O documento discute o papel importante das instituições de pesquisa no sucesso do agronegócio em São Paulo, com foco na região de Campinas. Apresenta dados sobre investimentos do governo em pesquisa agrícola por meio de agências como a Apta e destaca o retorno econômico desses investimentos. Também ressalta a liderança de São Paulo na produção científica da América Latina no setor.
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Institutos de pesquisa são pilares
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O
s institutos de
pesquisa são um dos
pilares do sucesso do
agronegócio em São
Paulo. A região de
Campinas concentra
importantes centros
como o Instituto
Agronômico de Campinas
(IAC), a Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral
(Cati), o Instituto de
Tecnologia de Alimentos
(Ital), o Instituto Biológico, o
Instituto de Zootecnia (IZ) e
as unidades da Empresa
Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa)
Informática,
Monitoramento por Satélite
e Meio Ambiente. O
conjunto de unidades
transforma a região em um
importante polo de
desenvolvimento de
tecnologia para a
agricultura.
O coordenador da
Agência Paulista de
Tecnologias de
Agronegócios (Apta),
Orlando Melo de Castro,
afirma que o órgão
administra 34 unidades
regionais, oito centros
avançados fora das sedes e
24 centros de pesquisa nas
sedes. "A área de pesquisa
tem 16.600 hectares. Temos
uma estrutura com 606
pesquisadores científicos e
1.078 profissionais de
serviços de apoio", detalha.
Ele discorreu no Fórum
sobre “Estado d’arte e
potencialidade de
investimentos em pesquisas
na agricultura e na pecuária:
presença do Estado e da
iniciativa privada”.
Ele comenta que São
Paulo tem ainda um suporte
das universidades como a
Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), a
Universidade Estadual
Paulista (Unesp), a Escola
Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz (Esalq) e as
unidades da Faculdade de
Tecnologia (Fatec). "Temos
ainda o Instituto de Pesca e
cinco unidades da Embrapa.
Três unidades estão
instaladas na região de
Campinas", destaca.
Castro diz que foram
investidos entre os anos de
1981 a 2013 pela Fundação
de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo
(Fapesp), Apta e Embrapa
um total de R$ 417,81
milhões. "Os investimentos
públicos em educação
superior no Estado de São
Paulo no mesmo período
somaram R$ 415,36
milhões. Os investimentos
em extensão rural e
assistência técnica
realizados pela Cati, de 1981
a 2013, chegaram a R$ 302,1
milhões", relata.
O coordenador da Apta
comenta que o retorno
econômico dos
investimentos públicos em
pessoas na agropecuária
paulista é igual a países
como os Estados Unidos. “O
retorno econômico dos
investimento em capital
humano na agropecuária
paulista é semelhante ao
obtido em países como os
Estados Unidos, onde cada
dólar investido no setor
agrícola gerou, no passado,
um aumento no
faturamento equivalente a
US$ 13,00”, compara.
Ele diz que a pesquisa é
uma importante ferramenta
para garantir mais
produtividade no campo. "A
partir de 1994, o ganho de
produtividade no Estado de
São Paulo foi de 3,18% ao
ano. Dessa forma, usando a
mesma quantidade de
insumos, o setor conseguiu
produzir mais em razão da
combinação de fatores,
como os investimentos
públicos em pesquisa,
ensino superior e extensão
rural", afirma.
Castro salienta que o
investimento em pesquisa e
desenvolvimento na
agricultura representou
1,51% do total do Produto
Interno Bruto (PIB) da
agropecuária em 2012. "O
volume aumentou em
relação ao ano 2000, mas
ainda estamos abaixo de
outros países dos Brics,
como China e Índia",
aponta. Ele comenta que o
dispêndio em pesquisa e
desenvolvimento (P&D) no
Estado de São Paulo em
2012 em relação ao PIB foi
de 1,62%.
O coordenador da Apta
observa que o Estado de São
Paulo tem a maior produção
científica da América Latina.
"Metade dos artigos de
autores em revistas
científicas internacionais é
de São Paulo", aponta.
Castro informa que, no ano
passado, os recursos da
iniciativa privada
representaram 21% no total
do orçamento da agência.
Ele informa ainda que a
arrecadação da agência com
projetos e parcerias com a
iniciativa privada cresceu
muito nos últimos anos. Os
recursos são provenientes
de projetos e também de
bens e serviços. "Em termos
de projetos, o valor saltou
de R$ 34,62 milhões em
2010 para R$ 50,25 milhões
no ano passado. Em bens e
serviços, o valor subiu de R$
2,43 milhões para R$ 14,10
milhões", detalha.
Coordenador da Agência Paulista
de Tecnologias de Agronegócios
(Apta)
Instituições
respondem
atualmente por
boa parte do
sucesso do
setor no Estado
de São Paulo
ORLANDO MELO DE CASTRO
Institutos de pesquisas são pilares
Instituto Agronômico,
Embrapa (abaixo) e o
coordenador da Apta,
Orlando Melo de Castro
(última foto)
"O investimento
em pesquisa
permite produzir
mais em uma
área menor"
é o retorno econômico da Apta
no período de 2014 a 2015,
com base na análise de 48
tecnologias desenvolvidas pela
agência e adotadas pelo setor
de produção
é o retorno da Apta para a
sociedade para cada R$ 1,00
investido na agência
BILHÕES DE REAIS
REAIS
E4 CORREIO POPULAR FÓRUM RAC 2017
Campinas, terça-feira, 3 de outubro de 2017