A pesquisa tem como objetivo compreender como a história em quadrinhos pode contribuir para o processo de ensino e aprendizagem no que concerne a leitura e escrita de estudantes jovens e adultos do 8° e 9° anos de uma classe multisseriada do Ensino Fundamental, em uma Escola Municipal do Estado do Maranhão, Brasil. De abordagem qualitativa e de caráter descritivo e interpretativo, esta pesquisa utilizou como instrumentos metodológicos a observação direta das aulas de Arte e questionário semiestruturado aplicado a professores e estudantes da turma pesquisada de EJA numa escola do campo em Maranhão. Os resultados da pesquisa indicam que as histórias em quadrinhos podem ser importantes instrumentos metodológicos para o processo de ensino e aprendizagem desses educandos, no que se refere ao aprendizado da escrita e motivação para a leitura.
Ensino e aprendizagem em arte por meio das histórias em quadrinhos: análise d...Gustavo Araújo
Este artigo descreve uma experiência educativa que utilizou histórias em quadrinhos para ensinar arte em uma escola no Tocantins, Brasil. Os resultados sugerem que as histórias em quadrinhos podem ser um recurso pedagógico útil para engajar os alunos e melhorar a aprendizagem, embora sejam mais comumente usadas em Português do que em Arte nesta escola.
O documento descreve as atividades desenvolvidas pelo PIBID Pedagogia Cianorte, incluindo reuniões com professores supervisores e acadêmicos, grupos de estudo sobre alfabetização e letramento, oficinas, apresentações em eventos e atividades práticas nas escolas como contação de histórias e atendimento individualizado de alunos.
O documento apresenta uma proposta de produção textual interdisciplinar em grupo para o curso de Pedagogia. O objetivo é discutir a atuação do professor na mobilização de conhecimentos sobre cultura e arte no ambiente escolar, relacionando essas práticas com ludicidade, alfabetização e letramento de forma interdisciplinar. Os estudantes devem elaborar um texto sobre o tema e propor uma atividade didática articulando apresentação artística ao ensino para alunos do 2o ano do ensino fundamental.
O documento descreve um projeto de alfabetização e letramento no 1o ano do ensino fundamental realizado pelo Curso de Pedagogia da UEM em Cianorte. O projeto conta com bolsistas, professoras supervisoras e coordenadoras para implementar práticas sistematizadas de alfabetização lúdicas nas escolas públicas municipais. O objetivo é contribuir para o aprimoramento das práticas pedagógicas de leitura, escrita e letramento considerando as especificidades do desenvolvimento infantil.
1. O documento resume um livro que analisa o processo de aquisição da leitura e escrita por crianças, contestando métodos tradicionais de ensino.
2. Ele descreve as conclusões do livro, incluindo que a aprendizagem começa antes do que a escola imagina, seguindo caminhos não suspeitos.
3. Também discute os diferentes níveis de aprendizagem identificados pelas autoras e as implicações pedagógicas do livro.
O documento discute o ensino de história e cultura indígena a partir de um projeto desenvolvido com alunos do 4o ano sobre as diferenças culturais entre indígenas e não-indígenas no Brasil. O projeto utilizou a estratégia de projetos com foco na temática das diferenças culturais e abordou a chegada dos portugueses ao Brasil. As atividades desenvolvidas com os alunos buscaram responder perguntas sobre a vida cotidiana indígena antes e depois da chegada dos europeus e
1. O documento discute o uso de histórias em quadrinhos como ferramenta para o ensino de matemática.
2. Ele apresenta o site Pixton, que permite a criação de histórias em quadrinhos digitais, como uma ferramenta para desenvolver HQs para uso em sala de aula.
3. O autor produziu HQs sobre temas matemáticos e as aplicou com alunos do 7o ano, obtendo resultados satisfatórios em engajar os alunos no assunto.
O ESTÁGIO EM ARTE NAS ESCOLAS DO CAMPO: UM ESTUDO DE CASO NA LICENCIATURA EM ...Gustavo Araújo
O documento analisa uma experiência pedagógica realizada com estudantes da Licenciatura em Educação do Campo com habilitação em Artes e Música sobre o Estágio Curricular Supervisionado em escolas rurais. Os resultados demonstraram que o estágio possibilita aos estudantes produzir conhecimento sobre a prática docente no contexto rural e as formas de viver no campo. É necessário formar mais professores para atuar nas escolas rurais de Tocantins, especialmente na disciplina de Arte.
Ensino e aprendizagem em arte por meio das histórias em quadrinhos: análise d...Gustavo Araújo
Este artigo descreve uma experiência educativa que utilizou histórias em quadrinhos para ensinar arte em uma escola no Tocantins, Brasil. Os resultados sugerem que as histórias em quadrinhos podem ser um recurso pedagógico útil para engajar os alunos e melhorar a aprendizagem, embora sejam mais comumente usadas em Português do que em Arte nesta escola.
O documento descreve as atividades desenvolvidas pelo PIBID Pedagogia Cianorte, incluindo reuniões com professores supervisores e acadêmicos, grupos de estudo sobre alfabetização e letramento, oficinas, apresentações em eventos e atividades práticas nas escolas como contação de histórias e atendimento individualizado de alunos.
O documento apresenta uma proposta de produção textual interdisciplinar em grupo para o curso de Pedagogia. O objetivo é discutir a atuação do professor na mobilização de conhecimentos sobre cultura e arte no ambiente escolar, relacionando essas práticas com ludicidade, alfabetização e letramento de forma interdisciplinar. Os estudantes devem elaborar um texto sobre o tema e propor uma atividade didática articulando apresentação artística ao ensino para alunos do 2o ano do ensino fundamental.
O documento descreve um projeto de alfabetização e letramento no 1o ano do ensino fundamental realizado pelo Curso de Pedagogia da UEM em Cianorte. O projeto conta com bolsistas, professoras supervisoras e coordenadoras para implementar práticas sistematizadas de alfabetização lúdicas nas escolas públicas municipais. O objetivo é contribuir para o aprimoramento das práticas pedagógicas de leitura, escrita e letramento considerando as especificidades do desenvolvimento infantil.
1. O documento resume um livro que analisa o processo de aquisição da leitura e escrita por crianças, contestando métodos tradicionais de ensino.
2. Ele descreve as conclusões do livro, incluindo que a aprendizagem começa antes do que a escola imagina, seguindo caminhos não suspeitos.
3. Também discute os diferentes níveis de aprendizagem identificados pelas autoras e as implicações pedagógicas do livro.
O documento discute o ensino de história e cultura indígena a partir de um projeto desenvolvido com alunos do 4o ano sobre as diferenças culturais entre indígenas e não-indígenas no Brasil. O projeto utilizou a estratégia de projetos com foco na temática das diferenças culturais e abordou a chegada dos portugueses ao Brasil. As atividades desenvolvidas com os alunos buscaram responder perguntas sobre a vida cotidiana indígena antes e depois da chegada dos europeus e
1. O documento discute o uso de histórias em quadrinhos como ferramenta para o ensino de matemática.
2. Ele apresenta o site Pixton, que permite a criação de histórias em quadrinhos digitais, como uma ferramenta para desenvolver HQs para uso em sala de aula.
3. O autor produziu HQs sobre temas matemáticos e as aplicou com alunos do 7o ano, obtendo resultados satisfatórios em engajar os alunos no assunto.
O ESTÁGIO EM ARTE NAS ESCOLAS DO CAMPO: UM ESTUDO DE CASO NA LICENCIATURA EM ...Gustavo Araújo
O documento analisa uma experiência pedagógica realizada com estudantes da Licenciatura em Educação do Campo com habilitação em Artes e Música sobre o Estágio Curricular Supervisionado em escolas rurais. Os resultados demonstraram que o estágio possibilita aos estudantes produzir conhecimento sobre a prática docente no contexto rural e as formas de viver no campo. É necessário formar mais professores para atuar nas escolas rurais de Tocantins, especialmente na disciplina de Arte.
1) O documento discute a importância da alfabetização e do letramento no contexto escolar brasileiro, trazendo seus conceitos e evolução histórica.
2) Aborda como alfabetização e letramento são processos complementares mas distintos, sendo o letramento mais abrangente ao incluir as dimensões sociais e de uso da língua escrita.
3) Apresenta os objetivos da pesquisa em identificar os níveis de alfabetização e letramento dos alunos do 6o ano de uma escola pública, a partir da
6. alfabetização e letramento nas séries iniciais franklinchristianceapcursos
O presente trabalho tem como finalidade refletir sobre o processo de alfabetização e letramento nas séries iniciais numa investigação contemporânea relativas ao processo de aquisição da leitura e da escrita considerando que esta possue várias funções e deve expressar as ideias, intensões e pensamentos dos alunos para estabelecerem relações dentro e fora da escola. A produção desta obra foi cuidadosamente pensada e tive a possibilidade de estudar e vivenciar a experiência de metodologias, técnicas e recursos interligados e teóricos como: Emília Ferreiro, Magda Soares, Vygotsky, Freire e outros. Como a função da escola é propiciar aos alunos caminhos para que eles aprendam cada vez mais e possibilitem aos mesmos atuar criticamente em seu meio social. Objetiva-se também mostrar que a psicopedagogia, ciência cujo objetivo é diagnosticar e tratar dificuldades de aprendizagem de variadas natureza pode oferecer uma avaliação adequada do nível de alfabetização e letramento do aluno, por meio do tratamento, seu desenvolvimento.
Este documento fornece uma bibliografia para o PEB I e lista os materiais didáticos do programa Ler e Escrever no Estado de São Paulo, incluindo guias de planejamento, cadernos de avaliação e documentos oficiais. Também apresenta o perfil desejado para professores do PEB II, abordando aspectos como cultura geral e profissional, conhecimento sobre desenvolvimento humano e diversidade de alunos.
O documento discute os desafios do ensino superior de Letras, argumentando que os cursos devem ser formativos em vez de apenas informativos. Também defende que os cursos devem ensinar análise linguística e literária, em vez de apenas normas cultas ou compreensão de texto. Além disso, sugere que os alunos precisam de sólidos conhecimentos em Linguística e Teoria Literária antes de se tornarem professores.
Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º anotecnicossme
O documento apresenta o currículo de referência de geografia para o ensino fundamental nos anos finais, discutindo a importância da disciplina, as abordagens pedagógicas e os objetivos gerais do ensino da geografia.
UM OLHAR SOBRE A ICONOGRAFIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL: A PEDAGOGIA DA IMAGEM /...Gustavo Araújo
1) O documento discute a importância das imagens na educação e como elas foram utilizadas em livros didáticos e cartilhas para auxiliar no processo de alfabetização.
2) Analisa como as imagens podem ser lidas e interpretadas, considerando códigos visuais e elementos como linha, cor e forma.
3) Discutem os desafios de preservar a memória educacional no Brasil devido à falta de documentação sobre os métodos de ensino do passado.
O documento discute a importância do ensino de línguas estrangeiras na educação de jovens e adultos. Aprender uma língua estrangeira amplia as oportunidades profissionais e de lazer, além de desenvolver habilidades de leitura, escrita e compreensão cultural. No entanto, o documento aponta que o ensino atual é muito focado em estruturas gramaticais isoladas, em vez de abordagens contextualizadas que utilizem textos reais e desenvolvam a compreensão sociocultural por trás da linguagem.
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º anotecnicossme
1) O documento apresenta os objetivos gerais e a trajetória do ensino de Língua Portuguesa nos anos finais do Ensino Fundamental. 2) Ele ressalta a importância de se considerar as linguagens como formas de comunicação, expressão e construção de conhecimento. 3) O documento também discute os pressupostos teóricos que fundamentam o ensino da Língua Portuguesa e propõe atividades que considerem os alunos como sujeitos sociais.
O documento discute vários estudos e projetos relacionados à literacia da informação, incluindo o projeto ALFIN que promove boas práticas na área, e o projeto PIL que estuda os hábitos de pesquisa de jovens. Também aborda um estudo sobre a relação entre resultados acadêmicos e capacidade de pesquisa de informação, e outro sobre como educar por meio da diversificação de fontes.
ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...Tissiane Gomes
O objetivo do trabalho foi relatar experiências com atividades de letramento promotoras da aprendizagem no ensino de História. As referidas atividades se processaram no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES de História da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB/Campus I, em três turmas de alunos do 9º Ano, do Ensino Fundamental II, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena, em Campina Grande – PB, no primeiro semestre de 2017. O artigo foi publicado nos anais do I Congresso Nacional de Práticas Educativas (Coprecis), ocorrido na cidade de Campina Grande, no Estado da Paraíba, de 28 a 30 de setembro de 2017.
Orientações curriculares para o Ensino MédioMauro Uchoa
Este documento fornece orientações sobre a disciplina de Língua Portuguesa e Literatura no Ensino Médio. Ele discute a concepção de língua e linguagem, a organização curricular dos conteúdos, e procedimentos metodológicos de abordagem desses conteúdos. O documento também aborda a importância do estudo da Literatura no Ensino Médio e como desenvolver leitores críticos nessa etapa escolar.
A prática de literatura no ensino médio como inovarUNEB
Este capítulo discute o que é literatura, sua função, teoria da recepção e prática no ensino médio. A literatura é definida como uma arte que usa a palavra para criar um universo ficcional e reflexo de uma época. Sua função é proporcionar prazer e comunicação por meio de textos. A teoria da recepção enfatiza a importância da percepção do leitor. No ensino médio, a literatura ainda é ensinada de forma desarticulada da realidade dos alunos e focada em análises históricas sem
O documento discute o papel da universidade no tripé de ensino, pesquisa e extensão, com ênfase no desenvolvimento regional. O Curso de História da FUNEDI/UEMG tem implementado plenamente esses aspectos por meio de projetos educativos e de pesquisa com a comunidade.
Pcnem [linguagens, códigos e suas tecnologias]Erica Zibetti
Este documento fornece orientações sobre os conteúdos de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias para o Ensino Médio, abordando disciplinas como Língua Portuguesa, Literatura, Línguas Estrangeiras, Educação Física e Arte. Ele discute a importância dessas áreas do conhecimento no currículo do Ensino Médio e fornece diretrizes sobre organização curricular e metodologias de ensino.
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado que analisa como o gênero discursivo poema é ensinado no Caderno Poetas da Escola do Programa Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro de 2010, sugerindo uma abordagem enunciativo-discursiva bakhtiniana. A dissertação descreve a proposta pedagógica do material didático e analisa como os poemas são apresentados de forma formalista, priorizando aspectos formais em vez de sócio-históricos.
Currículo referência língua estragenria moderna 6º ao 9º anotecnicossme
1) O documento apresenta um currículo referência para o ensino de inglês no ensino fundamental, discutindo sua construção e objetivos principais.
2) Ele visa promover o ensino de inglês focado na comunicação e no uso da língua em diferentes contextos ao invés de apenas estruturas gramaticais.
3) O currículo também busca valorizar a diversidade cultural e linguística, estimulando o respeito às diferenças através do contato com outras línguas.
Este documento apresenta um resumo sobre géneros de texto em 3 frases:
Apresenta uma introdução sobre como interagimos através de textos orais e escritos em diferentes contextos do nosso dia-a-dia. Explica que os géneros de texto se caracterizam por terem traços contextuais e organizacionais comuns. Destaca que os géneros se relacionam e evoluem consoante as diferentes atividades sociais, não tendo uma estabilidade rígida.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM ARTES NO CONTEXTO RURAL E URBANO EM TOCANTINSGustavo Araújo
Este artigo socializa os resultados de uma investigação mais ampla realizada em escolas tocantinenses que teve como principal objetivo analisar como a disciplina de Arte é trabalhada em uma escola urbana e em uma escola do campo. A pesquisa é de abordagem qualitativa, característica exploratória, e segue a perspectiva interpretativa. Constatamos que arte ainda é vista pela maioria dos alunos e professores como sendo basicamente desenho e pintura, e em alguns momentos, de lazer, o que evidencia a sua desvalorização no currículo escolar. Nas escolas pesquisadas há docentes que atuam na disciplina de Arte sem formação específica na área, o que exige medidas urgentes para a qualificação desses professores. Diante disso, é fundamental considerar que esses dados são resultantes de vários fatores, dentre eles, a pouca atenção dada pelo poder público a essa área, na oferta de mais cursos de formação inicial e continuada em artes no Estado do Tocantins.
Este documento apresenta o editorial da primeira edição da Revista Brasileira de Educação do Campo. Ele resume os principais tópicos discutidos nos oito artigos que compõem esta edição, incluindo pesquisas sobre a produção de conhecimento sobre educação do campo no Brasil, a relação entre escolas do campo e movimentos sociais, e a formação de professores na perspectiva da pedagogia da alternância. O editorial também convida leitores a desfrutarem das leituras e reflexões apresentadas nesta edição.
A formação do professor de Arte em Tocantins: velhos desafios e problemas na ...Gustavo Araújo
Este artigo resume os resultados de uma pesquisa sobre o perfil dos professores de arte em escolas públicas de Tocantins. A pesquisa encontrou que todos os professores que lecionam arte nessas escolas não são formados em artes. Além disso, há poucos cursos de formação inicial e continuada em artes no estado. A pesquisa conclui que estudar esse tema pode ampliar o debate sobre políticas públicas para formação de professores de arte.
Este documento apresenta a edição número 2 do volume 1 da Revista Brasileira de Educação do Campo. Contém 19 artigos sobre diversos temas relacionados à educação no campo, incluindo a formação de professores, experiências educacionais com camponeses e a interface entre a educação do campo e disciplinas como ciências. O editorial destaca alguns desses artigos e seus principais pontos, como a discussão sobre a transição da educação rural para a educação do campo e reflexões sobre um programa de alfabetização de jovens e adultos no campo.
1) O documento discute a importância da alfabetização e do letramento no contexto escolar brasileiro, trazendo seus conceitos e evolução histórica.
2) Aborda como alfabetização e letramento são processos complementares mas distintos, sendo o letramento mais abrangente ao incluir as dimensões sociais e de uso da língua escrita.
3) Apresenta os objetivos da pesquisa em identificar os níveis de alfabetização e letramento dos alunos do 6o ano de uma escola pública, a partir da
6. alfabetização e letramento nas séries iniciais franklinchristianceapcursos
O presente trabalho tem como finalidade refletir sobre o processo de alfabetização e letramento nas séries iniciais numa investigação contemporânea relativas ao processo de aquisição da leitura e da escrita considerando que esta possue várias funções e deve expressar as ideias, intensões e pensamentos dos alunos para estabelecerem relações dentro e fora da escola. A produção desta obra foi cuidadosamente pensada e tive a possibilidade de estudar e vivenciar a experiência de metodologias, técnicas e recursos interligados e teóricos como: Emília Ferreiro, Magda Soares, Vygotsky, Freire e outros. Como a função da escola é propiciar aos alunos caminhos para que eles aprendam cada vez mais e possibilitem aos mesmos atuar criticamente em seu meio social. Objetiva-se também mostrar que a psicopedagogia, ciência cujo objetivo é diagnosticar e tratar dificuldades de aprendizagem de variadas natureza pode oferecer uma avaliação adequada do nível de alfabetização e letramento do aluno, por meio do tratamento, seu desenvolvimento.
Este documento fornece uma bibliografia para o PEB I e lista os materiais didáticos do programa Ler e Escrever no Estado de São Paulo, incluindo guias de planejamento, cadernos de avaliação e documentos oficiais. Também apresenta o perfil desejado para professores do PEB II, abordando aspectos como cultura geral e profissional, conhecimento sobre desenvolvimento humano e diversidade de alunos.
O documento discute os desafios do ensino superior de Letras, argumentando que os cursos devem ser formativos em vez de apenas informativos. Também defende que os cursos devem ensinar análise linguística e literária, em vez de apenas normas cultas ou compreensão de texto. Além disso, sugere que os alunos precisam de sólidos conhecimentos em Linguística e Teoria Literária antes de se tornarem professores.
Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º anotecnicossme
O documento apresenta o currículo de referência de geografia para o ensino fundamental nos anos finais, discutindo a importância da disciplina, as abordagens pedagógicas e os objetivos gerais do ensino da geografia.
UM OLHAR SOBRE A ICONOGRAFIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL: A PEDAGOGIA DA IMAGEM /...Gustavo Araújo
1) O documento discute a importância das imagens na educação e como elas foram utilizadas em livros didáticos e cartilhas para auxiliar no processo de alfabetização.
2) Analisa como as imagens podem ser lidas e interpretadas, considerando códigos visuais e elementos como linha, cor e forma.
3) Discutem os desafios de preservar a memória educacional no Brasil devido à falta de documentação sobre os métodos de ensino do passado.
O documento discute a importância do ensino de línguas estrangeiras na educação de jovens e adultos. Aprender uma língua estrangeira amplia as oportunidades profissionais e de lazer, além de desenvolver habilidades de leitura, escrita e compreensão cultural. No entanto, o documento aponta que o ensino atual é muito focado em estruturas gramaticais isoladas, em vez de abordagens contextualizadas que utilizem textos reais e desenvolvam a compreensão sociocultural por trás da linguagem.
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º anotecnicossme
1) O documento apresenta os objetivos gerais e a trajetória do ensino de Língua Portuguesa nos anos finais do Ensino Fundamental. 2) Ele ressalta a importância de se considerar as linguagens como formas de comunicação, expressão e construção de conhecimento. 3) O documento também discute os pressupostos teóricos que fundamentam o ensino da Língua Portuguesa e propõe atividades que considerem os alunos como sujeitos sociais.
O documento discute vários estudos e projetos relacionados à literacia da informação, incluindo o projeto ALFIN que promove boas práticas na área, e o projeto PIL que estuda os hábitos de pesquisa de jovens. Também aborda um estudo sobre a relação entre resultados acadêmicos e capacidade de pesquisa de informação, e outro sobre como educar por meio da diversificação de fontes.
ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...Tissiane Gomes
O objetivo do trabalho foi relatar experiências com atividades de letramento promotoras da aprendizagem no ensino de História. As referidas atividades se processaram no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES de História da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB/Campus I, em três turmas de alunos do 9º Ano, do Ensino Fundamental II, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena, em Campina Grande – PB, no primeiro semestre de 2017. O artigo foi publicado nos anais do I Congresso Nacional de Práticas Educativas (Coprecis), ocorrido na cidade de Campina Grande, no Estado da Paraíba, de 28 a 30 de setembro de 2017.
Orientações curriculares para o Ensino MédioMauro Uchoa
Este documento fornece orientações sobre a disciplina de Língua Portuguesa e Literatura no Ensino Médio. Ele discute a concepção de língua e linguagem, a organização curricular dos conteúdos, e procedimentos metodológicos de abordagem desses conteúdos. O documento também aborda a importância do estudo da Literatura no Ensino Médio e como desenvolver leitores críticos nessa etapa escolar.
A prática de literatura no ensino médio como inovarUNEB
Este capítulo discute o que é literatura, sua função, teoria da recepção e prática no ensino médio. A literatura é definida como uma arte que usa a palavra para criar um universo ficcional e reflexo de uma época. Sua função é proporcionar prazer e comunicação por meio de textos. A teoria da recepção enfatiza a importância da percepção do leitor. No ensino médio, a literatura ainda é ensinada de forma desarticulada da realidade dos alunos e focada em análises históricas sem
O documento discute o papel da universidade no tripé de ensino, pesquisa e extensão, com ênfase no desenvolvimento regional. O Curso de História da FUNEDI/UEMG tem implementado plenamente esses aspectos por meio de projetos educativos e de pesquisa com a comunidade.
Pcnem [linguagens, códigos e suas tecnologias]Erica Zibetti
Este documento fornece orientações sobre os conteúdos de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias para o Ensino Médio, abordando disciplinas como Língua Portuguesa, Literatura, Línguas Estrangeiras, Educação Física e Arte. Ele discute a importância dessas áreas do conhecimento no currículo do Ensino Médio e fornece diretrizes sobre organização curricular e metodologias de ensino.
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado que analisa como o gênero discursivo poema é ensinado no Caderno Poetas da Escola do Programa Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro de 2010, sugerindo uma abordagem enunciativo-discursiva bakhtiniana. A dissertação descreve a proposta pedagógica do material didático e analisa como os poemas são apresentados de forma formalista, priorizando aspectos formais em vez de sócio-históricos.
Currículo referência língua estragenria moderna 6º ao 9º anotecnicossme
1) O documento apresenta um currículo referência para o ensino de inglês no ensino fundamental, discutindo sua construção e objetivos principais.
2) Ele visa promover o ensino de inglês focado na comunicação e no uso da língua em diferentes contextos ao invés de apenas estruturas gramaticais.
3) O currículo também busca valorizar a diversidade cultural e linguística, estimulando o respeito às diferenças através do contato com outras línguas.
Este documento apresenta um resumo sobre géneros de texto em 3 frases:
Apresenta uma introdução sobre como interagimos através de textos orais e escritos em diferentes contextos do nosso dia-a-dia. Explica que os géneros de texto se caracterizam por terem traços contextuais e organizacionais comuns. Destaca que os géneros se relacionam e evoluem consoante as diferentes atividades sociais, não tendo uma estabilidade rígida.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM ARTES NO CONTEXTO RURAL E URBANO EM TOCANTINSGustavo Araújo
Este artigo socializa os resultados de uma investigação mais ampla realizada em escolas tocantinenses que teve como principal objetivo analisar como a disciplina de Arte é trabalhada em uma escola urbana e em uma escola do campo. A pesquisa é de abordagem qualitativa, característica exploratória, e segue a perspectiva interpretativa. Constatamos que arte ainda é vista pela maioria dos alunos e professores como sendo basicamente desenho e pintura, e em alguns momentos, de lazer, o que evidencia a sua desvalorização no currículo escolar. Nas escolas pesquisadas há docentes que atuam na disciplina de Arte sem formação específica na área, o que exige medidas urgentes para a qualificação desses professores. Diante disso, é fundamental considerar que esses dados são resultantes de vários fatores, dentre eles, a pouca atenção dada pelo poder público a essa área, na oferta de mais cursos de formação inicial e continuada em artes no Estado do Tocantins.
Este documento apresenta o editorial da primeira edição da Revista Brasileira de Educação do Campo. Ele resume os principais tópicos discutidos nos oito artigos que compõem esta edição, incluindo pesquisas sobre a produção de conhecimento sobre educação do campo no Brasil, a relação entre escolas do campo e movimentos sociais, e a formação de professores na perspectiva da pedagogia da alternância. O editorial também convida leitores a desfrutarem das leituras e reflexões apresentadas nesta edição.
A formação do professor de Arte em Tocantins: velhos desafios e problemas na ...Gustavo Araújo
Este artigo resume os resultados de uma pesquisa sobre o perfil dos professores de arte em escolas públicas de Tocantins. A pesquisa encontrou que todos os professores que lecionam arte nessas escolas não são formados em artes. Além disso, há poucos cursos de formação inicial e continuada em artes no estado. A pesquisa conclui que estudar esse tema pode ampliar o debate sobre políticas públicas para formação de professores de arte.
Este documento apresenta a edição número 2 do volume 1 da Revista Brasileira de Educação do Campo. Contém 19 artigos sobre diversos temas relacionados à educação no campo, incluindo a formação de professores, experiências educacionais com camponeses e a interface entre a educação do campo e disciplinas como ciências. O editorial destaca alguns desses artigos e seus principais pontos, como a discussão sobre a transição da educação rural para a educação do campo e reflexões sobre um programa de alfabetização de jovens e adultos no campo.
Pesquisa em Educação do Campo: produção de conhecimento na diversidadeGustavo Araújo
Informamos que a Revista Brasileira de Educação do Campo acaba de publicar o seu primeiro número de 2017. Seguindo a política editorial e o escopo da revista, esta edição traz 20 artigos além de uma Resenha. Não podemos deixar de registrar a presença de 3 artigos e uma resenha em Espanhol neste número, todos de autoria de pesquisadores de outros países da América Latina, como Cuba, México e Colômbia, o que reforça a ampliação de pesquisas a respeito da Educação do Campo não apenas no Brasil, mas também em outros países.
Este relatório apresenta uma pesquisa desenvolvida com alunos do 9o ano do Ensino Fundamental para estimular a compreensão leitora por meio de atividades e um jogo didático sobre intertextualidade e paródia em memes. O material desenvolvido foi aplicado em uma escola pública e revelou melhorias significativas na habilidade leitora dos estudantes.
Este relatório apresenta uma pesquisa intervencionista realizada com alunos do 9o ano do
Ensino Fundamental com o objetivo de desenvolver a compreensão leitora por meio de
atividades e um jogo didático que trabalham a intertextualidade e o gênero meme. Os
resultados indicaram que os alunos melhoraram seu desempenho na leitura ao aplicarem
estratégias como a identificação de elementos intertextuais e a interpretação de sentidos
implícitos em textos parodísticos, como os memes.
Concepções e práticas pedagógicas no ensino da arte na educação de jovens e a...Gustavo Araújo
Este documento discute concepções e práticas pedagógicas no ensino da arte na educação de jovens e adultos em Mato Grosso. A pesquisa observou aulas de arte em um Centro de Educação de Jovens e Adultos e constatou que as práticas pedagógicas estavam embasadas na Proposta Triangular, enfatizando a triangulação entre fazer artístico, leitura e contextualização da obra. A arte é importante nessa modalidade de ensino para permitir diferentes formas de expressão e construção de conhecimento
CONCEPÇÕES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E A...Gustavo Araújo
Este documento discute concepções e práticas pedagógicas no ensino da arte na educação de jovens e adultos em Mato Grosso. A pesquisa observou aulas de arte em um Centro de Educação de Jovens e Adultos e constatou que as práticas pedagógicas estavam embasadas na Proposta Triangular, enfatizando a triangulação entre fazer artístico, leitura e contextualização da obra. A arte é importante nessa modalidade de ensino para permitir diferentes formas de expressão e construção de conhecimento
O ensino de arte na educação de jovens e adultos uma análise a partir da expe...Gustavo Araújo
1) O documento descreve uma pesquisa sobre o ensino de arte na educação de jovens e adultos em Cuiabá, Mato Grosso.
2) A pesquisa observou as práticas pedagógicas de uma professora que se baseava na proposta triangular de ensino da arte, enfatizando o fazer, ler e contextualizar durante as aulas.
3) A pesquisa analisou as concepções dos alunos sobre arte e como essas concepções fundamentavam as práticas pedagógicas da professora.
Este documento discute o uso de histórias em quadrinhos como ferramenta de ensino-aprendizagem. Os autores desenvolveram uma atividade com alunos do ensino médio para produzir um jornal escolar impresso utilizando o site Pixton. Os alunos produziram notícias, reportagens e histórias em quadrinhos com base em seu cotidiano. Os autores observaram uma evolução nas capacidades de produção textual dos alunos e uma compreensão do gênero das histórias em quadrinhos.
Este documento descreve um projeto de intervenção realizado com alunos do 8o ano da Escola Estadual 25 de Outubro em Arenápolis, MT, que teve como objetivo contribuir para o desenvolvimento da leitura, interpretação e escrita dos alunos por meio da aproximação com a literatura produzida em Mato Grosso. O projeto utilizou círculos de leitura, pesquisa sobre a história local e elaboração de narrativas. Os resultados mostraram avanços significativos na aprendizagem, interação, le
Arte um diálogo necessário e profícuo na educação de jovens e adultos / Art: ...Gustavo Araújo
This scientific paper is part of the results of a research of the master’s degree in course education, in which he seeks to understand the importance of teaching art in the modality Youngsters and Adults Education. For this paper, the methodology adopted was the educational research literature in line with the experience performed in loco in Youngsters and Adults Education Center in Cuiabá, Mato Grosso state. Through art you can better understand the artistic culture, material and intellectual place and other peoples, but also their lifestyles, traditions, beliefs and values. Teaching the arts can contribute to the development of aesthetic perception and artistic youngster and adult, critical to its formation socio-educational and cultural.
RESUMO
Este artigo é parte dos resultados de uma pesquisa do Mestrado, no qual se buscou compreender a importância de se ensinar artes na modalidade de educação de jovens e adultos. Para este texto, a metodologia adotada foi a pesquisa na literatura educacional em consonância com a experiência realizada in loco no Centro de Educação de Jovens e Adultos de Cuiabá, Estado de Mato Grosso. Por meio da arte é possível compreender melhor a cultura artística, material e intelectual local e de outros povos, como também os seus modos de vida, tradições, crenças e valores. O ensino de Artes pode contribuir também para o desenvolvimento da percepção estética e artística do jovem e do adulto, fundamentais para a sua formação socioeducativa e cultural.
O documento discute o ensino de matemática na educação de jovens e adultos (EJA). Ele destaca que a EJA tem um público diferenciado e que é importante reconhecer os conhecimentos que os alunos trazem de suas experiências de vida. Também observa se os professores usam materiais didáticos adequados e se levam em conta a realidade dos alunos ao ensinar matemática nesse nível. Por fim, aborda algumas dificuldades no ensino de matemática na EJA, como a falta de metodologia apropriada.
Interdisciplinaridade, uma pesquisa envolvendo educação e ensino de artes, br...pibiduergsmontenegro
Este documento discute a interdisciplinaridade no ensino das artes. Apresenta definições de interdisciplinaridade na educação segundo autores como Japiassu, Fazenda e Lück. Também discute como a interdisciplinaridade pode contribuir para processos pedagógicos nas artes e superar uma visão fragmentada do conhecimento.
Este documento discute um projeto de ensino de história local desenvolvido por estudantes de licenciatura em três escolas públicas. O projeto visa tornar o ensino de história mais interessante e relevante aos alunos, conectando-o à história dos bairros onde vivem. As atividades incluíram oficinas, visitas a locais históricos e o uso de história oral para enriquecer a compreensão sobre a história local. Os resultados iniciais indicam que a abordagem promoveu maior interesse e identificação dos alunos com
O ENSINO DE ARTE NA ESCOLA BRASILEIRA: FUNDAMENTOS E TENDÊNCIASMarcela Rubert
Este trabalho aborda as concepções, fundamentos e tendências do ensino de arte nas escolas brasileiras. Analisa o ensino de arte nos períodos Pré-Modernista, Modernista e Pós-Modernista e apresenta propostas para a contemporaneidade, como a abordagem triangular de Ana Mae Barbosa, a pedagogia do cinema de Alain Bergala e a relação entre museus de arte e educação na perspectiva de João Pedro Fróis. O trabalho conclui que é necessário compreender as concepções e políticas que sustentam o ensino de arte para desenvolver
Investigando a promoção da leitura em ambientes escolares, borges, scheffer, ...pibiduergsmontenegro
1) O documento descreve uma pesquisa sobre práticas de promoção da leitura em ambientes escolares.
2) A pesquisa observou aulas e entrevistou professores, encontrando ações de leitura insuficientes e ineficazes.
3) A biblioteca da escola tinha problemas como falta de acervo adequado e organização, dificultando atividades de leitura.
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Semelhante a HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COM JOVENS E ADULTOS CAMPONESES: ANÁLISE DE UMA EXPERIÊNCIA EM MARANHÃO, BRASIL (20)
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Livro Educação do Campo, Artes e Formação DocenteGustavo Araújo
Este livro é fruto de pesquisas desenvolvidas sobre educação do campo/pedagogia da alternância, artes e formação docente, especialmente relacionadas as experiências dos autores na formação inicial de professores(as) do campo no curso de Licenciatura em Educação do Campo com habilitação em Artes e Música da Universidade Federal do Tocantins (UFT) campus de Tocantinópolis. O objetivo da obra é registrar e socializar pesquisas realizadas pelos docentes desse curso, contribuindo para a afirmação de um projeto de educação condizente com a realidade dos camponeses, seja no ensino básico ou no superior.
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ABSTRACT
This study aims to analyze some concepts about reading proposals images by Erwin Panofsky German historian in the last century, related to an artistic production developed in an educational context. Used as methodology the relevant literature to the subject and the observation of the artistic experience produced. In this sense, we understand that concepts such as image reading and visual literacy are inserted in the midst of historical and educational studies , implying knowledge of visual language and not just the written language to better understand the meaning of the analyzed work. Thus, we seek in this investigation producing and socializing knowledge resulting it as an interpretive process, reflective and constructive, present in qualitative research in education.
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HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COM JOVENS E ADULTOS CAMPONESES: ANÁLISE DE UMA EXPERIÊNCIA EM MARANHÃO, BRASIL
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Imagens da Educação, v. 10, n.1, p. 46-63, jan./abr., 2020.
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ISSN 2179-8427
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COM JOVENS E ADULTOS
CAMPONESES: ANÁLISE DE UMA EXPERIÊNCIA EM MARANHÃO,
BRASIL1
COMIC BOOKS WITH YOUNG AND ADULT PEASANTS: ANALYSIS
OF AN EXPERIENCE IN MARANHÃO, BRAZIL
HISTORIETAS CON JÓVENES Y ADULTOS: ANÁLISIS DE UNA
EXPERIENCIA EN MARANHÃO, BRASIL
Gustavo Cunha Araújo2
Gilmar Ferreira Amorim3
Resumo
A pesquisa tem como objetivo compreender como a história em quadrinhos pode contribuir para o processo de
ensino e aprendizagem no que concerne a leitura e escrita de estudantes jovens e adultos do 8° e 9° anos de uma
classe multisseriada do Ensino Fundamental, em uma Escola Municipal do Estado do Maranhão, Brasil. De
abordagem qualitativa e de caráter bibliográfico e interpretativo, esta pesquisa-ação utilizou como instrumentos
metodológicos a observação das aulas de Arte e questionário semiestruturado aplicado ao professor e estudantes
da turma pesquisada de EJA na escola do campo. Os resultados da pesquisa indicam que as histórias em
quadrinhos podem ser importantes instrumentos metodológicos para o processo de ensino e aprendizagem desses
educandos, no que se refere ao aprendizado da escrita e motivação para a leitura.
Palavras-chave: Arte; Escrita e Leitura; Educação do Campo; Ensino e Aprendizagem.
Abstract
The aim of the research is to understand how comics can contribute to the teaching and learning process in
reading and writing of 8th
and 9th
grade students/young and adult education (multi-grade class) of Elementary
School of a Municipal School in State of Maranhão, Brazil. From a qualitative approach and bibliographic and
interpretative aspect, this action research used as methodological instruments the observation of the Art classes
and a semi-structured questionnaire applied to teacher and students of the group studied in the young and adult
peasants at a rural school. The results of the research indicate that comic books can be important methodological
instruments for the teaching and learning process of these students, regarding learning to write and motivating to
read.
Keywords: Arts; Reading and Writing; Rural Education; Teaching and Learning.
Resumen
La investigación tiene como objetivo comprender cómo las historietas pueden contribuir al proceso de enseñanza
y aprendizaje con respecto a la lectura y escritura de estudiantes jóvenes y adultos de octavo y noveno grado en
una escuela primaria de varios grados en una escuela secundaria municipal del Estado de Maranhão, Brasil. Con
un enfoque cualitativo y un carácter bibliográfico e interpretativo, esta investigación-acción utilizó como
1
Pesquisa realizada no âmbito do Grupo de Pesquisa em Artes Visuais e Educação (GPAVE/CNPq).
2
Doutor em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho (UNESP). Docente no Programa
de Pós-Graduação em Educação e no Mestrado Profissional em Educação da Universidade Federal do Tocantins
(UFT). ORCID: http://orcid.org/0000-0002-1996-5959 Lattes: http://lattes.cnpq.br/3011641878605040
E-mail: gustavocaraujo@yahoo.com.br
3
Graduado em Educação do Campo pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Pesquisador da
Universidade Federal do Tocantins - UFT. ORCID: http://orcid.org/0000-0002-4402-5969
Lattes: http://lattes.cnpq.br/9172885457245186 E-mail: gilmaruft@gmail.com
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instrumentos metodológicos la observación de clases de Arte y cuestionarios semiestructurados aplicados al
profesor y estudiantes del grupo investigado de Educación de Jóvenes y Adultos en la escuela de campo. Los
resultados de la investigación indican que las historietas pueden ser herramientas metodológicas importantes
para el proceso de enseñanza y aprendizaje de estos estudiantes, con respecto al aprendizaje de la escritura y la
motivación para la lectura.
Palabras-clave: Arte; Escritura y Lectura; Educación Rural; Enseñanza y Aprendizaje.
Introdução
Esta pesquisa resulta de um projeto de investigação maior realizado no norte do
Tocantins e sul do Maranhão a respeito da formação de professores em artes4
nesses Estados,
coordenado por um de seus autores. Tem como principal objetivo compreender como a
história em quadrinhos pode contribuir para o processo de ensino e aprendizagem de
estudantes jovens e adultos do 8° e 9° anos de uma classe multisseriada, nas aulas de Arte, em
uma Escola Municipal localizada no povoado de Nunes Freire, Amarante, Estado do
Maranhão, Brasil. Buscamos promover o contato direto dos alunos com algumas revistas
referentes ao gênero Histórias em Quadrinhos – HQ, com o objetivo também de refletir sobre
as principais características dessa linguagem e a sua relação com a leitura e a escrita, além da
possível contribuição da HQ enquanto recurso pedagógico para as aulas de Arte.
De acordo com Nascimento e Ribeiro (2014), a partir de 1996 a disciplina de Arte foi
inserida como obrigatória no currículo educacional, ao atender a atual Lei de Diretrizes e
Bases da Educação – LDB n. 9.394/96 (Brasil, 2017a). Com isso, a Arte passou a ser
obrigatória nas escolas como disciplina e não como atividade, como ocorria na época da Lei
n. 5.692/71 (Brasil, 1971). Porém, essa LDB não deixou claro se ocorreria em todos os anos
da Educação Básica (Barbosa, 2003; 1994). Contudo, é notório que apenas essa Lei não é
suficiente para a aceitação e maior respeito ao ensino de Arte na Educação Básica do país.
É importante ressaltar que além do ensino de arte ser obrigatório por Lei, é de grande
relevância para a fomentação crítica dos indivíduos, capazes de participarem e atuarem
enquanto cidadãos em prol do desenvolvimento e crescimento de uma nação. Entretanto, a
importância dessa disciplina nas escolas diminuiu nos currículos escolares, chegando a se
cogitar, por diversas vezes, as possibilidades de extingui-la da Educação Básica, devido a
Reforma do Ensino Médio, Lei n. 13.415/2017 (Brasil, 2017b) e a construção não
democrática da Base Nacional Comum Curricular – BNCC, em 2018 no Brasil (Brasil,
2017c).
O artigo está dividido em três momentos, a saber: o primeiro faz um apanhado dos
procedimentos metodológicos utilizados na investigação. Em seguida fazemos uma breve
discussão teórica com autores que abordam a temática da arte e da educação, além de
pesquisas referentes à Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a Educação do Campo, ou seja,
nos baseamos nas matrizes teóricas da arte/educação e da educação, fundamentais para a
produção de reflexões nesta pesquisa. Na sequência apresentamos as análises realizadas a
partir das observações feitas na escola do campo pesquisada e dos questionários aplicados a
estudantes jovens, adultos e professor de Arte. Por fim, socializamos algumas conclusões e
resultados desta pesquisa realizada numa escola pública do campo no Estado do Maranhão.
4
Utilizamos neste artigo o termo “artes” para nos referirmos à área de conhecimento e “Arte” para nos
reportarmos à disciplina curricular da Educação Básica.
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Procedimentos metodológicos
A pesquisa é de abordagem qualitativa, do tipo bibliográfica e pesquisa de campo
(Bogdan & Biklen, 2010). Como estratégia metodológica, se caracteriza como uma pesquisa-
ação (Thiolent, 1987) e se baseia na perspectiva interpretativa na forma de análises dos dados
(Erikson, 1985).
Em consonância com essa abordagem, a pesquisa interpretativa nos auxiliou a levantar
algumas questões que foram pertinentes no trabalho de campo realizado e das quais
entendemos terem sido importantes e adequadas ao desenvolvimento desta investigação: a) o
que acontece nas ações desenvolvidas na escola pesquisada? b) como essas ações envolvem
os estudantes da EJA e professores? c) onde esses acontecimentos são organizados? d) o que
acontece nessa escola é diferente do que ocorre em outras instituições? Para chegarmos a
essas respostas, as observações realizadas nas aulas de Arte nos ajudaram a produzir
inferências válidas das ações desenvolvidas nesse espaço e que se tornaram significativas para
a pesquisa interpretativa, analisadas neste artigo.
É importante assinalar que os instrumentos metodológicos utilizados para coleta de
dados nessa pesquisa se referem a questionários semiestruturados aplicados a 20 (vinte)
alunos do 8° e 9° anos da turma da EJA (classe multisseriada) e para a professora dessa turma
de uma escola pública de Ensino Fundamental localizada no município de Amarante, Estado
do Maranhão; observação direta das 6 (seis) aulas Arte desenvolvidas com a turma
pesquisada, além de leituras e análises de algumas histórias em quadrinhos produzidas por
esses discentes.
É essencial destacar que, enquanto pesquisadores, tivemos participação ativa na
geração dos dados e no envolvimento com os participantes desta investigação. Diante disso,
adotamos como estratégia metodológica a pesquisa-ação, pois buscamos desempenhar um
papel ativo nos problemas encontrados no campo de pesquisa (Thiolent, 1987), relacionados
aos processos de leitura e escrita de estudantes jovens e adultos de uma escola do campo.
A pesquisa-ação pode abranger uma comunidade geograficamente
concentrada (favela) ou espalhada (camponeses). Em alguns casos, a
delimitação empírica é relacionada com um quadro de atuação, como no
caso de uma instituição, universidade etc. (Thiolent, 1987, p. 66).
Vale ressaltar que os sujeitos dessa pesquisa foram os alunos da turma de 8° e 9° anos
da EJA dessa escola (classe multisseriada), composta por alunos com idades entre 15 (quinze)
a 30 (trinta) anos, homens e mulheres, sendo que cerca de 70% desses alunos são indígenas. O
grupo de alunos é caracterizado tanto por moradores de Amarante-MA, quanto do povoado
Campo Formoso-TO, além de indígenas que residem em aldeias vizinhas à escola. No
entanto, durante a realização da pesquisa, algo nos chamou a atenção: a maioria desses
participantes desta investigação se locomove até a escola de moto; outros em um carro
popularmente conhecido como “pau-de-arara” fornecido pela prefeitura municipal de
Amarante; outros que moram mais perto, ou que não são contemplados com o transporte
fornecido pela prefeitura, vão a pé até essa instituição escolar.
Resultados e discussão
Entendemos que é possível utilizar as histórias em quadrinhos na produção de
conhecimento e no processo de ensino e aprendizagem de educandos jovens e adultos
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camponeses, ao representar a realidade desses sujeitos. Para corroborar essa afirmação no
contexto camponês, Caldart (2009, p. 33), salienta que o jovem e adulto do campo tem a “[...]
sua natureza e seu destino profundamente ligados ao trabalho no campo e, consequentemente,
às lutas sociais dos trabalhadores e da solução dos embates de projetos que constituem a
dinâmica atual do campo”. Isso implica dizer que a Educação do Campo5
atende aos anseios
de um povo que luta por seus direitos, na qual deve ser voltada as suas necessidades de
aprendizagem, principalmente relacionadas à leitura e a escrita.
Nessa diretriz, Lima (2013) disserta que os currículos não podem focar apenas nos
conhecimentos propostos pelo livro didático, mas em outras referências (artísticas, por
exemplo), importantes para uma formação mais plena do indivíduo. Por isso a Educação do
Campo é fundamental, uma vez que é a afirmação social dessas pessoas, valorização de sua
condição enquanto sujeitos históricos e luta por condições melhores de trabalho, vida e
educação no território rural.
Com essa reflexão, é preciso que o processo de ensino e aprendizagem se refira ao
aluno como um todo, com suas diferenças e limitações a fim de explorar as suas
potencialidades, importantes para que ele avance em sua aprendizagem. Além do ensino no
campo, é necessário um olhar para as turmas multisseriadas e Educação de Jovens e Adultos
(EJA), como é o caso desta investigação, pois ainda é bastante frequente nas escolas do
campo essas turmas. A esse respeito, Janata e Anhaia (2015, p. 686) conceituam a
multisseriação como sendo “[...] uma forma de organização escolar em que alunos de
diferentes idades e tempo ou níveis de escolarização (o que conhecemos por série) ocupam
uma mesma sala de aula, sob a responsabilidade de um mesmo professor”.
Embora esse tipo de ensino ocorra na educação brasileira há bastante tempo, traz
desafios pertinentes ao desenvolvimento pleno do processo de ensino e aprendizagem do
estudante. No entanto, quando temos em uma mesma sala de aula séries/anos diferentes e
idades também distintas, o cuidado ao selecionar métodos e conteúdos se intensifica, bem
como saber lidar com as dificuldades dos próprios alunos para que consigam superá-las e que
possam aprender.
Nesse raciocínio, um dos pontos tratados é a questão da idade e a sua permanência na
escola, características da diversidade do alunado presente na Educação de Jovens e Adultos. A
EJA surgiu da necessidade de garantir o acesso e a permanência de jovens e adultos na escola
que, por diferentes motivos, não conseguiram terminar seus estudos quando eram crianças ou
adolescentes, em razão da necessidade de trabalhar, cuidar da família, entre tantos outros.
Nesse cenário, a LDB n. 9.394/96 vem com a finalidade, pelo menos na teoria, de garantir
legalmente esse direito fundamental do indivíduo, conforme o fragmento abaixo:
Art. 37 - A Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que não
tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio
na idade própria ... § 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos
jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular,
oportunidades educacionais apropriadas ... (Brasil, 2017a).
Na esteira dessas reflexões, Arroyo (2007) lembra que o direito a educação para todo
cidadão brasileiro, inclusive para aquele jovem e adulto posto na constituinte possibilitou um
avanço na democracia. Políticas públicas começaram a serem criadas, porém, não fazia muito
sentido para os órgãos públicos criarem essas políticas aos povos camponeses. É por isso que
5
A respeito do conceito de Educação do Campo na educação brasileira, conferir Costa e Cabral (2016).
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o autor questiona: que direitos os povos do campo têm? São vistos de forma abstrata ou em
sua concretude? Essas indagações feitas por esse autor são atuais, pois, em nosso
entendimento, os jovens e os adultos não são muito bem vistos pelos órgãos públicos, que os
excluem das tomadas de decisões na sociedade, principalmente no que se referem aos seus
direitos de estudarem, trabalharem e permanecerem no campo.
Com esses questionamentos, Arroyo (2007, p. 161) deixa claro que é preciso avançar
“[...] no reconhecimento das especificidades e das diferenças”, no qual estão incluídos os
camponeses. Com efeito, aponta que a escola, transformadora e emancipadora, pode
contribuir para a garantia dos direitos dos jovens e adultos do campo.
Diante da defesa do direito a educação as populações camponesas, é preciso fortalecer
a escola do campo, pois faz parte da identidade do camponês, bem como sua cultura, arte,
trabalho e a terra (Arroyo, 2007). Desse modo, considerar essas especificidades, bem como os
saberes e vivências dos jovens e adultos, é fundamental para elaborar políticas públicas para a
formação de professores para o território rural.
Com base nesse cenário, Freitas e Silva (2016) asseveram que as produções
acadêmicas sobre a Educação do Campo com foco na EJA desenvolvidas no Brasil nos
últimos anos reforçam que a educação serve apenas para formar mão de obra qualificada, não
considerando o campo como território de vida, saberes, educação e trabalho do camponês. Por
isso da necessidade de se produzir mais estudos sobre esse tema, uma vez que ainda há
lacunas que precisam ser preenchidas na EJA do campo, principalmente no que se refere à
formação de professores para o meio rural.
Uma das formas levantadas por Freitas e Silva (2016) para impulsionar as pesquisas
sobre a formação de professores é continuar na luta por elaboração e efetivação de políticas
públicas de formação docente para o campo, como também problematizar esse tema em
eventos científicos, cursos de graduação e de pós-graduação, enfim, lutar por uma demanda
que é urgente e crescente na Educação do Campo: formar professores para as escolas
camponesas.
Sob essa perspectiva, Machado (2016) assevera que a EJA, embora se refira a
escolarização de jovens e adultos, não deve ser reduzida apenas a esse conceito, pois sua
história na educação brasileira é permeada por lutas e mobilizações pelo direito ao acesso e
permanência do jovem e do adulto (do campo e da cidade) na escola. Ou seja, a EJA se
configura não apenas como uma modalidade educacional, mas uma educação e aprendizagem
ao longo da vida.
Ao refletir sobre a Educação de Jovens e Adultos, Di Pierro (2015) salienta que por
mais que essa modalidade tenha sido institucionalizada na legislação, que tenha
financiamento do poder público (embora insuficiente para suprir suas demandas), e pelo fato
de não estar presente no sistema de avaliação (somado as taxas altas de abandono do jovem e
adulto e resultados ruins na aprendizagem), tem pouca visibilidade na educação brasileira.
Como revela a autora, é necessário ampliar o debate acerca da EJA na pesquisa educacional.
Importa chamar a atenção, entretanto, que as conquistas voltadas aos direitos dos
jovens e adultos se intensificaram com a “[...] mobilização e expressão da sociedade civil
frente ao poder público, tendo nos Fóruns de EJA regionais e estaduais seus principais
movimentos de defesa e reconhecimento dessa modalidade para a educação brasileira nos dias
atuais”. (Araújo & Oliveira, 2015, p. 193). Contudo, é fundamental trabalhar com esses
sujeitos a partir de políticas públicas efetivas, uma vez que o ensino nessa modalidade deve
atender as necessidades de aprendizagem e a realidade de cada indivíduo que volta a escola
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para continuar e concluir seus estudos, para que possam, enfim, exercerem o seu direito à
educação.
Práticas pedagógicas em artes com jovens e adultos camponeses
Iniciamos as análises com a imagem abaixo, ao revelar a real situação do
deslocamento de estudantes, professores e equipe escolar para trabalharem na escola do
campo analisada. Observamos que essa situação é característica da maioria das escolas rurais:
infraestrutura precária, geralmente sem materiais didáticos apropriados para os educandos, às
vezes sem água potável e, também, sem transporte público que leve com segurança e conforto
os estudantes e professores para a escola.
Figura 1: Imagem do deslocamento até a escola.
Fonte: Arquivo pessoal dos autores.
Além disso, notamos que a estrada que leva até a escola não é bem estruturada, por
isso nós, na condição de pesquisadores, saímos por volta das 06h00min da manhã para coletar
os dados nessa instituição escolar. Esse “ritual” se repetiu ao longo de quase 3 (três) meses, o
que deixa evidente o desinteresse do poder público em investir nas escolas localizadas no
meio rural.
Em diálogo com essa reflexão, Freitas e Silva (2016, p. 182) fazem uma importante
observação: o direito negado ao estudo de jovens e adultos do campo está presente na maioria
das pesquisas sobre esse tema na literatura científica brasileira. Por ser um problema
histórico, reflete não apenas o não cumprimento do Estado para com o direito à escolarização
desses sujeitos, mas evidencia a própria ausência de políticas públicas específicas e mais
efetivas para esse povo. Essa situação “[...] nos revela a posição marginal dada a EJA e a
formação de seus educadores no Brasil”.
A EJA do campo constitui espaço de sujeitos diversos: posseiros,
agricultores familiares, assentados da reforma agrária, comunidades rurais.
Assim, pensar a EJA do campo exige o reconhecimento e compromisso com
a diversidade dos sujeitos que vivem no e do campo, de suas culturas,
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histórias, práticas e experiências educativas assumidas e desenvolvidas por
eles (Freitas & Silva, 2016, p. 180).
Ou seja: a carência de professores com formação específica para lecionar na EJA,
muito devido à falta de instituições próximas ao campo, ou mesmo presentes nesse lugar,
condições precárias das escolas localizadas no meio rural, entre outros problemas, agravam a
continuidade dos estudos de tantos jovens e adultos.
Ao iniciarmos as coletas de dados nas aulas de Arte na turma multisseriada, a nossa
equipe de pesquisa (composta por dois pesquisadores) iniciou os conteúdos sobre o contexto
histórico de surgimento da HQ e como construir uma história em quadrinhos ao longo das
aulas. Assim, distribuímos 10 (dez) revistas de história em quadrinhos de artistas brasileiros
como Maurício de Sousa e Ziraldo aos alunos, para que eles pudessem lê-las e conhecerem
um pouco como eram essas revistas. Entretanto, quando todos começaram a ler, um fato nos
chamou a atenção: averiguamos que o aluno “E”6
não lia as histórias e, nesse momento,
verificamos que ele ainda não era alfabetizado. Foi então que auxiliamos o discente na leitura,
lendo as histórias em voz alta para que ele pudesse participar da aula e ter a chance, também,
de conhecer um pouco mais essa arte.
Em seguida fomos interrompidos pelo sinal da escola indicando o final daquele
primeiro turno. Posteriormente, saímos e almoçamos na própria escola, pois essa instituição
oferece almoço para as turmas de EJA. No período da tarde, explicamos à turma as principais
características das histórias em quadrinhos (sequência de imagens, onomatopeias,
enquadramentos entre outros elementos que a constituem). Descrevemos também como
elaborar uma história em quadrinhos: iniciar por meio de um texto verbal (sem os desenhos)
e, após o seu término, elaborar os desenhos dos personagens, cenários, enquadramentos,
onomatopeias e demais elementos presentes nessa linguagem. É importante assinalar que a
construção dessas histórias se iniciou na primeira aula e se estendeu ao longo das demais
aulas7
observadas e analisadas nesta pesquisa.
Após orientá-los de como construir histórias em quadrinhos, solicitamos a turma para
que, inicialmente, pensasse em uma história para iniciar o trabalho, que podia ser uma história
real (já vivenciada pelo aluno) ou criada (imaginação). Nesse momento, todos começaram a
escrever as suas histórias. Paralelo a isso, continuamos trabalhando com alfabetização com o
aluno “E”. Momentos depois, alguns alunos, como a estudante “A”, iam ao nosso encontro na
sala de aula mostrar as histórias em processo de criação, nos questionando como poderiam
melhorá-las, ou mesmo, para solucionar algumas dúvidas que surgiam nesse momento, como,
por exemplo, quantas páginas deveriam ter as histórias. Em geral, observamos que os alunos
estavam concentrados na produção dos trabalhos. Alguns trechos dos textos verbais que os
alunos fizeram podem ser visualizados abaixo:
6
Com o objetivo de atender os princípios éticos da pesquisa com seres humanos, identificamos os alunos
participantes desta pesquisa por códigos, para preservar os seus anonimatos. É importante assinalar que a escola
pesquisada autorizou, via documento assinado, a realização desta pesquisa.
7
Em uma das 6 (seis) aulas aplicamos o questionário para todos os alunos da turma, com exceção ao estudante
“E”, no qual trabalhamos alguns conteúdos de alfabetização.
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Figura 02: Trecho de uma história verbal dos quadrinhos produzido pela aluna C.
Fonte: Elaborada pela aluna C.
Após o término dos textos verbais, solicitamos aos jovens e adultos camponeses para
iniciarem a construção dos desenhos dessas histórias (cenários, personagens entre outros
elementos). É importante dizer que os alunos elaboraram as histórias no decorrer das aulas e
as levaram para casa, com o objetivo de continuarem os trabalhos e, posteriormente,
finalizarem nas aulas de Arte da escola pesquisada. Essa metodologia se justifica pelo fato da
carga horária dessa disciplina ser pequena, pouco mais de 1 (uma) hora aula por semana;
portanto, não daria tempo de terminarem as histórias se as fizessem apenas em 6 (seis) aulas
na escola, durante o período de coleta dos dados desta investigação.
Verificamos nessas histórias alguns aspectos interessantes: tamanhos diferentes dos
balões e com poucas palavras no interior deles (onde deveriam ser introduzidas as falas do
narrador). Diante disso, solicitamos aos alunos que digitassem em letras pequenas as falas e
colassem nos devidos locais referentes a cada personagem nos quadrinhos. Foi nesse
momento que a turma se dirigiu a secretaria da escola para fazer a digitação das falas e
colocá-las em suas histórias. Nesse sentido, é importante assinalar que,
Vale a pena proporcionar aos alunos jovens e adultos situações que lhes
permitam compreender e refletir sobre os diferentes âmbitos da arte,
ajudando-os a compreender a arte não apenas como lazer ou consumo, mas
como área do conhecimento e como atividade profissional (Brasil, 2002, p.
139).
De maneira semelhante à citação acima, Araújo (2016) salienta que as artes têm
importante papel na Educação do Campo por proporcionar ao jovem e adulto camponês
construir novas ideias e conhecimento a respeito da sua realidade. Com esse raciocínio, as
artes podem ser entendidas como um fenômeno expressivo, estético e criação essencialmente
humana.
Para prosseguir com as análises, socializamos alguns momentos da pesquisa de campo
a respeito da produção das histórias em quadrinhos com os jovens e adultos camponeses:
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Figura 03: Momentos de construção das histórias em quadrinhos
Fonte: Elaborada pelos autores.
É preciso esclarecer que as histórias em quadrinhos se caracterizam por contar uma
história através de uma sequência de imagens, constituída por texto verbal (palavras) e texto
visual (desenhos) (Araújo, Costa & Costa, 2008). Essa mistura entre palavras e imagens
permite que a mensagem seja transmitida ao leitor de uma forma mais objetiva e rápida, uma
vez que contribui para a disseminação de informação e, consequentemente, para a produção
de conhecimento. Logo abaixo, socializamos alguns trechos dos desenhos de histórias em
quadrinhos produzidos pela turma de EJA:
Figura 04: Trecho de uma história em quadrinhos produzida pelo aluno C.
Fonte: Elaborada pelo aluno C.
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Ao longo das observações, foi possível vislumbrar algumas dificuldades dos alunos
com o uso da língua portuguesa, tanto na escrita quanto na fala, como, por exemplo,
dificuldades para escrever palavras que alguns deles não conheciam, principalmente
referentes aos termos característicos das histórias em quadrinhos, como onomatopeias,
requadros entre outros. Constatamos também que parte desses alunos não conseguia construir
uma sequência lógica de escrita: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Porém, notamos ao longo dessas aulas que esses problemas foram amenizados por
meio da produção dessas histórias em quadrinhos, pois, na medida em que faziam os textos
verbais, eles refaziam, corrigiam o que escreviam (semelhante aos desenhos que faziam e
refaziam durante as aulas). Assim, ao questionarem essas palavras e expressões utilizadas
nessas histórias criadas por eles, sendo a maioria desconhecidas de seu contexto, notamos que
eles refletiam sobre a construção delas permeadas de experiências e histórias de vidas,
importantes para ajudá-los a compreender as suas realidades por meio das artes.
Com relação aos trabalhos feitos por eles, é importante o professor considerá-los como
autores e artistas dessas obras. É o professor que media as orientações desenvolvidas aos
alunos, valorizando e incentivando-os no fazer artístico e na construção do conhecimento em
artes, pois, “[...] um professor que entra em sintonia com as formas de vinculação de cada
estudante com o saber está mais apto a investigar o aluno a atribuir significado as artes,
resolver problemas e propor questões com suas poéticas pessoais” (Iavelberg, 2003, p. 10).
Isso nos ajuda a compreender que o professor que não valorizar os avanços alcançados
pelos discentes e as dificuldades encontradas e superadas por eles nesse processo, pode fazer
surgir neles sentimentos de baixa autoestima, por não terem conseguido corresponder às
expectativas de aprendizagem. Dito com outras palavras, aprender artes implica desafios, uma
vez que a subjetividade e a cultura do aluno são marcas pessoais do trabalho, por isso, é
importante que o professor considere esses aspectos durante o seu processo de ensino e
aprendizagem (Iavelberg, 2003). Desse modo, é possível promover condições melhores de
vida humana no meio natural e social, como por exemplo, preservar o meio em que está
inserido, uma vez que “[...] a arte tem papel fundamental na recuperação da cultura dos
alunos, favorecendo sua identificação com os conteúdos de aprendizagem” (Iavelberg, 2003,
p. 22).
Na análise aqui construída, constatamos que a produção de histórias em quadrinhos
contribuiu para motivar o jovem e o adulto a escrever e ler mais; pois, “[...] a linguagem e os
elementos dos quadrinhos, quando bem utilizados, podem ser aliados do ensino” (Santos &
Ganzarolli, 2011, p. 67). Certamente, continuaremos a usar esse recurso pedagógico nas aulas
de Arte na condição de professores e pesquisadores, uma vez que os estudantes jovens e
adultos se empolgaram com os trabalhos feitos ao longo dessa disciplina e se sentiram mais
motivados em querer aprender.
Em adição a essa análise, é importante salientar que a pesquisa realizada com esses
discentes foi baseada nas teorias de Barbosa (1994; 2003), voltadas a abordagem triangular
(tendência pedagógica contemporânea brasileira referente ao ensino de Arte que leva a
produção de conhecimento) que se aplica a todos os conteúdos curriculares, ao enfatizar uma
“[...] inter-relação entre o fazer, a leitura da obra de Arte (apreciação interpretativa) e a
contextualização histórica, social, antropológica e/ou estética da obra” (Barbosa, 2003, p. 17).
Com efeito,
A arte como manifestação cultural da humanidade é componente
imprescindível no processo de formação do ser humano. Na educação com o
objetivo de preparação do exercício da plena cidadania com conhecimentos
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que tornem os alunos capazes de inserir-se na realidade de maneira crítica e
criativa, torna-se fundamental discutir o papel da arte na formação desses
alunos (Dal’Maso, 2011, p. 56).
À luz desse pensamento, entendemos que as histórias em quadrinhos devem ser
trabalhadas dentro dessa abordagem, de modo que o professor faça a contextualização, ou
seja, exponha o conteúdo, explicando características e o histórico do tema a ser explorado e
desenvolvido pelos alunos, bem como promover o contato com a arte e, posteriormente,
estimular a sua produção (Barbosa, 1994). Ter isso em mente foi importante para nosso
trabalho enquanto pesquisadores no momento que os dados foram gerados no campo da
pesquisa.
Conforme essas reflexões, entendemos que a educação deve levar em conta todos os
elementos do contexto social e cultural dos estudantes, uma vez que cada jovem e adulto
presente na sala de aula traz consigo seus saberes e culturas (Oliveira, 2007). Sendo assim, os
estudantes camponeses devem ter os seus saberes considerados e valorizados no processo de
ensino e aprendizagem na escola, pois, por terem voltado a esse espaço para concluir os seus
estudos, trazem para essa instituição ricas experiências de vida que podem ajudá-los a
construir conhecimento e, assim, ampliarem o seu entendimento de mundo.
Dito de outra maneira, independente se a turma é de classe multisseriada ou não, o
professor deve considerar que os jovens e adultos ali presentes trazem consigo experiências e
saberes construídos ao longo de suas vidas e que devem ser considerados no planejamento e
desenvolvimento das aulas com a turma, inclusive, no próprio Projeto Político Pedagógico
(PPP) da escola.
É fundamental destacar que os jovens e os adultos participantes da pesquisa são, em
sua maioria, estudantes donas de casa, trabalhadores, com filhos e toda uma vida construída,
com um leque de vivências, essenciais para a sua formação humana. Por isso entendemos ser
importante conhecer a realidade deles. Além disso, nas idas e voltas na pesquisa de campo
realizada na escola, vivenciamos um pouco mais sobre a rotina e acontecimentos do local
onde se localizava a escola do campo e, isso, em nosso entendimento, influenciou na
construção de suas histórias, ao refletirem o cotidiano deles, como, por exemplo, uma das
alunas ao fazer uma história de duas amigas que iam a uma festa no campo; e outra discente
que contava sobre a caçada de uma onça, entre tantas outras. Nessa direção,
[...] os quadrinhos podem ser utilizados na educação como instrumento para
a prática educativa, porque neles podemos encontrar elementos
composicionais que poderiam ser bastante úteis como meio de alfabetização
e leitura saudável [...] como enquadramento, relação entre figura e fundo
entre outras [...] e que poderiam se relacionar perfeitamente com a educação
(Araújo, Costa & Costa, 2008, p. 27).
Semelhante ao fragmento acima, Eisner (1999, p. 58) afirma que as histórias em
quadrinhos contêm elementos que exigem com que “o leitor exerça suas habilidades
interpretativas visuais e verbais”, ou seja, além de todas as possibilidades baseadas na
abordagem triangular, que permite ao aluno ler a obra, apreciar e criar, as HQ com seus
elementos verbais e não verbais promovem ao jovem e adulto a possibilidade de melhorar os
seus processos de leitura e escrita.
Com base nesse pensamento, podemos explorar as histórias construídas como um
interessante recurso pedagógico em sala de aula, fundamental para o desenvolvimento do
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aprendizado de jovens e dos adultos camponeses inseridos em classes multisseriadas. É nesse
processo que eles podem conseguir amenizar os problemas que apresentam em seus textos
verbais aqui relatados (dificuldades para escrever determinadas palavras, por exemplo).
O discurso da turma de EJA sobre as histórias em quadrinhos
Para encaminhar a geração de dados na pesquisa e, consequentemente, ampliar as
análises, a aplicação dos questionários ocorreu ao longo das aulas com a turma multisseriada
na disciplina de Arte. Porém, socializamos alguns relatos, devido à extensão do artigo, o que
não limita as análises construídas neste texto. É importante ressaltar que como as histórias em
quadrinhos são uma linguagem constituída de códigos escritos e visuais, entendemos ter sido
pertinente elaborar questões a respeito das artes, leitura e escrita.
Primeiramente indagamos a turma sobre o gosto pela leitura, ao perguntar: “Você
gosta de ler?” Os alunos responderam:
Aluna “A”:
Sim.
Aluna “B”:
Adoro ler.
Aluna “D”:
Sim, é um desenvolvimento.
O relato da turma foi interessante, pois as histórias em quadrinhos podem ser um dos
principais fatores capazes de produzir conhecimento e despertar no jovem e adulto o interesse
pela leitura. Um educador que sabe lidar adequadamente com esse gênero pode formar
grandes leitores no futuro. Nesse raciocínio, o fato de gostarem de ler pode ter facilitado à
aceitação das histórias em quadrinhos trabalhadas com a turma durante a pesquisa, bem como
se gostaram de escrever, pois ao serem questionadas sobre isso, responderam que:
Aluna “A”:
Sim.
Aluna “B”:
Sim.
Aluna “C”:
Sim, porque é um desenvolvimento para mim.
Ou seja, conforme seus depoimentos, as histórias em quadrinhos constituem recurso
pedagógico importante no processo de ensino e aprendizado deles, por possuir elementos
verbais e não verbais que podem ser explorados dentro da construção dos conteúdos
curriculares, ao promover a possibilidade do estudante ampliar o seu conhecimento de mundo.
À luz dessas reflexões, os alunos foram questionados sobre o conceito de artes. Assim
relataram:
Aluna “A”:
Eu acho que arte é uma cultura.
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Aluna “C”:
Arte para mim é uma cultura, o modo de se expressar.
Aluna “D”:
É uma matéria que amo.
É possível notar que a maioria dos estudantes entende artes como cultura, o que está
em consonância com a literatura científica da área, ao debater que artes não é apenas a
expressão de sentimentos, mas também conhecimento, linguagem para dialogar com a
realidade e transformá-la. Ou seja, artes também é cultura, conforme Iavelberg (2003, p. 06):
Arte é uma forma de conhecimento e expressão. Seu ensino tem como
objetivo garantir aos alunos acesso ao patrimônio cultural e histórico e
possibilitar atos de criação e conhecimento em diferentes linguagens da arte.
Fazendo e conhecendo arte na escola o aluno se reconhecerá como leitor
competente das obras dos artistas e valorizará o papel da arte na sociedade e
na vida dos indivíduos.
Outro ponto importante a ser analisado diz respeito à dificuldade dos estudantes sobre
a leitura e a escrita. Assim, quando questionados, responderam respectivamente:
Aluna “A”:
Eu tenho muita dificuldade para entender e diferenciar palavras que tem S
ou C.
Tenho sim, palavras com acento.
Aluna “C”:
Não, nenhuma dificuldade.
Não.
Aluna “D”:
Sim.
Para mim não tem dificuldade.
Identificamos os alunos com maiores dificuldades no que concerne a aprendizagem da
leitura e da escrita, como a aluna “A” que, apesar de interagir mais nas aulas, apresenta
algumas dificuldades para ler e escrever. Contudo, identificamos que essas dificuldades
diminuíram aos poucos, na medida em que os alunos produziam as histórias em quadrinhos
(textos verbais e os desenhos), como dito anteriormente. Vale ressaltar que mesmo tendo
essas dificuldades, a maioria dos alunos deixa claro em suas falas que gosta de ler e escrever.
Desse modo, o processo artístico deve ser ligado às emoções humanas e a produção de
conhecimento, que pode ocorrer por meio do teatro, música, dança e, porque não, das
histórias em quadrinhos. Nesse sentido, ao falarmos dessa linguagem no contexto educacional
como recurso pedagógico em sala de aula, Araújo, Costa e Costa (2008) nos alertam para o
cuidado que o docente deve ter ao usar a HQ em suas atividades escolares, pois deve ter o
mínimo de conhecimento sobre o assunto e criatividade para trabalhá-la, além de
planejamento prévio para o desenvolvimento das aulas, ou seja, é preciso organizar os
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objetivos das aulas e propor atividades contextualizadas de acordo com as especificidades dos
alunos.
Com essas análises, fica claro que não há restrições quanto ao uso das histórias em
quadrinhos em sala de aula para motivar o aluno em querer aprender, independente se isso
ocorrerá na aula de Arte ou não, pois a orientação é quanto ao uso adequado, às competências
e habilidades a serem alcançadas e se o professor tem conhecimentos fundamentais para
utilizá-la corretamente durante as suas aulas.
Discurso da professora de Arte sobre as histórias em quadrinhos
A professora de Arte é formada em Pedagogia, o que demonstra que ela não tem a
formação específica na área para ministrar a disciplina de Arte, fato que parece ser bastante
comum nas escolas da região analisada, devido à carência de cursos de formação inicial e
continuada em artes.
Ao perguntarmos qual o entendimento da professora sobre o que é artes, ela
respondeu:
Para mim é tudo. Até porque a gente já tá vivendo no mundo da arte, tudo
que você faz na vida é uma arte.
No relato da professora fica evidente um conceito genérico do que seja artes, pois se
dissermos que artes é tudo, estamos descaracterizando essa linguagem como área de
conhecimento, o que pode acarretar em um ensino superficial. Em nossa compreensão, o
conceito da professora é resultado de um processo de ensino fragmentado e frágil durante a
sua docência, devido à carência desses cursos de formação em artes na região pesquisada. Por
outro lado, ao ser indagada se artes contribui nos processos de leitura e escrita de seus alunos
jovens e adultos, a docente respondeu:
Com certeza. Porque você pode trabalhar a dinamicidade da arte dentro da
leitura do aluno. Ajuda tanto na leitura como na escrita.
O relato da docente é importante, pois nos ajuda a compreender que a construção do
currículo, tanto do processo de formação do professor, quanto do ensino formal, deve ser
estruturado e construído para atender as particularidades do aluno, pois entendemos que “[...]
o currículo precisa ser concebido como um projeto em permanente transformação, no qual a
visão de educação e o papel da escola são constantemente reorientados, segundo os avanços
teóricos e práticos dos temas e das questões a eles relacionados” (Iavelberg, 2003, p. 25).
Com efeito, “[...] teoria e prática articulam-se na aprendizagem das artes, o que se aprende no
âmbito teórico afeta o que se faz na prática criativa e vice-versa” (Iavelberg, 2012, p. 06).
Seguindo essas reflexões, é necessário também observar que ao mencionarmos a
produção de conhecimento em artes, nos referimos às histórias em quadrinhos como uma das
possibilidades artísticas de se trabalhar na escola, uma vez que “[...] é possível desenvolver a
percepção e imaginação... desenvolver a capacidade crítica, permitindo ao indivíduo analisar a
realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi
analisada” (Barbosa, 2003, p. 18). Isso nos leva a entender que nessa área (artes visuais,
teatro, dança e música) temos um leque de possibilidades de trabalho significativo, como, por
exemplo, as histórias em quadrinhos.
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A arte é um conhecimento interdisciplinar. Além de proporcionar
conhecimento para todas as áreas, ela contribui e traz significado para o
ensino e aprendizagem na educação escolar. A arte é produção
essencialmente humana e, portanto, é importante na escola (Araújo &
Oliveira, 2015, p. 692).
O fragmento é importante, pois ao trabalhar artes com a interdisciplinaridade, a
educação deve considerar o conhecimento como um todo, com disciplinas que se voltam a
alcançar um objetivo comum: desenvolver plenamente o cidadão e proporcionar
conhecimento que o auxilie em seu cotidiano e possibilite a ele expressar os seus pensamentos
e emoções de modo claro e coerente. Esse é um dos grandes problemas da educação atual:
limitar o conhecimento por áreas, isto é: o professor ministra a disciplina de história, mas não
pode “cobrar” do aluno que escreva corretamente, ou elaborar uma questão matemática para
ensiná-los como contabilizar os séculos, porque isso não faz parte de seu currículo e sim de
português e matemática, respectivamente. Falamos tanto que a educação é precária, que a
mesma deve melhorar e, no entanto, enquanto docentes, acabamos nos limitando a aprender e
a sermos mais conscientes dessa realidade.
É por isso que nas escolas do campo é necessário considerar os saberes e identidades
culturais dos jovens e dos adultos, bem como de suas comunidades; de projetos de
emancipação nos modos de pensar e agir coletivamente nas comunidades rurais; de reflexões
acerca das metodologias utilizadas e que podem contribuir para o avanço da aprendizagem
desses educandos; por fim, pensar em formas de superar os preconceitos e discriminações que
assolam tantas crianças, jovens e adultos camponeses para que possam, enfim, lutarem por
uma consciência de classe (Lopes & Silva, 2018). Isso, em nosso entendimento, tem nas
histórias em quadrinhos um meio para que esse processo ocorra efetivamente.
No ciclo em discussão, as políticas públicas de EJA devem garantir financiamento e
formas de inclusão que visem à qualidade desse ensino, ao considerar a grande diversidade
cultural do estudante dessa modalidade, principalmente no campo, uma vez que o aprendizado
dele não se inicia na escola, ao contrário, começou bem antes de voltar a essa instituição. Por
isso, seus saberes e conhecimentos devem ser levados em consideração na aprendizagem e no
Projeto Político Pedagógico da instituição escolar.
Considerações finais
As ações desenvolvidas na escola do campo pesquisada em Amarante-MA indicam
que as turmas de Educação de Jovens e Adultos dessa instituição apresentam dificuldades
quanto à leitura e escrita, mas que foram amenizadas depois das leituras e produções de
histórias em quadrinhos feitas por esses estudantes, além de ter proporcionado maior
envolvimento entre eles no processo de ensino e aprendizagem em Arte. Por outro lado, a
frequência nas aulas é escassa devido a tarefas realizadas paralelamente (classe
multisseriada). Diante desse cenário, é necessário que os estudantes jovens e os adultos do
campo possam ter um ensino voltado ao seu contexto, pois eles têm saberes e experiências
que precisam ser consideradas nesse processo, pois jamais devem ser tratados como crianças.
Com as análises construídas nesta investigação, entendemos que as ações ocorridas
nessa escola não são muito diferentes de outras localizadas no meio rural, pois as classes
multisseriadas, bastante comuns no campo, não devem ter o efetivo exercício de trabalho
letivo comprometido pela falta de estrutura, carência de material didático, poucos docentes e
auxiliares pedagógicos presentes nessas escolas (Lopes & Silva, 2018). Pois, aquele jovem e
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adulto que percorre, na maioria das vezes, quilômetros para chegar até a escola para estudar,
não deve ter o seu direito a educação e de permanecer nela negado pelo poder público.
Parece-nos fundamental considerar que o uso de HQ pode ser uma ferramenta
essencial para o avanço do processo de ensino e aprendizagem dos alunos na disciplina de
Arte, e porque não também em outras disciplinas? Com esse raciocínio, “[...] a ‘alfabetização’
na linguagem específica dos quadrinhos é indispensável para que o aluno decodifique as
múltiplas mensagens neles presentes e, também, para que o professor obtenha melhores
resultados em sua avaliação” (Vergueiro, 2016, p. 31).
Ao tomar com base essas análises, é possível inferir que as histórias em quadrinhos
proporcionam ao estudante conhecer melhor a cultura material, intelectual e artística de outros
povos, além daqueles presentes em seu meio local, assim também como seus modos de vida,
tradições, valores e crenças, por meio dos signos visuais e verbais presentes nessas histórias.
Com essa linguagem, é possível revelar a identidade cultural de sua localidade e de outros
lugares, importantes para o conhecimento cultural e desenvolvimento estético do educando.
Fica assim, evidente, que o trabalho com as histórias em quadrinhos desenvolvidas
com os jovens e os adultos foi alicerçado na abordagem triangular, voltada para a produção de
conhecimento em Arte, da qual buscou considerar as leituras e produções artísticas realizadas
com os discentes por meio das histórias em quadrinhos, bem como o seu contexto de
produção. Desse modo, observamos que os alunos, além de estarem empolgados em participar
da pesquisa na construção da HQ, realizaram a leitura das histórias em quadrinhos
apresentadas a eles e socializaram as suas dificuldades com essas histórias, reconhecendo essa
linguagem como forma de ajudá-los a compreender melhor os conteúdos das aulas e a
melhorar um pouco mais os seus processos de leitura e escrita.
Consideramos, enfim, que o conteúdo de Arte pode ser eficaz para a aprendizagem via
histórias em quadrinhos se o professor possuir o conhecimento e criatividade para utilizar
adequadamente essa linguagem na sala de aula. Com efeito, as histórias em quadrinhos são
importantes instrumentos metodológicos para o processo de ensino e aprendizagem desses
educandos jovens e adultos, no que se refere à aprendizagem da escrita e na motivação para a
leitura.
Referências
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Recebido em: 07/02/2019
Aprovado em: 07/05/2019
NOTA:
Os autores foram responsáveis pela concepção do artigo, pela análise e interpretação dos dados, pela
redação e revisão crítica do conteúdo do manuscrito e, ainda, pela aprovação da versão final a ser
publicada.