SlideShare uma empresa Scribd logo
1
GeoGebra 3D: uma experiência de ensino com atividades
exploratório-investigativas no ensino da Geometria Espacial
GeoGebra 3D: A teaching experience with exploratory-investigative activities in the
teaching of spatial geometry
Wendel de Oliveira Silva 1
Nielce Meneguelo Lobo da Costa 2
Resumo
Esse artigo apresenta um estudo sobre as contribuições do software GeoGebra 3D na
visualização de conceitos geométricos intrínsecos aos sólidos geométricos mediante uma
tarefa de cunho exploratório-investigativa realizada com alunos do 2º ano do Ensino
Médio de uma escola de Além Paraíba-MG. A experiência se conecta a uma pesquisa
qualitativa do tipo investigação-ação cujo objetivo geral é investigar possibilidades de
aprendizagem de conceitos relativos aos Poliedros sob uma proposta investigativa. Para
tanto, aplicamos uma sequência de atividades exploratório-investigativas utilizando o
software GeoGebra 3D e analisamos diálogos entre os alunos durante aplicação da
sequência. Os resultados iniciais evidenciaram que essas práticas didáticas podem
oferecer situações que possibilitam ampliar o conhecimento dos alunos sobre a
Geometria Espacial principalmente pelas contribuições trazidas pelo ambiente que se
criou em sala de aula, marcado pela partilha de ideias, pela oportunidade de discussão e
socialização de estratégias.
Palavras-chave: GeoGebra 3D. Geometria Espacial. atividade exploratório-investigativa.
Linha Temática: Tecnologia Educacional.
1 Introdução
Conforme alude os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), Brasil (1998), a
Matemática é vista como instrumento necessário em diversas situações do
cotidiano e serve como suporte a outras áreas do conhecimento sendo ainda uma
forma de desenvolver habilidades de pensamento. No que se refere à Geometria,
1
Mestre, Professor da Rede Pública do Estado de Minas Gerais, oceded@hotmail.com
2
Doutora, Professora Titular do Programa de Pós-graduação da Universidade Anhanguera
de São Paulo, nielce.lobo@gmail.com.
2
espera-se que o estudante desenvolva habilidades de visualização e
representação espacial além de utilizar seus conhecimentos em Geometria para
solucionar problemas geométricos no meio em que vive.
Dessa forma, se torna cada vez mais necessário a busca por novas
metodologias de ensino com o intuito de não somente melhorar a qualidade do
ensino em questão mas também de se criar estratégias que levem o estudante a
questionar e traçar novos caminhos para superar suas dificuldades. Nesse
sentido, os PCN´s procuram conceber o conhecimento científico e tecnológico
como frutos da construção humana inseridos em seu processo histórico e social.
Pesquisas como as de Pavanello (1993) e Barbosa (2013) trazem à tona a
problemática do abandono ou omissão da Geometria no Ensino Básico alertando
que muitos docentes não possuem conhecimentos geométricos essenciais e
básicos para a realização de suas práticas pedagógicas. Outro problema
identificado nas pesquisas que envolvem o ensino e o aprendizado de Geometria
é relativo aos livros didáticos que muitas vezes apresentam a Geometria como um
aglomerado de definições, fórmulas e propriedades encontradas, em alguns
casos, no final do livro.
Se, por um lado, uma das dificuldades no aprendizado da Geometria recai
sobre as limitações de visualização e livros didáticos que pouco ajudam na
compreensão do conteúdo, por outro, estudos mostram que a utilização de
softwares possibilita, em parte, a superação desse limite contribuindo para a
compreensão de conceitos e propriedades geométricas na medida em que o
aluno é levado a visualizar, interpretar, conjecturar, induzir e generalizar
resultados assumindo assim o papel de sujeito ativo na construção de seu próprio
conhecimento.
Relatamos nesse artigo uma experiência de sala de aula com alunos do 2º
ano de uma escola privada localizada na Zona da Mata Mineira cujo objetivo foi
identificar as contribuições do software GeoGebra 3D na visualização de
3
conceitos geométricos intrínsecos aos sólidos geométricos mediante uma
atividade de cunho exploratório-investigativa.
2 Atividades de cunho exploratório-investigativo
O professor, no cotidiano escolar, se depara com diversas
responsabilidades inerentes a sua profissão como promover o ensino e a
aprendizagem de seus alunos, avaliá-los, participar ativamente em projetos
pedagógicos, dentre outras atividades. Em todas essas situações o professor
enfrenta desafios que muitas das vezes são superadas com muita boa vontade e
bom senso apoiando-se, quase sempre, em sua experiência docente onde nem
sempre encontra soluções satisfatórias.
O ensino, segundo Ponte (2002, p.02), vai além de uma simples aplicação
de uma metodologia pré-elaborada de forma unilateral, "trata-se de uma atividade
intelectual, política e de gestão de pessoas e recursos". São necessárias
constantes avaliações e reformulações em suas práticas docentes de modo que
oportunizem seus alunos a obtenção de resultados desejados. Para que isso
ocorra efetivamente é preciso compreender as dificuldades bem como
estabelecer uma maior proximidade com seus alunos.
Adotamos nessa pesquisa a designação “atividade de cunho exploratório-
investigativa” para uma modalidade peculiar ao ensino de Matemática, sendo
essas as que levam o aluno a empreender explorações e investigações. Ponte
(2003) esclarece que há dificuldade em diferenciar investigação de exploração,
pois as características de tarefas não são absolutas e sim relativas à pessoa que
a realiza. Com isso ele justifica ter adotado a expressão exploratório-investigativa
para designar as atividades.
As atividades de cunho exploratório-investigativo oportunizam aos alunos a
realização de debates, a expor seus raciocínios ou estratégias de resolução e a
estabelecer conjecturas. Nesse sentido, o aluno é estimulado a participar
ativamente em equipe favorecendo assim uma aprendizagem significativa. Dá
4
ainda ao aluno a oportunidade de escolher o caminho que deseja seguir não nos
limitando a impor somente o que julgamos importante. Fiorentini et al (2005)
afirmam que nesse novo paradigma no ensino da Matemática o aluno sai de uma
postura passiva e participa ativamente da construção de seu próprio
conhecimento tornando-se um pesquisador.
No que se refere ao ensino da Geometria, a que aqui nos propomos
enfocar, Lorenzato (1995) afirma que os professores devem ter sempre presentes
em suas aulas questionamentos como: Por que você pensa assim? Como chegou
a essa conclusão? Isso vale para todos os casos? Como isso pode ser dito de
outro modo? Você concorda? O que mudou? Entre outros questionamentos.
O nosso interesse em adotar as atividades exploratório-investigativas como
recurso metodológico para o ensino de Geometria Espacial é justificado pelo
potencial em favorecer a compreensão de conceitos geométricos e promover o
desenvolvimento das capacidades argumentativas e validação das respostas
encontradas. Além disso, acreditamos que essas atividades valorizam a
autonomia, a iniciativa, a perseverança e, principalmente, a criatividade do aluno
auxiliando a produção de conhecimento geométrico.
3 GeoGebra 3D: uma nova possibilidade para o ensino de
Geometria Espacial
O GeoGebra 3D é um programa de Geometria Dinâmica (GD) utilizado
tanto no Ensino Básico quanto no Ensino Superior que une dinamicamente
Geometria, Álgebra e Cálculo oferecendo esses recursos em um único ambiente
e totalmente conectados. (HOHENWARTER e PREINER, 2007).
O software oferece várias representações simultâneas de cada objeto onde
cada expressão na Janela de Álgebra corresponde a um objeto na Janela de
Visualização 2D.
5
Nesta pesquisa foi utilizado o GeoGebra 5.0 que disponibiliza a Janela de
Visualização 3D. Designaremos o programa por GeoGebra 3D. Com ele o
professor pode propor atividades para o aluno testar hipóteses e conjecturas de
maneira dinâmica contribuindo assim para auxiliar as explorações, investigações
e argumentações.
Apresentamos na sequência o contexto no qual se inseriu essa pesquisa,
descrevemos os sujeitos e os procedimentos metodológicos para construção,
descrição e interpretação dos dados coletados. Em seguida descrevemos e
analisamos uma atividade de cunho exploratório-investigativa desenvolvida na
experiência de ensino de conceitos elementares sobre sólidos geométricos.
4 Fundamentos Teórico-Metodológicos
A pesquisa que subsidia este artigo teve por objetivo geral investigar
possibilidades de aprendizagem de conceitos relativos aos Poliedros sob uma
proposta investigativa.
A investigação matemática é um caminho para auxiliar o estudante na
construção de seu próprio conhecimento tornando-se assim um indivíduo
autônomo visto que essa atividade desenvolve diversos processos matemáticos.
Uma atividade investigativa possibilita ao aluno desenvolver habilidades como
intuir, experimentar, explorar, abstrair, conjeturar, formular, testar, generalizar e
demonstrar.
Conforme preconiza Ponte (2003) uma investigação matemática ocorre
normalmente através da proposta de um problema. Ao tentar solucioná-lo
podemos realizar descobertas que se desvelam tão importantes ou mais que a
própria solução do problema pois mesmo não solucionando-o conseguimos
construir conhecimentos durante o caminho percorrido em busca de sua solução.
Com a investigação, os alunos são convidados a indagar, discutir e
estabelecer relações por meio da realidade em um contexto real. Dessa forma, os
6
alunos em sala de aula passam a observar, registrar e documentar as atividades
discutidas em sala considerando as experiências pessoais.
As atividades exploratório-investigativas, como as que propomos nesse
artigo, são tarefas matemáticas cuja sua realização pode desenvolver nos alunos
diversas capacidades de ordem superior. A sua implementação em sala de aula é
de extrema importância pois implica em uma dinâmica de aula que impõe novos
desafios tanto para os alunos quanto para os professores.
Para Ponte, Brocardo e Oliveira (2009), no que tange ao ensino e
aprendizagem, investigar não significa apenas solucionar problemas complexos
mas formular questões para as quais ainda não se tem respostas buscando
respondê-las da forma mais fundamentada e rigorosa possível.
A investigação em matemática pode ser dividida em quatro momentos que
podem ou não surgir simultaneamente: primeiro, ocorre a exploração e
formulação de questões. No segundo momento, há a organização dos dados e as
conjecturas. No terceiro momento acontece a realização de testes e refinamento
das conjecturas. Já no quarto e último momento, acontece a justificativa das
conjecturas, suas demonstrações e a avaliação do raciocínio.
Ao longo dos quatro momentos supracitados podem ocorrer interações
entre os agentes envolvidos na resolução do problema. No entanto, a interação é
obrigatória no final da atividade para que ocorra a divulgação dos resultados.
Por fim, o envolvimento ativo do estudante é primordial para que aconteça
a efetiva aprendizagem da Matemática pois ao investigar, o estudante se torna
um detetive matemático desde que viabilizem seu trabalho de forma autônoma.
A metodologia foi a qualitativa do tipo investigação-ação a qual permite ao
pesquisador observar a realidade investigada ao mesmo tempo em que participa
de todo o processo. Segundo Elliott (1990) a investigação-ação é uma
metodologia de investigação orientada com o objetivo de proporcionar melhorias
às práticas nos diversos campos da ação obtendo melhores resultados naquilo
7
que se faz e, por outro lado, facilitar o aperfeiçoamento das pessoas e dos grupos
com que se trabalha.
Os sujeitos de pesquisa foram 30 alunos voluntários do 2º ano do Ensino
Médio de uma escola localizada na cidade de Além Paraíba-MG situada na Zona
da Mata Mineira.
Os instrumentos de coleta de dados foram as atividades propostas aos
alunos nas quais os mesmos deveriam registrar suas respostas e entregar ao final
do encontro, os vídeos com as gravações das aulas e suas transcrições. Para a
realização desse trabalho baseamos tão somente na transcrição realizada do
vídeo da aula no qual desenvolvemos a Atividade 1.
Observamos os diálogos dos alunos em dois momentos: durante o
desenvolvimento da atividade quando discutiam os encaminhamentos e durante o
compartilhamento dos resultados, quando eram indagados pelo professor.
Apresentamos a seguir uma das atividades propostas e seu
desdobramento no laboratório de informática.
5 Atividade com o GeoGebra 3D para explorar e investigar
sólidos geométricos
Elaboramos uma experiência de ensino com cinco atividades de caráter
exploratório-investigativas para aplicação no laboratório de informática em
horários extraclasses, utilizando o software GeoGebra 3D. As atividades de
caráter exploratório-investigativas foram realizadas em duplas.
A experiência de ensino foi desenvolvida no segundo semestre do ano de
2015 em cinco encontros de uma hora de duração abordando tópicos relativos
aos sólidos geométricos, conforme o quadro abaixo:
8
Quadro 1 – temas abordados nas atividades
Tarefa Conteúdo Duração
Atividade 1 - Sólidos Redondos e Poliedros. 1h
Atividade 2 - Cubo, Prisma, volumes. 1h
Atividade 3 - Tetraedro, Área e Relação de Euler. 1h
Atividade 4 - Pirâmides. 1h
Atividade 5 - Poliedros Semirregulares. 1h
Fonte: Elaborado pelos autores
A Folha de Atividade foi distribuída as duplas para resolução após
discussões entre eles. Ao longo das atividades apresentamos questionamentos
de modo a levar os alunos a perceberem as relações e construírem conceitos
envolvidos.
Dentre as atividades propostas no projeto escolhemos, para discussão e
análise nesse artigo, a Atividade 1 e seu desenvolvimento pelos alunos.
Substituímos os nomes dos alunos pelas designações Aluno01, Aluno02, Aluno03
e assim sucessivamente para preservar as identidades.
5.1 Descrição da Atividade 1
O objetivo dessa atividade foi levar o aluno a identificar a diferença entres
sólidos redondos e Poliedros bem com as dimensões dos elementos que os
constituem.
1) Abra o arquivo solidos_diversos.ggb. Em seguida, mova o plano que
contém os sólidos livremente.
9
Figura 1 - Sólidos diversos contidos no arquivo solidos_diversos.ggb
Agora responda:
a) O que você observou em relação às características em comum entre os
sólidos de cor rosa, amarelo e marrom?
b) O que você observou em relação às características em comum entre os
sólidos de cor azul e vermelho?
2) A partir do que foi observado no item anterior, responda:
Sobre as superfícies dos poliedros observados podemos identificar
elementos de 2, 1 ou nenhuma dimensão? Tomando como exemplo o Prisma
Pentagonal, quantos são os elementos de 2, 1 e nenhuma dimensão sobre a sua
superfície?
O professor antes de distribuir as atividades impressas aos alunos
apresentou as ferramentas básicas do software GeoGebra 3D mediante
construções de alguns sólidos geométricos e solicitou que os alunos
reproduzissem essas construções em seus computadores para que se
familiarizassem com o programa.
10
Após a apresentação do programa o professor fez a distribuição da Folha
de Atividades e solicitou aos alunos que discutissem entre as duplas e
registrassem suas respostas por escrito na folha.
Professor: “Pessoal, vou distribuir a vocês uma pequena atividade para que
façam em dupla. Discutam entre vocês [entre as duplas] mas não precisam cochichar.
Podem falar um pouco mais alto”.
O professor teme que os alunos fiquem tímidos por estarem sendo filmados
e assim procurem falar em baixo tom dificultando assim sua observação e
posterior análise.
Após a entrega da Folha de Atividades o professor faz uma rápida leitura
dos enunciados. É importante frisar que, ao introduzir uma tarefa exploratório-
investigativa em sala de aula, o professor deve realizar uma leitura com seus
alunos para que compreendam o que esta sendo solicitado. Como as atividades
exploratório-investigativas são pouco estruturadas, os estudantes começam a
perceberem que precisam formular hipóteses em relação às questões
investigadas (PONTE; BROCADO; OLIVEIRA, 2009).
Na sequência o professor solicita que os alunos gravem em seus
computadores as construções realizadas anteriormente e abram, pelo GeoGebra
3D, o arquivo solidos_diversos.ggb contendo os sólidos a serem explorados pelos
alunos para que sejam respondidos os questionamentos.
Nesse primeiro momento os alunos não apresentaram dificuldades em
localizar o arquivo na pasta mencionada nem tão pouco de abri-lo visto que esse
procedimento é bem similar aos programas utilizados por eles no dia a dia como
editores de textos, por exemplo.
Professor: “Agora pessoal façam as atividades e escrevam na folha suas
conclusões, ok?.”
Aluno01: “Professor, mas e se a gente errar?”.
Professor: “Não, não...isso não importa! Quero que façam a atividade mediante o
conhecimento de vocês. Nós não estamos preocupados aqui nesse momento se está
certo ou errado. O mais importante aqui é a participação, ok?".
11
Depois de algum tempo percorrendo a sala observando os alunos, o
professor vai até uma das duplas:
Professor: “O que vocês estão contando aí?”. [após ter notado que a aluna
apontava o lápis para construção na tela do computador como se estivesse contando].
Aluno04: Estamos tentando ver, de alguma forma, alguma coisa em comum entre
os objetos”.
Professor: “Entre quais objetos?”.
Aluno04: “Entre os sólidos de cor rosa, amarelo e marrom”.
Nesse momento, os alunos dividiram a tela do computador com a Janela
de Visualização 2D e a Janela de Visualização 3D. Notamos qFiorentini et al
(2005)ue os alunos buscavam identificar as semelhanças entre os sólidos através
de suas bases que podem ser observados livremente na Janela de Visualização
2D. Tudo indica que os alunos se sentem mais seguros quando navegam no
ambiente bidimensional.
Após terem concluído os registros na Folha de Atividades, o professor
propôs as duplas que respondessem, em voz alta, o que haviam registrado.
Questionados então quanto a questão 1 letra a percebemos que a turma
não apresentou nenhuma dificuldade em perceber a similaridade entre os sólidos
de cor rosa, amarelo e marrom. Questionados ainda sobre o motivo da resposta
um dos alunos afirmou que todos os três sólidos apresentavam faces planas. O
professor então perguntou ao restando da turma se alguém discordava do colega
mas todos estavam de acordo.
Quanto a questão 1 letra b também não tiveram dificuldades . Na opinião
da turma foi a questão mais simples. Questionados sobre as similaridades entre
os sólidos de cores azul e vermelho a turma respondeu, quase que em coro, que
se tratavam de sólidos redondos.
Partimos então para a questão 2 cujo objetivo era saber se o aluno
conseguia identificar elementos de uma, duas, três ou nenhuma dimensão nos
sólidos solicitados. Nesse momento uma das duplas questionou o professor
12
quanto ao solicitado no enunciado. Não ficou claro para a dupla (e aparentemente
também para outras equipes) o que seriam esses elementos.
Aluno08: "Professor como vou fazer essa questão? Tenho que dizer quantas dimensões
ele tem?" [após ter realizado a leitura da questão para o professor].
Professor: "Então, vamos recordar os entes geométricos. O que seria algo
unidimensional, por exemplo? Me dê exemplos".
Aluno05: "Triângulo".
Professor: "Triângulo? Por quê?".
Nesse momento o Aluno08 discordou do Aluno05 afirmando que o triângulo
não era um elemento unidimensional. Na sequência o Aluno08 respondeu a
pergunta do professor.
Aluno08: "Uma linha. A linha é unidimensional”.
Professor: "Por quê?"
Aluno08: "Porque só tem o comprimento".
Professor: “E como denominamos essa ‘linha’ no prisma pentagonal, por exemplo?”
Aluno08: “Ah! São as arestas”.
O professor nesse momento retornou a resposta equivocada do Aluno05
que afirmou o triângulo se tratar de um elemento unidimensional e tornou a
questioná-lo.
Professor: “Então Aluno05, o triângulo possui quantas dimensões?”.
Aluno05: “Duas. Agora me lembro que como tem uma superfície aqui e tá limitada
podemos calcular área”.
A discussão acerca das dimensões que poderiam ser observados nos
sólidos se prolongou por mais algum tempo. O professor questionou a turma
quanto a dimensão do ponto e, mediante a discussão e os argumentos
estabelecidos por eles para classificar as dimensões de um determinado
elemento, conseguiram perceber que o ponto se tratava de um elemento
adimensional.
13
Algumas considerações
A atividade de cunho exploratório-investigativo possibilitou o surgimento
de diferentes estratégias para o desenvolvimento das atividades propostas. Ao
confrontarem suas resoluções os alunos tentavam validar seus raciocínios na
esperança de convencerem os colegas que sua solução seria a correta. Mediante
diferentes estratégias de resolução, os alunos percebiam que, por diversas vezes,
suas hipóteses eram validadas, ora pela ajuda do programa, ora pelos resultados
semelhantes encontrados com outros colegas. Em outros casos, reconheciam
suas falhas e contradições em suas resoluções revelando assim a fragilidade de
seus argumentos.
É importante ressaltar que esses tipos de atividades não costumam fazer
parte do cotidiano escolar dos alunos, acreditamos que, por isso encontramos
obstáculos para a sua aplicação, tais como relutância ao responder oralmente os
questionamentos do professor e insegurança ao escrever na Folha de Atividades.
Acreditamos que pelo fato de estarem sendo filmados tenham se sentido mais
inibidos e temerosos em suas falas. Contudo, ao longo das atividades,
percebemos que os alunos, aos poucos, se tornavam mais familiarizados com a
metodologia e as participações se tornaram cada vez mais espontâneas.
Para os alunos, a realização da atividade proposta, bem como a
metodologia adotada e uso do software contribuíram motivando os alunos e
levando-os a superarem dificuldades no aprendizado de conceitos relacionados a
Geometria Espacial. Isso porque a atividade de caráter exploratório-investigativa
levou-os a refletir ao longo dos questionamentos e favoreceu o desenvolvimento
de capacidades tais como a visualização espacial.
Quanto ao conteúdo de Geometria Espacial, ficou evidenciado, pelos
questionamentos durante o desenvolvimento da atividade, que alguns alunos
desconhecem ou não se lembram de determinados conceitos da Geometria Plana
imprescindíveis ao estudo da Geometria Espacial. O conceito de dimensão
também foi bem discutido entre os estudantes. Tal conceito, além de
14
constantemente utilizado por nós no dia a dia, é muito importante na Matemática.
Na tecnologia disponível até então, nossos televisores e computadores
reproduziam imagens tridimensionais em telas planas. Fala-se até mesmo de uma
quarta dimensão. Tendo em vista essa convivência com tais termos se torna
necessário um trabalho mais profundo por parte dos professores sobre esses
conceitos.
Estabelecemos no desenvolvimento das atividades com os alunos um
contexto desafiador no qual os alunos se sentiram motivados e empenhados na
resolução das questões. A dinâmica possibilitou aos alunos compartilharem suas
ideias, ouvirem os colegas, traçarem estratégias de resolução, argumentarem e
defenderem seus posicionamentos mediante as observações feitas com a ajuda
do software e, em alguns casos, refutarem as opiniões de outros colegas. Essas
discussões e reflexões em pequenos grupos permitiram a clarificação de
pensamentos intuitivos e alargaram o tipo de estratégias dos alunos.
Finalizando, vale enfatizar que a inserção de recursos tecnológicos no
ensino e na aprendizagem da Matemática torna necessária uma reorganização
pedagógica, curricular e das práticas sendo estes o grande desafio do professor
nos dias atuais e as investigações matemáticas em sala de aula auxilia o docente
a identificar as dificuldades de seus alunos durante o processo de aprendizagem,
além de contribuir para o desenvolvimento do pensamento geométrico.
Referências
BARBOSA, Magali Andrade. As elaborações de conhecimento geométricos no
ensino fundamental II em uma microbacia. 2013. 233 f. Dissertação. (Mestrado em
Ensino e História das Ciências da Terra). Instituto de Geociências Universidade Estadual
de Campinas, Campinas, 2013.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais.
Brasília: MC/SEF, 1998.
ELLIOTT, Jhon. La investigación-acción en educación. Madri: Ediciones Morata, 1990.
15
FIORENTINI, Dario; FERNANDES, Fernando Luís Pereira.; CRISTOVÃO, Eliane
Matesco. Um estudo das potencialidades pedagógicas das investigações
matemáticas no desenvolvimento do pensamento algébrico. In: Seminário Luso-
Brasileiro: Investigações matemáticas no currículo e na formação de professores. Lisboa,
2005. Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/seminario_lb.htm. Acesso
em 03/07/2016.
HOHENWARTER, Markus; PREINER, Judith. Dynamic mathematics with GeoGebra.
Journal of online Mathematics and its applications, v. 7, março 2007.
LORENZATO, Sergio. Por que não ensinar Geometria? Revista da Sociedade
Brasileira de Educação Matemática. São Paulo, ano III, nº 4, p. 3–13, 1º semestre,
1995.
PAVANELLO, Regina Maria. Geometria e Educação Matemática. Maringá, 1993.
PONTE, João Pedro et al. Histórias de investigações matemáticas. Lisboa: [s.n.],
2003.
___________. Investigar a nossa própria prática. In GTI (Org.), Reflectir e investigar
sobre a prática profissional. Lisboa: APM, 2002.
___________.; BROCADO, Joana; OLIVEIRA, Helia. Investigação Matemáticas na
Sala de Aula. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, 160 p.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

ESTUDO DAS POTENCIALIDADES DO TRABALHO PRÁTICO DE ORIENTAÇÃO INVESTIGATIVA NO...
ESTUDO DAS POTENCIALIDADES DO TRABALHO PRÁTICO DE ORIENTAÇÃO INVESTIGATIVA NO...ESTUDO DAS POTENCIALIDADES DO TRABALHO PRÁTICO DE ORIENTAÇÃO INVESTIGATIVA NO...
ESTUDO DAS POTENCIALIDADES DO TRABALHO PRÁTICO DE ORIENTAÇÃO INVESTIGATIVA NO...
Marisa Correia
 
AS CONCEÇÕES DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE A EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NO CONTE...
AS CONCEÇÕES DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE A EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NO CONTE...AS CONCEÇÕES DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE A EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NO CONTE...
AS CONCEÇÕES DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE A EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NO CONTE...
Marisa Correia
 
TORNAR-SE PROFESSOR: OS DESAFIOS DE UMA NOVA ESTRÉGIA
TORNAR-SE PROFESSOR: OS DESAFIOS DE UMA NOVA ESTRÉGIATORNAR-SE PROFESSOR: OS DESAFIOS DE UMA NOVA ESTRÉGIA
TORNAR-SE PROFESSOR: OS DESAFIOS DE UMA NOVA ESTRÉGIA
ProfessorPrincipiante
 
Ensino+de+++ciências+abordando+a+pesquisa+e+a+prática+no+ensino+fundamental++...
Ensino+de+++ciências+abordando+a+pesquisa+e+a+prática+no+ensino+fundamental++...Ensino+de+++ciências+abordando+a+pesquisa+e+a+prática+no+ensino+fundamental++...
Ensino+de+++ciências+abordando+a+pesquisa+e+a+prática+no+ensino+fundamental++...
Marcia Moreira
 
Durães, Maia & Matos, (2010). Trabalho Colaborativo: Uma estratégia para a Re...
Durães, Maia & Matos, (2010). Trabalho Colaborativo: Uma estratégia para a Re...Durães, Maia & Matos, (2010). Trabalho Colaborativo: Uma estratégia para a Re...
Durães, Maia & Matos, (2010). Trabalho Colaborativo: Uma estratégia para a Re...
Andreia Durães
 
Capítulo 7 e 8
Capítulo 7 e 8Capítulo 7 e 8
Capítulo 7 e 8
Deb789
 
Conceções e Práticas de professores do 1.º Ciclo acerca do trabalho laboratorial
Conceções e Práticas de professores do 1.º Ciclo acerca do trabalho laboratorialConceções e Práticas de professores do 1.º Ciclo acerca do trabalho laboratorial
Conceções e Práticas de professores do 1.º Ciclo acerca do trabalho laboratorial
Marisa Correia
 
Plano de aula
Plano de aulaPlano de aula
Plano de aula
thayselm
 
A Influência das Conceções Centrais dos Professores no Ensino das Ciências no...
A Influência das Conceções Centrais dos Professores no Ensino das Ciências no...A Influência das Conceções Centrais dos Professores no Ensino das Ciências no...
A Influência das Conceções Centrais dos Professores no Ensino das Ciências no...
Marisa Correia
 
As implicações dos ambientes educativos inovadores para as práticas dos profe...
As implicações dos ambientes educativos inovadores para as práticas dos profe...As implicações dos ambientes educativos inovadores para as práticas dos profe...
As implicações dos ambientes educativos inovadores para as práticas dos profe...
Marisa Correia
 
Pesquisa ação
Pesquisa açãoPesquisa ação
Pesquisa ação
elannialins
 
Conceções dos professores sobre ambientes educativos tradicionais e ambientes...
Conceções dos professores sobre ambientes educativos tradicionais e ambientes...Conceções dos professores sobre ambientes educativos tradicionais e ambientes...
Conceções dos professores sobre ambientes educativos tradicionais e ambientes...
Marisa Correia
 
Analise de videos b learning
Analise de videos b learningAnalise de videos b learning
Analise de videos b learning
Fernanda Carneiro Leão Goncalves
 
Artigo para o tcc tese sobre analise combinatoria
Artigo para o tcc tese sobre analise combinatoriaArtigo para o tcc tese sobre analise combinatoria
Artigo para o tcc tese sobre analise combinatoria
luciano castro alves de melo
 
REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...
REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...
REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...
ProfessorPrincipiante
 
O conceito de professor reflexivo e suas possibilidades para o ensino de mate...
O conceito de professor reflexivo e suas possibilidades para o ensino de mate...O conceito de professor reflexivo e suas possibilidades para o ensino de mate...
O conceito de professor reflexivo e suas possibilidades para o ensino de mate...
slucarz
 
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
ProfessorPrincipiante
 
Pauta
PautaPauta
A VISÃO DO ALUNO DO CURSO DE PEDAGOGIA SOBRE A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA PARA O EN...
A VISÃO DO ALUNO DO CURSO DE PEDAGOGIA SOBRE A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA PARA O EN...A VISÃO DO ALUNO DO CURSO DE PEDAGOGIA SOBRE A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA PARA O EN...
A VISÃO DO ALUNO DO CURSO DE PEDAGOGIA SOBRE A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA PARA O EN...
ProfessorPrincipiante
 
A psicologia educacional_como_orientador
A psicologia educacional_como_orientadorA psicologia educacional_como_orientador
A psicologia educacional_como_orientador
Barbara de Freitas
 

Mais procurados (20)

ESTUDO DAS POTENCIALIDADES DO TRABALHO PRÁTICO DE ORIENTAÇÃO INVESTIGATIVA NO...
ESTUDO DAS POTENCIALIDADES DO TRABALHO PRÁTICO DE ORIENTAÇÃO INVESTIGATIVA NO...ESTUDO DAS POTENCIALIDADES DO TRABALHO PRÁTICO DE ORIENTAÇÃO INVESTIGATIVA NO...
ESTUDO DAS POTENCIALIDADES DO TRABALHO PRÁTICO DE ORIENTAÇÃO INVESTIGATIVA NO...
 
AS CONCEÇÕES DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE A EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NO CONTE...
AS CONCEÇÕES DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE A EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NO CONTE...AS CONCEÇÕES DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE A EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NO CONTE...
AS CONCEÇÕES DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE A EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NO CONTE...
 
TORNAR-SE PROFESSOR: OS DESAFIOS DE UMA NOVA ESTRÉGIA
TORNAR-SE PROFESSOR: OS DESAFIOS DE UMA NOVA ESTRÉGIATORNAR-SE PROFESSOR: OS DESAFIOS DE UMA NOVA ESTRÉGIA
TORNAR-SE PROFESSOR: OS DESAFIOS DE UMA NOVA ESTRÉGIA
 
Ensino+de+++ciências+abordando+a+pesquisa+e+a+prática+no+ensino+fundamental++...
Ensino+de+++ciências+abordando+a+pesquisa+e+a+prática+no+ensino+fundamental++...Ensino+de+++ciências+abordando+a+pesquisa+e+a+prática+no+ensino+fundamental++...
Ensino+de+++ciências+abordando+a+pesquisa+e+a+prática+no+ensino+fundamental++...
 
Durães, Maia & Matos, (2010). Trabalho Colaborativo: Uma estratégia para a Re...
Durães, Maia & Matos, (2010). Trabalho Colaborativo: Uma estratégia para a Re...Durães, Maia & Matos, (2010). Trabalho Colaborativo: Uma estratégia para a Re...
Durães, Maia & Matos, (2010). Trabalho Colaborativo: Uma estratégia para a Re...
 
Capítulo 7 e 8
Capítulo 7 e 8Capítulo 7 e 8
Capítulo 7 e 8
 
Conceções e Práticas de professores do 1.º Ciclo acerca do trabalho laboratorial
Conceções e Práticas de professores do 1.º Ciclo acerca do trabalho laboratorialConceções e Práticas de professores do 1.º Ciclo acerca do trabalho laboratorial
Conceções e Práticas de professores do 1.º Ciclo acerca do trabalho laboratorial
 
Plano de aula
Plano de aulaPlano de aula
Plano de aula
 
A Influência das Conceções Centrais dos Professores no Ensino das Ciências no...
A Influência das Conceções Centrais dos Professores no Ensino das Ciências no...A Influência das Conceções Centrais dos Professores no Ensino das Ciências no...
A Influência das Conceções Centrais dos Professores no Ensino das Ciências no...
 
As implicações dos ambientes educativos inovadores para as práticas dos profe...
As implicações dos ambientes educativos inovadores para as práticas dos profe...As implicações dos ambientes educativos inovadores para as práticas dos profe...
As implicações dos ambientes educativos inovadores para as práticas dos profe...
 
Pesquisa ação
Pesquisa açãoPesquisa ação
Pesquisa ação
 
Conceções dos professores sobre ambientes educativos tradicionais e ambientes...
Conceções dos professores sobre ambientes educativos tradicionais e ambientes...Conceções dos professores sobre ambientes educativos tradicionais e ambientes...
Conceções dos professores sobre ambientes educativos tradicionais e ambientes...
 
Analise de videos b learning
Analise de videos b learningAnalise de videos b learning
Analise de videos b learning
 
Artigo para o tcc tese sobre analise combinatoria
Artigo para o tcc tese sobre analise combinatoriaArtigo para o tcc tese sobre analise combinatoria
Artigo para o tcc tese sobre analise combinatoria
 
REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...
REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...
REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...
 
O conceito de professor reflexivo e suas possibilidades para o ensino de mate...
O conceito de professor reflexivo e suas possibilidades para o ensino de mate...O conceito de professor reflexivo e suas possibilidades para o ensino de mate...
O conceito de professor reflexivo e suas possibilidades para o ensino de mate...
 
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
 
Pauta
PautaPauta
Pauta
 
A VISÃO DO ALUNO DO CURSO DE PEDAGOGIA SOBRE A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA PARA O EN...
A VISÃO DO ALUNO DO CURSO DE PEDAGOGIA SOBRE A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA PARA O EN...A VISÃO DO ALUNO DO CURSO DE PEDAGOGIA SOBRE A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA PARA O EN...
A VISÃO DO ALUNO DO CURSO DE PEDAGOGIA SOBRE A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA PARA O EN...
 
A psicologia educacional_como_orientador
A psicologia educacional_como_orientadorA psicologia educacional_como_orientador
A psicologia educacional_como_orientador
 

Destaque

Sortida museu terrassa
Sortida museu terrassaSortida museu terrassa
Sortida museu terrassa
ESO1
 
Uso de la tcnologia yazmin yalico 5to
Uso de la tcnologia   yazmin yalico   5toUso de la tcnologia   yazmin yalico   5to
Uso de la tcnologia yazmin yalico 5to
yazmin11295
 
Bask bladeintro290811
Bask bladeintro290811Bask bladeintro290811
Bask bladeintro290811
baskblade
 
Exam sch.
Exam sch.Exam sch.
Exam sch.
Mohd Sabir
 
Future with going to
Future with going toFuture with going to
Future with going to
Rayan Gomes
 
Presentacion de las tics
Presentacion de las ticsPresentacion de las tics
Presentacion de las tics
Josué Hernandez
 
electric screw jack gear hoist raising lowering sluice gate of canal
electric screw jack gear hoist raising lowering sluice gate of canalelectric screw jack gear hoist raising lowering sluice gate of canal
electric screw jack gear hoist raising lowering sluice gate of canal
Jacton Electromechanical Co.,Ltd
 
Presentation on Negativity
Presentation on NegativityPresentation on Negativity
Presentation on Negativity
Gullraiz Nadeem
 
24053838 desg-endocrino
24053838 desg-endocrino24053838 desg-endocrino
24053838 desg-endocrino
Briggith Bolivar Zavaleta
 
Dokumentacja projektowa
Dokumentacja projektowaDokumentacja projektowa
Dokumentacja projektowa
Szymon Konkol - Publikacje Cyfrowe
 
Dealing with Hoax
Dealing with HoaxDealing with Hoax
Dealing with Hoax
budi rahardjo
 
Photoshop precentacion
Photoshop precentacionPhotoshop precentacion
Photoshop precentacion
juan diego pineda perez
 
Економічний серфінг: на гребені хвилі глобальних трендів
Економічний серфінг: на гребені хвилі глобальних трендівЕкономічний серфінг: на гребені хвилі глобальних трендів
Економічний серфінг: на гребені хвилі глобальних трендів
Roman Kornyliuk
 
F.A. sólidos geométricos 5º mat.
F.A. sólidos geométricos 5º mat.F.A. sólidos geométricos 5º mat.
F.A. sólidos geométricos 5º mat.
Cristina Jesus
 

Destaque (15)

Sortida museu terrassa
Sortida museu terrassaSortida museu terrassa
Sortida museu terrassa
 
Uso de la tcnologia yazmin yalico 5to
Uso de la tcnologia   yazmin yalico   5toUso de la tcnologia   yazmin yalico   5to
Uso de la tcnologia yazmin yalico 5to
 
HORIZON_LOYALIST
HORIZON_LOYALISTHORIZON_LOYALIST
HORIZON_LOYALIST
 
Bask bladeintro290811
Bask bladeintro290811Bask bladeintro290811
Bask bladeintro290811
 
Exam sch.
Exam sch.Exam sch.
Exam sch.
 
Future with going to
Future with going toFuture with going to
Future with going to
 
Presentacion de las tics
Presentacion de las ticsPresentacion de las tics
Presentacion de las tics
 
electric screw jack gear hoist raising lowering sluice gate of canal
electric screw jack gear hoist raising lowering sluice gate of canalelectric screw jack gear hoist raising lowering sluice gate of canal
electric screw jack gear hoist raising lowering sluice gate of canal
 
Presentation on Negativity
Presentation on NegativityPresentation on Negativity
Presentation on Negativity
 
24053838 desg-endocrino
24053838 desg-endocrino24053838 desg-endocrino
24053838 desg-endocrino
 
Dokumentacja projektowa
Dokumentacja projektowaDokumentacja projektowa
Dokumentacja projektowa
 
Dealing with Hoax
Dealing with HoaxDealing with Hoax
Dealing with Hoax
 
Photoshop precentacion
Photoshop precentacionPhotoshop precentacion
Photoshop precentacion
 
Економічний серфінг: на гребені хвилі глобальних трендів
Економічний серфінг: на гребені хвилі глобальних трендівЕкономічний серфінг: на гребені хвилі глобальних трендів
Економічний серфінг: на гребені хвилі глобальних трендів
 
F.A. sólidos geométricos 5º mat.
F.A. sólidos geométricos 5º mat.F.A. sólidos geométricos 5º mat.
F.A. sólidos geométricos 5º mat.
 

Semelhante a GeoGebra 3D: uma experiência de ensino com atividades exploratório-investigativas no ensino da Geometria Espacial

Vt6[1]
Vt6[1]Vt6[1]
Vt6[1]
adrianamnf13
 
Zeni marilise portella
Zeni marilise portellaZeni marilise portella
Zeni marilise portella
equipetics
 
AULA PRATICA DE MATEMATICA LABORATORIALTAGRAM
AULA PRATICA  DE MATEMATICA LABORATORIALTAGRAMAULA PRATICA  DE MATEMATICA LABORATORIALTAGRAM
AULA PRATICA DE MATEMATICA LABORATORIALTAGRAM
BIANCAAPPEL
 
artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)
artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)
artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)
HILDAGOMES1
 
Um esporte diferente a geometria da quadra
Um esporte diferente a geometria da quadraUm esporte diferente a geometria da quadra
Um esporte diferente a geometria da quadra
slucarz
 
“CAÇA AO TESOURO”: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR PARA O ENSINO DE FÍSICA E GE...
“CAÇA AO TESOURO”: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR PARA O ENSINO DE FÍSICA E GE...“CAÇA AO TESOURO”: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR PARA O ENSINO DE FÍSICA E GE...
“CAÇA AO TESOURO”: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR PARA O ENSINO DE FÍSICA E GE...
Geisa Andrade
 
Lana de Souza Cavalcanti - Realidade Escolar
Lana de Souza Cavalcanti - Realidade EscolarLana de Souza Cavalcanti - Realidade Escolar
Lana de Souza Cavalcanti - Realidade Escolar
Priscilla Abrantes
 
geografia realidade_escolar_lana_souza
geografia realidade_escolar_lana_souza geografia realidade_escolar_lana_souza
geografia realidade_escolar_lana_souza
Polyana Artilha
 
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdf
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdfARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdf
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdf
CleiaMarcelino1
 
Resumo expandido 2 thiago
Resumo expandido 2 thiagoResumo expandido 2 thiago
Resumo expandido 2 thiago
Thiago Araújo
 
494 texto do artigo-1594-1-10-20190612
494 texto do artigo-1594-1-10-20190612494 texto do artigo-1594-1-10-20190612
494 texto do artigo-1594-1-10-20190612
Dííh Garcia
 
Orientações matemática para planejamento escolar de Matemática
Orientações matemática para planejamento escolar de MatemáticaOrientações matemática para planejamento escolar de Matemática
Orientações matemática para planejamento escolar de Matemática
SEDUC-TO
 
Estudo dirigido
Estudo dirigidoEstudo dirigido
Estudo dirigido
familiaestagio
 
apresentação TCC UEMA.pptx
apresentação TCC UEMA.pptxapresentação TCC UEMA.pptx
apresentação TCC UEMA.pptx
ITANIRA
 
Aula questões dissertativas
Aula   questões dissertativasAula   questões dissertativas
Aula questões dissertativas
Eduardo Lopes
 
DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...
DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...
DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...
ProfessorPrincipiante
 
Ensino com pesquisa
Ensino com pesquisaEnsino com pesquisa
Lins
LinsLins
Lins
LinsLins
Apontamentos - Grupo de Sábado
Apontamentos - Grupo de SábadoApontamentos - Grupo de Sábado
Apontamentos - Grupo de Sábado
grupodesabado
 

Semelhante a GeoGebra 3D: uma experiência de ensino com atividades exploratório-investigativas no ensino da Geometria Espacial (20)

Vt6[1]
Vt6[1]Vt6[1]
Vt6[1]
 
Zeni marilise portella
Zeni marilise portellaZeni marilise portella
Zeni marilise portella
 
AULA PRATICA DE MATEMATICA LABORATORIALTAGRAM
AULA PRATICA  DE MATEMATICA LABORATORIALTAGRAMAULA PRATICA  DE MATEMATICA LABORATORIALTAGRAM
AULA PRATICA DE MATEMATICA LABORATORIALTAGRAM
 
artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)
artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)
artigo sobre intervenção pedagógica de matemática (1)
 
Um esporte diferente a geometria da quadra
Um esporte diferente a geometria da quadraUm esporte diferente a geometria da quadra
Um esporte diferente a geometria da quadra
 
“CAÇA AO TESOURO”: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR PARA O ENSINO DE FÍSICA E GE...
“CAÇA AO TESOURO”: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR PARA O ENSINO DE FÍSICA E GE...“CAÇA AO TESOURO”: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR PARA O ENSINO DE FÍSICA E GE...
“CAÇA AO TESOURO”: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR PARA O ENSINO DE FÍSICA E GE...
 
Lana de Souza Cavalcanti - Realidade Escolar
Lana de Souza Cavalcanti - Realidade EscolarLana de Souza Cavalcanti - Realidade Escolar
Lana de Souza Cavalcanti - Realidade Escolar
 
geografia realidade_escolar_lana_souza
geografia realidade_escolar_lana_souza geografia realidade_escolar_lana_souza
geografia realidade_escolar_lana_souza
 
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdf
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdfARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdf
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdf
 
Resumo expandido 2 thiago
Resumo expandido 2 thiagoResumo expandido 2 thiago
Resumo expandido 2 thiago
 
494 texto do artigo-1594-1-10-20190612
494 texto do artigo-1594-1-10-20190612494 texto do artigo-1594-1-10-20190612
494 texto do artigo-1594-1-10-20190612
 
Orientações matemática para planejamento escolar de Matemática
Orientações matemática para planejamento escolar de MatemáticaOrientações matemática para planejamento escolar de Matemática
Orientações matemática para planejamento escolar de Matemática
 
Estudo dirigido
Estudo dirigidoEstudo dirigido
Estudo dirigido
 
apresentação TCC UEMA.pptx
apresentação TCC UEMA.pptxapresentação TCC UEMA.pptx
apresentação TCC UEMA.pptx
 
Aula questões dissertativas
Aula   questões dissertativasAula   questões dissertativas
Aula questões dissertativas
 
DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...
DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...
DEIXE-ME PENSAR: RESGATANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE...
 
Ensino com pesquisa
Ensino com pesquisaEnsino com pesquisa
Ensino com pesquisa
 
Lins
LinsLins
Lins
 
Lins
LinsLins
Lins
 
Apontamentos - Grupo de Sábado
Apontamentos - Grupo de SábadoApontamentos - Grupo de Sábado
Apontamentos - Grupo de Sábado
 

Mais de Wendel Silva

Kit Virtual de Apoio: uma proposta para o ensino de gráficos de funções
Kit Virtual de Apoio: uma proposta para o ensino de gráficos de funçõesKit Virtual de Apoio: uma proposta para o ensino de gráficos de funções
Kit Virtual de Apoio: uma proposta para o ensino de gráficos de funções
Wendel Silva
 
INVESTIGANDO A PRÓPRIA PRÁTICA EM UMA TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZAGEM N...
INVESTIGANDO A PRÓPRIA PRÁTICA EM UMA TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZAGEM N...INVESTIGANDO A PRÓPRIA PRÁTICA EM UMA TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZAGEM N...
INVESTIGANDO A PRÓPRIA PRÁTICA EM UMA TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZAGEM N...
Wendel Silva
 
USO DO GEOGEBRA 3D PARA O ENSINO DE POLIEDROS
USO DO GEOGEBRA 3D PARA O ENSINO DE POLIEDROSUSO DO GEOGEBRA 3D PARA O ENSINO DE POLIEDROS
USO DO GEOGEBRA 3D PARA O ENSINO DE POLIEDROS
Wendel Silva
 
Investigando a própria prática em uma Trajetória Hipotética de Aprendizagem n...
Investigando a própria prática em uma Trajetória Hipotética de Aprendizagem n...Investigando a própria prática em uma Trajetória Hipotética de Aprendizagem n...
Investigando a própria prática em uma Trajetória Hipotética de Aprendizagem n...
Wendel Silva
 
Uma proposta para o ensino de funções e suas representações gráficas
Uma proposta para o ensino de funções e suas representações gráficasUma proposta para o ensino de funções e suas representações gráficas
Uma proposta para o ensino de funções e suas representações gráficas
Wendel Silva
 
Tangram Faça Você Mesmo!
Tangram   Faça Você Mesmo!Tangram   Faça Você Mesmo!
Tangram Faça Você Mesmo!
Wendel Silva
 

Mais de Wendel Silva (6)

Kit Virtual de Apoio: uma proposta para o ensino de gráficos de funções
Kit Virtual de Apoio: uma proposta para o ensino de gráficos de funçõesKit Virtual de Apoio: uma proposta para o ensino de gráficos de funções
Kit Virtual de Apoio: uma proposta para o ensino de gráficos de funções
 
INVESTIGANDO A PRÓPRIA PRÁTICA EM UMA TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZAGEM N...
INVESTIGANDO A PRÓPRIA PRÁTICA EM UMA TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZAGEM N...INVESTIGANDO A PRÓPRIA PRÁTICA EM UMA TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZAGEM N...
INVESTIGANDO A PRÓPRIA PRÁTICA EM UMA TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZAGEM N...
 
USO DO GEOGEBRA 3D PARA O ENSINO DE POLIEDROS
USO DO GEOGEBRA 3D PARA O ENSINO DE POLIEDROSUSO DO GEOGEBRA 3D PARA O ENSINO DE POLIEDROS
USO DO GEOGEBRA 3D PARA O ENSINO DE POLIEDROS
 
Investigando a própria prática em uma Trajetória Hipotética de Aprendizagem n...
Investigando a própria prática em uma Trajetória Hipotética de Aprendizagem n...Investigando a própria prática em uma Trajetória Hipotética de Aprendizagem n...
Investigando a própria prática em uma Trajetória Hipotética de Aprendizagem n...
 
Uma proposta para o ensino de funções e suas representações gráficas
Uma proposta para o ensino de funções e suas representações gráficasUma proposta para o ensino de funções e suas representações gráficas
Uma proposta para o ensino de funções e suas representações gráficas
 
Tangram Faça Você Mesmo!
Tangram   Faça Você Mesmo!Tangram   Faça Você Mesmo!
Tangram Faça Você Mesmo!
 

Último

Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.pptLeis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
PatriciaZanoli
 
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinhaatividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
Suzy De Abreu Santana
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
LucianaCristina58
 
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptxAula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
edivirgesribeiro1
 
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
GÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptxGÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptx
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
Marlene Cunhada
 
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptxA dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
ReinaldoSouza57
 
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdfUFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
Manuais Formação
 
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
MessiasMarianoG
 
Funções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prismaFunções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prisma
djincognito
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
ValdineyRodriguesBez1
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
todorokillmepls
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
MateusTavares54
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
Manuais Formação
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Biblioteca UCS
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
YeniferGarcia36
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
AurelianoFerreirades2
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
Pastor Robson Colaço
 
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdfCRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
soaresdesouzaamanda8
 
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdfUFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
Manuais Formação
 

Último (20)

Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.pptLeis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
 
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinhaatividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
 
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptxAula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
 
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
GÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptxGÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptx
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
 
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptxA dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
 
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdfUFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
 
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
 
Funções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prismaFunções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prisma
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
 
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
 
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdfCRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
 
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdfUFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
UFCD_10949_Lojas e-commerce no-code_índice.pdf
 

GeoGebra 3D: uma experiência de ensino com atividades exploratório-investigativas no ensino da Geometria Espacial

  • 1. 1 GeoGebra 3D: uma experiência de ensino com atividades exploratório-investigativas no ensino da Geometria Espacial GeoGebra 3D: A teaching experience with exploratory-investigative activities in the teaching of spatial geometry Wendel de Oliveira Silva 1 Nielce Meneguelo Lobo da Costa 2 Resumo Esse artigo apresenta um estudo sobre as contribuições do software GeoGebra 3D na visualização de conceitos geométricos intrínsecos aos sólidos geométricos mediante uma tarefa de cunho exploratório-investigativa realizada com alunos do 2º ano do Ensino Médio de uma escola de Além Paraíba-MG. A experiência se conecta a uma pesquisa qualitativa do tipo investigação-ação cujo objetivo geral é investigar possibilidades de aprendizagem de conceitos relativos aos Poliedros sob uma proposta investigativa. Para tanto, aplicamos uma sequência de atividades exploratório-investigativas utilizando o software GeoGebra 3D e analisamos diálogos entre os alunos durante aplicação da sequência. Os resultados iniciais evidenciaram que essas práticas didáticas podem oferecer situações que possibilitam ampliar o conhecimento dos alunos sobre a Geometria Espacial principalmente pelas contribuições trazidas pelo ambiente que se criou em sala de aula, marcado pela partilha de ideias, pela oportunidade de discussão e socialização de estratégias. Palavras-chave: GeoGebra 3D. Geometria Espacial. atividade exploratório-investigativa. Linha Temática: Tecnologia Educacional. 1 Introdução Conforme alude os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), Brasil (1998), a Matemática é vista como instrumento necessário em diversas situações do cotidiano e serve como suporte a outras áreas do conhecimento sendo ainda uma forma de desenvolver habilidades de pensamento. No que se refere à Geometria, 1 Mestre, Professor da Rede Pública do Estado de Minas Gerais, oceded@hotmail.com 2 Doutora, Professora Titular do Programa de Pós-graduação da Universidade Anhanguera de São Paulo, nielce.lobo@gmail.com.
  • 2. 2 espera-se que o estudante desenvolva habilidades de visualização e representação espacial além de utilizar seus conhecimentos em Geometria para solucionar problemas geométricos no meio em que vive. Dessa forma, se torna cada vez mais necessário a busca por novas metodologias de ensino com o intuito de não somente melhorar a qualidade do ensino em questão mas também de se criar estratégias que levem o estudante a questionar e traçar novos caminhos para superar suas dificuldades. Nesse sentido, os PCN´s procuram conceber o conhecimento científico e tecnológico como frutos da construção humana inseridos em seu processo histórico e social. Pesquisas como as de Pavanello (1993) e Barbosa (2013) trazem à tona a problemática do abandono ou omissão da Geometria no Ensino Básico alertando que muitos docentes não possuem conhecimentos geométricos essenciais e básicos para a realização de suas práticas pedagógicas. Outro problema identificado nas pesquisas que envolvem o ensino e o aprendizado de Geometria é relativo aos livros didáticos que muitas vezes apresentam a Geometria como um aglomerado de definições, fórmulas e propriedades encontradas, em alguns casos, no final do livro. Se, por um lado, uma das dificuldades no aprendizado da Geometria recai sobre as limitações de visualização e livros didáticos que pouco ajudam na compreensão do conteúdo, por outro, estudos mostram que a utilização de softwares possibilita, em parte, a superação desse limite contribuindo para a compreensão de conceitos e propriedades geométricas na medida em que o aluno é levado a visualizar, interpretar, conjecturar, induzir e generalizar resultados assumindo assim o papel de sujeito ativo na construção de seu próprio conhecimento. Relatamos nesse artigo uma experiência de sala de aula com alunos do 2º ano de uma escola privada localizada na Zona da Mata Mineira cujo objetivo foi identificar as contribuições do software GeoGebra 3D na visualização de
  • 3. 3 conceitos geométricos intrínsecos aos sólidos geométricos mediante uma atividade de cunho exploratório-investigativa. 2 Atividades de cunho exploratório-investigativo O professor, no cotidiano escolar, se depara com diversas responsabilidades inerentes a sua profissão como promover o ensino e a aprendizagem de seus alunos, avaliá-los, participar ativamente em projetos pedagógicos, dentre outras atividades. Em todas essas situações o professor enfrenta desafios que muitas das vezes são superadas com muita boa vontade e bom senso apoiando-se, quase sempre, em sua experiência docente onde nem sempre encontra soluções satisfatórias. O ensino, segundo Ponte (2002, p.02), vai além de uma simples aplicação de uma metodologia pré-elaborada de forma unilateral, "trata-se de uma atividade intelectual, política e de gestão de pessoas e recursos". São necessárias constantes avaliações e reformulações em suas práticas docentes de modo que oportunizem seus alunos a obtenção de resultados desejados. Para que isso ocorra efetivamente é preciso compreender as dificuldades bem como estabelecer uma maior proximidade com seus alunos. Adotamos nessa pesquisa a designação “atividade de cunho exploratório- investigativa” para uma modalidade peculiar ao ensino de Matemática, sendo essas as que levam o aluno a empreender explorações e investigações. Ponte (2003) esclarece que há dificuldade em diferenciar investigação de exploração, pois as características de tarefas não são absolutas e sim relativas à pessoa que a realiza. Com isso ele justifica ter adotado a expressão exploratório-investigativa para designar as atividades. As atividades de cunho exploratório-investigativo oportunizam aos alunos a realização de debates, a expor seus raciocínios ou estratégias de resolução e a estabelecer conjecturas. Nesse sentido, o aluno é estimulado a participar ativamente em equipe favorecendo assim uma aprendizagem significativa. Dá
  • 4. 4 ainda ao aluno a oportunidade de escolher o caminho que deseja seguir não nos limitando a impor somente o que julgamos importante. Fiorentini et al (2005) afirmam que nesse novo paradigma no ensino da Matemática o aluno sai de uma postura passiva e participa ativamente da construção de seu próprio conhecimento tornando-se um pesquisador. No que se refere ao ensino da Geometria, a que aqui nos propomos enfocar, Lorenzato (1995) afirma que os professores devem ter sempre presentes em suas aulas questionamentos como: Por que você pensa assim? Como chegou a essa conclusão? Isso vale para todos os casos? Como isso pode ser dito de outro modo? Você concorda? O que mudou? Entre outros questionamentos. O nosso interesse em adotar as atividades exploratório-investigativas como recurso metodológico para o ensino de Geometria Espacial é justificado pelo potencial em favorecer a compreensão de conceitos geométricos e promover o desenvolvimento das capacidades argumentativas e validação das respostas encontradas. Além disso, acreditamos que essas atividades valorizam a autonomia, a iniciativa, a perseverança e, principalmente, a criatividade do aluno auxiliando a produção de conhecimento geométrico. 3 GeoGebra 3D: uma nova possibilidade para o ensino de Geometria Espacial O GeoGebra 3D é um programa de Geometria Dinâmica (GD) utilizado tanto no Ensino Básico quanto no Ensino Superior que une dinamicamente Geometria, Álgebra e Cálculo oferecendo esses recursos em um único ambiente e totalmente conectados. (HOHENWARTER e PREINER, 2007). O software oferece várias representações simultâneas de cada objeto onde cada expressão na Janela de Álgebra corresponde a um objeto na Janela de Visualização 2D.
  • 5. 5 Nesta pesquisa foi utilizado o GeoGebra 5.0 que disponibiliza a Janela de Visualização 3D. Designaremos o programa por GeoGebra 3D. Com ele o professor pode propor atividades para o aluno testar hipóteses e conjecturas de maneira dinâmica contribuindo assim para auxiliar as explorações, investigações e argumentações. Apresentamos na sequência o contexto no qual se inseriu essa pesquisa, descrevemos os sujeitos e os procedimentos metodológicos para construção, descrição e interpretação dos dados coletados. Em seguida descrevemos e analisamos uma atividade de cunho exploratório-investigativa desenvolvida na experiência de ensino de conceitos elementares sobre sólidos geométricos. 4 Fundamentos Teórico-Metodológicos A pesquisa que subsidia este artigo teve por objetivo geral investigar possibilidades de aprendizagem de conceitos relativos aos Poliedros sob uma proposta investigativa. A investigação matemática é um caminho para auxiliar o estudante na construção de seu próprio conhecimento tornando-se assim um indivíduo autônomo visto que essa atividade desenvolve diversos processos matemáticos. Uma atividade investigativa possibilita ao aluno desenvolver habilidades como intuir, experimentar, explorar, abstrair, conjeturar, formular, testar, generalizar e demonstrar. Conforme preconiza Ponte (2003) uma investigação matemática ocorre normalmente através da proposta de um problema. Ao tentar solucioná-lo podemos realizar descobertas que se desvelam tão importantes ou mais que a própria solução do problema pois mesmo não solucionando-o conseguimos construir conhecimentos durante o caminho percorrido em busca de sua solução. Com a investigação, os alunos são convidados a indagar, discutir e estabelecer relações por meio da realidade em um contexto real. Dessa forma, os
  • 6. 6 alunos em sala de aula passam a observar, registrar e documentar as atividades discutidas em sala considerando as experiências pessoais. As atividades exploratório-investigativas, como as que propomos nesse artigo, são tarefas matemáticas cuja sua realização pode desenvolver nos alunos diversas capacidades de ordem superior. A sua implementação em sala de aula é de extrema importância pois implica em uma dinâmica de aula que impõe novos desafios tanto para os alunos quanto para os professores. Para Ponte, Brocardo e Oliveira (2009), no que tange ao ensino e aprendizagem, investigar não significa apenas solucionar problemas complexos mas formular questões para as quais ainda não se tem respostas buscando respondê-las da forma mais fundamentada e rigorosa possível. A investigação em matemática pode ser dividida em quatro momentos que podem ou não surgir simultaneamente: primeiro, ocorre a exploração e formulação de questões. No segundo momento, há a organização dos dados e as conjecturas. No terceiro momento acontece a realização de testes e refinamento das conjecturas. Já no quarto e último momento, acontece a justificativa das conjecturas, suas demonstrações e a avaliação do raciocínio. Ao longo dos quatro momentos supracitados podem ocorrer interações entre os agentes envolvidos na resolução do problema. No entanto, a interação é obrigatória no final da atividade para que ocorra a divulgação dos resultados. Por fim, o envolvimento ativo do estudante é primordial para que aconteça a efetiva aprendizagem da Matemática pois ao investigar, o estudante se torna um detetive matemático desde que viabilizem seu trabalho de forma autônoma. A metodologia foi a qualitativa do tipo investigação-ação a qual permite ao pesquisador observar a realidade investigada ao mesmo tempo em que participa de todo o processo. Segundo Elliott (1990) a investigação-ação é uma metodologia de investigação orientada com o objetivo de proporcionar melhorias às práticas nos diversos campos da ação obtendo melhores resultados naquilo
  • 7. 7 que se faz e, por outro lado, facilitar o aperfeiçoamento das pessoas e dos grupos com que se trabalha. Os sujeitos de pesquisa foram 30 alunos voluntários do 2º ano do Ensino Médio de uma escola localizada na cidade de Além Paraíba-MG situada na Zona da Mata Mineira. Os instrumentos de coleta de dados foram as atividades propostas aos alunos nas quais os mesmos deveriam registrar suas respostas e entregar ao final do encontro, os vídeos com as gravações das aulas e suas transcrições. Para a realização desse trabalho baseamos tão somente na transcrição realizada do vídeo da aula no qual desenvolvemos a Atividade 1. Observamos os diálogos dos alunos em dois momentos: durante o desenvolvimento da atividade quando discutiam os encaminhamentos e durante o compartilhamento dos resultados, quando eram indagados pelo professor. Apresentamos a seguir uma das atividades propostas e seu desdobramento no laboratório de informática. 5 Atividade com o GeoGebra 3D para explorar e investigar sólidos geométricos Elaboramos uma experiência de ensino com cinco atividades de caráter exploratório-investigativas para aplicação no laboratório de informática em horários extraclasses, utilizando o software GeoGebra 3D. As atividades de caráter exploratório-investigativas foram realizadas em duplas. A experiência de ensino foi desenvolvida no segundo semestre do ano de 2015 em cinco encontros de uma hora de duração abordando tópicos relativos aos sólidos geométricos, conforme o quadro abaixo:
  • 8. 8 Quadro 1 – temas abordados nas atividades Tarefa Conteúdo Duração Atividade 1 - Sólidos Redondos e Poliedros. 1h Atividade 2 - Cubo, Prisma, volumes. 1h Atividade 3 - Tetraedro, Área e Relação de Euler. 1h Atividade 4 - Pirâmides. 1h Atividade 5 - Poliedros Semirregulares. 1h Fonte: Elaborado pelos autores A Folha de Atividade foi distribuída as duplas para resolução após discussões entre eles. Ao longo das atividades apresentamos questionamentos de modo a levar os alunos a perceberem as relações e construírem conceitos envolvidos. Dentre as atividades propostas no projeto escolhemos, para discussão e análise nesse artigo, a Atividade 1 e seu desenvolvimento pelos alunos. Substituímos os nomes dos alunos pelas designações Aluno01, Aluno02, Aluno03 e assim sucessivamente para preservar as identidades. 5.1 Descrição da Atividade 1 O objetivo dessa atividade foi levar o aluno a identificar a diferença entres sólidos redondos e Poliedros bem com as dimensões dos elementos que os constituem. 1) Abra o arquivo solidos_diversos.ggb. Em seguida, mova o plano que contém os sólidos livremente.
  • 9. 9 Figura 1 - Sólidos diversos contidos no arquivo solidos_diversos.ggb Agora responda: a) O que você observou em relação às características em comum entre os sólidos de cor rosa, amarelo e marrom? b) O que você observou em relação às características em comum entre os sólidos de cor azul e vermelho? 2) A partir do que foi observado no item anterior, responda: Sobre as superfícies dos poliedros observados podemos identificar elementos de 2, 1 ou nenhuma dimensão? Tomando como exemplo o Prisma Pentagonal, quantos são os elementos de 2, 1 e nenhuma dimensão sobre a sua superfície? O professor antes de distribuir as atividades impressas aos alunos apresentou as ferramentas básicas do software GeoGebra 3D mediante construções de alguns sólidos geométricos e solicitou que os alunos reproduzissem essas construções em seus computadores para que se familiarizassem com o programa.
  • 10. 10 Após a apresentação do programa o professor fez a distribuição da Folha de Atividades e solicitou aos alunos que discutissem entre as duplas e registrassem suas respostas por escrito na folha. Professor: “Pessoal, vou distribuir a vocês uma pequena atividade para que façam em dupla. Discutam entre vocês [entre as duplas] mas não precisam cochichar. Podem falar um pouco mais alto”. O professor teme que os alunos fiquem tímidos por estarem sendo filmados e assim procurem falar em baixo tom dificultando assim sua observação e posterior análise. Após a entrega da Folha de Atividades o professor faz uma rápida leitura dos enunciados. É importante frisar que, ao introduzir uma tarefa exploratório- investigativa em sala de aula, o professor deve realizar uma leitura com seus alunos para que compreendam o que esta sendo solicitado. Como as atividades exploratório-investigativas são pouco estruturadas, os estudantes começam a perceberem que precisam formular hipóteses em relação às questões investigadas (PONTE; BROCADO; OLIVEIRA, 2009). Na sequência o professor solicita que os alunos gravem em seus computadores as construções realizadas anteriormente e abram, pelo GeoGebra 3D, o arquivo solidos_diversos.ggb contendo os sólidos a serem explorados pelos alunos para que sejam respondidos os questionamentos. Nesse primeiro momento os alunos não apresentaram dificuldades em localizar o arquivo na pasta mencionada nem tão pouco de abri-lo visto que esse procedimento é bem similar aos programas utilizados por eles no dia a dia como editores de textos, por exemplo. Professor: “Agora pessoal façam as atividades e escrevam na folha suas conclusões, ok?.” Aluno01: “Professor, mas e se a gente errar?”. Professor: “Não, não...isso não importa! Quero que façam a atividade mediante o conhecimento de vocês. Nós não estamos preocupados aqui nesse momento se está certo ou errado. O mais importante aqui é a participação, ok?".
  • 11. 11 Depois de algum tempo percorrendo a sala observando os alunos, o professor vai até uma das duplas: Professor: “O que vocês estão contando aí?”. [após ter notado que a aluna apontava o lápis para construção na tela do computador como se estivesse contando]. Aluno04: Estamos tentando ver, de alguma forma, alguma coisa em comum entre os objetos”. Professor: “Entre quais objetos?”. Aluno04: “Entre os sólidos de cor rosa, amarelo e marrom”. Nesse momento, os alunos dividiram a tela do computador com a Janela de Visualização 2D e a Janela de Visualização 3D. Notamos qFiorentini et al (2005)ue os alunos buscavam identificar as semelhanças entre os sólidos através de suas bases que podem ser observados livremente na Janela de Visualização 2D. Tudo indica que os alunos se sentem mais seguros quando navegam no ambiente bidimensional. Após terem concluído os registros na Folha de Atividades, o professor propôs as duplas que respondessem, em voz alta, o que haviam registrado. Questionados então quanto a questão 1 letra a percebemos que a turma não apresentou nenhuma dificuldade em perceber a similaridade entre os sólidos de cor rosa, amarelo e marrom. Questionados ainda sobre o motivo da resposta um dos alunos afirmou que todos os três sólidos apresentavam faces planas. O professor então perguntou ao restando da turma se alguém discordava do colega mas todos estavam de acordo. Quanto a questão 1 letra b também não tiveram dificuldades . Na opinião da turma foi a questão mais simples. Questionados sobre as similaridades entre os sólidos de cores azul e vermelho a turma respondeu, quase que em coro, que se tratavam de sólidos redondos. Partimos então para a questão 2 cujo objetivo era saber se o aluno conseguia identificar elementos de uma, duas, três ou nenhuma dimensão nos sólidos solicitados. Nesse momento uma das duplas questionou o professor
  • 12. 12 quanto ao solicitado no enunciado. Não ficou claro para a dupla (e aparentemente também para outras equipes) o que seriam esses elementos. Aluno08: "Professor como vou fazer essa questão? Tenho que dizer quantas dimensões ele tem?" [após ter realizado a leitura da questão para o professor]. Professor: "Então, vamos recordar os entes geométricos. O que seria algo unidimensional, por exemplo? Me dê exemplos". Aluno05: "Triângulo". Professor: "Triângulo? Por quê?". Nesse momento o Aluno08 discordou do Aluno05 afirmando que o triângulo não era um elemento unidimensional. Na sequência o Aluno08 respondeu a pergunta do professor. Aluno08: "Uma linha. A linha é unidimensional”. Professor: "Por quê?" Aluno08: "Porque só tem o comprimento". Professor: “E como denominamos essa ‘linha’ no prisma pentagonal, por exemplo?” Aluno08: “Ah! São as arestas”. O professor nesse momento retornou a resposta equivocada do Aluno05 que afirmou o triângulo se tratar de um elemento unidimensional e tornou a questioná-lo. Professor: “Então Aluno05, o triângulo possui quantas dimensões?”. Aluno05: “Duas. Agora me lembro que como tem uma superfície aqui e tá limitada podemos calcular área”. A discussão acerca das dimensões que poderiam ser observados nos sólidos se prolongou por mais algum tempo. O professor questionou a turma quanto a dimensão do ponto e, mediante a discussão e os argumentos estabelecidos por eles para classificar as dimensões de um determinado elemento, conseguiram perceber que o ponto se tratava de um elemento adimensional.
  • 13. 13 Algumas considerações A atividade de cunho exploratório-investigativo possibilitou o surgimento de diferentes estratégias para o desenvolvimento das atividades propostas. Ao confrontarem suas resoluções os alunos tentavam validar seus raciocínios na esperança de convencerem os colegas que sua solução seria a correta. Mediante diferentes estratégias de resolução, os alunos percebiam que, por diversas vezes, suas hipóteses eram validadas, ora pela ajuda do programa, ora pelos resultados semelhantes encontrados com outros colegas. Em outros casos, reconheciam suas falhas e contradições em suas resoluções revelando assim a fragilidade de seus argumentos. É importante ressaltar que esses tipos de atividades não costumam fazer parte do cotidiano escolar dos alunos, acreditamos que, por isso encontramos obstáculos para a sua aplicação, tais como relutância ao responder oralmente os questionamentos do professor e insegurança ao escrever na Folha de Atividades. Acreditamos que pelo fato de estarem sendo filmados tenham se sentido mais inibidos e temerosos em suas falas. Contudo, ao longo das atividades, percebemos que os alunos, aos poucos, se tornavam mais familiarizados com a metodologia e as participações se tornaram cada vez mais espontâneas. Para os alunos, a realização da atividade proposta, bem como a metodologia adotada e uso do software contribuíram motivando os alunos e levando-os a superarem dificuldades no aprendizado de conceitos relacionados a Geometria Espacial. Isso porque a atividade de caráter exploratório-investigativa levou-os a refletir ao longo dos questionamentos e favoreceu o desenvolvimento de capacidades tais como a visualização espacial. Quanto ao conteúdo de Geometria Espacial, ficou evidenciado, pelos questionamentos durante o desenvolvimento da atividade, que alguns alunos desconhecem ou não se lembram de determinados conceitos da Geometria Plana imprescindíveis ao estudo da Geometria Espacial. O conceito de dimensão também foi bem discutido entre os estudantes. Tal conceito, além de
  • 14. 14 constantemente utilizado por nós no dia a dia, é muito importante na Matemática. Na tecnologia disponível até então, nossos televisores e computadores reproduziam imagens tridimensionais em telas planas. Fala-se até mesmo de uma quarta dimensão. Tendo em vista essa convivência com tais termos se torna necessário um trabalho mais profundo por parte dos professores sobre esses conceitos. Estabelecemos no desenvolvimento das atividades com os alunos um contexto desafiador no qual os alunos se sentiram motivados e empenhados na resolução das questões. A dinâmica possibilitou aos alunos compartilharem suas ideias, ouvirem os colegas, traçarem estratégias de resolução, argumentarem e defenderem seus posicionamentos mediante as observações feitas com a ajuda do software e, em alguns casos, refutarem as opiniões de outros colegas. Essas discussões e reflexões em pequenos grupos permitiram a clarificação de pensamentos intuitivos e alargaram o tipo de estratégias dos alunos. Finalizando, vale enfatizar que a inserção de recursos tecnológicos no ensino e na aprendizagem da Matemática torna necessária uma reorganização pedagógica, curricular e das práticas sendo estes o grande desafio do professor nos dias atuais e as investigações matemáticas em sala de aula auxilia o docente a identificar as dificuldades de seus alunos durante o processo de aprendizagem, além de contribuir para o desenvolvimento do pensamento geométrico. Referências BARBOSA, Magali Andrade. As elaborações de conhecimento geométricos no ensino fundamental II em uma microbacia. 2013. 233 f. Dissertação. (Mestrado em Ensino e História das Ciências da Terra). Instituto de Geociências Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2013. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MC/SEF, 1998. ELLIOTT, Jhon. La investigación-acción en educación. Madri: Ediciones Morata, 1990.
  • 15. 15 FIORENTINI, Dario; FERNANDES, Fernando Luís Pereira.; CRISTOVÃO, Eliane Matesco. Um estudo das potencialidades pedagógicas das investigações matemáticas no desenvolvimento do pensamento algébrico. In: Seminário Luso- Brasileiro: Investigações matemáticas no currículo e na formação de professores. Lisboa, 2005. Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/seminario_lb.htm. Acesso em 03/07/2016. HOHENWARTER, Markus; PREINER, Judith. Dynamic mathematics with GeoGebra. Journal of online Mathematics and its applications, v. 7, março 2007. LORENZATO, Sergio. Por que não ensinar Geometria? Revista da Sociedade Brasileira de Educação Matemática. São Paulo, ano III, nº 4, p. 3–13, 1º semestre, 1995. PAVANELLO, Regina Maria. Geometria e Educação Matemática. Maringá, 1993. PONTE, João Pedro et al. Histórias de investigações matemáticas. Lisboa: [s.n.], 2003. ___________. Investigar a nossa própria prática. In GTI (Org.), Reflectir e investigar sobre a prática profissional. Lisboa: APM, 2002. ___________.; BROCADO, Joana; OLIVEIRA, Helia. Investigação Matemáticas na Sala de Aula. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, 160 p.