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Guerrilhas
O que é guerrilha
Luta armada, empreendida por um movimento
revolucionário de índole patriótica ou não, que combate
um governo estabelecido ou forças de ocupação com a
estratégia de mobilização política da população
camponesa e a tática de incursões ofensivas, atos
violentos e de surpresa, perpetrados por pequenos
grupos ger. recrutados nessa população.
Guerrilha na América
• FARC
As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) foi um
exército popular fundado em 1966 que lutava contra o governo colombiano.
As FARC realizaram inúmeras operações militares, sequestros e provocou
o deslocamento da população rural. Em 2016, assinaram um acordo de
paz com o governo da Colômbia.
As FARC foram fundadas por Pedro
Antonio Marín, mais conhecido como
Manuel Marulanda (1928-2008) e Jacobo
Arenas (1924-1990) e 48 campesinos da
região colombiana de Marquetália.
De orientação marxista, os
guerrilheiros acreditavam na luta armada
para tomar o poder e construir uma
sociedade de caráter socialista. A
justificativa foi uma reação à política entre
os partidos liberal e conservador que se
revezavam no governo desde a
independência da Colômbia.
Esses partidos, cujos membros eram
os proprietários das terras e dos
negócios, pouco ou nada faziam para
mudar a situação de pobreza na qual vivia
a população colombiana.
Jacobo Arenas
Pedro Antonio Marín
Ao eclodir a guerrilha na selva, ambos partidos solicitam ajuda aos
Estados Unidos para sufocar esta rebelião comunista e a criação de estados
independentes dentro do território colombiano.Após a Segunda Guerra
Mundial, o governo norte-americano patrocinou diversas ações anti-
comunistas na América Latina, inclusive no Brasil.
Os EUA alegavam que organizações populares, políticas e sociais no
continente sul-americano resultavam de um plano da União Soviética para
dominar o mundo.Sob essa perspectiva, o governo dos Estados Unidos
contribuiu para a consolidação das ditaduras militares na América do Sul.
Na Colômbia, o governo foi acusado de desrespeitar os direitos dos
cidadãos e de agir com violência. Com apoio do exército, grandes
latifundiários expulsaram e mataram camponeses e iniciaram uma política de
desapropriação de terras.
Já na década de 70, no meio da sangrenta guerra civil, surgem as
primeiras plantações de coca e o poder do narcotráfico concorre com esse
exército paramilitar. Com fim da URSS, as FARC têm que buscar outros
meios de financiamento e passam a fazer alianças com os traficantes a fim
de se abastecer de armas. Também sequestrou líderes políticos,
empresários e cidadãos que ficavam em seu poder por décadas na selva
colombiana.
Ingrid Betancourt
O sequestro da ex-senadora
franco-colombiana Ingrid Betancourt
(1961- ) foi um dos que mais marcou a
história da Colômbia. Ingrid era
candidata à presidência da Colômbia e
viajava com a diretora de sua
campanha, Clara Rojas.Sequestrada em
2002 e permaneceu na mão dos
captores durante seis anos. Só foi
libertada em 2008, após uma operação
militar, junto com outros quatorze reféns.
Ingrid Betancourt
Acordo de Paz
Em 52 anos, a guerra entre as FARC e o governo da Colômbia deixou
220 mil mortos, o deslocamento de 6 milhões de pessoas e incontáveis
mutilados e feridos.Com o fim da Guerra Fria e a globalização, o movimento
não conseguia mais financiamento e nem apoio da população colombiana.
A mudança de política iniciada
com o presidente Álvaro Uribe (2002-
2010) determinou que as FARC fossem
classificadas como grupo terrorista.
Assim, foi iniciada uma guerra sem
trégua, com o apoio dos Estados
Unidos, quando foram mortos seus
principais líderes.
Álvaro Uribe
Mais tarde, com a ascensão do presidente Juan Manoel Santos, em 2010,
tem lugar o início das negociações feitas em Havana, Cuba. Nesta cidade, as
FARC assinaram um acordo de paz com o governo colombiano em setembro
de 2016.As negociações foram intermediadas pela ONU e a confirmação
contou com líderes da América Latina e Europa.
O acordo foi assinado pelo líder
das FARC, Rodrigo Londono,
conhecido como "Timochenko" (1959-
), e o presidente colombiano Juan
Manuel Santos (1951 - ). Apesar de
não necessitar a aprovação da
população, o presidente Juan Manuel
Santos o submeteu a um referendo
em 3 de outubro de 2016. No entanto,
os colombianos o rejeitaram, pois o
consideraram que os combatentes não
seriam punidos. Ambas partes tiveram
que assinar um novo acordo que,
desta vez, foi ratificado pelo
Congresso colombiano em novembro
de 2016.
Juan Manoel Santos e Timochenko
apertam as mãos diante de Raul Castro
Principais Termos:
FARC:
• Entregar as armas e encerrar meio século de guerra;
• Contribuir com ações que impeçam a atuação de traficantes de drogas;
• Auxiliar no processo de reparação das vítimas da guerra;
• Destruir as plantações ilegais de coca.
Governo da Colômbia:
• Retirada das minas terrestres espalhadas no território colombiano;
• Implementar uma política de redução das desigualdades sociais;
• Implantar a reforma agrária e incentivar o desenvolvimento agrícola;
• Reparar as vítimas da guerra monetariamente e judicialmente;
• Auxiliar no retorno para as comunidades de 5 milhões de refugiados;
• Reintegração de 7 mil guerrilheiros à sociedade.
O que foi
A Revolução Cubana
foi um processo
revolucionário responsável
pela derrubada do governo
ditatorial imposto
por Fulgêncio Batista que
resultou na tomada de
poder da guerrilha liderada
por Fidel Castro no ano de
1959. Apesar de, a
princípio, não se basear
em uma ideologia
socialista, o movimento
cubano acabou se
alinhando ao comunismo
soviético.
Fulgêncio Batista
Fidel Castro
Golpe de Fulgêncio Batista
Cuba tornou-se independente em 1898, a partir do apoio dos EUA contra
a Espanha, e desde então tornou-se uma espécie de quintal dos EUA, onde
inúmeros negócios norte-americanos se desenvolviam com lucros altíssimos às
custas da exploração da economia cubana. O processo de oposição contra o
poder em Cuba se iniciou a partir do golpe político realizado por Fulgêncio
Batista, em 10 de março de 1952, que resultou na derrubada do então
presidente Carlos Prío Socarrás. A partir do golpe, Fulgêncio Batista instituiu
uma forte ditadura militar com forte repressão da imprensa e de qualquer
movimento político de oposição e com ela se iniciou a luta de Fidel Castro e
seus partidários. Podemos afirmar, portanto, que o movimento liderado por
Fidel Castro é, ao mesmo tempo, uma luta contra a ditadura de Fulgêncio
Batista e também uma luta nacionalista contra as intervenções norte-
americanas nos assuntos cubanos, tanto em questões políticas quanto em
questões econômicas.
Início da luta
A luta contra Fulgêncio Batista começou a partir de 1953, quando foi
organizado o ataque ao Quartel de Moncada, na cidade de Santiago, no dia 26
de julho. O objetivo do ataque era realizar a tomada das armas, porém o
ataque foi um fracasso e Fidel Castro e seu irmão foram presos. Fidel Castro
foi condenado a 15 anos de prisão, contudo, dois anos depois, em 1955, foi
anistiado (perdoado) por Fulgêncio Batista em razão da pressão pública que
havia sobre Batista. Fidel e seu irmão se exilaram no México e de lá
organizaram novamente o movimento a fim de retornar à Cuba para derrubar
Fulgêncio Batista.
No México, Fidel Castro organizou um grupo de 81 homens e entre eles
estavam Raúl Castro, Ernesto “Che” Guevara e Camilo Cienfuegos, que
retornaram à ilha de Cuba em 1956 e em dezembro do mesmo ano sofreram
um ataque do exército cubano e foram derrotados. Após a derrota, os
sobreviventes fugiram e se esconderam na região de Sierra Maestra e, a partir
de lá, reorganizaram e passaram a atuar em táticas de guerrilhas, realizando
pequenos ataques às tropas do exército cubano que, pouco a pouco, foram
desmoralizando o governo de Fulgêncio Batista e ganhando cada vez mais
simpatizantes.
Novo governo cubano e Guerra Fria
Logo após a derrota, Fidel Castro se intitulou primeiro-ministro e pouco a
pouco foi concentrando o poder em si. Algumas medidas iniciais do novo
governo foram: realizou a reforma agrária, acabando com os grandes
latifúndios existentes na ilha, e nacionalizou empresas estrangeiras, afetando
diretamente os interesses dos Estados Unidos na ilha.
Em janeiro de 1961, os Estados Unidos rompem relações diplomáticas
com Cuba e, em abril do mesmo ano, um ataque contra-revolucionários que
contava com apoio da CIA foi realizado contra o governo de Fidel na Invasão
da Baía dos Porcos. As tropas de Fidel Castro conseguiram neutralizar o
ataque, porém Fidel Castro alinhou Cuba à União Soviética, declarando Cuba
como uma nação socialista.
A partir do alinhamento de Cuba ao modelo socialista, uma série de
intervenções foram realizadas na educação e saúde, sendo consideradas
referências atualmente, mas também o modelo cubano é criticado pela
falta de liberdade de expressão e pelas condições de pobreza as quais a
população cubana é submetida atualmente. Após o alinhamento com o
modelo soviético, Cuba também foi palco de uma das maiores tensões do
período conhecido como Crise dos Mísseis, onde foram descobertas a
instalação de bases de mísseis soviéticos em Cuba, gerando um conflito
diplomático entre Estados Unidos e União Soviética que foi solucionado
após negociações.
O que é
É uma guerrilha que nasceu no estado de Chiapas, no sul do México.
Seu nome é uma homenagem ao revolucionário Emiliano Zapata (1879-
1919), que liderou uma luta pela reforma agrária no país no início do século
20. Os zapatistas ganharam fama internacional no dia 1º de janeiro de
1994, quando uma milícia com homens encapuzados – o Exército
Zapatista de Libertação Nacional – ocupou as prefeituras de diversas
cidades na região de Chiapas. Os zapatistas queriam chamar a atenção do
mundo para as três principais reivindicações do movimento:
• O fim da marginalização dos indígenas locais, descendentes dos maias;
• A extinção do NAFTA, o tratado de livre comércio entre México, Estados
Unidos e Canadá, visto por eles como exemplo de submissão ao poder
americano;
• Combater a corrupção na política local.
O cientista político Héctor Luis Saint-Pierre, da Universidade Estadual
Paulista (UNESP) comenta: “Pela primeira vez na história, a luta armada não
foi empregada para derrubar o sistema, mas para exigir a inclusão nele. Os
zapatistas queriam a abertura do diálogo e o reconhecimento dos índios na
discussão do sistema democrático”. A ação durou pouco: pressionados pelo
exército mexicano, os zapatistas deixaram as cidades horas depois. Alguns
guerrilheiros foram presos ou processados, mas ninguém morreu. “A guerrilha
nunca mais disparou uma bala. Mas ela se manteve em evidência por usar
muito bem a internet e a televisão para divulgar manifestos e cobrar o
governo”, afirma o historiador Guilherme Gitahy de Figueiredo, da
Universidade Estadual do Amazonas. Hoje, o movimento é uma importante
força política no México – seus representantes já foram recebidos até pelo
presidente do país. O principal líder é o encapuzado subcomandante Marcos.
FOCO DA RESISTÊNCIA – CHIAPAS
A paupérrima região de Chiapas, no sul do México, inclui a montanhosa
região da Sierra Madre, coberta por densas florestas. Sua população,
formada na maioria por indígenas descendentes dos maias, vive das
plantações de café e dos seringais. É por lá que se concentra a maioria dos
militantes do Exército Zapatista de Libertação Nacional.
O LÍDER – SUBCOMANDANTE MARCOS
Ele é conhecido pelos comunicados ao povo mexicano —muitas
vezes divulgados pela internet, misturando humor, poesia, contos folclóricos
e críticas políticas. Mas, por aparecer sempre com o rosto coberto, ninguém
sabe a identidade do principal porta-voz do Exército Zapatista de Libertação
Nacional. Para evitar represálias, a organização faz de tudo para manter o
segredo. O governo mexicano diz que ele é Rafael Sebastián Guillén
Vicente, um professor universitário de classe média, de quase 40 anos, que
teria se mudado para Chiapas em 1984 para trabalhar com camponeses
pobres.
O ÍDOLO – EMILIANO ZAPATA
(1879-1919)
Defensor de uma reforma
agrária radical, o inspirador do
movimento zapatista apoiou com um
grupo armado a revolução que
derrubou o ditador Porfírio Diaz do
governo do México, em 1910. Como
o novo presidente Francisco Madero
jogou o exército do país contra sua
guerrilha, Zapata rompeu com o
novo dono do poder e começou uma
reforma agrária por conta própria.
Liderou uma campanha de
guerrilhas contra grandes
proprietários, ordenou execuções e
distribuiu as terras das fazendas
ocupadas. Foi assassinado em
1919, numa emboscada preparada
por inimigos políticos.
Sandero Luminoso
Grupo de guerrilha
peruano criado durante os anos 60,
o Sendero Luminoso tem inspiração
maoísta e foi formado por um grupo
de intelectuais, entre eles, Abimael
Guzmán, que lecionava filosofia na
Universidade de Ayacucho. Em
português, o significado do nome
do partido é “Caminho Iluminado”,
título colocado para diferenciá-lo de
outros partidos comunistas da
época. O nome completo da facção
é Partido Comunista do Peru -
Sendero Luminoso (PCP-SL).
Abimael Guzmán
A definição dos princípios e forma de ação do Sendero Luminoso
ocorreu nos anos 70, com autoria de Guzmán. O principal intuito do grupo é
acabar com as instituições capitalistas e burguesas do Peru por meio de uma
revolução comunista liderada pelos camponeses. Nos anos 60, durante a
presidência de Fernando Belaúnde Terry, o Sendero ficou bastante conhecido
por atacar propriedades rurais sem qualquer aviso anterior. Sua base para o
recrutamento de novos membros são as camadas mais baixas da população
peruana: os filhos dos camponeses e índios que não conseguiram adaptar-se
às cidades desenvolvidas.
Ao lado das FARC, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, o
Sendero Luminoso é considerado um dos maiores grupos de guerrilha
organizado da América do Sul. No período em que o Peru era comandado por
um regime militar, o partido aumentou a sua atuação e iniciou a construção de
uma comunidade independente que se localiza nas montanhas. Com suas
ações repercutidas em outros países, outros grupos foram fortemente
influenciados. Um deles é o Partido Comunista do Nepal, que também é de
inspiração maoísta.
Ao final dos anos 70, o Sendero Luminoso parte da guerrilha no
campo para os ataques em ambiente urbano. Já na década de 80, época
em que o regime militar terminava no Peru, o partido começa a boicotar
seções eleitorais e aumenta suas ações violentas, chegando a fazer um
esboço do que seria uma grande revolução no país. Ainda nos anos 80, o
grupo expande seu número de participantes e aumenta suas áreas de
ocupação, que agregavam o Sul e a região central peruana, além da área
suburbana de Lima.
Porém, no início dos anos 90, o líder Guzmán foi capturado. Após
enfraquecimento do Sendero, outras lideranças começam a ser presas até
o ano de 1995. Naquele período, as ações do partido começam a ficar
cada vez mais raras. Um dos últimos grandes atentados do grupo foi um
ataque à bomba que ocorreu na embaixada dos EUA em Lima. Nesse
ataque, 10 pessoas perderam a vida e 30 ficaram feridas.
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  • 2. O que é guerrilha Luta armada, empreendida por um movimento revolucionário de índole patriótica ou não, que combate um governo estabelecido ou forças de ocupação com a estratégia de mobilização política da população camponesa e a tática de incursões ofensivas, atos violentos e de surpresa, perpetrados por pequenos grupos ger. recrutados nessa população.
  • 3. Guerrilha na América • FARC As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) foi um exército popular fundado em 1966 que lutava contra o governo colombiano. As FARC realizaram inúmeras operações militares, sequestros e provocou o deslocamento da população rural. Em 2016, assinaram um acordo de paz com o governo da Colômbia.
  • 4. As FARC foram fundadas por Pedro Antonio Marín, mais conhecido como Manuel Marulanda (1928-2008) e Jacobo Arenas (1924-1990) e 48 campesinos da região colombiana de Marquetália. De orientação marxista, os guerrilheiros acreditavam na luta armada para tomar o poder e construir uma sociedade de caráter socialista. A justificativa foi uma reação à política entre os partidos liberal e conservador que se revezavam no governo desde a independência da Colômbia. Esses partidos, cujos membros eram os proprietários das terras e dos negócios, pouco ou nada faziam para mudar a situação de pobreza na qual vivia a população colombiana. Jacobo Arenas Pedro Antonio Marín
  • 5. Ao eclodir a guerrilha na selva, ambos partidos solicitam ajuda aos Estados Unidos para sufocar esta rebelião comunista e a criação de estados independentes dentro do território colombiano.Após a Segunda Guerra Mundial, o governo norte-americano patrocinou diversas ações anti- comunistas na América Latina, inclusive no Brasil. Os EUA alegavam que organizações populares, políticas e sociais no continente sul-americano resultavam de um plano da União Soviética para dominar o mundo.Sob essa perspectiva, o governo dos Estados Unidos contribuiu para a consolidação das ditaduras militares na América do Sul. Na Colômbia, o governo foi acusado de desrespeitar os direitos dos cidadãos e de agir com violência. Com apoio do exército, grandes latifundiários expulsaram e mataram camponeses e iniciaram uma política de desapropriação de terras.
  • 6. Já na década de 70, no meio da sangrenta guerra civil, surgem as primeiras plantações de coca e o poder do narcotráfico concorre com esse exército paramilitar. Com fim da URSS, as FARC têm que buscar outros meios de financiamento e passam a fazer alianças com os traficantes a fim de se abastecer de armas. Também sequestrou líderes políticos, empresários e cidadãos que ficavam em seu poder por décadas na selva colombiana. Ingrid Betancourt O sequestro da ex-senadora franco-colombiana Ingrid Betancourt (1961- ) foi um dos que mais marcou a história da Colômbia. Ingrid era candidata à presidência da Colômbia e viajava com a diretora de sua campanha, Clara Rojas.Sequestrada em 2002 e permaneceu na mão dos captores durante seis anos. Só foi libertada em 2008, após uma operação militar, junto com outros quatorze reféns. Ingrid Betancourt
  • 7. Acordo de Paz Em 52 anos, a guerra entre as FARC e o governo da Colômbia deixou 220 mil mortos, o deslocamento de 6 milhões de pessoas e incontáveis mutilados e feridos.Com o fim da Guerra Fria e a globalização, o movimento não conseguia mais financiamento e nem apoio da população colombiana. A mudança de política iniciada com o presidente Álvaro Uribe (2002- 2010) determinou que as FARC fossem classificadas como grupo terrorista. Assim, foi iniciada uma guerra sem trégua, com o apoio dos Estados Unidos, quando foram mortos seus principais líderes. Álvaro Uribe
  • 8. Mais tarde, com a ascensão do presidente Juan Manoel Santos, em 2010, tem lugar o início das negociações feitas em Havana, Cuba. Nesta cidade, as FARC assinaram um acordo de paz com o governo colombiano em setembro de 2016.As negociações foram intermediadas pela ONU e a confirmação contou com líderes da América Latina e Europa. O acordo foi assinado pelo líder das FARC, Rodrigo Londono, conhecido como "Timochenko" (1959- ), e o presidente colombiano Juan Manuel Santos (1951 - ). Apesar de não necessitar a aprovação da população, o presidente Juan Manuel Santos o submeteu a um referendo em 3 de outubro de 2016. No entanto, os colombianos o rejeitaram, pois o consideraram que os combatentes não seriam punidos. Ambas partes tiveram que assinar um novo acordo que, desta vez, foi ratificado pelo Congresso colombiano em novembro de 2016. Juan Manoel Santos e Timochenko apertam as mãos diante de Raul Castro
  • 9. Principais Termos: FARC: • Entregar as armas e encerrar meio século de guerra; • Contribuir com ações que impeçam a atuação de traficantes de drogas; • Auxiliar no processo de reparação das vítimas da guerra; • Destruir as plantações ilegais de coca. Governo da Colômbia: • Retirada das minas terrestres espalhadas no território colombiano; • Implementar uma política de redução das desigualdades sociais; • Implantar a reforma agrária e incentivar o desenvolvimento agrícola; • Reparar as vítimas da guerra monetariamente e judicialmente; • Auxiliar no retorno para as comunidades de 5 milhões de refugiados; • Reintegração de 7 mil guerrilheiros à sociedade.
  • 10.
  • 11. O que foi A Revolução Cubana foi um processo revolucionário responsável pela derrubada do governo ditatorial imposto por Fulgêncio Batista que resultou na tomada de poder da guerrilha liderada por Fidel Castro no ano de 1959. Apesar de, a princípio, não se basear em uma ideologia socialista, o movimento cubano acabou se alinhando ao comunismo soviético. Fulgêncio Batista Fidel Castro
  • 12. Golpe de Fulgêncio Batista Cuba tornou-se independente em 1898, a partir do apoio dos EUA contra a Espanha, e desde então tornou-se uma espécie de quintal dos EUA, onde inúmeros negócios norte-americanos se desenvolviam com lucros altíssimos às custas da exploração da economia cubana. O processo de oposição contra o poder em Cuba se iniciou a partir do golpe político realizado por Fulgêncio Batista, em 10 de março de 1952, que resultou na derrubada do então presidente Carlos Prío Socarrás. A partir do golpe, Fulgêncio Batista instituiu uma forte ditadura militar com forte repressão da imprensa e de qualquer movimento político de oposição e com ela se iniciou a luta de Fidel Castro e seus partidários. Podemos afirmar, portanto, que o movimento liderado por Fidel Castro é, ao mesmo tempo, uma luta contra a ditadura de Fulgêncio Batista e também uma luta nacionalista contra as intervenções norte- americanas nos assuntos cubanos, tanto em questões políticas quanto em questões econômicas.
  • 13. Início da luta A luta contra Fulgêncio Batista começou a partir de 1953, quando foi organizado o ataque ao Quartel de Moncada, na cidade de Santiago, no dia 26 de julho. O objetivo do ataque era realizar a tomada das armas, porém o ataque foi um fracasso e Fidel Castro e seu irmão foram presos. Fidel Castro foi condenado a 15 anos de prisão, contudo, dois anos depois, em 1955, foi anistiado (perdoado) por Fulgêncio Batista em razão da pressão pública que havia sobre Batista. Fidel e seu irmão se exilaram no México e de lá organizaram novamente o movimento a fim de retornar à Cuba para derrubar Fulgêncio Batista. No México, Fidel Castro organizou um grupo de 81 homens e entre eles estavam Raúl Castro, Ernesto “Che” Guevara e Camilo Cienfuegos, que retornaram à ilha de Cuba em 1956 e em dezembro do mesmo ano sofreram um ataque do exército cubano e foram derrotados. Após a derrota, os sobreviventes fugiram e se esconderam na região de Sierra Maestra e, a partir de lá, reorganizaram e passaram a atuar em táticas de guerrilhas, realizando pequenos ataques às tropas do exército cubano que, pouco a pouco, foram desmoralizando o governo de Fulgêncio Batista e ganhando cada vez mais simpatizantes.
  • 14. Novo governo cubano e Guerra Fria Logo após a derrota, Fidel Castro se intitulou primeiro-ministro e pouco a pouco foi concentrando o poder em si. Algumas medidas iniciais do novo governo foram: realizou a reforma agrária, acabando com os grandes latifúndios existentes na ilha, e nacionalizou empresas estrangeiras, afetando diretamente os interesses dos Estados Unidos na ilha. Em janeiro de 1961, os Estados Unidos rompem relações diplomáticas com Cuba e, em abril do mesmo ano, um ataque contra-revolucionários que contava com apoio da CIA foi realizado contra o governo de Fidel na Invasão da Baía dos Porcos. As tropas de Fidel Castro conseguiram neutralizar o ataque, porém Fidel Castro alinhou Cuba à União Soviética, declarando Cuba como uma nação socialista.
  • 15. A partir do alinhamento de Cuba ao modelo socialista, uma série de intervenções foram realizadas na educação e saúde, sendo consideradas referências atualmente, mas também o modelo cubano é criticado pela falta de liberdade de expressão e pelas condições de pobreza as quais a população cubana é submetida atualmente. Após o alinhamento com o modelo soviético, Cuba também foi palco de uma das maiores tensões do período conhecido como Crise dos Mísseis, onde foram descobertas a instalação de bases de mísseis soviéticos em Cuba, gerando um conflito diplomático entre Estados Unidos e União Soviética que foi solucionado após negociações.
  • 16.
  • 17. O que é É uma guerrilha que nasceu no estado de Chiapas, no sul do México. Seu nome é uma homenagem ao revolucionário Emiliano Zapata (1879- 1919), que liderou uma luta pela reforma agrária no país no início do século 20. Os zapatistas ganharam fama internacional no dia 1º de janeiro de 1994, quando uma milícia com homens encapuzados – o Exército Zapatista de Libertação Nacional – ocupou as prefeituras de diversas cidades na região de Chiapas. Os zapatistas queriam chamar a atenção do mundo para as três principais reivindicações do movimento: • O fim da marginalização dos indígenas locais, descendentes dos maias; • A extinção do NAFTA, o tratado de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá, visto por eles como exemplo de submissão ao poder americano; • Combater a corrupção na política local.
  • 18. O cientista político Héctor Luis Saint-Pierre, da Universidade Estadual Paulista (UNESP) comenta: “Pela primeira vez na história, a luta armada não foi empregada para derrubar o sistema, mas para exigir a inclusão nele. Os zapatistas queriam a abertura do diálogo e o reconhecimento dos índios na discussão do sistema democrático”. A ação durou pouco: pressionados pelo exército mexicano, os zapatistas deixaram as cidades horas depois. Alguns guerrilheiros foram presos ou processados, mas ninguém morreu. “A guerrilha nunca mais disparou uma bala. Mas ela se manteve em evidência por usar muito bem a internet e a televisão para divulgar manifestos e cobrar o governo”, afirma o historiador Guilherme Gitahy de Figueiredo, da Universidade Estadual do Amazonas. Hoje, o movimento é uma importante força política no México – seus representantes já foram recebidos até pelo presidente do país. O principal líder é o encapuzado subcomandante Marcos.
  • 19. FOCO DA RESISTÊNCIA – CHIAPAS A paupérrima região de Chiapas, no sul do México, inclui a montanhosa região da Sierra Madre, coberta por densas florestas. Sua população, formada na maioria por indígenas descendentes dos maias, vive das plantações de café e dos seringais. É por lá que se concentra a maioria dos militantes do Exército Zapatista de Libertação Nacional. O LÍDER – SUBCOMANDANTE MARCOS Ele é conhecido pelos comunicados ao povo mexicano —muitas vezes divulgados pela internet, misturando humor, poesia, contos folclóricos e críticas políticas. Mas, por aparecer sempre com o rosto coberto, ninguém sabe a identidade do principal porta-voz do Exército Zapatista de Libertação Nacional. Para evitar represálias, a organização faz de tudo para manter o segredo. O governo mexicano diz que ele é Rafael Sebastián Guillén Vicente, um professor universitário de classe média, de quase 40 anos, que teria se mudado para Chiapas em 1984 para trabalhar com camponeses pobres.
  • 20. O ÍDOLO – EMILIANO ZAPATA (1879-1919) Defensor de uma reforma agrária radical, o inspirador do movimento zapatista apoiou com um grupo armado a revolução que derrubou o ditador Porfírio Diaz do governo do México, em 1910. Como o novo presidente Francisco Madero jogou o exército do país contra sua guerrilha, Zapata rompeu com o novo dono do poder e começou uma reforma agrária por conta própria. Liderou uma campanha de guerrilhas contra grandes proprietários, ordenou execuções e distribuiu as terras das fazendas ocupadas. Foi assassinado em 1919, numa emboscada preparada por inimigos políticos.
  • 21. Sandero Luminoso Grupo de guerrilha peruano criado durante os anos 60, o Sendero Luminoso tem inspiração maoísta e foi formado por um grupo de intelectuais, entre eles, Abimael Guzmán, que lecionava filosofia na Universidade de Ayacucho. Em português, o significado do nome do partido é “Caminho Iluminado”, título colocado para diferenciá-lo de outros partidos comunistas da época. O nome completo da facção é Partido Comunista do Peru - Sendero Luminoso (PCP-SL). Abimael Guzmán
  • 22. A definição dos princípios e forma de ação do Sendero Luminoso ocorreu nos anos 70, com autoria de Guzmán. O principal intuito do grupo é acabar com as instituições capitalistas e burguesas do Peru por meio de uma revolução comunista liderada pelos camponeses. Nos anos 60, durante a presidência de Fernando Belaúnde Terry, o Sendero ficou bastante conhecido por atacar propriedades rurais sem qualquer aviso anterior. Sua base para o recrutamento de novos membros são as camadas mais baixas da população peruana: os filhos dos camponeses e índios que não conseguiram adaptar-se às cidades desenvolvidas. Ao lado das FARC, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, o Sendero Luminoso é considerado um dos maiores grupos de guerrilha organizado da América do Sul. No período em que o Peru era comandado por um regime militar, o partido aumentou a sua atuação e iniciou a construção de uma comunidade independente que se localiza nas montanhas. Com suas ações repercutidas em outros países, outros grupos foram fortemente influenciados. Um deles é o Partido Comunista do Nepal, que também é de inspiração maoísta.
  • 23. Ao final dos anos 70, o Sendero Luminoso parte da guerrilha no campo para os ataques em ambiente urbano. Já na década de 80, época em que o regime militar terminava no Peru, o partido começa a boicotar seções eleitorais e aumenta suas ações violentas, chegando a fazer um esboço do que seria uma grande revolução no país. Ainda nos anos 80, o grupo expande seu número de participantes e aumenta suas áreas de ocupação, que agregavam o Sul e a região central peruana, além da área suburbana de Lima. Porém, no início dos anos 90, o líder Guzmán foi capturado. Após enfraquecimento do Sendero, outras lideranças começam a ser presas até o ano de 1995. Naquele período, as ações do partido começam a ficar cada vez mais raras. Um dos últimos grandes atentados do grupo foi um ataque à bomba que ocorreu na embaixada dos EUA em Lima. Nesse ataque, 10 pessoas perderam a vida e 30 ficaram feridas.