1) A idéia do "Grande Irmão" foi implantada pelos ciberpunks para representar o Estado, mas passou a representar grandes corporações com a ideologia neoliberal.
2) Movimentos sociais passaram a ver o Estado como capaz de se contrapor à globalização corporativa, ignorando que o capitalismo se desenvolveu através da associação entre empresas e Estado.
3) A sociedade em rede emergiu de forma pulverizada e interconectada, tornando o "Grande Irmão" também pulverizado em "Pequenos Irm
APÓS TREZE ANOS DE INVESTIGAÇÃO, O JORNALISTA DANIEL ESTULIN CONSEGUIU COMPOR UMA LISTA DE PARTICIPANTES DO LOBBY FORMADO PELOS HOMENS MAIS RICOS, PODEROSOS E INFLUENTES DO OCIDENTE, QUE SE REÚNEM SECRETAMENTE TODO ANO PARA LANÇAR AS ESTRATÉGIAS DE DOMINAÇÃO NO MUNDO. GANHADOR DO PRÊMIO THE KINGSTON EYE OPENER DE MELHOR LIVRO ESTRANGEIRO DE NÃO-FICÇÃO
APÓS TREZE ANOS DE INVESTIGAÇÃO, O JORNALISTA DANIEL ESTULIN CONSEGUIU COMPOR UMA LISTA DE PARTICIPANTES DO LOBBY FORMADO PELOS HOMENS MAIS RICOS, PODEROSOS E INFLUENTES DO OCIDENTE, QUE SE REÚNEM SECRETAMENTE TODO ANO PARA LANÇAR AS ESTRATÉGIAS DE DOMINAÇÃO NO MUNDO. GANHADOR DO PRÊMIO THE KINGSTON EYE OPENER DE MELHOR LIVRO ESTRANGEIRO DE NÃO-FICÇÃO
“O que é a autoridade? E a força inevitável das leis naturais que se manifestam no encadeamento e na sucessão fatal dos fenômenos do mundo físico e do mundo social? Efetivamente, contra estas leis, a revolta é não somente proibida, é também impossível. Podemos conhecê-las mal, ou ainda não conhecê-las, mas não podemos desobedecê-las porque elas constituem a base e as próprias condições de nossa existência: elas nos envolvem, nos penetram, regulam todos os nossos movimentos, pensamentos e atos; mesmo quando pensamos desobedecê-las, não fazemos outra coisa que manifestar sua onipotência.
Algumas fraturas narcísicas na evolução históricaGRAZIA TANTA
As certezas na história da humanidade sofrem, por vezes abalos demolidores. As causas desses abalos começam por ser objeto de violência e depois, de silêncios conformados ou de adaptações desvirtuadoras.
“O que é a autoridade? E a força inevitável das leis naturais que se manifestam no encadeamento e na sucessão fatal dos fenômenos do mundo físico e do mundo social? Efetivamente, contra estas leis, a revolta é não somente proibida, é também impossível. Podemos conhecê-las mal, ou ainda não conhecê-las, mas não podemos desobedecê-las porque elas constituem a base e as próprias condições de nossa existência: elas nos envolvem, nos penetram, regulam todos os nossos movimentos, pensamentos e atos; mesmo quando pensamos desobedecê-las, não fazemos outra coisa que manifestar sua onipotência.
Algumas fraturas narcísicas na evolução históricaGRAZIA TANTA
As certezas na história da humanidade sofrem, por vezes abalos demolidores. As causas desses abalos começam por ser objeto de violência e depois, de silêncios conformados ou de adaptações desvirtuadoras.
Recomendado por el proceso ESE para las sesiones de Gabriel Restrepo Forero - Curso de extensión sobre Educación sin Escuela, Universidad Nacional de Colombia.
Nessa 2ª parte continuamos a análise do Plano Viário Brasileiro de 1972 fazendo análises econômica de que como esse plano tornou-se parte do atual modelo econômico brasileiro que os neoliberais americanos querem destruir para favorecer o regime militar chinês . Eles querem tornar o Brasil uma solução para o colapso do neoliberalismo que tenta impor um país muito pobre como a China para atuar como superpotência, uma espécie de subimperialismo dos neoliberais norte-americanos.
Veja também:
http://www.slideshare.net/RicardoRodrigues334/projeto-de-reviso-da-malha-viria-brasileira-as-tramas-logsticas-de-so-so-paulo
Excertos do capítulo 7 do livro de Augusto de Franco, Fluzz: vida humana e convivência social nos novos mundos altamente conectados do terceiro milênio. São Paulo: Escola de Redes, 2011.
Na história da humanidade, todas as lutas contra a opressão foram sempre direcionadas contra um inimigo claramente identificado, seja ele pessoas, governos ou classes sociais. No passado, as forças que se opunham ao poder opressor dominante lutavam para conquistar o Estado através do qual o poder passasse a ser exercido a fim de mudar a realidade política, econômica e social em que viviam. Foi desta forma que aconteceram as revoluções sociais e a independência nacional em inúmeros países do mundo. No passado, era mais fácil mobilizar uma classe social ou todo um povo contra um inimigo opressor claramente identificado. Na era contemporânea, com o totalitarismo moderno, o inimigo opressor está fragmentado e atua abertamente e também de forma subliminar sobre a mente das pessoas.
Excertos do capítulo 7 do livro de Augusto de Franco, Fluzz: vida humana e convivência social nos novos mundos altamente conectados do terceiro milênio. São Paulo: Escola de Redes, 2011.
ORTEGA y GASSET, Jose - A Rebelião das MassasFabio Pedrazzi
Retrata as grandes transformações do século XX, especialmente na Europa, com ênfase no processo histórico de crescimento das massas urbanas. Não se refere às classes sociais mas às multidões e aglomerações. Tendo esse contexto como pano de fundo, Ortega discute temas, aparentemente contrários entre si, mas que se fundem (ou devem fundir-se) numa unidade de sentido. É assim que contrapõe individualismo e submissão ao coletivo; comunidade, nação e estado; história, presente e porvir; homens cultos e especialistas; poder arbitrário e respeito à opinião pública; juventude e velhice; guerra e pacifismo; masculino e feminino.
São tópicos que, inevitavelmente, nos induzem à reflexão crítica. Em alguns casos são apresentados de forma extremamente provocativa.
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Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ILetras Mágicas
Sequência didática para trabalhar o gênero literário CORDEL, a sugestão traz o trabalho com verbos, mas pode ser adequado com base a sua realidade, retirar dos textos palavras que iniciam com R ou pintar as palavras dissílabas ...
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Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
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Projeto de articulação curricular:
"aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos" - Seleção de poemas da obra «Bicho em perigo», de Maria Teresa Maia Gonzalez
1. VOCÊ É O INIMIGO
Augusto de Franco
Versão original: E=R 09/09/2009
Os pioneiros do ciberespaço, sobretudo na sua vertente ideológico-literária,
como os ciberpunks, não raro sob a inspiração benéfica de um movimento
anarquista meio fora de época, emprenharam a geração digital que lhes
sucederia com uma idéia-implante: a do medo do Grande Irmão.
Curiosamente - e ironicamente - esse implante foi regado com a
transpiração autoritária de outro movimento, assentado sobre bases que
negavam os próprios princípios anarquistas: o estatismo. O Grande Irmão,
antes identificado com o Estado e seus aparatos, passou a designar as
grandes corporações empresariais, as multinacionais e transnacionais
animadas pela ideologia neoliberal. Se o Estado, antes, era visto
negativamente, depois passou, em virtude desse processo de impregnação
ideológica antiliberal, a ser visto positivamente, como um poder nacional
capaz de se contrapor à globalização (também esta vista negativamente
como o poder das corporações globais). Caberia ao Estado proteger os
povos da exploração dos megaconglomerados que queriam dominar o
mundo. Só o Estado-nação - imaginavam - teria poder suficiente para se
contrapor a esse poder sem controle alimentado pela ganância e
(des)regulado caoticamente pela dinâmica do mercado.
Essa foi a tônica das manifestações de boa parte dos representantes dessa
geração nos últimos 30 anos, do alinhamento político-partidário ou eleitoral
no Brasil às mobilizações de Seattle. Tratava-se, então, não mais de liberar
as forças criativas e empreendedoras dos cidadãos, mas de colocar um freio
na desregulação que ensejava a desmesurada acumulação de poder
econômico e político por parte dos novos e impiedosos atores globais.
Tratava-se, portanto, não de trabalhar pela an-arquia e sim de produzir
superavits de ordem top down, a partir de estruturas centralizadas de
comando-e-controle, sempre segundo uma lógica política adversarial,
deslizada da arte da guerra e inegavelmente autocrática.
Ao identificar como inimigo principal o processo de globalização - tomado,
reducionisticamente, como globalização apenas econômica ou dos mercados
- os participantes desses movimentos como que absolveram as estruturas
centralizadoras que, há seis mil anos, vêm reproduzindo no mundo um
padrão de hierarquização da rede social e, ao mesmo tempo, absolveram a
si próprios de qualquer culpa pela verticalização do mundo. Todo mal está
nos outros. O inimigo está lá fora e acima. Os demônios que devemos
exorcizar são os grandes conglomerados que produzem a pobreza, a
miséria, a fome e a devastação ambiental (conquanto uma rápida visita à
China ou à ex Alemanha Oriental teria sido suficiente para refutar esta
última alegação, mas isso agora não importa mais).
2. Na sua pressa por simplificar, por razões políticas, a interpretação do
mundo, reduzindo-a a uma competição simétrica, a um embate do bem (os
povos, arrebanhados em Estados-nações) contra o mal (as gananciosas
corporações empresariais sem-pátria), não viram essas pessoas que o
capitalismo realmente existente (não aquele dos livros dos economistas e
dos discursos de outros ideólogos do mercado) foi, desde que surgiu, o
resultado de uma associação perversa entre empresa monárquica e Estado
hobbesiano. Mas isso agora também não importa mais porquanto -
entrementes - uma nova época foi emergindo.
Mas a nova época, cuja gestação sua miopia não permitia entrever, não era,
por incrível que pareça, a da disputa pelos rumos da globalização e sim a da
efetiva trama subterrânea da glocalização. Não era a do surgimento das
novas potências no chamado terceiro mundo em contraposição ao poder do
Império (nem a desse outro besteirol designado pela sigla BRIC), como
novos atores no cenário global, supostamente mais comprometidos com a
erradicação da pobreza e das desigualdades (e que poderiam, com boa
vontade e uma overdose de proselitismo ambiental, ser convertidos à luta
contra o aquecimento global), mas a da emergência da sociedade em rede.
Uma sociedade cada vez mais pulverizada e mais desorganizada (segundo
os velhos padrões de ordem top down), porém cada vez mais
interconectada, distribuída e clusterizada (em miríades de novas
comunidades sócio-territoriais, setoriais ou temáticas, de prática, de
aprendizagem e de projeto). Uma sociedade cada vez mais vulnerável ao
swarming e ao crunching, em um mundo cada vez mais diverso e maior em
termos geográfico-populacionais e cada vez menor em termos sociais (small
world networks).
A idéia-implante do horror ao Grande Irmão, que na verdade se
transformou em um programa verticalizador depois de ter abandonado sua
raiz anárquica e passado a admitir a lógica da política como arte da guerra
e a necessidade de regulação autoritária, continuou rodando na rede social
(ou, se quisermos lançar mão de uma abstração, continuou vigendo como
um modelo mental resiliente na cabeça dos indivíduos) e provocando uma
cegueira coletiva. Tal cegueira não permitia ver que - na sociedade em rede
(como sempre é mesmo qualquer sociedade, mas agora mais evidenciada
porquanto emergindo em termos glocais com graus maiores de distribuição,
conectividade e possibilidade de interação em tempo real ou sem-distância)
- o Grande Irmão está também pulverizado em uma infinidade de
"Pequenos Irmãos". Ou seja, o Grande Irmão não está apenas lá fora, no
cume dos megaconglomerados multinacionais, mas aí do seu lado, quem
sabe sentado na sua própria cadeira de dirigente ou funcionário burocrático
de uma pequena empresa, ONG ou órgão estatal (e justamente quando
você está sentado nela).
Ele está no meio de nós. A fórmula ritual tirada de uma passagem da
escritura evangélica evoca uma célebre controvérsia teológica e exegética
sobre a presença do divino: estaria 'Ele' dentro de nós, (do coração) dos
seres humanos como indivíduos ou entre nós - quer dizer, nas relações que
tecem a comunidade - (quando conformamos um coração coletivo, o
sentido original da assembléia dos amantes ou ecclesia)? Mutatis mutandis
- e nesse caso mudando para o avesso: o avesso do 'Ele' como símbolo de
3. fraternidade - o Grande Irmão também está no meio de nós, o que é uma
outra maneira de dizer que o programa verticalizador está rodando na rede
social à qual estamos conectados. Essa presença sacramental, prefiguração
de uma estranha parousia onde o fim está no começo (dos sistemas de
dominação), promove continuamente (ou intermitentemente) a
verticalização do mundo, mas não por meio de uma estratégia global, de
um plano sinistro de domínio do planeta e sim por meio da verticalização
dos muitos mundos que, em termos sociais, compõem fractalmente o que
chamamos de mundo.
Você verticaliza o seu mundo enquanto faz downloads desse programa
verticalizador a partir da nuvem social que chamamos de mente. Mesmo
que não queira, você é compelido a fazer isso em todas as suas atividades:
quando monta uma empresa para prestar consultoria (e quer viver do
sobrevalor gerado pelo trabalho de seus empregados ou colaboradores),
quando funda uma ONG para defender a causa ambiental (e designa um
board e um staff hierárquicos), quando organiza um time de futebol de
várzea (e escolhe logo um presidente), quando articula uma "rede social"
ou comunidade presencial ou virtual (e submete assuntos à votação
produzindo artificialmente escassez). Você faz isso até quando estrutura
uma associação de caridade, um grupo de oração ou um terreiro de
Umbanda. Enquanto trabalha construindo fronteiras opacas ao invés de
membranas permeáveis aos fluxos com o ambiente, você vê - e constrói
permanentemente - inimigos (os que estão fora do seu espaço estratégico,
daquele ambiente em que você aceita o outro no seu próprio espaço de vida
mas somente na medida em que esse outro torne-se um "nós"
organizacional). Enquanto faz isso, por certo, isso você não vê, mas você é
o inimigo.