2. Introdução
Negligência do intensivista em relação as experiências do
doente crítico, focados na correção das disfunções orgânicas.
Pacientes “a beira da morte”, incapazes de falar, despidos, sendo
submetidos a procedimentos sem orientações com relação a
técnica e a necessidade dos mesmos, tubos inseridos em
diferentes orifícios, contenção mecânica, alarmes sugestivos de
situação hostil e principalmente privados do direito de
permanecer próximo das pessoas de confiança, familiares.
3. Introdução
Esse comportamento do gestor dos cuidados e da
equipe acaba por prover péssimas memórias e
experiências aos pacientes e familiares.
Pode produzir como efeito colateral perda da
identidade, respeito, privacidade, atentado contra a
integridade e a honra do indivíduo.
4. Desumanização
A desumanização está relacionada a perda da identidade
do paciente, onde o indivíduo deixa de ser entendido
conforme sua cultura, personalidade, interesses e são
reduzidos a número do leito, suas doenças ou tratamento
que estão recebendo.
A perda de identidade também está relacionada a
padronização de uniformes, incapacidade de
comunicação, higiene precária, indisponibilidade de
próteses auditiva, dentária ou óculos.
O indivíduo perde a capacidade de advogar em causa
própria.
5. Desumanização
A equipe envolvida no cuidado muitas vezes não se
identifica, realizando avaliações diretamente no corpo
do paciente, invadindo a privacidade dos mesmos,
discutindo entre si termos técnicos sobre o caso, sem
estabelecer COMUNICAÇÃO com o principal sujeito
envolvido.
Pacientes com alteração do nível de consciência
submetidos a internação em UTI frequentemente
apresentam experiências traumáticas e o sentimento
de perda do controle de seus próprios corpos.
6. Desumanização
Demasiada carga de trabalho e burnout são os principais
motivadores para esse comportamento desumano.
A política de restrição das famílias promove a
desumanização e induz a sensação de controle da equipe
sobre o paciente.
Médicos que viveram a experiência de ser pacientes
internados em UTI, tendem a assimilar a importância da
presença de familiares, do estabelecimento de
comunicação efetiva, da necessidade de receber um
tratamento humanizado.
7.
8. Refletindo sobre a humanização a
beira leito
O único sujeito com poder de restringir a presença de
familiares deve ser o próprio paciente.
Visitas de familiares sem restrição estão
cientificamente associadas a diminuição de ansiedade,
tempo de internamento, agitação, satisfação do
paciente/família e mais segurança ao paciente.
10. Refletindo sobre a
humanização a beira leito
É altamente recomendado estabelecer comunicação,
conversa com pacientes de UTI, mesmo quando em
delirium, estado comatoso ou quando incapazes de
verbalizar.
É necessário identificação, realizar explicações com
relação ao quadro que o trouxe a UTI e intenção de
tratamento.
Essas estratégias estão associadas com menor tempo
de ventilação mecânica, menos delirium e uso de
sedativos.
11. Refletindo sobre a
humanização a beira leito
Medidas para minimizar os efeitos deletérios de alterações do nível de
consciência e imobilidade, incluindo utilizar menos sedação, estão
associadas com menor incidência de delirium e melhor status funcional
neuromuscular e psicológico no pós internamento.
12. Refletindo sobre a
humanização a beira leito
Possua interesse sobre seu paciente,
procure identificar medidas
individualizadas que possam trazer
conforto e bem estar para o doente.
É importante tomar atitudes
vislumbrando o bem estar do doente
no pós internamento para fornecer
uma experiência menos traumática.
13. A Grandeza não estabelecida
com base na posição que você
ocupa, mas no serviço que você
realiza.