O documento é um jornal produzido por alunos de jornalismo que discute vários assuntos da comunidade, incluindo políticas sociais, associações de bairro, dengue, lei seca e mais.
1. páginas
PRODUZIDO PELOS ALUNOS
DE JORNALISMO DO CENTRO
UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA,
COMO ATIVIDADE PRÁTICA
DO CURSO.
Órgão Informativo da Sociedade Educativa e
Cultural Lima Barreto produzido em parceria com
os alunos do curso de Jornalismo do Centro
Universitário Newton Paiva
Ano III - no 9 - Agosto de 2009
Tiragem 5.000 exemplares
Colabore com a
Sociedade Educativa e
Cultural Lima Barreto
para que ela possa
continuar prestando
serviços à comunidade.
Você pode fazer qualquer
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3347.3282
8734.3281
Gripe suína? Que nada, o grande
problema ainda é a dengue
Que a gripe suína já é uma realidade na socie-
dade não há dúvidas. Mas, o problema é que uma
enfermidade perigosa como a dengue, que não
deveria ser ignorada, ainda é deixada de lado. O
número de infectados pelo mosquito cresce, já pas-
sam de 8 mil só em Belo Horizonte. Apesar disso, o
cuidado só diminui.
Página 6
O que fazem as Associações de Bairro
Página 4
Cerol: brincadeira que pode matar
Página 7
População debate políticas sociais
Página 3
Ajudar faz bem
e aquece
o coração!
Em construção da cidadania
Sociedade
Educativa e
Cultural Lima
Barreto
DAYSE AGUIAR
o
3anos de muitainformação
Lei Seca
ainda não
funciona
como deveria
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Em construção da cidadania
Sociedade
Educativa e
Cultural Lima
Barreto
expediente
“Um homem ia pela floresta quando ouviu um
rugidoterrível.Eraumleão.Eletevemuitomedoepôs-
se a correr. Mas a floresta era densa e o sol já estava se
pondo. Não viu por onde ia e caiu num precipício. No
desesperoagarrou-seaumgalhoqueseprojetavasobre
o abismo e lá ficou. Foi quando, olhando para a parede
do precipício, viu uma pequena planta que ali crescia.
Eraumpédemorango.Nelahaviaummorangoverme-
lho. Estendeu seu braço e o colheu. E comeu.”
Assim termina esta estória. E é com base nesta
pequenaestóriaZenqueoPáginasAbertasquerlevara
você, amigo leitor, grandes reflexões sociais. Você já
tomou conhecimento do SUAS — Serviço único de
assistência social? Já procurou saber quais os projetos
queaAssociaçãodoseubairrovemdesenvolvendoouse
“ela”desenvolvealgum?Assuntoscomoestespermeam
esta edição do nosso jornal. Nosso objetivo é lhe infor-
mar a respeito de seus direitos e deveres apresentando
temas atuais e polêmicos. Assim, o Páginas Aber-
tas espera colaborar para a construção de uma
sociedade mais justa e fraterna, pois, em tempos
de mudanças a qualquer hora podemos ouvir um
terrível rugido e devemos estar atentos e bem
informados para os novos desafios e criar forças
para superá-los com sucesso.
Queremos ainda que você se alegre conosco,
pois, com esta edição, o Páginas Abertas come-
mora seu terceiro ano e acreditamos estar no cami-
nho certo. E como presente queremos convidá-lo a
participar da edição do próximo jornal , mande
suas opiniões e sugestões para nossa redação jor-
nalpaginasabertas@gmail.com para que possa-
mos fazer um jornal cada vez melhor.
Agora é com você, boa leitura e até a próxima
edição.
Equipe Páginas Abertas
editorial
Palavra Aberta
ÓrgãoInformativodaSociedadeEducativaeCulturalLimaBarreto:
RECURSOSHUMANOS
Coordenador/professor- Éderson Batista Balbino
Pedagoga– Anderson Neves
Advogado – Donata Terezinha Balbino
Secretária– Édson Leão
Av.AméricoVespúcio,1610,NovaEsperança,BeloHorizonte,MinasGerais
seclimabarreto@yahoo.com.br/seclimabarreto.blogspot.com
Jornal-laboratóriodoCentroUniversitárioNewtonPaiva/
CentraldeProduçãoJornalística–CPJ:
Coordenadora do Curso de Jornalismo: Profª Marialice Emboava, Editor
Responsável: Eustáquio Trindade Netto - MG 02146 MT, Coordenador adjunto
da CPJ: Edwaldo Cordeiro JP 11388 / Projeto Gráfico e Direção de Arte:
Helô Costa - MG 00127 DG, colaboraram nesta edição estagiários
do curso de Jornalismo: Lucas Simões e Michael Eudes (Edição e textos),
Carla Oliveira, Francisco Teixeira, Frederico Alves, Gabriel Moura,
Lucas Horta e Roberta Andrade (Textos),
Dayse Aguiar e Mariana Reis (Fotografia)
Adrielle Lopes, Érica Caetano e Rodrigo Honório (Diagramação)
Correspondência:CentroUniversitárioNewtonPaiva,Campus
CarlosLuz:RuaCatumbi,546, Caiçara,BeloHorizonte,
MinasGerais,CEP:31230-600Telefone:(31)3516-2734
cpj.jornalismo@newtonpaiva.br
Endereços e cursos das associações
SOCIEDADE EDUCATIVA E
CULTURAL LIMA BARRETO
End. Rua Margarida P. Torres, 1460 CEP: 31230-390
TEL: 33473282 / 87343281 / 92774412
PROJETOS EM FUNCIONAMENTO:
Supletivo
Pré-Vestibular
Pré-Enem
Clube de Reflexão Política
ASSOCIAÇÃO DO BAIRRO
SENHOR BOM JESUS
Dia da reunião: Toda terça-feira de cada mês
Rua Terezina, 320
Bairro Senhor Bom Jesus
PRESIDENTE: JOÃO ARAÚJO
CEP: 31230-570 – TEL: 34224266
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES
E AMIGOS DO CAIÇARA
Dia de reunião: Todo terceiro sábado de cada mês
Rua Nazareno, 65
Bairro Caiçara
PRESIDENTE: WASHINGTON
CEP: 30775-130 – TEL: 34157971
ASSOCIAÇÃO DO BAIRRO NOVA
ESPERANÇA
Rua Confrade Machado, 21
Bairro Nova Esperança
PRESIDENTE: JAIR CAETANO
CEP: 31230-530 – TEL: 34283173
ASSOCIAÇÃO VILA SUMARÉ
Rua Sumaré, 175
Vila Sumaré
CEP: 31250-820 – TEL: 34282844
ÉDERSON BATISTA BALBINO, DIRETOR
WESLEY FAGUNDES LINO
A lei chegou com toda força e provocou grande
polêmica. No início da aprovação, ela reduziu o
consumo alcoólico entre os motoristas, grandes
responsáveis pelas tragédias no trânsito brasileiro.
A sociedade brasileira, através de seus repre-
sentantes políticos, tomou medidas rígidas contra
as tragédias ocorridas no trânsito. O objetivo era
diminuir o número de vidas perdidas. Muitos
motoristas, com receio de perderem suas cartei-
ras de habilitação, reduziram, ou mesmo passa-
ram a se abster do álcool, pelo menos quando
tiverem que conduzir veículos.
Antes de vigorar a lei seca, era permitido o
consumo de bebidas até 8,0 decigramas de
(álcool) por litro de sangue. Esta quantidade,
ainda que dentro da legalidade, favorecia grande
violência por todo o país. O terrível número de
mortes girava em torno de 40.000 anuais.
Nos Estados Unidos, ainda é permitido con-
sumir 8,0 decigramas de álcool por litro de san-
gue, mas lá, as estradas e a educação para o trân-
sito estão muito longe da realidade brasileira.
A lei deve ser utilizada como instrumento
benéfico e controlador dos índices de acidentes.
Sua aplicação visa reduzir as mortes e o grande
número de pessoas com deficiência causadas pelo
trânsito. A aplicação da Lei seca trará mais segu-
rança para todos, condutores de veículos, passa-
geiros e pedestres. Reduzirá as despesas com
hospitais, fisioterapias, indenizações e tanto
sofrimento que os acidentes provocam. Como
sociedade, devemos cobrar de nossas autoridades
o cumprimento dessa lei e não deixar que seja
burlada e que o caos retorne.
O efeito da
lei seca
DAYSE AGUIAR
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Em construção da cidadania
Sociedade
Educativa e
Cultural Lima
Barreto
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especialistas de Belo Horizonte.
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Ligue e marque seu exame.
LUCAS SIMÕES
O artigo 5º da Constituição Federal do Brasil
deixa claro: “todos são iguais perante a lei”.
Mesmo assim, muitos grupos sociais ainda travam
lutas para que a lei seja cumprida. Diante disso, a
8ª Conferência de Assuntos Sociais, realizada
entre os dias 17 e 18 de julho no colégio Municipal
Marconi, propiciou aos cidadãos presentes uma
discussão sobre novas propostas de políticas de
assistência social.
A Conferência, que acontece de dois em dois
anos, teve como tema desta edição o programa
Sistema Único de Assistência Social (SUAS), res-
ponsável por assegurar direitos de igualdade
social, direito à renda, direito de proteção social e
muitos outros. As propostas que definiram os
temas para novas políticas sociais foram votadas
em uma pré-conferência, e contou com a partici-
pação da população, em cada uma das nove regio-
nais de Belo Horizonte.
Presente na abertura do evento o prefeito de
Belo Horizonte, Márcio Lacerda, apontou a Con-
ferência como boa forma de a população partici-
par das políticas do município. “Aqui, podemos
aprofundar o trabalho da gestão participativa,
com o cidadão participando ativamente”, disse. O
ministro de Desenvolvimento Social e Combate à
Fome, Patrus Ananias, também presente, defen-
deu o acesso aos direitos de todos. “O objetivo é
que os pobres não recebam benéficos assisten-
ciais, mas que eles tenham, efetivamente, acesso
a seus direitos”.
Mas não são todos que têm seus direitos asse-
gurados ainda. É o caso do representante dos
Moradores de Rua de Belo Horizonte, Carlos Levi
Corsino. Ele ficou indignado porque a proposta de
melhoraria das ações sociais para a população de
rua não foi analisada pela Conferência. “Eu vim,
estou participando como espectador, me interes-
sei. Mas o que era importante para a gente eles
não votaram, nem foi escolhida a proposta”.
O líder comunitário do bairro Coqueiros,
região noroeste de Belo Horizonte, Fernando de
Lacerda, participou pela primeira vez do encon-
tro. Fernando acredita na informação da comuni-
dade para que políticas sociais possam ser
implantadas de forma mais eficiente. “Tem mui-
tas coisas que a comunidade não tem acesso e é de
direito, e aqui a gente fica bem informado. Após
essa Conferência, muitos líderes comunitários
vão informar às pessoas o direito delas”, afirmou.
Mesmo com elogios e críticas, a importância
da Conferência foi fazer com que a população se
envolvesse mais com as políticas sociais implan-
tadas nos municípios.
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Sociedade quer maior participação nas decisões políticas
Oferece cursos preparatórios para:
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Prefeito Márcio Lacerda quer participação social
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Sociedade
Educativa e
Cultural Lima
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“20 Anos de Tradição”
LUCAS HORTA E ROBERTA ANDRADE
“Trabalhar pela comunidade e pelo seu bem
estar”, assim João Araújo, presidente da Associa-
ção de Bairro Senhor Bom Jesus, define o traba-
lho dessas associações. É nessa linha de pensa-
mento que o presidente da Associação dos Mora-
dores e Amigos do Caiçara, Washington Guedes,
explica o papel desse tipo de organização. “A Asso-
ciação é constituída para reivindicar melhorias
para a comunidade”, ressalta.
Na presidência da Associação, João já con-
quistou várias melhorias para o bairro: expansão
do itinerário do ônibus, reforma e retomada das
obras do Centro de Saúde, troca de postes danifi-
cados e a implantação de 5ª a 8ª série na Escola
Estadual Tomás Brandão.
A associação ainda administra a Quadra de
Esportes Senhor Bom Jesus, em parceria com a
Prefeitura de Belo Horizonte, onde funcionam
projetos como, Talentos da Bola e Esporte For-
mando Cidadania, que estimulam atividades físi-
cas de crianças e idosos. No espaço também são
realizadas as festas da comunidade. Segundo
João Araújo, uma das metas da associação é a
construção de uma rampa para o acesso de defi-
cientes. Ele adverte — Se não tiver boa vontade, a
pessoa não dá conta desse trabalho.
Segundo Washington, a associação do bairro
Caiçara obteve sucesso em obras como a reforma
do Parque do Caiçara, que anteriormente carecia
de estrutura e hoje é um espaço com quadras
poliesportivas, pista de caminhada, além de uma
área propícia para o lazer de crianças. De acordo
com a professora do Instituto Sagrada Família
Pollyana Bauer, o local “é um parque da família e
virou um ponto de recreação da comunidade”.
Outra conquista da associação foi a instalação do
semáforo no cruzamento das ruas Conselheiro
Barbosa com Dom Braz Baltazar.
Mas o trabalho das associações de bairro nem
sempreéconhecidopelosmoradores.SegundoJoão
Araújo, “muitas vezes as pessoas veem as obras e
não sabem que foi um pedido da associação”, e
ainda revela que “os vereadores do bairro levam o
crédito de muitas das obras que a associação conse-
gue”. Para ele, uma das maiores dificuldades de
uma associação são os interesses particulares.
“Algumas vezes o morador precisa de uma obra em
sua rua, daí ele entra na associação e depois que a
obra é feita nunca mais ele aparece”, reconhece.
Washington Guedes ressalta um ponto impor-
tante no dia-a-dia das Associações, que é a falta de
estrutura. A Associação dos Moradores e Amigos do
Caiçara não possui sede própria. Um terreno para a
construção da sede está em estudo junto com a Pre-
feituradeBeloHorizonte.Eledizque“oobjetivoéter
umasedecomestruturaparareceberapopulação,as
crianças e abrigar projetos para a comunidade”.
Cooperação
Força que vem do bairro
FOTOS DAYSE AGUIAR
João Araújo afirma que boa vontade é fundamental para presidir e ajudar as associação de bairro
Reforma do Parque do Caiçara beneficia moradores
Artesanato de palha de milho.
Cestas para café da manhã, sacolas e bolsas,
baús e caixas de natal.
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Av. Américo Vespúcio 1150 Aparecida – Belo Horizonte/MG
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Em construção da cidadania
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Educativa e
Cultural Lima
Barreto
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Multa de R$ 957,70, retenção do veículo,
perda da carteira de motorista e detenção de
seis meses a três anos de prisão. Apesar do
rigor da “Lei Seca”, fica a pergunta: em um
ano de existência ela conseguiu diminuir o
número de acidentes causados por motoristas
alcoolizados?
Levantamento feito pela Polícia Rodoviá-
ria Federal revela que o número de acidentes
no País aumentou após a Lei entrar em vigor.
No período de 20 de junho de 2008 (quando a
Lei passou a vigorar) a 16 de Junho de 2009,
ocorreram 138.226 acidentes nas Rodovias
Federais, contra 127.683 no mesmo período
do biênio 2007-2008. Entretanto, houve redu-
ção no número de mortes: 6.729 para 6.614,
durante a vigência da Lei.
A comerciante Renata Borges se mostra
desiludida com a situação. “A lei não funciona,
pois não há estrutura suficiente para fiscali-
zar. É preciso cobrar mais, ter mais rigor no
trânsito e reavaliar os critérios para autuar
uma pessoa”, diz.
Para o taxista Eustáquio Vieira da Silva, a
rigidez das leis não é a única ferramenta
necessária para promover a redução dos aci-
dentes de trânsito. Para ele, a educação é
essencial. “Não se deve deixar tudo por conta
das escolas e autoridades. Nós também temos
que fazer a nossa parte”, frisa.
O comandante do Batalhão de Trânsito da
Polícia Militar de Minas Gerais, Roberto
Lemos, diz que em Belo Horizonte, “em com-
paração com o mesmo período do ano passado,
houve redução de 1.785 ocorrências sem víti-
mas e decréscimo de 267 casos em que as
pessoas se machucaram sem gravidade”.
Segundo o comandante, em conjunto com
melhorias estruturais no trânsito, é necessário
investir em campanhas educacionais perma-
nentes. “A conscientização, às vezes, é mais
importante que a aplicação de uma lei rígida.”,
ressalta Lemos.
O oficial destaca que o número de oficiais
será aumentado de 270 para 435 homens em
BH. O governo federal também vai distribuir
10.000 bafômetros em todo o país.
Desconfiança
Lei Seca enfrenta descrença da população
ROBERTA ANDRADE
No dia 17 de abril, o governo federal anunciou
a redução do Imposto sobre Produto Industriali-
zado (IPI), para os produtos da chamada linha
branca. Mas o que realmente significa isso? Signi-
fica que geladeiras, fogões e máquinas de lavar
ficaram mais baratas para o consumidor. Essa
medida foi tomada para reaquecer a economia,
depois da Crise Financeira Mundial.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
oIPIdasgeladeirascaiude15%para5%,odefogões,
de 5% para zero, o de máquinas de lavar, de 20% para
10% e o de tanquinhos, de 10% para zero.
Para comprovar se os preços dos produtos real-
mente diminuíram, o Movimento das Donas de
Casa e Consumidores de Minas Gerais (MDC-MG)
realizou pesquisas com os consumidores nas princi-
paislojasdeeletrodomésticosdeBH.SegundoTere-
zinha Furst, diretora de pesquisa do MDC-MG, os
preços diminuíram, em média, 6%.
De acordo com a pesquisa, os preços dos produ-
tos apresentaram variação de até 54%. Segundo o
gerente de uma das lojas Ricardo Eletro, Denilson
Barbosa,apósoanúnciodareduçãodoIPI,asvendas
aumentaram 22%. Em uma das lojas Casas Bahia, o
aumento foi de 20%, segundo o gerente David Alves.
Hoje, a maior dúvida que ronda o consumidor
é se o momento é bom para comprar. Segundo
Terezinha, “quem tem comprado eletrodomésti-
cos, tem percebido que os preços baixaram
mesmo”. No entanto, ela acredita que ainda é um
momento de ter cautela. “Para quem tem condi-
ções de comprar é um bom momento, mas não é
bom se endividar”, analisa.
Segundo a economista Joseane de Souza, o
governo vem buscando adotar medidas para faci-
litar o acesso ao crédito. Ela acredita que o
momento é propício para a compra, mas é preciso
tomar alguns cuidados. Joseane diz que, “é
importante pesquisar preços entre os concorren-
tes e se informar sobre as taxas de juros cobradas
na realização das compras a prazo”.
A redução do IPI para a linha branca foi prorro-
gada até o dia 31 de outubro.
Economia
Redução do IPI: bom momento para comprar ou não?
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Sociedade
Educativa e
Cultural Lima
Barreto
FREDERICO ALVES
Os ministérios da Saúde e da Educação uni-
ram forças e criaram o projeto “Saúde na Escola”.
O programa consiste em um trabalho conjunto de
escolas públicas e dos funcionários dos postos de
saúde, para melhorar o aproveitamento de recur-
sos que as instituições dispõem e desenvolver o
atendimento às crianças e adolescentes.
A ideia do programa é uma abordagem ampla
em todos os aspectos da vida dos alunos, para
aumentar o rendimento dentro e fora da sala de
aula. Para isso, a integração do posto de saúde, da
escola e dos pais dos alunos é muito importante.
A coordenadora do projeto pelo lado da educação
no município, Mirian Cunha de Oliveira, fala da
importância do projeto: “É importante que a saúde e
a educação se unam para garantir que todos os direi-
tos das crianças e adolescentes sejam respeitados”.
O funcionamento do projeto é simples, pri-
meiro há uma conversa entre o gerente da uni-
dade básica de saúde e o corpo docente da escola.
Então, de acordo com as necessidades, são defini-
das medidas e programas para suprir as principais
carências dos estudantes.
Para Mirian a maior dificuldade da iniciativa,
que funciona desde junho de 2008, é conseguir que
dois serviços consigam trabalhar em harmonia em
prol de um bem comum, e desta forma os alunos
tirarem o máximo de proveito possível.
DESEMPENHO
A importância do projeto é clara. Um aluno que
esteja, por exemplo, com dor de dente, terá seu
desempenho dentro da sala de aula comprometido.
É importante também que o estudante saiba que
tem direito aos serviços médicos básicos, essa é a
intenção do “Saúde na Escola”, que a educação e a
saúde caminhem juntos para ajudar no desenvolvi-
mento dos jovens na construção da cidadania.
GABRIEL MOURA
Até agora foram confirmados 133 casos de gripe
suína (vírus H1N1) em Minas Gerais. Enquanto
todos estão preocupados com o avanço da nova
gripe, a dengue já atingiu 8.025 pessoas só em Belo
Horizonte, segundo dados apurados pela Secretaria
Municipal de saúde. “A dengue é muito mais peri-
gosa, pois ela pode causar complicações, enquanto
a gripe suína é muito parecida com a gripe comum”,
compara o pediatra Amaury de Castro. Ele ressalta
que “a dengue deve ser evitada dentro de casa,
impedindo a proliferação dos focos”.
As associações de moradores dos bairros da
Região Noroeste estão fazendo campanhas de
conscientização. João Araújo, presidente da Asso-
ciação do Bairro Bom Jesus, em duas de suas ações,
distribui panfletos e afixa cartazes alertando sobre
os perigos da dengue no quadro de avisos da Qua-
dra de Esportes, Senhor Bom Jesus.
Na Associação dos Moradores e Amigos do Cai-
çara o presidente, Washington Guedes, promove a
conscientização junto às igrejas do bairro. Além
disso, a Associação, em parceria com o Núcleo Cas-
catinha, realiza o dia do meio-ambiente, no Parque
do Caiçara. Nesse evento ocorrem campanhas de
preservação ecológica, além da manutenção de
caixas d’águas e recolhimento de pneus.
A Associação também conta com o apoio de
escoteiros, que mobilizam os alunos das escolas
do bairro a evitarem a proliferação do mosquito
Aedes aegypti. Washington conta que é muito
bom ter a ajuda dos escoteiros, “pois eles sabem
como direcionar os trabalhos com as crianças”, e
acrescenta: “a mobilização tem que vir da gente”.
Na regional Noroeste estão confirmados 714
casos da doença, sendo 709 do tipo clássico e cinco
com complicações. Para evitar a proliferação da
doença, a prefeitura faz campanhas de alerta que
vão desde filmes publicitários até panfletos. Além
disso, foram feitos mutirões semanais, uma ação
conjunta da Zoonose e a Superintendência de
Limpeza Urbana (SLU), que tiraram 760 tonela-
das de lixo das áreas de risco da cidade.
Mobilização
Educação
Dengue deveria preocupar mais do que a gripe suína
Saúde e educação se unem em prol da cidadania
DAYSE AGUIAR
DAYSEAGUIAR
Todos os anos a dengue volta por falta de cuidados
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Em construção da cidadania
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MICHAEL EUDES
“Olha o mandado!”; “Dá linha!”; “Descar-
rega!”. Essas são expressões comuns para quem
colore o céu com papagaios de plástico e de seda.
No entanto, nesta época do ano, esta aparente
brincadeira inocente traz um grande perigo: a
linha com cerol.
Os fortes ventos aliado à época de férias escola-
res enchem as lajes e as ruas de jovens, que usam a
mistura de vidro moído e cola nas linhas para cor-
tar a linha de outros papagaios. Esse efeito cortante
é um perigo para quem utiliza motocicleta, espe-
cialmente os motoboys. O contato da linha com a
rede elétrica também é risco para quem empina os
papagaios.
Segundo Lídio Fernandes Costa, presidente da
Associação de Motoqueiros de Belo Horizonte,
foram 44 motoqueiros vítimas do cerol este ano,
com uma morte. Ainda segundo o presidente, o
número de acidentes reduziu graças ao uso da
antena retrátil, pelos motociclistas. “Não tinha o
hábito de usar a antena, mas ela ajuda muito.
Inclusive uso duas”, diz Costa. O custo da antena é
por volta de R$ 16,00.
O uso do cerol é considerado crime penal capi-
tulado nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal
Brasileiro, além do artigo 37 da Lei das Contraven-
ções Penais. No caso de uso por criança ou adoles-
cente, estes são apreendidos e encaminhados à
autoridade competente. O adulto que também
utilizar será conduzido, juntamente com o mate-
rial até a autoridade judiciária, podendo até per-
manecer preso. Em Minas Gerais, a Lei Estadual
n° 14.349/02 de 15/07/02 prevê multa para os
infratores.
Apesar da punição, muitos ainda continuam se
divertindo dessa forma. Cabe à Polícia Militar fis-
calizar e apreender as linhas com cerol, mas não há
uma fiscalização ostensiva devido a outras necessi-
dades. “Sempre quando surgem denúncias, a PM
averigua e apreende o material”, afirma o Sargento
Vale, do 34° Batalhão da PMMG. As denúncias
podem ser feitas por meio do telefone 190.
Campanhas educativas são realizadas na ten-
tativa de coibir essa atividade. Um exemplo é a
“Não use cerol” promovida desde 1999 pela Asso-
ciação dos Motoqueiros da capital.
LUCAS HORTA
Ser responsável por uma criança dá bastante tra-
balho aos pais, avós etc. Mas esse trabalho não se res-
tringe apenas à alimentação, estudo e higiene. Outro
ponto fundamental são os cuidados para que elas não
sofram acidentes dentro do lar e, com isso, evitar uma
tragédia que pode causar danos irreversíveis.
Os utensílios domésticos podem virar verda-
deiras armas. Objetos pequenos que podem ser
engolidos, remédios, produtos químicos e tóxicos
são exemplos disso. Deixar as crianças longe do
fogão também evita o risco delas se queimarem,
seja com a própria chama ou com água quente.
Detalhes que exigem atenção máxima dos pais.
Segundo a Fundação Hospitalar do Estado de
Minas Gerais (FHEMIG), o número de acidentes
domésticos envolvendo queimadura entre crianças
de 0 a 12 anos em 2008 foi de 563. Já os casos envol-
vendo intoxicação, no mesmo período, foram de
928; de ingestão de objetos estranhos — peças de
brinquedos, parafusos, moedas foram de 2.554.
O pediatra Amaury de Castro recomenda os
primeiros socorros específicos para cada tipo de
acidente. “Em caso de queimaduras, compressas
de pano úmido deverão ser colocadas imediata-
mente no local atingido, já no caso de intoxicação
ou ingestão de objetos estranhos o paciente deverá
forçar o vomito”, aconselha.
Ele completa: “Na ocorrência de queda, o cor-
reto a se fazer é imobilizar o acidentado e chamar
socorro médico imediatamente’’. O médico tam-
bém diz que o melhor a se fazer é a prevenção, para
que esses acidentes não ocorram. “A vigília dos pais
ou responsáveis é fundamental para manter as
crianças a salvo desses perigos e evitar transtornos
maiores no futuro’’, ressalta.
Perigo
Acidentes Domésticos
Uma linha entre a vida e a morte
Médico alerta sobre
acidentes no lar
DAYSE AGUIAR
DAYSEAGUIAR
Vigilância dos pais pode evitar acidentes
A mistura de vidro moído e cola usada nas linhas se torna uma arma mortal – principalmente para motoqueiros
8. PRODUZIDO PELOS ALUNOS DE JORNALISMO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA, COMO ATIVIDADE PRÁTICA DO CURSO.
PAGINA 8
Em construção da cidadania
Sociedade
Educativa e
Cultural Lima
Barreto
3347.3282 – 8734.3281 - 9277.4412 - jornalpaginasabertas@gmail.com
FOTOS DAYSE AGUIAR
CARLA OLIVEIRA
Há três anos nascia o jornal Páginas Abertas.
Tudo começou porque havia grande necessi-
dade de levar informação às pessoas sobre even-
tos culturais que aconteciam na Região Noro-
este de Belo Horizonte, local de circulação do
veículo, e também sobre notícias do Pré-Vestibu-
lar Lima Barreto, mantenedor do Jornal.
Naquela época, a direção do Pré-Vestibular
procurou a Newton Paiva para estabelecer uma
parceria. A combinação de esforços produziu
um veículo altamente prestigiado pelos morado-
res da Região, pelo caráter informativo, e que
serve de voz a todos do local.
O Jornal consegue levar informação e cul-
tura às pessoas de forma simples e com quali-
dade. “A partir do momento em que o Páginas
Abertas começou a ser divulgado, nós pudemos
observar mudanças de comportamento”, afir-
mou Éderson Batista Balbino, diretor do Jornal.
Segundo ele, a aceitação foi tanta que muitos
moradores exigem as novas edições.
Como mediador cultural, o veículo não anun-
cia somente uma agenda, ele também denuncia
problemas da Região que as autoridades não per-
cebem. Éderson conta que havia um aterro sani-
tário em condições deploráveis atrás do Pré-Ves-
tibular, e que após a reportagem do Jornal, a pre-
feitura começou a fazer a limpeza do terreno.
Após três anos em circulação, o Páginas
Abertas deverá crescer. Éderson afirma que a
ampliação da distribuição do Jornal é um dos
planos para o crescimento e a visibilidade do
veículo. Ele garante ainda que a participação
dos leitores será de grande importância nesse
projeto. “Descobrimos qual a finalidade de levar
cultura para as pessoas. Quando nós descobrir-
mos a forma do leitor participar do jornal, ele
terá outra cara”, disse convicto.
PERSISTÊNCIA
Responsável pela distribuição do Jornal pela
Região, Orlando Barnabé de Souza sabe do
potencial e do valor de sua entrega. “Eu levo um
e volto no lugar novamente”, conta. Sempre sor-
ridente e bem-humorado ‘Seu Barnabé’, como é
conhecido, não poupa elogios ao Jornal, e aposta
na competência de toda equipe de produção.
“Ele é um Jornal cultural e instrutivo, e nenhum
outro tem o que nós temos, que é a nossa humil-
dade e capacidade de trabalhar”, ressalta.
Aniversário
Páginas Abertas, três anos de perseverança
“O Jornal é
uma forma
de colocar as
pessoas
em sintonia
com o que
acontece aqui.”
Éderson Batista Balbino
“O Páginas tem
o poder de
conscientizar as
pessoas. Se nós
trabalharmos
juntos, nós
vamos crescer.”
OrlandoBarnabédeSouza
AGUIAR
3anos de muitainformação