Uma pesquisa realizada com idosos brasileiros mostrou que a maioria se sente feliz e satisfeita com suas vidas, atribuindo nota 8 ou mais em um índice de felicidade. Os idosos se sentem otimistas sobre o futuro e acreditam que viverão até os 89 anos. Fatores como saúde, independência financeira e aproveitar o tempo com a família contribuem para a felicidade destas pessoas.
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Idosos atribuem nota oito em índice da Felicidade
1. Idosos atribuem nota oito em índice da
Felicidade criado pelo SPC Brasil
Em sua maioria, satisfeitos com o presente e otimistas com o futuro,
consumidores da terceira idade acreditam que vão viver até os 89 anos, mostra
levantamento
O “Felizômetro”, índice criado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)
e Meu Bolso Feliz para mensurar o grau de felicidade dos consumidores acima
dos 60 anos, mostra que a maioria das pessoas da terceira idade está satisfeita
com as atuais condições de vida. De acordo com o levantamento realizado com
631 idosos em todas as capitais brasileiras, sete em cada dez entrevistados
atribuem nota igual ou superior a oito na hora de expressar a satisfação com o
seu modo de vida.
Os resultados indicam que a sensação de felicidade varia entre os gêneros e
aumenta à medida que melhoram a condição social e o nível de educação
formal dos entrevistados. Entre as mulheres, o grau de plena satisfação atinge
81% da amostra e apresenta níveis mais avançados entre os que têm idade
entre 66 a 70 anos (83%), formação superior (83%) e pertencem as classes A
e B (85%).
Para esses consumidores, saúde e felicidade são questões inseparáveis. Para
um quarto da amostra (25%), estar em boas condições físicas e mentais
aparece como um dos fatores mais relevantes para aumentar as chances de
felicidade e 77% dos entrevistados consideram-se pessoas saudáveis.
“É claro que existem muitos idosos brasileiros em situação de vulnerabilidade,
enfrentando solidão, problemas de saúde ou dificuldades financeiras. No
entanto, a pesquisa desafia o senso comum e a imagem que se faz deles. Com
a melhora da expectativa de vida e os avanços da medicina, os idosos de hoje
já observam uma significativa evolução na qualidade de vida”, afirma o
educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.
IDOSOS ESPERAM VIVER 15 ANOS A MAIS
2. Os resultados da pesquisa também mostram que parte considerável dos
entrevistados prefere evitar rótulos. Para 15% dos consumidores acima dos 60
anos, não achar que se está na terceira idade é um dos fatores mais
importantes para sentir-se feliz. Outra constatação curiosa do levantamento é
que enquanto o IBGE estima em 81,6 anos a expectativa atual de vida da
população brasileira, os idosos entrevistados pelo estudo dão a si
mesmos uma expectativa maior: 89 anos de idade.
Encarar a vida de forma positiva é uma das características mais marcantes
desses consumidores. O estudo revela que a maioria dos entrevistados (62%)
acredita ser mais otimista hoje em dia do que no passado e 36% ficaram mais
vaidosos com o passar do tempo. “Com boa saúde e o otimismo em alta, as
perspectivas para o futuro também são melhores. Por isso que essa parcela da
população apresenta níveis tão elevados de satisfação e interessados em traçar
planos para o futuro e prontos para aproveitar esta etapa da vida”, explica a
economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
RAZÕES DA FELICIDADE
Além de estar com a saúde em dia, entre as condições necessárias à felicidade
a independência na hora de consumir (14,5%) foi uma das respostas mais
citadas pelos entrevistados, seguida pelo fato de não precisar de empréstimos
para adquirir coisas às quais os entrevistados não tinham acesso no passado
(13,9%) e poder gerir as próprias contas livremente (7,6%). Os entrevistados
indicam ainda que o caminho para a felicidade passa por desfrutar de uma
situação financeira melhor do que no tempo em que eram jovens (6,8%).
Aproveitar o tempo livre também parece ser importante. Entre as ações que
conduzem à uma vida mais feliz, atividades de lazer realizadas com muito mais
frequência respondem por 6,3%, na avaliação dos idosos entrevistados. Mas ao
mesmo tempo em que valorizam a diversão, os entrevistados mostram que os
rumos da vida profissional têm peso na consolidação da própria felicidade:
entre os fatores que podem deixar a vida mais feliz está o fato de ser uma
pessoa realizada profissionalmente (68%). Ter como prioridade aproveitar a
vida sem preocupações também está entre as condições que aumentam as
3. chances de atingir a felicidade (5,3%) segundo os idosos ouvidos pelo
levantamento.
DESEJOS DA TERCEIRA IDADE
Entre os principais planos e desejos para o futuro, mais da metade
(51%) dos consumidores da terceira idade afirma que pretende
aproveitar a vida junto de seus familiares e amigos. Em segundo lugar
aparece a vontade de ajudar os filhos, deixando-os bem financeiramente
(29%), enquanto que na terceira posição vem o desejo de viajar e conhecer
outros lugares do Brasil (23%).
“Com boa saúde e sentindo-se otimistas, felizes e dispostos, os consumidores
da terceira idade parecem estar prontos para aproveitar, de maneira intensa,
aquela que pode ser uma das melhores etapas de suas vidas. A pesquisa
identificou indivíduos cheios de planos e com vontade de desfrutar mais da
companhia de amigos e familiares. Um fato interessante é que os idosos
demonstram preocupação em ajudar seus filhos e parentes financeiramente,
mas ao mesmo tempo não abrem mão de investir em sua própria qualidade de
vida” afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Metodologia
Para criar o índice de Felicidade dos Idosos (Felizômetro), o SPC Brasil (Serviço
de Proteção ao Crédito) e o portal ‘Meu Bolso Feliz’ entrevistaram pessoalmente
631 pessoas acima dos 60 anos nas 27 capitais brasileiras. As variáveis
observadas para a criação do índice foram: percepção da saúde, independência
– seja para a gestão do orçamento ou consumo -, o não pertencimento ao
grupo da terceira idade, a condição financeira, lazer, a realização profissional e
vontade de aproveitar a vida.
Baixe a pesquisa na íntegra em
https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/pesquisas