3. Conteúdo: HISTÓRIAS MARAVILHOSAS.
Prof. Vanessa Cavalcante Disciplina: Redação Série: 6º ano
CRÔNICA: Pneu furado
O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De
pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma
moça muito bonita. Tão bonita que atrás parou outro carro e dele
desceu uma homem dizendo: “Pode deixar”. Ele trocarei o pneu.
- Você tem macaco? – Perguntou o homem.
- Não – Respondeu a moça.
- Vamos usar o meu – disse o homem – Você tem estepe?
- Não -disse a moça.
4. - É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.
- Coisa estranha.
- É uma compulsão. Sei lá.
Luís Fernando Veríssimo. Livro: Pai não entende nada, 1991.
E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça.
Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça
estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca aberta, vendo o
ônibus se afastar. Dali a pouco chegou o dono do carro.
- Puxa, você trocou o pneu do carro pra mim. Muito obrigado.
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1. Quais são os fatos principais que constituem o enredo dessa
narrativa?
6. R.:
Um carro estava parado no meio fio da rua com o
pneu furado.
Havia ali uma moça bonita que observava a situação
e o homem foi trocar o pneu furado achando que
estaria ajudando a moça,
mas de repente ela subiu no ônibus que havia
chegado e o verdadeiro dono do carro chegou sem
entender, mas agradeceu a gentileza.
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2. Em que flagrante da vida ou fato do cotidiano o narrador se
baseou para causar humor no leitor?
O homem trocou o pneu do carro por pensar que seria da moça
que estava na parada próximo dele.
Agora explique por que há também certa ironia nesta frase: “Tão
bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem
dizendo: “Pode deixar”.
O narrador sugere que o homem só fez essa gentileza
porque a moça era atraente e achar que o carro era dela.
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Releia o trecho a seguir
Tão bonita que atrás parou outro carro e dele desceu uma
homem dizendo: “Pode deixar”. Ele trocaria o pneu.
- Você tem macaco? – Perguntou o homem.
3. Nesse trecho são apresentadas três frases do homem que trocou
o pneu. Duas delas são apresentadas exatamente como ele as
falou e a outra é reproduzida pelo narrador. Que tipo de discurso
predomina no trecho? Justifique sua resposta.
Discurso direto, pois apresenta diálogos e possui o emprego dos
dois pontos e o uso dos travessões.
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4. O que comprova que no texto “Pneu furado” que predomina o
discurso direto?
a) As palavras utilizadas no título.
b) As palavras estrangeiras utilizadas no título.
c) Os sinais de pontuação como o ponto final no fim de cada frase.
d) Os travessões indicando a fala dos personagens.
e) As vírgulas no início do texto.
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5. Podemos classificar o texto em estudo quanto ao gênero textual
em:
a) conto
b) fábula
c) crônica
d) notícia
e) carta
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12. Conteúdo: TIPOS DE DISCURSO.
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Tipos de Discurso Narrativo
•Discurso Direto - no discurso direto, a própria
personagem fala.
•Discurso Indireto - no discurso indireto o narrador interfere
na fala da personagem. Em outras palavras, é narrado em
3ª pessoa uma vez que não aparece a fala da
personagem.
•Discurso Indireto Livre - no discurso indireto livre há
intervenções do narrador e das falas dos personagens.
Nesse caso, funde-se o discurso direto com o indireto.
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Marcas do discurso direto
Primeiramente, precisamos destacar os “verbos de fala” ou “verbos
de dizer”. Trata-se dos verbos que introduzem as falas dos personagens.
Observe alguns exemplos:
E, numa voz baixa, acrescentou:
– Venham, mulheres – disse John Barton –, vocês duas já
caminhavam bastante.
Outras marcas que merecem destaque são os sinais de pontuação.
Os dois-pontos e o travessão indicam as falas dos personagens. Enfim,
as marcas do discurso direto permitem separar as palavras do narrador
das palavras dos personagens. Depois de analisarmos o discurso direto
no fragmento de romance, convido você a analisá-lo em outro gênero de
texto. Vamos lá? Bom, agora a sua tarefa é identificar o discurso direto.
14. Para tal, sugiro a leitura deste fragmento do romance “Mary Barton”,
escrito por Elizabeth Gaskell:
O segundo homem a ser mencionado foi o primeiro a falar, quando
uma súbita expressão de piedade obscureceu seu rosto alegre.
– Bem, John, como você anda?
E, numa voz baixa, acrescentou:
– Já teve alguma notícia de Esther?
Enquanto dizia isso, as esposas se cumprimentavam como velhas
amigas, com a voz suave e lamuriosa da mãe dos gêmeos parecendo
obter apenas mais soluços da parte da Sra. Barton.
– Venham, mulheres – disse John Barton –, vocês duas já
caminhavam bastante. Minha Mary deve parir em três semanas; e
quanto a você, senhora Wilson, sabe que mesmo quando está bem,
não é de lá muito robusta.
Isso foi dito com tanta gentileza que foi impossível se ofender.
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15. Mas, o que significa “discurso indireto”? É o dizer com as próprias
palavras a fala do outro.
Leia este trecho de “Minha vida de menina”, um diário escrito por
Helena Morley, pseudônimo de Alice Dayrell Caldeira Brant:
Nossa casa é pequena e todo reboliço se escuta na sala. Eu e
Luisinha temos uma infelicidade conosco; meu pai não gosta de nos
ver rir muito. Mas parece até pirraça e juro que não é: quando meu
pai está na lavra, só rimos quando há motivo; mas se ele está em
casa, uma não pode olhar para a outra que disparamos no riso.
Depois que Joviano está vindo, meu pai recomendou que não
ríssemos nem falássemos cá dentro, pois o rapaz ficava de ouvido
alerta para escutar o que falávamos e não prestava atenção à aula.
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16. Note que, na passagem “[...] meu pai recomendou que não
ríssemos nem falássemos cá dentro, pois o rapaz ficava de ouvido
alerta para escutar o que falávamos e não prestava atenção à
aula.”, Helena diz com as suas próprias palavras a fala do pai dela.
A recomendação, acompanhada de uma justificativa, dada pelo pai
é apresentada de modo indireto, ou seja, é apresentada por Helena,
não pelo próprio pai. Por isso, podemos afirmar que ela Helena
usou, nessa passagem, o discurso indireto.
Para concluir:
O discurso indireto é a apresentação das falas dos outros, reais ou
fictícios, com as nossas próprias palavras. Em outras palavras,
quem diz, oralmente ou por escrito, reelabora a fala do outro, ou
seja, diz do seu próprio jeito.
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17. Discurso indireto livre! Pelo nome, já percebemos que esse tipo de
discurso indireto tem alguma liberdade, não é mesmo? Mas, de que
liberdade estamos falando? Como o discurso indireto livre é construído?
Nele, as fronteiras que separam a fala do narrador da fala do personagem
são rompidas. A voz do personagem permeia a voz do narrador no contexto
comunicativo. Achou meio complexo isso? Vamos entender melhor esse
assunto? Para tal, leia este fragmento do romance “Sagarana”, de
Guimarães Rosa:
Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o
carreiro... Deixa eu crescer!... Deixa eu ficar grande!... Hei de dar conta
deste danisco... Se uma cobra picasse seu Soronho... Tem tanta cascavel
nos pastos... Tanta urutu, perto de casa... se uma onça comesse o carneiro,
de noite... Um onção grande, da pintada... Que raiva!...
Mas os bois estão caminhando diferente. Começaram a prestar atenção,
escutando a conversa de boi Brilhante.
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19. 1. “Ela insistiu: – Me dá esse papel aí.”
Na transposição da fala do personagem para o
discurso indireto, a alternativa correta é:
a) Ela insistiu que desse aquele papel aí.
b) Ela insistiu em que me desse aquele papel ali.
c) Ela insistiu em que me desse aquele papel aí.
d) Ela insistiu por que lhe desse este papel aí.
e) Ela insistiu em que lhe desse aquele papel ali.
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20. 2. Leia o fragmento a seguir.
Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano resmungou, franziu a
testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cabras,
que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela
estivesse tresvariando.
(Graciliano Ramos, Vidas secas)
Uma das características do estilo de Vidas Secas é o uso do
discurso indireto livre, que ocorre no trecho:
a) “sinha Vitória falou assim”.
b) “Fabiano resmungou”.
c) “franziu a testa”.
d) “que lembrança”.
e) “olhou a mulher”.
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21. 3."Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos pela
campina, achou-se isolado. Sozinho num mundo coberto de penas,
de aves que iam comê-lo. Pensou na mulher e suspirou. Coitada de
Sinhá Vitória, novamente nos descampados, transportando o baú de
folha."
O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem
que dá a impressão de que não há diferença entre eles. A
personagem fala misturada à narração. Esse discurso é chamado:
a) discurso indireto livre
b) discurso direto
c) discurso indireto
d) discurso implícito
e) discurso explícito
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22. 4. Assinale a alternativa em que ocorra discurso indireto.
a) Perguntou o que fazer com tanto livro velho.
b) Já era tarde. O ruído dos grilos não era suficiente para
abafar os passos de Delfino. Estaria ele armado? Certamente
estaria. Era necessário ter cautela.
c) Quem seria capaz de cometer uma imprudência daquelas?
d) A tinta da roupa tinha já desbotado quando o produtor
decidiu colocá-la na secadora.
e) Era então dia primeiro? Não podia crer nisso.
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23. 5. Leia o fragmento a seguir e assinale o tipo de discurso
predominante na parte destacada.
Com desejo de comer pizza, Rafael decidiu pedir uma
pelo telefone:
— Pizzaria Aqui tem Pizza, alô, quem fala?
— Alô, boa noite! É o Rafael. Com quem eu falo?
a) Discurso direto
b) Discurso indireto
c) Discurso indireto livre
d) Discurso direto e indireto
e) Discurso direto e indireto livre
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24. Leia com atenção o texto da pág. 67 e
68 do livro 3 de Redação “O flautista de
Hamelin” e responda a atividade de
interpretação textual da pág. 70 e 71.
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25. Conteúdo: TIPOS DE DISCURSO.
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