O documento discute a felicidade e infelicidade relativas na Terra. A felicidade depende de uma equação entre empenhar-se na vida e aceitar os propósitos da vida, mesmo que não sejam desejos pessoais. A felicidade terrena é relativa à posição de cada um, mas a medida comum é ter o necessário e ter a consciência pura. A piedade é a virtude que aproxima mais dos anjos, levando a ter compaixão pelos sofrimentos alheios.
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Felicidades e infelicidades relativas
1. Parte IV – DAS ESPERANÇAS E CONSOLAÇOES
Capítulo I – Das Penas E GozosTerrestres
FELICIDADES E INFELICIDADES RELATIVAS
Dubai, 06-10-2019 Por Patrícia Farias
O LIVRO DOS
ESPÍRITOS
2. “Santo Agostinho expressou isso de forma certeira: A
felicidade consiste no processo de tomar com alegria o
que a vida nos dá (essa é a felicidade por algo, a do
ganhar, que nos amplia) e soltar com a mesma alegria
o que a vida nos tira (essa é a felicidade por nada e
engrandece a vida e os demais; é uma felicidade
espiritual.)”
(Joan Garriga Bacardí – Viver na Alma)
Cap. I – Das Penas E GozosTerrestres
3. “Portanto, a felicidade é resultado de uma equação que
combina duas variáveis. A primeira consiste em empenhar-se,
arriscar-se e apostar na vida com todas as nossas forças
seguindo a direção do que nos move, do que nos importa, da
consecução de nossos sonhos e desejos. Essa é a alegria de
engrandecer-se por meio dos êxitos e realizações. A outra
variável tem a ver com nossa capacidade de sintonizar e
navegar com os propósitos da vida, ainda que não se
encaixem com nossos desejos pessoais…”
(Joan Garriga Bacardí – Viver na Alma)
Cap. I – Das Penas E GozosTerrestres
4. FELICIDADES E INFELICIDADES
RELATIVAS
Cap. I – Das Penas E GozosTerrestres
920. O homem pode gozar naTerra uma felicidade completa?
— Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação, mas
dele depende abrandar os seus males e ser tão feliz quanto se
pode ser naTerra.
921. Concebe-se que o homem seja feliz naTerra quando a
Humanidade estiver transformada, mas enquanto isso não se
verifica pode cada um gozar de uma felicidade relativa?
— O homem é, na maioria das vezes, o artífice de sua própria
infelicidade. Praticando a lei de Deus ele pode poupar-se a
muitos males e gozar de uma felicidade tão grande quanto o
comporta a sua existência num plano grosseiro.
5. FELICIDADES E INFELICIDADES
RELATIVAS
Cap. I – Das Penas E GozosTerrestres
Comentário de Kardec:
O homem bem compenetrado do seu destino futuro não vê
na existência corpórea mais do que uma rápida passagem.
É como uma parada momentânea numa hospedaria
precária. Ele se consola facilmente de alguns
aborrecimentos passageiros, numa viagem que deve
conduzi-lo a uma situação tanto melhor quanto mais
atenciosamente tenha feito os seus preparativos para ela.
6. FELICIDADES E INFELICIDADES
RELATIVAS
Cap. I – Das Penas E GozosTerrestres
Comentário de Kardec:
Somos punidos nesta vida pelas infrações que cometemos às
leis da existência corpórea, pelos próprios males decorrentes
dessas infrações e pelos nossos próprios excessos. Se
remontarmos pouco a pouco à origem do que chamamos
infelicidades terrenas, veremos a estas, na sua maioria, como
a consequência de um primeiro desvio do caminho certo. Em
virtude desse desvio inicial entramos num mau caminho, e,
de consequência em consequência, caímos afinal na
desgraça.
7. FELICIDADES E INFELICIDADES
RELATIVAS
Cap. I – Das Penas E GozosTerrestres
922. A felicidade terrena é relativa à posição de cada um: o que é
suficiente para a felicidade de um faz a desgraça de outro. Há,
entretanto, uma medida comum de felicidade para todos os
homens?
— Para a vida material, a posse do necessário; para a vida
moral, a consciência pura e a fé no futuro.
923. Aquilo que seria supérfluo para um não se torna o
necessário para outro, e vice-versa, segundo a posição?
8. FELICIDADES E INFELICIDADES
RELATIVAS
Cap. I – Das Penas E GozosTerrestres
923. Aquilo que seria supérfluo para um não se torna o
necessário para outro, e vice-versa, segundo a posição?
— Sim, de acordo com as vossas ideias materiais, os vossos
preconceitos, a vossa ambição e todos os vossos caprichos
ridículos, para os quais o futuro fará justiça quando tiverdes a
compreensão da verdade. Sem dúvida, aquele que tivesse uma
renda de cinquenta mil libras e a visse reduzida a dez mil,
considerar-se-ia muito infeliz por não poder continuar fazendo
boa figura, mantendo o que chama a sua classe, ter bons cavalos e
lacaios, satisfazer a todas as paixões, etc. Julgaria faltar-lhe o
necessário. Mas, francamente, podes considerá-lo digno de
lástima, quando ao seu lado há os que morrem de fome e de frio,
sem um lugar em que repousar a cabeça?
O homem sensato, para ser feliz, olha para baixo e jamais para os
que lhe estão acima, a não ser para elevar sua alma ao infinito.
(Ver item 715).
9. Quantos tormentos, pelo contrário, consegue evitar
aquele que sabe contentar-se com o que possui, que vê
sem inveja o que não lhe pertence, que não procura
parecer mais do que é! Está sempre rico, pois, se olha
para baixo, em vez de olhar para cima de si mesmo, vê
sempre os que possuem menos do que ele. Está sempre
calmo, porque não inventa necessidades absurdas, e a
calma em meio das tormentas da vida não será uma
felicidade?
FÉNELON - Lyon, 1860
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. I – Das Penas E GozosTerrestres
10. Capítulo XIII –NÃO SAIBA AVOSSA MÃO ESQUERDAO
QUE DÊAVOSSA MÃO DIREITA
INSTRUÇÃO DOS ESPIRITOS
Item 17 – A PIEDADE
11. Cap. XIII – NÃO SAIBA A VOSSA MÃO ESQUERDAO
QUE DÊ A VOSSA MÃO DIREITA
INSTRUÇÃO DOS ESPIRITOS
Item 17 – A PIEDADE
17 – A piedade é a virtude que mais vos
aproxima dos anjos. É a irmã de caridade que
vos conduz para Deus.Ah!, deixai vosso
coração enternecer-se, diante das misérias e
dos sofrimentos de vossos semelhantes.
Vossas lágrimas são um bálsamo que
derramais nas suas feridas. E quando,
tocados por uma doce simpatia, conseguis
restituir-lhes a esperança e a resignação, que
ventura experimentais! É verdade que essa
ventura tem um certo amargor, porque surge
ao lado da desgraça; mas se não apresenta o
forte sabor dos gozos mundanos, também
não traz as pungentes decepções do vazio
deixado por estes; pelo contrário, tem uma
penetrante suavidade, que encanta a alma.
Miguel
Bordeaux, 1862
12. Cap. XIII – NÃO SAIBA A VOSSA MÃO ESQUERDAO
QUE DÊ A VOSSA MÃO DIREITA
A piedade, quando profundamente sentida, é
amor: o amor é devotamento é o olvido de si
mesmo; e esse olvido, essa abnegação pelos
infelizes, é a virtude por excelência, aquela
mesma que o divino Messias praticou em toda a
sua vida, e ensinou na sua doutrina tão santa e
sublime. Quando essa doutrina for devolvida à
sua pureza primitiva, quando for admitida por
todos os povos, ela tornará aTerra feliz, fazendo
reinar na sua face à concórdia, a paz e o amor.
INSTRUÇÃO DOS ESPIRITOS
Item 17 – A PIEDADE
13. Cap. XIII – NÃO SAIBA A VOSSA MÃO ESQUERDAO
QUE DÊ A VOSSA MÃO DIREITA
O sentimento mais apropriado a vos fazer
progredir, domando vosso egoísmo e vosso
orgulho, aquele que dispõe vossa alma à
humildade, à beneficência e ao amor do próximo,
é a piedade, essa piedade que vos comove até as
fibras mais íntimas, diante do sofrimento de
vossos irmãos, que vos leva a estender-lhes a
mão caridosa e vos arranca lágrimas de simpatia.
Jamais sufoqueis, portanto, em vossos corações,
essa emoção celeste, nem façais como esses
endurecidos egoístas que fogem dos aflitos, para
que a visão de suas misérias não lhes perturbe
por um instante a feliz existência.Temei ficar
indiferente, quando puderdes ser úteis!A
tranqüilidade conseguida ao preço de uma
indiferença culposa é a tranqüilidade do Mar
Morto, que oculta na profundeza de suas águas a
lama fétida e a corrupção.
INSTRUÇÃO DOS ESPIRITOS
Item 17 – A PIEDADE
14. Cap. XIII – NÃO SAIBA A VOSSA MÃO ESQUERDAO
QUE DÊ A VOSSA MÃO DIREITA
INSTRUÇÃO DOS ESPIRITOS
Item 17 – A PIEDADE
Quanto a piedade está longe, entretanto, de
produzir a perturbação e o aborrecimento de
que se arreceia o egoísta! Não há dúvida que a
alma experimenta, ao contato da desgraça
alheia, confrangendo-se, um estremecimento
natural e profundo, que faz vibrar todo o
vosso ser e vos afeta penosamente. Mas
compensação é grande, quando conseguis
devolver a coragem e a esperança a um irmão
infeliz, que se comove ao aperto da mão
amiga, e cujo olhar, ao mesmo tempo
umedecido de emoção e recolhimento, se
volta com doçura para vós, antes de se elevar
ao céu, agradecendo por lhe haver enviado
um consolador, um amparo. A piedade é a
melancólica, mas celeste precursora da
caridade, esta primeira entre as virtudes, de
que ela é irmã, e cujos benefícios prepara e
enobrece.