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• https://blog.qedu.org.br/blog/2015/08/27/diferencas-regionais-
tambem-aumentam-desigualdade-na-educacao-diz-pesquisa/amp/
Produção Teórica em
Economia Regional
• Identificar e sistematizar teorias voltadas para a discussão de
espaços territorialmente contíguos inseridos em espaços
nacionais
• sistematização da produção teórica na área em três grandes
blocos
• conjunto de teorias clássicas da localização, as teorias de
desenvolvimento regional
• modelos e abordagens que possam dar conta dos novos padrões
de produção
• automação integrada flexível
• movimentos de abertura comercial
• desregulamentação econômica
Economia Regional e Urbana Introdução
• Do que trata e a EUR:
Trata das Relações Econômicas no Espaço
Estudo de onde a atividade econômica ocorre e por que ocorre
Questões que preocupam o mundo
O desigual desenvolvimento entre as nações
Desigualdades regionais entre países
Econômicas e Sociais
O desenvolvimento não se propaga de forma difusa pelo espaço, mas se
concentra em certos pontos  criação de desequilíbrios
Teoria dos polos de desenvolvimento
Tabela 12 - Estado de Goiás: Participação do número de emprego das Regiões de
Planejamento/Estado - 2016. (%)
Região
Número de emprego
Total Agropecuária Indústria Construção civil Comércio Serviços
001 - Metropolitana de Goiânia 52,59 8,26 39,55 66,87 50,45 62,13
002 - Centro Goiano 9,66 7,02 16,42 6,44 10,37 7,78
003 - Norte Goiano 2,98 7,00 3,26 3,35 3,06 2,32
004 - Nordeste Goiano 1,12 3,01 0,26 0,22 1,27 1,18
005 - Entorno do Distrito Federal 8,05 14,49 4,18 8,52 10,31 7,60
006 - Sudeste Goiano 3,78 8,43 5,79 2,83 3,80 2,60
007 - Sul Goiano 6,89 12,76 7,96 4,65 6,61 6,08
008 - Sudoeste Goiano 9,92 25,97 14,14 5,66 9,84 6,88
009 - Oeste Goiano 3,60 9,30 6,28 1,23 2,91 2,46
010 - Noroeste Goiano 1,40 3,76 2,15 0,22 1,37 0,97
ESTADO DE GOIÁS 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Elaboração: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN-GO
Gerência de Sistematização e Disseminação de Informações Socioeconômicas - 2018.
Tabela 24 - Estado de Goiás: Participação da arrecadação do ICMS
das Regiões de Planejamento/Estado - 2000, 2010 e 2017. (%)
Região 2000 2010 2017
001 - Metropolitana de Goiânia 58,47 56,63 58,03
002 - Centro Goiano 7,07 7,33 8,05
003 - Norte Goiano 2,06 1,99 1,04
004 - Nordeste Goiano 0,27 0,42 0,23
005 - Entorno do Distrito Federal 2,27 3,30 3,35
006 - Sudeste Goiano 2,63 4,22 2,82
007 - Sul Goiano 3,88 3,50 2,53
008 - Sudoeste Goiano 5,81 4,86 4,35
009 - Oeste Goiano 1,68 1,15 0,95
010 - Noroeste Goiano 0,37 0,31 0,29
Outros 15,48 16,29 18,35
ESTADO DE GOIÁS 100,00 100,00 100,00
Elaboração: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN-GO
Gerência de Sistematização e Disseminação de Informações Socioeconômicas - 2018.
Tabela 26 - Estado de Goiás: Participação do Produto
Interno Bruto das Regiões de Planejamento/Estado – 2013-14
Região 2014 2015
001 - Metropolitana de Goiânia 40,38 39,01
002 - Centro Goiano 10,91 10,87
003 - Norte Goiano 4,07 4,52
004 - Nordeste Goiano 1,33 1,37
005 - Entorno do Distrito Federal 9,38 9,63
006 - Sudeste Goiano 6,42 6,31
007 - Sul Goiano 7,99 8,17
008 - Sudoeste Goiano 13,61 14,19
009 - Oeste Goiano 4,41 4,41
010 - Noroeste Goiano 1,50 1,51
ESTADO DE GOIÁS 100,00 100,00
Elaboração: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN-GO
Tabela 25 - Estado de Goiás: Produto Interno Bruto e PIB per capita, segundo as Regiões de Planejamento - 2014 -15.
Região
2014 2015
PIB (R$ mil) %
PIB per capita
(R$)
PIB (R$ mil) %
PIB per capita
(R$)
001 - Metropolitana de Goiânia 66.627.251 40,38 27.941 67.726.825 39,01 27.965
002 - Centro Goiano 18.008.064 10,91 26.935 18.872.288 10,87 27.927
003 - Norte Goiano 6.715.145 4,07 21.014 7.855.106 4,52 24.514
004 - Nordeste Goiano 2.192.078 1,33 12.010 2.382.845 1,37 12.917
005 - Entorno do Distrito Federal 15.476.382 9,38 13.350 16.728.034 9,63 14.180
006 - Sudeste Goiano 10.601.497 6,42 39.552 10.958.387 6,31 40.403
007 - Sul Goiano 13.183.237 7,99 30.629 14.177.167 8,17 32.599
008 - Sudoeste Goiano 22.451.831 13,61 36.707 24.646.316 14,19 39.621
009 - Oeste Goiano 7.283.487 4,41 20.720 7.658.113 4,41 21.718
010 - Noroeste Goiano 2.476.335 1,50 16.837 2.626.583 1,51 17.783
ESTADO DE GOIÁS 165.015.307 100,00 25.297 173.631.664 100,00 26.265
Elaboração: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN-GO
Gerência de Sistematização e Disseminação de Informações Socioeconômicas - 2018.
Economia Regional e Urbana Introdução
2 questões orientam:
1. Localização das atividades econômicas – as escolhas que as empresas e as
famílias fazem em relação a onde produzir e consumir e como estas escolhas
interagem.
• Que fatores explicam a decisão de localização dos empreendimentos?
2. Aglomeração – o agrupamento da atividade econômica
• Qual a lógica que cria e sustenta?
• Quais as externalidades positivas ou negativas que decorrem dela?
Exs: Clínicas no Setor Aeroporto etc, Vale do silício, Jaraguá, Vale dos Sinos, ABC
paulista, Clusters, APLs
Introdução
• Tradicionalmente a economia negligenciava a questão espacial:
• Economia de Base Neoclássica
• Individualismo metodológico – a-social e a-histórico
• Homo-economicus (edonista, racionalidade instrumental)
• Problema do Liberalismo Clássico: (Indivíduo X Sociedade)
• Mão Invisível: Forças de mercado - oferta X demanda => Equilíbrio => alocação
mais eficiente dos recursos escassos.
• Bem Estar econômico (Ótimo de Pareto)
• Harmonização dos interesses individuais como os Interesses da Sociedade
• A análise desconsidera a sociedade, a história (o tempo) e o espaço
Geografia Econômica
Jacques-François Thisse
In
ECONOMIA REGIONAL E URBANA: Teorias e métodos com ênfase no Brasil
• A geografia econômica – ou economia geográfica – busca explicar por
que as atividades econômicas optam por se estabelecer em
determinados lugares
• Por que alguns lugares têm mais sucesso que outros?
• Desde o surgimento da civilização, as atividades humanas e a
qualidade de vida têm se distribuído de forma desigual entre os
continentes e em seus territórios (BRAUDEL, 1979)
• a vida econômica concentra-se em um número relativamente limitado de
assentamentos humanos (cidades e aglomerações), os quais estão agrupados
sob o título de “aglomerações econômicas”.
• O termo aglomeração diz respeito a situações bastante distintas no
mundo real
• Num extremo do espectro está a divisão Norte-Sul
• No outro, a aglomeração surge quando restaurantes, cinemas ou lojas que
vendem produtos similares se agrupam dentro do mesmo bairro, ou até na
mesma rua
• O surgimento de aglomerações econômicas está vinculado ao surgimento das
desigualdades entre lugares
Uma visão geral das principais contribuições
• A economia espacial pode ser considerada como o produto de um
trade-off entre diferentes tipos de economias de escala na produção
e o custo da mobilidade de bens, pessoas e informação
• Concentração: vantagens de especialização e de produção em larga escala
• Dispersão: custo do frete e de produção diversificada
Uma visão geral das principais contribuições
• Thünen (1966) é o fundador da teoria do uso do solo e o seu trabalho serviu de
pilar para o desenvolvimento da moderna economia urbana.
• Interesse na alocação de recursos e na determinação dos preços. Ele destacou o espaço,
pois a terra era um fator de produção essencial no principal setor de sua época.
• Hotelling (1929) trata da natureza da competição no espaço e a maneira pela
qual as empresas escolhem sua localização num ambiente estratégico.
• Buscava construir uma teoria de seleção de produto por empresas oligopolistas
• Krugman (1991) destacou a sustentação microeconômica das aglomerações
econômicas espaciais e os desequilíbrios regionais nos níveis nacional e
internacional.
• Interesse na interação entre os retornos crescentes e a competição imperfeita nos
mercados globalizados, nos quais o comércio de commodities e o fator mobilidade da
produção são os ingredientes fundamentais.
Thünen e a teoria do uso do solo
A localização das atividades agrícolas
• Explicar o padrão das atividades agrícolas em torno das cidades na Alemanha
pré-industrial.
• Cada local no espaço é caracterizado por diversos fatores, tais como condições
do solo, relevo, posição geográfica e outros.
• O preço da terra e o uso do solo variam entre os locais, dependendo destas
características.
• Thünen construiu sua teoria focando os diferenciais transporte/custo entre os
locais.
• O modelo demonstra que a alocação de terra para diferentes atividades
econômicas surge como resultado do equilíbrio em um mercado de terras
perfeitamente competitivo.
• O preço da terra diminui com a distância à cidade-mercado a uma taxa constante em
cada anel, decrescendo de um anel para o outro. Mas essa distância se tornou relativa 
custo do transporte
Thünen e a teoria do uso do solo
Economia urbana
• Em contexto urbano, o mercado é substituído por um centro de emprego -
área central de negócios
• A única característica espacial de um determinado local é a sua distância ao
centro da cidade,
• Quando a terra disponível para a produção agrícola passa a ser usada para a construção
de moradias, fábricas, escritórios e infraestrutura.
• O principal objetivo da economia urbana é explicar a estrutura interna das cidades, ou
seja, como o solo é distribuído entre as diversas atividades e por que as cidades possuem
uma ou várias áreas centrais de negócios. Polo único 
Multipolarizada  zonas agroindustriais
de GYN
Thünen e a teoria do uso do solo
Economia urbana
• Economistas urbanos se empenharam em explicar a estrutura interna das
cidades
• Como o solo é distribuído para as atividades e agentes econômicos em torno da área
central de negócios.
• O modelo de cidade monocêntrica produziu um conjunto de resultados consistentes
com as características mais proeminentes das cidades.
• Isto explica a diminuição do preço da terra urbana à medida que aumenta a distância
ao centro da cidade, bem como a queda da densidade demográfica à medida que o
centro se distancia.
Thünen e a teoria do uso do solo
Economia urbana
• A origem das cidades poderia ser creditada à concentração de
propriedade de terras, o que permitiu aos patrões viverem a uma
distância de suas propriedades em lugares onde poderiam “desfrutar
uma sociedade agradável”, e às demandas dos patrões, que atrairiam
artesãos e mercadores.
• As relações pessoais são a essência das sociedades, embora as consequências
destas relações fossem frequentemente multifacetadas.
• Existe uma natureza gravitacional em relação à formação das cidades
• a existência das cidades combina a índole gregária natural dos seres humanos
com o seu desejo de consumir mais espaço
Thünen e a teoria do uso do solo
Economia urbana
• Além das transações comerciais típicas que envolvem empresas e indivíduos 
quais seriam as interações que estimulam a concentração?
• Informação como insumo básico para as atividades das empresas  difícil de codificar,
porque é tácita e só pode ser obtida em contatos interpessoais.
• A troca de informações entre empresas gera benefícios  uma vez que as empresas
possuem informações diferentes, os benefícios da comunicação em geral aumentam
com o aumento do número de empresas  spillovers
• A qualidade da informação melhora com agrupamento de empresas  cai o número de
intermediários.
Natureza da Competição no Espaço
• A existência de desigualdades regionais há muito atrai a atenção dos
economistas, especialmente na área conhecida como economia
regional. Por muito tempo, entretanto, os conceitos, os modelos e as
técnicas regionais eram uma mera extensão daqueles utilizados em
nível nacional, com um índice adicional identificando as diferentes
regiões
• A despeito das primeiras e valiosas contribuições, ninguém antes de
Krugman (1991) tinha conseguido mostrar como os desequilíbrios
regionais podiam surgir no domínio da teoria econômica
Natureza da Competição no Espaço
• Anos 1950 - teóricos do desenvolvimento descobriram as bases do
desenvolvimento desigual  o princípio da causalidade cumulativa ou
circular
• não existe tendência à auto estabilização automática no sistema social.
• O sistema por si só não caminha em direção a tipo algum de equilíbrio entre forças
 está constantemente se movendo para longe desta situação.
• Em situação normal, uma mudança não atrai mudanças compensatórias, mas, em
vez disso, atrai mudanças de apoio, que movem o sistema na mesma direção da
primeira mudança, para ir muito além (tendência à concentração e à
acumulação?).
• Devido a esta causalidade circular, um processo social tende a se tornar
cumulativo e frequentemente adquire velocidade em taxa acelerada
• Processos de desigualdade de renda (Chile)
Natureza da Competição no Espaço
• O princípio da causalidade cumulativa afirma que as disparidades regionais
são guiadas por um efeito “bola de neve”, que resulta num reforço contínuo,
uma vez iniciado
• produção manufatureira tenderá a se concentrar onde existir um grande mercado, mas
o mercado será grande onde a produção manufatureira for concentrada
Natureza da Competição no Espaço
A estrutura centro-periferia
• Abordagem do modelo competição monopolista com custo de transporte
consegue explicar o princípio da causalidade cumulativa
• A competição monopolista surge como uma estrutura de mercado determinada
pelas preferências dos consumidores por variedade e dos requisitos fixos das
empresas por recursos produtivos limitados
• A variedade de produtos é considerada como uma proxy para as inúmeras
amenidades urbanas que atraem as pessoas
• As empresas interagem apenas indiretamente em termos de sua reação aos níveis de
demanda agregada
• O custo de transporte é do tipo iceberg: significam que uma parte do bem
transportado dissipa-se com o próprio processo de transporte  Permite que se
integrem os custos positivos do frete sem se ter de lidar explicitamente com o setor
de transportes
Natureza da Competição no Espaço
A estrutura centro-periferia
• O modelo considera um cenário padrão que envolve duas regiões,
dois setores e dois tipos de mão de obra
• O setor tradicional produz um produto homogêneo - retornos constantes e
competição perfeita, utilizando mão de obra é espacialmente imóvel
• O setor moderno oferece um produto horizontalmente diferenciado sob
competição monopolística e com retornos crescentes, utilizando mão de obra
móvel no espaço.
• Economias primário-exportadoras têm a capacidade de inflar e
murchar em si, mantendo a mesma estrutura  baixa diversificação
• Economias industrializadas tendem a apresentar muito mais
dinamicidade, propiciando maior diversificação socioeconômica, com
impactos diretos e indiretos sobre outras áreas do setor produtivo
• Características do produto
• Características da mão de obra
• Estrutura socioeconômica
• Spillover do progresso tecnológico
Natureza da Competição no Espaço
A estrutura centro-periferia
• O frete do produto homogêneo não tem custo
• Esta hipótese, que assegura a equalização dos ganhos nas regiões, é feita para
os trabalhadores imóveis para obter a mesma demanda para o produto
diferenciado
• Em contraposição, o frete do produto diferenciado exige recursos escassos, e
assim a demanda por este produto varia com as escolhas locacionais feitas
por aqueles trabalhadores
Natureza da Competição no Espaço
A estrutura centro-periferia
• Quando os trabalhadores se mudam para uma nova região eles trazem
consigo suas habilidades de produção e de consumo
• Esses movimentos afetam o tamanho dos mercados de produto e mão de obra nas
regiões de origem e destino
• Estes efeitos têm a natureza de externalidades pecuniária  Uma externalidade
pecuniária existe quando as ações de um indivíduo ou firma indiretamente afetam o
bem estar de outro indivíduo ou lucro de outra firma através de preços
Natureza da Competição no Espaço
A estrutura centro-periferia
• Quando os trabalhadores se mudam para uma nova região eles trazem
consigo suas habilidades de produção e de consumo ...
• ...
• A análise dos efeitos da migração devem capturar não apenas as interações
entre mercados espacialmente separados (produto e mão de obra), mas
também o papel duplo do indivíduo-trabalhador e indivíduo-consumidor
• O grande feito de Krugman (1991) foi integrar todos estes efeitos num arcabouço
simples e definir com precisão as condições pelas quais os processos cumulativos
ocorrem ou não
• Ao avançar em direção às condições específicas para a aglomeração, Krugman
demonstrou que o valor dos custos de transporte é um fator chave determinante
Natureza da Competição no Espaço
A estrutura centro-periferia
• Se os custos de transporte forem suficientemente baixos, então as empresas
se concentrarão numa única região central, ao passo que a região periférica
ofertará apenas o produto padronizado.
• Estas empresas conseguirão obter retornos crescentes vendendo mais produtos no
mercado maior sem perder muitos negócios no mercado menor
• A estrutura centro-periferia é a consequência involuntária das decisões
tomadas por um grande número de agentes econômicos em favor dos seus
próprios interesses
• Se os custos de transporte forem suficientemente altos, o frete inter-regional de
produtos será desestimulado
Natureza da Competição no Espaço
A estrutura centro-periferia
• O modelo centro-periferia permite a possibilidade de convergência ou
divergência entre regiões
• Ao passo que o modelo neoclássico, baseado em retornos constantes e
competição perfeita nos dois setores, prevê apenas a convergência.
Natureza da Competição no Espaço
A curva em forma de sino e o crescimento regional
• Uma das principais críticas é a de que o modelo centro-periferia ignora os
custos de congestionamento gerados pela concentração de empresas e
pessoas em um mesmo território.
• Em particular, evidências anedóticas indicam que um assentamento humano
de escala razoável inevitavelmente assumirá a forma de cidade.
• Como consequência, uma concentração crescente de pessoas intensificará a
competição por terra e provocará o aumento do preço das moradias e das
distâncias de deslocamento.
• Mesmo quando aumentam os salários nominais com a densidade de
emprego, o custo da habitação e dos deslocamentos, a poluição e violência,
tornarão as grandes aglomerações menos atraentes.
Natureza da Competição no Espaço
A curva em forma de sino e o crescimento regional
• Com os custos de transporte em constante declínio, a economia espacial
passa por três fases, em vez de duas:
• dispersão,
• aglomeração e
• redispersão do setor móvel
Natureza da Competição no Espaço
A curva em forma de sino e o crescimento regional
• Na primeira fase, as empresas se dispersam porque o fretamento de sua produção
sai caro, ao passo que, na última fase, a dispersão ocorre porque os custos da
habitação e dos deslocamentos são muito altos para que a aglomeração seja
sustentável.
• As aglomerações surgem na segunda fase pelos motivos destacados no modelo
centro-periferia
• A dispersão que ocorre na primeira e na terceira fases surge por motivos bem
diferentes
• A partir de um determinado limiar o congestionamento instiga empresas e pessoas
a redispersar, de modo a se aliviarem os custos correspondentes.
• No limite, os altos custos de deslocamento são o bastante para evitar a formação
de uma cidade grande e garantir a continuação das atividades industriais em
diversas cidades pequenas, uma situação mais ou menos característica das
economias pré-industriais.
Natureza da Competição no Espaço
A curva em forma de sino e o crescimento regional
• Outra limitação do modelo centro-periferia é que ele despreza a importância
dos bens intermediários.
• Ao fazer suas decisões de localização, faz sentido que o produtor de bens
intermediários preocupe-se com os locais onde são produzidos os produtos
finais; da mesma forma, os produtores de produtos finais devem prestar
bastante atenção onde os produtores de bens intermediários estão
localizados.
• Ao dar aos bens intermediários um papel relevante, nos desviamos do
modelo CP, o que permite focar em outras forças que atuam nas economias
modernas.
Natureza da Competição no Espaço
A curva em forma de sino e o crescimento regional
• Já que os trabalhadores são imóveis, a concentração mais alta de empresas
dentro de uma região significa um aumento de salários naquela região. Isto
provoca o surgimento de forças opostas.
• A demanda final na região central aumenta porque os consumidores têm renda mais
alta. A demanda final é uma força de aglomeração; no entanto, ela não é mais
provocada pelo aumento da população, mas pelo aumento da renda.
• Por outro lado, um aumento do nível dos salários gera uma nova força de
dispersão, que está no centro das discussões sobre a desindustrialização dos
países desenvolvidos, por causa do alto custo da mão de obra.
• Nesse contexto, as empresas são induzidas a realocar suas atividades para a periferia
quando os salários baixos mais do que contrabalançam a demanda mais baixa
Natureza da Competição no Espaço
A curva em forma de sino e o crescimento regional
• Por último, a grande maioria dos modelos de geografia econômica baseia-se numa
hipótese relativamente ingênua sobre o comportamento migratório: a de que os
indivíduos só se importam com o salário real.
• Adam Smith já observou que os seres humanos são a mercadoria mais difícil de mover.
• Deixando de lado os movimentos migratórios motivados por guerras, as pessoas são
heterogêneas na sua percepção dos atributos não econômicos das diferentes regiões, e
esta heterogeneidade afeta a natureza e a intensidade dos fluxos migratórios.
• Sendo a mobilidade guiada também por variáveis não econômicas, os trabalhadores não reagem às
desigualdades econômicas da mesma maneira.
• Nesse contexto, surge mais uma vez a curva em forma de sino: os trabalhadores se
mudam para o centro quando as desigualdades espaciais são grandes, mas permanecem
no local quando elas são pequenas
• Se esta premissa for correta, o crescimento econômico e o estado de bem-estar social se combinam
para diminuir a velocidade da mobilidade dos indivíduos, ao lhes permitir satisfazer suas necessidades
de socialização e (ou) fortalecer os seus laços com um determinado ambiente.
Uma maneira de ver a polarização
• A partir dos conceitos apresentados até o momento e utilizando a
iluminação noturna como uma proxy para polos de concentração de
pessoas e empresas, escolha uma região do globo e discuta as
diferenças regionais que motivam a concentração e a
desconcentração da área escolhida.
Introdução
• Tradicionalmente a economia negligenciava a questão espacial:
• Economia de Base Neoclássica
• H -> N (individualismo metodológico – a-social e a-histórico
• Homo-economicus (edonista, racionalidade instrumental)
• Problema do Liberalismo Clássico: (Indivíduo X Sociedade)
• Tomas Hobbes -> “a luta de todos contra todos”
• Mão Invisível: Forças de mercado - oferta X demanda => Equilíbrio => alocação
mais eficiente dos recursos escassos.
• Conduz ao Bem Estar econômico (Ótimo de Pareto)
• Harmonização dos interesses individuais como os Interesses da Sociedade
• A análise desconsidera a sociedade, a história (o tempo) e o espaço
Introdução
Desenvolvimento da Economia Espacial:
3 Momentos:
1) Aparece de maneira marginal na Teoria Ortodoxa de Base
Neoclássica (Teorias Clássicas de Localização)
2) Crescimento a partir dos anos 50 juntamente com a Temática do
Desenvolvimento Econômico
 o fim das ilusões com o crescimento equilibrado
 a preocupação com o Desenvolvimento Econômico no Pós-Guerra
 Reconstrução da Europa
 Políticas Públicas de Desenvolvimento Regional nos países periféricos
 Influências de Keynes, de Schumpeter, da Cepal
3) Nos anos 80 e 90 – Globalização X Regionalização, Economia do
conhecimento etc
Espaço – Região – Território
Espaço
• Spatium (Latin): visto como “contínuo”, ou como intervalo, no qual estão
dispostos os corpos seguindo uma certa ordem neste vazio.
• Nível elevado de abstração (associado a 2 princípios fundamentais: o de
localização e o de extensão)
• Não pode ser visto nem como Espaço Absoluto (receptáculo)  “vazio e
puro, lugar por excelência dos números e das proporções” .
• Nem como um Produto da Sociedade  “ponto de reunião dos objetos
produzidos, o conjunto das coisas que ocupam seus subconjuntos,
efetuado, objetivado, portanto funcional.”
• “O Espaço é o lócus da reprodução das relações sociais de produção”
ESPAÇO
Sociedade e espaço não podem ser vistos como se
fossem coisas separadas que se reuniriam depois, mas
sim como uma formação sócio-espacial
ESPAÇO
Milton Santos:
“... o espaço é uma instância da sociedade”.
“...o espaço organizado pelo homem é como as demais
estruturas sociais, uma estrutura subordinada-
subordinante.
E como as outras instâncias, o espaço, embora submetido à
lei da totalidade, dispõe de uma certa autonomia.”
Espaço Vivido: sentimentos e idéias de um grupo ou povo
sobre o espaço a partir da experiência (subjetividade,
intuição, sentimentos, experiência, simbolismo)
O espaço é o lócus da produção e reprodução
da vida social
Região
Origem Etimológica
Região vem do latin: regere, composta pelo radical reg, que deu
origem a outras palavras como regência, regente, regra.
“Área sob um certo domínio ou área definida por uma
regularidade de propriedades que a definem”.
Espaço concreto (com seus atributos naturais e socialmente
construídos)
Área definida por uma regularidade de propriedades que a
definem (que as distinguem das demais) – Região do Vale do São
Francisco, Vale do Silício, Região Norte
delimitação de circunscrição e hierarquias administrativas
(classificação) Região de Influência da Ford
Região
REGIÃO: é uma classe de área, fruto de uma
classificação geral que divide o espaço segundo
critérios ou variáveis arbitrários que possuem
justificativa no julgamento de sua relevância para sua
explicação.
Remete para a idéia de IDENTIDADE
Raízes
Construção de identidade sócio-cultural
Sentimento de Pertencimento - Pertença
Território
Conceito tem conotação mais política
O conceito está fortemente associado á ideia de território
nacional – Estado Nação
“O território é fundamentalmente um espaço definido e
delimitado por e a partir de relações de poder.”
PODER  corresponde a habilidade humana de não apenas
agir, mas de agir em uníssono, em comum acordo. A pessoa
não “está no poder” ela está investida de poder por um certo
número de pessoas, para atuar em seu nome
 legitimidade
Território
Apesar da ocupação do território ser geradora de raízes e
identidade, de sentimento de pertencimento (dos de dentro e
os de fora, do nos contra eles)
Remete principalmente ao conceito de GOVERNANÇA
• Governança é um termo que se refere a estruturas de
relações de poder e de tomada de decisão acerca da
alocação de fatores de produção, que envolve qualquer
conjunto de sistemas de relações insumo-produto.
A governança corporativa – os arranjos institucionais que
regem as relações entre acionistas (ou outros grupos) e as
administrações das empresas
Território
Territorio
Visão Tradicional Visão Critica
Espaço concreto em si Campo de forças, uma teia ou rede
de relações sociais
 Em um espaço físico contíguo  Não necessariamente contíguo
 É estável  Flexível
 Se justapõe mas não se
sobrepõe
 Pode se sobrepor
Território X REDES
• Necessidade de se construir uma ponte conceitual entre
território, no seu sentido usual (que pressupõe
contiguidades espacial) e a rede (onde não há
contiguidade espacial).
• Redes  o que há e para efeito de representação gráfica,
um conjunto de pontos – nós – conectados entre si por
segmentos – arcos – que correspondem aos fluxos que
interligam, costuram os nós – fluxos de bens, pessoas , ou
informações - , sendo que os arcos podem ainda indicar
elementos infraestruturas (ex: estradas) que viabilizam
fisicamente o deslocamento dos fluxos.
Território X REDES
Ponte Conceitual:
• Território-Rede  Território descontínuo  com os nós
de tal território não são apenas pontos adimensionais –
mas têm escala de superfície pode-se dizer que
território descontínuo é, na realidade, uma rede a
articular dois ou mais territórios contínuos
Teorias Clássicas de Localização
Weber
Teorias Clássicas da Localização – VISÃO GERAL
Trabalham com o suposto de concorrência perfeita:
 Mercado atomizado: distribuído entre pequenas empresas, nenhuma tem
condições individualmente de afetar o mercado;
 Produtos Homogêneos: não existe diferenciação entre os produtos
oferecidos;
 Não existem Barreiras à Entrada: não existe dificuldade para as
empresas entrarem ou saírem do mercado;
 Perfeita Informação (mercado transparente): toda informação sobre
preços, qualidade, lucros etc são totalmente conhecidas;
 Retornos Constantes de Escala: as possíveis vantagens das empresas
não são cumulativas, não geram diferenciais de competitividade no tempo.
 E ainda , o suposto implícito de que a mão invisível produz um resultado
DE EQUILIBRIO eficiente (òtimo de Pareto), harmoniza os interesses
individuais com os da sociedade.
Teorias Clássicas da Localização – VISÃO GERAL
• Os autores procuram enfatizar, de uma forma geral, as
decisões do ponto de vista da firma que, levando em
conta o papel dos custos de transporte, procura
determinar a sua “localização ótima”.
• As externalidades decorrentes da aglomeração de
atividades numa região determinada são, de uma forma
geral, desprezadas.
Teoria da Localização Industrial de Weber
A decisão quanto à localização de atividades industriais decorreria da ponderação
FATORES LOCACIONAIS
Estes podem ser divididos em:
 específicos (economias de custos alcançadas por um número pequeno de
empresas) e
 gerais (economias de custos que podem ser alcançadas por qualquer
indústria).
Os segundos ainda podem ser separados em:
 regionais (capazes de influenciar a escolha da localização entre regiões)
 aglomerativos, ou desaglomerativos (fatores que provocam a
concentração ou dispersão em uma região).
Teoria da Localização Industrial de Weber
Para Weber os principais fatores locacionais gerais
são:
 o custo de transporte – das matérias-primas e do
produto final (regional),
 o custo da mão-de-obra (regional)
 “fatores locais” decorrentes das forças de
aglomeração e desaglomeração.
 ofertas de serviços principalmente energia elétrica e água,
por exemplo, fatores que podem ser aglomerativos se
presentes em determinada região
Teoria da Localização Industrial de Weber
O custo de transporte é parcialmente determinado:
- pela distância às matérias primas/inputs e ao mercado
- pela dimensão e pelo peso das matérias primas/inputs e dos
produtos finais
O Modelo de localização de Weber implica em descobrir a
localização de custo de transporte mínimo e ajustar esta
localização de forma a considerar os custos de trabalho e as
economias de aglomeração.

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  • 3. • Identificar e sistematizar teorias voltadas para a discussão de espaços territorialmente contíguos inseridos em espaços nacionais • sistematização da produção teórica na área em três grandes blocos • conjunto de teorias clássicas da localização, as teorias de desenvolvimento regional • modelos e abordagens que possam dar conta dos novos padrões de produção • automação integrada flexível • movimentos de abertura comercial • desregulamentação econômica
  • 4. Economia Regional e Urbana Introdução • Do que trata e a EUR: Trata das Relações Econômicas no Espaço Estudo de onde a atividade econômica ocorre e por que ocorre Questões que preocupam o mundo O desigual desenvolvimento entre as nações Desigualdades regionais entre países Econômicas e Sociais O desenvolvimento não se propaga de forma difusa pelo espaço, mas se concentra em certos pontos  criação de desequilíbrios Teoria dos polos de desenvolvimento
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11. Tabela 12 - Estado de Goiás: Participação do número de emprego das Regiões de Planejamento/Estado - 2016. (%) Região Número de emprego Total Agropecuária Indústria Construção civil Comércio Serviços 001 - Metropolitana de Goiânia 52,59 8,26 39,55 66,87 50,45 62,13 002 - Centro Goiano 9,66 7,02 16,42 6,44 10,37 7,78 003 - Norte Goiano 2,98 7,00 3,26 3,35 3,06 2,32 004 - Nordeste Goiano 1,12 3,01 0,26 0,22 1,27 1,18 005 - Entorno do Distrito Federal 8,05 14,49 4,18 8,52 10,31 7,60 006 - Sudeste Goiano 3,78 8,43 5,79 2,83 3,80 2,60 007 - Sul Goiano 6,89 12,76 7,96 4,65 6,61 6,08 008 - Sudoeste Goiano 9,92 25,97 14,14 5,66 9,84 6,88 009 - Oeste Goiano 3,60 9,30 6,28 1,23 2,91 2,46 010 - Noroeste Goiano 1,40 3,76 2,15 0,22 1,37 0,97 ESTADO DE GOIÁS 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Elaboração: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN-GO Gerência de Sistematização e Disseminação de Informações Socioeconômicas - 2018.
  • 12. Tabela 24 - Estado de Goiás: Participação da arrecadação do ICMS das Regiões de Planejamento/Estado - 2000, 2010 e 2017. (%) Região 2000 2010 2017 001 - Metropolitana de Goiânia 58,47 56,63 58,03 002 - Centro Goiano 7,07 7,33 8,05 003 - Norte Goiano 2,06 1,99 1,04 004 - Nordeste Goiano 0,27 0,42 0,23 005 - Entorno do Distrito Federal 2,27 3,30 3,35 006 - Sudeste Goiano 2,63 4,22 2,82 007 - Sul Goiano 3,88 3,50 2,53 008 - Sudoeste Goiano 5,81 4,86 4,35 009 - Oeste Goiano 1,68 1,15 0,95 010 - Noroeste Goiano 0,37 0,31 0,29 Outros 15,48 16,29 18,35 ESTADO DE GOIÁS 100,00 100,00 100,00 Elaboração: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN-GO Gerência de Sistematização e Disseminação de Informações Socioeconômicas - 2018.
  • 13. Tabela 26 - Estado de Goiás: Participação do Produto Interno Bruto das Regiões de Planejamento/Estado – 2013-14 Região 2014 2015 001 - Metropolitana de Goiânia 40,38 39,01 002 - Centro Goiano 10,91 10,87 003 - Norte Goiano 4,07 4,52 004 - Nordeste Goiano 1,33 1,37 005 - Entorno do Distrito Federal 9,38 9,63 006 - Sudeste Goiano 6,42 6,31 007 - Sul Goiano 7,99 8,17 008 - Sudoeste Goiano 13,61 14,19 009 - Oeste Goiano 4,41 4,41 010 - Noroeste Goiano 1,50 1,51 ESTADO DE GOIÁS 100,00 100,00 Elaboração: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN-GO
  • 14. Tabela 25 - Estado de Goiás: Produto Interno Bruto e PIB per capita, segundo as Regiões de Planejamento - 2014 -15. Região 2014 2015 PIB (R$ mil) % PIB per capita (R$) PIB (R$ mil) % PIB per capita (R$) 001 - Metropolitana de Goiânia 66.627.251 40,38 27.941 67.726.825 39,01 27.965 002 - Centro Goiano 18.008.064 10,91 26.935 18.872.288 10,87 27.927 003 - Norte Goiano 6.715.145 4,07 21.014 7.855.106 4,52 24.514 004 - Nordeste Goiano 2.192.078 1,33 12.010 2.382.845 1,37 12.917 005 - Entorno do Distrito Federal 15.476.382 9,38 13.350 16.728.034 9,63 14.180 006 - Sudeste Goiano 10.601.497 6,42 39.552 10.958.387 6,31 40.403 007 - Sul Goiano 13.183.237 7,99 30.629 14.177.167 8,17 32.599 008 - Sudoeste Goiano 22.451.831 13,61 36.707 24.646.316 14,19 39.621 009 - Oeste Goiano 7.283.487 4,41 20.720 7.658.113 4,41 21.718 010 - Noroeste Goiano 2.476.335 1,50 16.837 2.626.583 1,51 17.783 ESTADO DE GOIÁS 165.015.307 100,00 25.297 173.631.664 100,00 26.265 Elaboração: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN-GO Gerência de Sistematização e Disseminação de Informações Socioeconômicas - 2018.
  • 15. Economia Regional e Urbana Introdução 2 questões orientam: 1. Localização das atividades econômicas – as escolhas que as empresas e as famílias fazem em relação a onde produzir e consumir e como estas escolhas interagem. • Que fatores explicam a decisão de localização dos empreendimentos? 2. Aglomeração – o agrupamento da atividade econômica • Qual a lógica que cria e sustenta? • Quais as externalidades positivas ou negativas que decorrem dela? Exs: Clínicas no Setor Aeroporto etc, Vale do silício, Jaraguá, Vale dos Sinos, ABC paulista, Clusters, APLs
  • 16. Introdução • Tradicionalmente a economia negligenciava a questão espacial: • Economia de Base Neoclássica • Individualismo metodológico – a-social e a-histórico • Homo-economicus (edonista, racionalidade instrumental) • Problema do Liberalismo Clássico: (Indivíduo X Sociedade) • Mão Invisível: Forças de mercado - oferta X demanda => Equilíbrio => alocação mais eficiente dos recursos escassos. • Bem Estar econômico (Ótimo de Pareto) • Harmonização dos interesses individuais como os Interesses da Sociedade • A análise desconsidera a sociedade, a história (o tempo) e o espaço
  • 17. Geografia Econômica Jacques-François Thisse In ECONOMIA REGIONAL E URBANA: Teorias e métodos com ênfase no Brasil
  • 18. • A geografia econômica – ou economia geográfica – busca explicar por que as atividades econômicas optam por se estabelecer em determinados lugares • Por que alguns lugares têm mais sucesso que outros? • Desde o surgimento da civilização, as atividades humanas e a qualidade de vida têm se distribuído de forma desigual entre os continentes e em seus territórios (BRAUDEL, 1979) • a vida econômica concentra-se em um número relativamente limitado de assentamentos humanos (cidades e aglomerações), os quais estão agrupados sob o título de “aglomerações econômicas”.
  • 19. • O termo aglomeração diz respeito a situações bastante distintas no mundo real • Num extremo do espectro está a divisão Norte-Sul • No outro, a aglomeração surge quando restaurantes, cinemas ou lojas que vendem produtos similares se agrupam dentro do mesmo bairro, ou até na mesma rua • O surgimento de aglomerações econômicas está vinculado ao surgimento das desigualdades entre lugares
  • 20. Uma visão geral das principais contribuições • A economia espacial pode ser considerada como o produto de um trade-off entre diferentes tipos de economias de escala na produção e o custo da mobilidade de bens, pessoas e informação • Concentração: vantagens de especialização e de produção em larga escala • Dispersão: custo do frete e de produção diversificada
  • 21. Uma visão geral das principais contribuições • Thünen (1966) é o fundador da teoria do uso do solo e o seu trabalho serviu de pilar para o desenvolvimento da moderna economia urbana. • Interesse na alocação de recursos e na determinação dos preços. Ele destacou o espaço, pois a terra era um fator de produção essencial no principal setor de sua época. • Hotelling (1929) trata da natureza da competição no espaço e a maneira pela qual as empresas escolhem sua localização num ambiente estratégico. • Buscava construir uma teoria de seleção de produto por empresas oligopolistas • Krugman (1991) destacou a sustentação microeconômica das aglomerações econômicas espaciais e os desequilíbrios regionais nos níveis nacional e internacional. • Interesse na interação entre os retornos crescentes e a competição imperfeita nos mercados globalizados, nos quais o comércio de commodities e o fator mobilidade da produção são os ingredientes fundamentais.
  • 22. Thünen e a teoria do uso do solo A localização das atividades agrícolas • Explicar o padrão das atividades agrícolas em torno das cidades na Alemanha pré-industrial. • Cada local no espaço é caracterizado por diversos fatores, tais como condições do solo, relevo, posição geográfica e outros. • O preço da terra e o uso do solo variam entre os locais, dependendo destas características. • Thünen construiu sua teoria focando os diferenciais transporte/custo entre os locais. • O modelo demonstra que a alocação de terra para diferentes atividades econômicas surge como resultado do equilíbrio em um mercado de terras perfeitamente competitivo. • O preço da terra diminui com a distância à cidade-mercado a uma taxa constante em cada anel, decrescendo de um anel para o outro. Mas essa distância se tornou relativa  custo do transporte
  • 23. Thünen e a teoria do uso do solo Economia urbana • Em contexto urbano, o mercado é substituído por um centro de emprego - área central de negócios • A única característica espacial de um determinado local é a sua distância ao centro da cidade, • Quando a terra disponível para a produção agrícola passa a ser usada para a construção de moradias, fábricas, escritórios e infraestrutura. • O principal objetivo da economia urbana é explicar a estrutura interna das cidades, ou seja, como o solo é distribuído entre as diversas atividades e por que as cidades possuem uma ou várias áreas centrais de negócios. Polo único  Multipolarizada  zonas agroindustriais de GYN
  • 24. Thünen e a teoria do uso do solo Economia urbana • Economistas urbanos se empenharam em explicar a estrutura interna das cidades • Como o solo é distribuído para as atividades e agentes econômicos em torno da área central de negócios. • O modelo de cidade monocêntrica produziu um conjunto de resultados consistentes com as características mais proeminentes das cidades. • Isto explica a diminuição do preço da terra urbana à medida que aumenta a distância ao centro da cidade, bem como a queda da densidade demográfica à medida que o centro se distancia.
  • 25. Thünen e a teoria do uso do solo Economia urbana • A origem das cidades poderia ser creditada à concentração de propriedade de terras, o que permitiu aos patrões viverem a uma distância de suas propriedades em lugares onde poderiam “desfrutar uma sociedade agradável”, e às demandas dos patrões, que atrairiam artesãos e mercadores. • As relações pessoais são a essência das sociedades, embora as consequências destas relações fossem frequentemente multifacetadas. • Existe uma natureza gravitacional em relação à formação das cidades • a existência das cidades combina a índole gregária natural dos seres humanos com o seu desejo de consumir mais espaço
  • 26. Thünen e a teoria do uso do solo Economia urbana • Além das transações comerciais típicas que envolvem empresas e indivíduos  quais seriam as interações que estimulam a concentração? • Informação como insumo básico para as atividades das empresas  difícil de codificar, porque é tácita e só pode ser obtida em contatos interpessoais. • A troca de informações entre empresas gera benefícios  uma vez que as empresas possuem informações diferentes, os benefícios da comunicação em geral aumentam com o aumento do número de empresas  spillovers • A qualidade da informação melhora com agrupamento de empresas  cai o número de intermediários.
  • 27. Natureza da Competição no Espaço • A existência de desigualdades regionais há muito atrai a atenção dos economistas, especialmente na área conhecida como economia regional. Por muito tempo, entretanto, os conceitos, os modelos e as técnicas regionais eram uma mera extensão daqueles utilizados em nível nacional, com um índice adicional identificando as diferentes regiões • A despeito das primeiras e valiosas contribuições, ninguém antes de Krugman (1991) tinha conseguido mostrar como os desequilíbrios regionais podiam surgir no domínio da teoria econômica
  • 28. Natureza da Competição no Espaço • Anos 1950 - teóricos do desenvolvimento descobriram as bases do desenvolvimento desigual  o princípio da causalidade cumulativa ou circular • não existe tendência à auto estabilização automática no sistema social. • O sistema por si só não caminha em direção a tipo algum de equilíbrio entre forças  está constantemente se movendo para longe desta situação. • Em situação normal, uma mudança não atrai mudanças compensatórias, mas, em vez disso, atrai mudanças de apoio, que movem o sistema na mesma direção da primeira mudança, para ir muito além (tendência à concentração e à acumulação?). • Devido a esta causalidade circular, um processo social tende a se tornar cumulativo e frequentemente adquire velocidade em taxa acelerada • Processos de desigualdade de renda (Chile)
  • 29. Natureza da Competição no Espaço • O princípio da causalidade cumulativa afirma que as disparidades regionais são guiadas por um efeito “bola de neve”, que resulta num reforço contínuo, uma vez iniciado • produção manufatureira tenderá a se concentrar onde existir um grande mercado, mas o mercado será grande onde a produção manufatureira for concentrada
  • 30. Natureza da Competição no Espaço A estrutura centro-periferia • Abordagem do modelo competição monopolista com custo de transporte consegue explicar o princípio da causalidade cumulativa • A competição monopolista surge como uma estrutura de mercado determinada pelas preferências dos consumidores por variedade e dos requisitos fixos das empresas por recursos produtivos limitados • A variedade de produtos é considerada como uma proxy para as inúmeras amenidades urbanas que atraem as pessoas • As empresas interagem apenas indiretamente em termos de sua reação aos níveis de demanda agregada • O custo de transporte é do tipo iceberg: significam que uma parte do bem transportado dissipa-se com o próprio processo de transporte  Permite que se integrem os custos positivos do frete sem se ter de lidar explicitamente com o setor de transportes
  • 31. Natureza da Competição no Espaço A estrutura centro-periferia • O modelo considera um cenário padrão que envolve duas regiões, dois setores e dois tipos de mão de obra • O setor tradicional produz um produto homogêneo - retornos constantes e competição perfeita, utilizando mão de obra é espacialmente imóvel • O setor moderno oferece um produto horizontalmente diferenciado sob competição monopolística e com retornos crescentes, utilizando mão de obra móvel no espaço.
  • 32. • Economias primário-exportadoras têm a capacidade de inflar e murchar em si, mantendo a mesma estrutura  baixa diversificação • Economias industrializadas tendem a apresentar muito mais dinamicidade, propiciando maior diversificação socioeconômica, com impactos diretos e indiretos sobre outras áreas do setor produtivo • Características do produto • Características da mão de obra • Estrutura socioeconômica • Spillover do progresso tecnológico
  • 33. Natureza da Competição no Espaço A estrutura centro-periferia • O frete do produto homogêneo não tem custo • Esta hipótese, que assegura a equalização dos ganhos nas regiões, é feita para os trabalhadores imóveis para obter a mesma demanda para o produto diferenciado • Em contraposição, o frete do produto diferenciado exige recursos escassos, e assim a demanda por este produto varia com as escolhas locacionais feitas por aqueles trabalhadores
  • 34. Natureza da Competição no Espaço A estrutura centro-periferia • Quando os trabalhadores se mudam para uma nova região eles trazem consigo suas habilidades de produção e de consumo • Esses movimentos afetam o tamanho dos mercados de produto e mão de obra nas regiões de origem e destino • Estes efeitos têm a natureza de externalidades pecuniária  Uma externalidade pecuniária existe quando as ações de um indivíduo ou firma indiretamente afetam o bem estar de outro indivíduo ou lucro de outra firma através de preços
  • 35. Natureza da Competição no Espaço A estrutura centro-periferia • Quando os trabalhadores se mudam para uma nova região eles trazem consigo suas habilidades de produção e de consumo ... • ... • A análise dos efeitos da migração devem capturar não apenas as interações entre mercados espacialmente separados (produto e mão de obra), mas também o papel duplo do indivíduo-trabalhador e indivíduo-consumidor • O grande feito de Krugman (1991) foi integrar todos estes efeitos num arcabouço simples e definir com precisão as condições pelas quais os processos cumulativos ocorrem ou não • Ao avançar em direção às condições específicas para a aglomeração, Krugman demonstrou que o valor dos custos de transporte é um fator chave determinante
  • 36. Natureza da Competição no Espaço A estrutura centro-periferia • Se os custos de transporte forem suficientemente baixos, então as empresas se concentrarão numa única região central, ao passo que a região periférica ofertará apenas o produto padronizado. • Estas empresas conseguirão obter retornos crescentes vendendo mais produtos no mercado maior sem perder muitos negócios no mercado menor • A estrutura centro-periferia é a consequência involuntária das decisões tomadas por um grande número de agentes econômicos em favor dos seus próprios interesses • Se os custos de transporte forem suficientemente altos, o frete inter-regional de produtos será desestimulado
  • 37. Natureza da Competição no Espaço A estrutura centro-periferia • O modelo centro-periferia permite a possibilidade de convergência ou divergência entre regiões • Ao passo que o modelo neoclássico, baseado em retornos constantes e competição perfeita nos dois setores, prevê apenas a convergência.
  • 38. Natureza da Competição no Espaço A curva em forma de sino e o crescimento regional • Uma das principais críticas é a de que o modelo centro-periferia ignora os custos de congestionamento gerados pela concentração de empresas e pessoas em um mesmo território. • Em particular, evidências anedóticas indicam que um assentamento humano de escala razoável inevitavelmente assumirá a forma de cidade. • Como consequência, uma concentração crescente de pessoas intensificará a competição por terra e provocará o aumento do preço das moradias e das distâncias de deslocamento. • Mesmo quando aumentam os salários nominais com a densidade de emprego, o custo da habitação e dos deslocamentos, a poluição e violência, tornarão as grandes aglomerações menos atraentes.
  • 39.
  • 40. Natureza da Competição no Espaço A curva em forma de sino e o crescimento regional • Com os custos de transporte em constante declínio, a economia espacial passa por três fases, em vez de duas: • dispersão, • aglomeração e • redispersão do setor móvel
  • 41. Natureza da Competição no Espaço A curva em forma de sino e o crescimento regional • Na primeira fase, as empresas se dispersam porque o fretamento de sua produção sai caro, ao passo que, na última fase, a dispersão ocorre porque os custos da habitação e dos deslocamentos são muito altos para que a aglomeração seja sustentável. • As aglomerações surgem na segunda fase pelos motivos destacados no modelo centro-periferia • A dispersão que ocorre na primeira e na terceira fases surge por motivos bem diferentes • A partir de um determinado limiar o congestionamento instiga empresas e pessoas a redispersar, de modo a se aliviarem os custos correspondentes. • No limite, os altos custos de deslocamento são o bastante para evitar a formação de uma cidade grande e garantir a continuação das atividades industriais em diversas cidades pequenas, uma situação mais ou menos característica das economias pré-industriais.
  • 42. Natureza da Competição no Espaço A curva em forma de sino e o crescimento regional • Outra limitação do modelo centro-periferia é que ele despreza a importância dos bens intermediários. • Ao fazer suas decisões de localização, faz sentido que o produtor de bens intermediários preocupe-se com os locais onde são produzidos os produtos finais; da mesma forma, os produtores de produtos finais devem prestar bastante atenção onde os produtores de bens intermediários estão localizados. • Ao dar aos bens intermediários um papel relevante, nos desviamos do modelo CP, o que permite focar em outras forças que atuam nas economias modernas.
  • 43. Natureza da Competição no Espaço A curva em forma de sino e o crescimento regional • Já que os trabalhadores são imóveis, a concentração mais alta de empresas dentro de uma região significa um aumento de salários naquela região. Isto provoca o surgimento de forças opostas. • A demanda final na região central aumenta porque os consumidores têm renda mais alta. A demanda final é uma força de aglomeração; no entanto, ela não é mais provocada pelo aumento da população, mas pelo aumento da renda. • Por outro lado, um aumento do nível dos salários gera uma nova força de dispersão, que está no centro das discussões sobre a desindustrialização dos países desenvolvidos, por causa do alto custo da mão de obra. • Nesse contexto, as empresas são induzidas a realocar suas atividades para a periferia quando os salários baixos mais do que contrabalançam a demanda mais baixa
  • 44. Natureza da Competição no Espaço A curva em forma de sino e o crescimento regional • Por último, a grande maioria dos modelos de geografia econômica baseia-se numa hipótese relativamente ingênua sobre o comportamento migratório: a de que os indivíduos só se importam com o salário real. • Adam Smith já observou que os seres humanos são a mercadoria mais difícil de mover. • Deixando de lado os movimentos migratórios motivados por guerras, as pessoas são heterogêneas na sua percepção dos atributos não econômicos das diferentes regiões, e esta heterogeneidade afeta a natureza e a intensidade dos fluxos migratórios. • Sendo a mobilidade guiada também por variáveis não econômicas, os trabalhadores não reagem às desigualdades econômicas da mesma maneira. • Nesse contexto, surge mais uma vez a curva em forma de sino: os trabalhadores se mudam para o centro quando as desigualdades espaciais são grandes, mas permanecem no local quando elas são pequenas • Se esta premissa for correta, o crescimento econômico e o estado de bem-estar social se combinam para diminuir a velocidade da mobilidade dos indivíduos, ao lhes permitir satisfazer suas necessidades de socialização e (ou) fortalecer os seus laços com um determinado ambiente.
  • 45. Uma maneira de ver a polarização
  • 46.
  • 47.
  • 48. • A partir dos conceitos apresentados até o momento e utilizando a iluminação noturna como uma proxy para polos de concentração de pessoas e empresas, escolha uma região do globo e discuta as diferenças regionais que motivam a concentração e a desconcentração da área escolhida.
  • 49. Introdução • Tradicionalmente a economia negligenciava a questão espacial: • Economia de Base Neoclássica • H -> N (individualismo metodológico – a-social e a-histórico • Homo-economicus (edonista, racionalidade instrumental) • Problema do Liberalismo Clássico: (Indivíduo X Sociedade) • Tomas Hobbes -> “a luta de todos contra todos” • Mão Invisível: Forças de mercado - oferta X demanda => Equilíbrio => alocação mais eficiente dos recursos escassos. • Conduz ao Bem Estar econômico (Ótimo de Pareto) • Harmonização dos interesses individuais como os Interesses da Sociedade • A análise desconsidera a sociedade, a história (o tempo) e o espaço
  • 50. Introdução Desenvolvimento da Economia Espacial: 3 Momentos: 1) Aparece de maneira marginal na Teoria Ortodoxa de Base Neoclássica (Teorias Clássicas de Localização) 2) Crescimento a partir dos anos 50 juntamente com a Temática do Desenvolvimento Econômico  o fim das ilusões com o crescimento equilibrado  a preocupação com o Desenvolvimento Econômico no Pós-Guerra  Reconstrução da Europa  Políticas Públicas de Desenvolvimento Regional nos países periféricos  Influências de Keynes, de Schumpeter, da Cepal 3) Nos anos 80 e 90 – Globalização X Regionalização, Economia do conhecimento etc
  • 51. Espaço – Região – Território Espaço • Spatium (Latin): visto como “contínuo”, ou como intervalo, no qual estão dispostos os corpos seguindo uma certa ordem neste vazio. • Nível elevado de abstração (associado a 2 princípios fundamentais: o de localização e o de extensão) • Não pode ser visto nem como Espaço Absoluto (receptáculo)  “vazio e puro, lugar por excelência dos números e das proporções” . • Nem como um Produto da Sociedade  “ponto de reunião dos objetos produzidos, o conjunto das coisas que ocupam seus subconjuntos, efetuado, objetivado, portanto funcional.” • “O Espaço é o lócus da reprodução das relações sociais de produção”
  • 52. ESPAÇO Sociedade e espaço não podem ser vistos como se fossem coisas separadas que se reuniriam depois, mas sim como uma formação sócio-espacial
  • 53. ESPAÇO Milton Santos: “... o espaço é uma instância da sociedade”. “...o espaço organizado pelo homem é como as demais estruturas sociais, uma estrutura subordinada- subordinante. E como as outras instâncias, o espaço, embora submetido à lei da totalidade, dispõe de uma certa autonomia.” Espaço Vivido: sentimentos e idéias de um grupo ou povo sobre o espaço a partir da experiência (subjetividade, intuição, sentimentos, experiência, simbolismo) O espaço é o lócus da produção e reprodução da vida social
  • 54. Região Origem Etimológica Região vem do latin: regere, composta pelo radical reg, que deu origem a outras palavras como regência, regente, regra. “Área sob um certo domínio ou área definida por uma regularidade de propriedades que a definem”. Espaço concreto (com seus atributos naturais e socialmente construídos) Área definida por uma regularidade de propriedades que a definem (que as distinguem das demais) – Região do Vale do São Francisco, Vale do Silício, Região Norte delimitação de circunscrição e hierarquias administrativas (classificação) Região de Influência da Ford
  • 55. Região REGIÃO: é uma classe de área, fruto de uma classificação geral que divide o espaço segundo critérios ou variáveis arbitrários que possuem justificativa no julgamento de sua relevância para sua explicação. Remete para a idéia de IDENTIDADE Raízes Construção de identidade sócio-cultural Sentimento de Pertencimento - Pertença
  • 56. Território Conceito tem conotação mais política O conceito está fortemente associado á ideia de território nacional – Estado Nação “O território é fundamentalmente um espaço definido e delimitado por e a partir de relações de poder.” PODER  corresponde a habilidade humana de não apenas agir, mas de agir em uníssono, em comum acordo. A pessoa não “está no poder” ela está investida de poder por um certo número de pessoas, para atuar em seu nome  legitimidade
  • 57. Território Apesar da ocupação do território ser geradora de raízes e identidade, de sentimento de pertencimento (dos de dentro e os de fora, do nos contra eles) Remete principalmente ao conceito de GOVERNANÇA • Governança é um termo que se refere a estruturas de relações de poder e de tomada de decisão acerca da alocação de fatores de produção, que envolve qualquer conjunto de sistemas de relações insumo-produto. A governança corporativa – os arranjos institucionais que regem as relações entre acionistas (ou outros grupos) e as administrações das empresas
  • 58. Território Territorio Visão Tradicional Visão Critica Espaço concreto em si Campo de forças, uma teia ou rede de relações sociais  Em um espaço físico contíguo  Não necessariamente contíguo  É estável  Flexível  Se justapõe mas não se sobrepõe  Pode se sobrepor
  • 59. Território X REDES • Necessidade de se construir uma ponte conceitual entre território, no seu sentido usual (que pressupõe contiguidades espacial) e a rede (onde não há contiguidade espacial). • Redes  o que há e para efeito de representação gráfica, um conjunto de pontos – nós – conectados entre si por segmentos – arcos – que correspondem aos fluxos que interligam, costuram os nós – fluxos de bens, pessoas , ou informações - , sendo que os arcos podem ainda indicar elementos infraestruturas (ex: estradas) que viabilizam fisicamente o deslocamento dos fluxos.
  • 60. Território X REDES Ponte Conceitual: • Território-Rede  Território descontínuo  com os nós de tal território não são apenas pontos adimensionais – mas têm escala de superfície pode-se dizer que território descontínuo é, na realidade, uma rede a articular dois ou mais territórios contínuos
  • 61. Teorias Clássicas de Localização Weber
  • 62. Teorias Clássicas da Localização – VISÃO GERAL Trabalham com o suposto de concorrência perfeita:  Mercado atomizado: distribuído entre pequenas empresas, nenhuma tem condições individualmente de afetar o mercado;  Produtos Homogêneos: não existe diferenciação entre os produtos oferecidos;  Não existem Barreiras à Entrada: não existe dificuldade para as empresas entrarem ou saírem do mercado;  Perfeita Informação (mercado transparente): toda informação sobre preços, qualidade, lucros etc são totalmente conhecidas;  Retornos Constantes de Escala: as possíveis vantagens das empresas não são cumulativas, não geram diferenciais de competitividade no tempo.  E ainda , o suposto implícito de que a mão invisível produz um resultado DE EQUILIBRIO eficiente (òtimo de Pareto), harmoniza os interesses individuais com os da sociedade.
  • 63. Teorias Clássicas da Localização – VISÃO GERAL • Os autores procuram enfatizar, de uma forma geral, as decisões do ponto de vista da firma que, levando em conta o papel dos custos de transporte, procura determinar a sua “localização ótima”. • As externalidades decorrentes da aglomeração de atividades numa região determinada são, de uma forma geral, desprezadas.
  • 64. Teoria da Localização Industrial de Weber A decisão quanto à localização de atividades industriais decorreria da ponderação FATORES LOCACIONAIS Estes podem ser divididos em:  específicos (economias de custos alcançadas por um número pequeno de empresas) e  gerais (economias de custos que podem ser alcançadas por qualquer indústria). Os segundos ainda podem ser separados em:  regionais (capazes de influenciar a escolha da localização entre regiões)  aglomerativos, ou desaglomerativos (fatores que provocam a concentração ou dispersão em uma região).
  • 65. Teoria da Localização Industrial de Weber Para Weber os principais fatores locacionais gerais são:  o custo de transporte – das matérias-primas e do produto final (regional),  o custo da mão-de-obra (regional)  “fatores locais” decorrentes das forças de aglomeração e desaglomeração.  ofertas de serviços principalmente energia elétrica e água, por exemplo, fatores que podem ser aglomerativos se presentes em determinada região
  • 66. Teoria da Localização Industrial de Weber O custo de transporte é parcialmente determinado: - pela distância às matérias primas/inputs e ao mercado - pela dimensão e pelo peso das matérias primas/inputs e dos produtos finais O Modelo de localização de Weber implica em descobrir a localização de custo de transporte mínimo e ajustar esta localização de forma a considerar os custos de trabalho e as economias de aglomeração.