O documento descreve o contexto histórico que levou à Revolução Mexicana em 1910, incluindo as desigualdades sociais no México rural e o governo autoritário de Porfírio Díaz. Discutiu líderes como Madero, Zapata e Villa e como a revolução continuou após a renúncia de Díaz, levando a uma guerra civil e à nova Constituição de 1917. Finalmente, abordou algumas repercussões culturais da revolução através de obras de John Reed, Eisenstein e Diego Rivera.
3. O MÉXICO ÀS VÉSPERAS DA REVOLUÇÃO
Em 1910, a população mexicana era constituída majoritariamente de
camponeses; sociedade agrária com fortes desigualdades sociais no campo.
No fim do século XIX, o México havia experimentado um período de
estabilidade política e progresso econômico no Governo do general Porfírio
Díaz( Porfiriato: 1976-1911).
Porfírio alavancou o capitalismo no México com seu plano de modernizar a
economia mexicana; e para tal, havia a necessidade de disponibilidade de
assalariados para a indústria, assim, pode-se dizer que Porfírio fez uma
reforma agrária às avessas ;
No começo do século XX ocorriam manifestações na sociedade mexicana
bradando por mudanças democráticas a política do país, surgindo uma
importante figura de oposição chamado Francisco Madero, paralelo à
campanha maderista já havia “generais” ao sul e ao norte lutando com
camponeses armados, um desses se chamava Emiliano Zapata.
4. O primeiro à
esquerda, Emiliano
Zapata, à direita
Francisco Madero
e, embaixo, Porfírio
Díaz e por [ultimo
Pancho Villa.
5. GOVERNO MADERO: A NOVA SITUAÇÃO
Díaz preparava novamente sua reeleição para 1910, neste ínterim Madero foi
preso e fugiu para os EUA, passando a partir daí a clamar para que o povo
pegasse em armas contra o governo( Plano de San Luís);
O conflito armado se espalhou pelo país e Porfírio renunciou em 1911, se
exilando na França;
Madero foi eleito presidente em 1911. Madero não foi decidido na questão da
reforma agrária, desentendendo-se com os outros líderes revolucionários que
prosseguiram na luta pela terra , assim como os operários nas cidades
prosseguiram com greves;
Nessas circunstâncias, o líder camponês Zapata, percebendo que Madero
não iria atender as exigências dos camponeses, lançou o Plano de Ayala,
exigindo uma reforma agrária iminente.
O governo de Madero também causou descontentamentos em setores
dominantes e nos EUA, abrindo caminho para o golpe de Vitoriano Huerta,
derrubando Madero.
6. A GUERRA CIVIL
A maioria dos governadores aceitou Huerta, porém com exceção de
dois, Carranza e Pesqueira, lançando o Plano de Guadalupe. Esses
chamados de constitucionalistas por defenderem os princípios de
uma Constituição democrática; em paralelo, outras forças
continuavam lutando, como os exércitos de Pancho Villa e Zapata.
Além da resistência interna, em 1914 Huerta teve que lidar com uma
expedição estadunidense contra seu golpe. Os EUA haviam apoiado
o golpe contra Madero, porém, percebendo que Vitoriano Huerta não
havia conseguido controlar a situação no país, resolveram intervir.
No mesmo ano, tropas vitoriosas comandadas por Carranza
entraram na capital;
Neste momento se configuravam três exércitos poderosos em solo
mexicano: o de Carranza e Obregón, ligado à burguesia liberal; o de
Zapata, representando os camponeses do sul; e o de Pancho
Villa, representando os peões do norte.
8. A CONVENÇÃO DE AGUASCALIENTES
Nas eleições de 1914, Carranza, apoiado pelos Estados Unidos, foi eleito
presidente. Sua principal promessa era a elaboração de uma nova
Constituição, que, foi aprovada em 1917.Carranza percebeu a necessidade
de promover reformas sociais, e usou essa bandeira para galgar apoio social
maior.
Na Convenção de Aguascalientes, os delegados de Carranza, Villa e Zapata
debateram a respeito de como seria o novo governo do México, discordando
todos em muitos pontos, dando prosseguimento ao conflito. Agora Carranza
a situação e os outros dois continuavam sendo os rebeldes.
Com o tempo a balança pendeu para Carranza, as forças de Pancho Villa
encontravam-se cada vez mais isoladas e as de Zapata estavam
direcionadas para a reforma agrária no sul do México.
A Constituição de 1917 de cunho liberal foi uma conquista da revolução pois
estabeleceu alguns direitos fundamentais e exigências de alguns setores
sociais: reconhecia os direitos dos índios sobre as terras de uso comum, nas
relações de trabalho, se criou o salário mínimo e se determinou a jornada de
trabalho de oito horas. A Igreja Católica foi abalada em seu poder com a
separação entre Estado e Igreja.
9. O ADORMECIMENTO DO TIGRE
Zapata, assassinado em 1919
em uma emboscada do
governo,
e Pancho Villa foi morto em
1923´por inimigos políticos
locais em Parral;
Carranza terminou assassinado
por ordem do novo presidente
(1920), o general Obregón.
11. JOHN REED
No México, em 1914, Pancho
Villa liderava junto a
camponeses a rebelião quando
Reed foi enviado como
correspondente, a partir dessa
experiência escreveu seu livro
México Insurgente.
saber mais sobre John
Reed:http://pt.wikipedia.org/wiki
/John_Reed
12. SERGUEI MIKHAILOVITCH EISENSTEIN
Serguei Mikhailovitch
Eisenstein, famoso cineasta
soviético, conhecido por filmes
como o Encouraçado Potenkin.
Intentou um projeto
cinematográfico sobre o
México desde de o tempo précolombianos até a Revolução,
chamado Que viva México,
não conseguiu concluí-lo,
porém mais tarde foi compilado
o material que foi possível
elaborar.
13. DIEGO RIVERA
Diego Rivera, um dos maiores
artistas plásticos mexicanos,
produziu consagrados murais
sobre a vida mexicana,
inclusive sobre o período
revolucionário.