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Baixar para ler offline
Miriam Gonçalves
abertas
     SETEMBRO A DEZEMBRO DE 2011
     ANO I - NO 15

PÁGINAS




                                                               Reciclagem de
                                                                sucata e lixo
                                                                mudam vidas
                                                                         PÁGINA 8




                                                       As aventuras de      Acir Antão       112, o número que
                                                       Cafunga e Alice   recupera nossas    manchou a educação
CONTATOS                                              na Copa do Mundo    raízes musicais     estadual mineira
31. 30325452
icolegariobalbino@yahoo.com.br                             ENCARTE             PÁGINA 5           PÁGINA 5
olegariobalbino.blogspot.com
Opinião                                                                     Editorial                                                                                                           Evento
     Um olhar para                                                                                                                                                                                   Sarau leva
     a comunidade                                                                                                                                                                                     cultura à
                  MIRIAM GONÇALVES

     “Onde me chamar para trabalhar
para o bem da comunidade eu vou” — são
                                                                             TERRENO MINADO?                                                                                                         sala de aula
palavras do mais antigo morador do bairro                                                                                                                                                                   IZABELA MOREIRA
Nova Esperança, José Eustáquio Pereira,                                                                                                                                                             Com a intenção de levar mais
59 anos, que vive na região há 53 anos. Ele                                                                                                                     ÉDERSON BATISTA BALBINO
                                                                                                                                                                                                cultura para os alunos e morado-
viu todo o processo de construção da Nova                                                                                                                                                       res da região, professores e alunos
Esperança e lembra que, antigamente, o                                      Sou ideologicamente ICOB embora nunca tenha me ins-                                                                 do Instituto Cultural Olegário Bal-
bairro era uma grande fazenda, onde ele e                               crito em outra organização. Por isso como presidente e ideali-                                                          bino (ICOB) se uniram pela reali-
seus irmãos até tomavam banho em um
                                                                        zador me permito pensar em alguns desafios.                                                                             zação de um sarau, que movimen-
córrego que passava por lá...                                                                                                                                                                   tou a Escola Municipal Arthur
     Pereira conta que muita coisa mudou                                    O que querem os movimentos sociais e o povo? Mudanças
                                                                                                                                                                                                Guimarães, no dia 16 de setembro.
na comunidade com o passar do tempo.                                    profundas que deem outro rumo a nossa comunidade (reali-                                                                O sarau teve como objetivo desper-
Grandes empresas foram instaladas na                                    dade). Esse mesmo povo entende que não fazemos o que que-                                                               tar o lado artístico dos alunos do
região tornando o bairro mais conhecido.
                                                                        remos, mas o que podemos ou o que nos deixam fazer. O ter-                                                              pré-vestibular do ICOB.
Além disso, ele reconhece que a prefeitura                                                                                                                                                          A escola, que fica na avenida
tem feito investimentos para tornar o                                   reno é ocupado e minado. Mas nem tudo é mina. Há espaços
                                                                                                                                                                                                Américo Vespúcio, no bairro Apa-
bairro melhor. “Há pouco tempo, por                                     para inovações.                                                                                                         recida, contou com a participação
exemplo, foi inaugurada a unidade da                                        O ICOB inovou criando o pré-vestibular, pré-enem e                                                                  de moradores com algum tipo de
UMEI Nova Esperança, onde as mães                                                                                                                                                               dom artístico e, por isso, o Sarau
                                                                        supletivo do ensino médio em nossa região. Inovou criando
agora podem deixar suas crianças para ir                                                                                                                                                        teve diversas intervenções artísti-
trabalhar”, conta.                                                      em parceria com o SESC o ciclo de palestras e cursos profis-
                                                                                                                                                                                                cas. Oficinas, danças, moda de
     Dono de um estabelecimento há 45                                   sionalizantes que beneficiaram até a presente data cerca de                                                             viola, pop rock e as participações
anos, foi o primeiro a trazer cultura por                               1450 pessoas.                                                                                                           do sambista Seu Marcelo e dos
meio de sua banca de revista. Ele explica                                                                                                                                                       cantores Hugo (MPB) e Juninho
que, antes, “para se comprar um jornal
                                                                            Não há instrumento maior para avaliar os trabalhos ofereci-
                                                                                                                                                                                                Santos (sertanejo).
era preciso ir até outro bairro”. O contato                             dos por uma ONG que o sentimento de um povo. Portanto com as
                                                                                                                                                                                                    E n t re t a n t o s d e s t a q u e s ,
diário com o público criou um bom rela-                                 ações do ICOB, e isto inclui o Páginas Abertas, o jovem passou a                                                        mesmo assim a noite foi do poeta
cionamento com todos da comunidade                                      ter mais informação e acesso a Universidade.                                                                            Emílio Sutério, 39 anos, que tem
— “de moradores a políticos”.                                                                                                                                                                   mais de 400 poemas e um livro
     Mesmo sendo testemunha de um
                                                                            É com este espírito que o Páginas Abertas quer mostrar a
                                                                                                                                                                                                publicado. Emílio, que é morador
tempo de mais calma e menos violência,                                  você o que está sendo feito. E com sua contribuição e partici-                                                          do bairro, contou que foi a pri-
quando a região era de um bucolismo tão                                 pação vamos, cada vez mais melhorando no sentido de conti-                                                              meira vez que se apresenta em
grande, que até parecia uma cidade do
                                                                        nuar nosso compromisso de construir uma comunidade mais                                                                 um sarau. Ele não teve como
interior, Pereira afirma que ainda gosta                                                                                                                                                        esconder que gostou demais de
muito de morar aqui, pois foi onde criou                                humana e com mais igualitária.
                                                                                                                                                                                                sua participação.
seus filhos, plantou seus amigos e cons-                                    Agora é com você amigo leitor, boa leitura e até a próxima                                                              — Foi muito interessante parti-
truiu sua vida.                                                         edição do Páginas Abertas.                                                                                              cipar porque, de certa forma, tudo
                                                                                                                                                                                                isso faz com que a gente cresça.
Expediente                                                                                                                                                                                          Maria Aparecida Dias e Célia
                                                                                                                                                                                                Oliveira, moradoras do bairro, dis-
INFORMATIVO DO INSTITUTO CULTURAL OLEGÁRIO BALBINO
Rua Margarida P Torres , 1460 - Nova Esperança - Belo Horizonte - Minas Gerais - CEP 31230 390
                .                                                                                                                                                                               seram que a iniciativa deveria se
Contato: 31. 3347.3282 - e-mail: icolegariobalbino@yahoo.com.br ou blog: olegariobalbino.blogspot.com
RECURSOS HUMANOS
                                                                                                                                                                                                repetir com mais frequência, pois,
COORDENADOR/PROFESSOR: Éderson Batista Balbino,                                                                                                                                                 numa região onde não há opções de
DIRETORA FINANCEIRA: Rosemayre Costa Carvalho, ADVOGADA:Donata Terezinha Balbino,
SECRETÁRIO: Robson Anísio                                                                                                                                                                       lazer, “o sarau é um acontecimento
JORNAL – LABORATÓRIO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA / CENTRAL DE PRODUÇÃO JORNALÍSTICA – CPJ                                                                                              que leva incentivo a muita gente”.
COORDENADORA DO CURSO DE JORNALISMO: Marialice Emboava, COORDENADOR DA CENTRAL DE PRODUÇÃO JORNALÍSTICA - CPJ: Eustáquio Trindade Netto
– MG02146MT, PROJETO GRÁFICO E DIREÇÃO DE ARTE: Helô Costa – MG00127DG, colaboraram nesta edição estagiários do curso de Jornalismo:                                                            Segundo Célia Oliveira, “além de
Lídia Salazar(edição); Ana Paula Duarte, Bárbara Batista, Bruno Menezes, Diego dos Santos, Geisiane de Oliveira, Isabella Rocha, Izabela Moreira,
Jaqueline de Paula, Lorayne François, Miriam Gonçalves, Nayara Perez, Rayane Dieguez, Sérgio Viana (textos); Ludmila Rezende (diagramação).
                                                                                                                                                                                                trazer muita cultura, o sarau nos
CORRESPONDÊNCIA:
                                                                                                                                                                                                diverte também, pois tem muita
Centro Universitário Newton Paiva - Campus Carlos Luz: Rua Catumbi, 546 - Caiçara - Belo Horizonte - Minas Gerais - CEP: 31230-600 - Telefone: (31) 3516-2734 - cpj.jornalismo@newtonpaiva.br   poesia e música”.




                                                                                                                  PÁGINA 2
Pedido é atendido, mas ainda                                                                                                                              Medidas foram
                                                                                                                                                                    consideradas paliativas
                                                                                                                                                                          pelos moradores,


                       não é o suficiente
                                                                                                                                                                        que fazem diversas
                                                                                                                                                                      sugestões à BHTrans


              NAYARA PEREZ                    que estão na avenida no sentido oposto e      resolveria o problema. Testemunha ocu-            fico e flexível. Como era de se esperar, a
       Após a matéria publicada na última     querem fazer um retorno em direção à          lar dos problemas, ele confirma que a             medida desagradou a muita gente. Os
edição do ‘Páginas abertas’, denunciando      rua. Como ninguém respeita a placa, a         placa e os quebra-molas, pelo menos até           taxistas que costumam estacionar seus
problemas da avenida Américo Vespúcio e       imprudência prevalece. Além de não res-       agora, não resolveram nada. “Os aciden-           carros na avenida, reclamam do afunila-
suas esquinas perigosas, dentre elas as das   peitar, são muitos os motoristas que fazem    tes na avenida acontecem principal-               mento da pista. “A ciclovia virou um
ruas Luiz Monteiro e José Benedito,           o retorno proibido exibindo manobras          mente com os motoqueiros”, explica.               problema daqueles: ela afunilou o trân-
foram colocados mais quebra-molas na          arriscadas mesmo nos horários de pico                   CICLOVIA NA AVENIDA                     sito, que já era pesado e agora ficou
avenida. Mesmo assim, a principal via de      — “Esses caras complicam ainda mais o             Apesar dos diversos problemas veri-           pior”, reclama Victor Nunes, que faz
ligação entre as regiões Norte e Nordeste     trânsito”, observa Roberto da Silva.          ficados na Américo Vespúcio, foi colo-            ponto no local — “agora, ficamos esta-
com a região Noroeste continua com os              Há quem exija uma solução mais           cada uma ciclovia acompanhando o                  cionados bem no meio da pista”!
mesmos problemas. Qual seria realmente        radical. “Deveriam fechar logo esse cruza-    percurso da via, no sentido Antônio Car-               Mas há quem discorde. O universitá-
a solução para diminuir os acidentes na       mento”, sentencia Milton Araújo, comer-       los – Caiçara. Parte do projeto “Pedala           rio e ciclista Roberto Mendonça, estu-
Américo Vespúcio?                             ciante que trabalha em frente ao cruza-       BH”, seu objetivo é resgatar o uso da             dante de Letras, acha que tudo que é novo
        Para alguns pedestres, os quebra-     mento. Araújo acredita que um canteiro        bicicleta, transporte considerado bené-           incomoda. ”A bicicleta é um veículo
molas até que ajudaram a diminuir um                                                                                   Geisiane de Oliveira   barato e de fácil manutenção; além de
pouquinho a velocidade dos carros. Para                                                                                                       aliviar o trânsito pesado, ela não polui o
outros, não houve muita diferença. “Os                                                                                                        meio ambiente”, afirma. Ele lembra que a
acidentes continuam acontecendo”,                                                                                                             ciclovia pode ser um dos trunfos para aju-
constata Roberto da Silva, lavador de                                                                                                         dar a melhorar o cada vez mais caótico
carros que trabalha na região. Para ele, só                                                                                                   trânsito da região. “Mas, de que adianta
outro tipo de sinalização, como um                                                                                                            construir uma ciclovia bacana como essa,
semáforo, poderá resolver a questão.                                                                                                          se ninguém anda nela?” — questiona
     Além dos quebra-molas próximos à                                                                                                         Roberto. Para ele, agora é hora de fazer
rua José Benedito, a mais caótica de todas,                                                                                                   uma campanha pra incentivar o uso da
foi colocada uma placa, com o dístico                                                                                                         bicicleta, inclusive barateando o produto:
‘Proibido retornar’, para os condutores                                                                                                       “as bicicletas andam muito caras”.

                                                                                                                                              Mirian Gonçalves




     Rampa da rua Saracá já causou morte
          GEISIANE DE OLIVEIRA                lões, farmácias, diversas lojas e o retorno   um grande volume de carros”, diz. Para
     “Acredito que Deus vai nos ajudar”.                                                                                                                               Moradores esperam
                                              para a avenida Américo Vespúcio. A con-       ele, isso é um perigo, “pois os veículos                                      por iniciativa da
Depois de tanto esperar, Piedade Maria de     fusão aumenta principalmente no horá-         entram de uma vez, pode acontecer um                                           prefeitura para
Assis Matos, 65, só conta mesmo com a         rio de pico, por volta das 17h da tarde,      acidente grave”.                                                            melhorar situação
                                                                                                                                                                           da comunidade
ajuda da Divina Providência. E tem moti-      quando o alto número de pessoas e car-             Depois de muitos apelos às autorida-
vos de sobra para isso. Ela perdeu um         ros torna o cruzamento bem perigoso.          des, a comunidade agora espera que a
sobrinho em um acidente na perigosa           Para o vendedor José das Dores Pereira,       situação da rampa possa se resolver o mais
rampa, que fica enfrente a sua casa, entre    58, que tem uma sorveteria na esquina         rápido possível, pois já houve uma morte e
a rua Saracá e a avenida Américo Vespú-       dessa rua, deveria ser colocada uma           ninguém quer que isso aconteça nova-
cio. “É um morro muito inclinado, que         sinalização. “E depois, um corrimão,          mente. Por isso, muitos discordam de
não possui nenhum tipo de apoio —             pelo fato de várias pessoas idosas já         Piedade Maria quando ela diz que tudo
assim, as pessoas que passam por lá têm       terem caído ali e porque a avenida é, de      “está nas mãos do Senhor, e só ele pode
grandes dificuldades para transitar”,         fato, muito agitada”, afirma Pereira.         ajudar a gente a descer esse morro”. Há
adverte Piedade Maria. E tanto faz descer         O comerciante Éderson Batista con-        quem ache que a solução está aqui
ou subir a rua: os riscos são os mesmos!      corda com o vendedor, sugerindo tam-          mesmo, na terra. “Basta que a prefeitura
     Na Saracá há um movimento sem-           bém algumas mudanças. “A rua deveria          tenha boa vontade de dar um pouco mais
pre intenso, pois nas imediações se           ser mão única, pelo fato de que descem        de atenção para a rua Saracá”, sugere
situam escolas, supermercados, saco-          muitos caminhões pesados, em meio a           Dilza Márcia, outra moradora do bairro.




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ENEM será obrigatório?
                                                                                                                                                           Por enquanto, exame ainda é
                                                                                                                                                         voluntário, mas, daqui a pouco,
                                                                                                                                                              não vai dar pra fugir dele


Arquivo Páginas Abertas
                                                         RAYANE DIEGUEZ                  conhecimento: ciências naturais e                ajudam da melhor forma possível.”
                                                Ser admitido em uma universi-            humanas, linguagens e matemática.                    Leonardo Miranda, professor pre-
                                            dade é, para a maioria dos adolescen-            Na tentativa de evitar que o estresse        paratório do ENEM, afirma que os alu-
                                            tes, o principio de uma escalada rumo        se instale, danificando os estudos e a           nos precisam estar antenados. “A princi-
                                            ao sucesso. Porém, a tentativa de            vida pessoal do vestibulando, algumas            pal dica que dou é que façam ao menos
                                            ingresso em uma instituição de ensino        instituições de ensino procuram ofere-           uma das provas anteriores, pois assim
                                            superior sempre gera estresse, pressão       cer uma espécie de suporte psicológico           poderão aprender a lógica.”
                                            psicológica e abalo emocional. A             e educacional. É o que acontece no Ins-              A prova do ENEM exige dos estu-
                                            grande maioria dos jovens que presta         tituto Cultural Olegário Balbino                 dantes muito mais do que o mero acú-
                                            vestibular ao término do ensino médio        (ICOB), uma entidade sem fins lucrati-           mulo de conhecimento. Os alunos
                                            sofre com a ansiedade. E um agra-            vos, formada por professores voluntá-            devem estar compenetrados e ter foco.
                                            vante, pois são as inúmeras modifica-        rios, que tem por objetivo ministrar             Uma boa preparação e o apoio da família
                                            ções que ocorreram no ENEM (Exame            ensino suplementar à população                   são essenciais para um desempenho
                                            Nacional do Ensino Médio).                   carente e de baixa renda.                        satisfatório no exame. Afinal, é bom
                                                Desde 2009, o ENEM adotou certas             Segundo Frederico Ângelo, aluno              lembrar que, no início do mês de setem-
                                            mudanças — passou a ser utilizado como       do ICOB, os professores são bem prepa-           bro, o ministro Fernando Haddad, da
                                            forma de seleção unificada nos processos     rados e estão sempre dispostos a escla-          Educação, defendeu a universalização
                                            seletivos das universidades públicas         recer as dúvidas. “Lá, nós temos ótimos          do ENEM, tornando-o obrigatório. Ou
                                            federais e foi dividido em quatro áreas do   professores, são muito esforçados e nos          seja, o exame veio para ficar.




“E a saudade no meu                                                                                       Citando Lupicínio Rodrigues,
                                                                                                             o pesquisador e radialista
                                                                                                              mineiro, Acir Antão ainda


peito ainda mora” (*)
                                                                                                                acredita no retorno de
                                                                                                                nossas raízes musicais



               LORAYNE FRANÇOIS             comerciais, o público é de pessoas que             — Eu descobri que o público para
    Aos 63 anos, Acir Antão é produtor      decidem a compra dos produtos. Além          quem eu canto gosta muito das músicas
cultural, radialista, jornalista e cantor   de comerciais, também são tocadas            do Lupicínio Rodrigues. Nos shows eu
nas horas vagas. Um dos moradores           músicas do gênero MPB, principal-            conto as histórias das músicas dele. Ele é
mais antigos da Região Noroeste, Acir       mente da Velha Guarda. Em 1974, Acir         um compositor gaúcho que fez as músi-
conta que viu o Caiçara nascer. “Era        gravou uma marcha e um samba, por            cas do estilo chamado “dor de cotovelo”.
uma mata fechada e eu me lembro,            meio de um convite do compositor Ata-        Até hoje é um grande sucesso!
quando eu era menino, o tanto que           íde Machado. Em 1997, outro conhe-               Apesar de tanta admiração, Acir
eles tiraram de madeira e mato para         cido compositor, Gervásio Horta, o           Antão não arrisca em dizer qual é a
poder construir o bairro; o alto do Cai-    incentivou a gravar um CD com músi-          música de Lupicínio de que mais
çara já chegou com ruas calçadas,           cas de autores mineiros para registrar o     gosta. “Eu gosto de todas, não tenho
esgoto e água”.                             centenário de Belo Horizonte.                uma preferência”.
    Acir faz parte da Rádio Itatiaia há         No entanto, Acir, ao mesmo tempo             Em um país de população muito                                               Lorayne François

41 anos. De segunda a sábado, ele           em que afirma sua admiração pela             jovem, como o Brasil, onde hoje a tra-           sas modas que “pegam”.
comanda uma das atrações da emis-           música brasileira e mineira, não             dição musical é sufocada por gêneros                 — São modas musicais que vão
sora, o “Programa Acir Antão”, que vai      esconde que gosta principalmente do          com o funk e o hip hop, Acir diz que             passar... No fundo, depois de um
ao ar de 9h às 10h, e está em cartaz        gaúcho Lupicínio Rodrigues, o autor          essas modas musicais sobrevivem                  tempo esses gêneros musicais desapa-
desde 1978. Aos domingos, de 9h às          de sucessos como “Vingança” e “Se            enquanto as pessoas estão em uma                 recem para ficar aquilo que é nosso.
13h desde 1976. Em seu programa, o          acaso você chegasse”. Em seus shows,         determinada fase. Para os jovens, que                Ou como diria o velho Lupicínio,
ouvinte participa sempre que há um          ele interpreta outros compositores da        hoje gostam dessas modas musicais                “porque sei que a falsidade não vigora”...
assunto relevante para a população.         MPB, mas possui um espetáculo ape-           que vão aparecendo, só a idade é que
    Como o programa possui muitos           nas para cantar as músicas do gaúcho.        vai fazer com que eles se afastem des-               (*) “Felicidade” (Lupicínio Rodrigues)




                                                                          PÁGINA 4
Os 112 dias que
          abalaram a educação




                                                                                                                       Bárbara Batista
        Balanço geral e passos importantes no período de greve da rede estadual mineira

    BÁRBARA BATISTA E BRUNO MENEZES              estipulado não era suficiente, e não                            Mesmo com a decisão judicial e a ame-     da rede pública de ensino é muito dife-
    Na noite do último dia 27 de setem-          abrangia os profissionais de “suporte a                    aça de pagamento de multa, os professores      rente da maioria das escolas que apare-
bro, chegou ao fim a greve dos professo-         docência”, ou seja, trabalhadores que                      insistiram em permanecer em greve. A           cem no topo do ranking do ENEM,
res da rede pública estadual de Minas            não são professores, além de não levar                     paralisação somente chegou ao fim após         composto em sua maioria por escolas
Gerais, que teve 112 dias de paralisa-           em conta o tempo de carreira e o grau                      mais de oito horas de negociações entre        particulares. Segundo dados de 2009
ção das atividades. O Sindicato Único            d e e s c o l a r i d a d e d o p ro f i s s i o n a l .   Sind-UTE e o Governo de Minas, no plená-       da Confederação Nacional dos Traba-
dos Trabalhadores em Educação                    Segundo os sindicalistas, o valor defen-                   rio da Assembléia Legislativa de Minas         l h a d o re s e m E d u c a ç ã o ( C N T E ) ,
(Sind-UTE), que tomou a frente da                dido tem por base o calculo da Confe-                      Gerais. Onde o Governo propôs negociar os      mesmo com o diploma de ensino supe-
greve, reivindicava um piso salarial de          deração Nacional dos Trabalhadores da                      valores da tabela de faixas salariais, entre   rior, ainda há professores que ganham
R$1.597,87 para uma jornada de 24                Educação (CNTE). A diretora do sindi-                      2012 e 2015, reconhecendo a aplicação do       pouco mais de um salário mínimo.
horas trabalhadas e Ensino Médio de              cado, Beatriz Cerqueira dizia que –– o                     piso salarial proporcional no plano de car-          A valorização do profissional é sem
escolaridade. Enquanto o Governo de              governo não cumpre com a lei. Visando                      reira dos professores.                         duvida primordial para a educação
Minas, afirmando estar agindo de                 o Estatuto da Criança e do Adolescente                          Mas é bom ficar em estado de alerta.      básica do país, com salários baixos, e
acordo com o estabelecido pelo Supe-             (ECA), o MPE chegou a entrar com                           O Sind-UTE marcou uma nova assem-              más condições de trabalho, a carência
rior Tribunal Federal (STF), oferecia            uma ação na justiça pedindo a decreta-                     bleia para o dia 8 de outubro para avaliar     de profissionais capacitados tem sido
um piso salarial de R$ 712 para 24               ção de ilegalidade da greve e na sexta                     se os termos do acordo estão sendo cum-        uma grande pedra no sapato da educa-
horas trabalhadas aos professores que            feira, 16, o desembargador Roney Oli-                      pridos. Caso contrário, a categoria pode       ção brasileira, e os principais prejudi-
tinham vencimento básico abaixo                  veira determinou que os professores                        voltar a cruzar os braços.                     cados são os alunos, que no meio do
deste montante.                                  retornassem as salas de aula na                                   UM PRIVILÉGIO PARA POUCOS               fogo cruzado, ficam sem aulas e sem
    De acordo com o sindicato, o valor           segunda feira, 19.                                             A realidade salarial de um professor       uma boa qualidade de ensino.



Quem não é a maior tem que ser a melhor
                                                                                                                                                                          Dedicação, muito trabalho e ampla
                                                                                                                                                                     interação com a comunidade: segredos
                                                                                                                                                                           do sucesso da Escola Carlos Góis

          ANA PAULA DUARTE (*)                   passado, a escola foi trocada várias vezes                 educar as crianças como elas mere-             “Eles leem a Bíblia e ela vai explicando
    “Seguro morreu de velho” é um                pela escola municipal Arthur Guimarães,                    cem”, reconhece Michele. “Antes, a             que brigar é errado, que devem se res-
ditado que se aplica bem aos mineiros.           situada na Avenida Américo Vespúcio.                       escola não era boa, mas depois que a           peitar e ter amor ao próximo”, afirma. A
E não é por acaso. Segundo muitos                Mas, hoje, já começa a se destacar.                        Denise assumiu a direção, tudo melho-          razão de Michele estar por dentro de
moradores da região noroeste, algu-                   “Atualmente não há mais diferença                     rou: merenda, educação, união dos alu-         tantos detalhes se deve à iniciativa da
mas escolas da comunidade ainda                  entre as duas, pois a escola municipal                     nos”, conta. O filho de Michele estuda         diretora de abrir as portas da escola e
deixam a desejar e, por isso, criaram            Carlos Góis avançou”, observa a atual                      na escola municipal desde os seis anos.        sugerir que o trabalho seja acompa-
uma imagem negativa aos olhos da                 diretora, Denise Palhares, 34. Orgu-                       E ela diz que logo percebeu a diferença.       nhado pelos pais.
população. Diante disso, não são pou-            lhosa, conta que 587 alunos já possuem                         — Pedro não sabia a letra “A” do alfa-         — A diretora é bem direta com as
cos os pais que, por preconceito, prefe-         acesso à escola integrada. “Nossos índi-                   beto e terminou o ano lendo e escrevendo.      mães e deixa que, às vezes, a gente
rem matricular os filhos em outros               ces estão crescentes, estamos bem no                           Na sala do estudante, terceira série       acompanhe as aulas.
estabelecimentos, mesmo que se                   PROALFA (Programa de alfabetização)                        do ensino primário, realiza-se um tra-             Mesmo em uma região conside-
situem mais longe de suas casas. As              e, além disso, a escola possui a nota 6,1                  balho diferente, para que os alunos            rada perigosa e carente de boas opções
escolas encontradas na comunidade                no IDEB (Índice de Desenvolvimento                         estudem unidos e focados. “A profes-           para os jovens, o trabalho de todos
sempre foram menores e, talvez por               da Boa Educação)”, revela Denise. Ela                      sora não se preocupa somente em ensi-          conseguiu fazer com que a Escola
isso, costumem passar a imagem de                faz questão de ressaltar que, “quando o                    nar; ela se preocupa também com os             Municipal Carlos Góis se tornasse a
desinteressantes, se comparadas às               índice é igual ou superior a 6, a escola é                 problemas pessoais das crianças”, diz          melhor da comunidade, segundo a
instituições das avenidas.                       considerada de boa qualidade”.                             Michele, mostrando que o rendimento            avaliação do governo. O que deixa
    Menores no tamanho, mas não na                               A VOLTA POR CIMA                           escolar do garoto também melhorou.             população feliz e otimista, e ainda
qualidade da educação. É o caso da escola            O segredo de tanto sucesso, segundo                        — Hoje ele vai feliz para a escola.        mais orgulhosa a diretora. “A escola só
Municipal Carlos Góis, localizada na             Michele Pacheco, mãe de Pedro, oito                            Segundo Michele, dentro da sala a          tem a melhorar; sou diretora há três
comunidade da Pedreira Prado Lopes,              anos, é a boa vontade da diretora. “Ela                    professora pede que os alunos leiam a          anos, e os nossos índices nunca estive-
região Noroeste de Belo Horizonte. No            gosta do que faz e trabalha duro para                      Bíblia Sagrada toda vez que brigam.            ram tão bons”, afirma.




                                                                                        PÁGINA 5
Isabella Rocha

                                                       E você, já Vila Sumaré ainda espera
                                                     se adaptou       pelo apoio do CRAS
                                                      ao fim das                                            SÉRGIO VIANA                  a presença do CRAS. No entanto,

                                                         sacolas
                                                                                                   O Centro de Referência de Assistên-    segundo Kleidnéia Martins Gomes,
                                                                                              cia Social – CRAS foi criado em 2001,       gerente de Políticas Nacionais da Região
                                                                                              pela prefeitura de Belo Horizonte, para

                                                       plásticas
                                                                                                                                          Noroeste, o CRAS ainda não foi insta-
                                                                                              garantir condições dignas de moradia e      lado aqui por falta de recursos.
                                                                                              qualidade de vida para famílias que              — O CRAS está em rota de expan-

                                                     adicionais?                              vivem em áreas de risco. Os moradores
                                                                                              da Vila Sumaré, Região Noroeste da
                                                                                                                                          são. A Vila Sumaré é uma das priorida-
                                                                                                                                          des devido aos grandes problemas que
                                                       Entre as principais reclamações dos    capital, reclamam que até hoje esperam      existem na região. É um projeto de aná-
                                                      consumidores, estão a falta de hábito   pelo apoio do programa social.              lise do governo, mas depende de recur-
                                                        e a baixa qualidade das recicláveis        Maria Inês de Souza Neves, mora-       sos para ser implantado.
                 ISABELLA ROCHA              Lúcia de Abreu leva as compras em cai-           dora do Sumaré, diz que está cansada             Kleidnéia afirma que, para a atual
      Em vigor desde 18 de abril deste       xas de papelão e se diz revoltada. “Já tive      de ver crianças e jovens em situações       gestão municipal, será difícil a instala-
 ano, a Lei 9.529/2008, que proíbe a         que comprar essa sacolinha reciclável,           horríveis no dia a dia. Ela afirma que a    ção de um CRAS no Sumaré. “Pelas
 distribuição das sacolas plásticas tradi-   mas ela é péssima. Rasga antes de você           comunidade acaba perdendo os jovens         metas do município, ainda não temos
 cionais nos comércios de Belo Hori-         sair do supermercado”, conta a mora-             para o crime e que é preciso urgente-       uma previsão de implantação dos
 zonte ainda é questionada por muitos.       dora do bairro Santa Cruz. A promotora           mente um programa social para res-          recursos”, disse. Atualmente, no
 As opções atuais — as sacolas reciclá-      de vendas Kelen Cristina de Araújo tam-          gatá-los. Este é apenas um dos muitos       governo Márcio Lacerda, existem em
 veis, vendidas nos estabelecimentos, as     bém não se acostumou com a lei e acha            problemas a serem resolvidos.               Belo Horizonte 23 CRAS, espalhados
 caixas de papelão ou o uso de sua pró-      que as sacolas recicláveis arrebentam                 O CRAS atua juntamente com a           em todas as regiões da cidade, inclusive
 pria sacola ecológica para as compras       muito fácil. “Já que estão vendendo,             prefeitura, como a principal porta de       na Noroeste. A Vila São José e a
 — ainda não foram totalmente assimi-        deviam providenciar sacolas melhores;            entrada do Sistema Único de Assistên-       Pedreira Prado Lopes são exemplos.
 ladas pela clientela. Mesmo tendo o         as sacolas são caras e não têm qualidade.        cia social (Suas). Ele é responsável pela   Mas e a Sumaré? Até o fechamento
 objetivo de salvar o meio-ambiente, a       Não vale a pena”, protesta Kelen, mora-          organização e oferta de serviços para as    desta edição, a Secretaria de Assistên-
 lei divide opiniões.                        dora do bairro Bom Jesus.                        pessoas de todas as idades e da proteção    cia Social da PBH ainda não havia res-
      Na loja dos Supermercados BH da             Por outro lado, há quem defenda o           social básica nas áreas de vulnerabili-     pondido à solicitação do jornal para
 Avenida Américo Vespúcio não é dife-        meio ambiente. Por não ser feita de              dade e risco social. Quanto mais altos      informar se há uma data prevista para
 rente. Para o gerente Valdir Alves, ainda   petróleo, a sacola reciclável ou biode-          forem os ricos sociais, maior deveria ser   implantação do CRAS na região.
 não houve a aceitação plena dos clientes    gradável tem mais benefícios para a                                                                                      Diego dos Santos

 devido à dificuldade de locomoção com       natureza. A assistente social Nathalie
 os produtos. “Eles [os clientes] ainda      de Souza, que mora no Santo André, é
 não habituaram. Quando não trazem,                                                                                                                                    Comunidade do
                                             adepta da sacola ecológica. “Eu gostei
                                                                                                                                                                         Sumaré, uma
 adquirem a sacola aqui na empresa”,         da lei, sou a favor, mas sei que no                                                                                     das regiões mais
 observa o gerente. O operador de caixa      começo é difícil se acostumar”. O ban-                                                                                  problemáticas da
                                                                                                                                                                    Região Noroeste,
 do supermercado Hermínio da Silva           cário Ernesto Gomes da Silva, do bairro                                                                             reclama prioridades
 também acha que os clientes ainda não       Bom Jesus, acha que a lei tem que ser                                                                              no atendimento social
 se adaptaram. Segundo ele, a maioria s      cumprida. “Se é verdade mesmo que a
 pega, de graça, as caixas de papelão no     plástico degenera a atmosfera e
 próprio supermercado para levar as          demora a se decompor, então, vamos
 compras. Só que as caixas, que não têm      priorizar a sustentabilidade”, propõe
 a parte funda totalmente colada, aca-       Ernesto, sem deixar de reclamar do
 bam não sendo a melhor opção. “São          tumulto que se forma em volta dos cai-
 difíceis de carregar e costumam se rom-     xas, na hora de pagar as mercadorias.
 per”, reclama a dona de casa Kátia          “É uma bagunça, mas a culpa é de
 Marise, moradora do bairro Ermelinda.       quem insiste em desconhecer a lei; se
      No entanto, a maior revolta dos con-   já sabe que não tem mais aquela sacola
 sumidores é a falta de qualidade das        antiga e que a atual se rasga com facili-
 sacolas recicláveis. A secretária Edna      dade, então, traz a sacola de casa!”.




                                                                               PÁGINA 6
“Nada é difícil
                                                                           GEISIANE OLIVEIRA E              ficou pequena pra ele.                tas particulares. A geração do ser-
                                                                              NAYARA PEREZ                       Oficialmente, sua carreira       tanejo universitário, que agregou
                                                                                                            começou em 1999, em sua pró-          outros elementos musicais ao ser-

  quando se tem um                                                      Muita gente não sabe quem é
                                                                   Júnio Ferraz dos Santos, 29 anos,
                                                                   nascido na cidade de Ataléia, no
                                                                                                            pria cidade. Tanto que, aos 18
                                                                                                            anos, tomou a iniciativa de sair
                                                                                                                                                  tanejo tradicional, conquistou o
                                                                                                                                                  Brasil e se transformou em um


   sonho na vida”
                                                                                                            de casa, e veio para Belo Hori-       dos segmentos mais promissores e
                                                                   Sul de Minas Gerais, onde era            zonte, onde começou a dar os          lucrativos da indústria musical.
                                                                   vaqueiro e trabalhava na roça,           primeiros passos na carreira de       “Acho legal, porque é uma geração
Cantor busca reconhecimento                                        ajudando o pai. Mas é só falar           cantor. Apesar das várias dificul-    que deu uma cara nova à música
por meio da música sertaneja                                       Juninho Santos, que todo mundo           dades encontradas na capital          sertaneja”, afirma Juninho, lem-
e lança seu primeiro CD
                                                                   conhece. Um dos novos expoen-            mineira, o apoio da família e dos     brando que não segue “os padrões
                                                                   tes da música sertaneja em               amigos foi fundamental para           do sertanejo universitário”.
                                                                   Minas, Juninho diz que desco-            que o sonho continuasse vivo.               Após 12 anos de muita luta,
                                                                   briu o talento para a música ainda       Por isso, hoje, Juninho é consi-      e l e h o j e d i z q u e s o b re v i v e
                                                                   pequeno, inspirado na dupla ser-         derado uma das revelações da          somente de suas músicas e
                                                                   t a n e j a Z e z é d e C a m a rg o &   música sertaneja em Minas.            shows. Nem por isso deixa de
                                                                   Luciano. “Lá na roça”, conta                       NÃO DOU MOLE                sonhar e fazer planos. Seus proje-
                                                                   Juninho, “eu já cantava, com                 Além de ser cantor, ele tam-      tos para o futuro incluem a grava-
                                                                   aquelas violinhas que eu mesmo           bém é compositor e produtor de        ção de seu próximo CD e também
                                                                   fazia, com pedaço de madeira e           gravação. Já teve a oportunidade      de um DVD. Emocionado e
                                                                   cordas de linhas de anzol”. Mas,         de gravar um CD — “Não dou            fazendo questão de se dizer agra-
                                                                   com dez anos de idade, seu pai o         mole” — dentro do gênero ‘forró       decido a Deus, aos fãs, familiares
                                                                   presenteou com um violão e,              sertanejo’. A maioria de suas apre-   e amigos, deixa também uma
                                                                   daquele momento em diante,               sentações se dá fora de BH, se        mensagem para o grande
                                                                   Juninho descobriu o que real-            concentra mais na região metro-       público: “Nada é difícil quando se
                                                                   mente queria. Ataléia, então,            politana, em casas de shows e fes-    tem um sonho na vida”.




                                                            Mulheres em foco
                                                                                                                                                        Pré-Conferência de Políticas para
                                                                                                                                                  Mulheres tem como proposta o incentivo
                                                                                                                                                      ao avanço na conquista da cidadania

               JAQUELINE DE PAULA                    ração para o evento se deu por meio de
     O dia 24 de agosto vai ficar na história. Foi   convites direcionados, pois algumas pes-
realizada a Pré-Conferência de Políticas para        soas já vinham com algum tipo de engaja-
as Mulheres da Regional Noroeste de Belo             mento no assunto. ”Nós temos o CRAS
Horizonte. O objetivo principal, tentar forta-       (Centro de Referência da Assistência
lecer a autonomia e exercer a cidadania das          Social), que já faz um trabalho com as
mulheres na sociedade. Cada regional ficou           mulheres, e temos também o Grupo de
responsável por desenvolver deliberações             Convivência de Idosos, Serviços da Assis-
que depois foram pautadas durante a Confe-           tência Social, e Controle Social da Assistên-
rência Municipal nos dias 2 e 3 de setembro,         cia Social e da Saúde”.
no saguão da prefeitura.                                  Segundo Kleidnéa, não houve o que se
     Os cinco temas chave da Pré-Conferên-           pode chamar de uma grande discussão aberta
cia foram: Mulheres no Trabalho, Educação            com pessoas que ainda não tinham conheci-                                                                              Fotos Divulgação

Inclusiva, Saúde da Mulher, Violência                mento no assunto, “mas é sempre bom possi-
Doméstica e Urbana em Relação às Mulhe-              bilitar o surgimento de novas ideias”. A Coor-
res e Mulher no Poder. As propostas sugeri-          denadoria da Mulher e o município ficarão,
das na Noroeste foram levadas à Conferên-            assim, informados sobre suas tarefas para o
cia Municipal, juntamente com as demais              próximo período. Segundo a gerente, o Con-
regionais. Depois de analisadas, foram sele-         selho Municipal se compromete a fazer o
cionadas as cinco sugestões prioritárias que         acompanhamento deste processo. ”Belo
serão apresentadas durante Conferências              Horizonte quer contribuir para gerar o plano
em níveis Estadual e Nacional.                       nacional de políticas para mulheres, que
     Kleidnéa Martins Borges, gerente regio-         depois deverá ser referendado no nível esta-
nal de Políticas Sociais, conta que a prepa-         dual e municipal”, disse.




                                                                            PÁGINA 7
O luxo que v em do lixo



                                                                                                                                                   uitos
                                                                                                            a o “gan           ha-pão” de m                                                 que vão pre
                                                                                                                                                                                                                cisar na
                                                                                   ta para   alguns se torn                                                es da noç
                                                                                                                                                                           ão daquilo
                                                                O que é suca                                            rtesã Antôn
                                                                                                                                          ia Rodrigu                    ora de prod
                                                                                                                                                                                         uzir.
                                                                                                                                                                                                                  ico que
                                                                                                      lau-          Aa                           pelas   colegas h                            artista plást
                                                                         rro velh    o, e Luiz C                               ada de Teca                                  Léo P iló é o                           ito no
                                                         tradas no fe                                           Silva, cham                             Teca diz                                 trabalho fe
                                                                                          d e reconhe-                                 i catadora.                               na toda o
                                                                                                                     abalho, já fo                                     coorde
                                         ALVES
                             IAM GONÇ                                    s tem gran                    pos- de tr                                  uito quando                                da Asmare,
                                                                                                                                                                                                                  que fica
                ZAR E MIR                                  io Meneze
  LÍDIA SALA
                                    ue conheci d                                     ue ficam ex                                 melhorou m                                 lier da sede                               a às
     “Enriqueci
                       depois q                                 nto por ela
                                                                                s, q                             que sua vida                           atelier da
                                                                                                                                                                       ate                            L é o e n si n
                                         ar todos cime                                      a , c o m o se                            s objetos no                                  It u iu ta b a .
                 umildes. Tra
                                   balh                                    d a e n tr a d                        passou a faze
                                                                                                                                  ro                              o n a ru a                                     construir
as pessoas h                                                 s n o te to                                                                           dora é muit                               nicas para
                                  p orque é um ta                                  se  u.                                       vida de cata                              rt esãs as téc                            bras de
                 ma alegria,                                     um minimu                                        Asmare. “A                              o s d ia s a                             as dessas o
os dias é u                              h o c o m fosse                                     ta m b é m se                               a lm e n te n                             tos. Algum
                   so q u e e u
                                    te n
                                                                O m e io a m
                                                                                 b ie n te                              il , p ri n c ip                                 os obje                                   os locais
 c o m p ro m is                                                                                        L u iz d if íc                               o c a rr in h o                           as em divers
                                   ve  nder o que                                o tr  a b a lh o d e                           Pa ss a r c o m                          art  e são expost                                , as
                 e vêm aqui                                      fi c ia c o m                                - q u e n te
                                                                                                                             s.                           ra muito                                      Atualmente
 aqueles qu                                ara mui- b e n e                                   ilo de mate                                dos carros e                     de Belo     Horizonte.
                   nas ruas, e q
                                     ue p                                     al, cada qu                               do no meio                                                                                   bolsas e
  conseguem                                                   laudio. A fin                              uma pesa                                                                                duzidas são
                                   ”.  É assim que C                                 s catadores é                                bra Teca.                                pe ças mais pro
                   m utilidade                                      mprado do                                      ruim”, lem                                                              s de banne
                                                                                                                                                                                                             r.
  tos é algo se                                 n e z e s rial co                 lixo a meno
                                                                                                    s que irá                                  AÇÃO
                                                                                                                                                                           pastas feita
                   d io d e    C a st ro M e                         dade de
                                                                                                                                   CAPACIT
                                                                                                                                                            lier pas-                                  alho coord
                                                                                                                                                                                                                        enado
   L u iz C la u                       Ferro Velho q
                                                              uanti
                                                                                       om isso, nã
                                                                                                        o só o
                                                                                                                                  as artesãs d
                                                                                                                                                    o ate                        Com esse tr
                                                                                                                                                                                                   ab
                    trabalho no                                   ir a cidade
                                                                                   .C                                    Todas                                                                                        e v á ri a s
   define seu                                                                                                 s-
                                                                                                                                         capacitaçã
                                                                                                                                                          o desde o                                  a te li e r te v
                                      ra e  le, traba- polu                                   as outras pe                                                                        L é o P il ó , o                              i-
                    l é dono. Pa                        s- dono do Ferr
                                                                               o Velho, m                              m por uma                                  o do p o r                                     foi a partic
    LC, do qua                                                                                          m b é m sa                                 e separaçã                                 Uma delas
                      penas bata      lhar pelo su                      o u tr a s e n  ti d a d e s ta             início do     processo d                                c onquistas.                         sign em     São
    lhar não é a                                    cata- so a s e                                  ambiente.                                                rar o que                       ienal de De
                                  é ajudar os                                     ara o meio                                                dem a sepa                       pação na B
                       ortante                                                  p                                       o.  Elas apren                                 o                                           varam para
     tento, o imp                                              contribuem                                tirado lix                                    s objetos e                              tiba. Eles le
                                                                                         e do lixo re                         para     criar novo                              aulo e Curi                              a e um
                      a da região.                                 ue grande
                                                                                   part
                                                                                                               le- serve                                 ra a recicla
                                                                                                                                                                        - P                            a lu m in á ri
     dores de ru                             : d e te le - É q                                 parado e se                               vendido pa                                   o ra ç ã o u m
                             m d e tu d o                                      epois de se                               e pode ser                                   de a dec                                     rrafas. “Em
            N o li xo, te                                d e das ruas, d                                   rtesãs qu                                  sa triagem                                 inhas de ga
                         r a n ti g o  a p a n e la s                                 po r mãos de a                           Há   uma rigoro                                te to de tamp                             to, fo i o
      fo n e c e lu la                                               ado, passa                                 d e gem.                                     id o p e lo s                             n h e c im e n
                                         ass   ando por cion                                s  C a ta d o re s                          te ri a l re c o lh                       rm  o s d e re c o                           rgu-
                         sentadas, p                                      o c ia ç ã o d o                            to d o o m a                               muitas te                                     ssivo”, se o
       pressão apo                                   a sc a - d a A ss                                roveitável                 res. Além d
                                                                                                                                                  isso, como                                mais expre
                        fe rr a m e n ta
                                         s, d e sc                                   terial Reap                 m catado                                    encomen-
                                                                                                                                                                               trabalho
       to rn e ir a s,                                             pelão e Ma                    sf o rm a m e
                                          in  a fo to g rá - Pa                              an                                          b a lh a m p o r                          a Léo Piló.
                          n ja , m á q u                                  re ). E la s tr                              a rt e sã s tr a                           s u m a lh
        d o r d e la ra                              x , u m (A sm a                                   catadores                                   p e lo m e n o
                         c e te s d e a
                                         ç o in o                                     quilo que os                      d a s, e la s já
                                                                                                                                           tê m
                                                                    ras de arte a




                                                                                                                                                                                                                                      Miriam Gonçalves
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Sarau leva cultura à comunidade da Nova Esperança

  • 1. Miriam Gonçalves abertas SETEMBRO A DEZEMBRO DE 2011 ANO I - NO 15 PÁGINAS Reciclagem de sucata e lixo mudam vidas PÁGINA 8 As aventuras de Acir Antão 112, o número que Cafunga e Alice recupera nossas manchou a educação CONTATOS na Copa do Mundo raízes musicais estadual mineira 31. 30325452 icolegariobalbino@yahoo.com.br ENCARTE PÁGINA 5 PÁGINA 5 olegariobalbino.blogspot.com
  • 2. Opinião Editorial Evento Um olhar para Sarau leva a comunidade cultura à MIRIAM GONÇALVES “Onde me chamar para trabalhar para o bem da comunidade eu vou” — são TERRENO MINADO? sala de aula palavras do mais antigo morador do bairro IZABELA MOREIRA Nova Esperança, José Eustáquio Pereira, Com a intenção de levar mais 59 anos, que vive na região há 53 anos. Ele ÉDERSON BATISTA BALBINO cultura para os alunos e morado- viu todo o processo de construção da Nova res da região, professores e alunos Esperança e lembra que, antigamente, o Sou ideologicamente ICOB embora nunca tenha me ins- do Instituto Cultural Olegário Bal- bairro era uma grande fazenda, onde ele e crito em outra organização. Por isso como presidente e ideali- bino (ICOB) se uniram pela reali- seus irmãos até tomavam banho em um zador me permito pensar em alguns desafios. zação de um sarau, que movimen- córrego que passava por lá... tou a Escola Municipal Arthur Pereira conta que muita coisa mudou O que querem os movimentos sociais e o povo? Mudanças Guimarães, no dia 16 de setembro. na comunidade com o passar do tempo. profundas que deem outro rumo a nossa comunidade (reali- O sarau teve como objetivo desper- Grandes empresas foram instaladas na dade). Esse mesmo povo entende que não fazemos o que que- tar o lado artístico dos alunos do região tornando o bairro mais conhecido. remos, mas o que podemos ou o que nos deixam fazer. O ter- pré-vestibular do ICOB. Além disso, ele reconhece que a prefeitura A escola, que fica na avenida tem feito investimentos para tornar o reno é ocupado e minado. Mas nem tudo é mina. Há espaços Américo Vespúcio, no bairro Apa- bairro melhor. “Há pouco tempo, por para inovações. recida, contou com a participação exemplo, foi inaugurada a unidade da O ICOB inovou criando o pré-vestibular, pré-enem e de moradores com algum tipo de UMEI Nova Esperança, onde as mães dom artístico e, por isso, o Sarau supletivo do ensino médio em nossa região. Inovou criando agora podem deixar suas crianças para ir teve diversas intervenções artísti- trabalhar”, conta. em parceria com o SESC o ciclo de palestras e cursos profis- cas. Oficinas, danças, moda de Dono de um estabelecimento há 45 sionalizantes que beneficiaram até a presente data cerca de viola, pop rock e as participações anos, foi o primeiro a trazer cultura por 1450 pessoas. do sambista Seu Marcelo e dos meio de sua banca de revista. Ele explica cantores Hugo (MPB) e Juninho que, antes, “para se comprar um jornal Não há instrumento maior para avaliar os trabalhos ofereci- Santos (sertanejo). era preciso ir até outro bairro”. O contato dos por uma ONG que o sentimento de um povo. Portanto com as E n t re t a n t o s d e s t a q u e s , diário com o público criou um bom rela- ações do ICOB, e isto inclui o Páginas Abertas, o jovem passou a mesmo assim a noite foi do poeta cionamento com todos da comunidade ter mais informação e acesso a Universidade. Emílio Sutério, 39 anos, que tem — “de moradores a políticos”. mais de 400 poemas e um livro Mesmo sendo testemunha de um É com este espírito que o Páginas Abertas quer mostrar a publicado. Emílio, que é morador tempo de mais calma e menos violência, você o que está sendo feito. E com sua contribuição e partici- do bairro, contou que foi a pri- quando a região era de um bucolismo tão pação vamos, cada vez mais melhorando no sentido de conti- meira vez que se apresenta em grande, que até parecia uma cidade do nuar nosso compromisso de construir uma comunidade mais um sarau. Ele não teve como interior, Pereira afirma que ainda gosta esconder que gostou demais de muito de morar aqui, pois foi onde criou humana e com mais igualitária. sua participação. seus filhos, plantou seus amigos e cons- Agora é com você amigo leitor, boa leitura e até a próxima — Foi muito interessante parti- truiu sua vida. edição do Páginas Abertas. cipar porque, de certa forma, tudo isso faz com que a gente cresça. Expediente Maria Aparecida Dias e Célia Oliveira, moradoras do bairro, dis- INFORMATIVO DO INSTITUTO CULTURAL OLEGÁRIO BALBINO Rua Margarida P Torres , 1460 - Nova Esperança - Belo Horizonte - Minas Gerais - CEP 31230 390 . seram que a iniciativa deveria se Contato: 31. 3347.3282 - e-mail: icolegariobalbino@yahoo.com.br ou blog: olegariobalbino.blogspot.com RECURSOS HUMANOS repetir com mais frequência, pois, COORDENADOR/PROFESSOR: Éderson Batista Balbino, numa região onde não há opções de DIRETORA FINANCEIRA: Rosemayre Costa Carvalho, ADVOGADA:Donata Terezinha Balbino, SECRETÁRIO: Robson Anísio lazer, “o sarau é um acontecimento JORNAL – LABORATÓRIO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA / CENTRAL DE PRODUÇÃO JORNALÍSTICA – CPJ que leva incentivo a muita gente”. COORDENADORA DO CURSO DE JORNALISMO: Marialice Emboava, COORDENADOR DA CENTRAL DE PRODUÇÃO JORNALÍSTICA - CPJ: Eustáquio Trindade Netto – MG02146MT, PROJETO GRÁFICO E DIREÇÃO DE ARTE: Helô Costa – MG00127DG, colaboraram nesta edição estagiários do curso de Jornalismo: Segundo Célia Oliveira, “além de Lídia Salazar(edição); Ana Paula Duarte, Bárbara Batista, Bruno Menezes, Diego dos Santos, Geisiane de Oliveira, Isabella Rocha, Izabela Moreira, Jaqueline de Paula, Lorayne François, Miriam Gonçalves, Nayara Perez, Rayane Dieguez, Sérgio Viana (textos); Ludmila Rezende (diagramação). trazer muita cultura, o sarau nos CORRESPONDÊNCIA: diverte também, pois tem muita Centro Universitário Newton Paiva - Campus Carlos Luz: Rua Catumbi, 546 - Caiçara - Belo Horizonte - Minas Gerais - CEP: 31230-600 - Telefone: (31) 3516-2734 - cpj.jornalismo@newtonpaiva.br poesia e música”. PÁGINA 2
  • 3. Pedido é atendido, mas ainda Medidas foram consideradas paliativas pelos moradores, não é o suficiente que fazem diversas sugestões à BHTrans NAYARA PEREZ que estão na avenida no sentido oposto e resolveria o problema. Testemunha ocu- fico e flexível. Como era de se esperar, a Após a matéria publicada na última querem fazer um retorno em direção à lar dos problemas, ele confirma que a medida desagradou a muita gente. Os edição do ‘Páginas abertas’, denunciando rua. Como ninguém respeita a placa, a placa e os quebra-molas, pelo menos até taxistas que costumam estacionar seus problemas da avenida Américo Vespúcio e imprudência prevalece. Além de não res- agora, não resolveram nada. “Os aciden- carros na avenida, reclamam do afunila- suas esquinas perigosas, dentre elas as das peitar, são muitos os motoristas que fazem tes na avenida acontecem principal- mento da pista. “A ciclovia virou um ruas Luiz Monteiro e José Benedito, o retorno proibido exibindo manobras mente com os motoqueiros”, explica. problema daqueles: ela afunilou o trân- foram colocados mais quebra-molas na arriscadas mesmo nos horários de pico CICLOVIA NA AVENIDA sito, que já era pesado e agora ficou avenida. Mesmo assim, a principal via de — “Esses caras complicam ainda mais o Apesar dos diversos problemas veri- pior”, reclama Victor Nunes, que faz ligação entre as regiões Norte e Nordeste trânsito”, observa Roberto da Silva. ficados na Américo Vespúcio, foi colo- ponto no local — “agora, ficamos esta- com a região Noroeste continua com os Há quem exija uma solução mais cada uma ciclovia acompanhando o cionados bem no meio da pista”! mesmos problemas. Qual seria realmente radical. “Deveriam fechar logo esse cruza- percurso da via, no sentido Antônio Car- Mas há quem discorde. O universitá- a solução para diminuir os acidentes na mento”, sentencia Milton Araújo, comer- los – Caiçara. Parte do projeto “Pedala rio e ciclista Roberto Mendonça, estu- Américo Vespúcio? ciante que trabalha em frente ao cruza- BH”, seu objetivo é resgatar o uso da dante de Letras, acha que tudo que é novo Para alguns pedestres, os quebra- mento. Araújo acredita que um canteiro bicicleta, transporte considerado bené- incomoda. ”A bicicleta é um veículo molas até que ajudaram a diminuir um Geisiane de Oliveira barato e de fácil manutenção; além de pouquinho a velocidade dos carros. Para aliviar o trânsito pesado, ela não polui o outros, não houve muita diferença. “Os meio ambiente”, afirma. Ele lembra que a acidentes continuam acontecendo”, ciclovia pode ser um dos trunfos para aju- constata Roberto da Silva, lavador de dar a melhorar o cada vez mais caótico carros que trabalha na região. Para ele, só trânsito da região. “Mas, de que adianta outro tipo de sinalização, como um construir uma ciclovia bacana como essa, semáforo, poderá resolver a questão. se ninguém anda nela?” — questiona Além dos quebra-molas próximos à Roberto. Para ele, agora é hora de fazer rua José Benedito, a mais caótica de todas, uma campanha pra incentivar o uso da foi colocada uma placa, com o dístico bicicleta, inclusive barateando o produto: ‘Proibido retornar’, para os condutores “as bicicletas andam muito caras”. Mirian Gonçalves Rampa da rua Saracá já causou morte GEISIANE DE OLIVEIRA lões, farmácias, diversas lojas e o retorno um grande volume de carros”, diz. Para “Acredito que Deus vai nos ajudar”. Moradores esperam para a avenida Américo Vespúcio. A con- ele, isso é um perigo, “pois os veículos por iniciativa da Depois de tanto esperar, Piedade Maria de fusão aumenta principalmente no horá- entram de uma vez, pode acontecer um prefeitura para Assis Matos, 65, só conta mesmo com a rio de pico, por volta das 17h da tarde, acidente grave”. melhorar situação da comunidade ajuda da Divina Providência. E tem moti- quando o alto número de pessoas e car- Depois de muitos apelos às autorida- vos de sobra para isso. Ela perdeu um ros torna o cruzamento bem perigoso. des, a comunidade agora espera que a sobrinho em um acidente na perigosa Para o vendedor José das Dores Pereira, situação da rampa possa se resolver o mais rampa, que fica enfrente a sua casa, entre 58, que tem uma sorveteria na esquina rápido possível, pois já houve uma morte e a rua Saracá e a avenida Américo Vespú- dessa rua, deveria ser colocada uma ninguém quer que isso aconteça nova- cio. “É um morro muito inclinado, que sinalização. “E depois, um corrimão, mente. Por isso, muitos discordam de não possui nenhum tipo de apoio — pelo fato de várias pessoas idosas já Piedade Maria quando ela diz que tudo assim, as pessoas que passam por lá têm terem caído ali e porque a avenida é, de “está nas mãos do Senhor, e só ele pode grandes dificuldades para transitar”, fato, muito agitada”, afirma Pereira. ajudar a gente a descer esse morro”. Há adverte Piedade Maria. E tanto faz descer O comerciante Éderson Batista con- quem ache que a solução está aqui ou subir a rua: os riscos são os mesmos! corda com o vendedor, sugerindo tam- mesmo, na terra. “Basta que a prefeitura Na Saracá há um movimento sem- bém algumas mudanças. “A rua deveria tenha boa vontade de dar um pouco mais pre intenso, pois nas imediações se ser mão única, pelo fato de que descem de atenção para a rua Saracá”, sugere situam escolas, supermercados, saco- muitos caminhões pesados, em meio a Dilza Márcia, outra moradora do bairro. PÁGINA 3
  • 4. ENEM será obrigatório? Por enquanto, exame ainda é voluntário, mas, daqui a pouco, não vai dar pra fugir dele Arquivo Páginas Abertas RAYANE DIEGUEZ conhecimento: ciências naturais e ajudam da melhor forma possível.” Ser admitido em uma universi- humanas, linguagens e matemática. Leonardo Miranda, professor pre- dade é, para a maioria dos adolescen- Na tentativa de evitar que o estresse paratório do ENEM, afirma que os alu- tes, o principio de uma escalada rumo se instale, danificando os estudos e a nos precisam estar antenados. “A princi- ao sucesso. Porém, a tentativa de vida pessoal do vestibulando, algumas pal dica que dou é que façam ao menos ingresso em uma instituição de ensino instituições de ensino procuram ofere- uma das provas anteriores, pois assim superior sempre gera estresse, pressão cer uma espécie de suporte psicológico poderão aprender a lógica.” psicológica e abalo emocional. A e educacional. É o que acontece no Ins- A prova do ENEM exige dos estu- grande maioria dos jovens que presta tituto Cultural Olegário Balbino dantes muito mais do que o mero acú- vestibular ao término do ensino médio (ICOB), uma entidade sem fins lucrati- mulo de conhecimento. Os alunos sofre com a ansiedade. E um agra- vos, formada por professores voluntá- devem estar compenetrados e ter foco. vante, pois são as inúmeras modifica- rios, que tem por objetivo ministrar Uma boa preparação e o apoio da família ções que ocorreram no ENEM (Exame ensino suplementar à população são essenciais para um desempenho Nacional do Ensino Médio). carente e de baixa renda. satisfatório no exame. Afinal, é bom Desde 2009, o ENEM adotou certas Segundo Frederico Ângelo, aluno lembrar que, no início do mês de setem- mudanças — passou a ser utilizado como do ICOB, os professores são bem prepa- bro, o ministro Fernando Haddad, da forma de seleção unificada nos processos rados e estão sempre dispostos a escla- Educação, defendeu a universalização seletivos das universidades públicas recer as dúvidas. “Lá, nós temos ótimos do ENEM, tornando-o obrigatório. Ou federais e foi dividido em quatro áreas do professores, são muito esforçados e nos seja, o exame veio para ficar. “E a saudade no meu Citando Lupicínio Rodrigues, o pesquisador e radialista mineiro, Acir Antão ainda peito ainda mora” (*) acredita no retorno de nossas raízes musicais LORAYNE FRANÇOIS comerciais, o público é de pessoas que — Eu descobri que o público para Aos 63 anos, Acir Antão é produtor decidem a compra dos produtos. Além quem eu canto gosta muito das músicas cultural, radialista, jornalista e cantor de comerciais, também são tocadas do Lupicínio Rodrigues. Nos shows eu nas horas vagas. Um dos moradores músicas do gênero MPB, principal- conto as histórias das músicas dele. Ele é mais antigos da Região Noroeste, Acir mente da Velha Guarda. Em 1974, Acir um compositor gaúcho que fez as músi- conta que viu o Caiçara nascer. “Era gravou uma marcha e um samba, por cas do estilo chamado “dor de cotovelo”. uma mata fechada e eu me lembro, meio de um convite do compositor Ata- Até hoje é um grande sucesso! quando eu era menino, o tanto que íde Machado. Em 1997, outro conhe- Apesar de tanta admiração, Acir eles tiraram de madeira e mato para cido compositor, Gervásio Horta, o Antão não arrisca em dizer qual é a poder construir o bairro; o alto do Cai- incentivou a gravar um CD com músi- música de Lupicínio de que mais çara já chegou com ruas calçadas, cas de autores mineiros para registrar o gosta. “Eu gosto de todas, não tenho esgoto e água”. centenário de Belo Horizonte. uma preferência”. Acir faz parte da Rádio Itatiaia há No entanto, Acir, ao mesmo tempo Em um país de população muito Lorayne François 41 anos. De segunda a sábado, ele em que afirma sua admiração pela jovem, como o Brasil, onde hoje a tra- sas modas que “pegam”. comanda uma das atrações da emis- música brasileira e mineira, não dição musical é sufocada por gêneros — São modas musicais que vão sora, o “Programa Acir Antão”, que vai esconde que gosta principalmente do com o funk e o hip hop, Acir diz que passar... No fundo, depois de um ao ar de 9h às 10h, e está em cartaz gaúcho Lupicínio Rodrigues, o autor essas modas musicais sobrevivem tempo esses gêneros musicais desapa- desde 1978. Aos domingos, de 9h às de sucessos como “Vingança” e “Se enquanto as pessoas estão em uma recem para ficar aquilo que é nosso. 13h desde 1976. Em seu programa, o acaso você chegasse”. Em seus shows, determinada fase. Para os jovens, que Ou como diria o velho Lupicínio, ouvinte participa sempre que há um ele interpreta outros compositores da hoje gostam dessas modas musicais “porque sei que a falsidade não vigora”... assunto relevante para a população. MPB, mas possui um espetáculo ape- que vão aparecendo, só a idade é que Como o programa possui muitos nas para cantar as músicas do gaúcho. vai fazer com que eles se afastem des- (*) “Felicidade” (Lupicínio Rodrigues) PÁGINA 4
  • 5. Os 112 dias que abalaram a educação Bárbara Batista Balanço geral e passos importantes no período de greve da rede estadual mineira BÁRBARA BATISTA E BRUNO MENEZES estipulado não era suficiente, e não Mesmo com a decisão judicial e a ame- da rede pública de ensino é muito dife- Na noite do último dia 27 de setem- abrangia os profissionais de “suporte a aça de pagamento de multa, os professores rente da maioria das escolas que apare- bro, chegou ao fim a greve dos professo- docência”, ou seja, trabalhadores que insistiram em permanecer em greve. A cem no topo do ranking do ENEM, res da rede pública estadual de Minas não são professores, além de não levar paralisação somente chegou ao fim após composto em sua maioria por escolas Gerais, que teve 112 dias de paralisa- em conta o tempo de carreira e o grau mais de oito horas de negociações entre particulares. Segundo dados de 2009 ção das atividades. O Sindicato Único d e e s c o l a r i d a d e d o p ro f i s s i o n a l . Sind-UTE e o Governo de Minas, no plená- da Confederação Nacional dos Traba- dos Trabalhadores em Educação Segundo os sindicalistas, o valor defen- rio da Assembléia Legislativa de Minas l h a d o re s e m E d u c a ç ã o ( C N T E ) , (Sind-UTE), que tomou a frente da dido tem por base o calculo da Confe- Gerais. Onde o Governo propôs negociar os mesmo com o diploma de ensino supe- greve, reivindicava um piso salarial de deração Nacional dos Trabalhadores da valores da tabela de faixas salariais, entre rior, ainda há professores que ganham R$1.597,87 para uma jornada de 24 Educação (CNTE). A diretora do sindi- 2012 e 2015, reconhecendo a aplicação do pouco mais de um salário mínimo. horas trabalhadas e Ensino Médio de cado, Beatriz Cerqueira dizia que –– o piso salarial proporcional no plano de car- A valorização do profissional é sem escolaridade. Enquanto o Governo de governo não cumpre com a lei. Visando reira dos professores. duvida primordial para a educação Minas, afirmando estar agindo de o Estatuto da Criança e do Adolescente Mas é bom ficar em estado de alerta. básica do país, com salários baixos, e acordo com o estabelecido pelo Supe- (ECA), o MPE chegou a entrar com O Sind-UTE marcou uma nova assem- más condições de trabalho, a carência rior Tribunal Federal (STF), oferecia uma ação na justiça pedindo a decreta- bleia para o dia 8 de outubro para avaliar de profissionais capacitados tem sido um piso salarial de R$ 712 para 24 ção de ilegalidade da greve e na sexta se os termos do acordo estão sendo cum- uma grande pedra no sapato da educa- horas trabalhadas aos professores que feira, 16, o desembargador Roney Oli- pridos. Caso contrário, a categoria pode ção brasileira, e os principais prejudi- tinham vencimento básico abaixo veira determinou que os professores voltar a cruzar os braços. cados são os alunos, que no meio do deste montante. retornassem as salas de aula na UM PRIVILÉGIO PARA POUCOS fogo cruzado, ficam sem aulas e sem De acordo com o sindicato, o valor segunda feira, 19. A realidade salarial de um professor uma boa qualidade de ensino. Quem não é a maior tem que ser a melhor Dedicação, muito trabalho e ampla interação com a comunidade: segredos do sucesso da Escola Carlos Góis ANA PAULA DUARTE (*) passado, a escola foi trocada várias vezes educar as crianças como elas mere- “Eles leem a Bíblia e ela vai explicando “Seguro morreu de velho” é um pela escola municipal Arthur Guimarães, cem”, reconhece Michele. “Antes, a que brigar é errado, que devem se res- ditado que se aplica bem aos mineiros. situada na Avenida Américo Vespúcio. escola não era boa, mas depois que a peitar e ter amor ao próximo”, afirma. A E não é por acaso. Segundo muitos Mas, hoje, já começa a se destacar. Denise assumiu a direção, tudo melho- razão de Michele estar por dentro de moradores da região noroeste, algu- “Atualmente não há mais diferença rou: merenda, educação, união dos alu- tantos detalhes se deve à iniciativa da mas escolas da comunidade ainda entre as duas, pois a escola municipal nos”, conta. O filho de Michele estuda diretora de abrir as portas da escola e deixam a desejar e, por isso, criaram Carlos Góis avançou”, observa a atual na escola municipal desde os seis anos. sugerir que o trabalho seja acompa- uma imagem negativa aos olhos da diretora, Denise Palhares, 34. Orgu- E ela diz que logo percebeu a diferença. nhado pelos pais. população. Diante disso, não são pou- lhosa, conta que 587 alunos já possuem — Pedro não sabia a letra “A” do alfa- — A diretora é bem direta com as cos os pais que, por preconceito, prefe- acesso à escola integrada. “Nossos índi- beto e terminou o ano lendo e escrevendo. mães e deixa que, às vezes, a gente rem matricular os filhos em outros ces estão crescentes, estamos bem no Na sala do estudante, terceira série acompanhe as aulas. estabelecimentos, mesmo que se PROALFA (Programa de alfabetização) do ensino primário, realiza-se um tra- Mesmo em uma região conside- situem mais longe de suas casas. As e, além disso, a escola possui a nota 6,1 balho diferente, para que os alunos rada perigosa e carente de boas opções escolas encontradas na comunidade no IDEB (Índice de Desenvolvimento estudem unidos e focados. “A profes- para os jovens, o trabalho de todos sempre foram menores e, talvez por da Boa Educação)”, revela Denise. Ela sora não se preocupa somente em ensi- conseguiu fazer com que a Escola isso, costumem passar a imagem de faz questão de ressaltar que, “quando o nar; ela se preocupa também com os Municipal Carlos Góis se tornasse a desinteressantes, se comparadas às índice é igual ou superior a 6, a escola é problemas pessoais das crianças”, diz melhor da comunidade, segundo a instituições das avenidas. considerada de boa qualidade”. Michele, mostrando que o rendimento avaliação do governo. O que deixa Menores no tamanho, mas não na A VOLTA POR CIMA escolar do garoto também melhorou. população feliz e otimista, e ainda qualidade da educação. É o caso da escola O segredo de tanto sucesso, segundo — Hoje ele vai feliz para a escola. mais orgulhosa a diretora. “A escola só Municipal Carlos Góis, localizada na Michele Pacheco, mãe de Pedro, oito Segundo Michele, dentro da sala a tem a melhorar; sou diretora há três comunidade da Pedreira Prado Lopes, anos, é a boa vontade da diretora. “Ela professora pede que os alunos leiam a anos, e os nossos índices nunca estive- região Noroeste de Belo Horizonte. No gosta do que faz e trabalha duro para Bíblia Sagrada toda vez que brigam. ram tão bons”, afirma. PÁGINA 5
  • 6. Isabella Rocha E você, já Vila Sumaré ainda espera se adaptou pelo apoio do CRAS ao fim das SÉRGIO VIANA a presença do CRAS. No entanto, sacolas O Centro de Referência de Assistên- segundo Kleidnéia Martins Gomes, cia Social – CRAS foi criado em 2001, gerente de Políticas Nacionais da Região pela prefeitura de Belo Horizonte, para plásticas Noroeste, o CRAS ainda não foi insta- garantir condições dignas de moradia e lado aqui por falta de recursos. qualidade de vida para famílias que — O CRAS está em rota de expan- adicionais? vivem em áreas de risco. Os moradores da Vila Sumaré, Região Noroeste da são. A Vila Sumaré é uma das priorida- des devido aos grandes problemas que Entre as principais reclamações dos capital, reclamam que até hoje esperam existem na região. É um projeto de aná- consumidores, estão a falta de hábito pelo apoio do programa social. lise do governo, mas depende de recur- e a baixa qualidade das recicláveis Maria Inês de Souza Neves, mora- sos para ser implantado. ISABELLA ROCHA Lúcia de Abreu leva as compras em cai- dora do Sumaré, diz que está cansada Kleidnéia afirma que, para a atual Em vigor desde 18 de abril deste xas de papelão e se diz revoltada. “Já tive de ver crianças e jovens em situações gestão municipal, será difícil a instala- ano, a Lei 9.529/2008, que proíbe a que comprar essa sacolinha reciclável, horríveis no dia a dia. Ela afirma que a ção de um CRAS no Sumaré. “Pelas distribuição das sacolas plásticas tradi- mas ela é péssima. Rasga antes de você comunidade acaba perdendo os jovens metas do município, ainda não temos cionais nos comércios de Belo Hori- sair do supermercado”, conta a mora- para o crime e que é preciso urgente- uma previsão de implantação dos zonte ainda é questionada por muitos. dora do bairro Santa Cruz. A promotora mente um programa social para res- recursos”, disse. Atualmente, no As opções atuais — as sacolas reciclá- de vendas Kelen Cristina de Araújo tam- gatá-los. Este é apenas um dos muitos governo Márcio Lacerda, existem em veis, vendidas nos estabelecimentos, as bém não se acostumou com a lei e acha problemas a serem resolvidos. Belo Horizonte 23 CRAS, espalhados caixas de papelão ou o uso de sua pró- que as sacolas recicláveis arrebentam O CRAS atua juntamente com a em todas as regiões da cidade, inclusive pria sacola ecológica para as compras muito fácil. “Já que estão vendendo, prefeitura, como a principal porta de na Noroeste. A Vila São José e a — ainda não foram totalmente assimi- deviam providenciar sacolas melhores; entrada do Sistema Único de Assistên- Pedreira Prado Lopes são exemplos. ladas pela clientela. Mesmo tendo o as sacolas são caras e não têm qualidade. cia social (Suas). Ele é responsável pela Mas e a Sumaré? Até o fechamento objetivo de salvar o meio-ambiente, a Não vale a pena”, protesta Kelen, mora- organização e oferta de serviços para as desta edição, a Secretaria de Assistên- lei divide opiniões. dora do bairro Bom Jesus. pessoas de todas as idades e da proteção cia Social da PBH ainda não havia res- Na loja dos Supermercados BH da Por outro lado, há quem defenda o social básica nas áreas de vulnerabili- pondido à solicitação do jornal para Avenida Américo Vespúcio não é dife- meio ambiente. Por não ser feita de dade e risco social. Quanto mais altos informar se há uma data prevista para rente. Para o gerente Valdir Alves, ainda petróleo, a sacola reciclável ou biode- forem os ricos sociais, maior deveria ser implantação do CRAS na região. não houve a aceitação plena dos clientes gradável tem mais benefícios para a Diego dos Santos devido à dificuldade de locomoção com natureza. A assistente social Nathalie os produtos. “Eles [os clientes] ainda de Souza, que mora no Santo André, é não habituaram. Quando não trazem, Comunidade do adepta da sacola ecológica. “Eu gostei Sumaré, uma adquirem a sacola aqui na empresa”, da lei, sou a favor, mas sei que no das regiões mais observa o gerente. O operador de caixa começo é difícil se acostumar”. O ban- problemáticas da Região Noroeste, do supermercado Hermínio da Silva cário Ernesto Gomes da Silva, do bairro reclama prioridades também acha que os clientes ainda não Bom Jesus, acha que a lei tem que ser no atendimento social se adaptaram. Segundo ele, a maioria s cumprida. “Se é verdade mesmo que a pega, de graça, as caixas de papelão no plástico degenera a atmosfera e próprio supermercado para levar as demora a se decompor, então, vamos compras. Só que as caixas, que não têm priorizar a sustentabilidade”, propõe a parte funda totalmente colada, aca- Ernesto, sem deixar de reclamar do bam não sendo a melhor opção. “São tumulto que se forma em volta dos cai- difíceis de carregar e costumam se rom- xas, na hora de pagar as mercadorias. per”, reclama a dona de casa Kátia “É uma bagunça, mas a culpa é de Marise, moradora do bairro Ermelinda. quem insiste em desconhecer a lei; se No entanto, a maior revolta dos con- já sabe que não tem mais aquela sacola sumidores é a falta de qualidade das antiga e que a atual se rasga com facili- sacolas recicláveis. A secretária Edna dade, então, traz a sacola de casa!”. PÁGINA 6
  • 7. “Nada é difícil GEISIANE OLIVEIRA E ficou pequena pra ele. tas particulares. A geração do ser- NAYARA PEREZ Oficialmente, sua carreira tanejo universitário, que agregou começou em 1999, em sua pró- outros elementos musicais ao ser- quando se tem um Muita gente não sabe quem é Júnio Ferraz dos Santos, 29 anos, nascido na cidade de Ataléia, no pria cidade. Tanto que, aos 18 anos, tomou a iniciativa de sair tanejo tradicional, conquistou o Brasil e se transformou em um sonho na vida” de casa, e veio para Belo Hori- dos segmentos mais promissores e Sul de Minas Gerais, onde era zonte, onde começou a dar os lucrativos da indústria musical. vaqueiro e trabalhava na roça, primeiros passos na carreira de “Acho legal, porque é uma geração Cantor busca reconhecimento ajudando o pai. Mas é só falar cantor. Apesar das várias dificul- que deu uma cara nova à música por meio da música sertaneja Juninho Santos, que todo mundo dades encontradas na capital sertaneja”, afirma Juninho, lem- e lança seu primeiro CD conhece. Um dos novos expoen- mineira, o apoio da família e dos brando que não segue “os padrões tes da música sertaneja em amigos foi fundamental para do sertanejo universitário”. Minas, Juninho diz que desco- que o sonho continuasse vivo. Após 12 anos de muita luta, briu o talento para a música ainda Por isso, hoje, Juninho é consi- e l e h o j e d i z q u e s o b re v i v e pequeno, inspirado na dupla ser- derado uma das revelações da somente de suas músicas e t a n e j a Z e z é d e C a m a rg o & música sertaneja em Minas. shows. Nem por isso deixa de Luciano. “Lá na roça”, conta NÃO DOU MOLE sonhar e fazer planos. Seus proje- Juninho, “eu já cantava, com Além de ser cantor, ele tam- tos para o futuro incluem a grava- aquelas violinhas que eu mesmo bém é compositor e produtor de ção de seu próximo CD e também fazia, com pedaço de madeira e gravação. Já teve a oportunidade de um DVD. Emocionado e cordas de linhas de anzol”. Mas, de gravar um CD — “Não dou fazendo questão de se dizer agra- com dez anos de idade, seu pai o mole” — dentro do gênero ‘forró decido a Deus, aos fãs, familiares presenteou com um violão e, sertanejo’. A maioria de suas apre- e amigos, deixa também uma daquele momento em diante, sentações se dá fora de BH, se mensagem para o grande Juninho descobriu o que real- concentra mais na região metro- público: “Nada é difícil quando se mente queria. Ataléia, então, politana, em casas de shows e fes- tem um sonho na vida”. Mulheres em foco Pré-Conferência de Políticas para Mulheres tem como proposta o incentivo ao avanço na conquista da cidadania JAQUELINE DE PAULA ração para o evento se deu por meio de O dia 24 de agosto vai ficar na história. Foi convites direcionados, pois algumas pes- realizada a Pré-Conferência de Políticas para soas já vinham com algum tipo de engaja- as Mulheres da Regional Noroeste de Belo mento no assunto. ”Nós temos o CRAS Horizonte. O objetivo principal, tentar forta- (Centro de Referência da Assistência lecer a autonomia e exercer a cidadania das Social), que já faz um trabalho com as mulheres na sociedade. Cada regional ficou mulheres, e temos também o Grupo de responsável por desenvolver deliberações Convivência de Idosos, Serviços da Assis- que depois foram pautadas durante a Confe- tência Social, e Controle Social da Assistên- rência Municipal nos dias 2 e 3 de setembro, cia Social e da Saúde”. no saguão da prefeitura. Segundo Kleidnéa, não houve o que se Os cinco temas chave da Pré-Conferên- pode chamar de uma grande discussão aberta cia foram: Mulheres no Trabalho, Educação com pessoas que ainda não tinham conheci- Fotos Divulgação Inclusiva, Saúde da Mulher, Violência mento no assunto, “mas é sempre bom possi- Doméstica e Urbana em Relação às Mulhe- bilitar o surgimento de novas ideias”. A Coor- res e Mulher no Poder. As propostas sugeri- denadoria da Mulher e o município ficarão, das na Noroeste foram levadas à Conferên- assim, informados sobre suas tarefas para o cia Municipal, juntamente com as demais próximo período. Segundo a gerente, o Con- regionais. Depois de analisadas, foram sele- selho Municipal se compromete a fazer o cionadas as cinco sugestões prioritárias que acompanhamento deste processo. ”Belo serão apresentadas durante Conferências Horizonte quer contribuir para gerar o plano em níveis Estadual e Nacional. nacional de políticas para mulheres, que Kleidnéa Martins Borges, gerente regio- depois deverá ser referendado no nível esta- nal de Políticas Sociais, conta que a prepa- dual e municipal”, disse. PÁGINA 7
  • 8. O luxo que v em do lixo uitos a o “gan ha-pão” de m que vão pre cisar na ta para alguns se torn es da noç ão daquilo O que é suca rtesã Antôn ia Rodrigu ora de prod uzir. ico que lau- Aa pelas colegas h artista plást rro velh o, e Luiz C ada de Teca Léo P iló é o ito no tradas no fe Silva, cham Teca diz trabalho fe d e reconhe- i catadora. na toda o abalho, já fo coorde ALVES IAM GONÇ s tem gran pos- de tr uito quando da Asmare, que fica ZAR E MIR io Meneze LÍDIA SALA ue conheci d ue ficam ex melhorou m lier da sede a às “Enriqueci depois q nto por ela s, q que sua vida atelier da ate L é o e n si n ar todos cime a , c o m o se s objetos no It u iu ta b a . umildes. Tra balh d a e n tr a d passou a faze ro o n a ru a construir as pessoas h s n o te to dora é muit nicas para p orque é um ta se u. vida de cata rt esãs as téc bras de ma alegria, um minimu Asmare. “A o s d ia s a as dessas o os dias é u h o c o m fosse ta m b é m se a lm e n te n tos. Algum so q u e e u te n O m e io a m b ie n te il , p ri n c ip os obje os locais c o m p ro m is L u iz d if íc o c a rr in h o as em divers ve nder o que o tr a b a lh o d e Pa ss a r c o m art e são expost , as e vêm aqui fi c ia c o m - q u e n te s. ra muito Atualmente aqueles qu ara mui- b e n e ilo de mate dos carros e de Belo Horizonte. nas ruas, e q ue p al, cada qu do no meio bolsas e conseguem laudio. A fin uma pesa duzidas são ”. É assim que C s catadores é bra Teca. pe ças mais pro m utilidade mprado do ruim”, lem s de banne r. tos é algo se n e z e s rial co lixo a meno s que irá AÇÃO pastas feita d io d e C a st ro M e dade de CAPACIT lier pas- alho coord enado L u iz C la u Ferro Velho q uanti om isso, nã o só o as artesãs d o ate Com esse tr ab trabalho no ir a cidade .C Todas e v á ri a s define seu s- capacitaçã o desde o a te li e r te v ra e le, traba- polu as outras pe L é o P il ó , o i- l é dono. Pa s- dono do Ferr o Velho, m m por uma o do p o r foi a partic LC, do qua m b é m sa e separaçã Uma delas penas bata lhar pelo su o u tr a s e n ti d a d e s ta início do processo d c onquistas. sign em São lhar não é a cata- so a s e ambiente. rar o que ienal de De é ajudar os ara o meio dem a sepa pação na B ortante p o. Elas apren o varam para tento, o imp contribuem tirado lix s objetos e tiba. Eles le e do lixo re para criar novo aulo e Curi a e um a da região. ue grande part le- serve ra a recicla - P a lu m in á ri dores de ru : d e te le - É q parado e se vendido pa o ra ç ã o u m m d e tu d o epois de se e pode ser de a dec rrafas. “Em N o li xo, te d e das ruas, d rtesãs qu sa triagem inhas de ga r a n ti g o a p a n e la s po r mãos de a Há uma rigoro te to de tamp to, fo i o fo n e c e lu la ado, passa d e gem. id o p e lo s n h e c im e n ass ando por cion s C a ta d o re s te ri a l re c o lh rm o s d e re c o rgu- sentadas, p o c ia ç ã o d o to d o o m a muitas te ssivo”, se o pressão apo a sc a - d a A ss roveitável res. Além d isso, como mais expre fe rr a m e n ta s, d e sc terial Reap m catado encomen- trabalho to rn e ir a s, pelão e Ma sf o rm a m e in a fo to g rá - Pa an b a lh a m p o r a Léo Piló. n ja , m á q u re ). E la s tr a rt e sã s tr a s u m a lh d o r d e la ra x , u m (A sm a catadores p e lo m e n o c e te s d e a ç o in o quilo que os d a s, e la s já tê m ras de arte a Miriam Gonçalves fi c a , c a p a ic o .. . M u it a s ob as da cidad e. v e iro e lé tr m nas lixeir v e lh o c h u on- encontra culo pass ado são enc coisas do sé Atelier Arte’s e Cia ANTECIPE SUAS COMPRAS DE NATAL. LINDAS CESTAS DE NATAL, ARTESANATO DE PALHA DE MILHO E CARNAÚBA, SACOLAS, BOLSAS, BAÚS, GAVETEIROS E CESTAS DE CAFÉ DA MANHÃ. ACEITAMOS ENCOMENDAS Av. Américo Vespúcio n° 1599 - Nova Esperança - Belo Horizonte - MG PÁGINA 8 031 3032 5452