Muitas práticas antibíblicas, mundanas e diabólicas têm sido colocadas sorrateiramente dentro da Igreja. O inimigo tem conseguido, infelizmente, semear o joio das heresias dentro da Congregação dos santos. Mas, não podemos compactuar ou aceitar determinadas condutas anticristãs e alheias ao Evangelho de Cristo. Se determinadas pessoas praticam ou adotam posturas que não se coadunam com A Palavra de Deus, isso de forma alguma, significa que a Bíblia mudou. Os "cristãos" é que mudam, mas a Palavra de Deus permanece para sempre e ela não pode ser anulada (Isaías 40.8 e João 10.35).
1. INOVAÇÕESEMODISMOS DENTRO DA IGREJA
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INOVAÇÕES E MODISMOS DENTRO DA IGREJA
“E puseram a arca de Deus em um carro novo e a levaram da casa de Abinadabe, que está
em Ceba; e Uzá e Aio, filhos deAbinadabe, guiavam o carro novo” (2 Sm 6.3).
O mundo pós-moderno é pleno de inovações. Mas a Igreja de Cristo não precisa de
novidades, e sim, de constante renovação no Espírito Santo.
Estetema é algo que estamos vivenciando, de maneira tímida em alguns lugares e de forma
mais ousada em outros, não obstante, é necessário abordá-lo com embasamento bíblico. A
igreja não pode viver de inovações e modismos, mas precisa ser alimentada pela verdadeira
Palavra de Deus. Os modismos - como o próprio nome indica - vêm e passam, mas a Palavra
do Senhor dura para sempre (Lc 21.33; Jo 6.68; 17.77; Fp 2.16).
Modismo: Aquilo que é transitório e está em moda, tendo, portanto, caráter passageiro.
Os modismos e desvios doutrinários constituem grandes desafios para a igreja destes
últimos dias, por contrariarem os princípios doutrinários esposados nas Sagradas Escrituras.
É dever de todo crente sincero e temente a Deus, preservar a sã doutrina.
INOVAÇÕES E MODISMOS MINISTERIAIS
1. A síndrome do “carro novo” (2 Sm 6.1-3). Ao trazer a Arca do Senhor para Jerusalém,
Davi não atentou para um detalhe importante: nada poderia ser modificado ou inovado em
relação ao modo de lidar com aquele objeto sagrado. A despeito disso, a Arca foi colocada
sobre um carro de bois em vez de ser conduzida nos ombros dos sacerdotes. Por que essa
atitude, aparentemente normal, não teve a aprovação de Deus?
a) A Arca fora conduzida por pessoas não autorizadas. Os que transportavam a Arca do
Senhor não eram divinamente chamados para esse ofício (Números 1.47-52; 4.1-49).
Eleazar, filho de Abinadabe, é que havia sido separado para esse ministério (1 Samuel 7.1b).
b) A Arca fora conduzida de forma errada. De acordo com a orientação divina, a Arca
deveria ser transportada pelos levitas (Êxodo 25.14; Deuteronômio 31.25; Josué 3.3), e não
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por meio de carros puxados por bois. Aquele carro de bois não deveria fazer parte do cortejo
sagrado (2 Samuel 6.6,7).
2. O ministério modernizado. Hoje, em muitos lugares, há aqueles que pregam o
evangelho, utilizando-se de “carros de bois”, inserindo inovações e modismos contrários
aos ensinos da Palavra de Deus. Tais pessoas têm até boas intenções. Todavia, o que elas
realmente desejam é adequar o evangelho à cultura secular. Às vezes, não percebem que
estão misturando o sagrado com o profano. E quando acontece essa mistura os resultados
são trágicos (Ezequiel 22.26; Levítico 10.10).
Devemos obedecer aos mandamentos das Escrituras de modo irrestrito, sem as muletas da
inovação e dos modismos modernos.
O episódio da transferência da Arca apresenta-nos duas advertências: o perigo de querer
fazer as coisas sagradas conforme os modismos e o perigo da modernização ministerial.
INOVAÇÕES LITÚRGICAS
Nos modismos temos vislumbrado os artistas de palco, com suas piadas engraçadas, seus
pulos, gestos e gritos que mais parecem palhaços do que pregadores do evangelho. As
cantoras e cantores com suas músicas e trajes sensuais passaram a ter papel primordial em
nossos púlpitos e assim ao invés de ouvirmos DEUS falando conosco, assistimos
verdadeiros shows, e nada baratos de se pagar, pois a sacola e o envelope correm
insistentemente pelos corredores, quase sempre lotados, dos templos
2. O evangelho do entretenimento. O evangelho de Cristo não é entretenimento carnal,
mas o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Romanos 1.16). O “evangelho
do entretenimento” exalta o homem e não a Deus. Prega-se o evangelho, mas sem as suas
exigências; ensina a graça, mas sem a cruz de Cristo (Salmo 93.5). Prega-se para agradar
aos homens. Observe o que Paulo disse:
“Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se
estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.”
(Galatas 1.10)
“Mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim
falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações.
Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um pretexto
de avareza; Deus é testemunha;
E não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que podíamos, como
apóstolos de Cristo, ser-vos pesados;”
(1 Tessalonicenses 2:4-6)
SE ESTIVESSE AINDA AGRADANDO AOS HOMENS. Ninguém pode ser um autêntico
ministro do evangelho e, ao mesmo tempo, procurar agradar aos outros transigindo nas
verdades do evangelho (cf. 1 Coríntios 4.3-6). Paulo considerava que era seu dever falar
3. INOVAÇÕESEMODISMOS DENTRO DA IGREJA
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"não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso coração" (1
Tessalonicenses 2.4). Todos os crentes no evangelho de Cristo devem ter como alvo, assim
como Paulo o tinha, agradar a Deus, mesmo que isso importe em desagradar a alguém (cf.
Atos 5.29; Efésios 6.6; Colossenses 3.22).
2. A liturgia no culto a Deus. Através dos salmos de adoração a Deus aprendemos que a
liturgia deve ser reverente e santa. Assevera-nos o salmista: "Adorai ao Senhor na beleza
da santidade; tremei diante dele todos os moradores da terra" (Sl 96.9; 1Cônicas 16.29;
Salmo 29.2).
O culto deve ser oferecido a Deus de modo santo, reverente e consciente. Não é para o
entretenimento do homem, mas para adorar ao Senhor.
CONCLUINDO
É necessário discernir em que direção estamos caminhando. A Bíblia fala de dois caminhos,
o da bênção e o da maldição (Dt 11.26), e de duas portas, a estreita e a larga (Mt 7.13).
Cuidado com as inovações, pois o que a Igreja de Cristo realmente necessita é de uma
constante renovação no poder do Espírito Santo.
“Vento de Doutrinas. Muitas doutrinas e práticas, em nossos dias, têm surgido depois de
‘divinas’ visões e revelações, supostos arrebatamentos ao céu ou ao inferno - individuais ou
em grupo -, ‘quedas de poder’, contatos com anjos ou espíritos, além de outras experiências
no mínimo estranhas.
Há crentes hoje sendo ‘levados em roda por todo vento de doutrina’, porque não aprenderam
a guardar a Palavra de Deus acima de tudo (Ef 4.14). Em Marcos 16.17, está escrito: ‘E
estes sinais seguirão aos que crerem’. Porém, muitos têm agido como se Jesus tivesse dito:
‘E estes que crerem seguirão aos sinais’. Mas Paulo ensinou, em suas epístolas, que não
devemos ir além do que está escrito (1 Coríntios 4.6)”.
(ZIBORDI, C. S. Evangelhos que Paulo jamais pregaria. RJ: CPAD, 2006. p.25.)
O ser humano tem a propensão de aceitar toda e qualquer inovação. Tudo que foge a
normalidade - uma vez que não nos tire de nossa zona de conforto parece exercer atração
irrestrita. Infelizmente, até mesmo a Palavra de Deus é vilipendiada pela comunidade cristã
que, ávida por mudanças, acaba reproduzindo a dinâmica da sociedade consumista,
anticristã e ateísta.
Sejamos, porém, como os crentes de Beréia, recebendo a Palavra de Deus de boa vontade,
mas sem deixar de ser criteriosos (Atos 17.11). Pois, alguns sem conhecimento e outros de
forma premeditada a torcem, reservando para si a perdição (2 Pedro 3.16).