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Brasília/DF, Setembro/Outubro de 2015
Ano XIII - Edição 112
Publicação mensal
Mof mdogdsf
omdgfda. Página xx
Legenda
ROBERTO
NOGUEIRA
WILFRIDO
AUGUSTO
Cuba, livre
Página xx
O jornalista Carlos Monforte foi a Cuba e voltou de
lá com a certeza de que o País, mesmo agora com
as relações diplomáticas reatadas com os Estados
Unidos, ainda enfrenta muitos problemas. Mas há
sinais evidentes de que o povo cubano acredita no
surgimento de um País novo, de uma vida melhor.
Veja nas páginas xxx um relato completo sobre a
vida no País de Fidel Castro.
Caetano e
Gil, muita
grana e pouca
música.
Página x
Agronegócio,
essa é a
(única) saída.
Página x
Diretor Responsável:
José Natal
Edição:
Kátia Maia
Projeto gráfico e diagramação:
Evaldo Gomes de Abreu
Impressão:
Gráfica e Editora Ideal Ltda.
Colaboradores:
Alexandre Garcia, Luís Natal,
Ricardo Noblat, José Fonseca,
Sheila D´Amorim, Wilson Ibiapina,
Milton Seligman, MônicaWaldvolgel,
Mayrluce Vilella, Paulo Pestana,
Silvestre Gorgulho, Heraldo Pereira,
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Editora: Dayse Nascimento (02121 7854 4428)
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SERÁ QUE TEM SAÍDA?
A crise aumenta, o cerco se fecha. Dar 7 ministérios ao
PMDB parace que não ajudou o Governo a se aproximar
do Congresso. A presidente Dilma continua acumulando
derrotas em todas as votações. A economia afeta o bolso
do cidadão, o dólar continua subindo e o desemprego
aumenta. Os argumentos pedindo o impedimento
da Presidente chegam a toda hora, e o Presidente da
Camara, Eduardo Cunha comanda esse processo. Um
cenário macabro.
O
bedezco pero no cumplo era um ditado
muito popular nas antigas colônias
espanholas na América do Sul. Significava
o desprezo do colonizado pelo colonizador. As
pessoas fingiam cumprir as ordens, mas faziam o
que bem entendiam na defesa de seus interesses.
No Brasil, esse conceito se transformou no jeitinho
brasileiro para enfrentar os ditames de Lisboa,
sobretudo quando o assunto era elevar impostos.
Aliás, foi numa dessas que Joaquim Silvério dos Reis,
na posição de delator premiado, entregou todo o
grupo que pretendia fazer a revolução contra o
domínio português. Tiradentes foi preso, morto e
depois esquartejado.
O Partido dos Trabalhadores surgiu, na cena
política nacional “contra tudo isso que está aí”. Era o
campeão da ética que proibia qualquer tipo de acor-
do com seus adversários. Fingia aceitar as regas do
jogo político e pensava somente em dominar o poder
e executar as suas políticas. Qualquer preço pode-
ria ser pago. E assim foi durante vários anos. Mas o
exercício do poder desgaste e corrompe. Quando é
absoluto corrompe absolutamente. É o que está apa-
recendo no Brasil de hoje. Abertas as cortinas pela
ação do Judiciário surgiu um oceano de desvios, que
praticamente levaram a poderosa Petrobras ao chão.
A empresa de petróleo está em graves dificuldades
financeiras.
A necessidade de justificar o discurso da inclu-
são social ultrapassou todos os limites prudenciais. O
laborioso voto do Ministro Augusto Nardes mostrou,
ponto por ponto, a extensão dos desmandos gover-
namentais. Muito dinheiro saiu do rumo para justificar
aplicações mal sucedidas e desastradas. O déficit, es-
condido no primeiro mandato da presidente Dilma, é
o rombo orçamentário do seu segundo mandato. O
chamado ajuste fiscal, que ainda não foi realizado, tem
por objetivo apenas repor as contas nacionais no ní-
vel em que estavam antes das artes do então ministro
Guido Mantega e sua contabilidade criativa. O Tribu-
nal de Contas da União, por unanimidade, revelou a
extensão do estrago.
O que não se percebia, ainda, com necessária
clareza, é a incrível capacidade do governo de se atra-
palhar com as próprias pernas. Vamos lá: os vetos da
presidente Dilma Rousseff estão em pleno vigor. Es-
tão gerando os efeitos pretendidos pela presidente da
Obedecer e cumprirRepública. Então para que colocá-los em votação no
Congresso, cujo objetivo é apenas medir forças com a
oposição e o bloco dos insatisfeitos? Vetos costumam
mofar nas gavetas do parlamento durante anos. A in-
sistência não faz qualquer sentido. Demonstra que
o governo não tem a menor noção de como ganhar
tempo. É, aliás, sua única preocupação no momen-
to. Postergar decisões. Mas, ao contrário, o comando
político do governo as antecipa e perde.
A decisão de arguir a suspeição do ministro
Augusto Nardes, nas vésperas do julgamento, foi de-
sastre monumental. Os olhos da opinião pública já
estavam voltados para aquele julgamento. Recorrer
ao Supremo Tribunal Federal na tentativa de evitar a
discussão e votação da matéria constituiu erro inacre-
ditável. Recebeu um tremendo não como resposta. E
o advogado geral da União, na tribuna do TCU, não
articulou um único argumento capaz de modificar o
entendimento dos oito ministros que votaram. Um
vexame de proporções catastróficas. Revela uma falta
de compreensão inquietante sobre a verdadeira si-
tuação do país. Os desencontros políticos ocasionam
sérios problemas econômicos.
A reforma ministerial que parecia ter solucio-
nado os muitos problemas que cercam a presiden-
te Dilma revelou-se inepta. Não solucionou nada. E
criou uma legião de insatisfeitos. Terá que recomeçar
de novo. É incrível a capacidade de o governo federal
produzir problemas para ele mesmo. Não há gabine-
te de crise capaz de enxergar horizontes, determi-
nar caminhos e persistir no propósito. A única chan-
ce que ela tem, agora, é perseverar no exercício do
poder um dia após o outro. Quanto menos desafiar
o Congresso, melhor será. O impeachment que era
possibilidade remota passou a ser um fantasma. Afinal
de contas ela teve suas contas rejeitadas no tribunal
técnico.
Os defeitos apontados pelo TCU significam,
se os políticos assim considerarem, crime de respon-
sabilidade. E aí o país mergulhará no desconhecido.
Governar com amadores, ideólogos do século passa-
do, abriu o fosso e destruiu a credibilidade. Não há
mais espaço para obedecer, mas não cumprir. O po-
der judiciário e os órgãos técnicos da administração
impõem o império da Constituição. Quem conduzir
a transição para Dilma sair ou ficar deverá ser o novo
líder político do país.
2 3SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
A população de 15 estados passa a conta, a
partir de agora, com um incremento de R$ 26,2 mi-
lhões para a assistência aos dependentes de crack.
A ação faz parte do modelo de saúde adotado pela
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Ministério da
Saúde, que busca ampliar e qualificar a oferta de aten-
ção psicossocial à população, promover o acesso das
pessoas com transtornos mentais e com necessidades
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas
e suas famílias aos pontos de atenção. A RAPS busca
principalmente garantir a articulação integrada dos
pontos de atenção das redes de saúde, qualificando o
cuidado por meio do acolhimento, acompanhamen-
to contínuo e atenção às urgências e emergências de
cada caso.
Os novos recursos serão incorporados ao teto
de média e alta complexidade dos estados de Alagoas,
Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais,
Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Paraná,
Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do
Sul, Sergipe e São Paulo. Os recursos do teto são re-
passados mensalmente aos Fundos Estaduais e Mu-
nicipais de Saúde, a quem compete gerenciar e dis-
tribuir a verba conforme pactuação com a pasta. A
liberação do recurso foi publicada no Diário Oficial da
União dessa terça-feira (7).
A Rede de Atenção Psicossocial ganhou um re-
forço com a criação do Programa “Crack, é possível
vencer”, uma ação do governo federal, junto a esta-
dos e municípios, que busca construir estratégias pú-
blicas sobre a questão das drogas. O programa é uma
iniciativa conjunta entre diversos Ministérios – Saúde,
Justiça, Educação, Secretaria de Direitos Humanos,
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome. Entre 2012 e 2014, o Ministério da Saúde
repassou R$ 2 bilhões para implantação e cofinancia-
Ministério da Saúde investe
R$ 26,2 milhões para
combate ao crack
em 15 estados
mento de custeio dos estabelecimentos da
RAPS. A iniciativa conta com 2.241 Centros
de Atenção Psicossocial (CAPS), dos quais 384
são especializados no atendimento em álcool
e drogas (CAPS ad), mas todos os CAPS são
responsáveis pelo cuidado às pessoas com tais
necessidades.
REDE DE ATENÇÃO
Também estão em funcionamento 61
Unidades de Acolhimento (UA) – que corres-
pondem a lares transitórios – criadas para aten-
der usuários de crack, álcool e outras drogas,
em situação de vulnerabilidade social e familiar.
Para qualificar a atenção à saúde da população
em situação de rua, inclusive pessoas com trans-
tornos decorrentes do uso de álcool e drogas,
o Ministério da Saúde elegeu a Estratégia dos
Consultórios na Rua, composta por equipes
multiprofissionais de atenção básica. Atualmen-
te, há 145 equipes específicas para atendimento à po-
pulação em situação de rua.
A ação busca
ampliar e
qualificar
a oferta da
atenção
psicossocial
à população
e promover
o acesso aos
pontos de
atenção das
redes de atenção
Senador (PMDB-
AL), presidente
do Congresso
Nacional
Renan
Calheiros
O
governo federal anunciou o início de
uma reforma do Estado Brasileiro,
com eliminação de 8 das 39 pastas
ministeriais. As mudanças ocorreram por meio
de fusão, eliminação de ministérios e medidas de
enxugamento da máquina administrativa.
 
Com o novo formato, a pasta de Assuntos
Estratégicos foi extinta. Já Relações Institucionais,
Secretaria Geral, Gabinete de Segurança Institucio-
nal, Micro e Pequena Empresa foram incorporadas à
Secretaria de Governo. A pasta da Pesca foi anexada
à Agricultura. Já Previdência e Trabalho se fundiram
em um único ministério, bem assim como Mulheres,
Igualdade Racial e Direitos Humanos.
Outras medidas acompanharam a reestrutura-
ção anunciada. Entre elas a criação da Comissão Per-
manente da Reforma do Estado, a extinção de 3 mil
cargos comissionados, a eliminação de 30 secretarias,
o corte de até 20% nos gastos de custeio, a imposi-
ção de limite de gastos com telefone, passagens e diá-
O exemplo do
Senado Federalrias aos ministérios, a revisão de contratos de serviços
terceirizados, dos contratos de aluguel do governo e
o reexame do uso dos imóveis da União.
Esta é uma demanda cobrada por toda a socie-
dade brasileira desde o surgimento da crise. Com a
reforma, o governo não assegura, mas adquire alguma
legitimidade para pedir qualquer esforço adicional da
sociedade para equilibrar as contas públicas.
O Senado Federal foi uma instituição pionei-
ra neste aspecto. Em 2013 implementou um pro-
grama de austeridade sem nenhum prejuízo de suas
rotinas. O Senado foi a única instituição que cortou
despesas, reavaliou contratos, retirou privilégios e re-
duziu seus custos.
No quesito dos gastos, aprimoramos os mé-
todos e poupamos 530 milhões no biênio 2013/2014.
Importante ressaltar que o Senado Federal está mui-
to abaixo do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal
para gastos com pessoal. O limite é 0,86% da receita
líquida, mas o gasto da Casa com esta rubrica soma a
metade, 0,40%.
4 5SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
A
lei que liberou o divórcio no Brasil foi
sancionada em 1977, porém, a mulher
poderia se divorciar apenas uma vez até a
Constituição de 1988, quando o número de divórcio
passou a ser indeterminado. Em 2014, foram
registrados 54.299 divórcios nos cartórios de todo
o país. Mas qual a explicação para esse fenômeno?
A principal resposta é que a mulher deixou de
ser dependente e agora pensa que pode ser feliz
sozinha.
As mulheres vêm em um processo onde con-
quistam cada vez mais espaço na sociedade. As figuras
de dona de casa e mãe deram lugar ao de profissionais
dedicadas e bem sucedidas em empresas. Os homens
devem se orgulhar disso, afinal, eles sabem da impor-
tância que as mulheres têm.
Carla Ribeiro, psicóloga, analisa que o homem
precisa se sentir necessário pela companheira, mas
quando a mulher já é confiante e extrapola nesse as-
pecto, a relação se torna mais difícil. “A independência
O homem tem medo da
mulher
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e de Kickboxing.
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Carla
Ribeiro
As mulheres
querem agora
conquistar
o mundo
sozinhas.
da mulher só compromete a relação
à dois quando a mulher entra numa
competição com este homem. Se a
mulher se coloca numa situação de
auto suficiência: “Não preciso de
você para nada”, este homem não
tem razão alguma para se aproxi-
mar desta mulher”, afirma.
Ter sua própria casa, o próprio carro, tomar
suas próprias escolhas de acordo com as próprias ne-
cessidades e com os próprios desejos. Esse novo per-
fil de mulher faz com que os homens busquem novas
maneiras de se destacarem. “O homem sempre foi
ensinado e criado, desde pequeno, que ele deve ter a
função de prover e proteger sua mulher. Assim, caso
o homem não se sinta útil à ela, ele não se vê como
autêntico”, revela a psicóloga.
Portanto, o homem não deseja que as mulhe-
res abdiquem de seus sonhos, carreiras profissionais
e independência. “A mulher é que não deve deixar de
ser uma feminina”, conclui Carla. 
6 Revista Entre Lagos SET/OUT - 2015
E
m todos os períodos em que o Brasil passou
por recessão econômica, o endividamento
da população aumentou. Isso pelas altas
taxas de desemprego, que contribuem para a
inadimplência em diversas faixas da população
economicamente ativa. Em 2015, a surpresa é o
aumento do número de idosos inadimplentes devido
ao empréstimo consignado.
De acordo com levantamento realizado pelo
Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC, mais de um
quarto da população brasileira está com o nome sujo
devido ao não pagamento de dívidas contraídas neste
ano. A pesquisa revelou que atualmente 54 milhões
de brasileiros estão com débitos em aberto.
Entre os inadimplentes, a faixa etária que mais
cresceu foi a dos idosos 12,48%, a maior alta regis-
trada pelo estudo do órgão. Em muitos casos, porque
a renda está cada vez mais comprometida com des-
pesas da família.
Para a Drª. Vera Brigatto, advogada do CE-
NAAT – Centro de Apoio ao Aposentado e Trabalha-
dor, o endividamento pode ser explicado pelos cons-
tantes financiamentos, que resultam numa verdadeira
bola de neve para o aposentado.
“O aposentado deseja ajudar a família, mas o
dinheiro não rende o suficiente para este objetivo.
Então muitos recorrem ao empréstimo consignado,
pela facilidade na concessão. E como as contas e os
juros estão mais altos, ele volta a tomar empréstimos,
ampliando ainda mais sua dívida”, explica a advogada.
Bola de neve
A tomada do crédito e repasse para outra pes-
soa que não honra o compromisso pode ser somada
ao leque de situações que resultam no endividamento
do aposentado, já que o débito recai para o tomador
do empréstimo. Mas Drª. Vera alerta para outra si-
tuação: muitas dessas operações financeiras são rea-
lizadas por telefone, onde o solicitante confirma seus
dados, que podem estar em posse de pessoas ou em-
presas que agem de má fé.
SPC revela que
consignado
contribui para crescimento do número
de idosos que não honram dívidas
 A atual crise econômica que o Brasil atravessa
justifica o atual cenário. Aumentos dos custos com
saúde, energia elétrica, telefone e os juros do cartão
de crédito fazem com que as despesas fiquem
maiores, comprometendo o rendimento dos mais
idosos, que às vezes sustentam também seus filhos
e netos.
“Vivemos em uma época de retração da eco-
nomia, onde a tendência é o aumento das contas, dos
juros e o aumento do desemprego. Para sobreviver
a este momento, as pessoas devem se planejar mui-
to para não passarem mais aperto que o necessário”,
conclui Drª. Vera.
SERVIÇO
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do Suá – Vitória. Telefone: (27) 3029-7888
O
MEC divulgou na semana passada os
números da Avaliação Nacional de
Alfabetização 2014, que mede em crianças
da 3ª série do ensino fundamental a proficiência
em leitura, escrita e matemática. Mais uma vez os
dados não foram nada animadores. Uma em cada
cinco crianças (22,2%) só desenvolve a capacidade
de ler palavras isoladas. A maioria (56,1%) só
consegue localizar informações explícitas em textos
curtos. Nos mais extensos, só se estiver na primeira
linha.
Quando se trata de matemática, as estatísticas
são ainda piores. Mais da metade das crianças atingiu
apenas o nível 1 e 2, que, segundo o próprio MEC,
são considerados inadequados. Educadores avaliaram
que o pífio resultado em matemática advém do pró-
Luiz
Gonzaga
Bertelli
Presidente
do Conselho de
Administração
do CIEE/SP,
presidente
doConselho
Diretor do
CIEE Nacional,
Presidente da
Academia Paulista
de História –
APH e Diretor e
Conselheiroda
FIESP-CIESP
Em busca de
qualificaçãoprio conhecimento limitado da língua portuguesa, já
que os estudantes precisam interpretar os enunciados
para transformá-los em cálculos e chegar ao resulta-
do.
A questão é que, entra ano e sai ano, as estatís-
ticas referentes à educação, ou mudam muito pouco
ou continuam em estado de latência. Comparando
com as nações mais desenvolvidas, o desempenho dos
nossos alunos fica muito aquém das próprias necessi-
dades de formação profissional do país. Estudantes
com dificuldades em matemática terão poucas chan-
ces em setores como engenharia, finanças, contabili-
dade, administração – que são carreiras fundamentais
para o desenvolvimento econômico. A falta de leitura
e as dificuldades para interpretação de textos e para
a escrita impactam a formação de profissionais qua-
lificados para outras carreiras também importantes,
como direito, comunicação, letras, pedagogia, serviço
social e relações internacionais.
Com o objetivo de inserir
jovens no mercado de trabalho, o
CIEE, há 51 anos, investe na quali-
ficação com cursos presenciais ou
à distância, buscando melhorar a
formação daqueles que pretendem
entrar no mundo do trabalho. Por
isso, além de cursos que privilegiam
modelos atitudinais (relação inter-
pessoal, administração de tempo,
marketing pessoal), oferece, tam-
bém gratuitamente, aqueles que
buscam melhorar os conhecimentos
em língua portuguesa e matemática.
Esperamos que, em um futuro pró-
ximo, esses cursos de reforço pos-
sam se tornar desnecessários, não
pelos métodos em si, mas pela alta
qualificação de nossos estudantes.
8 9SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
Às margens do LagoJosé
Natal
jnatal@uol.com.br
BANDIDOS ESTÃO
EXTINGUINDO O FUTEBOL
Creio que o futebol foi a maior fonte de
felicidade para mim em 66 anos de
vida. Joguei muita bola. Vi ao vivo e na TV
partidas maravilhosas.
Acompanhei gênios como Pelé, um
Van Gogh dos campos. E fui muito feliz
aplaudindo a Seleção Brasileira.
Hoje, declaro que o futebol acabou. Apodreceu
e morreu, não só na qualidade dos jogadores
brasileiros, mas no contexto geral.
Praticamente todos os comandantes do futebol
mundial, nos últimos 20 anos, são bandidos. Todos
merecem ser presos.
E os grandes craques entraram na mesma onda.
A Justiça espanhola precisa prender Messi e Neymar,
para que esses milhões manipulados por eles tenham
explicação clara.
Tenho convicção de que há resultados
forjados, há manipulações diversas que a gente
nem percebe e que as grandes redes de TV,
comprometidas, ajudam a encobrir.
O mundo está tão doente que tenta matar
até o futebol. Como será a próxima Copa
do Mundo? Dá para acreditar em qualquer
resultado?
Declaro que passo a torcer contra a Seleção
Brasileira a partir de hoje.
Pelo menos até que o Brasil mude, mude
muito, melhore muito, em todas as áreas.
Não me façam de bobo, seus merdas
milionários! (RENATO RIELLA)
SANGA PUITÃ, AGRONEGÓCIO
Pioneiro de Brasília, advogado de competência
comprovada o, hoje, também, empresário ligado ao
agronegócio Wilfrido Augusto Marques é um exemplo
vivo do que, quando bem feito, pode dar certo. Com
os olhos bem abertos que enxergam tudo que há a seu
redor, Wilfrido, administra com rara habilidade um
projeto de produção de carne de alta qualidade para
o mercado interno e externo com a fazenda SANGA
PUITÃ, localizada a mais ou menos 70m km de Brasília,
no PA-DF, zona agrícola de alta tecnologia. Nesta edição
estamos mostrando o assunto, e contado duas ou três
coisas sobre esse empresário vencedor.
A CIDADE MAIS CARA DO PAÍS
Quem viaja muito sabe disso. Brasília briga com São
Paulo por um titulo nada simpático e tampouco
agradável. Talvez seja a cidade mais cara do País. Os
botecos tiram o coro da população, vendendo bebidas
e salgadinhos a preços assustadores. Segundo pesquisa,
a população está fugindo dos bares e restaurantes por
que os empresários do ramo abusam dos preços. Com
raríssimas exceções é a pura verdade. E mais, a cara
de pau dessa gente não tem limite. Há casos de bares
que dividem a mesma calçada e cobram, pelo mesmo
produto, um preço mais alto e o freguês aceita.  Foi-
se o tempo em que ir a boteco era diversão. Hoje é
penitência.
É FOGO
Acidade arde, um calor de esturricar a pele. O fogo
queima os campos, enfumaça o Céu de Brasília e
tudo fica muito feito, um cenário macabro. Dom Bosco,
que mora ali na Ermida, bem que podia levar um papo
reto com seu colega São Pedro e aliviar a barra de nós
todos, pobres cristãos que estamos sendo fritados de
agosto a novembro, sem dó. Brasília, que amamos tanto,
tem duas fases distintas: quando chove é um Paraíso,
quando a chuva demora, nem tanto. Fazer o que?
NARCOS
Epor falar em filmes,
imperdível a serie Narcos, sob
a direção do nosso José Padilha e
que tem Wagner Moura como
astro principal, interpretando o
traficante Pablo Escobar. A serie
é forte, baseada em fatos  reais
e filmado na Colômbia, palco
maior onde viveu Escobar. Quem
ainda não viu corra e assista,
vale a pena.
MIELE
Morreu Miele,
m u l t i m í d i a
bem humorado,
inteligente, agregador
e um talento raro
para todas as artes. A
cultura brasileira em
2015 perde mais um
nome que vai deixar
muita saudade.
CINEMA
Nada, nenhuma mídia substitui o cinema, a arte que
encanta, seduz e conquista o ser humano em todo
o Planela. Tai, todos nós criticamos uma serie de eventos
e casas de shows aqui em Brasília, a falta de estrutura
e de bons gestores, espanta os que têm bom gosto. Mas
os que gostam de cinema estão contentes, temos boas
salas e os filmes que o Brasil assiste, Brasília também
assiste. Mas, como nada pode ser perfeito, o Cine
Cultura, do Liberty Mall, precisa ter mais cuidado com
suas salas e equipamentos. Em algumas delas é comum
o filme ser interrompido devido a falhas no equipamento.
Há muitas queixas, com testemunhas.
10 11SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
Luiz
Gonzaga
Bertelli
Presidente
do Conselho de
Administração
do CIEE/SP,
presidente
doConselho
Diretor do
CIEE Nacional,
Presidente da
Academia Paulista
de História –
APH e Diretor e
Conselheiroda
FIESP-CIESP
A
quantidade de brasileiros que mudam
para fora do país por diversos motivos
vem crescendo exponencialmente.
Remuneração, violência no Brasil, educação,
condições dos países e alto padrão que podem
conseguir no exterior e não encontram aqui são
alguns dos motivos que fazem o público da terra
tupiniquim migrar.
As irmãs Soares - Patrícia, Paula e Marina - têm
histórias inspiradoras sobre suas experiências nos Es-
tados Unidos. Patrícia mudou-se para Boston, em
1995, para cursar faculdade de Comércio Exterior,
que iniciou no mesmo ano e terminou em 2000. Con-
seguiu um estágio na espanhola Converse, que vende
serviços de telefonia móvel. Hoje, permanece na em-
presa, com seu Greencard nas mãos, casou-se com
um brasileiro e tem dois filhos, de 7 e 4 anos, com
dupla cidadania. Vive bem, numa casa em condomínio
fechado, seus filhos adoram a escola e sua família não
tem a menor vontade de retornar.
Paula chegou a Boston, em 1997, para fazer
faculdade de propaganda e marketing, mudou-se para
Miami, em 2004, trabalhou como atendimento em
agências do grupo Saatchi e Thompson. Hoje na Cheil
Worldwine, tem como principal cliente a Samsung,
casou-se com um brasileiro, que mora lá há bastante
tempo, tem uma filha de 10 meses e não troca a cida-
de por nenhum lugar do Brasil (por vontade própria).
Os motivos? Qualidade de vida, excelentes condições
oferecidas pelo emprego, melhores oportunidades
e produtos mais baratos devido aos impostos, entre
outras razões. Segundo ela, viver em outro país e
investir fora podem ser as soluções para quem pre-
tende fugir da crise e fazer um pé de meia, mesmo
trabalhando em segmento diferente do atuante.
Marina foi para Boston em 2001 e cursou fa-
culdade de administração por um ano, mas acabou
retornando ao Brasil para estudar Fisioterapia na PUC
Campinas. Alugou um apartamento montado e como
seu curso era integral, exerceu trabalho voluntário
num asilo-escola. Ela gostou muito da experiência de
morar sozinha porque tinha que se virar para tudo e
amava sua liberdade. Fez grandes amigos e retornou
a São Paulo, sua terra natal, para trabalhar com seu
próprio negócio: atender pacientes em domicílio e
aplicar ginástica laboral dentro de empresas.
Já Ana Lúcia, que reside em São Paulo, com-
prou uma casa em Florença, na Itália, e pretende se
Morar no exterior:
alternativa em tempos de crise
mudar, montar um ateliê e levar seus negócios artesa-
nais. Cristina, chef de cozinha, comprou apartamento
em Sintra, Portugal, e pretende fazer a mudança em
breve. João Pedro, advogado arquiteto, é mineiro,
mora em território paulistano e não pretende deixar
a cidade. Com seu parceiro Uli, alemão, criou um
novo sistema vertical que ocupa menos de meio me-
tro quadrado e capta a água da chuva ou de outras
fontes, armazenando 320 litros. A água é captada da
calha, passa por um filtro e separa a água inicial e as
folhas. “É uma solução de baixo impacto para enfren-
tar a crise da água e adequada para empresas, casas e
prédios”, afirma ele.
Léo e Daniel Ickowicz, sócios da consultoria
imobiliária Elite International Realty ensinam como
realizar investimentos, adquirir imóveis e sugerem
Miami como opção fácil e segura, cidade que oferece
de arte a vida noturna, de esportes a compras e cli-
ma agradável o ano todo. A empresa oferece serviços
como o de Relocation, que resolve as necessidades
que surgem com a mudança e adaptação a uma nova
vida. Entre os itens incluídos neste serviço estão: a
procura de colégios, de profissionais como advogados
e guias culturais, auxílio em relação a registros de au-
tomóveis e licenças de trabalho, entre uma infinidade
de soluções elaboradas por um time de profissionais
treinados para atender a esse tipo de demanda.
“As possibilidades são infinitas e o mito de que
investir ou morar no exterior é complicado e buro-
crático pode ser quebrado.”, diz Léo.
Serviço
Mais informações: www.eliteinternational.com
P
ara os jovens (e pais), a proximidade do final
do ensino médio traz um dos momentos mais
angustiantes e estratégicos da vida: abertas
as inscrições para os grandes vestibulares, que
curso escolher? A opção nunca foi simples, mas em
épocas de crise, como a atual, fica ainda mais difícil
identificar quais os campos de atuação despontam
como promissores, tanto para a realização pessoal
quanto para  tentar uma relativa segurança de renda
futura. Aliás, a questão financeira é agravante: a
família ou o jovem terão condições de sustentar
mais alguns anos de estudo, até a obtenção de um
sonhado diploma universitário?
 
Somem-se a isso a precariedade da educação
brasileira – que avançou no acesso à sala de aula, mas
continua patinando no quesito qualidade –,  constan-
tes greves de servidores, desmotivação de professo-
res, falhas na gestão escolar, desvios e má aplicação
de recursos, omissão de pais e está desenhado um
cenário ainda mais sombrio. Cenário que indica au-
mento dos obstáculos que as novas gerações terão
Receita para um
futuro melhorde superar para conseguir uma adequada preparação
para ingresso no mercado de trabalho e, na sequên-
cia, uma bem sucedida construção de carreira.
Até aqui, a visão se restringe ao impacto na
vida do aluno, mas há outro aspecto, igualmente rele-
vante: os reflexos negativos para o País, decorrentes
de alguns anos de ensino com deficiências agravadas
e de piora na formação (já insuficiente) do capital
humano, fator fundamental para vencer os períodos
de crise e para sustentar a retomada de crescimen-
to que virá, cedo ou tarde. Sintomas dessa carência
de qualidade são as vagas que, mesmo nos períodos
de bonança e fartura de oferta de empregos, perma-
necem abertas longo tempo à espera de candidatos
com o perfil compatível. Em períodos de dificuldades,
então, a situação piora para os profissionais menos
qualificados que precisam, além de tudo, enfrentar
concorrentes com currículos mais alentados – num
processo que penaliza principalmente os segmentos
menos favorecidos da sociedade.
Assim, por qualquer viés que se examine, a
educação continua sem ser a prioridade das priori-
12 13SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
dades nas políticas públicas. Isso, apesar da exaustiva
repetição dos exemplos da arrancada da Coreia do
Sul ou do Vietnã, países que a aposta em ensino de
qualidade alçou da condição de subdesenvolvidos de-
vastados por guerras a posições na elite dos rankings
internacionais. Se, como dizem os chineses e sempre
citam especialistas em administração, crise é sinôni-
mo de oportunidade, não parece descabido sugerir
que, num momento tão difícil para o País, se pense
na adoção de medidas cujo êxito depende mais de
criatividade e comprometimento do que de investi-
mentos financeiros. Entre elas, a gestão responsável e
a rigorosa fiscalização do destino das verbas são me-
didas básicas e altamente recomendáveis; a adoção
de currículos condizentes com a realidade atual, tanto
do aluno quanto do mundo do trabalho; a valorização
da carreira do magistério com prêmios e reconheci-
mento público aos melhores desempenhos, e assim
por diante.
Nesse conjunto de soluções, é indispensável
um maior envolvimento da sociedade na verdadeira
cruzada pela educação de qualidade, fator fundamen-
tal para a conquista do desenvolvimento sustentado
do País – uma meta que beneficiará a todos: cidadãos,
empresas e governos. Com base em uma história de
meio século voltada à inclusão social e profissional  dos
jovens, o CIEE tem a convicção de que o estágio e a
aprendizagem são eficientes contribuições das empre-
sas e órgãos públicos para a educação e o desenvolvi-
mento profissional das futuras gerações. Isso porque
tais programas melhoram o desempenho do aluno
em sala de aula, motivam o seu desenvolvimento pes-
soal, aprimoram a qualificação profissional de futuros
colaboradores, tornando-os aptos a atender aos mo-
dernos requisitos do mundo do trabalho e à cultura
da organização. Além disso, programas de estágio e
aprendizagem geram efeitos adicionais salutares e al-
tamente positivos, em especial nos momentos de cri-
se, pois evitam que tantos jovens abandonem prema-
turamente os estudos, seja para reforçar o orçamento
familiar, seja para compensar o desemprego do pai.
Esse benefício decorre da obrigatoriedade
legal do pagamento de bolsa-auxílio ao estagiário e
salário mínimo hora ao aprendiz – investimento para
o qual a empresa ou o órgão público contratante con-
tam com incentivos governamentais. Portanto, um
bom remédio para cruzar a fase crítica e chegar a uma
etapa mais promissora é sempre contar com a força
de uma nova geração formada para construir um fu-
turo melhor e mais seguro para todos.
T
odos os dias, mais da metade dos brasileiros utiliza
a internet. Esse foi o resultado de uma pesquisa
divulgada semana passada pela Hello Research, que
entrevistou mil pessoas em 70 cidades de todas as regiões
do país. Na maioria das vezes (90%), o acesso é feito
para entrar nas redes sociais mais populares (Facebook,
Whatsapp, Instagram, You Tube e Twitter). Segundo a
pesquisa, 57% acessam pelo menos uma vez ao dia.
Para isso, utilizam o smartphone, em 97% dos acessos. A
pesquisa mostra também que há uma parcela de excluídos
da tecnologia digital: 27% dos brasileiros. O resultado é
uma demonstração das diferenças de costumes no país. A
internet é muito popular entre os jovens, mas perde fôlego,
principalmente, entre as pessoas com mais de 45 anos.
A verdade é que a rede chegou para revolucionar a co-
municação no século 21. As distâncias encurtaram de tal modo
que a maioria das grandes empresas já utiliza as videoconferên-
cias em reuniões, evitando muitas vezes, viagens e despesas
desnecessárias. Os jovens que não tiverem habilidades para
lidar com as ferramentas tecnológicas poderão encontrar pro-
blemas para se desenvolver no mercado de trabalho.
A inclusão digital também faz parte das preocupações do
CIEE na inserção do jovem no mercado de trabalho. Pelo por-
tal www.ciee.org.br, os jovens têm acesso gratuito a grade de
44 cursos de educação à distância que trabalham, entre outras
habilidades, os programas de informática mais utilizados nas
empresas, e cobrados, muitas vezes, nos processos seletivos,
como o pacote Office (que inclui word, excel, powerpoint),
flash, outlook, acess,  além de um curso sobre smartphones –
que ajuda os jovens a entender e aproveitar da melhor forma a
tecnologia disponível.
Contribuir para a inclusão digital é o mesmo que re-
forçar as estruturas para que o país atinja seu pleno desen-
volvimento. Ter jovens capacitados para utilizar a internet
e seus mecanismos faz parte da construção de uma gera-
ção que vai entender o mundo com um olhar mais crítico e,
quem sabe, mais humano às necessidades sociais, políticas e
econômicas.
Internettodos os dias
Q
uando não conseguimos conciliar o
sono e durante o dia ficamos pensando
na situação que parece sem solução,
rumamos para o desespero.  Não adianta rolar pela
cama, virar de um lado para o outro, contar nuvens
ou carneirinhos; todas as tentativas parecem ser
em vão. O sono está muito distante.
Por mais que nos esforcemos em encontrar
uma solução, maior fica o problema, que parece criar
uma forma incomensurável.
Finalmenteohoráriohabitualestabelecidopara
o “despertar” acontece. É um momento de aparente
calmaria na mente, que está agora preocupada nas
tarefas corriqueiras de se aprontar para o encontro
com o lado de fora da vida.
O caminho para o trabalho parece longo e
interminável. As vezes torcemos para não chegar,
porque sabemos que quando atingirmos a porta de
entrada do prédio onde trabalhamos iniciaremos a
grande batalha. O coração acelera preparando-se
para o ataque do inimigo invisível.
Finalmente ocupamos nosso local de trabalho
e tentamos iniciar nossa função profissional. A solução
ainda não foi encontrada, mas aparentemente o que
parecia uma coisa incontrolável não aconteceu e a vida
vai acontecendo devagar e monotonamente como
sempre, sem que antes houvéssemos nos apercebido.
O fim do dia está próximo, começamos a nos
sentir aliviados, no entanto, ainda há uma sensação
Síndrome do pânico:
o que me espera amanhã?
Dárcio
Cavallini
de insegurança dentro do peito e cada vez que nos
lembramos, o coração acelera o ritmo comandando
a respiração, que se torna ofegante. O medo vai
tomando conta novamente.
A rotina se completa no momento em que nos
deitamos novamente atrás do sono; recomeça todo o
drama do dia anterior.
Queremos encontrar a qualquer preço uma
solução e cada vez mais somos vencidos pela impo-
tência de resolver a situação. O dia passa pela noite e
nos encontramos de novo no mesmo dilema que só
aumenta nosso pavor de despertar, ir para o trabalho,
encontrar pessoas.
Quandoosfamiliaressedãoconta,deumahora
para outra, não temos mais coragem de se levantar
da cama para enfrentar o dia. O medo tomou conta
da mente. Somos impotentes para tomar a simples
decisão de ir para qualquer lugar e, ao mesmo, tempo
sentimos medo de permanecer no mesmo lugar.
Finalmente, alguém nos convence a procurar
por ajuda e começamos então uma batalha nova.
Peregrinamos por consultórios médicos atrás de um
diagnostico que explique as dores que já tomaram
conta do corpo físico. Passamos por máquinas que fa-
zem a leitura de nosso âmago, como se descobrissem
os segredos da alma, no entanto, apesar de toda sofis-
ticação dos exames e dos sistemas, não conseguimos
definir nosso padrão de conduta.
Por falta de melhor entendimento somos
diagnosticados com síndrome do pânico.
A solução está em tomar alguns medicamentos,
que induzem ao sono e a inércia mental. Tornamos-
nos um robô. Perdemos o controle sobre a própria
capacidade de reagir ao medo que sentimos.
A partir desse instante passamos a depender
de alguém que possa tomar as decisões por nós. A
situação, em princípio, parece cômoda e aceitamos.
Acreditamos que esse alguém possa solucionar o
grande problema que nos aflige.
O tempo passa e a solução não vem. Mas,
o efeito do pensamento vacilante e incapaz de
encontrar solução já não é o mesmo de antes. O
coração não dispara mais como antes. Os remédios
não permitem. O sono acontece roboticamente e
não acordamos mais no meio da noite para triturar
nossos pensamentos.
14 15SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
Chega um momento em que percebemos que
não estamos mais participando da vida; só sobrevi-
vemos . E por mais controlada que esteja a situação,
nos sentimos incomodados porque esse não é o nos-
so perfil. Queremos nossa vida de volta, com a pos-
sibilidade de acertar e errar nas varias tentativas de
encontrar caminhos.
 Então, mesmo com o corpo físico sob contro-
le, nossa alma não se cala e continua aquela pergunta
que vem de dentro e não para de nos incentivar a
buscar a tal solução.
Quando desistimos de pensar em obter a
resposta e literalmente nos entregamos ao fracasso
de nossa própria existência somos agraciados com a
solução.
Aparece em nosso caminho alguém ou alguma
coisa que nos mostra uma nova possibilidade e vamos
atrás com uma esperança que há muito não sentíamos
porque acreditamos que é o caminho. Parece que no
final do túnel finalmente apareceu uma pequena e
tênue luz.
Se você já passou ou está passando por uma
situação semelhante, saiba que existe essa luz no final
do túnel e realmente ela indica o seu caminho para a
felicidade de se reencontrar com a vida.
A síndrome do pânico é uma doença da alma.
E como tal, não é possível encontrar diagnóstico por
exames físicos.
A apometria é um dos caminhos para encontrar
a solução. Os problemas que se acumulam na mente
e que são impossíveis de encontrar solução, residem
nos registros dos acontecimentos de outras vidas.
Estamos repetindo uma situação que em
outras encarnações não conseguimos resolver por
não compreender ainda as leis universais. Temos
um corpo físico e um cérebro capazes de solucionar
qualquer situação que a vida nos apresente; somos
dotados dessa capacidade.
E quando a solução não está presente na forma
habitual do dia a dia, e o problema se repete até ficar
grande demais para encontrar a solução e ficar maior
que nós mesmos estamos diante de uma lição a ser
aprendida nesta encarnação e a solução só é possível
através da alma.
As técnicas apométricas permitem, por
desdobramento, ou seja, ir até as encarnações
anteriores, em qualquer tempo do passado para
desbloquear nossos processos emocionais que nos
prendem na repetição de padrões sem solução.
A apometria é a medicina da alma e ajuda a
fazer com que as pessoas reencontrem o prazer de
viver.
Mestre em
psicologia e
coordenadora
do MBA Master
Coach do
Instituto de
Pós-Graduação
e Graduação
(IPOG)
Mara
Suassuna
A
lcançar objetivos e conquistar sonhos
são o desejo de todo ser humano. Afinal,
sonhar faz parte do inconsciente coletivo.
E se sonhamos, precisamos buscar estratégias
para a realização do nosso potencial humano. O
Coaching como metodologia de desenvolvimento
oportuniza aos coachees (cliente) o aprendizado
a cerca desse potencial, muitas vezes adormecido
e desacreditado frente às regras que a sociedade
impõe nas suas diferentes exigências: políticas,
Como cumprir metas e
alcançar resultados usando seu
potencial humano
econômicas, profissionais, afetivas e familiares.
 
O  Coaching tem tido um papel fundamental
nas organizações e no desenvolvimento das pessoas.
Afinal, alinhar pessoas e organizações gera mais
resultados, bem como alinhar a pessoa com sua
missão e propósito de vida impacta positivamente em
todas as dimensões existenciais.
Entre as vantagens do Coaching para o indi-
víduo, podemos destacar a melhoria do desempe-
nho e o desenvolvimento de potenciais de forma
permanente; o estabelecimento de equilíbrio entre
a vida profissional e privada; permite o  Coachee ir
além dos limites inconscientemente impostos por
ele mesmo; o desenvolvimento de habilidades de
liderança e de trabalho em equipe; permite conhecer
e praticar as chaves do poder da comunicação e gerar
criatividade na resolução de conflitos. A metodologia
permite ainda potencializar as habilidades de gestão
de mudança; conhecer como percebemos o tempo
e como administrá-lo; e fornece apoio à tomada de
decisão e à gestão de carreira.
Já para as organizações, estudos mostram
um alto retorno do investimento no Coaching. Em-
presas cujos executivos passaram pelo processo de
Coaching classificaram o retorno quantitativo em seis
vezes sobre o investimento realizado. As principais
melhorias observadas nas pesquisas, resultantes do
processo de Coaching, foram melhorias do relaciona-
mento com subordinados (77%), com o chefe (71%),
melhoria do trabalho em equipe (68%), aumento do
nível de satisfação com o trabalho (61%), aumento da
produtividade (53%) e do comprometimento com a
empresa (44%).
1.	 O Coaching impacta na melhoria do desempenho e no
bem estar, contribuindo para a construção de uma sociedade
mais equilibrada e mais feliz, pois tem em sua base a ação trans-
formadora propiciada pelo autoconhecimento e clarificação do
propósito de vida.
2.	 O Coaching auxilia a focar aonde se quer chegar partin-
do dos recursos atuais, considerando quais competências
que precisam ser reforçadas ou adquiridas; que esforços e re-
cursos devem ser mobilizados para suprir as carências; que limi-
tações e hábitos improdutivos precisam ser vencidos nos níveis
intrapessoal, interpessoal e profissional.
 3.	Diferentemente da terapia, o Coaching não busca causas
e possíveis traumas no passado, mas sim os momentos
em que o Coachee teve uma ótima performance. A modelagem
desses momentos permite ao cliente repetir no futuro esses
bons resultados obtidos.
 4.	Para o Coach não existe o fracasso, mas resultados
diferentes do que foi objetivado.  Com o foco na solução
e não nos problemas, o Coachee aprende a responsabilizar-se
pelo alcance de seus objetivos ou não, e torna-se protagonista
da própria história.
5.	 O Coachee torna-se capaz de alcançar resultados ex-
cepcionais sem comprometer sua vida pessoal, equilibran-
do todas as áreas da vida: profissional, financeira, física, social,
intelectual, emocional e lazer.
 6.	O processo de Coaching é mais que um trabalho técni-
co, é um exercício mental auxiliado, que mistura racio-
cínio e intuição, de forma a levar o Coachee a responder suas
próprias questões, utilizando seus próprios conhecimentos.
 7.	Os executivos, que passam pelo processo de Coaching,
aprendem a se adaptar rapidamente às mudanças e aos
novos desafios; desenvolvem a criatividade para identificação de
novas soluções, produtos ou mercados; e descobrem a habilida-
de de domar e usar o stress de maneira positiva.
 8.	O processo de Coaching permite aos profissionais co-
municar-se melhor, persuadir e negociar com mais efi-
ciência, e ser mais assertivos; promove a capacidade de traba-
lhar eficientemente em equipes e o aumento da capacidade de
liderança, da motivação e da satisfação no trabalho.
 9.	O Coaching como metodologia e desenvolvimento hu-
mano propicia a organizações e pessoas o conhecimento
e desenvolvimento de competências e habilidades para o en-
frentamento da crise e o alcance dos objetivos.
Mas por que o Coaching é um método eficaz no alcance de metas?
Permita-se ir além.
Conheça o Coaching!
16 17SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
Carlos
Monforte
Jornalista
Q
uem quiser se esconder do mundo e ficar longe
de tudo, vá para Cuba, onde a Internet caminha
a passos de tartaruga e as notícias de jornal
estão nas mãos do Granma, o tabloide de oito páginas do
Partido Comunista. Televisão, só a estatal (recheada de
novelas brasileiras), ou a Telesur de Maduro, portanto de
uma parcialidade sinistra.
Eram questões que eu queria comprovar no país de
Fidel Castro, antes que seja invadido por hordas de todos
os matizes, assim que o mundo decidir conhecer de perto
esse país praticamente virgem do ponto de vista turístico.
Por isso, fui lá. E vi que, não vai demorar (talvez cinco, dez
anos), Cuba será um outro país, um novo país, e o cubano
espera isso com ansiedade extrema.
Saudades de
Cuba
Jornalista
José
Fonseca
Filho
O
Brasil está investigando muito, e muito
surpreso ficando com a incidência da
corrupção na vida pública, envolvendo
personagens antes famosos pela suposta qualidade
- o ex-presidente Lula, hoje garoto-propaganda de
empreiteira,eapresidenteDilma,deincompetência
surpreendente na administração pública. Em função
dessa bandalheira recorde, a ação administrativa
do governo está semiparalisada. Falta condição
para tratar da saúde, educação, infraestrutura em
geral, da economia.
Governo incompetente não é novidade no
Brasil. Mas a dupla do PT conseguiu superar as ex-
pectativas. As ações desencadeadas pela Polícia Fe-
deral, com denominações criativas, surpreendem o
país pela gravidade e volume da corrupção exposta.
As maiores construtoras do país, seus dirigentes em
cana, estão desmoralizadas. Enquanto isso, a violência
e a criminalidade aumentam, a infraestrutura do país
revela carências dificilmente superáveis, em particular
na saúde pública.
Sem contar que não há dinheiro para nada, o
orçamento é deficitário e o recurso das pedaladas, de
que se valia o governo, foi desmascarado pelo TCU.
Brasileiros doentes, com gravidade, vão para os hospi-
tais públicos mas a maioria não pode ser atendida, por
falta de tudo. Remédios, médicos, condições sanitá-
rias, infraestrutura hospitalar. Está diariamente no no-
Governo perdido.
Brasil em riscoticiário da televisão, como se o povo brasileiro mere-
cesse apenas a criminosa indiferença de seu governo.
Os brasileiros pagam impostos, mas nada
recebem do governo, que descumpre suas míni-
mas obrigações, em serviços e equipamentos para a
população. E fica tudo por isso mesmo, mais um
absurdo suportado pela população e desconside-
rado pelo governo, que não consegue superar os
problemas. Não muito revoltados, os brasileiros e
brasileiras, pois a boa índole não os leva a isto. Mas
desrespeitados , desconsiderados e humilhados. Os
brasileiros estão sendo vítimas do governo, e não
protegidos e assistidos por ele. Isso é uma realidade
do nosso país.
O governo está perdido. Não tem condição
nem competência para resolver os problemas na-
cionais, até porque está diretamente envolvido com
muitas bandalheiras. Ele e seu partido. A presidente,
ao promover mudanças no ministério, não visa me-
lhorar a administração federal, mas indicar parlamen-
tares que possam vir a servir a seus interesses políti-
cos, em troca da indicação feita, e de outras a serem
acrescentadas. Assim, um ministro de determinado
setor não é necessariamente um verdadeiro conhe-
cedor daqueles problemas. Ele foi ali colocado para
servir a interesses muitas vezes subalternos da Chefe
do Governo. Não se trata, portanto, de uma reforma
ministerial, mas de uma acomodação de interesses.
Interesses escusos.
18 19SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
O povo cubano é um otimista. Sempre foi. Em
1.959, quando tudo ainda era festa, depois da balbur-
dia da revolução, os barbudos de Sierra Maestra se
apoderaram do poder, enxotaram o ditador Fulgêncio
Batista, tocaram de lá o Meyer Lansky e os mafiosos
donos de cassinos, das drogas e das prostitutas. Mas
não esperavam ficar isolados tanto tempo.
Existe uma foto, logo depois que el comandan-
te assumiu Havana, que mostra a placidez de um Fi-
del Castro ao lado de um alegre Ernest Hemingway,
escritor americano que morava fazia tempo na Finca
La Vigia, a 30 quilômetros de Havana. Mostravam o
semblante tranquilo dos vencedores, mas pouco sa-
biam do futuro. Tempos do sonho socialista criado
por jovens idealistas contra a barbárie de um ditador
no mínimo despudorado.
Fidel tinha 33 anos quando tomou o poder. La
Revolución tem 57 e Fidel foi aposentado faz pouco
tempo, mas continua presente, atento ao que aconte-
ce na sua ilha. Às vezes, deixam dar um palpite, mas
todos o respeitam. Soube conduzir o barco até deter-
minado momento, e quando o muro de Berlim caiu,
os sonhos foram juntos.
Hoje, quem tem 33 anos, pegou apenas o lado
dramático da história, nada dos gloriosos e emblemá-
ticos anos pós-revolução. Claro, o cidadão de hoje
vive o legado de um regime que priorizou a educação,
mas que encontrou um mercado restrito e fechado,
assim como a boca.
Logo depois da tomada do poder, vieram os
problemas, os radicalismos, as tentativas de contra-
golpe, a obrigação de pôr ordem na casa, bagunçada
pelo ditador corrupto e por um país sem norte. Te-
riam que ser ousados e foram por um caminho amar-
go: arrumaram uma boa briga com os Estados Unidos
– se declararam marxistas, puseram os inimigos no
paredón, tomaram as terras dos estrangeiros, expro-
priaram empresas, armaram um belo banzé em plena
guerra fria, nos anos 60.
A primavera cubana teve seus pontos positi-
vos e isso ninguém pode negar, principalmente por-
que teve como objetivo inicial a implantação de um
programa de alfabetização radical.
Mas se ressente até hoje do isolacionismo, do
torniquete que os Castros impuseram ao país (hou-
ve tempo em que cubano não podia sair da ilha e o
mundo tinha dificuldade de entrar lá), com o controle
das opiniões políticas, da liberdade pensamento e de
imprensa, do bloqueio econômico criminoso patroci-
nado por Washington. O sistema imposto pelo gover-
no socialista ainda persiste: cada quarteirão de cada
cidade mantém seu CDR – os comitês de defesa da
revolução – mas se sente no ar a vontade de mudar,
de soltar as amarras.
O programa de erradicação do analfabetismo
deu certo: não há um só cubano analfabeto e mes-
mo aqueles que trabalham em tarefas bem simples
devem ter completado os nove anos obrigatórios na
escola. Mas há uma distorção gritante: contratei pelo
menos cinco motoristas para rodar por Havana e pelo
interior do país e todos tinham curso universitário.
Ganham mais como motorista de taxi e guia turístico
do que com suas profissões.
E não são profissões banais. São engenheiros,
médicos, advogados. Quem me levou de Havana para
Cienfuegos, foi um engenheiro de telecomunicações,
com especialidade na Rússia. Quem rodou comigo
por Havana foi um engenheiro civil, especializado em
arqueometria, que emprega métodos físicos e quími-
cos para estudos arqueológicos.
Essa distorção é apenas um dos problemas
que o governo de Cuba tem de enfrentar, fora todos
aqueles que vem encarando desde que tomaram o
poder, em 59. Logo de cara passaram pela tentativa
de invasão da baía dos Porcos, ainda no começo do
governo, pela crise dos mísseis, pelo bloqueio eco-
nômico americano, que ainda teima em permanecer.
Cuba caiu direto nos braços da então União Soviética,
ficou dependente do comércio com os países do les-
Quando era proibido ir a Cuba fui lá assim
mesmo, com outro companheiro jornalista. A recor-
dação vem a propósito do artigo do colega Carlos
Monforte. No contexto do isolamento imposto pe-
los Estados Unidos, e o Brasil sem relações diplomá-
ticas com o regime de Fidel, brasileiros não podiam
ia à Ilha. Fácil de burlar. Estávamos em Caracas, na
cobertura de uma viagem presidencial e resolvemos
dar uma esticada no paraíso comunista. Foi só ir na
embaixada de Cuba. Puseram o visto com um clips
e nada registraram no passaporte. Oficialmente não
fomos. Era o governo Figueiredo e a abertura estava
em curso.
O cubano me pareceu um povo alegre, mas
vivendo na tristeza, devido à carência de tudo, em
termos materiais, e do maior bem da humanidade:
a liberdade. Aos estrangeiros, na rua, pediam goma
de mascar, canetas esferográficas, tênis, produtos
simples de nossa sociedade, mas que eles não dis-
punham. Queixavam-se da falta de tudo, da bisteca
(bife) e dos restaurantes que eram reservados aos
turistas. Os ônibus e carros da década de 50 mal
conseguiam rodar. Na calçada do malecón, pros-
titutas que o governo afirmava não haver no país.
Os cubanos, ávidos de conversar com os turistas e
saber das novidades do exterior.
Advertidos, nos negávamos a trocar ou ven-
der dólares, porque implicaria em severas punições
aos cubanos, se apanhados pela terrível polícia polí-
tica, presente em toda a cidade. Os brasileiros bem
cotados na simpatia dos cubanos: fãs da nossa músi-
ca e das novelas da Globo. Havia jovens voluntários
de países europeus ajudando na colheita da cana de
açúcar, então e ainda a maior fonte de recursos da
ilha. Todos embalados pelo sonho socialista.
Lá voltei anos depois, então oficialmente,
mas sendo jornalista, com demora para aprovação
do visto. Mesmo ambiente entristecido pelas carên-
cias materiais - a da liberdade ao mesmo nível ante-
rior. Os grandes hotéis se instalavam na ilha mas a
eles e aos restaurantes o cidadão cubano não tinha
acesso. Nem condições de pagar, num país onde ine-
xistem salários regulares. Desta vez coincidiu com o
14 de julho, aniversário da revolução. Tive a honra e
a pachorra de ouvir um discurso de Fidel, algo como
duas ou mais horas de falatório. Deu para fumar dois
puros Churchill longos e algumas cigarrilhas Cohiba.
Quando a ilha era
José
Fonseca
Filho
Jornalista
PROIBIDA
20 21SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
te europeu e do petróleo russo. Viveu anos políticos
cruéis, mas no meio da desconfiança generalizada,
cresceu.
Os tempos mudaram, porém, foram mudando
ao longo de todas essas décadas. No entanto, o golpe
fatal foi mesmo o fim da União Soviética, a queda do
muro de Berlim. Cuba começou a enfrentar péssimos
bocados.
Solução: mudar o enfoque da economia, mas
ainda fechando a política, talvez copiando os próprios
chineses, agora parceiros. Cuba deixou de vender
seus produtos para os grandes mercados, se fechou
em copas e foi sufocada de todos os lados.
A cana-de-açúcar, sempre seu grande produ-
to, hoje é marginal: praticamente, atende apenas o
mercado interno, com a produção de açúcar e de
melaço, para o rum, que ainda é um dos melhores
do mundo. Foram fechadas 155 usinas nos últimos
anos: apenas 49 funcionam. Os charutos são tam-
bém acessórios, dentro de um mundo que vem ba-
nindo o hábito de fumar. Mas é um grande charme.
A agricultura não participa hoje mais que oito por
cento das receitas.
A solução vem por três caminhos: turismo, o
“empréstimo” de profissionais para países carentes
(como os médicos para o Brasil) e o dinheiro que
vem do exterior, enviado pelos milhões de cubanos
que deixaram o país, e que vivem em grande maioria
exatamente no país que tem sido seu maior algoz, os
Estados Unidos.
Aliás, o único ponto positivo até agora desse
reatamento com os Estados Unidos é que Obama
deu carta branca para que os cubanos que moram
em Miami possam enviar para seus parentes em Cuba
oito mil dólares por ano. O limite era de dois mil dó-
lares. Mesmo assim, a receita passa hoje dos cinco
bilhões de dólares por ano. Ou seja, a renda vai cres-
cer bastante.
O turismo também tende a crescer. O Ministé-
rio do Turismo cubano acaba de apresentar dados que
mostram que a chamada indústria do turismo cresceu
17 por cento no primeiro semestre deste ano. Mais
de dois milhões e cem mil pessoas – em geral vindas
do Canadá, Inglaterra, Espanha, México, França e Itá-
lia – foram visitar Havana, Varadero e outras cidades
ainda pouco conhecidas do mundo.
Mas o que se vê é que o país não tem capa-
cidade de acolher muito mais: faltam infraestrutura,
hotéis, estradas etc. Em primeiro lugar, o governo so-
cialista e de partido único tem de desapegar, de ter-
ceirizar o poder: em Cuba, tudo é do governo – das
pequenas lojas de artesanato aos grandes hotéis e res-
taurantes, e até mesmo a famosa La Bodeguita del
Medio pertence a papai Fidel Castro, como os cuba-
nos chamam o maior líder da revolução. E aonde não
se pode entrar de tão
lotada de turistas.
Existem investimen-
tos estrangeiros, mas
eles não passam de
49 por cento do capi-
tal. Setenta por cen-
to dos trabalhadores
são funcionários pú-
blicos.
E aqui cabe
um parêntese: o
PC cubano sofre do
mesmo mal que o
PT brasileiro – têm
ojeriza à iniciativa
privada e tudo que
cheire a privatização,
a passar obrigações
e tarefas à iniciati-
va privada. Ou seja,
ficam todos cheios
de urticária quando
pensam que alguém
possa ter lucro tocando um negócio que eles não têm
competência para tocar. Nem que isso possa significar
mais emprego e produtividade.
Embora a Internet seja um desastre, a tendên-
cia irreversível é que Cuba se abra cada vez mais ao
mundo. Seja cada vez mais livre e dê mais liberdade
a seus cidadãos. Não adiantou segurar a crença em
Deus se, como se viu na visita do Papa Francisco, o
cubano é extremamente religioso. Não adianta segu-
rar vozes dissidentes se, como vimos, os dissidentes
estão aí e só o papa não quis ver.
O próprio papai Fidel disse em uma entrevista
em 2.010 a um jornal americano que “o modelo cuba-
no já não funcionava mais, mesmo para nós”. Um dia
a ajuda benevolente da Venezuela, que anda mal das
pernas, vai acabar, assim como acabou a da Rússia. E
todos sabem disso. Portanto, a guinada é iminente.
Daqui a três anos, Raul Castro vai deixar a pre-
sidência do país e seguir o caminho do irmão mais
velho. Será o fim da geração de Sierra Maestra. Assu-
mirá o cargo Miguel Diaz-Canel que nasceu depois da
Revolução de 59. É o horizonte mais próximo de um
outro caminho para Cuba, que sem dúvida vai mudar
de cara.
Só se espera que essas mudanças não apaguem
o charme, a atração e o fascínio dessa ilha caribenha,
para que não se tenha saudades da velha Cuba bagun-
çada dos mafiosos. E se possa beber um bom mojito
na Bodeguita, ouvindo uma salsa ou uma rumba, ao
lado da alegria espontânea dos simpáticos e eloquen-
tes cubanos.
Apresentar o agronegócio aos profissio-
nais urbanos de áreas distintas; demons-
trar a dinâmica dos principais setores do
agronegócio e capacitar para a utiliza-
ção do conhecimento sobre agronegó-
cio em suas atividades profissionais
específicas. Esses são os principais
objetivos da Escola Superior de Agrone-
gócio Internacional, criada na Fazenda
Sanga Puitã, na região centro-oeste do
país, próximo à Brasília.
Wilfrido Augusto Marques, idealizador
do projeto, atrelou essa iniciativa à sua
principal atividade que é a advocacia.
Graças a ela foi possível conhecer e re-
unir pessoas extremamente qualificadas,
para compor a Escola Superior do Agro-
negócio Internacional. “A Escola é a única
das Américas. A Escola é a única no Bra-
sil e no Centro-oeste. A Escola tem uma
vocação e ela já nasceu grande. Qualquer
instituição, não é grande pelo nome ou
pela abrangência e atuação. Ela é gran-
de pelas pessoas, pelos valores humanos
que a compõe. A Escola tem um grupo
de professores, um grupo de abnegados
que estão absolutamente sintonizados
com o problema de produção de ali-
mentos no mundo e ela, com certeza, irá
cumprir esse papel com muito galhardia”
Os cursos têm 80 horas de atividades,
divididos em 48 horas de aulas presen-
ciais, 16 horas de atividades supervisio-
nadas na fazenda e nas agroindústrias da
região e 16 horas de atividades extra-
classe.
SANGA PUITÃ
BIOGLOBA
L
ocalizada no PA-DF a 70 KM de Brasília, as
Fazenda Sanga Puitã e Vale do Sossego se
tornaram na última década, por meio dos
eventos de Dia de Campo, uma vitrine tecnológica e
negocial por onde passaram importantes produtores
e empresários do cenário nacional e internacional,
bem como mais de 100 delegações de diversos países
do mundo. Após muitos anos servindo de base para
esse intercâmbio, a Sanga Puitã BioGlobal abriga
agora, a Sede da Escola Superior de Agronegócio
internacional inaugurada no dia 19 de setembro de
2015. 
Escola Superior do Agronegócio Internacional - ESAI
22 23SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
Foram montados 2 mode-
los para atender à disponibilidade de
tempo de cada aluno. O primeiro,
com aulas presenciais em 4 finais de
semana; e o segundo, com aulas em
8 dias úteis. Formatos que permitem
que, em pouco tempo, o aluno com-
plete seu treinamento profissional em
Competitividade de Sistemas Agroin-
dustriais.
GRADE CURRICULAR
GESTÃO DE SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS - conceitos e desafios
Grandes Cadeias Produtivas do Agronegócio Brasileiro
Agronegócio Internacional na Prática
Economia Agroindustrial
Desenvolvimento Regional
Mercado e Comercialização de Produtos Agroindustriais
Gestão Econômica e Financeira no Agronegócio
Políticas Públicas para o Agronegócio no Brasil
Contratos, Coordenação e Competitividade no Agronegócio
Direito Agrário
Turismo Rural e Desenvolvimento Local
Gestão Estratégica e Logística no Agronegócio
Agronegócio e Sustentabilidade
Agronegócio e o Consumidor
Atividades Supervisionadas
Acompanhar as atividades agrícolas, pecuárias e ambientais da Fazenda
Visitar e acompanhar o processo produtivo das empresas da região:
- Packing-house
- Fábrica de enlatados
- Moinho de farinha de trigo
- Fábrica de queijos e de leite tipo A
- Frigorífico de pequenos animais e fábrica de embutidos
- Unidade de beneficiamento de sementes fiscalizadas
- Produção intensiva de suínos
 
Os cursos poderão ser ministrados em espanhol, inglês, francês, árabe,
mandarim ou russo se forem formadas turmas com esta necessidade.
R
ecentemente, em uma entrevista que
concedi, me perguntaram sobre a
composteira caseira e se era possível
fazermos uma em casa. Na entrevista, respondi
que sim, é possível, mas não tão simples. Uma
composteira caseira se trata de um recipiente
apropriado, em geral, um contêiner vertical,
preenchido com materiais orgânicos secos (folhas),
um inóculo (estrume seco de galinha ou outras
fonte de bactérias) e a matéria orgânica fresca
(restos alimentares e poda de jardim). A partir daí,
o contêiner é fechado permitindo uma circulação de
ar através da massa, de baixo para cima, de modo
a promover a biodegradação da matéria orgânica
fresca, o que em geral se dá em um prazo médio
de 90 dias.
 
Existem outras medidas mais acessíveis que
poderiam contribuir com o meio ambiente. A mais
conhecida e comentada é a coleta seletiva, que pode
ser realizada em casa. Além de incutir aspectos de en-
sinamentos de cidadania na família, esse tipo de ação
realça a importância da promoção de ações visando à
preservação do meio ambiente.
Entretanto lembro que, antes da implantação
desse sistema, é preciso que as pessoas realmente
conheçam os materiais que devem ser separados ou
não. Separar (seco, úmido, baterias, remédios, mate-
Engenheiro Civil
e Mestre em
Mecânica dos
Solos, Fundações
e Geotecnia e
fundador da Fral
Consultoria.
Francisco
Oliveira
Coleta seletiva:
a organização do lixo
começa em casa
riais de construção), limpar e lavar os resíduos secos,
dispor de recipientes adequados para o armazena-
mento temporário dos resíduos e informar-se sobre
a frequência de coleta de cada tipo de resíduo, bem
como conhecer a localização dos pontos de entrega
dos demais resíduos (farmácias,eco-pontos). É im-
portante lembrar que os resíduos recicláveis deverão
estar limpos e secos, isentos de quaisquer tipos de
sujeira.
Em nosso dia a dia, manipulamos diversos ma-
teriais que podem ser reciclados: garrafas pet’s, pa-
péis, jornais, embalagens plásticas, garrafas de vidro,
copos plásticos, latas de alumínio, latas de latão, em-
balagens de alumínio ou isopor, etc.
Atualmente, poucas cidades, que possuem 
coleta seletiva já implantada, exigem triagem na ori-
gem pela tipologia de material (plástico, vidro, madei-
ra, etc.). A reciclagem só se sustenta se houver uma
indústria ou um parque industrial regional que de fato
reaproveite os materiais separados.
Caso este parque industrial não exista, não
haverá valor comercial associado ao material se-
parado e, consequentemente, passará a não fazer
sentido a separação, coleta e triagem. A coleta
seletiva residencial é importante e ajuda a manter
a família engajada com a sustentabilidade.Quando
feita com conhecimento traz benefícios imensurá-
veis para todos.
24 25SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
Historinhas do VinilRoberto
Nogueira
robertonogueira@
terra.com.br
Consultor da
Presidência da
CNC. Presidente
de RN Consultores
e de RN &
Marini Editora e
Comunicação. Autor
de nove livros.
Poeta. Membro
da Academia de
Ciência, Letras e
Artes de
Rio Pomba (MG).
C
aetano e Gil se apresentaram em
Brasília. “100 anos de música”, titulo
que sugere ouvir em sequência
clássicos de ambos, desde “Alegria Alegria” e
“Procissão”, passando por Panis et Circenses
e Miserere Nobis e que tais. Muitos
adoraram, eu nem tanto. Caetano, em
plena forma. Gil, com a voz a lhe traindo.
Show bom, nada mais que isso. O que não
é bom é pagar R$ 900,00 para ouvir Axé
Music e outras bobagens e ver a “turma
da pipoca” descer feito arrastão e parar
na frente do palco impedindo a visão de
quem pagou caro e gosta de acústico
contemplativo. Por que tão caro um
show sem nenhuma produção, voz e
violão?
De Caetano o clímax foi “Terra”, belíssima
interpretação, que em casa ouço no LP “MUITO –
Dentro da Estrela Azulada”, 1978, aquele em que
Caetano, na capa, deita-se ao colo de sua mãe, Dona
Canô. Terra é a música um do lado um e o LP inteiro
é bom, incluindo “Eu sei que vou te amar” de Tom e
Jobim, além de Sampa; Tempo de Estio (Rio/Tempo
de Estio/Eu quero suas meninas/Eu quero suas meni-
nas); Muito Romântico; Muito (que empresta o nome
ao LP) e outras mais.
TERRA, linda melodia que carrega uma letra
de múltiplas interpretações. Gosto muito desse tre-
cho: De onde nem tempo e nem espaço/ Que a força
mãe dê coragem/Pra gente te dar carinho,/durante toda
a viagem/Que realizas do nada,/ através do qual carregas
o nome da tua carne/Terra.
Senti a ausência de “VOCÊ É LINDA”, do LP
“UNS”, maravilha de melodia e letra da qual me apro-
Caetano e Gil
muito a desejar
prio e sonho tê-la feita para a minha querida Maria
Angela: Fonte de mel/Nuns olhos de gueixa... Você é lin-
da/E sabe viver/Você me faz feliz/Essa canção é só pra
dizer e diz/ Você é linda.
Em “UNS” encontra-se, também, a genial
ECLIPSE OCULTO, aquela em que Caetano, ao final
do romance, pede: Não quero que você fi-
que fera comigo/Quero ser seu amor/Quero
ser seu amigo/Quero que tudo saia/Como o
som de Tim Maia/Sem grilos de mim/Sem
desespero, sem tédio, sem fim.
Do belíssimo CINEMA TRANS-
CENDENTAL Caetano cantou “Menino
do Rio”, mas poderia ter cantado “Lua de
São Jorge”, “Beleza Pura”, Trilhos Urba-
nos. Por fim, gostaria de ter ouvido IN-
DIO, mas não ouvi; Um índio descerá de
uma estrela colorida brilhante/de uma estrela que virá
numa velocidade estonteante/e pousará no coração do
hemisfério sul na América num claro instante/depois de
exterminada a última nação indígena.
Gil também ficou devendo canções essenciais,
mas não me faltou em “Domingo no Parque”, da se-
gunda metade da década de 1960, mas gostaria de
ter ouvido “Procissão” e outras mais. Do LP REALCE,
que é de 1979, Gil cantou “Toda Menina Baiana” e
“SuperHomem – A canção”, esta com sua bela me-
lodia e letra redentora para muitos. Não poderia se
ausentar a belíssima “DRÃO” (originalmente gravada
em 1982), que ouço no LP “A GENTE PRECISA VER
O LUAR”, de 1989. Não resisto encerrar com a letra
inteira, poesia de poeta de alma que é pura sensibi-
lidade. Drão é história de amor e separação de sua
mulher Sandra (San.... Drão).
Drão! O amor da gente é como um grão/Uma
semente de ilusão/Tem que morrer pra germinar/
Plantar nalgum lugar/Ressuscitar no chão/Nossa se-
meadura/Quem poderá fazer aquele amor morrer/
Nossa caminhdura/Dura caminhada/Pela noite escura
Drão! Não pense na separação/Não despeda-
ce o coração/O verdadeiro amor é vão/Estende-se in-
finito/Imenso monólito/Nossa arquitetura/Quem po-
derá fazer aquele amor morrer/Nossa caminha dura/
Cama de tatame/Pela vida afora
Drão! Os meninos são todos sãos/Os pecados
são todos meus/Deus sabe a minha confissão/Não há
o que perdoar/Por isso mesmo é que há de haver mais
compaixão/Quem poderá fazer/Aquele amor morrer/
Se o amor é como um grão/Morre, nasce trigo/Vive,
morre pão/Drão!
Não ouvi “Procissão”, presente no LP “LOU-
VAÇÃO”, de 1967, que ouço com alguma frequência.
Mas ambos – Caetano e Gil – gênios da minha gera-
ção, estão perdoados, mas não os produtores.
Estamos prestes a uma nova leitura do tempo
em que se dizia que o melhor hospital de Brasília é
o “avião da VASP”. Diremos então, se nada mudar,
que a melhores casas de espetáculos de Brasília são
os aviões GOL e TAM destino Rio e São Paulo. Fica
mais barato!
26 27SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
N
o último mês de agosto, a Câmara dos
Deputados aprovou, em dois turnos, a
Proposta de Emenda Constitucional (PEC)
que propõe a redução da maioridade penal de 18
para 16 anos para crimes hediondos (estupro,
sequestro, latrocínio, entre outros), homicídio
doloso e lesão corporal seguida de morte. A proposta
foi relatada no Parlamento pelo deputado federal
Laerte Bessa (PR/DF) e seguiu para apreciação do
Senado.
Com relatório bem fundamentado, Bessa con-
seguiu o apoio de diversos deputados para a apro-
vação dessa diminuição. A matéria teve 320 votos a
favor, 152 contra e uma abstenção. De acordo com a
proposta, os menores com idade a partir de 16 anos
que cometerem crimes responderão à Justiça igual
aos adultos, mas cumprirão pena em local separado.
A redução da maioridade penal é defendida
pela grande maioria da população brasileira, cansada
de tantos crimes bárbaros e da impunidade em que
os menores de idade se apoiam. Pesquisa do Instituto
Datafolha, realizada em junho, apontou que 87% dos
brasileiros são a favor dessa diminuição.
Na opinião do deputado do Distrito Federal, a
redução da maioridade penal não vai extinguir a crimi-
nalidade, mas reduzirá e muito, bem como irá acabar
com a impunidade que impera em nosso País.
“O jovem de 16 anos sabe muito bem o
que é certo e o que é errado. Ele já pode vo-
tar e escolher o presidente do País. Porque não
pode responder criminalmente por seus atos ilí-
citos?”, questiona Bessa.
O deputado também usa números para pro-
var que jovens cometem crimes apostando na impu-
nidade, visto que são encaminhados para centros de
ressocialização e ficam, em média, seis meses inter-
Relatada por Laerte Bessa, redução da
maioridadepenalpara16anos
é aprovada na câmara
Laerte Bessa tem 61 anos de idade, é
goiano e mora em Brasília há 30 anos. Delega-
do de polícia aposentado, foi diretor da Polícia
Civil do DF por oito anos, durante a gestão do
ex-governador Joaquim Roriz. À época, o órgão
foi considerado pela ONU a melhor polícia do
Brasil e, no mundo, apenas a Polícia do Canadá
estava à frente em elucidação de casos.
Exerceu seu primeiro mandato na Câ-
mara dos Deputados entre 2006 e 2010,
quando presidiu a Comissão de Segurança
Pública e Combate ao Crime Organizado –
sendo o 1º representante do Distrito Federal
a assumir o mais alto posto da segurança na
Casa.
Em 2014, se candidatou novamente
pelo Partido da República (PR) e foi
eleito com mais de 32 mil vo-
tos. Em seu segundo man-
dato, defende a bandeira
da segurança pública
com melhorias nas con-
dições de trabalho das
instituições policiais e
fortalecimento de pro-
gramas sociais foca-
dos nos jovens.
nados. “Não podemos achar normal que 39%
dos assassinatos no DF sejam cometidos por
menores de idade, segundo a Polícia Civil. Eles
fazem isso porque sabem que ficaram impunes”,
acrescenta.
Bessa também tem entre suas propostas a re-
visão da Lei da Execução Penal (LEP) e, para isso, soli-
citou à Presidência da Câmara uma comissão especial
para discutir o tema no Congresso. Outro projeto
importante é o que solicita o inquérito policial eletrô-
nico (1811/15).
LAERTE BESSA
CASOS DE DESTAQUE
Morador de Águas Claras, Bessa é bastante
conhecido entre os profissionais de segurança pública
da capital federal. Foi o delegado responsável por in-
vestigações de casos importantes e de grande reper-
cussão na imprensa nacional e internacional.
Um deles foi o “Caso Pedrinho”. Roubado
de uma maternidade em Brasília, no ano de 1986, a
história de Pedro Rosalino Braule Pinto teve um fi-
nal feliz. O menino foi localizado 16 anos depois em
Goiânia, pela equipe chefiada pelo delegado Bessa.
O sequestro da filha do ex-senador Luiz Es-
tevão em 1997 foi outro episódio de grande reper-
cussão solucionado pela Polícia do DF. Bessa, então
chefe da divisão anti-sequestro, coordenou a equipe
que libertou a menina após sete dias em cativeiro e
prendeu os criminosos.
A prisão do estudante Marcelo Bauer - res-
ponsável pelo assassinato da então namorada Thaís
Mendonça na década de 80 em Brasília -, em uma
cidade da Dinamarca foi outra operação de sucesso
creditada ao hoje deputado Laerte Bessa. Casos es-
ses que resgatam a memória da sociedade brasiliense
e são contados em detalhes no livro “Dossiê Bessa”,
lançado em 2010, de autoria de Marcos Linhares.
Por Rafael Secunho
Assessoria de Comunicação –
Deputado Laerte Bessa
(61) 3215 5340
28 29SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
P
restar atenção na respiração, na forma
como se inspira o ar, mas também quando
se expira, mantendo a mente mais “calma”
(com menos caos de pensamentos) é algo que
todos já ouviram falar que faz bem, mas quanto
bem realmente faz?
Segundo Dr Fábio Cardoso clínico geral
especialista em medicina funcional são tantos
os benefícios do ato de praticar a meditação
regularmente que se ela fosse um remédio seria com
certeza o mais prescrito no mundo.
Regeneração cerebral, ajuda na recuperação
de doenças, melhora dos sintomas da ansiedade com
as técnicas de respiração, capacidade de disciplinar
a mente e melhora do foco, são apenas alguns dos
muitos ganhos que essa prática nos trás segundo o
doutor.
Mas o que é meditação?
Enquanto muitas pessoas ainda associam a me-
ditação com a arte de “pensar em nada”, na verdade
o que ocorre é exatamente o oposto, de acordo com
o Dr. Craig Hassed, palestrante sênior na Monash
Medical Faculty.
“Todas as práticas de meditação envolvem o
treinamento da atenção, mas também o treinamento
da atitude de aceitação e não reatividade, bem como
atenção com a respiração e o corpo”, ele nos explica.
Então, como o Dr. Fábio ressalta, ao invés de
pensar em nada, a prática real da meditação diz res-
peito a reconhecer adequadamente todos os nossos
pensamentos, treinar nosso cérebro para sair de sua
definição padrão de deixar a vida passar.
E se você praticar a meditação regularmente,
os pesquisadores acreditam que ela pode ter efeitos
maravilhosos em seu cérebro. Há mais de 5 décadas a
comunidade científica ocidental reúne dados sobre os
benefícios da prática de meditar, e o melhor: você não
precisa ser um monge budista para aproveitar estas
vantagens. E dá para colocar sim a prática no teu dia
a dia.
Dentre as vantagens que surgem da prática re-
gular da meditação e com boa comprovação científica
Dr. Fábio destaca:
Fábio
cardoso
Meditaçãoe seus benefíciosRedução do estresse, aumento do
bem estar, estímulo da criatividade,
fortalecimento de sistema nervoso
e imunológico, saiba quais são os
inúmeros benefícios dessa pratica para
nossa saúde
Publicado no prestigiado jornal Cancer desco-
briu que a meditação foi capaz de alterar fisicamente
as células de sobreviventes de câncer de mama. O
projeto realizado no Tom Baker Cancer Center, no
Canadá, notou que técnicas de redução de estresse
e ioga deram sequência ao tratamento “tradicional”
da doença.
Na pesquisa, os 88 participantes convidados
tinham em média 55 anos. Eles eram sobreviventes
de câncer de mama – com até dois de pós-tratamento
– e continuavam sentindo problemas emocionais.
Analisados por 12 semanas, essas pessoas foram
divididas em grupos.
DD redução do estresse e ansiedade
DD aumento de satisfação e melhor desempenho no ambiente
de trabalho;
DD diminuição da insônia e depressão;
DD aumento de bem-estar e autoestima;
DD estímulo da criatividade, inteligência e memória;
DD fortalecimento do sistema nervoso e imunológico;
DD redução da pressão arterial e de dores de cabeça;
DD diminuição do consumo do tabaco, do álcool e de drogas
ilícitas.
DD Mas existem cada vez mais indícios científicos que a
meditação pode ser uma ferramenta muito interessante
para gerar longevidade com qualidade. Vejamos algumas
pesquisas mais recentes: 
DD Integridade do DNA
O primeiro teve que passar por encontros
semanais de 90 minutos com professores de Hatha
ioga. Além disso, os participantes também tinham
que praticar durante 45 minutos diários em casa. Já
a segunda equipe passou por discussões semanais
sobre os seus sentimentos; recebendo inclusive um
workshop sobre técnicas de redução de estresse. En-
quanto isso, um terceiro grupo serviu de “controle”.
Depois que analisaram as amostras de sangues
dos dois grupos, o estudo achou diferenças bem inte-
ressantes. Nós já sabíamos que intervenções psicoló-
gicas como meditação eram capazes de ajudar as pes-
soas mentalmente. Mas, pela primeira vez, nós temos
evidência de que esses fatores podem influenciar no
aspecto biológico.
Com o fim do estudo os pesquisadores no-
taram que os grupos que passaram pelos encontros
tiveram seus telômeros preservados. O que isso sig-
nifica? Dr Fábio Cardoso explica que os telômeros
são protetores das proteínas existentes nas células,
e de forma prática, preservam a integridade de nosso
código genético – DNA. Com o tempo, elas podem
se desgastar e com isso trazer consequências ruins
para a saúde das pessoas, como doenças e até mesmo
câncer.
Foi surpreendente saber que os telômeros
dos participantes não foram modificados/desgastados
como os do grupo de controle. Para quantificar todos
os benefícios, ainda há muita pesquisa para ser feita.
IMUNIDADE
Quem meditatem as defe-
sas do organismo ampliadas e con-
segue lidar melhor com oestresse,
concluiu um estudo realizado na
Universidade da Califórnia, EUA.
Isso acontece porque durante a
prática da meditação a enzima te-
lomerase (ligada ao sistema imuno-
lógico) tem sua ação intensificada.
Essa condição auxilia à promover a
longevidade nas células.
Para chegar a essa conclu-
são, foram analisados 60 pessoas
durante três meses. Trinta delas
praticaram a meditação e as outras
trinta, não. As taxas da telomerase
se mostraram cerca de 30% mais
elevadas naquelas que meditavam.
Foram esses pacientes que apre-
sentaram, ainda, um aumento na
capacidade psíquica, como melhora
na percepção de controle e aten-
ção, além de diminuição da neuro-
se ou de emoções negativas.
NEUROPLASTICIDADE
Outro estudo Publicado em janeiro deste ano
na revista Psychiatry Research: Neuroimaging, anali-
sou 16 pessoas, com idade entre 25 e 55 anos, que
participavam do Mindfulness-Based Stress Reduction
(MBSR), o programa de treinamento desenvolvido
há mais de 30 anos por Jon Kabat-Zinn, professor de
medicina e diretor fundador da Clínica de Redução do
Estresse e do Centro de Atenção Plena em Medicina
da Universidade de Massachusetts.
Em oito encontros semanais, os participantes
do programa aprendem exercícios de meditação des-
tinados a desenvolver as habilidades da atenção plena
- a consciência ampla e tolerante dos pensamentos,
dos sentimentos, das sensações corporais e do am-
biente ao redor. Cabe a eles praticar esses exercícios
no intervalo entre os encontros.
A equipe do estudo examinou o cérebro de
cada participante do MBSR duas semanas antes e logo
depois do programa de oito semanas, comparandoo
com os dos integrantes de um grupo de controle que
não havia recebido o treinamento. Os que foram trei-
nados - nenhum dos quais tinha experiência prévia na
área - contaram que haviam dedicado pouco menos
de meia hora por dia a essa meditação doméstica.
Nos exames realizados no fim do programa,
o cérebro dos não treinados não apresentou altera-
ções. Já no dos praticantes, a massa cinzenta mos-
trou-se bem mais espessa do que era antes, em várias
regiões. Uma delas é o hipocampo, cujas atividades
têm relação com a aprendizagem, a memória e a re-
gulação das emoções.
Estudos anteriores já haviam mostrado que
muitas pacientes de depressão e transtorno de estres-
se pós-traumático (TEPT) apresentam pouca massa
cinzenta no hipocampo. Outras diferenças substan-
ciais foram notadas no cerebelo (região relacionada
à regulação das emoções), na junção têmporo-parie-
tal e no córtex cingulado posterior do cérebro dos
meditadores (áreas ligadas à empatia e à assunção da
perspectiva de outra pessoa).
Para a principal autora da pesquisa, Britta Hölzel
- pesquisadora do Massachusetts General Hospital e da
Universidade de Geissen, na Alemanha -, essas altera-
ções podem indicar que a meditação aprimora a capaci-
dade de regular as emoções, controlar os níveis de es-
tresse e sentir empatia por outras pessoas. “Acho que o
que é realmente positivo e promissor sobre esse estudo
é que ele sugere que nosso bem-estar está em nossas
mãos”, afirma ela. Britta também comentou a evidência,
reforçada por seu trabalho, da “plasticidade” do cére-
bro, pela qual ele pode mudar de forma com o tempo:
“O que eu considero fascinante é que apenas prestar
atenção de um modo diferente e estar mais consciente
podem ter um impacto capaz de mudar a vida.
30 31SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
Esclerose múltipla:
iniciativa global busca
melhorar assistência a
pacientes
Genzyme apresenta a
pesquisa com pessoas que
convivem com a Esclerose
Múltipla Recorrente (EMR)
e cuidadores que visa a
descobrir os desafios não
falados da doença
A
Genzyme, uma empresa do Grupo Sanofi,
anunciou ontem (5) a “vs.MS”, uma
nova iniciativa global projetada para
conscientizar sobre a carga emocional e física,
muitas vezes não falada, provocada pela esclerose
múltipla recorrente (EMR) em pessoas que
convivem com a doença e seus cuidadores.
Para melhor entender o tema, a companhia
realizou uma pesquisa global entre mais
que 1.500 pessoas que convivem com a
EMR e seus cuidadores em sete países.
Um conjunto de dados inicial, oriundo da
pesquisa global, será compartilhado pela
primeira vez durante o 31º Congresso
do Comitê Europeu para o Tratamento
e Pesquisas sobre a Esclerose Múltipla
(ECTRIMS), a ser realizado de quarta
a sábado (7 a 10/10), em Barcelona,
Espanha.
 
“Como parte de nosso compro-
misso permanente de ajudar a melhorar
a vida das pessoas que convivem
com a EM, temos orgulho em
apresentar essa nova iniciativa
global em colaboração com
os pacientes e cuidadores”,
disse a chefe de EM Medical
Affairs da Genzyme, Darle-
ne Jody. “Nós acreditamos
que, quanto mais sabemos,
mais podemos fazer. As des-
cobertas feitas por meio da vs.
MSvão ajudar a esclarecer
qual o prejuízo físico e emo-
cional passível de ser exer-
cido pela EMR. Com isso,
poderemos nos antecipar
e desenvolver programas de cuidados que poderão
ajudar a incentivar cuidados melhores e mais intera-
tivos.”
Durante o ECTRIMS, a Genzyme reunirá líde-
res de toda a comunidade da EM, como pacientes,
profissionais de saúde especializados na doença e gru-
pos de defesa, para examinar todos os resultados da
pesquisa e começar a desenvolver um programa que
será, posteriormente, apresentado a todos.
A PESQUISA
Os dados da pesquisa global vs.MS permitirão
vislumbrar o impacto que a doença poderá ter sobre
vários aspectos da vida diária de pessoas que convivem
com a EMR. Para metade das pessoas interrogadas,
por exemplo, a capacidade para progredir em suas
carreiras piorou depois de diagnosticadas com a
EMR, e 40% estão preocupadas
sobre a possibilidade de perder
o emprego. A pesquisa vs.
MS também revela o efeito
da EMR sobre o bem-estar
emocional tanto dos portadores
da doença como de seus
cuidadores. Mais da metade
dos participantes da enquete
que convivem com a EMR se
sentem solitários ou isolados
por causa da doença, enquanto
mais de 50% dos cuidadores
não falam de seus receios
quanto ao avanço dela, para
evitar aborrecer a pessoa de
que cuidam. 
“Os resultados dessa
pesquisa global oferecem uma visão única das reali-
dades da EM recorrente, incluindo os desafios que as
pessoas que convivem com a doença e seus cuidado-
res enfrentam todos os dias”, disse o dr. Barry Singer,
M.D., diretor do Centro para Inovações nos Cuida-
dos da EM no Missouri Baptist Medical Center em
St. Louis, Missouri, e membro do comitê de direção
da vs.MS. “Esperamos que as percepções quanto às
lutas diárias daqueles que convivem com a EM resul-
tem na melhor gestão da doença.”
A pesquisa online vs.MS foi levada a mais
que 1.500 pessoas em sete países, entre pacientes
e cuidadores. O estudo foi desenvolvido com
a colaboração e orientação de um comitê de
direção formado por neurologistas especializados
e renomados globalmente, e tratou de assuntos
como progressão e incapacidade; desafios cognitivos;
questões de relacionamentos e intimidade; ônus
emocional; fadiga e sensibilidade; desafios da bexiga e
do intestino, e impacto da EM sobre carreiras.
Para apresentar os resultados iniciais da vs.
MS  no ECTRIMS, a Genzyme está organizando
uma experiência interativa digital em seu estande no
evento, bem como compartilhando os resultados via
Twitter,  @GenzymeCorp. Para cada indivíduo que
participar da experiência interativa digital e para cada
repetição no Twitter que incluir a hashtag #vsMS da
campanha, a empresa doará € 5,00 à Federação
Internacional da Esclerose Múltipla (MSIF) para apoiar
os esforços da organização na área da pesquisa.
Nos próximos meses, a Genzyme vai revelar
todo o conjunto de dados da pesquisa e incentivar
mudanças de conduta e atitudes, num esforço para
promover melhores resultados para aqueles que são
afetados pela doença, tornando-se parceira da comu-
nidade dos portadores da EM.
Sobre a Sanofi
A Sanofi, líder global na área da saúde, descobre, desenvolve e distribui
soluções terapêuticas focadas nas necessidades dos pacientes. Os pon-
tos fortes centrais da empresa estão no campo da assistência médica,
baseado em sete plataformas de crescimento: soluções para a diabetes,
vacinas humanas, drogas inovadoras, assistência médica para consumi-
dores, mercados emergentes, saúde animal e a nova Genzyme. A Sanofi
está cotada em Paris (EURONEXT: SAN) e em Nova York (NYSE: SNY).
SOBRE A GENZYME,
UMA EMPRESA DO
GRUPO SANOFI
Há mais de 30 anos, a Genzyme é pionei-
ra em pesquisar, descobrir e proporcionar terapias
transformadoras a pacientes com necessidades mé-
dicas raras e debilitantes. Nossos alvos são alcança-
dos por meio de pesquisas de classe mundial e com
paixão e comprometimento de nossos colaborado-
res. Com foco em doenças raras e esclerose múlti-
pla, nos dedicamos a causar um impacto positivo na
vida dos pacientes e familiares aos quais servimos.
Esse objetivo nos guia e inspira todos os dias. Seu
portfólio de terapias transformadoras é comerciali-
zado ao redor do mundo e representa avanços ino-
vadores na medicina para a salvar vidas. A Genzy-
me, uma empresa do Grupo Sanofi, se beneficia do
alcance e dos recursos de uma das maiores com-
panhias farmacêuticas do mundo, compartilhando o
compromisso de melhorar a vida dos pacientes. Veja
mais:www.genzyme.com.
 
Genzyme®
 é marca registrada da Genzyme Cor-
poration. Todos os direitos reservados. Release adaptado
do original em inglês.
32 33SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
Eventos que agitaram BrasíliaOswaldo
Rocha
mundovip@terra.com.br
oswaldorochamundovip@terra.com.br
Cel.: 9977-7999 / 33661696
“Depois que uma palavra sai da sua boca,você não
pode engoli-la de novo”
“Não há uma boa resposta para uma pergunta estúpida”
Provérbios Russos
Aentrega de premiações do XXV
Prêmio Upis de Turismo, foi
regada de muita emoção e animação.
A solenidade aconteceu na noite da
última quarta-feira (30), no auditório
da Faculdade Upis (União Pioneira
de Integração Social) - localizada na
SEPS 712/912, Conj. A – Asa Sul – DF.
O evento foi conduzido pelo apresentador e
jornalista Antônio de Castro, da Rede Globo. E anima-
do pelas bandas: Doppler Effect e Babado Novo.
Neste ano foram escolhidos 11 agraciados,
dentre eles, 8 escolhidos por um júri especializado, e
que foram revelados somente durante o evento. E 3
escolhidos por votação popular no site da faculdade.
Os agraciados foram: Empresa Teresa Pe-
rez Tours pelo excelente trabalho prestado aos seus
clientes. Hotel Saint Andrews, escolhido por ser o
mais exclusivo do Brasil. Empresário José Eduardo
Guinle, escolhido por ser um dos maiores empreen-
dedores do meio turístico. Jornalista Oswaldo Ro-
cha, pela dedicação e divulgação do turismo brasilei-
ro. Jornalista José Osório Naves, pela dedicação e
divulgação do turismo brasileiro. Jaime Recena, por
seu empreendedorismo turístico. Aluna de Turismo
da Upis – Cristina Pinto de Mesquita, pelo melhor
Trabalho de Conclusão de Curso. Professor da Upis
– Lúcio Carlos de Carvalho Santos, pela dedica-
ção ao ensino na instituição. E na votação popular, o
site Decolar.com foi escolhido como o melhor site de
vendas de pacotes turísticos do Brasil. O Aeropor-
Emoção e animação marcaram a solenidade
do XXV Prêmio Upis de Turismo
to São Gonçalo do Amarante foi
escolhido como o melhor aeroporto
brasileiro. E o título de templo turísti-
co mais visitado de Brasília ficou com
a Catedral Baleia.
A solenidade contou com a
presença de autoridades, personalida-
des do meio turístico, convidados, diretores da insti-
tuição, coordenadores de curso, professores, alunos e
colaboradores da Upis.
O Prêmio Upis de Turismo é a premiação mais
importante do segmento turístico do Distrito Federal.
Criado em 1991 com o intuito de homenagear perso-
nalidades e empresas que contribuem para o desen-
volvimento do turismo brasileiro. Em 25 anos de pre-
miação, diversas instituições tiveram seus trabalhos
reconhecidos, além de profissionais de destaque na
capital federal, e contou com a presença de autori-
dades, personalidades do meio turístico, convidados,
diretores da instituição, coordenadores de curso, pro-
fessores, alunos e colaboradores.
A UPIS foi fundada em 5 de Dezembro de 1971
e é uma das instituições mais tradicionais de Ensino
Superior do DF. Seu curso de graduação em Turismo
foi o primeiro a ser implantado na região Centro-Oes-
te e o segundo no Brasil. Por investir constantemente
em estrutura e no aperfeiçoamento técnico e cientí-
fico, alcançou o reconhecimento com a Certificação
Internacional de Qualidade ISO 9001, para os cursos
de graduação e pós-graduação. Diferencial que garan-
te aos alunos a qualidade reconhecida internacional-
mente e abre oportunidades no mercado de trabalho.
Um livro sobre gastronomia, mas também
sobre arte, comportamento, cultura,
turismo, educação, saúde, negócios , ciência,
música e algo mais. Com a simplicidade a
autoridade de quem sabe muito sobre o que
escreve.
Valéria Vieira lançou
“Tempero do Mundo” no Piantas Bistrô
34 35SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
Promotor de
Justiça de defesa
do consumidor
do Ministério
Público de Minas
Gerais.
Lélio
Braga
Calhau
R
econhecer que se está em
situação de endividamento
não é fácil. Tudo que é ruim
nos causa dor. É tão fácil hoje usar
as linhas de crédito mais caras,
como cartão de crédito e cheque-
especial, que tendemos a achar que
está “tudo sob controle”, mesmo
quando temos dívidas que nunca
terminam.
Um recente curso organizado
pelo PROCON carioca promoveu a
capacitação de consumidor no to-
cante à sua educação financeira. O
evento está disponível gratuitamente
no canal da instituição no Youtube e
recomendamos acompanharem as
interessantes publicações.
Um dos momentos que me
chamou a atenção nesse evento foi o testemunho de
um consumidor, sobre um detalhe que poucas pes-
soas refletem no seu dia a dia, mas que é essencial
para não se perder o controle financeiro. As pessoas,
muitas vezes, não sabem se adequar a um novo mo-
mento financeiro negativo, causado por uma demis-
são, aumento de despesas, doença, ou qualquer ou-
tro motivo.
Quando há uma queda brusca na receita, no
geral, as pessoas não adotam medidas rápidas e com
a mesma proporcionalidade para se adequar ao novo
momento. Ou seja, caiu 15% a receita, deve se redu-
zir imediatamente 15% o padrão de consumo. Quan-
do isso acontece, muitas vezes, o consumidor fica
tentado a achar que o problema não é grave. Ele usa,
então, o cartão de crédito para empurrar o problema
para a frente. Depois, a dívida acaba se tornando uma
“bola de neve” e fica difícil de ser paga.
Ou seja, quando há uma queda brusca de re-
ceita, as pessoas não baixam imediatamente o seu
padrão de consumo de forma proporcional a essa
queda. Então, as pessoas acabam utilizando as “faci-
lidades” de linhas de crédito mais caras e não conse-
guem sair das dívidas depois. Em pouco tempo, estão
superendividadas e daí para a insolvência, quando não
possuem reservas, é um perigo muito próximo.
Fique atento a esse detalhe. Você é o geren-
te do seu equilíbrio financeiro. Converse com toda
família sobre uma eventual perda de poder aquisiti-
vo e incentive a cooperação de todos para um novo
momento. Quando a situação melhorar e houver a
respectiva “reserva de emergência “, todos se bene-
ficiarão novamente. Haja rápido, quando houver ne-
cessidade, e não deixe o endividamento crescer e te
pegar de surpresa. Seu bolso agradecerá!
Crise:perda de receita
exige redução no
padrão de consumo
Lélio Braga Calhau
Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de
Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Di-
reito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ e Coordenador do site e do
Podcast “Educação Financeira para Todos”. Lélio Braga Calhau, Promo-
tor de Justiça do Consumidor no Ministério Público de Minas Gerais, o
Portal Educação Financeira Para Todos promove conteúdo gratuito sobre
planejamento financeiro. Sua missão é conscientizar os consumidores
brasileiros através de artigos, cases, vídeos e reflexões sobre gastos sem
planejamento.
Luiz
Gonzaga
Bertelli
Presidente
do Conselho de
Administração
do CIEE/SP,
presidente
doConselho
Diretor do
CIEE Nacional,
Presidente da
Academia Paulista
de História –
APH e Diretor e
Conselheiroda
FIESP-CIESP
E
m 1827, no dia 15 de outubro, D. Pedro
I outorgava a primeira lei geral relativa
ao ensino elementar no Brasil. A norma
determinava a construção de escolas de primeiras
letras em todas as cidades, vilas e lugares populosos
do Império. Foi apenas em 1963 que um decreto
federal, no governo João Goulart, criou oficialmente
o Dia do Professor, remissão à data da primeira lei
que instituía a educação pública no país.
Profissional fundamental para a construção do
conhecimento, o professor transmite informações,
conceitos e ideias, e é responsável pela formação de
cidadãos mais conscientes. Infelizmente, nas últimas
décadas, a profissão vem sendo desvalorizada, prin-
cipalmente pelos salários baixos praticados pelo mer-
cado. O efeito disso é a baixa procura por carreiras
de licenciatura ou pedagogia, com concorrência baixa
nos exames vestibulares, em relação às carreiras mais
valorizadas como direito,
medicina e engenharias.
Para valorizar
o educador, o CIEE
criou, em 1997, o prê-
mio Professor Eméri-
to –Troféu Guerreiro
da Educação, que ho-
menageia personalida-
des que se destacaram no
campo da educação. A antro-
póloga Ruth Cardoso foi a pri-
meira laureada. Fazem parte da
galeria de professores eméritos
nesses últimos 19 anos, educa-
dores como Miguel Reale, Adib
Jatene, Ives Gandra Martins, Evanil-
do Bechara, Antonio Candido e Paulo
Vanzolini, entre outros.
Guerreiro da
educação
Neste ano, o homenageado é o advogado e
cientista político Celso Lafer, ex-ministro de Desen-
volvimento, Indústria e Comércio e das Relações Ex-
teriores, nos governos Collor e Fernando Henrique
Cardoso. Lafer ministrou aulas para a graduação e
pós-graduação no curso de direito da Universidade
de São Paulo (USP) por 40 anos, nas disciplinas de
direito internacional e filosofia do direito, da qual foi
professor titular, substituindo Miguel Reale. Imortal
da Academia Brasileira de Letras (ABL), Lafer tam-
bém teve papel destacado em organismos internacio-
nais, como embaixador nas Nações Unidas e presi-
dente do Conselho Geral da Organização Mundial do
Comércio (OMC).
Uma homenagem mais que merecida para um
intelectual que se dedicou à formação de várias ge-
rações de advogados que nutrem por ele um imenso
carinho e devoção.
36 37SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
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A saída da crise e o futuro incerto do governo Dilma

  • 1. Brasília/DF, Setembro/Outubro de 2015 Ano XIII - Edição 112 Publicação mensal Mof mdogdsf omdgfda. Página xx Legenda ROBERTO NOGUEIRA WILFRIDO AUGUSTO Cuba, livre Página xx O jornalista Carlos Monforte foi a Cuba e voltou de lá com a certeza de que o País, mesmo agora com as relações diplomáticas reatadas com os Estados Unidos, ainda enfrenta muitos problemas. Mas há sinais evidentes de que o povo cubano acredita no surgimento de um País novo, de uma vida melhor. Veja nas páginas xxx um relato completo sobre a vida no País de Fidel Castro. Caetano e Gil, muita grana e pouca música. Página x Agronegócio, essa é a (única) saída. Página x
  • 2. Diretor Responsável: José Natal Edição: Kátia Maia Projeto gráfico e diagramação: Evaldo Gomes de Abreu Impressão: Gráfica e Editora Ideal Ltda. Colaboradores: Alexandre Garcia, Luís Natal, Ricardo Noblat, José Fonseca, Sheila D´Amorim, Wilson Ibiapina, Milton Seligman, MônicaWaldvolgel, Mayrluce Vilella, Paulo Pestana, Silvestre Gorgulho, Heraldo Pereira, Gilnei Rampazzo, Fernando Guedes, Christiane Samarco, Greicy Pessoa e Silvia Caetano. CHRIS NASCIMENTO/SÃO PAULO FABIANA FERNANDES/CURITIBA ENTRE LAGOS/RIO Editora: Dayse Nascimento (02121 7854 4428) Colaboradores: Carlos Sampaio, Cássia Olival, Ronsangela Alvarenga, Paulo César Feital, Daisy Nascimento e Luis Augusto Gollo. www.revistaentrelagos.com.br Expediente Rio Grande Comunicação S/S Ltda • SHCN CL quadra 211 Bloco A, Nº 10 - Sala 218 - Brasília - DF. CNPJ: 33.459.231/0001-17 • Tel.: (61) 8170.3702 - 3366.2393 A FOTO DO FATO A FOTO DO FATO A FOTO DO FATO A FOTO DO FATO André Gustavo Stumpf Jornalista Anuncie aqui! A Revista Entre Lagos possui 10 anos de tradição. É distribuída gratuitamente em pontos comerciais e órgãos públicos.61 8170 3702 www.revistaentrelagos.com.br SERÁ QUE TEM SAÍDA? A crise aumenta, o cerco se fecha. Dar 7 ministérios ao PMDB parace que não ajudou o Governo a se aproximar do Congresso. A presidente Dilma continua acumulando derrotas em todas as votações. A economia afeta o bolso do cidadão, o dólar continua subindo e o desemprego aumenta. Os argumentos pedindo o impedimento da Presidente chegam a toda hora, e o Presidente da Camara, Eduardo Cunha comanda esse processo. Um cenário macabro. O bedezco pero no cumplo era um ditado muito popular nas antigas colônias espanholas na América do Sul. Significava o desprezo do colonizado pelo colonizador. As pessoas fingiam cumprir as ordens, mas faziam o que bem entendiam na defesa de seus interesses. No Brasil, esse conceito se transformou no jeitinho brasileiro para enfrentar os ditames de Lisboa, sobretudo quando o assunto era elevar impostos. Aliás, foi numa dessas que Joaquim Silvério dos Reis, na posição de delator premiado, entregou todo o grupo que pretendia fazer a revolução contra o domínio português. Tiradentes foi preso, morto e depois esquartejado. O Partido dos Trabalhadores surgiu, na cena política nacional “contra tudo isso que está aí”. Era o campeão da ética que proibia qualquer tipo de acor- do com seus adversários. Fingia aceitar as regas do jogo político e pensava somente em dominar o poder e executar as suas políticas. Qualquer preço pode- ria ser pago. E assim foi durante vários anos. Mas o exercício do poder desgaste e corrompe. Quando é absoluto corrompe absolutamente. É o que está apa- recendo no Brasil de hoje. Abertas as cortinas pela ação do Judiciário surgiu um oceano de desvios, que praticamente levaram a poderosa Petrobras ao chão. A empresa de petróleo está em graves dificuldades financeiras. A necessidade de justificar o discurso da inclu- são social ultrapassou todos os limites prudenciais. O laborioso voto do Ministro Augusto Nardes mostrou, ponto por ponto, a extensão dos desmandos gover- namentais. Muito dinheiro saiu do rumo para justificar aplicações mal sucedidas e desastradas. O déficit, es- condido no primeiro mandato da presidente Dilma, é o rombo orçamentário do seu segundo mandato. O chamado ajuste fiscal, que ainda não foi realizado, tem por objetivo apenas repor as contas nacionais no ní- vel em que estavam antes das artes do então ministro Guido Mantega e sua contabilidade criativa. O Tribu- nal de Contas da União, por unanimidade, revelou a extensão do estrago. O que não se percebia, ainda, com necessária clareza, é a incrível capacidade do governo de se atra- palhar com as próprias pernas. Vamos lá: os vetos da presidente Dilma Rousseff estão em pleno vigor. Es- tão gerando os efeitos pretendidos pela presidente da Obedecer e cumprirRepública. Então para que colocá-los em votação no Congresso, cujo objetivo é apenas medir forças com a oposição e o bloco dos insatisfeitos? Vetos costumam mofar nas gavetas do parlamento durante anos. A in- sistência não faz qualquer sentido. Demonstra que o governo não tem a menor noção de como ganhar tempo. É, aliás, sua única preocupação no momen- to. Postergar decisões. Mas, ao contrário, o comando político do governo as antecipa e perde. A decisão de arguir a suspeição do ministro Augusto Nardes, nas vésperas do julgamento, foi de- sastre monumental. Os olhos da opinião pública já estavam voltados para aquele julgamento. Recorrer ao Supremo Tribunal Federal na tentativa de evitar a discussão e votação da matéria constituiu erro inacre- ditável. Recebeu um tremendo não como resposta. E o advogado geral da União, na tribuna do TCU, não articulou um único argumento capaz de modificar o entendimento dos oito ministros que votaram. Um vexame de proporções catastróficas. Revela uma falta de compreensão inquietante sobre a verdadeira si- tuação do país. Os desencontros políticos ocasionam sérios problemas econômicos. A reforma ministerial que parecia ter solucio- nado os muitos problemas que cercam a presiden- te Dilma revelou-se inepta. Não solucionou nada. E criou uma legião de insatisfeitos. Terá que recomeçar de novo. É incrível a capacidade de o governo federal produzir problemas para ele mesmo. Não há gabine- te de crise capaz de enxergar horizontes, determi- nar caminhos e persistir no propósito. A única chan- ce que ela tem, agora, é perseverar no exercício do poder um dia após o outro. Quanto menos desafiar o Congresso, melhor será. O impeachment que era possibilidade remota passou a ser um fantasma. Afinal de contas ela teve suas contas rejeitadas no tribunal técnico. Os defeitos apontados pelo TCU significam, se os políticos assim considerarem, crime de respon- sabilidade. E aí o país mergulhará no desconhecido. Governar com amadores, ideólogos do século passa- do, abriu o fosso e destruiu a credibilidade. Não há mais espaço para obedecer, mas não cumprir. O po- der judiciário e os órgãos técnicos da administração impõem o império da Constituição. Quem conduzir a transição para Dilma sair ou ficar deverá ser o novo líder político do país. 2 3SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 3. A população de 15 estados passa a conta, a partir de agora, com um incremento de R$ 26,2 mi- lhões para a assistência aos dependentes de crack. A ação faz parte do modelo de saúde adotado pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Ministério da Saúde, que busca ampliar e qualificar a oferta de aten- ção psicossocial à população, promover o acesso das pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas famílias aos pontos de atenção. A RAPS busca principalmente garantir a articulação integrada dos pontos de atenção das redes de saúde, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, acompanhamen- to contínuo e atenção às urgências e emergências de cada caso. Os novos recursos serão incorporados ao teto de média e alta complexidade dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo. Os recursos do teto são re- passados mensalmente aos Fundos Estaduais e Mu- nicipais de Saúde, a quem compete gerenciar e dis- tribuir a verba conforme pactuação com a pasta. A liberação do recurso foi publicada no Diário Oficial da União dessa terça-feira (7). A Rede de Atenção Psicossocial ganhou um re- forço com a criação do Programa “Crack, é possível vencer”, uma ação do governo federal, junto a esta- dos e municípios, que busca construir estratégias pú- blicas sobre a questão das drogas. O programa é uma iniciativa conjunta entre diversos Ministérios – Saúde, Justiça, Educação, Secretaria de Direitos Humanos, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Entre 2012 e 2014, o Ministério da Saúde repassou R$ 2 bilhões para implantação e cofinancia- Ministério da Saúde investe R$ 26,2 milhões para combate ao crack em 15 estados mento de custeio dos estabelecimentos da RAPS. A iniciativa conta com 2.241 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), dos quais 384 são especializados no atendimento em álcool e drogas (CAPS ad), mas todos os CAPS são responsáveis pelo cuidado às pessoas com tais necessidades. REDE DE ATENÇÃO Também estão em funcionamento 61 Unidades de Acolhimento (UA) – que corres- pondem a lares transitórios – criadas para aten- der usuários de crack, álcool e outras drogas, em situação de vulnerabilidade social e familiar. Para qualificar a atenção à saúde da população em situação de rua, inclusive pessoas com trans- tornos decorrentes do uso de álcool e drogas, o Ministério da Saúde elegeu a Estratégia dos Consultórios na Rua, composta por equipes multiprofissionais de atenção básica. Atualmen- te, há 145 equipes específicas para atendimento à po- pulação em situação de rua. A ação busca ampliar e qualificar a oferta da atenção psicossocial à população e promover o acesso aos pontos de atenção das redes de atenção Senador (PMDB- AL), presidente do Congresso Nacional Renan Calheiros O governo federal anunciou o início de uma reforma do Estado Brasileiro, com eliminação de 8 das 39 pastas ministeriais. As mudanças ocorreram por meio de fusão, eliminação de ministérios e medidas de enxugamento da máquina administrativa.   Com o novo formato, a pasta de Assuntos Estratégicos foi extinta. Já Relações Institucionais, Secretaria Geral, Gabinete de Segurança Institucio- nal, Micro e Pequena Empresa foram incorporadas à Secretaria de Governo. A pasta da Pesca foi anexada à Agricultura. Já Previdência e Trabalho se fundiram em um único ministério, bem assim como Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Outras medidas acompanharam a reestrutura- ção anunciada. Entre elas a criação da Comissão Per- manente da Reforma do Estado, a extinção de 3 mil cargos comissionados, a eliminação de 30 secretarias, o corte de até 20% nos gastos de custeio, a imposi- ção de limite de gastos com telefone, passagens e diá- O exemplo do Senado Federalrias aos ministérios, a revisão de contratos de serviços terceirizados, dos contratos de aluguel do governo e o reexame do uso dos imóveis da União. Esta é uma demanda cobrada por toda a socie- dade brasileira desde o surgimento da crise. Com a reforma, o governo não assegura, mas adquire alguma legitimidade para pedir qualquer esforço adicional da sociedade para equilibrar as contas públicas. O Senado Federal foi uma instituição pionei- ra neste aspecto. Em 2013 implementou um pro- grama de austeridade sem nenhum prejuízo de suas rotinas. O Senado foi a única instituição que cortou despesas, reavaliou contratos, retirou privilégios e re- duziu seus custos. No quesito dos gastos, aprimoramos os mé- todos e poupamos 530 milhões no biênio 2013/2014. Importante ressaltar que o Senado Federal está mui- to abaixo do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal para gastos com pessoal. O limite é 0,86% da receita líquida, mas o gasto da Casa com esta rubrica soma a metade, 0,40%. 4 5SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 4. A lei que liberou o divórcio no Brasil foi sancionada em 1977, porém, a mulher poderia se divorciar apenas uma vez até a Constituição de 1988, quando o número de divórcio passou a ser indeterminado. Em 2014, foram registrados 54.299 divórcios nos cartórios de todo o país. Mas qual a explicação para esse fenômeno? A principal resposta é que a mulher deixou de ser dependente e agora pensa que pode ser feliz sozinha. As mulheres vêm em um processo onde con- quistam cada vez mais espaço na sociedade. As figuras de dona de casa e mãe deram lugar ao de profissionais dedicadas e bem sucedidas em empresas. Os homens devem se orgulhar disso, afinal, eles sabem da impor- tância que as mulheres têm. Carla Ribeiro, psicóloga, analisa que o homem precisa se sentir necessário pela companheira, mas quando a mulher já é confiante e extrapola nesse as- pecto, a relação se torna mais difícil. “A independência O homem tem medo da mulher independente?  www.tassalarmes.com.br PROMOÇÃO DE CFTV! Na aquisição de um Circuito Fechado de Televisão com até 6 câmeras digitais, receba GRÁTIS: - um sistema de alarme monitorado, ou - um rastreador veicular. Acesse www.tassalarmes.com.br para obter os detalhes desta promoção da TASS. Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching e Behavioral Coaching Institute, Mestre em Sociologia/ UNB, Doutoranda em Psicologia Organizacional/ UNB, Tetracampeã Mundial de Karate e de Kickboxing. Email: carla@ carlaribeiro.com.br Carla Ribeiro As mulheres querem agora conquistar o mundo sozinhas. da mulher só compromete a relação à dois quando a mulher entra numa competição com este homem. Se a mulher se coloca numa situação de auto suficiência: “Não preciso de você para nada”, este homem não tem razão alguma para se aproxi- mar desta mulher”, afirma. Ter sua própria casa, o próprio carro, tomar suas próprias escolhas de acordo com as próprias ne- cessidades e com os próprios desejos. Esse novo per- fil de mulher faz com que os homens busquem novas maneiras de se destacarem. “O homem sempre foi ensinado e criado, desde pequeno, que ele deve ter a função de prover e proteger sua mulher. Assim, caso o homem não se sinta útil à ela, ele não se vê como autêntico”, revela a psicóloga. Portanto, o homem não deseja que as mulhe- res abdiquem de seus sonhos, carreiras profissionais e independência. “A mulher é que não deve deixar de ser uma feminina”, conclui Carla.  6 Revista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 5. E m todos os períodos em que o Brasil passou por recessão econômica, o endividamento da população aumentou. Isso pelas altas taxas de desemprego, que contribuem para a inadimplência em diversas faixas da população economicamente ativa. Em 2015, a surpresa é o aumento do número de idosos inadimplentes devido ao empréstimo consignado. De acordo com levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC, mais de um quarto da população brasileira está com o nome sujo devido ao não pagamento de dívidas contraídas neste ano. A pesquisa revelou que atualmente 54 milhões de brasileiros estão com débitos em aberto. Entre os inadimplentes, a faixa etária que mais cresceu foi a dos idosos 12,48%, a maior alta regis- trada pelo estudo do órgão. Em muitos casos, porque a renda está cada vez mais comprometida com des- pesas da família. Para a Drª. Vera Brigatto, advogada do CE- NAAT – Centro de Apoio ao Aposentado e Trabalha- dor, o endividamento pode ser explicado pelos cons- tantes financiamentos, que resultam numa verdadeira bola de neve para o aposentado. “O aposentado deseja ajudar a família, mas o dinheiro não rende o suficiente para este objetivo. Então muitos recorrem ao empréstimo consignado, pela facilidade na concessão. E como as contas e os juros estão mais altos, ele volta a tomar empréstimos, ampliando ainda mais sua dívida”, explica a advogada. Bola de neve A tomada do crédito e repasse para outra pes- soa que não honra o compromisso pode ser somada ao leque de situações que resultam no endividamento do aposentado, já que o débito recai para o tomador do empréstimo. Mas Drª. Vera alerta para outra si- tuação: muitas dessas operações financeiras são rea- lizadas por telefone, onde o solicitante confirma seus dados, que podem estar em posse de pessoas ou em- presas que agem de má fé. SPC revela que consignado contribui para crescimento do número de idosos que não honram dívidas  A atual crise econômica que o Brasil atravessa justifica o atual cenário. Aumentos dos custos com saúde, energia elétrica, telefone e os juros do cartão de crédito fazem com que as despesas fiquem maiores, comprometendo o rendimento dos mais idosos, que às vezes sustentam também seus filhos e netos. “Vivemos em uma época de retração da eco- nomia, onde a tendência é o aumento das contas, dos juros e o aumento do desemprego. Para sobreviver a este momento, as pessoas devem se planejar mui- to para não passarem mais aperto que o necessário”, conclui Drª. Vera. SERVIÇO Para mais informações entre em contato com o CENAAT, em uma de nossas unidades: Rio de Janeiro: Rua Teófilo Otoni, 52 – Sala 1105, Centro – Rio de Janeiro. Telefone (21) 3554-6601; Espírito Santo: Rua Clovis Machado, 176, ED. Conillon, sala 702, Enseada do Suá – Vitória. Telefone: (27) 3029-7888 O MEC divulgou na semana passada os números da Avaliação Nacional de Alfabetização 2014, que mede em crianças da 3ª série do ensino fundamental a proficiência em leitura, escrita e matemática. Mais uma vez os dados não foram nada animadores. Uma em cada cinco crianças (22,2%) só desenvolve a capacidade de ler palavras isoladas. A maioria (56,1%) só consegue localizar informações explícitas em textos curtos. Nos mais extensos, só se estiver na primeira linha. Quando se trata de matemática, as estatísticas são ainda piores. Mais da metade das crianças atingiu apenas o nível 1 e 2, que, segundo o próprio MEC, são considerados inadequados. Educadores avaliaram que o pífio resultado em matemática advém do pró- Luiz Gonzaga Bertelli Presidente do Conselho de Administração do CIEE/SP, presidente doConselho Diretor do CIEE Nacional, Presidente da Academia Paulista de História – APH e Diretor e Conselheiroda FIESP-CIESP Em busca de qualificaçãoprio conhecimento limitado da língua portuguesa, já que os estudantes precisam interpretar os enunciados para transformá-los em cálculos e chegar ao resulta- do. A questão é que, entra ano e sai ano, as estatís- ticas referentes à educação, ou mudam muito pouco ou continuam em estado de latência. Comparando com as nações mais desenvolvidas, o desempenho dos nossos alunos fica muito aquém das próprias necessi- dades de formação profissional do país. Estudantes com dificuldades em matemática terão poucas chan- ces em setores como engenharia, finanças, contabili- dade, administração – que são carreiras fundamentais para o desenvolvimento econômico. A falta de leitura e as dificuldades para interpretação de textos e para a escrita impactam a formação de profissionais qua- lificados para outras carreiras também importantes, como direito, comunicação, letras, pedagogia, serviço social e relações internacionais. Com o objetivo de inserir jovens no mercado de trabalho, o CIEE, há 51 anos, investe na quali- ficação com cursos presenciais ou à distância, buscando melhorar a formação daqueles que pretendem entrar no mundo do trabalho. Por isso, além de cursos que privilegiam modelos atitudinais (relação inter- pessoal, administração de tempo, marketing pessoal), oferece, tam- bém gratuitamente, aqueles que buscam melhorar os conhecimentos em língua portuguesa e matemática. Esperamos que, em um futuro pró- ximo, esses cursos de reforço pos- sam se tornar desnecessários, não pelos métodos em si, mas pela alta qualificação de nossos estudantes. 8 9SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 6. Às margens do LagoJosé Natal jnatal@uol.com.br BANDIDOS ESTÃO EXTINGUINDO O FUTEBOL Creio que o futebol foi a maior fonte de felicidade para mim em 66 anos de vida. Joguei muita bola. Vi ao vivo e na TV partidas maravilhosas. Acompanhei gênios como Pelé, um Van Gogh dos campos. E fui muito feliz aplaudindo a Seleção Brasileira. Hoje, declaro que o futebol acabou. Apodreceu e morreu, não só na qualidade dos jogadores brasileiros, mas no contexto geral. Praticamente todos os comandantes do futebol mundial, nos últimos 20 anos, são bandidos. Todos merecem ser presos. E os grandes craques entraram na mesma onda. A Justiça espanhola precisa prender Messi e Neymar, para que esses milhões manipulados por eles tenham explicação clara. Tenho convicção de que há resultados forjados, há manipulações diversas que a gente nem percebe e que as grandes redes de TV, comprometidas, ajudam a encobrir. O mundo está tão doente que tenta matar até o futebol. Como será a próxima Copa do Mundo? Dá para acreditar em qualquer resultado? Declaro que passo a torcer contra a Seleção Brasileira a partir de hoje. Pelo menos até que o Brasil mude, mude muito, melhore muito, em todas as áreas. Não me façam de bobo, seus merdas milionários! (RENATO RIELLA) SANGA PUITÃ, AGRONEGÓCIO Pioneiro de Brasília, advogado de competência comprovada o, hoje, também, empresário ligado ao agronegócio Wilfrido Augusto Marques é um exemplo vivo do que, quando bem feito, pode dar certo. Com os olhos bem abertos que enxergam tudo que há a seu redor, Wilfrido, administra com rara habilidade um projeto de produção de carne de alta qualidade para o mercado interno e externo com a fazenda SANGA PUITÃ, localizada a mais ou menos 70m km de Brasília, no PA-DF, zona agrícola de alta tecnologia. Nesta edição estamos mostrando o assunto, e contado duas ou três coisas sobre esse empresário vencedor. A CIDADE MAIS CARA DO PAÍS Quem viaja muito sabe disso. Brasília briga com São Paulo por um titulo nada simpático e tampouco agradável. Talvez seja a cidade mais cara do País. Os botecos tiram o coro da população, vendendo bebidas e salgadinhos a preços assustadores. Segundo pesquisa, a população está fugindo dos bares e restaurantes por que os empresários do ramo abusam dos preços. Com raríssimas exceções é a pura verdade. E mais, a cara de pau dessa gente não tem limite. Há casos de bares que dividem a mesma calçada e cobram, pelo mesmo produto, um preço mais alto e o freguês aceita.  Foi- se o tempo em que ir a boteco era diversão. Hoje é penitência. É FOGO Acidade arde, um calor de esturricar a pele. O fogo queima os campos, enfumaça o Céu de Brasília e tudo fica muito feito, um cenário macabro. Dom Bosco, que mora ali na Ermida, bem que podia levar um papo reto com seu colega São Pedro e aliviar a barra de nós todos, pobres cristãos que estamos sendo fritados de agosto a novembro, sem dó. Brasília, que amamos tanto, tem duas fases distintas: quando chove é um Paraíso, quando a chuva demora, nem tanto. Fazer o que? NARCOS Epor falar em filmes, imperdível a serie Narcos, sob a direção do nosso José Padilha e que tem Wagner Moura como astro principal, interpretando o traficante Pablo Escobar. A serie é forte, baseada em fatos  reais e filmado na Colômbia, palco maior onde viveu Escobar. Quem ainda não viu corra e assista, vale a pena. MIELE Morreu Miele, m u l t i m í d i a bem humorado, inteligente, agregador e um talento raro para todas as artes. A cultura brasileira em 2015 perde mais um nome que vai deixar muita saudade. CINEMA Nada, nenhuma mídia substitui o cinema, a arte que encanta, seduz e conquista o ser humano em todo o Planela. Tai, todos nós criticamos uma serie de eventos e casas de shows aqui em Brasília, a falta de estrutura e de bons gestores, espanta os que têm bom gosto. Mas os que gostam de cinema estão contentes, temos boas salas e os filmes que o Brasil assiste, Brasília também assiste. Mas, como nada pode ser perfeito, o Cine Cultura, do Liberty Mall, precisa ter mais cuidado com suas salas e equipamentos. Em algumas delas é comum o filme ser interrompido devido a falhas no equipamento. Há muitas queixas, com testemunhas. 10 11SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 7. Luiz Gonzaga Bertelli Presidente do Conselho de Administração do CIEE/SP, presidente doConselho Diretor do CIEE Nacional, Presidente da Academia Paulista de História – APH e Diretor e Conselheiroda FIESP-CIESP A quantidade de brasileiros que mudam para fora do país por diversos motivos vem crescendo exponencialmente. Remuneração, violência no Brasil, educação, condições dos países e alto padrão que podem conseguir no exterior e não encontram aqui são alguns dos motivos que fazem o público da terra tupiniquim migrar. As irmãs Soares - Patrícia, Paula e Marina - têm histórias inspiradoras sobre suas experiências nos Es- tados Unidos. Patrícia mudou-se para Boston, em 1995, para cursar faculdade de Comércio Exterior, que iniciou no mesmo ano e terminou em 2000. Con- seguiu um estágio na espanhola Converse, que vende serviços de telefonia móvel. Hoje, permanece na em- presa, com seu Greencard nas mãos, casou-se com um brasileiro e tem dois filhos, de 7 e 4 anos, com dupla cidadania. Vive bem, numa casa em condomínio fechado, seus filhos adoram a escola e sua família não tem a menor vontade de retornar. Paula chegou a Boston, em 1997, para fazer faculdade de propaganda e marketing, mudou-se para Miami, em 2004, trabalhou como atendimento em agências do grupo Saatchi e Thompson. Hoje na Cheil Worldwine, tem como principal cliente a Samsung, casou-se com um brasileiro, que mora lá há bastante tempo, tem uma filha de 10 meses e não troca a cida- de por nenhum lugar do Brasil (por vontade própria). Os motivos? Qualidade de vida, excelentes condições oferecidas pelo emprego, melhores oportunidades e produtos mais baratos devido aos impostos, entre outras razões. Segundo ela, viver em outro país e investir fora podem ser as soluções para quem pre- tende fugir da crise e fazer um pé de meia, mesmo trabalhando em segmento diferente do atuante. Marina foi para Boston em 2001 e cursou fa- culdade de administração por um ano, mas acabou retornando ao Brasil para estudar Fisioterapia na PUC Campinas. Alugou um apartamento montado e como seu curso era integral, exerceu trabalho voluntário num asilo-escola. Ela gostou muito da experiência de morar sozinha porque tinha que se virar para tudo e amava sua liberdade. Fez grandes amigos e retornou a São Paulo, sua terra natal, para trabalhar com seu próprio negócio: atender pacientes em domicílio e aplicar ginástica laboral dentro de empresas. Já Ana Lúcia, que reside em São Paulo, com- prou uma casa em Florença, na Itália, e pretende se Morar no exterior: alternativa em tempos de crise mudar, montar um ateliê e levar seus negócios artesa- nais. Cristina, chef de cozinha, comprou apartamento em Sintra, Portugal, e pretende fazer a mudança em breve. João Pedro, advogado arquiteto, é mineiro, mora em território paulistano e não pretende deixar a cidade. Com seu parceiro Uli, alemão, criou um novo sistema vertical que ocupa menos de meio me- tro quadrado e capta a água da chuva ou de outras fontes, armazenando 320 litros. A água é captada da calha, passa por um filtro e separa a água inicial e as folhas. “É uma solução de baixo impacto para enfren- tar a crise da água e adequada para empresas, casas e prédios”, afirma ele. Léo e Daniel Ickowicz, sócios da consultoria imobiliária Elite International Realty ensinam como realizar investimentos, adquirir imóveis e sugerem Miami como opção fácil e segura, cidade que oferece de arte a vida noturna, de esportes a compras e cli- ma agradável o ano todo. A empresa oferece serviços como o de Relocation, que resolve as necessidades que surgem com a mudança e adaptação a uma nova vida. Entre os itens incluídos neste serviço estão: a procura de colégios, de profissionais como advogados e guias culturais, auxílio em relação a registros de au- tomóveis e licenças de trabalho, entre uma infinidade de soluções elaboradas por um time de profissionais treinados para atender a esse tipo de demanda. “As possibilidades são infinitas e o mito de que investir ou morar no exterior é complicado e buro- crático pode ser quebrado.”, diz Léo. Serviço Mais informações: www.eliteinternational.com P ara os jovens (e pais), a proximidade do final do ensino médio traz um dos momentos mais angustiantes e estratégicos da vida: abertas as inscrições para os grandes vestibulares, que curso escolher? A opção nunca foi simples, mas em épocas de crise, como a atual, fica ainda mais difícil identificar quais os campos de atuação despontam como promissores, tanto para a realização pessoal quanto para  tentar uma relativa segurança de renda futura. Aliás, a questão financeira é agravante: a família ou o jovem terão condições de sustentar mais alguns anos de estudo, até a obtenção de um sonhado diploma universitário?   Somem-se a isso a precariedade da educação brasileira – que avançou no acesso à sala de aula, mas continua patinando no quesito qualidade –,  constan- tes greves de servidores, desmotivação de professo- res, falhas na gestão escolar, desvios e má aplicação de recursos, omissão de pais e está desenhado um cenário ainda mais sombrio. Cenário que indica au- mento dos obstáculos que as novas gerações terão Receita para um futuro melhorde superar para conseguir uma adequada preparação para ingresso no mercado de trabalho e, na sequên- cia, uma bem sucedida construção de carreira. Até aqui, a visão se restringe ao impacto na vida do aluno, mas há outro aspecto, igualmente rele- vante: os reflexos negativos para o País, decorrentes de alguns anos de ensino com deficiências agravadas e de piora na formação (já insuficiente) do capital humano, fator fundamental para vencer os períodos de crise e para sustentar a retomada de crescimen- to que virá, cedo ou tarde. Sintomas dessa carência de qualidade são as vagas que, mesmo nos períodos de bonança e fartura de oferta de empregos, perma- necem abertas longo tempo à espera de candidatos com o perfil compatível. Em períodos de dificuldades, então, a situação piora para os profissionais menos qualificados que precisam, além de tudo, enfrentar concorrentes com currículos mais alentados – num processo que penaliza principalmente os segmentos menos favorecidos da sociedade. Assim, por qualquer viés que se examine, a educação continua sem ser a prioridade das priori- 12 13SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 8. dades nas políticas públicas. Isso, apesar da exaustiva repetição dos exemplos da arrancada da Coreia do Sul ou do Vietnã, países que a aposta em ensino de qualidade alçou da condição de subdesenvolvidos de- vastados por guerras a posições na elite dos rankings internacionais. Se, como dizem os chineses e sempre citam especialistas em administração, crise é sinôni- mo de oportunidade, não parece descabido sugerir que, num momento tão difícil para o País, se pense na adoção de medidas cujo êxito depende mais de criatividade e comprometimento do que de investi- mentos financeiros. Entre elas, a gestão responsável e a rigorosa fiscalização do destino das verbas são me- didas básicas e altamente recomendáveis; a adoção de currículos condizentes com a realidade atual, tanto do aluno quanto do mundo do trabalho; a valorização da carreira do magistério com prêmios e reconheci- mento público aos melhores desempenhos, e assim por diante. Nesse conjunto de soluções, é indispensável um maior envolvimento da sociedade na verdadeira cruzada pela educação de qualidade, fator fundamen- tal para a conquista do desenvolvimento sustentado do País – uma meta que beneficiará a todos: cidadãos, empresas e governos. Com base em uma história de meio século voltada à inclusão social e profissional  dos jovens, o CIEE tem a convicção de que o estágio e a aprendizagem são eficientes contribuições das empre- sas e órgãos públicos para a educação e o desenvolvi- mento profissional das futuras gerações. Isso porque tais programas melhoram o desempenho do aluno em sala de aula, motivam o seu desenvolvimento pes- soal, aprimoram a qualificação profissional de futuros colaboradores, tornando-os aptos a atender aos mo- dernos requisitos do mundo do trabalho e à cultura da organização. Além disso, programas de estágio e aprendizagem geram efeitos adicionais salutares e al- tamente positivos, em especial nos momentos de cri- se, pois evitam que tantos jovens abandonem prema- turamente os estudos, seja para reforçar o orçamento familiar, seja para compensar o desemprego do pai. Esse benefício decorre da obrigatoriedade legal do pagamento de bolsa-auxílio ao estagiário e salário mínimo hora ao aprendiz – investimento para o qual a empresa ou o órgão público contratante con- tam com incentivos governamentais. Portanto, um bom remédio para cruzar a fase crítica e chegar a uma etapa mais promissora é sempre contar com a força de uma nova geração formada para construir um fu- turo melhor e mais seguro para todos. T odos os dias, mais da metade dos brasileiros utiliza a internet. Esse foi o resultado de uma pesquisa divulgada semana passada pela Hello Research, que entrevistou mil pessoas em 70 cidades de todas as regiões do país. Na maioria das vezes (90%), o acesso é feito para entrar nas redes sociais mais populares (Facebook, Whatsapp, Instagram, You Tube e Twitter). Segundo a pesquisa, 57% acessam pelo menos uma vez ao dia. Para isso, utilizam o smartphone, em 97% dos acessos. A pesquisa mostra também que há uma parcela de excluídos da tecnologia digital: 27% dos brasileiros. O resultado é uma demonstração das diferenças de costumes no país. A internet é muito popular entre os jovens, mas perde fôlego, principalmente, entre as pessoas com mais de 45 anos. A verdade é que a rede chegou para revolucionar a co- municação no século 21. As distâncias encurtaram de tal modo que a maioria das grandes empresas já utiliza as videoconferên- cias em reuniões, evitando muitas vezes, viagens e despesas desnecessárias. Os jovens que não tiverem habilidades para lidar com as ferramentas tecnológicas poderão encontrar pro- blemas para se desenvolver no mercado de trabalho. A inclusão digital também faz parte das preocupações do CIEE na inserção do jovem no mercado de trabalho. Pelo por- tal www.ciee.org.br, os jovens têm acesso gratuito a grade de 44 cursos de educação à distância que trabalham, entre outras habilidades, os programas de informática mais utilizados nas empresas, e cobrados, muitas vezes, nos processos seletivos, como o pacote Office (que inclui word, excel, powerpoint), flash, outlook, acess,  além de um curso sobre smartphones – que ajuda os jovens a entender e aproveitar da melhor forma a tecnologia disponível. Contribuir para a inclusão digital é o mesmo que re- forçar as estruturas para que o país atinja seu pleno desen- volvimento. Ter jovens capacitados para utilizar a internet e seus mecanismos faz parte da construção de uma gera- ção que vai entender o mundo com um olhar mais crítico e, quem sabe, mais humano às necessidades sociais, políticas e econômicas. Internettodos os dias Q uando não conseguimos conciliar o sono e durante o dia ficamos pensando na situação que parece sem solução, rumamos para o desespero.  Não adianta rolar pela cama, virar de um lado para o outro, contar nuvens ou carneirinhos; todas as tentativas parecem ser em vão. O sono está muito distante. Por mais que nos esforcemos em encontrar uma solução, maior fica o problema, que parece criar uma forma incomensurável. Finalmenteohoráriohabitualestabelecidopara o “despertar” acontece. É um momento de aparente calmaria na mente, que está agora preocupada nas tarefas corriqueiras de se aprontar para o encontro com o lado de fora da vida. O caminho para o trabalho parece longo e interminável. As vezes torcemos para não chegar, porque sabemos que quando atingirmos a porta de entrada do prédio onde trabalhamos iniciaremos a grande batalha. O coração acelera preparando-se para o ataque do inimigo invisível. Finalmente ocupamos nosso local de trabalho e tentamos iniciar nossa função profissional. A solução ainda não foi encontrada, mas aparentemente o que parecia uma coisa incontrolável não aconteceu e a vida vai acontecendo devagar e monotonamente como sempre, sem que antes houvéssemos nos apercebido. O fim do dia está próximo, começamos a nos sentir aliviados, no entanto, ainda há uma sensação Síndrome do pânico: o que me espera amanhã? Dárcio Cavallini de insegurança dentro do peito e cada vez que nos lembramos, o coração acelera o ritmo comandando a respiração, que se torna ofegante. O medo vai tomando conta novamente. A rotina se completa no momento em que nos deitamos novamente atrás do sono; recomeça todo o drama do dia anterior. Queremos encontrar a qualquer preço uma solução e cada vez mais somos vencidos pela impo- tência de resolver a situação. O dia passa pela noite e nos encontramos de novo no mesmo dilema que só aumenta nosso pavor de despertar, ir para o trabalho, encontrar pessoas. Quandoosfamiliaressedãoconta,deumahora para outra, não temos mais coragem de se levantar da cama para enfrentar o dia. O medo tomou conta da mente. Somos impotentes para tomar a simples decisão de ir para qualquer lugar e, ao mesmo, tempo sentimos medo de permanecer no mesmo lugar. Finalmente, alguém nos convence a procurar por ajuda e começamos então uma batalha nova. Peregrinamos por consultórios médicos atrás de um diagnostico que explique as dores que já tomaram conta do corpo físico. Passamos por máquinas que fa- zem a leitura de nosso âmago, como se descobrissem os segredos da alma, no entanto, apesar de toda sofis- ticação dos exames e dos sistemas, não conseguimos definir nosso padrão de conduta. Por falta de melhor entendimento somos diagnosticados com síndrome do pânico. A solução está em tomar alguns medicamentos, que induzem ao sono e a inércia mental. Tornamos- nos um robô. Perdemos o controle sobre a própria capacidade de reagir ao medo que sentimos. A partir desse instante passamos a depender de alguém que possa tomar as decisões por nós. A situação, em princípio, parece cômoda e aceitamos. Acreditamos que esse alguém possa solucionar o grande problema que nos aflige. O tempo passa e a solução não vem. Mas, o efeito do pensamento vacilante e incapaz de encontrar solução já não é o mesmo de antes. O coração não dispara mais como antes. Os remédios não permitem. O sono acontece roboticamente e não acordamos mais no meio da noite para triturar nossos pensamentos. 14 15SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 9. Chega um momento em que percebemos que não estamos mais participando da vida; só sobrevi- vemos . E por mais controlada que esteja a situação, nos sentimos incomodados porque esse não é o nos- so perfil. Queremos nossa vida de volta, com a pos- sibilidade de acertar e errar nas varias tentativas de encontrar caminhos.  Então, mesmo com o corpo físico sob contro- le, nossa alma não se cala e continua aquela pergunta que vem de dentro e não para de nos incentivar a buscar a tal solução. Quando desistimos de pensar em obter a resposta e literalmente nos entregamos ao fracasso de nossa própria existência somos agraciados com a solução. Aparece em nosso caminho alguém ou alguma coisa que nos mostra uma nova possibilidade e vamos atrás com uma esperança que há muito não sentíamos porque acreditamos que é o caminho. Parece que no final do túnel finalmente apareceu uma pequena e tênue luz. Se você já passou ou está passando por uma situação semelhante, saiba que existe essa luz no final do túnel e realmente ela indica o seu caminho para a felicidade de se reencontrar com a vida. A síndrome do pânico é uma doença da alma. E como tal, não é possível encontrar diagnóstico por exames físicos. A apometria é um dos caminhos para encontrar a solução. Os problemas que se acumulam na mente e que são impossíveis de encontrar solução, residem nos registros dos acontecimentos de outras vidas. Estamos repetindo uma situação que em outras encarnações não conseguimos resolver por não compreender ainda as leis universais. Temos um corpo físico e um cérebro capazes de solucionar qualquer situação que a vida nos apresente; somos dotados dessa capacidade. E quando a solução não está presente na forma habitual do dia a dia, e o problema se repete até ficar grande demais para encontrar a solução e ficar maior que nós mesmos estamos diante de uma lição a ser aprendida nesta encarnação e a solução só é possível através da alma. As técnicas apométricas permitem, por desdobramento, ou seja, ir até as encarnações anteriores, em qualquer tempo do passado para desbloquear nossos processos emocionais que nos prendem na repetição de padrões sem solução. A apometria é a medicina da alma e ajuda a fazer com que as pessoas reencontrem o prazer de viver. Mestre em psicologia e coordenadora do MBA Master Coach do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG) Mara Suassuna A lcançar objetivos e conquistar sonhos são o desejo de todo ser humano. Afinal, sonhar faz parte do inconsciente coletivo. E se sonhamos, precisamos buscar estratégias para a realização do nosso potencial humano. O Coaching como metodologia de desenvolvimento oportuniza aos coachees (cliente) o aprendizado a cerca desse potencial, muitas vezes adormecido e desacreditado frente às regras que a sociedade impõe nas suas diferentes exigências: políticas, Como cumprir metas e alcançar resultados usando seu potencial humano econômicas, profissionais, afetivas e familiares.   O  Coaching tem tido um papel fundamental nas organizações e no desenvolvimento das pessoas. Afinal, alinhar pessoas e organizações gera mais resultados, bem como alinhar a pessoa com sua missão e propósito de vida impacta positivamente em todas as dimensões existenciais. Entre as vantagens do Coaching para o indi- víduo, podemos destacar a melhoria do desempe- nho e o desenvolvimento de potenciais de forma permanente; o estabelecimento de equilíbrio entre a vida profissional e privada; permite o  Coachee ir além dos limites inconscientemente impostos por ele mesmo; o desenvolvimento de habilidades de liderança e de trabalho em equipe; permite conhecer e praticar as chaves do poder da comunicação e gerar criatividade na resolução de conflitos. A metodologia permite ainda potencializar as habilidades de gestão de mudança; conhecer como percebemos o tempo e como administrá-lo; e fornece apoio à tomada de decisão e à gestão de carreira. Já para as organizações, estudos mostram um alto retorno do investimento no Coaching. Em- presas cujos executivos passaram pelo processo de Coaching classificaram o retorno quantitativo em seis vezes sobre o investimento realizado. As principais melhorias observadas nas pesquisas, resultantes do processo de Coaching, foram melhorias do relaciona- mento com subordinados (77%), com o chefe (71%), melhoria do trabalho em equipe (68%), aumento do nível de satisfação com o trabalho (61%), aumento da produtividade (53%) e do comprometimento com a empresa (44%). 1. O Coaching impacta na melhoria do desempenho e no bem estar, contribuindo para a construção de uma sociedade mais equilibrada e mais feliz, pois tem em sua base a ação trans- formadora propiciada pelo autoconhecimento e clarificação do propósito de vida. 2. O Coaching auxilia a focar aonde se quer chegar partin- do dos recursos atuais, considerando quais competências que precisam ser reforçadas ou adquiridas; que esforços e re- cursos devem ser mobilizados para suprir as carências; que limi- tações e hábitos improdutivos precisam ser vencidos nos níveis intrapessoal, interpessoal e profissional.  3. Diferentemente da terapia, o Coaching não busca causas e possíveis traumas no passado, mas sim os momentos em que o Coachee teve uma ótima performance. A modelagem desses momentos permite ao cliente repetir no futuro esses bons resultados obtidos.  4. Para o Coach não existe o fracasso, mas resultados diferentes do que foi objetivado.  Com o foco na solução e não nos problemas, o Coachee aprende a responsabilizar-se pelo alcance de seus objetivos ou não, e torna-se protagonista da própria história. 5. O Coachee torna-se capaz de alcançar resultados ex- cepcionais sem comprometer sua vida pessoal, equilibran- do todas as áreas da vida: profissional, financeira, física, social, intelectual, emocional e lazer.  6. O processo de Coaching é mais que um trabalho técni- co, é um exercício mental auxiliado, que mistura racio- cínio e intuição, de forma a levar o Coachee a responder suas próprias questões, utilizando seus próprios conhecimentos.  7. Os executivos, que passam pelo processo de Coaching, aprendem a se adaptar rapidamente às mudanças e aos novos desafios; desenvolvem a criatividade para identificação de novas soluções, produtos ou mercados; e descobrem a habilida- de de domar e usar o stress de maneira positiva.  8. O processo de Coaching permite aos profissionais co- municar-se melhor, persuadir e negociar com mais efi- ciência, e ser mais assertivos; promove a capacidade de traba- lhar eficientemente em equipes e o aumento da capacidade de liderança, da motivação e da satisfação no trabalho.  9. O Coaching como metodologia e desenvolvimento hu- mano propicia a organizações e pessoas o conhecimento e desenvolvimento de competências e habilidades para o en- frentamento da crise e o alcance dos objetivos. Mas por que o Coaching é um método eficaz no alcance de metas? Permita-se ir além. Conheça o Coaching! 16 17SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 10. Carlos Monforte Jornalista Q uem quiser se esconder do mundo e ficar longe de tudo, vá para Cuba, onde a Internet caminha a passos de tartaruga e as notícias de jornal estão nas mãos do Granma, o tabloide de oito páginas do Partido Comunista. Televisão, só a estatal (recheada de novelas brasileiras), ou a Telesur de Maduro, portanto de uma parcialidade sinistra. Eram questões que eu queria comprovar no país de Fidel Castro, antes que seja invadido por hordas de todos os matizes, assim que o mundo decidir conhecer de perto esse país praticamente virgem do ponto de vista turístico. Por isso, fui lá. E vi que, não vai demorar (talvez cinco, dez anos), Cuba será um outro país, um novo país, e o cubano espera isso com ansiedade extrema. Saudades de Cuba Jornalista José Fonseca Filho O Brasil está investigando muito, e muito surpreso ficando com a incidência da corrupção na vida pública, envolvendo personagens antes famosos pela suposta qualidade - o ex-presidente Lula, hoje garoto-propaganda de empreiteira,eapresidenteDilma,deincompetência surpreendente na administração pública. Em função dessa bandalheira recorde, a ação administrativa do governo está semiparalisada. Falta condição para tratar da saúde, educação, infraestrutura em geral, da economia. Governo incompetente não é novidade no Brasil. Mas a dupla do PT conseguiu superar as ex- pectativas. As ações desencadeadas pela Polícia Fe- deral, com denominações criativas, surpreendem o país pela gravidade e volume da corrupção exposta. As maiores construtoras do país, seus dirigentes em cana, estão desmoralizadas. Enquanto isso, a violência e a criminalidade aumentam, a infraestrutura do país revela carências dificilmente superáveis, em particular na saúde pública. Sem contar que não há dinheiro para nada, o orçamento é deficitário e o recurso das pedaladas, de que se valia o governo, foi desmascarado pelo TCU. Brasileiros doentes, com gravidade, vão para os hospi- tais públicos mas a maioria não pode ser atendida, por falta de tudo. Remédios, médicos, condições sanitá- rias, infraestrutura hospitalar. Está diariamente no no- Governo perdido. Brasil em riscoticiário da televisão, como se o povo brasileiro mere- cesse apenas a criminosa indiferença de seu governo. Os brasileiros pagam impostos, mas nada recebem do governo, que descumpre suas míni- mas obrigações, em serviços e equipamentos para a população. E fica tudo por isso mesmo, mais um absurdo suportado pela população e desconside- rado pelo governo, que não consegue superar os problemas. Não muito revoltados, os brasileiros e brasileiras, pois a boa índole não os leva a isto. Mas desrespeitados , desconsiderados e humilhados. Os brasileiros estão sendo vítimas do governo, e não protegidos e assistidos por ele. Isso é uma realidade do nosso país. O governo está perdido. Não tem condição nem competência para resolver os problemas na- cionais, até porque está diretamente envolvido com muitas bandalheiras. Ele e seu partido. A presidente, ao promover mudanças no ministério, não visa me- lhorar a administração federal, mas indicar parlamen- tares que possam vir a servir a seus interesses políti- cos, em troca da indicação feita, e de outras a serem acrescentadas. Assim, um ministro de determinado setor não é necessariamente um verdadeiro conhe- cedor daqueles problemas. Ele foi ali colocado para servir a interesses muitas vezes subalternos da Chefe do Governo. Não se trata, portanto, de uma reforma ministerial, mas de uma acomodação de interesses. Interesses escusos. 18 19SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 11. O povo cubano é um otimista. Sempre foi. Em 1.959, quando tudo ainda era festa, depois da balbur- dia da revolução, os barbudos de Sierra Maestra se apoderaram do poder, enxotaram o ditador Fulgêncio Batista, tocaram de lá o Meyer Lansky e os mafiosos donos de cassinos, das drogas e das prostitutas. Mas não esperavam ficar isolados tanto tempo. Existe uma foto, logo depois que el comandan- te assumiu Havana, que mostra a placidez de um Fi- del Castro ao lado de um alegre Ernest Hemingway, escritor americano que morava fazia tempo na Finca La Vigia, a 30 quilômetros de Havana. Mostravam o semblante tranquilo dos vencedores, mas pouco sa- biam do futuro. Tempos do sonho socialista criado por jovens idealistas contra a barbárie de um ditador no mínimo despudorado. Fidel tinha 33 anos quando tomou o poder. La Revolución tem 57 e Fidel foi aposentado faz pouco tempo, mas continua presente, atento ao que aconte- ce na sua ilha. Às vezes, deixam dar um palpite, mas todos o respeitam. Soube conduzir o barco até deter- minado momento, e quando o muro de Berlim caiu, os sonhos foram juntos. Hoje, quem tem 33 anos, pegou apenas o lado dramático da história, nada dos gloriosos e emblemá- ticos anos pós-revolução. Claro, o cidadão de hoje vive o legado de um regime que priorizou a educação, mas que encontrou um mercado restrito e fechado, assim como a boca. Logo depois da tomada do poder, vieram os problemas, os radicalismos, as tentativas de contra- golpe, a obrigação de pôr ordem na casa, bagunçada pelo ditador corrupto e por um país sem norte. Te- riam que ser ousados e foram por um caminho amar- go: arrumaram uma boa briga com os Estados Unidos – se declararam marxistas, puseram os inimigos no paredón, tomaram as terras dos estrangeiros, expro- priaram empresas, armaram um belo banzé em plena guerra fria, nos anos 60. A primavera cubana teve seus pontos positi- vos e isso ninguém pode negar, principalmente por- que teve como objetivo inicial a implantação de um programa de alfabetização radical. Mas se ressente até hoje do isolacionismo, do torniquete que os Castros impuseram ao país (hou- ve tempo em que cubano não podia sair da ilha e o mundo tinha dificuldade de entrar lá), com o controle das opiniões políticas, da liberdade pensamento e de imprensa, do bloqueio econômico criminoso patroci- nado por Washington. O sistema imposto pelo gover- no socialista ainda persiste: cada quarteirão de cada cidade mantém seu CDR – os comitês de defesa da revolução – mas se sente no ar a vontade de mudar, de soltar as amarras. O programa de erradicação do analfabetismo deu certo: não há um só cubano analfabeto e mes- mo aqueles que trabalham em tarefas bem simples devem ter completado os nove anos obrigatórios na escola. Mas há uma distorção gritante: contratei pelo menos cinco motoristas para rodar por Havana e pelo interior do país e todos tinham curso universitário. Ganham mais como motorista de taxi e guia turístico do que com suas profissões. E não são profissões banais. São engenheiros, médicos, advogados. Quem me levou de Havana para Cienfuegos, foi um engenheiro de telecomunicações, com especialidade na Rússia. Quem rodou comigo por Havana foi um engenheiro civil, especializado em arqueometria, que emprega métodos físicos e quími- cos para estudos arqueológicos. Essa distorção é apenas um dos problemas que o governo de Cuba tem de enfrentar, fora todos aqueles que vem encarando desde que tomaram o poder, em 59. Logo de cara passaram pela tentativa de invasão da baía dos Porcos, ainda no começo do governo, pela crise dos mísseis, pelo bloqueio eco- nômico americano, que ainda teima em permanecer. Cuba caiu direto nos braços da então União Soviética, ficou dependente do comércio com os países do les- Quando era proibido ir a Cuba fui lá assim mesmo, com outro companheiro jornalista. A recor- dação vem a propósito do artigo do colega Carlos Monforte. No contexto do isolamento imposto pe- los Estados Unidos, e o Brasil sem relações diplomá- ticas com o regime de Fidel, brasileiros não podiam ia à Ilha. Fácil de burlar. Estávamos em Caracas, na cobertura de uma viagem presidencial e resolvemos dar uma esticada no paraíso comunista. Foi só ir na embaixada de Cuba. Puseram o visto com um clips e nada registraram no passaporte. Oficialmente não fomos. Era o governo Figueiredo e a abertura estava em curso. O cubano me pareceu um povo alegre, mas vivendo na tristeza, devido à carência de tudo, em termos materiais, e do maior bem da humanidade: a liberdade. Aos estrangeiros, na rua, pediam goma de mascar, canetas esferográficas, tênis, produtos simples de nossa sociedade, mas que eles não dis- punham. Queixavam-se da falta de tudo, da bisteca (bife) e dos restaurantes que eram reservados aos turistas. Os ônibus e carros da década de 50 mal conseguiam rodar. Na calçada do malecón, pros- titutas que o governo afirmava não haver no país. Os cubanos, ávidos de conversar com os turistas e saber das novidades do exterior. Advertidos, nos negávamos a trocar ou ven- der dólares, porque implicaria em severas punições aos cubanos, se apanhados pela terrível polícia polí- tica, presente em toda a cidade. Os brasileiros bem cotados na simpatia dos cubanos: fãs da nossa músi- ca e das novelas da Globo. Havia jovens voluntários de países europeus ajudando na colheita da cana de açúcar, então e ainda a maior fonte de recursos da ilha. Todos embalados pelo sonho socialista. Lá voltei anos depois, então oficialmente, mas sendo jornalista, com demora para aprovação do visto. Mesmo ambiente entristecido pelas carên- cias materiais - a da liberdade ao mesmo nível ante- rior. Os grandes hotéis se instalavam na ilha mas a eles e aos restaurantes o cidadão cubano não tinha acesso. Nem condições de pagar, num país onde ine- xistem salários regulares. Desta vez coincidiu com o 14 de julho, aniversário da revolução. Tive a honra e a pachorra de ouvir um discurso de Fidel, algo como duas ou mais horas de falatório. Deu para fumar dois puros Churchill longos e algumas cigarrilhas Cohiba. Quando a ilha era José Fonseca Filho Jornalista PROIBIDA 20 21SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 12. te europeu e do petróleo russo. Viveu anos políticos cruéis, mas no meio da desconfiança generalizada, cresceu. Os tempos mudaram, porém, foram mudando ao longo de todas essas décadas. No entanto, o golpe fatal foi mesmo o fim da União Soviética, a queda do muro de Berlim. Cuba começou a enfrentar péssimos bocados. Solução: mudar o enfoque da economia, mas ainda fechando a política, talvez copiando os próprios chineses, agora parceiros. Cuba deixou de vender seus produtos para os grandes mercados, se fechou em copas e foi sufocada de todos os lados. A cana-de-açúcar, sempre seu grande produ- to, hoje é marginal: praticamente, atende apenas o mercado interno, com a produção de açúcar e de melaço, para o rum, que ainda é um dos melhores do mundo. Foram fechadas 155 usinas nos últimos anos: apenas 49 funcionam. Os charutos são tam- bém acessórios, dentro de um mundo que vem ba- nindo o hábito de fumar. Mas é um grande charme. A agricultura não participa hoje mais que oito por cento das receitas. A solução vem por três caminhos: turismo, o “empréstimo” de profissionais para países carentes (como os médicos para o Brasil) e o dinheiro que vem do exterior, enviado pelos milhões de cubanos que deixaram o país, e que vivem em grande maioria exatamente no país que tem sido seu maior algoz, os Estados Unidos. Aliás, o único ponto positivo até agora desse reatamento com os Estados Unidos é que Obama deu carta branca para que os cubanos que moram em Miami possam enviar para seus parentes em Cuba oito mil dólares por ano. O limite era de dois mil dó- lares. Mesmo assim, a receita passa hoje dos cinco bilhões de dólares por ano. Ou seja, a renda vai cres- cer bastante. O turismo também tende a crescer. O Ministé- rio do Turismo cubano acaba de apresentar dados que mostram que a chamada indústria do turismo cresceu 17 por cento no primeiro semestre deste ano. Mais de dois milhões e cem mil pessoas – em geral vindas do Canadá, Inglaterra, Espanha, México, França e Itá- lia – foram visitar Havana, Varadero e outras cidades ainda pouco conhecidas do mundo. Mas o que se vê é que o país não tem capa- cidade de acolher muito mais: faltam infraestrutura, hotéis, estradas etc. Em primeiro lugar, o governo so- cialista e de partido único tem de desapegar, de ter- ceirizar o poder: em Cuba, tudo é do governo – das pequenas lojas de artesanato aos grandes hotéis e res- taurantes, e até mesmo a famosa La Bodeguita del Medio pertence a papai Fidel Castro, como os cuba- nos chamam o maior líder da revolução. E aonde não se pode entrar de tão lotada de turistas. Existem investimen- tos estrangeiros, mas eles não passam de 49 por cento do capi- tal. Setenta por cen- to dos trabalhadores são funcionários pú- blicos. E aqui cabe um parêntese: o PC cubano sofre do mesmo mal que o PT brasileiro – têm ojeriza à iniciativa privada e tudo que cheire a privatização, a passar obrigações e tarefas à iniciati- va privada. Ou seja, ficam todos cheios de urticária quando pensam que alguém possa ter lucro tocando um negócio que eles não têm competência para tocar. Nem que isso possa significar mais emprego e produtividade. Embora a Internet seja um desastre, a tendên- cia irreversível é que Cuba se abra cada vez mais ao mundo. Seja cada vez mais livre e dê mais liberdade a seus cidadãos. Não adiantou segurar a crença em Deus se, como se viu na visita do Papa Francisco, o cubano é extremamente religioso. Não adianta segu- rar vozes dissidentes se, como vimos, os dissidentes estão aí e só o papa não quis ver. O próprio papai Fidel disse em uma entrevista em 2.010 a um jornal americano que “o modelo cuba- no já não funcionava mais, mesmo para nós”. Um dia a ajuda benevolente da Venezuela, que anda mal das pernas, vai acabar, assim como acabou a da Rússia. E todos sabem disso. Portanto, a guinada é iminente. Daqui a três anos, Raul Castro vai deixar a pre- sidência do país e seguir o caminho do irmão mais velho. Será o fim da geração de Sierra Maestra. Assu- mirá o cargo Miguel Diaz-Canel que nasceu depois da Revolução de 59. É o horizonte mais próximo de um outro caminho para Cuba, que sem dúvida vai mudar de cara. Só se espera que essas mudanças não apaguem o charme, a atração e o fascínio dessa ilha caribenha, para que não se tenha saudades da velha Cuba bagun- çada dos mafiosos. E se possa beber um bom mojito na Bodeguita, ouvindo uma salsa ou uma rumba, ao lado da alegria espontânea dos simpáticos e eloquen- tes cubanos. Apresentar o agronegócio aos profissio- nais urbanos de áreas distintas; demons- trar a dinâmica dos principais setores do agronegócio e capacitar para a utiliza- ção do conhecimento sobre agronegó- cio em suas atividades profissionais específicas. Esses são os principais objetivos da Escola Superior de Agrone- gócio Internacional, criada na Fazenda Sanga Puitã, na região centro-oeste do país, próximo à Brasília. Wilfrido Augusto Marques, idealizador do projeto, atrelou essa iniciativa à sua principal atividade que é a advocacia. Graças a ela foi possível conhecer e re- unir pessoas extremamente qualificadas, para compor a Escola Superior do Agro- negócio Internacional. “A Escola é a única das Américas. A Escola é a única no Bra- sil e no Centro-oeste. A Escola tem uma vocação e ela já nasceu grande. Qualquer instituição, não é grande pelo nome ou pela abrangência e atuação. Ela é gran- de pelas pessoas, pelos valores humanos que a compõe. A Escola tem um grupo de professores, um grupo de abnegados que estão absolutamente sintonizados com o problema de produção de ali- mentos no mundo e ela, com certeza, irá cumprir esse papel com muito galhardia” Os cursos têm 80 horas de atividades, divididos em 48 horas de aulas presen- ciais, 16 horas de atividades supervisio- nadas na fazenda e nas agroindústrias da região e 16 horas de atividades extra- classe. SANGA PUITÃ BIOGLOBA L ocalizada no PA-DF a 70 KM de Brasília, as Fazenda Sanga Puitã e Vale do Sossego se tornaram na última década, por meio dos eventos de Dia de Campo, uma vitrine tecnológica e negocial por onde passaram importantes produtores e empresários do cenário nacional e internacional, bem como mais de 100 delegações de diversos países do mundo. Após muitos anos servindo de base para esse intercâmbio, a Sanga Puitã BioGlobal abriga agora, a Sede da Escola Superior de Agronegócio internacional inaugurada no dia 19 de setembro de 2015.  Escola Superior do Agronegócio Internacional - ESAI 22 23SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 13. Foram montados 2 mode- los para atender à disponibilidade de tempo de cada aluno. O primeiro, com aulas presenciais em 4 finais de semana; e o segundo, com aulas em 8 dias úteis. Formatos que permitem que, em pouco tempo, o aluno com- plete seu treinamento profissional em Competitividade de Sistemas Agroin- dustriais. GRADE CURRICULAR GESTÃO DE SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS - conceitos e desafios Grandes Cadeias Produtivas do Agronegócio Brasileiro Agronegócio Internacional na Prática Economia Agroindustrial Desenvolvimento Regional Mercado e Comercialização de Produtos Agroindustriais Gestão Econômica e Financeira no Agronegócio Políticas Públicas para o Agronegócio no Brasil Contratos, Coordenação e Competitividade no Agronegócio Direito Agrário Turismo Rural e Desenvolvimento Local Gestão Estratégica e Logística no Agronegócio Agronegócio e Sustentabilidade Agronegócio e o Consumidor Atividades Supervisionadas Acompanhar as atividades agrícolas, pecuárias e ambientais da Fazenda Visitar e acompanhar o processo produtivo das empresas da região: - Packing-house - Fábrica de enlatados - Moinho de farinha de trigo - Fábrica de queijos e de leite tipo A - Frigorífico de pequenos animais e fábrica de embutidos - Unidade de beneficiamento de sementes fiscalizadas - Produção intensiva de suínos   Os cursos poderão ser ministrados em espanhol, inglês, francês, árabe, mandarim ou russo se forem formadas turmas com esta necessidade. R ecentemente, em uma entrevista que concedi, me perguntaram sobre a composteira caseira e se era possível fazermos uma em casa. Na entrevista, respondi que sim, é possível, mas não tão simples. Uma composteira caseira se trata de um recipiente apropriado, em geral, um contêiner vertical, preenchido com materiais orgânicos secos (folhas), um inóculo (estrume seco de galinha ou outras fonte de bactérias) e a matéria orgânica fresca (restos alimentares e poda de jardim). A partir daí, o contêiner é fechado permitindo uma circulação de ar através da massa, de baixo para cima, de modo a promover a biodegradação da matéria orgânica fresca, o que em geral se dá em um prazo médio de 90 dias.   Existem outras medidas mais acessíveis que poderiam contribuir com o meio ambiente. A mais conhecida e comentada é a coleta seletiva, que pode ser realizada em casa. Além de incutir aspectos de en- sinamentos de cidadania na família, esse tipo de ação realça a importância da promoção de ações visando à preservação do meio ambiente. Entretanto lembro que, antes da implantação desse sistema, é preciso que as pessoas realmente conheçam os materiais que devem ser separados ou não. Separar (seco, úmido, baterias, remédios, mate- Engenheiro Civil e Mestre em Mecânica dos Solos, Fundações e Geotecnia e fundador da Fral Consultoria. Francisco Oliveira Coleta seletiva: a organização do lixo começa em casa riais de construção), limpar e lavar os resíduos secos, dispor de recipientes adequados para o armazena- mento temporário dos resíduos e informar-se sobre a frequência de coleta de cada tipo de resíduo, bem como conhecer a localização dos pontos de entrega dos demais resíduos (farmácias,eco-pontos). É im- portante lembrar que os resíduos recicláveis deverão estar limpos e secos, isentos de quaisquer tipos de sujeira. Em nosso dia a dia, manipulamos diversos ma- teriais que podem ser reciclados: garrafas pet’s, pa- péis, jornais, embalagens plásticas, garrafas de vidro, copos plásticos, latas de alumínio, latas de latão, em- balagens de alumínio ou isopor, etc. Atualmente, poucas cidades, que possuem  coleta seletiva já implantada, exigem triagem na ori- gem pela tipologia de material (plástico, vidro, madei- ra, etc.). A reciclagem só se sustenta se houver uma indústria ou um parque industrial regional que de fato reaproveite os materiais separados. Caso este parque industrial não exista, não haverá valor comercial associado ao material se- parado e, consequentemente, passará a não fazer sentido a separação, coleta e triagem. A coleta seletiva residencial é importante e ajuda a manter a família engajada com a sustentabilidade.Quando feita com conhecimento traz benefícios imensurá- veis para todos. 24 25SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 14. Historinhas do VinilRoberto Nogueira robertonogueira@ terra.com.br Consultor da Presidência da CNC. Presidente de RN Consultores e de RN & Marini Editora e Comunicação. Autor de nove livros. Poeta. Membro da Academia de Ciência, Letras e Artes de Rio Pomba (MG). C aetano e Gil se apresentaram em Brasília. “100 anos de música”, titulo que sugere ouvir em sequência clássicos de ambos, desde “Alegria Alegria” e “Procissão”, passando por Panis et Circenses e Miserere Nobis e que tais. Muitos adoraram, eu nem tanto. Caetano, em plena forma. Gil, com a voz a lhe traindo. Show bom, nada mais que isso. O que não é bom é pagar R$ 900,00 para ouvir Axé Music e outras bobagens e ver a “turma da pipoca” descer feito arrastão e parar na frente do palco impedindo a visão de quem pagou caro e gosta de acústico contemplativo. Por que tão caro um show sem nenhuma produção, voz e violão? De Caetano o clímax foi “Terra”, belíssima interpretação, que em casa ouço no LP “MUITO – Dentro da Estrela Azulada”, 1978, aquele em que Caetano, na capa, deita-se ao colo de sua mãe, Dona Canô. Terra é a música um do lado um e o LP inteiro é bom, incluindo “Eu sei que vou te amar” de Tom e Jobim, além de Sampa; Tempo de Estio (Rio/Tempo de Estio/Eu quero suas meninas/Eu quero suas meni- nas); Muito Romântico; Muito (que empresta o nome ao LP) e outras mais. TERRA, linda melodia que carrega uma letra de múltiplas interpretações. Gosto muito desse tre- cho: De onde nem tempo e nem espaço/ Que a força mãe dê coragem/Pra gente te dar carinho,/durante toda a viagem/Que realizas do nada,/ através do qual carregas o nome da tua carne/Terra. Senti a ausência de “VOCÊ É LINDA”, do LP “UNS”, maravilha de melodia e letra da qual me apro- Caetano e Gil muito a desejar prio e sonho tê-la feita para a minha querida Maria Angela: Fonte de mel/Nuns olhos de gueixa... Você é lin- da/E sabe viver/Você me faz feliz/Essa canção é só pra dizer e diz/ Você é linda. Em “UNS” encontra-se, também, a genial ECLIPSE OCULTO, aquela em que Caetano, ao final do romance, pede: Não quero que você fi- que fera comigo/Quero ser seu amor/Quero ser seu amigo/Quero que tudo saia/Como o som de Tim Maia/Sem grilos de mim/Sem desespero, sem tédio, sem fim. Do belíssimo CINEMA TRANS- CENDENTAL Caetano cantou “Menino do Rio”, mas poderia ter cantado “Lua de São Jorge”, “Beleza Pura”, Trilhos Urba- nos. Por fim, gostaria de ter ouvido IN- DIO, mas não ouvi; Um índio descerá de uma estrela colorida brilhante/de uma estrela que virá numa velocidade estonteante/e pousará no coração do hemisfério sul na América num claro instante/depois de exterminada a última nação indígena. Gil também ficou devendo canções essenciais, mas não me faltou em “Domingo no Parque”, da se- gunda metade da década de 1960, mas gostaria de ter ouvido “Procissão” e outras mais. Do LP REALCE, que é de 1979, Gil cantou “Toda Menina Baiana” e “SuperHomem – A canção”, esta com sua bela me- lodia e letra redentora para muitos. Não poderia se ausentar a belíssima “DRÃO” (originalmente gravada em 1982), que ouço no LP “A GENTE PRECISA VER O LUAR”, de 1989. Não resisto encerrar com a letra inteira, poesia de poeta de alma que é pura sensibi- lidade. Drão é história de amor e separação de sua mulher Sandra (San.... Drão). Drão! O amor da gente é como um grão/Uma semente de ilusão/Tem que morrer pra germinar/ Plantar nalgum lugar/Ressuscitar no chão/Nossa se- meadura/Quem poderá fazer aquele amor morrer/ Nossa caminhdura/Dura caminhada/Pela noite escura Drão! Não pense na separação/Não despeda- ce o coração/O verdadeiro amor é vão/Estende-se in- finito/Imenso monólito/Nossa arquitetura/Quem po- derá fazer aquele amor morrer/Nossa caminha dura/ Cama de tatame/Pela vida afora Drão! Os meninos são todos sãos/Os pecados são todos meus/Deus sabe a minha confissão/Não há o que perdoar/Por isso mesmo é que há de haver mais compaixão/Quem poderá fazer/Aquele amor morrer/ Se o amor é como um grão/Morre, nasce trigo/Vive, morre pão/Drão! Não ouvi “Procissão”, presente no LP “LOU- VAÇÃO”, de 1967, que ouço com alguma frequência. Mas ambos – Caetano e Gil – gênios da minha gera- ção, estão perdoados, mas não os produtores. Estamos prestes a uma nova leitura do tempo em que se dizia que o melhor hospital de Brasília é o “avião da VASP”. Diremos então, se nada mudar, que a melhores casas de espetáculos de Brasília são os aviões GOL e TAM destino Rio e São Paulo. Fica mais barato! 26 27SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 15. N o último mês de agosto, a Câmara dos Deputados aprovou, em dois turnos, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que propõe a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes hediondos (estupro, sequestro, latrocínio, entre outros), homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. A proposta foi relatada no Parlamento pelo deputado federal Laerte Bessa (PR/DF) e seguiu para apreciação do Senado. Com relatório bem fundamentado, Bessa con- seguiu o apoio de diversos deputados para a apro- vação dessa diminuição. A matéria teve 320 votos a favor, 152 contra e uma abstenção. De acordo com a proposta, os menores com idade a partir de 16 anos que cometerem crimes responderão à Justiça igual aos adultos, mas cumprirão pena em local separado. A redução da maioridade penal é defendida pela grande maioria da população brasileira, cansada de tantos crimes bárbaros e da impunidade em que os menores de idade se apoiam. Pesquisa do Instituto Datafolha, realizada em junho, apontou que 87% dos brasileiros são a favor dessa diminuição. Na opinião do deputado do Distrito Federal, a redução da maioridade penal não vai extinguir a crimi- nalidade, mas reduzirá e muito, bem como irá acabar com a impunidade que impera em nosso País. “O jovem de 16 anos sabe muito bem o que é certo e o que é errado. Ele já pode vo- tar e escolher o presidente do País. Porque não pode responder criminalmente por seus atos ilí- citos?”, questiona Bessa. O deputado também usa números para pro- var que jovens cometem crimes apostando na impu- nidade, visto que são encaminhados para centros de ressocialização e ficam, em média, seis meses inter- Relatada por Laerte Bessa, redução da maioridadepenalpara16anos é aprovada na câmara Laerte Bessa tem 61 anos de idade, é goiano e mora em Brasília há 30 anos. Delega- do de polícia aposentado, foi diretor da Polícia Civil do DF por oito anos, durante a gestão do ex-governador Joaquim Roriz. À época, o órgão foi considerado pela ONU a melhor polícia do Brasil e, no mundo, apenas a Polícia do Canadá estava à frente em elucidação de casos. Exerceu seu primeiro mandato na Câ- mara dos Deputados entre 2006 e 2010, quando presidiu a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado – sendo o 1º representante do Distrito Federal a assumir o mais alto posto da segurança na Casa. Em 2014, se candidatou novamente pelo Partido da República (PR) e foi eleito com mais de 32 mil vo- tos. Em seu segundo man- dato, defende a bandeira da segurança pública com melhorias nas con- dições de trabalho das instituições policiais e fortalecimento de pro- gramas sociais foca- dos nos jovens. nados. “Não podemos achar normal que 39% dos assassinatos no DF sejam cometidos por menores de idade, segundo a Polícia Civil. Eles fazem isso porque sabem que ficaram impunes”, acrescenta. Bessa também tem entre suas propostas a re- visão da Lei da Execução Penal (LEP) e, para isso, soli- citou à Presidência da Câmara uma comissão especial para discutir o tema no Congresso. Outro projeto importante é o que solicita o inquérito policial eletrô- nico (1811/15). LAERTE BESSA CASOS DE DESTAQUE Morador de Águas Claras, Bessa é bastante conhecido entre os profissionais de segurança pública da capital federal. Foi o delegado responsável por in- vestigações de casos importantes e de grande reper- cussão na imprensa nacional e internacional. Um deles foi o “Caso Pedrinho”. Roubado de uma maternidade em Brasília, no ano de 1986, a história de Pedro Rosalino Braule Pinto teve um fi- nal feliz. O menino foi localizado 16 anos depois em Goiânia, pela equipe chefiada pelo delegado Bessa. O sequestro da filha do ex-senador Luiz Es- tevão em 1997 foi outro episódio de grande reper- cussão solucionado pela Polícia do DF. Bessa, então chefe da divisão anti-sequestro, coordenou a equipe que libertou a menina após sete dias em cativeiro e prendeu os criminosos. A prisão do estudante Marcelo Bauer - res- ponsável pelo assassinato da então namorada Thaís Mendonça na década de 80 em Brasília -, em uma cidade da Dinamarca foi outra operação de sucesso creditada ao hoje deputado Laerte Bessa. Casos es- ses que resgatam a memória da sociedade brasiliense e são contados em detalhes no livro “Dossiê Bessa”, lançado em 2010, de autoria de Marcos Linhares. Por Rafael Secunho Assessoria de Comunicação – Deputado Laerte Bessa (61) 3215 5340 28 29SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 16. P restar atenção na respiração, na forma como se inspira o ar, mas também quando se expira, mantendo a mente mais “calma” (com menos caos de pensamentos) é algo que todos já ouviram falar que faz bem, mas quanto bem realmente faz? Segundo Dr Fábio Cardoso clínico geral especialista em medicina funcional são tantos os benefícios do ato de praticar a meditação regularmente que se ela fosse um remédio seria com certeza o mais prescrito no mundo. Regeneração cerebral, ajuda na recuperação de doenças, melhora dos sintomas da ansiedade com as técnicas de respiração, capacidade de disciplinar a mente e melhora do foco, são apenas alguns dos muitos ganhos que essa prática nos trás segundo o doutor. Mas o que é meditação? Enquanto muitas pessoas ainda associam a me- ditação com a arte de “pensar em nada”, na verdade o que ocorre é exatamente o oposto, de acordo com o Dr. Craig Hassed, palestrante sênior na Monash Medical Faculty. “Todas as práticas de meditação envolvem o treinamento da atenção, mas também o treinamento da atitude de aceitação e não reatividade, bem como atenção com a respiração e o corpo”, ele nos explica. Então, como o Dr. Fábio ressalta, ao invés de pensar em nada, a prática real da meditação diz res- peito a reconhecer adequadamente todos os nossos pensamentos, treinar nosso cérebro para sair de sua definição padrão de deixar a vida passar. E se você praticar a meditação regularmente, os pesquisadores acreditam que ela pode ter efeitos maravilhosos em seu cérebro. Há mais de 5 décadas a comunidade científica ocidental reúne dados sobre os benefícios da prática de meditar, e o melhor: você não precisa ser um monge budista para aproveitar estas vantagens. E dá para colocar sim a prática no teu dia a dia. Dentre as vantagens que surgem da prática re- gular da meditação e com boa comprovação científica Dr. Fábio destaca: Fábio cardoso Meditaçãoe seus benefíciosRedução do estresse, aumento do bem estar, estímulo da criatividade, fortalecimento de sistema nervoso e imunológico, saiba quais são os inúmeros benefícios dessa pratica para nossa saúde Publicado no prestigiado jornal Cancer desco- briu que a meditação foi capaz de alterar fisicamente as células de sobreviventes de câncer de mama. O projeto realizado no Tom Baker Cancer Center, no Canadá, notou que técnicas de redução de estresse e ioga deram sequência ao tratamento “tradicional” da doença. Na pesquisa, os 88 participantes convidados tinham em média 55 anos. Eles eram sobreviventes de câncer de mama – com até dois de pós-tratamento – e continuavam sentindo problemas emocionais. Analisados por 12 semanas, essas pessoas foram divididas em grupos. DD redução do estresse e ansiedade DD aumento de satisfação e melhor desempenho no ambiente de trabalho; DD diminuição da insônia e depressão; DD aumento de bem-estar e autoestima; DD estímulo da criatividade, inteligência e memória; DD fortalecimento do sistema nervoso e imunológico; DD redução da pressão arterial e de dores de cabeça; DD diminuição do consumo do tabaco, do álcool e de drogas ilícitas. DD Mas existem cada vez mais indícios científicos que a meditação pode ser uma ferramenta muito interessante para gerar longevidade com qualidade. Vejamos algumas pesquisas mais recentes:  DD Integridade do DNA O primeiro teve que passar por encontros semanais de 90 minutos com professores de Hatha ioga. Além disso, os participantes também tinham que praticar durante 45 minutos diários em casa. Já a segunda equipe passou por discussões semanais sobre os seus sentimentos; recebendo inclusive um workshop sobre técnicas de redução de estresse. En- quanto isso, um terceiro grupo serviu de “controle”. Depois que analisaram as amostras de sangues dos dois grupos, o estudo achou diferenças bem inte- ressantes. Nós já sabíamos que intervenções psicoló- gicas como meditação eram capazes de ajudar as pes- soas mentalmente. Mas, pela primeira vez, nós temos evidência de que esses fatores podem influenciar no aspecto biológico. Com o fim do estudo os pesquisadores no- taram que os grupos que passaram pelos encontros tiveram seus telômeros preservados. O que isso sig- nifica? Dr Fábio Cardoso explica que os telômeros são protetores das proteínas existentes nas células, e de forma prática, preservam a integridade de nosso código genético – DNA. Com o tempo, elas podem se desgastar e com isso trazer consequências ruins para a saúde das pessoas, como doenças e até mesmo câncer. Foi surpreendente saber que os telômeros dos participantes não foram modificados/desgastados como os do grupo de controle. Para quantificar todos os benefícios, ainda há muita pesquisa para ser feita. IMUNIDADE Quem meditatem as defe- sas do organismo ampliadas e con- segue lidar melhor com oestresse, concluiu um estudo realizado na Universidade da Califórnia, EUA. Isso acontece porque durante a prática da meditação a enzima te- lomerase (ligada ao sistema imuno- lógico) tem sua ação intensificada. Essa condição auxilia à promover a longevidade nas células. Para chegar a essa conclu- são, foram analisados 60 pessoas durante três meses. Trinta delas praticaram a meditação e as outras trinta, não. As taxas da telomerase se mostraram cerca de 30% mais elevadas naquelas que meditavam. Foram esses pacientes que apre- sentaram, ainda, um aumento na capacidade psíquica, como melhora na percepção de controle e aten- ção, além de diminuição da neuro- se ou de emoções negativas. NEUROPLASTICIDADE Outro estudo Publicado em janeiro deste ano na revista Psychiatry Research: Neuroimaging, anali- sou 16 pessoas, com idade entre 25 e 55 anos, que participavam do Mindfulness-Based Stress Reduction (MBSR), o programa de treinamento desenvolvido há mais de 30 anos por Jon Kabat-Zinn, professor de medicina e diretor fundador da Clínica de Redução do Estresse e do Centro de Atenção Plena em Medicina da Universidade de Massachusetts. Em oito encontros semanais, os participantes do programa aprendem exercícios de meditação des- tinados a desenvolver as habilidades da atenção plena - a consciência ampla e tolerante dos pensamentos, dos sentimentos, das sensações corporais e do am- biente ao redor. Cabe a eles praticar esses exercícios no intervalo entre os encontros. A equipe do estudo examinou o cérebro de cada participante do MBSR duas semanas antes e logo depois do programa de oito semanas, comparandoo com os dos integrantes de um grupo de controle que não havia recebido o treinamento. Os que foram trei- nados - nenhum dos quais tinha experiência prévia na área - contaram que haviam dedicado pouco menos de meia hora por dia a essa meditação doméstica. Nos exames realizados no fim do programa, o cérebro dos não treinados não apresentou altera- ções. Já no dos praticantes, a massa cinzenta mos- trou-se bem mais espessa do que era antes, em várias regiões. Uma delas é o hipocampo, cujas atividades têm relação com a aprendizagem, a memória e a re- gulação das emoções. Estudos anteriores já haviam mostrado que muitas pacientes de depressão e transtorno de estres- se pós-traumático (TEPT) apresentam pouca massa cinzenta no hipocampo. Outras diferenças substan- ciais foram notadas no cerebelo (região relacionada à regulação das emoções), na junção têmporo-parie- tal e no córtex cingulado posterior do cérebro dos meditadores (áreas ligadas à empatia e à assunção da perspectiva de outra pessoa). Para a principal autora da pesquisa, Britta Hölzel - pesquisadora do Massachusetts General Hospital e da Universidade de Geissen, na Alemanha -, essas altera- ções podem indicar que a meditação aprimora a capaci- dade de regular as emoções, controlar os níveis de es- tresse e sentir empatia por outras pessoas. “Acho que o que é realmente positivo e promissor sobre esse estudo é que ele sugere que nosso bem-estar está em nossas mãos”, afirma ela. Britta também comentou a evidência, reforçada por seu trabalho, da “plasticidade” do cére- bro, pela qual ele pode mudar de forma com o tempo: “O que eu considero fascinante é que apenas prestar atenção de um modo diferente e estar mais consciente podem ter um impacto capaz de mudar a vida. 30 31SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 17. Esclerose múltipla: iniciativa global busca melhorar assistência a pacientes Genzyme apresenta a pesquisa com pessoas que convivem com a Esclerose Múltipla Recorrente (EMR) e cuidadores que visa a descobrir os desafios não falados da doença A Genzyme, uma empresa do Grupo Sanofi, anunciou ontem (5) a “vs.MS”, uma nova iniciativa global projetada para conscientizar sobre a carga emocional e física, muitas vezes não falada, provocada pela esclerose múltipla recorrente (EMR) em pessoas que convivem com a doença e seus cuidadores. Para melhor entender o tema, a companhia realizou uma pesquisa global entre mais que 1.500 pessoas que convivem com a EMR e seus cuidadores em sete países. Um conjunto de dados inicial, oriundo da pesquisa global, será compartilhado pela primeira vez durante o 31º Congresso do Comitê Europeu para o Tratamento e Pesquisas sobre a Esclerose Múltipla (ECTRIMS), a ser realizado de quarta a sábado (7 a 10/10), em Barcelona, Espanha.   “Como parte de nosso compro- misso permanente de ajudar a melhorar a vida das pessoas que convivem com a EM, temos orgulho em apresentar essa nova iniciativa global em colaboração com os pacientes e cuidadores”, disse a chefe de EM Medical Affairs da Genzyme, Darle- ne Jody. “Nós acreditamos que, quanto mais sabemos, mais podemos fazer. As des- cobertas feitas por meio da vs. MSvão ajudar a esclarecer qual o prejuízo físico e emo- cional passível de ser exer- cido pela EMR. Com isso, poderemos nos antecipar e desenvolver programas de cuidados que poderão ajudar a incentivar cuidados melhores e mais intera- tivos.” Durante o ECTRIMS, a Genzyme reunirá líde- res de toda a comunidade da EM, como pacientes, profissionais de saúde especializados na doença e gru- pos de defesa, para examinar todos os resultados da pesquisa e começar a desenvolver um programa que será, posteriormente, apresentado a todos. A PESQUISA Os dados da pesquisa global vs.MS permitirão vislumbrar o impacto que a doença poderá ter sobre vários aspectos da vida diária de pessoas que convivem com a EMR. Para metade das pessoas interrogadas, por exemplo, a capacidade para progredir em suas carreiras piorou depois de diagnosticadas com a EMR, e 40% estão preocupadas sobre a possibilidade de perder o emprego. A pesquisa vs. MS também revela o efeito da EMR sobre o bem-estar emocional tanto dos portadores da doença como de seus cuidadores. Mais da metade dos participantes da enquete que convivem com a EMR se sentem solitários ou isolados por causa da doença, enquanto mais de 50% dos cuidadores não falam de seus receios quanto ao avanço dela, para evitar aborrecer a pessoa de que cuidam.  “Os resultados dessa pesquisa global oferecem uma visão única das reali- dades da EM recorrente, incluindo os desafios que as pessoas que convivem com a doença e seus cuidado- res enfrentam todos os dias”, disse o dr. Barry Singer, M.D., diretor do Centro para Inovações nos Cuida- dos da EM no Missouri Baptist Medical Center em St. Louis, Missouri, e membro do comitê de direção da vs.MS. “Esperamos que as percepções quanto às lutas diárias daqueles que convivem com a EM resul- tem na melhor gestão da doença.” A pesquisa online vs.MS foi levada a mais que 1.500 pessoas em sete países, entre pacientes e cuidadores. O estudo foi desenvolvido com a colaboração e orientação de um comitê de direção formado por neurologistas especializados e renomados globalmente, e tratou de assuntos como progressão e incapacidade; desafios cognitivos; questões de relacionamentos e intimidade; ônus emocional; fadiga e sensibilidade; desafios da bexiga e do intestino, e impacto da EM sobre carreiras. Para apresentar os resultados iniciais da vs. MS  no ECTRIMS, a Genzyme está organizando uma experiência interativa digital em seu estande no evento, bem como compartilhando os resultados via Twitter,  @GenzymeCorp. Para cada indivíduo que participar da experiência interativa digital e para cada repetição no Twitter que incluir a hashtag #vsMS da campanha, a empresa doará € 5,00 à Federação Internacional da Esclerose Múltipla (MSIF) para apoiar os esforços da organização na área da pesquisa. Nos próximos meses, a Genzyme vai revelar todo o conjunto de dados da pesquisa e incentivar mudanças de conduta e atitudes, num esforço para promover melhores resultados para aqueles que são afetados pela doença, tornando-se parceira da comu- nidade dos portadores da EM. Sobre a Sanofi A Sanofi, líder global na área da saúde, descobre, desenvolve e distribui soluções terapêuticas focadas nas necessidades dos pacientes. Os pon- tos fortes centrais da empresa estão no campo da assistência médica, baseado em sete plataformas de crescimento: soluções para a diabetes, vacinas humanas, drogas inovadoras, assistência médica para consumi- dores, mercados emergentes, saúde animal e a nova Genzyme. A Sanofi está cotada em Paris (EURONEXT: SAN) e em Nova York (NYSE: SNY). SOBRE A GENZYME, UMA EMPRESA DO GRUPO SANOFI Há mais de 30 anos, a Genzyme é pionei- ra em pesquisar, descobrir e proporcionar terapias transformadoras a pacientes com necessidades mé- dicas raras e debilitantes. Nossos alvos são alcança- dos por meio de pesquisas de classe mundial e com paixão e comprometimento de nossos colaborado- res. Com foco em doenças raras e esclerose múlti- pla, nos dedicamos a causar um impacto positivo na vida dos pacientes e familiares aos quais servimos. Esse objetivo nos guia e inspira todos os dias. Seu portfólio de terapias transformadoras é comerciali- zado ao redor do mundo e representa avanços ino- vadores na medicina para a salvar vidas. A Genzy- me, uma empresa do Grupo Sanofi, se beneficia do alcance e dos recursos de uma das maiores com- panhias farmacêuticas do mundo, compartilhando o compromisso de melhorar a vida dos pacientes. Veja mais:www.genzyme.com.   Genzyme®  é marca registrada da Genzyme Cor- poration. Todos os direitos reservados. Release adaptado do original em inglês. 32 33SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 18. Eventos que agitaram BrasíliaOswaldo Rocha mundovip@terra.com.br oswaldorochamundovip@terra.com.br Cel.: 9977-7999 / 33661696 “Depois que uma palavra sai da sua boca,você não pode engoli-la de novo” “Não há uma boa resposta para uma pergunta estúpida” Provérbios Russos Aentrega de premiações do XXV Prêmio Upis de Turismo, foi regada de muita emoção e animação. A solenidade aconteceu na noite da última quarta-feira (30), no auditório da Faculdade Upis (União Pioneira de Integração Social) - localizada na SEPS 712/912, Conj. A – Asa Sul – DF. O evento foi conduzido pelo apresentador e jornalista Antônio de Castro, da Rede Globo. E anima- do pelas bandas: Doppler Effect e Babado Novo. Neste ano foram escolhidos 11 agraciados, dentre eles, 8 escolhidos por um júri especializado, e que foram revelados somente durante o evento. E 3 escolhidos por votação popular no site da faculdade. Os agraciados foram: Empresa Teresa Pe- rez Tours pelo excelente trabalho prestado aos seus clientes. Hotel Saint Andrews, escolhido por ser o mais exclusivo do Brasil. Empresário José Eduardo Guinle, escolhido por ser um dos maiores empreen- dedores do meio turístico. Jornalista Oswaldo Ro- cha, pela dedicação e divulgação do turismo brasilei- ro. Jornalista José Osório Naves, pela dedicação e divulgação do turismo brasileiro. Jaime Recena, por seu empreendedorismo turístico. Aluna de Turismo da Upis – Cristina Pinto de Mesquita, pelo melhor Trabalho de Conclusão de Curso. Professor da Upis – Lúcio Carlos de Carvalho Santos, pela dedica- ção ao ensino na instituição. E na votação popular, o site Decolar.com foi escolhido como o melhor site de vendas de pacotes turísticos do Brasil. O Aeropor- Emoção e animação marcaram a solenidade do XXV Prêmio Upis de Turismo to São Gonçalo do Amarante foi escolhido como o melhor aeroporto brasileiro. E o título de templo turísti- co mais visitado de Brasília ficou com a Catedral Baleia. A solenidade contou com a presença de autoridades, personalida- des do meio turístico, convidados, diretores da insti- tuição, coordenadores de curso, professores, alunos e colaboradores da Upis. O Prêmio Upis de Turismo é a premiação mais importante do segmento turístico do Distrito Federal. Criado em 1991 com o intuito de homenagear perso- nalidades e empresas que contribuem para o desen- volvimento do turismo brasileiro. Em 25 anos de pre- miação, diversas instituições tiveram seus trabalhos reconhecidos, além de profissionais de destaque na capital federal, e contou com a presença de autori- dades, personalidades do meio turístico, convidados, diretores da instituição, coordenadores de curso, pro- fessores, alunos e colaboradores. A UPIS foi fundada em 5 de Dezembro de 1971 e é uma das instituições mais tradicionais de Ensino Superior do DF. Seu curso de graduação em Turismo foi o primeiro a ser implantado na região Centro-Oes- te e o segundo no Brasil. Por investir constantemente em estrutura e no aperfeiçoamento técnico e cientí- fico, alcançou o reconhecimento com a Certificação Internacional de Qualidade ISO 9001, para os cursos de graduação e pós-graduação. Diferencial que garan- te aos alunos a qualidade reconhecida internacional- mente e abre oportunidades no mercado de trabalho. Um livro sobre gastronomia, mas também sobre arte, comportamento, cultura, turismo, educação, saúde, negócios , ciência, música e algo mais. Com a simplicidade a autoridade de quem sabe muito sobre o que escreve. Valéria Vieira lançou “Tempero do Mundo” no Piantas Bistrô 34 35SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015
  • 19. Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Lélio Braga Calhau R econhecer que se está em situação de endividamento não é fácil. Tudo que é ruim nos causa dor. É tão fácil hoje usar as linhas de crédito mais caras, como cartão de crédito e cheque- especial, que tendemos a achar que está “tudo sob controle”, mesmo quando temos dívidas que nunca terminam. Um recente curso organizado pelo PROCON carioca promoveu a capacitação de consumidor no to- cante à sua educação financeira. O evento está disponível gratuitamente no canal da instituição no Youtube e recomendamos acompanharem as interessantes publicações. Um dos momentos que me chamou a atenção nesse evento foi o testemunho de um consumidor, sobre um detalhe que poucas pes- soas refletem no seu dia a dia, mas que é essencial para não se perder o controle financeiro. As pessoas, muitas vezes, não sabem se adequar a um novo mo- mento financeiro negativo, causado por uma demis- são, aumento de despesas, doença, ou qualquer ou- tro motivo. Quando há uma queda brusca na receita, no geral, as pessoas não adotam medidas rápidas e com a mesma proporcionalidade para se adequar ao novo momento. Ou seja, caiu 15% a receita, deve se redu- zir imediatamente 15% o padrão de consumo. Quan- do isso acontece, muitas vezes, o consumidor fica tentado a achar que o problema não é grave. Ele usa, então, o cartão de crédito para empurrar o problema para a frente. Depois, a dívida acaba se tornando uma “bola de neve” e fica difícil de ser paga. Ou seja, quando há uma queda brusca de re- ceita, as pessoas não baixam imediatamente o seu padrão de consumo de forma proporcional a essa queda. Então, as pessoas acabam utilizando as “faci- lidades” de linhas de crédito mais caras e não conse- guem sair das dívidas depois. Em pouco tempo, estão superendividadas e daí para a insolvência, quando não possuem reservas, é um perigo muito próximo. Fique atento a esse detalhe. Você é o geren- te do seu equilíbrio financeiro. Converse com toda família sobre uma eventual perda de poder aquisiti- vo e incentive a cooperação de todos para um novo momento. Quando a situação melhorar e houver a respectiva “reserva de emergência “, todos se bene- ficiarão novamente. Haja rápido, quando houver ne- cessidade, e não deixe o endividamento crescer e te pegar de surpresa. Seu bolso agradecerá! Crise:perda de receita exige redução no padrão de consumo Lélio Braga Calhau Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Di- reito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ e Coordenador do site e do Podcast “Educação Financeira para Todos”. Lélio Braga Calhau, Promo- tor de Justiça do Consumidor no Ministério Público de Minas Gerais, o Portal Educação Financeira Para Todos promove conteúdo gratuito sobre planejamento financeiro. Sua missão é conscientizar os consumidores brasileiros através de artigos, cases, vídeos e reflexões sobre gastos sem planejamento. Luiz Gonzaga Bertelli Presidente do Conselho de Administração do CIEE/SP, presidente doConselho Diretor do CIEE Nacional, Presidente da Academia Paulista de História – APH e Diretor e Conselheiroda FIESP-CIESP E m 1827, no dia 15 de outubro, D. Pedro I outorgava a primeira lei geral relativa ao ensino elementar no Brasil. A norma determinava a construção de escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares populosos do Império. Foi apenas em 1963 que um decreto federal, no governo João Goulart, criou oficialmente o Dia do Professor, remissão à data da primeira lei que instituía a educação pública no país. Profissional fundamental para a construção do conhecimento, o professor transmite informações, conceitos e ideias, e é responsável pela formação de cidadãos mais conscientes. Infelizmente, nas últimas décadas, a profissão vem sendo desvalorizada, prin- cipalmente pelos salários baixos praticados pelo mer- cado. O efeito disso é a baixa procura por carreiras de licenciatura ou pedagogia, com concorrência baixa nos exames vestibulares, em relação às carreiras mais valorizadas como direito, medicina e engenharias. Para valorizar o educador, o CIEE criou, em 1997, o prê- mio Professor Eméri- to –Troféu Guerreiro da Educação, que ho- menageia personalida- des que se destacaram no campo da educação. A antro- póloga Ruth Cardoso foi a pri- meira laureada. Fazem parte da galeria de professores eméritos nesses últimos 19 anos, educa- dores como Miguel Reale, Adib Jatene, Ives Gandra Martins, Evanil- do Bechara, Antonio Candido e Paulo Vanzolini, entre outros. Guerreiro da educação Neste ano, o homenageado é o advogado e cientista político Celso Lafer, ex-ministro de Desen- volvimento, Indústria e Comércio e das Relações Ex- teriores, nos governos Collor e Fernando Henrique Cardoso. Lafer ministrou aulas para a graduação e pós-graduação no curso de direito da Universidade de São Paulo (USP) por 40 anos, nas disciplinas de direito internacional e filosofia do direito, da qual foi professor titular, substituindo Miguel Reale. Imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), Lafer tam- bém teve papel destacado em organismos internacio- nais, como embaixador nas Nações Unidas e presi- dente do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). Uma homenagem mais que merecida para um intelectual que se dedicou à formação de várias ge- rações de advogados que nutrem por ele um imenso carinho e devoção. 36 37SET/OUT - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos SET/OUT - 2015