Este documento discute a noção de etnia, argumentando que vai além da cor da pele e envolve cultura, crenças e símbolos. A etnia é dinâmica e envolve tanto construção quanto desconstrução de identidades e padrões. O texto defende que a etnia é complexa e abrange tudo o que faz alguém ser quem é.
2. Etnia não é somente cor.
Esse ensaio retrata a Feira de São Joaquim por uma ótica que rompe com
a visão pigmentocrática. Etnia é cor, é traço, cultura, credo, crenças e sím-
bolos. É tudo o que foi construído, acatado, constatado e que, no fim das
contas, caracteriza algo ou alguém, plural ou singular. Ou ambos.
Etnia é o quê, como, onde e por quê. Bom, indo mais aos fatos, etnia
é ruptura. Quebra-se padrões e, assim, constrói-se outros, como cul-
tura e contra-cultura. Entendemos, portanto, esse tema – que agora
percebe-se o quão vasto é – é desconstruir para construir. Ou con-
struir para desconstruir também. A questão é que nesse vai e vem
de formações e identificações, algumas coisas ficam, umas retornam
e outras nem pensam em voltar. Etnia é tudo o que se é o que o faz
ser: É coisa viva, dinâmica, ruptiva e minuciosa.
Lorena Fernandes | Rebecca Cerqueira | Symone Seidl
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13. Desconstruir para construir, como citado, remeteu à fragmen-
tação e ruptura.
O grid estabelecido permite uma ordenação das fotos de forma que
elas provoquem tensão, sugiram movimento em fotos sequencia-
das e sejam quebradas, de tal maneira que reforce o conceito de
Construção e Desconstrução, o posicionamento das imagens em
maior destaque na página também traz esse conceito, uma vez que
alternam o lado da página para permitir uma sensação de dese-
quilíbrio e contraste. As fotos principais, por vezes, contam com o
apoio de fotografias secundárias, hora montadas como sequência,
transmitindo dinamicidade e movimento, hora como recortes da
fotografia principal, para destacar detalhes e propiciar uma releitu-
ra da narrativa – Mais uma vez, a presença da ideia de desconstruir
para construir. A paleta cromática foi retirada das próprias fotos,
encontrando cores predominantes que se repetiam na maior parte
das fotos dessa publicação.
O formato horizontalizado veio como solução para o padrão das
fotografias, sendo elas horizontais, proporcionando uma melhor
relação entre o conteúdo imagético e seu suporte.
14. Lorena Fernandes
Rebecca Cerqueira
Symone Seidl
Trabalho realizado para as disciplinas
Design Editorial e Fotografia,
orientado por Renata Kalid e
Marina Sartório, responsaveis pelas
respectivas matérias.