O diretor-geral do Instituto Agronômico de Campinas desenha uma nova gestão para melhorar a imagem institucional, com foco no orçamento e metas de pesquisa disponíveis online. Apesar de reconhecida internacionalmente, a instituição enfrenta redução no orçamento e falta de pesquisadores, sendo este o maior gargalo.
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Uma nova gestão em construção para o instituto
1. Uma nova gestão em construção para o
instituto
Por De Campinas
Hamilton Ramos, diretor-geral do IAC: melhora
da imagem institucional
Fundado por D. Pedro II, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) foi inaugurado em
1887 com a denominação de "Imperial Estação Agronômica de Campinas". Surgiu para
dar suporte à cafeicultura, mas atualmente se dedica a várias frentes. Foram
estabelecidos cinco programas prioritários de pesquisa: bioenergia, segurança alimentar,
sustentabilidade, mudanças climáticas e produtos inovadores.
O diretor-geral do IAC, Hamilton Humberto Ramos, que assumiu o cargo há um ano e
meio, desenha uma nova gestão. O orçamento da instituição na internet deverá estar
disponível até o fim deste ano. Além do orçamento, o foco também está na gestão em
pesquisa, cujas metas já podem ser acompanhadas online.
Com qualidade científica reconhecida internacionalmente, o IAC tem de melhorar sua
imagem institucional, segundo Ramos. Ao longo desses 125 anos de atividades, o
instituto desenvolveu 900 variedades de 66 espécies de plantas. O feijão mais
consumido no país - o carioca- é resultado de pesquisas do IAC e variedades de
mandioca do órgão ocupam cerca de 80% das lavouras em São Paulo e Minas, entre
outras conquistas.
O orçamento não constitui o principal problema para a instituição, conforme o diretor-
geral. Segundo ele, de 2007 a 2011 houve um aumento de 53% do volume de recursos
estaduais para o IAC, a maior instituição da Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios).
Mas, de 2011 para 2012, houve redução de R$ 5,85 milhões para R$ 4,85 milhões, sem
considerar gastos com pessoal. A iniciativa privada e fundações contribuíram com R$
16,18 milhões este ano, ante R$ 16,41 milhões em 2011. Somando com a verba das
agências de fomento, como CNPQ, Fapesp, e com o fundo constituído por meio da
comercialização de sementes, o orçamento para este ano é estimado em R$ 29,54
milhões, queda de 2,8% sobre 2011. Para as despesas com pessoal, o Estado arca com
cerca de R$ 30 milhões ao ano.