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Guião de Utilização de
Plataformas de
Aprendizagem em ambientes
escolares
Orientações para a dinamização de
áreas de trabalho entre professores
Título: Guião de Utilização de Plataformas de Aprendizagem em
ambientes escolares - Orientações para a dinamização de
áreas de trabalho entre professores
Documento produzido no âmbito do Projecto “Utilização educativa
de plataformas de aprendizagem” desenvolvido pelo Centro de Com-
petência RTE da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e
financiado pela Equipa CRIE/ Direcção Geral de Inovação e Desenvol-
vimento Curricular.
Não editado
Autores: Madalena Santos, Neuza Pedro, Francisca Soares e João
Filipe Matos
Lisboa, Julho de 2008
Pág.
1. Âmbito e Objectivos 1
2. Aspectos Gerais 2
3. Planificar antes de construir, é preciso! 4
4. Desenhar e organizar o espaço 7
5. Sustentar e dinamizar a comunidade 10
6. Questões finais 15
Índice
Âmbito
Este guião insere-se no âmbito do apoio à utilização das plataformas LMS
(por exemplo, o Moodle) enquanto:
- espaço de trabalho colaborativo de um conjunto de professores, pre-
ferencialmente de uma mesma escola ou agrupamento;
- espaço complementar do trabalho que já é desenvolvido presencial-
mente.
Prevê-se que as potencialidades da plataforma sejam aproveitadas de for-
ma a:
- fomentar uma melhor rentabilidade de esforços individuais;
- permitir uma gestão autónoma pelo conjunto dos professores envolvi-
dos;
- possibilitar uma adaptação flexível às condições de cada escola/
agrupamento
Objectivos
1. Identificar (alertar para) aspectos essenciais a considerar no desenvol-
vimento de espaços de trabalho na plataforma de uma escola ou agru-
pamento, relativos:
- à sua planificação;
- ao seu design e organização;
- à sua dinamização.
2. Fornecer algumas ideias que ajudem no desenvolvimento e na dinami-
zação dos referidos espaços de trabalho
1.
Âmbitos e Objectivos
1
A organização da plataforma de uma escola/agrupamento deve ser pensada
com cuidado e de forma negociada, ou seja, envolvendo-se nessa reflexão vários ele-
mentos da escola de modo a que ela tenha um sentido e uma organização claros para
os seus utilizadores (professores, alunos, funcionários e até encarregados de educação
ou visitantes) mas que, ao mesmo tempo, seja funcional para quem for viver e traba-
lhar de forma continuada nesse ambiente.
A criação de espaços (disciplinas, no Moodle) tem de ser cuidada pensando, por
exemplo, nas implicações que decorrem da existência de múltiplos espaços em que os
participantes vão precisar de se inscrever e participar. Por exemplo, se forem pessoas
ainda pouco experientes e flexíveis as dificuldades podem conduzir ao afastamento e
desistência.
É por estas razões que:
- não se devem multiplicar os espaços de trabalho em que cada pessoa vai ter de
interagir (corre-se o risco de ampliar a dificuldade de cada um gerir a multiplici-
dade de espaços de acção);
- as tarefas de dinamização dos vários espaços da plataforma devem ser distribuídas
entre vários professores (é difícil estar atento a muitos espaços de interacção, o
que pode levar a um acompanhamento pobre e menor que o desejável).
Na plataforma da escola/agrupamento, a existência de alguns espaços de tra-
balho dedicados exclusivamente à utilização dos professores pode ser bastante útil.
A decisão sobre quais os espaços a criar deve ser pensada em relação à necessidade e
relevância de trabalho comum ou, pelo menos, à necessidade forte e frequente de
interacção, partilha e comunicação entre esses professores. Ou seja, esses espaços
devem ter uma identidade própria que decorre tanto do que os une (as necessidades
que lhe são próprias) quanto do que os distingue de outros.
Para que cada espaço aberto seja vivo, útil e cumpra funções relevantes para todos,
isto é, para que responda a necessidades e não seja criador de dificuldades, é funda-
mental que exista alguém que assuma o papel de dinamizador que:
• fique responsável pela sua gestão e sustentação;
• esteja atento ao que vai acontecendo;
• desenvolva acções para manter esse espaço adequado e relevante para a
prática dos seus participantes.
Que áreas de trabalho de professores é que podem justificar a existência de espaços
de trabalho e comunicação numa plataforma?
2
2.
Aspectos gerais
Poderá ser útil a existência de espaços (disciplinas, no caso da plataforma Moodle) de
trabalho de professores, tais como:
3
Para quem Para quê Dinamizado por notas
Todos os professo-
res
Interacção e divulgação Orgãos de Gestão
Encontra ideias interes-
santes na Boa prática des-
crita em
http://moodle.crie.min-
edu.pt/file.php/400/
Boa_pratica_moodle.pdf
Directores de Tur-
ma
Interacção e trabalho comum;
Discussão e clarificação de dúvi-
das; Divulgação e Partilha de
experiências; Repositório de re-
cursos
Coordenadores de
Directores de Turma
Pode ser dinamizado em
parceria por 1 ou 2 ele-
mentos, que distribuem
entre
si responsabilidades
Professores de
uma mesma Área
Curricular ou De-
partamento
Interacção e trabalho conjunto;
Divulgação e Partilha de experi-
ências, ideias e conhecimentos;
Repositório de recursos por te-
máticas; Construção de materi-
ais e de recursos em conjunto;
Preparação de reuniões e deba-
tes
Um ou dois elemen-
tos do grupo que se
sintam mais motiva-
dos
Pode ser um espaço em
que se integrem professo-
res de vários ciclos
(no caso dos Agrupamen-
tos)
Professores que
leccionam o 1º
ciclo nas várias
escolas de um a-
grupamento - por
ano ou por áreas
de trabalho (ex.
língua materna,
ciências…)
Interacção e trabalho conjunto;
Divulgação e Partilha de experi-
ências; Repositório de recursos
por temáticas; Construção de
materiais e de recursos em con-
junto; Preparação de reuniões e
debates
Um ou dois elemen-
tos de cada grupo
que se sintam mais
motivados
Deve ser um espaço de
diálogo entre professores
das várias escolas poden-
do até incluir professores
dos vários ciclos (se for
por temáticas)
Professores envol-
vidos no desenvol-
vimento de um
projecto
Interacção e trabalho conjunto;
Divulgação de informação rele-
vante; Repositório de recursos
relevantes; Suporte ao desenro-
lar do projecto
Um ou dois elemen-
tos do grupo que se
sintam mais motiva-
dos
Pode ser um espaço em
que a dinamização rode
entre os vários elementos
ao longo do ano
Professores em
geral sobre ques-
tões relativas ao
apoio a alunos
com Necessidades
Educativas Especi-
ais
Divulgação de informações rele-
vantes; Partilha de dificuldades
e experiências; Repositório de
recursos por temáticas
Equipa de Apoios
Educativos - 1 ou 2
elementos que se
sintam mais motiva-
dos.
Pode ser um espaço não
só informativo, mas tam-
bém de apoio e diálogo
sobre as dificuldades que
surgem
Antes de se começar a organizar o espaço da plataforma da escola para interagir
e trabalhar com os colegas é importante reflectir sobre algumas questões.
Algumas sugestões que podem ajudar:
3.1. Para quem e para quê
Pode ser útil pensar sobre:
- qual o formato (tópicos, social, semanal) é mais conveniente e relevante;
- que tipo de informações/ajudas é preciso introduzir e com que visibilidade;
- que blocos laterais serão pertinentes (calendário, utilizadores em linha, mensa-
gens,...);
- que tipo de actividades será relevante disponibilizar de início e quais as que vai
ser necessário ir acrescentando;
- qual a melhor forma de disponibilizar e organizar os recursos.
3.2. A dinamização do espaço
Pode ser útil pensar sobre:
- a possibilidade da dinamização do espaço ser partilhada entre dois ou mais pro-
fessores (que vantagens, que dificuldades, como as ultrapassar,...);
- como vão partilhar as responsabilidades (por períodos de tempo alternados,...);
- como vão dialogar sobre a gestão do espaço que estão a criar.
Pode ser útil criar um fórum que fique só acessível ao pequeno grupo que parti-
lha estas tarefas. Aí podem dialogar e tomar decisões sobre questões relativas à
dinamização do espaço.
3.
Planificar antes de construir, é preciso!
4
A quem se dirige este espaço?
A que necessidades procura responder?
Que tipo de participação se pretende promover entre os colegas?
Que tipo de familiaridade têm estes professores com ambientes deste tipo?
Que tipo de dificuldades revelam?
Quem vai assumir as responsabilidades de dinamizador?
Será uma única pessoa ou um trabalho em parceria?
Será sempre a mesma pessoa ou pretende-se rotatividade?
3.3. O papel dos restantes participantes
Pode ser útil pensar sobre:
- como vai ser apresentado o espaço aos colegas;
- como vão ser cativados para a participação;
- como se vão inscrever; com que nível de permissão (teacher, non-editing tea-
cher, student);
- como vão ser apoiados aqueles que estão menos familiarizados com este tipo
de ambientes;
- como vão ser configuradas as actividades (com maior ou menor possibilidade de
intervenção dos participantes);
- como recolher o feedback dos colegas quanto à estrutura, organização, conteú-
do da disciplina (de forma impressionista, num questionário on-line em momen-
tos específicos, num fórum próprio...).
3.4. A interacção com outros espaços virtuais da escola
Pode ser útil pensar sobre:
- como é que este espaço se relaciona ou deve relacionar com outros espaços já
existentes?
- que papel deverá ter cada um deles?
É natural que já existam, por exemplo, sítios ou blogues da escola e/ou agrupa-
mento, de professores, ou ainda espaços noutras plataformas. É importante não
duplicar funções, nem dispersar espaços de interacção que na verdade acabem
por assumir os mesmos fins. As pessoas poderão deixar “morrer” algum deles, o
que pode ser entendido como não desejável ou, ainda, pode revelar-se muito
difícil mobilizar as pessoas para passarem a viver em novos espaços, o que exige
sempre a aquisição e desenvolvimento de novos hábitos.
Se alguns dos recursos já estão disponíveis num desses espaços, pode não ser
necessário, nem útil duplicá-los na plataforma. Mas pode ser bom estabelecer
uma ligação para onde eles existem, por forma a facilitar a consulta e o acesso
rápido a quem está dentro da plataforma.
5
Que papel vai ser atribuído aos restantes colegas?
Como se espera que eles actuem (consumidores, colaboradores...)?
A que necessidades é preciso estar atento (que domínio têm destes ambien-
Que outros espaços virtuais da escola já existem (sítios, outras plataformas,
blogues...)? Que funções têm?
Que hábitos de trabalho já existem relativamente a cada um deles?
3.5. A relação com as actividades presenciais associadas à identidade
da disciplina
Pode ser útil pensar sobre:
- que tipo de recursos são mais pertinentes?
- que tipos de actividades fazem falta?
- que secções será útil existir?
Por exemplo, num espaço de Directores de Turma pode ser útil colocar mode-
los de cartas para contactos com os encarregados de educação; modelos de ac-
tas de reuniões; formulários que necessitem de ser preenchidos. Pode também
ser relevante a existência de um fórum em que sejam debatidas questões recor-
rentes e onde sejam também partilhadas ideias de estratégias para lhes respon-
der (por exemplo, sobre as melhores maneiras de conseguir um trabalho próxi-
mo com os encarregados de educação). Pode também organizar-se um fórum es-
pecificamente vocacionado para a discussão de questões relacionadas com o
Projecto Curricular de Turma, onde podem ser esclarecidas dúvidas, debatidas
questões e partilhadas soluções para a sua operacionalização. Poderá também
ser útil disponibilizar a legislação mais relevante para a actividade de Direcção
de Turma. Esta pode ser organizada em secções ou até num Glossário (com as
categorias adequadas) ou numa Base de dados (actividades disponíveis, por e-
xemplo, no Moodle).
Da mesma forma, no espaço de um Departamento pode ser relevante ter um
fórum para preparar as reuniões que se tem de realizar periodicamente e mes-
mo para desenvolver trabalho após a realização das mesmas. Pode abrir-se um
fórum para as reuniões com um tópico por reunião ou até abrir um fórum por
reunião. Aí, antes da reunião, podem ser disponibilizados vários elementos: a
ordem de trabalhos, as informações a partilhar, os documentos que precisam ser
analisados,... Também poderia ser utilizado um wiki para a construção da acta
da reunião que, sendo tarefa assumida por um ou dois professores do Grupo, po-
derá estar acessível aos restantes colegas que assim poderão introduzir suges-
tões de emendas ou alterações. Desta forma, poupa-se impressões em papel,
leituras em voz alta e ganha-se tempo na reunião para discutir aquilo que, de
facto, precisa de ser negociado e trabalhado presencialmente. Além disso, os
elementos utilizados ficam organizados e acessíveis em qualquer momento para
todo o grupo, até para quem não esteve presente na reunião.
6
Que dinâmicas já existem entre as pessoas deste grupo?
Que aspectos serão mais bem resolvidos com recurso à plataforma?
Como é que a plataforma pode melhorar o que se vive presencialmente?
Como é que pode rentabilizar os recursos que cada participante, separada-
mente, tem?
As questões de design e de organização colocam-se desde o início, mas não ficam
resolvidas de uma forma definitiva. As plataformas, em geral, permitem uma grande
flexibilidade de organização e possibilitam um fácil ajuste às necessidades que vão
decorrendo da evolução de cada espaço.
Se é importante pensar o design logo de início também é fundamental estar a-
tento à evolução das condições, tanto dos participantes como do trabalho que estes
querem desenvolver. As necessidades evoluem, o que pode justificar que se proceda,
de tempos a tempos, a alguns ajustes na estrutura inicialmente definida. Ou seja, é
importante que o dinamizador de um espaço colectivo tenha uma atitude constante
de análise e reflexão sobre a forma como esse espaço está a ser utilizado, ouvindo as
opiniões de quem o utiliza e para quem foi criado.
4.1. Começar pequeno para tornar grande…
No início da criação de um espaço numa plataforma não é necessário (nem será
muito útil) ter uma grande quantidade de conteúdos ou de actividades totalmente
definidas para os participantes.
Poderá ser boa estratégia:
- Começar por um espaço simples que vai sendo completado a pouco e pouco e à
medida que os participantes se movimentam mais à vontade. Uma grande pro-
fusão de informação, recursos e actividades num momento inicial poderão con-
fundir os participantes, não contribuindo, desta forma, para a sua apropriação
do espaço e para uma participação activa.
- Iniciar de forma focalizada e organizada para que seja fácil a navegação no es-
paço.
- Começar por disponibilizar actividades mais simples, mas que apelem ao diálo-
go, à interacção e ao contributo de todos (os fóruns são importantes). Desta
forma, os utilizadores habituam-se gradualmente ao ambiente e a participar
nele.
4.2. Organizar visando a relevância para os utilizadores
Na organização de uma disciplina é fundamental ter uma noção razoável:
(i) das necessidades que já possui o conjunto de pessoas que a irá utilizar e que
justificam o desenvolvimento do espaço que está a criar;
(ii) do que se pretende mobilizar em termos de esforços conjuntos.
4.
Desenhar e organizar o espaço
7
Em relação a estas preocupações poderá ser útil:
- Disponibilizar actividades que permitam aos participantes:
(i) ter voz (abra fóruns, por exemplo, de “dúvidas e sugestões”, de debates so-
bre “temas quentes”, ou até, por exemplo, um espaço de “à mesa do café”)
(ii) intervir activamente na construção do conteúdo do espaço (por exemplo,
criando Wikis ou Glossários em que os participantes possam colocar itens ou,
pelo menos, comentar os já colocados).
- Alterar ou re-organizar o espaço quando se sente que a estrutura original já não
responde ao que vai emergindo. Por exemplo, de início e para participantes
pouco familiarizados com a plataforma, pode ser útil colocar os recursos com
acesso directo; mas, ao fim de algum tempo, se o número de recursos começa a
ser muito elevado pode ser útil organizá-los em Glossário ou numa Base de da-
dos. Mas tendo em atenção para que essa re-organização não seja feita de for-
ma precipitada e/ou com exagerada frequência (em especial se os participantes
ainda estão pouco familiarizados com estes ambientes.
4.3. Identificar as secções de forma clara
É fundamental que o modo de organização de um espaço de trabalho (uma discipli-
na, no caso do Moodle) seja facilmente compreensível para quem o vai usar e que
seja também possível reconhecer rapidamente o que se pode fazer e onde isso po-
de ser feito.
Por isso, é importante:
- Assinalar o que são zonas de interacção (os fóruns, chats,...), de construção
conjunta (os wikis, glossários de construção colectiva,...), de divulgação e par-
tilha de recursos (o Centro de Recursos da disciplina) ou de recolha de
informação/avaliação (referendos, questionários,…);
- Usar formas visuais que ajudem à identificação de cada zona do espaço. Isso
pode fazer-se (no Moodle) de diversos modos:
(i) com títulos e ilustrações, assim como colocando explicações curtas na In-
trodução de cada tópico;
(ii) com a colocação de Etiquetas (um dos Recursos disponíveis) que separam
zonas dentro de um mesmo tópico e as identificam.
8
4.4. Identificar os recursos/actividades de forma clara
Ao introduzir recursos/actividades na plataforma é importante que eles fiquem
identificados de forma clara e com elementos que ajudem os participantes a re-
conhecer rapidamente de que se trata e qual a sua função.
Há dois aspectos que facilitam essa identificação:
- o nome que lhes é atribuído
O nome a adoptar deve ser claro, curto e simples. Mas pode ser útil associ-
ar-lhe alguns elementos que permitam perceber as características do
ficheiro/ligação em causa. Pode adoptar-se, por exemplo, algo do tipo
“título” + PDF + 130Kb ou “título” + JAVA. Desta forma, mesmo antes de
abrir o recurso, é dada alguma informação em relação ao tipo de condições
necessárias para o visualizar.
- o sumário que lhe fica associado
Há duas formas de aceder aos recursos e às actividades que estão no Moo-
dle – acedendo à ligação que surge no corpo central da disciplina ou através
das ligações para os Recursos e Actividades que existem num dos blocos la-
terais. Esta última forma dá acesso à listagem do conjunto de recursos e de
actividades disponíveis na disciplina onde, para cada um, é indicado o No-
me e o Sumário. É por essa razão que se deve escrever o sumário sempre
que se adicionar um recurso ou uma actividade numa disciplina. Torna-se,
assim, mais fácil a pesquisa do que se procura em especial se já existe uma
listagem bastante grande ou se existem recursos/actividades com nomes
muito semelhantes.
9
Para que uma disciplina (no caso do Moodle) ou um espaço de uma plataforma
seja útil para a comunicação e o trabalho de um conjunto de professores é funda-
mental que se tenha alguns cuidados com a sua dinamização. Ela será tanto mais
vivida quanto o que ela possibilita vier a facilitar o dia a dia de quem a usa e não se
revelar como mais um peso desnecessário nesse quotidiano. Assim, para lá das preo-
cupações com a sua estrutura e os seus conteúdos, é fundamental que um ou dois
professores assumam um papel muito relevante na dinamização desse espaço, pelo
menos durante uma fase inicial.
Um espaço que seja orientado para um público muito amplo (como será o caso
de uma disciplina onde se pretende que todos os professores do agrupamento ou da
escola estejam inscritos) necessita de uma dinamização diferente de um outro onde
o grupo de participantes está focado num domínio mais específico (por exemplo, os
que desenvolvem um dado projecto, ou que leccionam uma dada área curricular).
Mas qualquer deles exige uma atenção cuidada para a sua sustentação.
Embora os participantes também sejam responsáveis pela vida e dinâmica de
um espaço social (como é uma disciplina numa plataforma) a noção e a evolução ple-
nas dessa responsabilidade partilhada têm de ser cultivadas e aprendidas. Isto é espe-
cialmente verdade quando as pessoas não se encontram familiarizadas com os ambien-
tes sociais a distância e quando ainda não estão instalados hábitos de trabalho nesses
meios. Nestes casos trata-se de uma aprendizagem que não é imediata e que tem de
ser desejada, possibilitada e acarinhada (ver Boa prática descrita em http://
moodle.crie.min-edu.pt/file.php/400/Boa_pratica_moodle.pdf). Desenvolver as com-
petências necessárias para a dinamização espaços de trabalho e comunicação deste
tipo é algo que não se consegue sem tempo, sem esforço e sem intencionalidade.
5.
Sustentar e dinamizar a comunidade
10
5.1. Questões de acesso
Pode ser aconselhável:
- Prever e organizar formas de apoio presencial aos que se sentem menos à
vontade, apelando ao contributo dos participantes mais experientes (por e-
xemplo, discutindo essas formas e dando algumas dicas numa das primeiras
reuniões em que apresente o espaço,...).
- Diversificar as actividades e estratégias ajustando-as a graus crescentes de
dificuldade para se tornar possível a qualquer participante encontrar forma
de intervir e de se adaptar gradualmente ao espaço.
- Disponibilizar, na disciplina,
(i) um ou 2 pequenos guiões de como actuar (já existem vários em portu-
guês);
(ii) um fórum de Dúvidas e apelar ao apoio activo dos participantes mais ex-
perientes (alunos ou encarregados de educação) nesse fórum.
- Utilizar (e ensinar a usar) as mensagens privadas, em particular quando se
percebe que há participantes que se sentem pouco confortáveis a colocar dú-
vidas num espaço colectivo. No entanto, se é previsível que a dúvida coloca-
da em privado seja sentida por outros participantes será útil o dinamizador
optar por a clarificar no fórum de Dúvidas. Desta forma, todos ficam com a-
cesso à explicação e não terá de a repetir mais vezes.
- Utilizar o fórum das Notícias para assinalar qualquer alteração do espaço
(um recurso que se adicionou, uma actividade nova que se abriu,...). É tam-
bém útil configurar os restantes fóruns para que os participantes recebam a
divulgação das interacções que aí acontecem, pois só são distribuídas para os
mails dos participantes as interacções que ocorrem nos fóruns e (no caso do
Moodle) só o fórum das Notícias é configurado, por defeito, para abranger
todos os participantes.
11
Será que os potenciais participantes podem aceder com facilidade e frequência
à Internet?
Será que são utilizadores regulares do correio electrónico?
Quais as dificuldades que os participantes poderão ter na actuação nestes am-
bientes?
5.2. Como interagir a distância
Pode ser aconselhável:
- Dar atenção aos aspectos de cortesia e de ética na interacção nestes meios de
comunicação que são públicos, pelo menos entre os participantes dos espaços;
(este site sobre Net etiqueta pode ser uma boa sugestão para consulta http://
www.albion.com/netiquette/corerules.html).
- Cultivar um modo positivo de debater as questões mesmo as mais polémicas,
tentando que as intervenções colocadas sejam abertas e convidativas ao deba-
te.
- Apelar à partilha de ideias, estratégias e recursos focados em temáticas que te-
nham relevância para um número razoável de participantes.
- Estar atento ao modo como decorrem as discussões nos fóruns; a recorrência num
fórum de assuntos a ser debatidos fora da temática que o orienta é sinal, em ge-
ral, de que é necessário (i) alterar o foco desse fórum ou abrir um outro fórum,
ou (ii) re-direccionar as intervenções de algumas participações para outros fó-
runs (ou tópicos de discussão).
- Sugerir que os tópicos de discussão dos fóruns sejam expressos de forma clara e
elucidativa e que lhes seja associada uma linha de resumo também ela elucidati-
va. Cada vez que se participa num fórum, deve ser colocada uma linha de resu-
mo (tal como acontece nos mails) que pretende sinalizar, de forma breve, o con-
teúdo da mensagem (no caso do Moodle, por exemplo, é a linha de Assuntos).
Quando se responde a uma linha de discussão, pode ser útil acrescentar ou alte-
rar a linha de Assunto que já vem por defeito, de forma a torná-la mais transpa-
rente sobre o seu conteúdo. Vai ajudar quando alguém pretende encontrar uma
informação específica numa dada sequência de mensagens. Numa discussão em
que 20 entradas estão intituladas da mesma forma (por exemplo, “acerca do ca-
so X”) torna-se difícil encontrar uma informação que procuramos sem ter de a-
12
A interacção nos espaços sociais a distância apresenta questões específicas
que a distinguem tanto da forma de diálogo por correio electrónico (em ge-
ral, diálogo entre duas pessoas e com um caráter restrito e local) como do
modo presencial de interacção e trabalho em grupo. Por exemplo:
(i) o que se coloca nos fóruns fica disponível, podendo voltar a ser lido nou-
tros momentos, por vezes, já desligado do contexto inicial;
(ii) a forma escrita e não presencial de interacção não permite ter acesso
aos sinais visuais e auditivos a que estamos habituados a recorrer para per-
ceber como é que a nossa actuação está a ser recebida por aqueles com
que interagimos.
5.3. Sustentar a relevância
Pode ser aconselhável:
- Disponibilizar/organizar espaços informais (presencialmente e na plataforma)
de diálogo entre os utilizadores (fóruns informais, chats,...), os quais assu-
mam como propósito a criação e estabelecimento de empatia entre os utili-
zadores, ajudando a contribuir para o sentido de pertença à comunidade.
- Antecipar o que parece necessário mas ainda não está disponível, ou seja,
estar atento às necessidades emergentes que se percebem nos fóruns ou que
são sugeridas nos diálogos que se desenvolvem nos contactos presenciais do
quotidiano escolar.
- Identificar, nos momentos presenciais de trabalho, as situações e questões
que se colocam e para as quais se percebe que alguma das ferramentas dis-
poníveis na plataforma pode ser útil. Sugerir formas de a utilizar que simpli-
fiquem ou melhorem essas situações ou que rentabilizem os esforços. Criar as
actividades do Moodle que forem consideradas válidas pelos colegas. Explicar
como se utilizam e apoiar os menos experientes na sua utilização.
- Não deixar “morrer” a participação dos utilizadores:
(i) tomando a iniciativa, com alguma frequência (mas não exagerada), de co-
locar notícias ou ideias que vão de encontro aos interesses dos participan-
tes,
(ii) respondendo a intervenções que ainda não receberam nenhuma reacção.
No entanto, deve ter-se o cuidado de dar espaço para a iniciativa dos outros
participantes para não se criar a ideia de que é o dinamizador que deve rea-
gir a todas as iniciativas. O espírito de colaboração decorre de uma respon-
sabilidade partilhada de forma horizontal entre os participantes.
- Deixar que os outros participem na construção do espaço e da sua relevância,
que sejam partilhadas mesmo que não siga totalmente a orientação que o
dinamizador pensa ser a mais desejável (o que se pretende é um espaço de
trabalho colectivo, logo todos devem poder identificá-lo como seu).
- Analisar, de vez em quando, os relatórios da utilização da disciplina para
perceber que espaços podem já não fazer muito sentido e quais aqueles que
são mais frequentemente visitados.
13
A vida de um espaço social a distância (como é o caso de uma disciplina Mo-
odle) depende, em grande parte, da participação e das interacções dos seus
utilizadores, da dinâmica que se consegue implementar e da capacidade de
responder às necessidades dos seus potenciais utilizadores.
5.4. Dar visibilidade a aspectos organizacionais
Pode ser aconselhável:
- Negociar com os potenciais utilizadores (preferencialmente numa sessão
presencial) os objectivos do espaço de trabalho e os princípios com que vão
actuar nele.
- Mostrar aos participantes (numa das primeiras sessões de trabalho presen-
cial do grupo) o tipo de informação a que os dinamizadores têm acesso so-
bre a actividade dos participantes na disciplina, explicando as vantagens
dessa informação num sentido que seja positivo e não apenas de controle.
Deve ser dada atenção às questões éticas que se podem levantar e aos me-
lindres que podem estar associados às ideias de “vigilância” e de
“avaliação”. Estas questões podem deturpar ou retrair relações de partilha
e de trabalho que se começam a estabelecer e que podem ser ainda pouco
estáveis.
- Disponibilizar blocos laterais, tais como:
(i) a descrição da disciplina (ajuda a manter presente os objectivos da dis-
ciplina);
(ii) um calendário (mantendo-o actualizado com as datas importantes para
o grupo);
(iii) o espaço de mensagens (explicando o que significa e como usar as
mensagens privadas);
(iv) os utilizadores activos (a visibilidade da presença, no momento, de
quem está online ajuda a manter o sentido de grupo);
(v) alguma lista de RSS remota (para um sítio de interesse dos utilizado-
res).
- Criar actividades ou colocar recursos que estejam de acordo com os princí-
pios divulgados como sendo os da disciplina (por exemplo, se visar essenci-
almente a comunicação deve ter foruns...; se quiser promover a partilha e
a construção conjunta, os fóruns devem permitir que os participantes inici-
em tópicos,...).
14
A vida de um espaço social a distância (como é o caso de uma disciplina Mo-
odle) depende, em grande parte, da participação e das interacções dos seus
utilizadores, da dinâmica que se consegue implementar e da capacidade de
responder às necessidades dos seus potenciais utilizadores.
6.1. Sobre os dinamizadores – que papel e perfil?
O papel de dinamizador de uma disciplina numa plataforma (por exemplo, no
Moodle) ou de um espaço de trabalho social a distância é fundamental e exige
novas competências, muitas vezes distintas das que a maioria dos professores
construiu ao longo da sua vida profissional. Isso não significa que não se deva
avançar para a exploração destes ambientes de trabalho.
As novas competências serão construídas e desenvolvidas com a experiência e
com a reflexão que se faça sobre essa mesma experiência. Essa reflexão deve
ser feita, de preferência, com outros colegas com quem se partilhe e debata
ideias, dificuldades e experiências.
Algumas questões que podem ajudar na reflexão sobre quem serão as pessoas
que irão assumir o papel de dinamizadores de um espaço de trabalho de profes-
sores:
- Que papéis vai ser necessário desempenhar?
(mobilizador, moderador, atento, com iniciativa qb...)
- Como vão funcionar os potenciais dinamizadores?
(uma pessoa por cada espaço de trabalho ou em parcerias, como partilhar
esse papel…)
- Que necessidades vão ter?
(tempo, ajuda, partilha de ideias e problemas...)
- Que capacidades são necessárias, ou seja, quais as que já possuem à parti-
da ou quais as que estão disponíveis para desenvolver?
(de partilha e ajuda, de interacção, de organização e flexibilidade, de em-
penho sistemático, de iniciativa, de atenção ao que se está a passar... É
útil ver os relatórios de actividade na disciplina para se perceber como é
que está a ser vivida pelos participantes; ter uma actuação cautelosa mas
mobilizadora, de encontro às necessidades que se vão sentindo mas tentan-
do puxar um pouco mais além do que já é hábito - além, claro, de algum
sentido de humor e espírito positivo).
6.
Algumas questões finais em jeito de resumo…
15
6.2. Sobre a plataforma/disciplina
A plataforma de uma escola/agrupamento com cada um dos seus espaços soci-
ais a distância (disciplinas, no caso do Moodle) ampliam as possibilidades de in-
teracção, comunicação e de actividade que habitualmente fazem parte do quo-
tidiano das escolas. No entanto, têm um âmbito de acção diferente e caracte-
rísticas específicas que colocam, em geral, questões novas aos seus utilizado-
res. Por isso é importante reflectir sobre essas questões e debatê-las explicita-
mente e em diversos momentos com os utilizadores (os actuais e os potenciais)
desses espaços.
A aprendizagem da vivência nestes meios faz-se colectivamente e bastante de
forma horizontal, ou seja, partilhando experiências e discutindo-as aberta e
amplamente entre aqueles que as vivem em conjunto.
Por exemplo:
- que papel se pensa que a plataforma/disciplina pode ter para as pessoas
que usufruem da escola/agrupamento?
(meio de comunicação, divulgador, repositório, facilitador de partilhas,
meio de dar visibilidade a esforços colectivos,...);
- que questões de natureza ética e relacional se podem colocar?
(exposição pública de imagens/opiniões/dados pessoais; autoria do que é
produzido; delicadeza na interacção.
Como é um espaço de comunicação e de construção deverá contribuir para
fomentar a abertura a ideias diferentes e ao debate construtivo, não
devendo ser um espaço de crítica destrutiva que fica pública e passível de
ser revisitada fora do contexto e do momento).
16
As plataformas de aprendizagem, além de serem consideradas fáceis
de utilizar e úteis/vantajosas para o apoio ao trabalho desenvolvido entre
professores instituiram-se como uma realidade na grande maioria das escolas
básicas e secundárias portuguesas, sendo cada vez mais frequente a vontade
expressa por professores a alunos em ter disponíveis espaços de trabalho em
plataformas.
As questões, sugestões e chamadas de atenção anteriormente apre-
sentadas visam sobretudo orientar o processo de abertura, estruturação, orga-
nização, desenvolvimento e dinamização de espaços de trabalho e de colabo-
ração para professores, preferencialmente de uma mesma escola ou agrupa-
mento. Desta forma, pretende-se alertar os professores para algumas preocu-
pações que poderão surgir, servindo de igual modo para acautelar algumas di-
ficuldades que, por vezes, surgem aliadas a estes percursos.
Embora a construção deste guião tenha uma autoria, de facto, ele não seria
possível sem:
• o apoio das nossas colegas Teresa Silva e Teresa Faria
• os professores das escolas com quem a equipa do Centro de
Competência RTE da Faculdade de Ciências da Universidade
de Lisboa tem desenvolvido trabalho no âmbito da imple-
mentação de plataformas Moodle das suas escolas/
agrupamentos.
A todos eles o nosso agradecimento.
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  • 1. Guião de Utilização de Plataformas de Aprendizagem em ambientes escolares Orientações para a dinamização de áreas de trabalho entre professores
  • 2. Título: Guião de Utilização de Plataformas de Aprendizagem em ambientes escolares - Orientações para a dinamização de áreas de trabalho entre professores Documento produzido no âmbito do Projecto “Utilização educativa de plataformas de aprendizagem” desenvolvido pelo Centro de Com- petência RTE da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e financiado pela Equipa CRIE/ Direcção Geral de Inovação e Desenvol- vimento Curricular. Não editado Autores: Madalena Santos, Neuza Pedro, Francisca Soares e João Filipe Matos Lisboa, Julho de 2008
  • 3. Pág. 1. Âmbito e Objectivos 1 2. Aspectos Gerais 2 3. Planificar antes de construir, é preciso! 4 4. Desenhar e organizar o espaço 7 5. Sustentar e dinamizar a comunidade 10 6. Questões finais 15 Índice
  • 4. Âmbito Este guião insere-se no âmbito do apoio à utilização das plataformas LMS (por exemplo, o Moodle) enquanto: - espaço de trabalho colaborativo de um conjunto de professores, pre- ferencialmente de uma mesma escola ou agrupamento; - espaço complementar do trabalho que já é desenvolvido presencial- mente. Prevê-se que as potencialidades da plataforma sejam aproveitadas de for- ma a: - fomentar uma melhor rentabilidade de esforços individuais; - permitir uma gestão autónoma pelo conjunto dos professores envolvi- dos; - possibilitar uma adaptação flexível às condições de cada escola/ agrupamento Objectivos 1. Identificar (alertar para) aspectos essenciais a considerar no desenvol- vimento de espaços de trabalho na plataforma de uma escola ou agru- pamento, relativos: - à sua planificação; - ao seu design e organização; - à sua dinamização. 2. Fornecer algumas ideias que ajudem no desenvolvimento e na dinami- zação dos referidos espaços de trabalho 1. Âmbitos e Objectivos 1
  • 5. A organização da plataforma de uma escola/agrupamento deve ser pensada com cuidado e de forma negociada, ou seja, envolvendo-se nessa reflexão vários ele- mentos da escola de modo a que ela tenha um sentido e uma organização claros para os seus utilizadores (professores, alunos, funcionários e até encarregados de educação ou visitantes) mas que, ao mesmo tempo, seja funcional para quem for viver e traba- lhar de forma continuada nesse ambiente. A criação de espaços (disciplinas, no Moodle) tem de ser cuidada pensando, por exemplo, nas implicações que decorrem da existência de múltiplos espaços em que os participantes vão precisar de se inscrever e participar. Por exemplo, se forem pessoas ainda pouco experientes e flexíveis as dificuldades podem conduzir ao afastamento e desistência. É por estas razões que: - não se devem multiplicar os espaços de trabalho em que cada pessoa vai ter de interagir (corre-se o risco de ampliar a dificuldade de cada um gerir a multiplici- dade de espaços de acção); - as tarefas de dinamização dos vários espaços da plataforma devem ser distribuídas entre vários professores (é difícil estar atento a muitos espaços de interacção, o que pode levar a um acompanhamento pobre e menor que o desejável). Na plataforma da escola/agrupamento, a existência de alguns espaços de tra- balho dedicados exclusivamente à utilização dos professores pode ser bastante útil. A decisão sobre quais os espaços a criar deve ser pensada em relação à necessidade e relevância de trabalho comum ou, pelo menos, à necessidade forte e frequente de interacção, partilha e comunicação entre esses professores. Ou seja, esses espaços devem ter uma identidade própria que decorre tanto do que os une (as necessidades que lhe são próprias) quanto do que os distingue de outros. Para que cada espaço aberto seja vivo, útil e cumpra funções relevantes para todos, isto é, para que responda a necessidades e não seja criador de dificuldades, é funda- mental que exista alguém que assuma o papel de dinamizador que: • fique responsável pela sua gestão e sustentação; • esteja atento ao que vai acontecendo; • desenvolva acções para manter esse espaço adequado e relevante para a prática dos seus participantes. Que áreas de trabalho de professores é que podem justificar a existência de espaços de trabalho e comunicação numa plataforma? 2 2. Aspectos gerais
  • 6. Poderá ser útil a existência de espaços (disciplinas, no caso da plataforma Moodle) de trabalho de professores, tais como: 3 Para quem Para quê Dinamizado por notas Todos os professo- res Interacção e divulgação Orgãos de Gestão Encontra ideias interes- santes na Boa prática des- crita em http://moodle.crie.min- edu.pt/file.php/400/ Boa_pratica_moodle.pdf Directores de Tur- ma Interacção e trabalho comum; Discussão e clarificação de dúvi- das; Divulgação e Partilha de experiências; Repositório de re- cursos Coordenadores de Directores de Turma Pode ser dinamizado em parceria por 1 ou 2 ele- mentos, que distribuem entre si responsabilidades Professores de uma mesma Área Curricular ou De- partamento Interacção e trabalho conjunto; Divulgação e Partilha de experi- ências, ideias e conhecimentos; Repositório de recursos por te- máticas; Construção de materi- ais e de recursos em conjunto; Preparação de reuniões e deba- tes Um ou dois elemen- tos do grupo que se sintam mais motiva- dos Pode ser um espaço em que se integrem professo- res de vários ciclos (no caso dos Agrupamen- tos) Professores que leccionam o 1º ciclo nas várias escolas de um a- grupamento - por ano ou por áreas de trabalho (ex. língua materna, ciências…) Interacção e trabalho conjunto; Divulgação e Partilha de experi- ências; Repositório de recursos por temáticas; Construção de materiais e de recursos em con- junto; Preparação de reuniões e debates Um ou dois elemen- tos de cada grupo que se sintam mais motivados Deve ser um espaço de diálogo entre professores das várias escolas poden- do até incluir professores dos vários ciclos (se for por temáticas) Professores envol- vidos no desenvol- vimento de um projecto Interacção e trabalho conjunto; Divulgação de informação rele- vante; Repositório de recursos relevantes; Suporte ao desenro- lar do projecto Um ou dois elemen- tos do grupo que se sintam mais motiva- dos Pode ser um espaço em que a dinamização rode entre os vários elementos ao longo do ano Professores em geral sobre ques- tões relativas ao apoio a alunos com Necessidades Educativas Especi- ais Divulgação de informações rele- vantes; Partilha de dificuldades e experiências; Repositório de recursos por temáticas Equipa de Apoios Educativos - 1 ou 2 elementos que se sintam mais motiva- dos. Pode ser um espaço não só informativo, mas tam- bém de apoio e diálogo sobre as dificuldades que surgem
  • 7. Antes de se começar a organizar o espaço da plataforma da escola para interagir e trabalhar com os colegas é importante reflectir sobre algumas questões. Algumas sugestões que podem ajudar: 3.1. Para quem e para quê Pode ser útil pensar sobre: - qual o formato (tópicos, social, semanal) é mais conveniente e relevante; - que tipo de informações/ajudas é preciso introduzir e com que visibilidade; - que blocos laterais serão pertinentes (calendário, utilizadores em linha, mensa- gens,...); - que tipo de actividades será relevante disponibilizar de início e quais as que vai ser necessário ir acrescentando; - qual a melhor forma de disponibilizar e organizar os recursos. 3.2. A dinamização do espaço Pode ser útil pensar sobre: - a possibilidade da dinamização do espaço ser partilhada entre dois ou mais pro- fessores (que vantagens, que dificuldades, como as ultrapassar,...); - como vão partilhar as responsabilidades (por períodos de tempo alternados,...); - como vão dialogar sobre a gestão do espaço que estão a criar. Pode ser útil criar um fórum que fique só acessível ao pequeno grupo que parti- lha estas tarefas. Aí podem dialogar e tomar decisões sobre questões relativas à dinamização do espaço. 3. Planificar antes de construir, é preciso! 4 A quem se dirige este espaço? A que necessidades procura responder? Que tipo de participação se pretende promover entre os colegas? Que tipo de familiaridade têm estes professores com ambientes deste tipo? Que tipo de dificuldades revelam? Quem vai assumir as responsabilidades de dinamizador? Será uma única pessoa ou um trabalho em parceria? Será sempre a mesma pessoa ou pretende-se rotatividade?
  • 8. 3.3. O papel dos restantes participantes Pode ser útil pensar sobre: - como vai ser apresentado o espaço aos colegas; - como vão ser cativados para a participação; - como se vão inscrever; com que nível de permissão (teacher, non-editing tea- cher, student); - como vão ser apoiados aqueles que estão menos familiarizados com este tipo de ambientes; - como vão ser configuradas as actividades (com maior ou menor possibilidade de intervenção dos participantes); - como recolher o feedback dos colegas quanto à estrutura, organização, conteú- do da disciplina (de forma impressionista, num questionário on-line em momen- tos específicos, num fórum próprio...). 3.4. A interacção com outros espaços virtuais da escola Pode ser útil pensar sobre: - como é que este espaço se relaciona ou deve relacionar com outros espaços já existentes? - que papel deverá ter cada um deles? É natural que já existam, por exemplo, sítios ou blogues da escola e/ou agrupa- mento, de professores, ou ainda espaços noutras plataformas. É importante não duplicar funções, nem dispersar espaços de interacção que na verdade acabem por assumir os mesmos fins. As pessoas poderão deixar “morrer” algum deles, o que pode ser entendido como não desejável ou, ainda, pode revelar-se muito difícil mobilizar as pessoas para passarem a viver em novos espaços, o que exige sempre a aquisição e desenvolvimento de novos hábitos. Se alguns dos recursos já estão disponíveis num desses espaços, pode não ser necessário, nem útil duplicá-los na plataforma. Mas pode ser bom estabelecer uma ligação para onde eles existem, por forma a facilitar a consulta e o acesso rápido a quem está dentro da plataforma. 5 Que papel vai ser atribuído aos restantes colegas? Como se espera que eles actuem (consumidores, colaboradores...)? A que necessidades é preciso estar atento (que domínio têm destes ambien- Que outros espaços virtuais da escola já existem (sítios, outras plataformas, blogues...)? Que funções têm? Que hábitos de trabalho já existem relativamente a cada um deles?
  • 9. 3.5. A relação com as actividades presenciais associadas à identidade da disciplina Pode ser útil pensar sobre: - que tipo de recursos são mais pertinentes? - que tipos de actividades fazem falta? - que secções será útil existir? Por exemplo, num espaço de Directores de Turma pode ser útil colocar mode- los de cartas para contactos com os encarregados de educação; modelos de ac- tas de reuniões; formulários que necessitem de ser preenchidos. Pode também ser relevante a existência de um fórum em que sejam debatidas questões recor- rentes e onde sejam também partilhadas ideias de estratégias para lhes respon- der (por exemplo, sobre as melhores maneiras de conseguir um trabalho próxi- mo com os encarregados de educação). Pode também organizar-se um fórum es- pecificamente vocacionado para a discussão de questões relacionadas com o Projecto Curricular de Turma, onde podem ser esclarecidas dúvidas, debatidas questões e partilhadas soluções para a sua operacionalização. Poderá também ser útil disponibilizar a legislação mais relevante para a actividade de Direcção de Turma. Esta pode ser organizada em secções ou até num Glossário (com as categorias adequadas) ou numa Base de dados (actividades disponíveis, por e- xemplo, no Moodle). Da mesma forma, no espaço de um Departamento pode ser relevante ter um fórum para preparar as reuniões que se tem de realizar periodicamente e mes- mo para desenvolver trabalho após a realização das mesmas. Pode abrir-se um fórum para as reuniões com um tópico por reunião ou até abrir um fórum por reunião. Aí, antes da reunião, podem ser disponibilizados vários elementos: a ordem de trabalhos, as informações a partilhar, os documentos que precisam ser analisados,... Também poderia ser utilizado um wiki para a construção da acta da reunião que, sendo tarefa assumida por um ou dois professores do Grupo, po- derá estar acessível aos restantes colegas que assim poderão introduzir suges- tões de emendas ou alterações. Desta forma, poupa-se impressões em papel, leituras em voz alta e ganha-se tempo na reunião para discutir aquilo que, de facto, precisa de ser negociado e trabalhado presencialmente. Além disso, os elementos utilizados ficam organizados e acessíveis em qualquer momento para todo o grupo, até para quem não esteve presente na reunião. 6 Que dinâmicas já existem entre as pessoas deste grupo? Que aspectos serão mais bem resolvidos com recurso à plataforma? Como é que a plataforma pode melhorar o que se vive presencialmente? Como é que pode rentabilizar os recursos que cada participante, separada- mente, tem?
  • 10. As questões de design e de organização colocam-se desde o início, mas não ficam resolvidas de uma forma definitiva. As plataformas, em geral, permitem uma grande flexibilidade de organização e possibilitam um fácil ajuste às necessidades que vão decorrendo da evolução de cada espaço. Se é importante pensar o design logo de início também é fundamental estar a- tento à evolução das condições, tanto dos participantes como do trabalho que estes querem desenvolver. As necessidades evoluem, o que pode justificar que se proceda, de tempos a tempos, a alguns ajustes na estrutura inicialmente definida. Ou seja, é importante que o dinamizador de um espaço colectivo tenha uma atitude constante de análise e reflexão sobre a forma como esse espaço está a ser utilizado, ouvindo as opiniões de quem o utiliza e para quem foi criado. 4.1. Começar pequeno para tornar grande… No início da criação de um espaço numa plataforma não é necessário (nem será muito útil) ter uma grande quantidade de conteúdos ou de actividades totalmente definidas para os participantes. Poderá ser boa estratégia: - Começar por um espaço simples que vai sendo completado a pouco e pouco e à medida que os participantes se movimentam mais à vontade. Uma grande pro- fusão de informação, recursos e actividades num momento inicial poderão con- fundir os participantes, não contribuindo, desta forma, para a sua apropriação do espaço e para uma participação activa. - Iniciar de forma focalizada e organizada para que seja fácil a navegação no es- paço. - Começar por disponibilizar actividades mais simples, mas que apelem ao diálo- go, à interacção e ao contributo de todos (os fóruns são importantes). Desta forma, os utilizadores habituam-se gradualmente ao ambiente e a participar nele. 4.2. Organizar visando a relevância para os utilizadores Na organização de uma disciplina é fundamental ter uma noção razoável: (i) das necessidades que já possui o conjunto de pessoas que a irá utilizar e que justificam o desenvolvimento do espaço que está a criar; (ii) do que se pretende mobilizar em termos de esforços conjuntos. 4. Desenhar e organizar o espaço 7
  • 11. Em relação a estas preocupações poderá ser útil: - Disponibilizar actividades que permitam aos participantes: (i) ter voz (abra fóruns, por exemplo, de “dúvidas e sugestões”, de debates so- bre “temas quentes”, ou até, por exemplo, um espaço de “à mesa do café”) (ii) intervir activamente na construção do conteúdo do espaço (por exemplo, criando Wikis ou Glossários em que os participantes possam colocar itens ou, pelo menos, comentar os já colocados). - Alterar ou re-organizar o espaço quando se sente que a estrutura original já não responde ao que vai emergindo. Por exemplo, de início e para participantes pouco familiarizados com a plataforma, pode ser útil colocar os recursos com acesso directo; mas, ao fim de algum tempo, se o número de recursos começa a ser muito elevado pode ser útil organizá-los em Glossário ou numa Base de da- dos. Mas tendo em atenção para que essa re-organização não seja feita de for- ma precipitada e/ou com exagerada frequência (em especial se os participantes ainda estão pouco familiarizados com estes ambientes. 4.3. Identificar as secções de forma clara É fundamental que o modo de organização de um espaço de trabalho (uma discipli- na, no caso do Moodle) seja facilmente compreensível para quem o vai usar e que seja também possível reconhecer rapidamente o que se pode fazer e onde isso po- de ser feito. Por isso, é importante: - Assinalar o que são zonas de interacção (os fóruns, chats,...), de construção conjunta (os wikis, glossários de construção colectiva,...), de divulgação e par- tilha de recursos (o Centro de Recursos da disciplina) ou de recolha de informação/avaliação (referendos, questionários,…); - Usar formas visuais que ajudem à identificação de cada zona do espaço. Isso pode fazer-se (no Moodle) de diversos modos: (i) com títulos e ilustrações, assim como colocando explicações curtas na In- trodução de cada tópico; (ii) com a colocação de Etiquetas (um dos Recursos disponíveis) que separam zonas dentro de um mesmo tópico e as identificam. 8
  • 12. 4.4. Identificar os recursos/actividades de forma clara Ao introduzir recursos/actividades na plataforma é importante que eles fiquem identificados de forma clara e com elementos que ajudem os participantes a re- conhecer rapidamente de que se trata e qual a sua função. Há dois aspectos que facilitam essa identificação: - o nome que lhes é atribuído O nome a adoptar deve ser claro, curto e simples. Mas pode ser útil associ- ar-lhe alguns elementos que permitam perceber as características do ficheiro/ligação em causa. Pode adoptar-se, por exemplo, algo do tipo “título” + PDF + 130Kb ou “título” + JAVA. Desta forma, mesmo antes de abrir o recurso, é dada alguma informação em relação ao tipo de condições necessárias para o visualizar. - o sumário que lhe fica associado Há duas formas de aceder aos recursos e às actividades que estão no Moo- dle – acedendo à ligação que surge no corpo central da disciplina ou através das ligações para os Recursos e Actividades que existem num dos blocos la- terais. Esta última forma dá acesso à listagem do conjunto de recursos e de actividades disponíveis na disciplina onde, para cada um, é indicado o No- me e o Sumário. É por essa razão que se deve escrever o sumário sempre que se adicionar um recurso ou uma actividade numa disciplina. Torna-se, assim, mais fácil a pesquisa do que se procura em especial se já existe uma listagem bastante grande ou se existem recursos/actividades com nomes muito semelhantes. 9
  • 13. Para que uma disciplina (no caso do Moodle) ou um espaço de uma plataforma seja útil para a comunicação e o trabalho de um conjunto de professores é funda- mental que se tenha alguns cuidados com a sua dinamização. Ela será tanto mais vivida quanto o que ela possibilita vier a facilitar o dia a dia de quem a usa e não se revelar como mais um peso desnecessário nesse quotidiano. Assim, para lá das preo- cupações com a sua estrutura e os seus conteúdos, é fundamental que um ou dois professores assumam um papel muito relevante na dinamização desse espaço, pelo menos durante uma fase inicial. Um espaço que seja orientado para um público muito amplo (como será o caso de uma disciplina onde se pretende que todos os professores do agrupamento ou da escola estejam inscritos) necessita de uma dinamização diferente de um outro onde o grupo de participantes está focado num domínio mais específico (por exemplo, os que desenvolvem um dado projecto, ou que leccionam uma dada área curricular). Mas qualquer deles exige uma atenção cuidada para a sua sustentação. Embora os participantes também sejam responsáveis pela vida e dinâmica de um espaço social (como é uma disciplina numa plataforma) a noção e a evolução ple- nas dessa responsabilidade partilhada têm de ser cultivadas e aprendidas. Isto é espe- cialmente verdade quando as pessoas não se encontram familiarizadas com os ambien- tes sociais a distância e quando ainda não estão instalados hábitos de trabalho nesses meios. Nestes casos trata-se de uma aprendizagem que não é imediata e que tem de ser desejada, possibilitada e acarinhada (ver Boa prática descrita em http:// moodle.crie.min-edu.pt/file.php/400/Boa_pratica_moodle.pdf). Desenvolver as com- petências necessárias para a dinamização espaços de trabalho e comunicação deste tipo é algo que não se consegue sem tempo, sem esforço e sem intencionalidade. 5. Sustentar e dinamizar a comunidade 10
  • 14. 5.1. Questões de acesso Pode ser aconselhável: - Prever e organizar formas de apoio presencial aos que se sentem menos à vontade, apelando ao contributo dos participantes mais experientes (por e- xemplo, discutindo essas formas e dando algumas dicas numa das primeiras reuniões em que apresente o espaço,...). - Diversificar as actividades e estratégias ajustando-as a graus crescentes de dificuldade para se tornar possível a qualquer participante encontrar forma de intervir e de se adaptar gradualmente ao espaço. - Disponibilizar, na disciplina, (i) um ou 2 pequenos guiões de como actuar (já existem vários em portu- guês); (ii) um fórum de Dúvidas e apelar ao apoio activo dos participantes mais ex- perientes (alunos ou encarregados de educação) nesse fórum. - Utilizar (e ensinar a usar) as mensagens privadas, em particular quando se percebe que há participantes que se sentem pouco confortáveis a colocar dú- vidas num espaço colectivo. No entanto, se é previsível que a dúvida coloca- da em privado seja sentida por outros participantes será útil o dinamizador optar por a clarificar no fórum de Dúvidas. Desta forma, todos ficam com a- cesso à explicação e não terá de a repetir mais vezes. - Utilizar o fórum das Notícias para assinalar qualquer alteração do espaço (um recurso que se adicionou, uma actividade nova que se abriu,...). É tam- bém útil configurar os restantes fóruns para que os participantes recebam a divulgação das interacções que aí acontecem, pois só são distribuídas para os mails dos participantes as interacções que ocorrem nos fóruns e (no caso do Moodle) só o fórum das Notícias é configurado, por defeito, para abranger todos os participantes. 11 Será que os potenciais participantes podem aceder com facilidade e frequência à Internet? Será que são utilizadores regulares do correio electrónico? Quais as dificuldades que os participantes poderão ter na actuação nestes am- bientes?
  • 15. 5.2. Como interagir a distância Pode ser aconselhável: - Dar atenção aos aspectos de cortesia e de ética na interacção nestes meios de comunicação que são públicos, pelo menos entre os participantes dos espaços; (este site sobre Net etiqueta pode ser uma boa sugestão para consulta http:// www.albion.com/netiquette/corerules.html). - Cultivar um modo positivo de debater as questões mesmo as mais polémicas, tentando que as intervenções colocadas sejam abertas e convidativas ao deba- te. - Apelar à partilha de ideias, estratégias e recursos focados em temáticas que te- nham relevância para um número razoável de participantes. - Estar atento ao modo como decorrem as discussões nos fóruns; a recorrência num fórum de assuntos a ser debatidos fora da temática que o orienta é sinal, em ge- ral, de que é necessário (i) alterar o foco desse fórum ou abrir um outro fórum, ou (ii) re-direccionar as intervenções de algumas participações para outros fó- runs (ou tópicos de discussão). - Sugerir que os tópicos de discussão dos fóruns sejam expressos de forma clara e elucidativa e que lhes seja associada uma linha de resumo também ela elucidati- va. Cada vez que se participa num fórum, deve ser colocada uma linha de resu- mo (tal como acontece nos mails) que pretende sinalizar, de forma breve, o con- teúdo da mensagem (no caso do Moodle, por exemplo, é a linha de Assuntos). Quando se responde a uma linha de discussão, pode ser útil acrescentar ou alte- rar a linha de Assunto que já vem por defeito, de forma a torná-la mais transpa- rente sobre o seu conteúdo. Vai ajudar quando alguém pretende encontrar uma informação específica numa dada sequência de mensagens. Numa discussão em que 20 entradas estão intituladas da mesma forma (por exemplo, “acerca do ca- so X”) torna-se difícil encontrar uma informação que procuramos sem ter de a- 12 A interacção nos espaços sociais a distância apresenta questões específicas que a distinguem tanto da forma de diálogo por correio electrónico (em ge- ral, diálogo entre duas pessoas e com um caráter restrito e local) como do modo presencial de interacção e trabalho em grupo. Por exemplo: (i) o que se coloca nos fóruns fica disponível, podendo voltar a ser lido nou- tros momentos, por vezes, já desligado do contexto inicial; (ii) a forma escrita e não presencial de interacção não permite ter acesso aos sinais visuais e auditivos a que estamos habituados a recorrer para per- ceber como é que a nossa actuação está a ser recebida por aqueles com que interagimos.
  • 16. 5.3. Sustentar a relevância Pode ser aconselhável: - Disponibilizar/organizar espaços informais (presencialmente e na plataforma) de diálogo entre os utilizadores (fóruns informais, chats,...), os quais assu- mam como propósito a criação e estabelecimento de empatia entre os utili- zadores, ajudando a contribuir para o sentido de pertença à comunidade. - Antecipar o que parece necessário mas ainda não está disponível, ou seja, estar atento às necessidades emergentes que se percebem nos fóruns ou que são sugeridas nos diálogos que se desenvolvem nos contactos presenciais do quotidiano escolar. - Identificar, nos momentos presenciais de trabalho, as situações e questões que se colocam e para as quais se percebe que alguma das ferramentas dis- poníveis na plataforma pode ser útil. Sugerir formas de a utilizar que simpli- fiquem ou melhorem essas situações ou que rentabilizem os esforços. Criar as actividades do Moodle que forem consideradas válidas pelos colegas. Explicar como se utilizam e apoiar os menos experientes na sua utilização. - Não deixar “morrer” a participação dos utilizadores: (i) tomando a iniciativa, com alguma frequência (mas não exagerada), de co- locar notícias ou ideias que vão de encontro aos interesses dos participan- tes, (ii) respondendo a intervenções que ainda não receberam nenhuma reacção. No entanto, deve ter-se o cuidado de dar espaço para a iniciativa dos outros participantes para não se criar a ideia de que é o dinamizador que deve rea- gir a todas as iniciativas. O espírito de colaboração decorre de uma respon- sabilidade partilhada de forma horizontal entre os participantes. - Deixar que os outros participem na construção do espaço e da sua relevância, que sejam partilhadas mesmo que não siga totalmente a orientação que o dinamizador pensa ser a mais desejável (o que se pretende é um espaço de trabalho colectivo, logo todos devem poder identificá-lo como seu). - Analisar, de vez em quando, os relatórios da utilização da disciplina para perceber que espaços podem já não fazer muito sentido e quais aqueles que são mais frequentemente visitados. 13 A vida de um espaço social a distância (como é o caso de uma disciplina Mo- odle) depende, em grande parte, da participação e das interacções dos seus utilizadores, da dinâmica que se consegue implementar e da capacidade de responder às necessidades dos seus potenciais utilizadores.
  • 17. 5.4. Dar visibilidade a aspectos organizacionais Pode ser aconselhável: - Negociar com os potenciais utilizadores (preferencialmente numa sessão presencial) os objectivos do espaço de trabalho e os princípios com que vão actuar nele. - Mostrar aos participantes (numa das primeiras sessões de trabalho presen- cial do grupo) o tipo de informação a que os dinamizadores têm acesso so- bre a actividade dos participantes na disciplina, explicando as vantagens dessa informação num sentido que seja positivo e não apenas de controle. Deve ser dada atenção às questões éticas que se podem levantar e aos me- lindres que podem estar associados às ideias de “vigilância” e de “avaliação”. Estas questões podem deturpar ou retrair relações de partilha e de trabalho que se começam a estabelecer e que podem ser ainda pouco estáveis. - Disponibilizar blocos laterais, tais como: (i) a descrição da disciplina (ajuda a manter presente os objectivos da dis- ciplina); (ii) um calendário (mantendo-o actualizado com as datas importantes para o grupo); (iii) o espaço de mensagens (explicando o que significa e como usar as mensagens privadas); (iv) os utilizadores activos (a visibilidade da presença, no momento, de quem está online ajuda a manter o sentido de grupo); (v) alguma lista de RSS remota (para um sítio de interesse dos utilizado- res). - Criar actividades ou colocar recursos que estejam de acordo com os princí- pios divulgados como sendo os da disciplina (por exemplo, se visar essenci- almente a comunicação deve ter foruns...; se quiser promover a partilha e a construção conjunta, os fóruns devem permitir que os participantes inici- em tópicos,...). 14 A vida de um espaço social a distância (como é o caso de uma disciplina Mo- odle) depende, em grande parte, da participação e das interacções dos seus utilizadores, da dinâmica que se consegue implementar e da capacidade de responder às necessidades dos seus potenciais utilizadores.
  • 18. 6.1. Sobre os dinamizadores – que papel e perfil? O papel de dinamizador de uma disciplina numa plataforma (por exemplo, no Moodle) ou de um espaço de trabalho social a distância é fundamental e exige novas competências, muitas vezes distintas das que a maioria dos professores construiu ao longo da sua vida profissional. Isso não significa que não se deva avançar para a exploração destes ambientes de trabalho. As novas competências serão construídas e desenvolvidas com a experiência e com a reflexão que se faça sobre essa mesma experiência. Essa reflexão deve ser feita, de preferência, com outros colegas com quem se partilhe e debata ideias, dificuldades e experiências. Algumas questões que podem ajudar na reflexão sobre quem serão as pessoas que irão assumir o papel de dinamizadores de um espaço de trabalho de profes- sores: - Que papéis vai ser necessário desempenhar? (mobilizador, moderador, atento, com iniciativa qb...) - Como vão funcionar os potenciais dinamizadores? (uma pessoa por cada espaço de trabalho ou em parcerias, como partilhar esse papel…) - Que necessidades vão ter? (tempo, ajuda, partilha de ideias e problemas...) - Que capacidades são necessárias, ou seja, quais as que já possuem à parti- da ou quais as que estão disponíveis para desenvolver? (de partilha e ajuda, de interacção, de organização e flexibilidade, de em- penho sistemático, de iniciativa, de atenção ao que se está a passar... É útil ver os relatórios de actividade na disciplina para se perceber como é que está a ser vivida pelos participantes; ter uma actuação cautelosa mas mobilizadora, de encontro às necessidades que se vão sentindo mas tentan- do puxar um pouco mais além do que já é hábito - além, claro, de algum sentido de humor e espírito positivo). 6. Algumas questões finais em jeito de resumo… 15
  • 19. 6.2. Sobre a plataforma/disciplina A plataforma de uma escola/agrupamento com cada um dos seus espaços soci- ais a distância (disciplinas, no caso do Moodle) ampliam as possibilidades de in- teracção, comunicação e de actividade que habitualmente fazem parte do quo- tidiano das escolas. No entanto, têm um âmbito de acção diferente e caracte- rísticas específicas que colocam, em geral, questões novas aos seus utilizado- res. Por isso é importante reflectir sobre essas questões e debatê-las explicita- mente e em diversos momentos com os utilizadores (os actuais e os potenciais) desses espaços. A aprendizagem da vivência nestes meios faz-se colectivamente e bastante de forma horizontal, ou seja, partilhando experiências e discutindo-as aberta e amplamente entre aqueles que as vivem em conjunto. Por exemplo: - que papel se pensa que a plataforma/disciplina pode ter para as pessoas que usufruem da escola/agrupamento? (meio de comunicação, divulgador, repositório, facilitador de partilhas, meio de dar visibilidade a esforços colectivos,...); - que questões de natureza ética e relacional se podem colocar? (exposição pública de imagens/opiniões/dados pessoais; autoria do que é produzido; delicadeza na interacção. Como é um espaço de comunicação e de construção deverá contribuir para fomentar a abertura a ideias diferentes e ao debate construtivo, não devendo ser um espaço de crítica destrutiva que fica pública e passível de ser revisitada fora do contexto e do momento). 16
  • 20. As plataformas de aprendizagem, além de serem consideradas fáceis de utilizar e úteis/vantajosas para o apoio ao trabalho desenvolvido entre professores instituiram-se como uma realidade na grande maioria das escolas básicas e secundárias portuguesas, sendo cada vez mais frequente a vontade expressa por professores a alunos em ter disponíveis espaços de trabalho em plataformas. As questões, sugestões e chamadas de atenção anteriormente apre- sentadas visam sobretudo orientar o processo de abertura, estruturação, orga- nização, desenvolvimento e dinamização de espaços de trabalho e de colabo- ração para professores, preferencialmente de uma mesma escola ou agrupa- mento. Desta forma, pretende-se alertar os professores para algumas preocu- pações que poderão surgir, servindo de igual modo para acautelar algumas di- ficuldades que, por vezes, surgem aliadas a estes percursos. Embora a construção deste guião tenha uma autoria, de facto, ele não seria possível sem: • o apoio das nossas colegas Teresa Silva e Teresa Faria • os professores das escolas com quem a equipa do Centro de Competência RTE da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa tem desenvolvido trabalho no âmbito da imple- mentação de plataformas Moodle das suas escolas/ agrupamentos. A todos eles o nosso agradecimento. 17