate em nível científico) • Analíticos • Unitários
  • 5. Ilíada : “ A cólera de Aquiles”
  • 6. Característica da poesia Épica • Caráter episódico dos cantos (início – meio – fim); • “Estilo Formular” (Milman Parry): Uso de repetições, epítetos, frases prontas, comparações. (Recurso Mnemônico); • Hexâmetros Dactílicos; • Narração in medias res; • Dialeto Homérico: Base Jônica; • Narrador onisciente e onipresente; • Narração em 3ª pessoa (sujeito X objeto); • Personagens heroicas e divinas
  • 7. Hexâmetros dactílicos • Uso de 6 pés de sílabas com uma longa e duas breves, com poucas variações: • -uu -uu -uu -uu -uu - - (espondeu no final) • ou • -uu -uu -uu -uu -uu -u (troqueu no final)
  • 8. Estrutura da Narrativa Épica • Invocação : Demonstração ritual da relação do profeta com a divindade; • Proposição : Síntese do enredo que será contado; • Narração : Ação de contar o poema, a história;
  • 9. Personagens : Heróis • Eram seres mortais, mas semelhantes aos deuses; • Apresentam características superiores aos demais mortais; • Características: • 1) Areté: Elemento constituinte da classe guerreira. Coragem/Beleza/Eloquência; • 2) Timé: Reconhecimento público. Deviam ser honrados em vida. • 3) Kléos: Glória, fama. A Kléos era o objetivo do herói. É falada posteriormente para imortalizá-lo, superando-o da condição humana. Melhor maneira de obter a Kléos é através do combate singular. Ex:Ilíada, Canto III – Páris X Menelau.
  • 10. Personagem : Deuses • Intervinham do campo de batalha ( Canto III – vv 379 – 381 ) • Aparições epifânicas ( Canto I – Afrodite com Páris e Helena) • Decisões eram tomadas em assembleias.
  • 11. Forças dominantes : • Áte : Força que é caracterizada como ‘ cegueira’, que leva o herói ao erro. Conduz o ser humano ao erro pelo desconhecimento, cometido por ignorância. • Hýbris : Elemento que caracteriza o comportamento desmedido. Ultrapassar , agir com violência. • ( Agamemnon toma Briseides de Aquiles ) • Moîra : Não é personalizada. Age como uma força que representa a condição humana, fazendo a diferença entre homens e deuses.
  • 12.
  • 13. Cantos I – III Ilíada • Inicia-se com uma assembleia para saber o motivo da peste que invade os Aqueus. Agamémnone toma Briseides de Aquiles e esse por sua vez sai da Guerra. Tétis pede um favor a Zeus e este tentar cumprir . O rei dos Gregos começa a enumerar a as naus e os chefes dos Gregos e Troianos. Páris desafia Menelau a um combate singular, propondo decidir o destino da Guerra. O herói Grego ganha o duelo, mas o Troiano é salvo pela deusa Afrodite.
  • 14. Canto IV – VI • Após Afrodite ‘trapacear’ e salvar Páris, ela pede a Zeus para que a Guerra volte acontecer, está ganha o consentimento de Zeus. Atenas salva a vida de Menelau depois de um guerreiro Troiano lançar uma flecha contra ele. E assim inicia- se uma batalha terrível. O canto V narra os feitos de Diomedes (Areté de Diomedes), conta o que ele fez na batalha, e nos mostra a ação dos deuses junto aos homens na batalha; já no canto VI é a caracterização do maior herói troiano – Heitor. O exército Troiano começa a sentir a força dos heróis Gregos. Heitor pede para sua mãe invocar a proteção de Atena. Ele exorta seu irmão Páris e vai encontrar sua esposa – Andrômaca – momento especial, pois é o único canto romanceado.
  • 15. Cantos VII - VIII • Começa um combate singular Heitor x Ajáz. Lutam até a noite, mas ninguém sai morto. Mas a batalha tinha que parar ao anoitecer. Há uma trégua e é nessa pausa que enterram os mortos, ocorre o ritual fúnebre. No Canto VIII, Zeus proíbe a ação dos deuses na Guerra e vai ao Monte Ida assistir aos combates. Os Troianos então começam a ganhar dos Gregos. Mais uma vez, a noite interrompe os combates.
  • 16. Canto IX • É a narrativa que mostra a mistura de temporalidade; • Como o exército Grego estava perdendo a batalha, Agamémnone, no conselho, desesperado pede o retorno à Grécia. Diomedes e Nestor o acusam de covardia e de injustiça com o melhor guerreiro da Grécia – Aquiles. Então ele resolve devolver Briseides junto com uma recompensa. É formada uma comissão, composta por Odisseu, Fenice e Ajax para convencer Aquiles a voltar pra guerra, mas este se mostra inflexível.
  • 17. Cantos X - XII • São contados os feitos de Dolão (Troiano que foi enviado para espionar os Gregos). Ele é preso por Odisseu e Diomedes , que o pressionam para contar os planos do exército inimigo. O canto XI conta os feitos do rei Agamemnone , este por sua vez mata muitos Troianos, mas é ferido e tem que deixar a batalha. Os Troianos então retomam a vantagem e muitos Gregos são feridos. A embaixada implora a volta de Aquiles, mas ele age como uma pessoa irredutível, então pedem para que ele empreste sua armadura a Pátroclo. Já no canto XII, Heitor e seu exercito encurralam os Gregos para trás do muro. Os Gregos e, principalmente, os dois Ajazes defendem o acampamento. Depois de uma luta indecisa, os Troianos fazem uma brecha na muralha, mas não conseguem passar. Então Heitor quebra o portão e eles encurralam os Gregos em seus navios.
  • 18. Cantos : XIII - XV • Enquanto Zeus se vira e olha para outras regiões , Posidon vai até a Planície, onde os Gregos estão sendo atacados pelos Troianos, e incita-os coragem para guerrear. Os gregos se fortalecem e começam a se sobressair. Esse combate é muito sangrento, guerreiros de ambos os exércitos morrem. No canto XIV Nestor que curava um guerreiro troiano, sai para ver a gritaria e encontra : Agmemnone, Diomedes e Odisseu feridos. O rei quer fugir, mas Posidon o acalma. No campo dos deuses, Hera se prepara para seduzir Zeus, e acaba adormecendo seu marido. Posidon insufla força as Gregos, que ganham vantagem. Ajaz fere Heitor. Assim os Aqueus conseguem afastar os troianos de suas naus. Zeus acorda e percebe que foi enganado, ameaça e conta os acontecimentos até o final da guerra. Ele manda uma mensagem para Apolo para que ajude os Troianos. Pátroclo implora ajuda a Aquiles, enquanto isso Heitor, curado por Apolo, se prepara para incendiar o navio de Protesilau.
  • 19. Cantos : XVI - XVIII • São cantados os feitos de Pátroclo, este implora as armas de Aquiles, que as concede mas apenas para proteger os navios. Quando este aparece com o exercito de Mírmidones, os troianos o confundem com Aquiles. Combate entre Sarpedone e Pátroclo. Ele se esquece da promessa feita a Aquiles e os persegue até as muralhas. Pátroclo mata muitos troianos, mas acaba sendo desarmado por Apolo e morto por Heitor. O canto XVII consiste em uma narrativa sobre os feitos de Menelau que mata Euforbo, que tentava levar as armas de Pátroclo. Ele chama Ajaz para defender o corpo de Pátroclo que Heitor queria ultrajar. Eles conseguem pegar o corpo do morto e Menelau pede que Antíloco avise Aquiles. O maior herói Grego se desespera com a notícia do amigo. Sua mãe o consola, prometendo-lhe uma nova armadura feita por Hefesto. Ele sai de sua tenda e afasta os troianos apenas com seus gritos. Tétis vai a casa de Hefesto e recebe a descrição das norvas armas de seu filho.
  • 20. XIX - XXI • Tétis entrega a nova armadura a Aquiles e cuida do corpo de Pátroclo. Aquiles convoca uma assembleia e pede para retornar a Guerra. Agamémnone reconhece seus erros e devolve Briseides. Atena lhe infude força. Xanto, seu cavalo, prevê a morte em breve, logo após matar Heitor. No canto XX, é convocado o conselho universal dos deuses. E Zeus diz que os deuses estão livres para tomar partido de quem quiserem. Aquiles mata muitos Troianos. No embate entre Heitor e Aquiles, o troiano fica em perigo, sendo salvo por Apolo. No XXI os Troianos fogem para dentro do rio Xanto. Posidon e Atena encorajam Aquiles, que luta contra o rio. Hera envia seu filho Hefesto para salvar Aquiles das ondas do rio Xanto. Os deuses lutam uns contra os outros. Depois retornam ao Olimpo.
  • 21. XXII -XXIII • Heitor fica fora dos muros de Troia , mesmo com o pedido de seus pais. Mas quando Aquiles chega este fica com medo e foge, e eles dão três voltas ao redor da cidade. Zeus pesa em uma balança o destino dos heróis. Atena desce para ajudar Aquiles. Inicia-se uma batalha entre Aquiles e Heitor, saindo vencedor Aquiles. Então o Grego ultraja o cadáver de Heitor, e o leva junto para junto dos navios. No XVIII, Aquiles e os guerreiros fazem honra ao corpo de Pátroclo. Pela manhã é acessa uma pira e Doze jovens troianos são sacrificados ao amigo de Aquiles. As cinzas são colocadas numa urna de ouro e um túmulo é construído para Pátroclo. Iniciam-se os jogos em homenagem a Pátroclo.
  • 22. Canto XXIV • Aquiles ainda muito triste com a morte de seu amigo, ultraja o corpo de Heitor todo dia, dando três voltas ao redor do túmulo de Pátroclo. Os deuses que estavam do lado de Troia se indignam com a falta de respeito de Aquiles e pedem que Zeus o faça parar. Zeus envia Tétis para acalmar Aquiles. Príamo, protegido pelo deus, vai até o acampamento de Aquiles, e conversa com o guerreiro para que este devolva o cadáver de seu filho. Aquiles aceita e devolve o corpo de Heitor, e ainda concede onze dias de trégua para que seja feito o ritual fúnebre do Troiano. Neste ritual há uma grande lamentação, é extremamente trágico. O autor termina a Ilíada falando sobre Heitor, por isso alguns autores dizem que a epopeia deveria ser chamada “ A tragédia de Heitor”.