SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 28
Baixar para ler offline
APOSTILA E QUESTIONÁRIO
ETAPA DE ENSINO A DISTÂNCIA (EAD-4h)
Essa capacitação é uma iniciativa do Projeto 3E Eficiência Energética
Edificações, Transformação do mercado de eficiência energética no
Brasil.
Tem objetivo geral de influenciar e desenvolver o mercado de eficiência
energética em edificações comerciais e públicas. Visa principalmente
contribuir com a economia de eletricidade e com a redução de emissões
de gases de efeito estufa - GEE - nos próximos 20 anos. Uma das ações
do Projeto 3E é a capacitação e sensibilização dos principais agentes
responsáveis pelo planejamento, projeto, construção, gestão e
manutenção dos edifícios.
Execução do Projeto 3E:
Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio da Secretaria de
Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ)*.
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Financiamento do Projeto 3E:
Fundo Global para o Meio Ambiente
(GEF – Global Environment Facility)
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Execução do Plano de Capacitação PBE Edifica:
Quali-A Conforto Ambiental e Eficiência Energética LTDA
Apoio Técnico no Plano de Capacitações PBE Edifica:
Laboratório de Controle Ambiental da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de Brasília (LACAM/FAU/UnB)
Seja bem-vindo ao início de nosso curso de Etiquetagem de Eficiência Energética de Edificações
(Etiqueta PBE Edifica)! Iniciamos nossos estudos por uma Etapa de Ensino a Distância (EAD), que
visa introduzir o conteúdo que será abordado durante os dois dias (8h) da etapa presencial.
Assim, por favor, leia a apostila e faça o questionário, entregando a folha de resposta no dia da aula
presencial, o que garantirá seu certificado do curso de 20h.
Boa leitura!
1. Introdução ao conforto ambiental e eficiência energética
As novas premissas da sustentabilidade, sem dúvida, pautam-se no uso racional de energia e na máxima
qualidade ambiental possível para os ambientes construídos. Por um lado, devemos atender ao desafio
premente de construir e fazer funcionar os edifícios com cada vez menos energia (especialmente a oriunda de
combustíveis fósseis); por outro lado é absolutamente necessário que seja sempre mantido um nível adequado
de qualidade e conforto ambiental para os ocupantes.
Então, é fundamental entender o conceito de qualidade ambiental!
“A qualidade ambiental dos edifícios considera as relações físicas, materiais e energéticas entre a construção
e o ambiente que a circunda; o conforto ambiental interno é um dos parâmetros, juntamente com o consumo
energético, a segurança, o impacto ambiental da construção e do uso do edifício e outros” (AMORIM, 2007).
Hoje, algumas normas específicas para determinadas tipologias já indicam condições para o conforto ambiental.
Mas, por serem normas abrangentes, não aborda todas as especificidades e critérios para uma completa
avaliação de conforto dos projetos e edifícios.
Mesmo havendo normas específicas, é necessário conhecer o que denominamos conforto ambiental e quais as
condições a serem mantidas para atingi-lo em qualquer tipo de edificação. Isto implica em lidar com aspectos
detalhados da edificação, as variáveis que influenciam as condições de conforto, e as variáveis relacionadas à
edificação: sua forma, a maneira com a qual foi implantada no terreno, os materiais que a constituem, as
aberturas, as proteções solares, etc.
Atualmente, a maior demanda de gasto energético nas edificações é para obtenção de conforto ambiental,
principalmente para iluminação artificial (20% a 35%) e condicionamento de ar (40% a 55%), o que eleva a
importância das discussões e estratégias simultâneas da área de conforto e eficiência energética.
Muito do crescente uso de condicionamento de ar deve-se ao aumento de temperaturas, provocada pelas
mudanças climáticas decorrentes em especial das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Nas edificações,
a responsabilidade do projeto de arquitetura aumenta, pois deve-se buscar cada vez mais o uso de estratégias
passivas (ventilaçao natural, iluminação nartural e sombreamento) como forma de contribuir para a redução de
carga térmica interior.
Assim, a eficiência energética é tema também importante e recorrente, visto que precisamos aumentar nossa
produção de energia, em decorrência do desenvolvimento industrial e econômico, mas nos preocupar em não
agravar significativamente os impactos ambientais.
Um dos grandes impactos ao meio ambiente é a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), em especial o CO2,
e no mundo, os principais setores responsáveis pelas emissões são a Geração de Energia (20 a 25%), Indústria
(17 a 19%) e Florestal (10 a 17%). O grande impacto da geração de energia deve-se ao fato de uso de
combustíveis fósseis, como petróleo e cavão.
No Brasil, a matriz energética é baseada em hidrelétricas, considerada uma produção de energia relativamente
limpa, se comparada com o restante do mundo. A alteração de uso de solo e queimadas florestais são os
grandes responsáveis pela emissão de GEE no país. O grande desafio do país é manter o ritmo de crescimento
econômico (que implica em aumento de gastos energéticos) dentro de critérios de sustentabilidade.
Quando comparado com o resto do mundo, a matriz energética brasileira é considerada limpa!
Comparação entre Matriz Energética Brasileira e média mundial. Fonte: Eletrobrás, 2009
E o que iremos fazer?
“Sujar” nossa matriz energética ou buscar trabalhar mais com Eficiência Energética?
Na construção civil, grandes são os gastos de energia incorporada de um edifício, definida como o consumo
referente a extração de insumos, fabricação e transporte de materiais, assim como na execução da obra.
Energia incorporada à edificação: extração, fabricação, transporte de materiais e execução de obra
Mas o grande consumo energético refere-se a fase de uso e operação da edificação, foco dos nossos estudos
de eficiência energética, ou seja, criar estratégias para que o edifício consuma menos, garantindo padrões de
conforto e bem-estar para os usuários.
Consumo durante a vida útil da edificação: nossa abordagem!!
Assim, a eficiência energética nas edificações está diretamente ligada ao resgate do projeto arquitetônico
bioclimático e da interação com os sistemas eficientes de climatização, na busca de um equilíbrio e otimização
dos gastos energéticos.
2. Contexto de certificação de eficiência energética
Em uma edificação, a energia pode ser utilizada para diversos usos finais, sendo os maiores gastos para:
 a iluminação artificial;
 a climatização artificial e
 o aquecimento de água para o uso higiênico-sanitário.
Na Europa, a iluminação artificial é o que mais consome energia em edifícios não residenciais: quase 50%!
Também são consideráveis os gastos com climatização (resfriamento ou aquecimento). Desta forma, no
contexto europeu os maiores objetivos dos projetos arquitetônicos, que buscam eficiência energética, são a
otimização da luz natural, além do aquecimento solar passivo e o resfriamento passivo.
O excessivo gasto de energia e a urgente necessidade de economizar exigiram uma mudança de postura,
comportamentos, valores e objetivos. Os países com maiores problemas energéticos passaram a investir em
pesquisas e estudos de novos sistemas de climatização e iluminação artificial, mais eficientes, além de
mecanismos para diminuir os gastos e desperdícios, e incentivo ao resgate dos princípios bioclimáticos.
Vários países no mundo possuem legislação e/ou normas para regular o consumo energético e o conforto
ambiental nos edifícios. Estas normas e leis são ligadas à edificação e aos equipamentos responsáveis pelo
uso final de energia, e dependem das estratégias relacionadas a cada clima.
Nos climas frios, a estratégia principal é a contenção da perda de calor através dos fechamentos opacos
(alvenarias, concreto, madeira, etc) e transparentes (vidros, policarbonatos, etc), utilizando isolantes térmicos e
esquadrias com vidros duplos e triplos. As normas estabelecem valores limites para propriedades térmicas dos
materiais, como a transmitância térmica (U), e regulam também o rendimento dos sistemas de aquecimento.
Segundo Horta (2006), na década de 2000, os edifícios representam 40% do consumo de energia na Europa,
o que incentivou, em janeiro de 2003, a publicação da Diretiva Europeia do Desempenho Energético dos
Edifícios (EPBD) 2002/91/CE, que pretendia direcionar a forma como os diferentes países europeus deveriam
tornar os seus edifícios mais eficientes, do ponto de vista energético. Dentre as metas, buscavam a certificação
energética, uma vez que o consumo de energia dos edifícios na Europa, entre 1997 e 2004, cresceu a um ritmo
de 7% ao ano, representando um potencial de economia de mais de 30%.
Assim, uma das estratégias de melhorar o desempenho energético dos edifícios é a criação de certificações
(selos e etiquetas) de eficiência energética, que buscam estabelecer parâmetros e critérios para avaliação do
desempenho dos edifícios, segundo as suas realidades econômicas, energéticas e climáticas. A realidade
internacional aponta para uma tendência de criação de certificações próprias, em que alguns países adotam de
forma totalmente voluntária (Ex: Estados Unidos), outros parcialmente obrigatória (Ex: Brasil), e outros de forma
totalmente obrigatória (Ex: União Europeia).
Contexto internacional das certificações
Na Europa, as certificações de eficiência energética já são adotadas de forma obrigatória para construção,
venda, aluguel e financiamento, pois é um direito do consumidor saber a eficiência do imóvel!
Agência Imobiliária em Paris – França:
obrigatoriedade da etiquetagem para venda e aluguel de imóveis
3. A eficiência energética no Brasil e a Etiqueta PBE Edifica
No Brasil, 44,7% de toda energia elétrica produzida é gasta em edifícios para uso e manutenção. Deste total,
22,1% vão para os edifícios residenciais, 15% para edifícios comerciais e 7,6% para edifícios públicos (veja o
Balanço Energético Nacional de 2009, acesse o BEN em https://ben.epe.gov.br/ ).
Dados da Empresa de Pesquisa Energética
Analisando o contexto brasileiro, encontramos a mesma situação europeia: em edifícios não residenciais, o
maior consumo de energia é justamente com a iluminação artificial, seguida do ar condicionado. A tabela 1
mostra o consumo da iluminação artificial e do condicionamento de ar nos setores comercial e público.
Tabela 1 - Consumos por uso final de setores comercial e público (LAMBERTS et al, 2014)
Tipologia Iluminação Ar condicionado
Escritórios 50% 34%
Shoppings 49% 34%
Bancos 52% 34%
Lojas/varejo 76% 12%
Mercearias 25% 2%
Oficinas 56% 4%
Postos de Gasolina 43% -
Serviços Pessoais 9% 3%
Já no setor residencial, o consumo é distribuído de seguinte forma:
 Refrigeração 34,1%
 Aquecimento de água 20,7%
 Iluminação 12,3%
 Ar condicionado 3%
 Outros 29,9%
Mas a discussão sobre a eficiência energética no Brasil iniciou na década de 80, com a criação de dois
importantes programas:
 Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel):
Em 1985, surge o PROCEL (Eletrobrás) e em 1991, se transforma em programa de
governo para promover a racionalização da produção e do consumo de energia
elétrica.
 Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE):
O Inmetro, em 1984, inicia uma série de programas de avaliação da conformidade
com foco no desempenho, com a finalidade de contribuir para a racionalização do uso
da energia no Brasil. Este projeto cresceu e se transformou no Programa Brasileiro
de Etiquetagem (PBE), dentro do PROCEL.
O PBE criou a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), seguindo padrão internacional, que
classifica os produtos em faixas coloridas e letras, em geral de “A” (mais eficiente) a "E" (menos eficiente).
Primeiramente as ENCEs são elaboradas para os equipamentos, já avaliados na sua fabricação na indústria.
Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE): direito do consumidor!
Lembram do “apagão” que aconteceu no Brasil, em 2001? A crise de abastecimento que obrigou os
brasileiros a diminuir os gastos energéticos. O que vivemos foi um racionamento de energia! Foi um momento
de grande preocupação com o uso racional e a conservação de energia, frente à possibilidade de diminuição
na oferta de energia elétrica e pelo alto custo da implantação de novas hidrelétricas ou ampliação das existentes.
Várias medidas foram tomadas no Brasil a partir desta crise! Mas percebam na figura, que após o impacto de
2001, o consumo voltou a ter um crescimento acelerado!
Consumo de Energia Elétrica e PIB em relação ao ano base de 1987 (Fonte: Balanço Energético Nacional, 2005)
A crise de energia no Brasil, em 2001, que teve como consequência o racionamento de energia, trouxe uma
certa conscientização da importância de se otimizar a eficiência energética, incluindo as edificações. Neste
mesmo ano, portanto, foi promulgada a Lei de Eficiência Energética (nº. 10.295/2001), além do incremento do
Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL) e a criação do subprograma Procel Edifica.
Como resultado, observou-se uma significativa redução do consumo de energia nas edificações, em especial
no setor residencial. (PNEF, 2010, disponível em http://www.mme.gov.br/mme/galerias/arquivos/noticias/2010/PNEf_-
_Premissas_e_Dir._Basicas.pdf ).
Após a promulgação da Lei de Eficiência Energética, o Decreto 4.059/2001 instituiu o Comitê Gestor de
Indicadores e Níveis de Eficiência Energética, no âmbito do Ministério de Minas e Energia (MME) e estabeleceu
o desenvolvimento de mecanismos para determinar os níveis mínimos de eficiência energética e a constituição
de um Grupo Técnico para adotar procedimentos para avaliação da eficiência energética das edificações.
Com relação às edificações, conforme o Procel Edifica, estima-se um potencial de redução de consumo de
aproximadamente 30% com implementação de ações de eficiência energética em edifícios existentes (incluindo
intervenções arquitetônicas na envoltória, e nos sistemas de iluminação e condicionamento de ar). Este
percentual de redução de consumo se eleva para 50% em edificações novas (PNEF, 2010).
A ELETROBRÁS, no âmbito do Procel Edifica, criou a Secretaria Técnica de Edificações (ST), e em parceria
com o INMETRO, no âmbito do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) promoveram a elaboração do
Regulamento Técnico da Qualidade (RTQ), para a etiquetagem voluntária do nível de eficiência energética de
edifícios comerciais, de serviços e públicos e de edifícios residenciais (PNEF, 2010).
Assim, nasce uma Etiqueta Nacional de Eficiência Energética (ENCE), específica para edificações, dentro do
Procel Edifica, parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE): a Etiqueta PBE Edifica!
Etiqueta PBE Edifica
O Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e
Públicos (RTQ-C) foi publicado em 2009, e o Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência
Energética de Edifícios Residenciais (RTQ-R) em 2010, de caráter voluntário.
Segundo Carlo e Lamberts (2010), “por ser novo no país, o mercado construtivo ainda terá de se adaptar ao
conceito de eficiência de um edifício: os arquitetos, com os parâmetros de projeto; os profissionais envolvidos,
com a construção civil com o registro de informações e documentos ao longo da obra; os fornecedores de
materiais, com a uniformização da linguagem e parâmetros de especificação técnica de seus produtos; as
agências financiadoras da construção, com os próprios conceitos de eficiência; e o público em geral, com a
etiqueta de eficiência e seu significado (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia – ENCE).”
Em 2014 a aplicação do RTQ-C para edificações públicas federais torna-se obrigatória, com a Instrução
Normativa n˚2, dando início a transformação definitiva da eficiência energética das edificações brasileiras.
Veja tudo sobre a Etiquetagem de Edificações no site www.pbeedifica.com.br !
4. O RTQ-C
O Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e
Públicos (RTQ-C) foi publicado em 2009, e aplica-se a edificações “usadas com finalidade que não a residencial
ou industrial, tais como escolas; instituições ou associações de diversos tipos, incluindo prática de esportes;
tratamento de saúde de animais ou humanos, tais como hospitais, postos de saúde e clínicas; vendas de
mercadorias em geral; prestação de serviços; bancos; diversão; preparação e venda de alimentos; escritórios e
edifícios empresariais, incluindo sedes de empresas ou indústrias, desde que não haja a atividade de produção
nesta última; meios de hospedagem.”
Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de
Serviços e Públicos (RTQ-C), acesso em www.pbeedifica.com.br
Segundo o RTQ-C, é possível etiquetar o projeto, por meio de método prescritivo ou simulação computacional,
ou o edifício construído, por meio de inspeção in loco:
Etiquetagem de projeto:
- Edificações novas, existentes ou em processo de retrofit
- São avaliados parâmetros e dados dos projetos de arquitetura, elétrica,
iluminação e condicionamento de ar
- Métodos de avaliação: prescritivo (equações) ou simulação
computacional
- A etiqueta de projeto não pode ser usada no edifício construído
Etiquetagem de edifício construído:
- Edificações novas, existentes
- Após o alvará de conclusão da obra, e com os sistemas instalados, é
realizada uma inspeção no edifício para verificação da conformidade com
o projeto previamente avaliado.
- A etiqueta deverá ser exposta no edifício
A diferença de consumo entre as etiquetas A e E (melhor e pior classificação, respectivamente) pode representar
uma economia de mais de 35% (LAMBERTS apud SINDUSCON/MA, 2010 http://www.sinduscon-
ma.com.br/noticia.asp?cod=429).
No RTQ-C, o edifício é avaliado em 3 sistemas, com pesos diferenciados na classificação geral do edifício:
envoltória (30%), sistema de iluminação (30%) e sistema de condicionamento de ar (40%).
O edifício pode receber a Etiqueta PBE Edifica para a edificação completa, contemplando os 3 sistemas, ou
etiquetas parciais, quando se avalia a envoltória e um dos outros dois sistemas (iluminação e condicionamento).
4 Tipos de possibilidades de etiquetar um edifício
Entenda as informações da Etiqueta PBE Edifica!
Para obter a Etiqueta PBE Edifica é necessário contratar e pagar um OIA - Organismo de Inspeção Acreditado
pelo Inmetro. Os OIAs constituem-se de pessoas jurídicas, de direito público ou privado, cuja competência é
reconhecida formalmente pela Cgcre - Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro.
A acreditação de OIAs é realizada pela Divisão de Acreditação de Organismos de Certificação (Dicor/Inmetro),
que realiza as atividades para reconhecer a competência técnica dos organismos de avaliação da conformidade
que executam certificações de produtos, sistemas de gestão, pessoas, processos ou serviços, para isto, utiliza
programas de acreditação, estabelecidos em Normas, cujos requisitos devem ser atendidos, plenamente, pelos
solicitantes. Esta acreditação engloba as modalidades: produtos, pessoas e sistemas de gestão.
Para o PBE - Programa de Eficiência Energética em Edificações, o OIA é legalmente habilitado a emitir
Etiquetas, segundo o seu escopo de acreditação. Consulte no site do Inmetro a relação de OIAs:
http://www.inmetro.gov.br/organismos/consulta.asp
Para a emissão da Etiqueta PBE Edifica, deve-se primeiramente solicitar orçamento (ou realizar licitação) do
OIA. Para a realização do processo, o solicitante deverá enviar projetos (arquitetura, iluminação,
condicionamento de ar e elétrica), documentos e dados específicos, de acordo com o RAC (Requisito de
Avaliação da Conformidade para Edificações).
O OIA irá aplicar o RTQ-C e emitir a Etiqueta, que será enviada ao solicitante juntamente com o relatório de
inspeção. O Inmetro faz o registro de todas as etiquetas, disponibilizando essa informação em seu site:
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/tabelas-comerciais.pdf
Cabe ao proprietário ou gestor do edifício realizar avaliações prévias para verificar a etiqueta do projeto ou
edifício e fazer as adequações necessárias para alcançar o nível desejado. Neste sentido, a atuação de
consultores auxiliando os projetistas é fundamental, pois garante que o projeto enviado para o OIA já esteja
dentro do nível esperado de eficiência.
Para edificações comerciais, de serviços e públicas, os preços para obtenção de uma etiqueta podem variar de
R$ 11.000,00 (onze mil reais) a R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), em média1
. As estimativas de custos
dependem do escopo pretendido, do tamanho e da complexidade da edificação, além do método escolhido
(simulação ou prescritivo). Ainda devem ser estimados os custos de logísticas durante as inspeções de obra
construída.
Estes valores médios correspondem a uma etiqueta (de projeto ou de edificação construída). Cada etapa pode
ser realizada com OIAs diferentes, com orçamentos diferentes. Cabe salientar que estes valores são estimados,
entretanto cada OIA apresentará seu orçamento conforme características da edificação e logística da avaliação
de conformidade.
1 *Os preços médios supracitados correspondem à avaliação de projeto pelo método prescritivo e abrangem edificações entre 500m² e
15.000m², em média.
Há dois métodos de classificação do nível de eficiência energética:
4.1.Método prescritivo: através da aplicação de uma equação fornecida, válida para edifícios condicionados.
O método prescritivo é um método simplificado que avalia as edificações através de equações e tabelas.
No método prescritivo cada sistema (envoltória, iluminação e condicionamento de ar) é avaliado de forma
independente, e por fim é calculado o nível de eficiência do edifício em uma equação da Etiqueta Geral,
considerando bonificações e atendimento de pré-requisitos.
A etiquetagem da Envoltória do edifício avalia aspectos pertinentes ao projeto de arquitetura, tais como a
implantação e forma do edifício, o percentual de aberturas nas fachadas, o uso de elementos de proteção solar,
o tipo de vidros e os materiais das vedações opacas (paredes e cobertura).
A etiquetagem do sistema de Iluminação avalia seu DPI (densidade de potência instalada – em W/m2).
Simplificadamente, o sistema será mais eficiente quanto mais baixo for o DPI, desde que mantidos os níveis de
iluminância exigidos pela norma CIE/ISO 8995.
Com relação ao sistema de condicionamento de ar, a etiquetagem está baseada nas classificações de aparelhos
feitas pelo PBE/INMETRO, ou alternativamente em índices mínimos de eficiência fornecidos por tabelas.
Além destes três sistemas – envoltória, iluminação e condicionamento de ar – o edifício pode computar em sua
etiqueta geral (ENCE) até um ponto por bonificações. Esta pontuação pode ser concedida caso o projetista
comprove economias de energia ou água, utilizando sistemas economizadores, inovações tecnológicas,
energias renováveis, cogeração ou outros. Há percentuais anuais mínimos de economias que devem ser
comprovadas (20% para água, 10% para energias renováveis, 30% para cogeração e inovações), mas a
pontuação é proporcional ao percentual obtido.
Ou seja, no método prescritivo, cada sistema é avaliado de forma individual e posteriormente os resultados são
inseridos em uma equação da Etiqueta Geral:
Nesta capacitação nós iremos aprender o método prescritivo, que se aplica para a maioria
das edificações!
4.2. Método de simulação: através de software de simulação computacional do desempenho termo-
energético de edifícios condicionados e não condicionados. O método de simulação é uma alternativa para
avaliação da eficiência de forma mais completa e/ou flexível. É indicado para permitir: a liberdade de projeto,
seja na forma da edificação, na natureza de suas aberturas ou proteções solares ou nos sistemas utilizados; a
incorporação de inovações tecnológicas, comprovando níveis de eficiência elevados; o uso de estratégias
passivas de condicionamento, possibilitando edificações não condicionados ou parcialmente condicionados; a
incorporação de soluções não previstas no RTQ-C.
Para Carlo e Lamberts (2010),
“o método exige alguns pré-requisitos para o programa de simulação e para o arquivo climático
utilizado. Atendidos os pré-requisitos, a avaliação é realizada por meio da comparação do consumo
de dois modelos de edifícios: um modelo real, baseado no edifício que está sendo proposto para
receber a etiqueta, e um modelo de referência, definido com base no método prescritivo, porém
com algumas especificidades, como uso de vidros claros e sem qualquer tipo de sombreamento.
O modelo de referência deve possuir ainda diversas características, que devem ser idênticas às do
modelo do edifício real, como forma do edifício, número de zonas térmicas, padrões de uso,
ocupação e cargas internas de equipamentos.”
Compara-se o consumo anual de eletricidade simulado dos dois modelos, devendo o consumo do modelo do
edifício real ser menor que o do modelo de referência para o nível de eficiência pretendido. Dessa forma, obtém-
se o nível de eficiência geral do edifício.
O PBE Edifica aponta como vantagens da etiquetagem:
 Possibilita o conhecimento do nível de eficiência energética das edificações;
 Auxilia na busca e garantia de edificações mais eficientes possibilitando o crescimento econômico do país
com controle do consumo de energia;
 Valorização do imóvel;
 Para os consumidores, é uma ferramenta importante na tomada de decisão quando da compra de um
imóve;
 Proporciona mecanismos para a contratação de projetos de novas edificações e a definição de requisitos
de eficiência energética para os processos licitatórios;
 Promove a redução do consumo de energia elétrica, gerando economia na fatura de energia durante toda
a vida útil;
 O governo passa a conhecer e estabelecer índices mínimos de desempenho energético para novas
edificações e orientar políticas, programas e projetos para a eficiência energética das edificações
brasileiras.
5. Instrução Normativa MPOG/SLTI nº 02, de 04 de junho de 2014
Dispõe sobre regras para a aquisição ou locação de máquinas e aparelhos consumidores de energia pela
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, e uso da Etiqueta Nacional de Conservação de
Energia (ENCE) nos projetos e respectivas edificações públicas federais novas ou que recebam retrofit.
A SECRETÁRIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO,
ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 34, inciso I, do Anexo I ao Decreto nº
8.189, de 21 de janeiro de 2014, e tendo em vista o disposto no art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993,
no Decreto nº 7.746, de 5 de junho de 2012, e nos arts. 3º e 4º da Lei nº 10.295, de 17 de outubro de 2001,
resolve:
Capítulo I: DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art.1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre regras para a aquisição ou locação de máquinas e aparelhos
consumidores de energia pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, e uso da Etiqueta
Nacional de Conservação de Energia (ENCE) nos projetos e respectivas edificações públicas federais novas
ou que recebam retrofit.
Art.2º Para os efeitos desta Instrução Normativa, considera-se:
I - edificações públicas federais são os imóveis construídos ou adaptados com recursos públicos federais para
exercício de atividade administrativa ou para a prestação de serviços públicos, tais como edifícios
administrativos, escolas, hospitais, postos de saúde, clínicas, museus, instituições de pesquisa e outras
instituições ou associações de diversos tipos; e
II - retrofit é qualquer reforma que altere os sistemas de iluminação, condicionamento de ar ou a envoltória da
edificação.
Capítulo II: DA AQUISIÇÃO OU LOCAÇÃO DE MÁQUINAS E APARELHOS
Art.3º Nas aquisições ou locações de máquinas e aparelhos consumidores de energia, que estejam
regulamentados no âmbito do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), conforme publicação no sítio
eletrônico www.inmetro.gov.br/consumidor/tabelas.asp, deverá ser exigido, nos instrumentos convocatórios,
que os modelos dos bens fornecidos estejam classificados com classe de eficiência "A" na Etiqueta Nacional
de Conservação de Energia (ENCE) vigente no período da aquisição.
§1º Quando não existir, no período de aquisição, um mínimo de três fornecedores com modelos etiquetados
com a ENCE classe "A" para a sua categoria, devem ser admitidos produtos etiquetados com as ENCEs nas
duas classes mais eficientes que possuam um mínimo de três fornecedores com modelos etiquetados, admitida
a complementação de números de fornecedores de uma classe com a de outra.
§2º No caso de máquinas e aparelhos consumidores de energia cuja etiquetagem, no âmbito do PBE, não seja
baseada em classes de eficiência, o edital de licitação exigirá que os modelos dos bens fornecidos apresentem
a ENCE que, nestes casos, possui caráter informativa e não classificatória.
§3º Para fins do disposto nesta Instrução Normativa, em relação aos veículos, deve-se considerar a ENCE
relativa à categoria
Art.4º Os bens patrimoniais que se verificarem antieconômicos ou irrecuperáveis e forem substituídos pelas
máquinas e aparelhos de que trata o art. 3º, deverão ser inutilizados ou submetidos ao desfazimento com
destinação ambientalmente adequada, aplicando-se o disposto nas normas específicas que regulamentam o
assunto, de acordo com a natureza e o tipo do bem.
Capítulo III: DAS EDIFICAÇÕES NOVAS E RETROFITS
Art.5º Os projetos de edificações públicas federais novas devem ser desenvolvidos ou contratados visando,
obrigatoriamente, à obtenção da ENCE Geral de Projeto classe "A".
Parágrafo único. Após a obtenção da ENCE Geral de Projeto classe "A", a construção da nova edificação deve
ser executada ou contratada de forma a garantir a obtenção da ENCE Geral da Edificação Construída classe
"A".
Art.6º As obras de retrofit devem ser contratadas visando à obtenção da ENCE Parcial da Edificação Construída
classe "A" para os sistemas individuais de iluminação e de condicionamento de ar, ressalvados os casos de
inviabilidade técnica ou econômica, devidamente justificados, devendo-se, nesse caso, atingir a maior classe de
eficiência possível.
Parágrafo único. Ainda que nem todos os sistemas avaliados na edificação (envoltória, iluminação e
condicionamento de ar) sejam objeto do retrofit, é recomendável que a edificação seja completamente avaliada,
emitindo-se a ENCE Geral.
Art. 7º No caso de obra de retrofit da envoltória é vedado baixar a classe de eficiência existente, recomendando-
se obter a maior classe possível de eficiência, observadas as restrições intransponíveis do projeto original como,
por exemplo, o tombamento da edificação.
Art. 8º Estão dispensadas da obtenção da ENCE as edificações com até 500m² (quinhentos metros quadrados)
de área construída ou cujo valor da obra seja inferior ao equivalente ao Custo Unitário Básico da Construção
Civil - CUB Médio Brasil atualizado aplicado a uma edificação de 500m² (quinhentos metros quadrados).
Capítulo IV: DAS NORMAS E PROCEDIMENTOS
Art. 9º Os requisitos de avaliação da conformidade para eficiência energética de edificações são aqueles
definidos na respectiva legislação vigente do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Art. 10. Nas edificações públicas federais novas, a emissão das ENCEs depende da realização das seguintes
inspeções:
I - inspeção de projeto: avaliação da conformidade do projeto da edificação, a partir da análise documental,
conforme Regulamento Técnico da Qualidade específico; e
II - inspeção de Edificação Construída: avaliação da conformidade da edificação construída, a partir da análise
documental e levantamento de dados in loco, de acordo com o Regulamento Técnico da Qualidade específico.
Art. 11. Nas edificações que recebam retrofit, a inspeção de projeto é facultativa, sendo obrigatória a obtenção
da ENCE da Edificação Construída.
Art. 12. A inspeção das edificações é realizada por Organismos de Inspeção Acreditados pelo Inmetro (OIA),
listados no sítio eletrônico www.inmetro.gov.br.
Capítulo V: DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 13. A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão (SLTI/MP), disponibilizará um espaço específico no Portal Eletrônico de Contratações Públicas do
Governo Federal - Comprasnet com informações sobre:
I - a aquisição de máquinas e aparelhos energeticamente eficientes e sua inclusão no objeto do processo
licitatório;
II - a etiquetagem de edificações públicas federais novas e que recebam retrofit e sua inclusão no objeto do
processo; e
III - esclarecimento de dúvidas relacionadas à etiquetagem de edificações públicas federais novas e que
recebam retrofit.
Art. 14. Os projetos técnicos anteriores à vigência desta Instrução Normativa cujas obras ainda não tenham sido
contratadas deverão, preferencialmente, ser adequados para a obtenção da ENCE nos termos desta Instrução
Normativa.
Parágrafo único. Estão dispensadas da aplicação desta Instrução Normativa as contratações em andamento ou
decorrentes de projetos antigos que não puderem ser alteradas, justificadamente.
Art. 15. Esta Instrução Normativa entra em vigor 60 (sessenta) dias após a data da sua publicação.
6. ETIQUETA PBE EDIFICA X SELO PROCEL
É fundamental entender a diferença entre alguns conceitos no Processo de Etiquetagem, para evitar
equívocos, ok? Então, vamos reforçar aqui:
Qual o nome oficial da Etiqueta para Edifícios?
O nome correto é Etiqueta PBE Edifica, pois refere-se ao programa específico para as edificações. O termo
ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia) é o nome genérico para todas as etiquetas de
energia do Inmetro. Assim, existem ENCEs de eletrodomésticos, carros, edifícios. Mas a ENCE específica
para edificações é a Etiqueta PBE Edifica.
Qual a diferença entre a Etiqueta PBE Edifica e o Selo Procel?
 A Etiqueta PBE Edifica é uma ENCE específica para
edifícios, que classifica a eficiência energética de “A” (mais
eficiente) a "E" (menos eficiente).
 A emissão da Etiqueta PBE Edifica é obrigatória para
edificações públicas federais (IN 02), e pode ser feita pelo
método prescritivo ou simulação, tanto da etapa de projeto
quanto do edifício construído;
 Para a emissão da Etiqueta PBE edifica, deve-se solicitar
orçamento e realizar contratação e pagamento dos serviços
de emissão de um Organismo de Inspeção Acreditado pelo
Inmetro (OIA);
 Nos editais de compra de equipamentos, projeto e obra de
edificações públicas ferais, deve-se inserir os requisitos
específicos de exigência da Etiqueta PBE Edifica;
 O Selo Procel Edificações identifica as edificações que
apresentem os melhores níveis de eficiência energética
(Nível A na envoltória, iluminação e condicionamento de ar),
motivando o mercado consumidor a adquirir e utilizar
produtos mais eficientes.
 Emitido pela Eletrobrás de forma gratuita!
 Assim, após emitida a Etiqeuta PBE Edifica, se o edifício for
etiqueta A nos três sistemas (envoltória, iluminação e
condicionamento de ar), basta solicitar o Selo Procel! Como
a IN02 exige que os edifícios públicos federais seja nível, os
responsáveis devem ficar atentos também à solicitação do
Selo Procel!
7. Discussão final e novos caminhos
A princípio, as questões de eficiência energética estavam vinculadas apenas a diminuição dos gastos de energia
elétrica, sendo uma área específica dos engenheiros, na busca por melhorias nos equipamentos, com
diminuição dos consumos e desperdícios.
Mas, com o excessivo gasto energético nas edificações, e uma necessidade premente de redução e otimização
do consumo, tornou-se inviável buscar uma eficiência apenas dos sistemas ativos de forma isolada, pois esta
era também determinada pela eficiência da própria envoltória, fruto do projeto de arquitetura. Por mais avançada
a tecnologia empregada nos sistemas de condicionamento de ar e iluminação, estes não conseguiam sozinhos
alcançar o máximo de desempenho.
A envoltória, o envelope ou pele, entendido como os planos de fachadas e coberturas expostos da edificação,
determina a carga térmica para o ar condicionado, além de definir a quantidade de luz natural e radiação direta,
fundamentais para o conforto térmico e luminoso e consequentemente para a eficiência energética. Mascaró e
Mascaró (1992), constataram que de 25% à 45% da energia consumida em um edifício deve-se a má orientação
e, principalmente, a projeto inadequado da fachada.
Assim, passou a existir uma integração das áreas de engenharia e arquitetura na busca pela eficiência
energética nas edificações, onde a visão técnica e objetiva de redução dos gastos aliou-se a busca pelo conforto
e bem-estar dos usuários.
A eficiência energética na arquitetura, hoje, está relacionada ao gasto otimizado de energia elétrica para atender
as necessidades de conforto do ser humano, por meio, primeiramente de um resgate dos princípios bioclimáticos
para esgotar todas as possibilidades de estratégias passivas para posteriormente usar os sistemas ativos de
forma a contribuir para alcançar o conforto e bem-estar.
Segundo Lamberts, Dutra e Pereira (2014), a arquitetura também deve ser vista como um produto em que há
necessidade de eficiência energética. O conceito destes autores para eficiência energética é a “obtenção de um
serviço com baixo dispêndio de energia. Portanto, um edifício é mais eficiente energeticamente que outro
quando proporciona as mesmas condições ambientais com menor consumo de energia” (LAMBERTS, DUTRA
e PEREIRA, 2014).
De certa forma, os Regulamentos de Eficiência Energética levaram em conta, em sua elaboração, as normas
existentes no país relativas à Conforto Ambiental, tendo ampliado e aprofundado aspectos não tratados por
elas. Portanto, a aplicação do RTQ- C e RTQ-R já traz para o projetista uma grande perspectiva de obtenção
de conforto ambiental e eficiência energética em sua edificação. A partir destes Regulamentos, será necessário
preparar os projetistas e o mercado para reformular a maneira de projetar e construir, buscando edificações
cada vez mais eficientes e confortáveis, em sintonia com as metas de sustentabilidade e qualidade ambiental.
O Brasil tem algumas normas relacionadas ao conforto térmico e luminoso, dentre as quais a NBR 15220, que
trata do Desempenho Térmico de edificações; a NBR 15215, sobre Iluminação Natural; a ISO/CIE 8995, que
fixa valores mínimos de iluminância de acordo com a atividade do ambiente; a NBR 6401 de condicionamento
ambiental e a NBR 15575 sobre desempenho de edifícios habitacionais de até cinco pavimentos, com requisitos
para iluminação, conforto térmico e acústico.
Em geral, o Conforto Ambiental exige estratégias que vão além da eficientização energética. O cuidado e o
controle com o ofuscamento, com o ingresso controlado de luz natural e especialmente os aspectos ligados à
acústica não necessariamente são ligados à eficiência energética de uma edificação.
É importante lembrar que em qualquer projeto de eficientização energética de edifícios, os projetistas devem se
comprometer em cumprir as normas de conforto ambiental, que não podem ser esquecidas em nome da
economia. Neste caso, como dito anteriormente, tratar-se-ia de “racionamento” e não eficiência energética.
Também é importante lembrar que não é sempre possível a obtenção de Conforto Ambiental com estratégias
passivas (especialmente do ponto de vista térmico). O uso de ventilação natural e resfriamento passivo deve
ser cuidadosamente avaliado. Em edifícios com alta ocupação ou em climas extremos (quentes ou frios) pode-
se e deve-se optar pela climatização artificial para obtenção do conforto. Em climas mais amenos, é possível
adotar soluções híbridas (climatização artificial e/ou resfriamento passivo, dependendo da época do ano), o que
poderá levar a boa economia energética com garantia de conforto ambiental.
Além disso, é fundamental contar com equipamentos e tecnologias eficientes, em qualquer situação. A
tecnologia é grande aliada do conforto e eficiência energética, embora não deva ser usada sozinha, em
detrimento de um bom projeto arquitetônico.
Esperamos que seu conhecimento e sensibilização para os temas de conforto ambiental e eficiência energética
sejam ampliados e consolidados nesse curso.
É necessário, no entanto, depois deste passo inicial, não deixar de aprofundar e atualizar-se nesta temática. É
uma área em que a velocidade dos acontecimentos e das mudanças tecnológicas tem mudado constantemente
o cenário e as perspectivas. As bases, no entanto, estão lançadas: você tem um conhecimento básico na área,
que pode levá-lo a se interessar e aprofundar inúmeras temáticas.
Após esta introdução, iremos detalhar o método de cálculo de cada sistema (envoltória, iluminação e
condicionamento de ar) para pôr fim classificar a Etiqueta Geral. Assim, continue a leitura dos textos e vamos
consolidar o conhecimento numa atividade prática de etiquetagem!
Bom prosseguimento do curso e sucesso!
8. Referências
AMORIM, C.N.D. Estratégias de Projeto para uma arquitetura sustentável. Parte I do texto “Iluminação Natural e Eficiência
Energética”. P@ranoá periódico eletrônico de arquitetura e urbanismo, FAU-UNB. Brasília. Disponível em
http://www.unb.br/fau/pos_graduacao/paranoá.htm. Acesso em 21/03/2008.
AMORIM, C.N.D. FERNANDES, J.T. Conforto e Eficiência Energética, Capitulo do livro “Tecnologia e Sustentabilidade para
a Humanização dos Edifícios de Saúde”, 2010, UnB.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220 - Desempenho térmico de edificações. Rio de Janeiro,
2005
________________ NBR 15575-1:2013 - Edificações habitacionais — Desempenho, 2013.
________________ ISO/CIE 8995-1:2013 - Iluminação de ambientes de trabalho- Parte 1: Interior. Rio de Janeiro, 2005.
BRASIL. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). Portaria: nº 372/2013.
Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos. Rio
de Janeiro, 2013. Disponível em: http://www.pbeedifica.com.br/
______________________. Portaria 50/2013. Requisitos de Avaliação da Conformidade para Eficiência Energética de
Edificações, 2013. Disponível em: http://www.pbeedifica.com.br/
_______________________. Manual para Aplicação do RTQ-C (Com base na Portaria: nº 372/2013). Disponível em:
http://www.pbeedifica.com.br/
_______________________. Manual para Etiquetagem de Edificações Públicas. Disponível em:
http://www.pbeedifica.com.br/
BUTERA, Federico M. Architettura e Ambiente. Manuale per il Controllo della qualità termica, luminosa e acustica degli
edifici. Etaslibri, Italia, 1995.
CARLO, J.; LAMBERTS, RTQ 1 Parâmetros e métodos adotados no regulamento de etiquetagem da eficiência energética
de edifícios – parte 1: método prescritivo. Periódico Ambiente construído, 2010.
_______________, R. RTQ 2 Parâmetros e métodos adotados no regulamento de etiquetagem da eficiência energética de
edifícios – parte 2: método de simulação. Periódico Ambiente construído, 2010.
FERNANDES, J. T. Código de Obras e Edificações do DF: inserção de conceitos bioclimáticos, conforto térmico e eficiência
energética. Dissertação de Mestrado, FAU/UnB, Brasília, 2009
LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando O. R. Eficiência energética na arquitetura. UFSC/Procel/
Eletrobrás, PW Editores, 2014.
LAMBERTS, Roberto; GHISI, Enedir; PAPST, Ana Lygia. Desempenho Térmico de Edificações. Apostila da Disciplina.
Laboratório de Eficiência Energética em Edificações, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2001.
MARQUES, Milton; HADDAD, Jamil; MARTINS, André Ramon Silva. Conservação de energia: eficiência energética de
equipamentos e instalações. Itajubá, MG: FUPAI, 2006.
PEREIRA, I.; ASSIS, E. Avaliação de modelos de índices adaptativos para uso no projeto arquitetônico bioclimático Ambiente
Construído / ANTAC, Porto Alegre, 2010.
SCHIMD, A. L. A idéia de conforto. Reflexões sobre o ambiente construído, 2005.
9. QUESTIONÁRIO – ETAPA À DISTÂNCIA (4H)
Questão 1: Classifique em verdadeiro ou falso os itens abaixo:
I) O conceito de qualidade ambiental está relacionado ao cumprimento de padrões mínimos de conforto
ambiental (térmico, lumínico e acústico)
II) O Brasil precisa rever sua matriz energética, pois comparado com a média mundial, o país que se encontra
em período de grande crescimento econômico, possui uma matriz considerada “suja”, com grandes impactos
ambientais;
III) O Conceito atual de eficiência energética é a redução de gasto/consumo de energia.
a) F, V, V b) V, V, F c) F, F, V d) V, F, V e) V, F, F
Questão 2: Para uma edificação ser eficiente energeticamente, é necessário:
I) Projeto Bioclimático, com adequação ao clima local.
II) Uso de equipamentos de iluminação e condicionamento de ar eficientes
III) Além de um projeto eficiente e obra, é importante a gestão da edificação, na fase de uso e manutenção, para
manter os níveis de consumo energético.
a) I e II b) II e III c) I, II e III d) I e III e) nenhuma opção
Questão 3: Envoltória é:
I) O projeto arquitetônico, com plantas, fachadas e cortes, ou seja, todos os desenhos que são necessários para
fazer os cálculos de desempenho termo-energético.
II) Fundamental para definição da eficiência energética de uma edificação, pois suas aberturas e materiais
determinam a quantidade de iluminação necessária e a carga térmica para o condicionamento de ar.
III) A envoltória (envelope ou pele) é entendida como os planos externos da edificação que realizam as trocas
termo-energéticas entre os ambientes interno e externo.
a) I e II b) II e III c) I, II e III d) I e III e) nenhuma opção
Questão 4: Classifique em verdadeiro ou falso os itens abaixo:
I) A crise energética de 2001 no Brasil foi importante, pois reduziu permanentemente os gastos de energia,
determinou a criação de várias medidas de otimização dos gastos energéticos e a criação de legislações na
área.
II) As legislações de conforto e eficiência energética em vários países são feitas para a edificação e para os
equipamentos responsáveis pelo uso final de energia, e dependem das estratégias relacionadas a cada clima.
III) O Brasil ainda não possui um programa ou legislação ou regulamento específico para a eficiência energética
nas edificações. Espera-se que o país desenvolva uma avaliação que estabeleça critérios específicos para a
realidade nacional.
a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V
Questão 5: Sobre o Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C), que define a Etiquetagem de Edificações:
I) Foi publicado, em 2009, como parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem do INMETRO, em sua primeira
versão para aplicação voluntária.
II) Avalia dois sistemas: iluminação artificial e condicionamento de ar
III) Existem duas formas de avaliação da edificação: método prescritivo e método de simulação
a) F, F, V b) F, V, V c) V, V, F d) V, F, F e) V, F, V
Questão 6: Qual o peso (%) de cada sistema na avaliação do RTQ-C:
Envoltória _____%
Iluminação Artificial _____%
Condicionamento de Ar _____%
Questão 7: Quais os tipos de ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia) que podemos
obter para um Edifício Comercial? Marque todas as alternativas possíveis:
a) ENCE parcial (avaliação do sistema de iluminação)
b) ENCE parcial (avaliação da envoltória)
c) ENCE parcial (avaliação da envoltória + sistema de iluminação)
d) ENCE completa (avaliação da envoltória +sistema de iluminação + condicionamento de ar)
e) ENCE parcial (avaliação da envoltória + condicionamento de ar)
f) ENCE parcial (avaliação do condicionamento de ar)
Questão 8: Classifique em verdadeiro ou falso os itens abaixo:
I) O nome da etiqueta de eficiência energética para edifícios é Etiqueta PBE Edifica
II) Não existe Selo Procel para Edifícios;
III) A emissão da Etiqueta PBE Edifica é gratuita, feita diretamente pelo Inmetro.
a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V
Questão 9: Segundo a IN 02, classifique em verdadeiro ou falso os itens abaixo:
I) A IN 02 aplica-se as edificações públicas federais, que são os imóveis construídos ou adaptados
com recursos públicos federais para exercício de atividade administrativa ou para a prestação de
serviços públicos, tais como edifícios administrativos, escolas, hospitais, postos de saúde, clínicas,
museus, instituições de pesquisa e outras instituições ou associações de diversos tipos;
II) A IN 02 se aplica para edificações públicas federais novas, não sendo aplicável para
reformas/retrofit de edifícios existentes;
III) A IN 02 exige que os projetos sejam desenvolvidos ou contratados visando, a etiquetagem,
independente do nível alcançado.
a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V
Questão 10: Segundo a IN 02, classifique em verdadeiro ou falso os itens abaixo:
I) Nas edificações públicas federais, a inspeção de projeto para emissão da ENCE PBE Edifica é obrigatória,
sendo facultativa a obtenção da ENCE da Edificação Construída.
II) Após a obtenção da ENCE Geral de Projeto classe "A", a construção da nova edificação deve ser executada
ou contratada de forma a garantir a obtenção da ENCE Geral da Edificação Construída classe "A".
III) A IN 02 não se aplica para aquisição de equipamentos, restringindo-se aos projetos e execução de edifícios
públicos federais.
a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V
FOLHA RESPOSTA EAD (ENTREGAR NA AULA PRESENCIAL)
Nome: _________________________________________________________________________
Órgão/Instituição Pública: __________________________________________________________
Cidade do Curso Presencial: _________________________ Data do Curso Presencial: _________
Questão 1:
a) F, V, V b) V, V, F c) F, F, V d) V, F, V e) V, F, F
Questão 2:
a) I e II b) II e III c) I, II e III d) I e III e) nenhuma opção
Questão 3:
a) I e II b) II e III c) I, II e III d) I e III e) nenhuma opção
Questão 4:
a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V
Questão 5:
a) F, F, V b) F, V, V c) V, V, F d) V, F, F e) V, F, V
Questão 6:
Envoltória _______% Iluminação Artificial _______% Condicionamento de Ar _______%
Questão 7:
a) b) c) d) e)
Questão 8:
a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V
Questão 9:
a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V
Questão 10:
a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Agrener 2010 jim_adriana_v4_10
Agrener 2010 jim_adriana_v4_10Agrener 2010 jim_adriana_v4_10
Agrener 2010 jim_adriana_v4_10Jim Naturesa
 
Aula reabilitação térmica mestrado m.r.a.n.u. fautl - tavares, m. c. p.
Aula reabilitação térmica   mestrado m.r.a.n.u. fautl - tavares, m. c. p.Aula reabilitação térmica   mestrado m.r.a.n.u. fautl - tavares, m. c. p.
Aula reabilitação térmica mestrado m.r.a.n.u. fautl - tavares, m. c. p.marciatave
 
Manual boas práticas em Eficiência Energética
Manual boas práticas em Eficiência EnergéticaManual boas práticas em Eficiência Energética
Manual boas práticas em Eficiência EnergéticaFlavio Casemiro
 
IEA - Modelagem econômica para o estudo de políticas climáticas, biocombustív...
IEA - Modelagem econômica para o estudo de políticas climáticas, biocombustív...IEA - Modelagem econômica para o estudo de políticas climáticas, biocombustív...
IEA - Modelagem econômica para o estudo de políticas climáticas, biocombustív...Instituto de Estudos Avançados - USP
 
Mudanças Climáticas e a Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa pelos EU...
Mudanças Climáticas e a Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa pelos EU...Mudanças Climáticas e a Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa pelos EU...
Mudanças Climáticas e a Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa pelos EU...Nei Grando
 
ANALISE DO CONSUMO ENERGETICO EM HIS VISANDO A ECONOMIA DE ENERGIA NAS EDIFIC...
ANALISE DO CONSUMO ENERGETICO EM HIS VISANDO A ECONOMIA DE ENERGIA NAS EDIFIC...ANALISE DO CONSUMO ENERGETICO EM HIS VISANDO A ECONOMIA DE ENERGIA NAS EDIFIC...
ANALISE DO CONSUMO ENERGETICO EM HIS VISANDO A ECONOMIA DE ENERGIA NAS EDIFIC...Anelise Morgan
 
ANÁLISE DO CONSUMO ENERGÉTICO EM HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (HIS) VISANDO ...
ANÁLISE DO CONSUMO ENERGÉTICO EM HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (HIS) VISANDO ...ANÁLISE DO CONSUMO ENERGÉTICO EM HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (HIS) VISANDO ...
ANÁLISE DO CONSUMO ENERGÉTICO EM HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (HIS) VISANDO ...Anelise Morgan
 
Manual boas practicas
Manual boas practicasManual boas practicas
Manual boas practicasAna Campos
 
Conect Me - Plataforma de tecnologia e inovação
Conect Me - Plataforma de tecnologia e inovaçãoConect Me - Plataforma de tecnologia e inovação
Conect Me - Plataforma de tecnologia e inovaçãoLilianMilena
 
61cdac645fd86e36259093c150b0f7ea (1)
61cdac645fd86e36259093c150b0f7ea (1)61cdac645fd86e36259093c150b0f7ea (1)
61cdac645fd86e36259093c150b0f7ea (1)Brenda Silva
 
Construcao sustentavel
Construcao sustentavelConstrucao sustentavel
Construcao sustentavelCarla Cabrita
 
A valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitária
A valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitáriaA valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitária
A valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitáriaIlda Bicacro
 
O setor da construção e o mercado da sustentabilidade incitado pelo isoformis...
O setor da construção e o mercado da sustentabilidade incitado pelo isoformis...O setor da construção e o mercado da sustentabilidade incitado pelo isoformis...
O setor da construção e o mercado da sustentabilidade incitado pelo isoformis...Fundação Dom Cabral - FDC
 

Mais procurados (20)

Eficiência Energética
Eficiência EnergéticaEficiência Energética
Eficiência Energética
 
Agrener 2010 jim_adriana_v4_10
Agrener 2010 jim_adriana_v4_10Agrener 2010 jim_adriana_v4_10
Agrener 2010 jim_adriana_v4_10
 
Eficiencia energetica apresentação
Eficiencia energetica apresentaçãoEficiencia energetica apresentação
Eficiencia energetica apresentação
 
Aula reabilitação térmica mestrado m.r.a.n.u. fautl - tavares, m. c. p.
Aula reabilitação térmica   mestrado m.r.a.n.u. fautl - tavares, m. c. p.Aula reabilitação térmica   mestrado m.r.a.n.u. fautl - tavares, m. c. p.
Aula reabilitação térmica mestrado m.r.a.n.u. fautl - tavares, m. c. p.
 
Manual boas práticas em Eficiência Energética
Manual boas práticas em Eficiência EnergéticaManual boas práticas em Eficiência Energética
Manual boas práticas em Eficiência Energética
 
IEA - Modelagem econômica para o estudo de políticas climáticas, biocombustív...
IEA - Modelagem econômica para o estudo de políticas climáticas, biocombustív...IEA - Modelagem econômica para o estudo de políticas climáticas, biocombustív...
IEA - Modelagem econômica para o estudo de políticas climáticas, biocombustív...
 
Artigo final
Artigo finalArtigo final
Artigo final
 
Mudanças Climáticas e a Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa pelos EU...
Mudanças Climáticas e a Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa pelos EU...Mudanças Climáticas e a Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa pelos EU...
Mudanças Climáticas e a Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa pelos EU...
 
Física - Energia Calorífica
Física - Energia CaloríficaFísica - Energia Calorífica
Física - Energia Calorífica
 
ANALISE DO CONSUMO ENERGETICO EM HIS VISANDO A ECONOMIA DE ENERGIA NAS EDIFIC...
ANALISE DO CONSUMO ENERGETICO EM HIS VISANDO A ECONOMIA DE ENERGIA NAS EDIFIC...ANALISE DO CONSUMO ENERGETICO EM HIS VISANDO A ECONOMIA DE ENERGIA NAS EDIFIC...
ANALISE DO CONSUMO ENERGETICO EM HIS VISANDO A ECONOMIA DE ENERGIA NAS EDIFIC...
 
ANÁLISE DO CONSUMO ENERGÉTICO EM HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (HIS) VISANDO ...
ANÁLISE DO CONSUMO ENERGÉTICO EM HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (HIS) VISANDO ...ANÁLISE DO CONSUMO ENERGÉTICO EM HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (HIS) VISANDO ...
ANÁLISE DO CONSUMO ENERGÉTICO EM HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (HIS) VISANDO ...
 
Neilton fidelis 18 00
Neilton  fidelis 18 00Neilton  fidelis 18 00
Neilton fidelis 18 00
 
Manual boas practicas
Manual boas practicasManual boas practicas
Manual boas practicas
 
Conect Me - Plataforma de tecnologia e inovação
Conect Me - Plataforma de tecnologia e inovaçãoConect Me - Plataforma de tecnologia e inovação
Conect Me - Plataforma de tecnologia e inovação
 
05 Susana Azevedo Bcsd 03 12 09
05 Susana Azevedo Bcsd 03 12 0905 Susana Azevedo Bcsd 03 12 09
05 Susana Azevedo Bcsd 03 12 09
 
61cdac645fd86e36259093c150b0f7ea (1)
61cdac645fd86e36259093c150b0f7ea (1)61cdac645fd86e36259093c150b0f7ea (1)
61cdac645fd86e36259093c150b0f7ea (1)
 
Parte VIII - Impactos das mudanças climáticas e adaptação em sistemas energét...
Parte VIII - Impactos das mudanças climáticas e adaptação em sistemas energét...Parte VIII - Impactos das mudanças climáticas e adaptação em sistemas energét...
Parte VIII - Impactos das mudanças climáticas e adaptação em sistemas energét...
 
Construcao sustentavel
Construcao sustentavelConstrucao sustentavel
Construcao sustentavel
 
A valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitária
A valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitáriaA valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitária
A valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitária
 
O setor da construção e o mercado da sustentabilidade incitado pelo isoformis...
O setor da construção e o mercado da sustentabilidade incitado pelo isoformis...O setor da construção e o mercado da sustentabilidade incitado pelo isoformis...
O setor da construção e o mercado da sustentabilidade incitado pelo isoformis...
 

Semelhante a File 214762-20170206152349

Painel 3 – Desempenho Energético Operacional em Edificações
Painel 3 – Desempenho Energético Operacional em EdificaçõesPainel 3 – Desempenho Energético Operacional em Edificações
Painel 3 – Desempenho Energético Operacional em EdificaçõesUKinBrazilNetwork
 
Eficiencia energetica e etiquetagem Procel
Eficiencia energetica e etiquetagem ProcelEficiencia energetica e etiquetagem Procel
Eficiencia energetica e etiquetagem Proceldaianakasper
 
Arquitetura Industrial Sustentavel
Arquitetura Industrial SustentavelArquitetura Industrial Sustentavel
Arquitetura Industrial SustentavelMiguel Fabregues
 
0913478_2011_cap_2.pdf
0913478_2011_cap_2.pdf0913478_2011_cap_2.pdf
0913478_2011_cap_2.pdfJooCarlosMidon
 
0913478_2011_cap_2.pdf
0913478_2011_cap_2.pdf0913478_2011_cap_2.pdf
0913478_2011_cap_2.pdfJooCarlosMidon
 
Palestra de Osvaldo Livio Soliano Pereira
Palestra de Osvaldo Livio Soliano PereiraPalestra de Osvaldo Livio Soliano Pereira
Palestra de Osvaldo Livio Soliano PereiraADEMI-BA
 
Procel_Relatorio_2022_web.pdf
Procel_Relatorio_2022_web.pdfProcel_Relatorio_2022_web.pdf
Procel_Relatorio_2022_web.pdfchicoelihimas
 
Gestão imobiliária e sustentabilidade
Gestão imobiliária e sustentabilidadeGestão imobiliária e sustentabilidade
Gestão imobiliária e sustentabilidadeVítor Reis
 
Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas
Guia para Eficiência Energética nas Edificações PúblicasGuia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas
Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicasascommme
 
A Motivação Que Você Precisa
A Motivação Que Você PrecisaA Motivação Que Você Precisa
A Motivação Que Você PrecisaSuellenAlves31
 
Biotera - Produção mais Limpa (p+l)
Biotera - Produção mais Limpa (p+l)Biotera - Produção mais Limpa (p+l)
Biotera - Produção mais Limpa (p+l)Biotera
 
Energy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
Energy Performance Contracts in Portuguese Public AdministrationEnergy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
Energy Performance Contracts in Portuguese Public Administrationtiaguini
 
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdfMAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdfromuloswati
 
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdfMAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdfromuloswati
 
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdfMAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdfromuloswati
 
Livro tornando-nosso-ambiente-construido-mais-sustentavel-greg-katspdf
Livro tornando-nosso-ambiente-construido-mais-sustentavel-greg-katspdfLivro tornando-nosso-ambiente-construido-mais-sustentavel-greg-katspdf
Livro tornando-nosso-ambiente-construido-mais-sustentavel-greg-katspdfMíriam Morata Novaes
 

Semelhante a File 214762-20170206152349 (20)

Painel 3 – Desempenho Energético Operacional em Edificações
Painel 3 – Desempenho Energético Operacional em EdificaçõesPainel 3 – Desempenho Energético Operacional em Edificações
Painel 3 – Desempenho Energético Operacional em Edificações
 
Eficiencia energetica e etiquetagem Procel
Eficiencia energetica e etiquetagem ProcelEficiencia energetica e etiquetagem Procel
Eficiencia energetica e etiquetagem Procel
 
Arquitetura Industrial Sustentavel
Arquitetura Industrial SustentavelArquitetura Industrial Sustentavel
Arquitetura Industrial Sustentavel
 
Guia gestao energetica
Guia gestao energeticaGuia gestao energetica
Guia gestao energetica
 
0913478_2011_cap_2.pdf
0913478_2011_cap_2.pdf0913478_2011_cap_2.pdf
0913478_2011_cap_2.pdf
 
0913478_2011_cap_2.pdf
0913478_2011_cap_2.pdf0913478_2011_cap_2.pdf
0913478_2011_cap_2.pdf
 
Livro bombeamento
Livro bombeamentoLivro bombeamento
Livro bombeamento
 
Palestra de Osvaldo Livio Soliano Pereira
Palestra de Osvaldo Livio Soliano PereiraPalestra de Osvaldo Livio Soliano Pereira
Palestra de Osvaldo Livio Soliano Pereira
 
Procel_Relatorio_2022_web.pdf
Procel_Relatorio_2022_web.pdfProcel_Relatorio_2022_web.pdf
Procel_Relatorio_2022_web.pdf
 
Gestão imobiliária e sustentabilidade
Gestão imobiliária e sustentabilidadeGestão imobiliária e sustentabilidade
Gestão imobiliária e sustentabilidade
 
Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas
Guia para Eficiência Energética nas Edificações PúblicasGuia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas
Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas
 
Eficiencia
EficienciaEficiencia
Eficiencia
 
A Motivação Que Você Precisa
A Motivação Que Você PrecisaA Motivação Que Você Precisa
A Motivação Que Você Precisa
 
Biotera - Produção mais Limpa (p+l)
Biotera - Produção mais Limpa (p+l)Biotera - Produção mais Limpa (p+l)
Biotera - Produção mais Limpa (p+l)
 
04 Jorge Guimarães - CGD
04 Jorge Guimarães - CGD04 Jorge Guimarães - CGD
04 Jorge Guimarães - CGD
 
Energy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
Energy Performance Contracts in Portuguese Public AdministrationEnergy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
Energy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
 
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdfMAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
 
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdfMAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
 
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdfMAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
MAPA - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA.pdf
 
Livro tornando-nosso-ambiente-construido-mais-sustentavel-greg-katspdf
Livro tornando-nosso-ambiente-construido-mais-sustentavel-greg-katspdfLivro tornando-nosso-ambiente-construido-mais-sustentavel-greg-katspdf
Livro tornando-nosso-ambiente-construido-mais-sustentavel-greg-katspdf
 

Último

NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     txNR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp txrafaelacushman21
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06AndressaTenreiro
 
apresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaapresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaWilliamCruz402522
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 

Último (7)

NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     txNR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
 
apresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaapresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aula
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 

File 214762-20170206152349

  • 1. APOSTILA E QUESTIONÁRIO ETAPA DE ENSINO A DISTÂNCIA (EAD-4h)
  • 2. Essa capacitação é uma iniciativa do Projeto 3E Eficiência Energética Edificações, Transformação do mercado de eficiência energética no Brasil. Tem objetivo geral de influenciar e desenvolver o mercado de eficiência energética em edificações comerciais e públicas. Visa principalmente contribuir com a economia de eletricidade e com a redução de emissões de gases de efeito estufa - GEE - nos próximos 20 anos. Uma das ações do Projeto 3E é a capacitação e sensibilização dos principais agentes responsáveis pelo planejamento, projeto, construção, gestão e manutenção dos edifícios. Execução do Projeto 3E: Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ)*. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Financiamento do Projeto 3E: Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF – Global Environment Facility) Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Execução do Plano de Capacitação PBE Edifica: Quali-A Conforto Ambiental e Eficiência Energética LTDA Apoio Técnico no Plano de Capacitações PBE Edifica: Laboratório de Controle Ambiental da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (LACAM/FAU/UnB)
  • 3. Seja bem-vindo ao início de nosso curso de Etiquetagem de Eficiência Energética de Edificações (Etiqueta PBE Edifica)! Iniciamos nossos estudos por uma Etapa de Ensino a Distância (EAD), que visa introduzir o conteúdo que será abordado durante os dois dias (8h) da etapa presencial. Assim, por favor, leia a apostila e faça o questionário, entregando a folha de resposta no dia da aula presencial, o que garantirá seu certificado do curso de 20h. Boa leitura! 1. Introdução ao conforto ambiental e eficiência energética As novas premissas da sustentabilidade, sem dúvida, pautam-se no uso racional de energia e na máxima qualidade ambiental possível para os ambientes construídos. Por um lado, devemos atender ao desafio premente de construir e fazer funcionar os edifícios com cada vez menos energia (especialmente a oriunda de combustíveis fósseis); por outro lado é absolutamente necessário que seja sempre mantido um nível adequado de qualidade e conforto ambiental para os ocupantes. Então, é fundamental entender o conceito de qualidade ambiental! “A qualidade ambiental dos edifícios considera as relações físicas, materiais e energéticas entre a construção e o ambiente que a circunda; o conforto ambiental interno é um dos parâmetros, juntamente com o consumo energético, a segurança, o impacto ambiental da construção e do uso do edifício e outros” (AMORIM, 2007). Hoje, algumas normas específicas para determinadas tipologias já indicam condições para o conforto ambiental. Mas, por serem normas abrangentes, não aborda todas as especificidades e critérios para uma completa avaliação de conforto dos projetos e edifícios. Mesmo havendo normas específicas, é necessário conhecer o que denominamos conforto ambiental e quais as condições a serem mantidas para atingi-lo em qualquer tipo de edificação. Isto implica em lidar com aspectos detalhados da edificação, as variáveis que influenciam as condições de conforto, e as variáveis relacionadas à edificação: sua forma, a maneira com a qual foi implantada no terreno, os materiais que a constituem, as aberturas, as proteções solares, etc. Atualmente, a maior demanda de gasto energético nas edificações é para obtenção de conforto ambiental, principalmente para iluminação artificial (20% a 35%) e condicionamento de ar (40% a 55%), o que eleva a importância das discussões e estratégias simultâneas da área de conforto e eficiência energética. Muito do crescente uso de condicionamento de ar deve-se ao aumento de temperaturas, provocada pelas mudanças climáticas decorrentes em especial das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Nas edificações, a responsabilidade do projeto de arquitetura aumenta, pois deve-se buscar cada vez mais o uso de estratégias
  • 4. passivas (ventilaçao natural, iluminação nartural e sombreamento) como forma de contribuir para a redução de carga térmica interior. Assim, a eficiência energética é tema também importante e recorrente, visto que precisamos aumentar nossa produção de energia, em decorrência do desenvolvimento industrial e econômico, mas nos preocupar em não agravar significativamente os impactos ambientais. Um dos grandes impactos ao meio ambiente é a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), em especial o CO2, e no mundo, os principais setores responsáveis pelas emissões são a Geração de Energia (20 a 25%), Indústria (17 a 19%) e Florestal (10 a 17%). O grande impacto da geração de energia deve-se ao fato de uso de combustíveis fósseis, como petróleo e cavão. No Brasil, a matriz energética é baseada em hidrelétricas, considerada uma produção de energia relativamente limpa, se comparada com o restante do mundo. A alteração de uso de solo e queimadas florestais são os grandes responsáveis pela emissão de GEE no país. O grande desafio do país é manter o ritmo de crescimento econômico (que implica em aumento de gastos energéticos) dentro de critérios de sustentabilidade. Quando comparado com o resto do mundo, a matriz energética brasileira é considerada limpa! Comparação entre Matriz Energética Brasileira e média mundial. Fonte: Eletrobrás, 2009 E o que iremos fazer? “Sujar” nossa matriz energética ou buscar trabalhar mais com Eficiência Energética?
  • 5. Na construção civil, grandes são os gastos de energia incorporada de um edifício, definida como o consumo referente a extração de insumos, fabricação e transporte de materiais, assim como na execução da obra. Energia incorporada à edificação: extração, fabricação, transporte de materiais e execução de obra Mas o grande consumo energético refere-se a fase de uso e operação da edificação, foco dos nossos estudos de eficiência energética, ou seja, criar estratégias para que o edifício consuma menos, garantindo padrões de conforto e bem-estar para os usuários. Consumo durante a vida útil da edificação: nossa abordagem!! Assim, a eficiência energética nas edificações está diretamente ligada ao resgate do projeto arquitetônico bioclimático e da interação com os sistemas eficientes de climatização, na busca de um equilíbrio e otimização dos gastos energéticos.
  • 6. 2. Contexto de certificação de eficiência energética Em uma edificação, a energia pode ser utilizada para diversos usos finais, sendo os maiores gastos para:  a iluminação artificial;  a climatização artificial e  o aquecimento de água para o uso higiênico-sanitário. Na Europa, a iluminação artificial é o que mais consome energia em edifícios não residenciais: quase 50%! Também são consideráveis os gastos com climatização (resfriamento ou aquecimento). Desta forma, no contexto europeu os maiores objetivos dos projetos arquitetônicos, que buscam eficiência energética, são a otimização da luz natural, além do aquecimento solar passivo e o resfriamento passivo. O excessivo gasto de energia e a urgente necessidade de economizar exigiram uma mudança de postura, comportamentos, valores e objetivos. Os países com maiores problemas energéticos passaram a investir em pesquisas e estudos de novos sistemas de climatização e iluminação artificial, mais eficientes, além de mecanismos para diminuir os gastos e desperdícios, e incentivo ao resgate dos princípios bioclimáticos. Vários países no mundo possuem legislação e/ou normas para regular o consumo energético e o conforto ambiental nos edifícios. Estas normas e leis são ligadas à edificação e aos equipamentos responsáveis pelo uso final de energia, e dependem das estratégias relacionadas a cada clima. Nos climas frios, a estratégia principal é a contenção da perda de calor através dos fechamentos opacos (alvenarias, concreto, madeira, etc) e transparentes (vidros, policarbonatos, etc), utilizando isolantes térmicos e esquadrias com vidros duplos e triplos. As normas estabelecem valores limites para propriedades térmicas dos materiais, como a transmitância térmica (U), e regulam também o rendimento dos sistemas de aquecimento. Segundo Horta (2006), na década de 2000, os edifícios representam 40% do consumo de energia na Europa, o que incentivou, em janeiro de 2003, a publicação da Diretiva Europeia do Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD) 2002/91/CE, que pretendia direcionar a forma como os diferentes países europeus deveriam tornar os seus edifícios mais eficientes, do ponto de vista energético. Dentre as metas, buscavam a certificação energética, uma vez que o consumo de energia dos edifícios na Europa, entre 1997 e 2004, cresceu a um ritmo de 7% ao ano, representando um potencial de economia de mais de 30%. Assim, uma das estratégias de melhorar o desempenho energético dos edifícios é a criação de certificações (selos e etiquetas) de eficiência energética, que buscam estabelecer parâmetros e critérios para avaliação do desempenho dos edifícios, segundo as suas realidades econômicas, energéticas e climáticas. A realidade internacional aponta para uma tendência de criação de certificações próprias, em que alguns países adotam de forma totalmente voluntária (Ex: Estados Unidos), outros parcialmente obrigatória (Ex: Brasil), e outros de forma totalmente obrigatória (Ex: União Europeia).
  • 7. Contexto internacional das certificações Na Europa, as certificações de eficiência energética já são adotadas de forma obrigatória para construção, venda, aluguel e financiamento, pois é um direito do consumidor saber a eficiência do imóvel! Agência Imobiliária em Paris – França: obrigatoriedade da etiquetagem para venda e aluguel de imóveis
  • 8. 3. A eficiência energética no Brasil e a Etiqueta PBE Edifica No Brasil, 44,7% de toda energia elétrica produzida é gasta em edifícios para uso e manutenção. Deste total, 22,1% vão para os edifícios residenciais, 15% para edifícios comerciais e 7,6% para edifícios públicos (veja o Balanço Energético Nacional de 2009, acesse o BEN em https://ben.epe.gov.br/ ). Dados da Empresa de Pesquisa Energética Analisando o contexto brasileiro, encontramos a mesma situação europeia: em edifícios não residenciais, o maior consumo de energia é justamente com a iluminação artificial, seguida do ar condicionado. A tabela 1 mostra o consumo da iluminação artificial e do condicionamento de ar nos setores comercial e público. Tabela 1 - Consumos por uso final de setores comercial e público (LAMBERTS et al, 2014) Tipologia Iluminação Ar condicionado Escritórios 50% 34% Shoppings 49% 34% Bancos 52% 34% Lojas/varejo 76% 12% Mercearias 25% 2% Oficinas 56% 4% Postos de Gasolina 43% - Serviços Pessoais 9% 3% Já no setor residencial, o consumo é distribuído de seguinte forma:  Refrigeração 34,1%  Aquecimento de água 20,7%  Iluminação 12,3%  Ar condicionado 3%  Outros 29,9%
  • 9. Mas a discussão sobre a eficiência energética no Brasil iniciou na década de 80, com a criação de dois importantes programas:  Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel): Em 1985, surge o PROCEL (Eletrobrás) e em 1991, se transforma em programa de governo para promover a racionalização da produção e do consumo de energia elétrica.  Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE): O Inmetro, em 1984, inicia uma série de programas de avaliação da conformidade com foco no desempenho, com a finalidade de contribuir para a racionalização do uso da energia no Brasil. Este projeto cresceu e se transformou no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), dentro do PROCEL. O PBE criou a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), seguindo padrão internacional, que classifica os produtos em faixas coloridas e letras, em geral de “A” (mais eficiente) a "E" (menos eficiente). Primeiramente as ENCEs são elaboradas para os equipamentos, já avaliados na sua fabricação na indústria. Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE): direito do consumidor!
  • 10. Lembram do “apagão” que aconteceu no Brasil, em 2001? A crise de abastecimento que obrigou os brasileiros a diminuir os gastos energéticos. O que vivemos foi um racionamento de energia! Foi um momento de grande preocupação com o uso racional e a conservação de energia, frente à possibilidade de diminuição na oferta de energia elétrica e pelo alto custo da implantação de novas hidrelétricas ou ampliação das existentes. Várias medidas foram tomadas no Brasil a partir desta crise! Mas percebam na figura, que após o impacto de 2001, o consumo voltou a ter um crescimento acelerado! Consumo de Energia Elétrica e PIB em relação ao ano base de 1987 (Fonte: Balanço Energético Nacional, 2005) A crise de energia no Brasil, em 2001, que teve como consequência o racionamento de energia, trouxe uma certa conscientização da importância de se otimizar a eficiência energética, incluindo as edificações. Neste mesmo ano, portanto, foi promulgada a Lei de Eficiência Energética (nº. 10.295/2001), além do incremento do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL) e a criação do subprograma Procel Edifica. Como resultado, observou-se uma significativa redução do consumo de energia nas edificações, em especial no setor residencial. (PNEF, 2010, disponível em http://www.mme.gov.br/mme/galerias/arquivos/noticias/2010/PNEf_- _Premissas_e_Dir._Basicas.pdf ). Após a promulgação da Lei de Eficiência Energética, o Decreto 4.059/2001 instituiu o Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética, no âmbito do Ministério de Minas e Energia (MME) e estabeleceu o desenvolvimento de mecanismos para determinar os níveis mínimos de eficiência energética e a constituição de um Grupo Técnico para adotar procedimentos para avaliação da eficiência energética das edificações. Com relação às edificações, conforme o Procel Edifica, estima-se um potencial de redução de consumo de aproximadamente 30% com implementação de ações de eficiência energética em edifícios existentes (incluindo intervenções arquitetônicas na envoltória, e nos sistemas de iluminação e condicionamento de ar). Este percentual de redução de consumo se eleva para 50% em edificações novas (PNEF, 2010).
  • 11. A ELETROBRÁS, no âmbito do Procel Edifica, criou a Secretaria Técnica de Edificações (ST), e em parceria com o INMETRO, no âmbito do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) promoveram a elaboração do Regulamento Técnico da Qualidade (RTQ), para a etiquetagem voluntária do nível de eficiência energética de edifícios comerciais, de serviços e públicos e de edifícios residenciais (PNEF, 2010). Assim, nasce uma Etiqueta Nacional de Eficiência Energética (ENCE), específica para edificações, dentro do Procel Edifica, parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE): a Etiqueta PBE Edifica! Etiqueta PBE Edifica O Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C) foi publicado em 2009, e o Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Residenciais (RTQ-R) em 2010, de caráter voluntário. Segundo Carlo e Lamberts (2010), “por ser novo no país, o mercado construtivo ainda terá de se adaptar ao conceito de eficiência de um edifício: os arquitetos, com os parâmetros de projeto; os profissionais envolvidos, com a construção civil com o registro de informações e documentos ao longo da obra; os fornecedores de materiais, com a uniformização da linguagem e parâmetros de especificação técnica de seus produtos; as agências financiadoras da construção, com os próprios conceitos de eficiência; e o público em geral, com a etiqueta de eficiência e seu significado (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia – ENCE).” Em 2014 a aplicação do RTQ-C para edificações públicas federais torna-se obrigatória, com a Instrução Normativa n˚2, dando início a transformação definitiva da eficiência energética das edificações brasileiras. Veja tudo sobre a Etiquetagem de Edificações no site www.pbeedifica.com.br !
  • 12. 4. O RTQ-C O Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C) foi publicado em 2009, e aplica-se a edificações “usadas com finalidade que não a residencial ou industrial, tais como escolas; instituições ou associações de diversos tipos, incluindo prática de esportes; tratamento de saúde de animais ou humanos, tais como hospitais, postos de saúde e clínicas; vendas de mercadorias em geral; prestação de serviços; bancos; diversão; preparação e venda de alimentos; escritórios e edifícios empresariais, incluindo sedes de empresas ou indústrias, desde que não haja a atividade de produção nesta última; meios de hospedagem.” Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C), acesso em www.pbeedifica.com.br Segundo o RTQ-C, é possível etiquetar o projeto, por meio de método prescritivo ou simulação computacional, ou o edifício construído, por meio de inspeção in loco: Etiquetagem de projeto: - Edificações novas, existentes ou em processo de retrofit - São avaliados parâmetros e dados dos projetos de arquitetura, elétrica, iluminação e condicionamento de ar - Métodos de avaliação: prescritivo (equações) ou simulação computacional - A etiqueta de projeto não pode ser usada no edifício construído Etiquetagem de edifício construído: - Edificações novas, existentes - Após o alvará de conclusão da obra, e com os sistemas instalados, é realizada uma inspeção no edifício para verificação da conformidade com o projeto previamente avaliado. - A etiqueta deverá ser exposta no edifício
  • 13. A diferença de consumo entre as etiquetas A e E (melhor e pior classificação, respectivamente) pode representar uma economia de mais de 35% (LAMBERTS apud SINDUSCON/MA, 2010 http://www.sinduscon- ma.com.br/noticia.asp?cod=429). No RTQ-C, o edifício é avaliado em 3 sistemas, com pesos diferenciados na classificação geral do edifício: envoltória (30%), sistema de iluminação (30%) e sistema de condicionamento de ar (40%). O edifício pode receber a Etiqueta PBE Edifica para a edificação completa, contemplando os 3 sistemas, ou etiquetas parciais, quando se avalia a envoltória e um dos outros dois sistemas (iluminação e condicionamento). 4 Tipos de possibilidades de etiquetar um edifício Entenda as informações da Etiqueta PBE Edifica!
  • 14. Para obter a Etiqueta PBE Edifica é necessário contratar e pagar um OIA - Organismo de Inspeção Acreditado pelo Inmetro. Os OIAs constituem-se de pessoas jurídicas, de direito público ou privado, cuja competência é reconhecida formalmente pela Cgcre - Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro. A acreditação de OIAs é realizada pela Divisão de Acreditação de Organismos de Certificação (Dicor/Inmetro), que realiza as atividades para reconhecer a competência técnica dos organismos de avaliação da conformidade que executam certificações de produtos, sistemas de gestão, pessoas, processos ou serviços, para isto, utiliza programas de acreditação, estabelecidos em Normas, cujos requisitos devem ser atendidos, plenamente, pelos solicitantes. Esta acreditação engloba as modalidades: produtos, pessoas e sistemas de gestão. Para o PBE - Programa de Eficiência Energética em Edificações, o OIA é legalmente habilitado a emitir Etiquetas, segundo o seu escopo de acreditação. Consulte no site do Inmetro a relação de OIAs: http://www.inmetro.gov.br/organismos/consulta.asp Para a emissão da Etiqueta PBE Edifica, deve-se primeiramente solicitar orçamento (ou realizar licitação) do OIA. Para a realização do processo, o solicitante deverá enviar projetos (arquitetura, iluminação, condicionamento de ar e elétrica), documentos e dados específicos, de acordo com o RAC (Requisito de Avaliação da Conformidade para Edificações). O OIA irá aplicar o RTQ-C e emitir a Etiqueta, que será enviada ao solicitante juntamente com o relatório de inspeção. O Inmetro faz o registro de todas as etiquetas, disponibilizando essa informação em seu site: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/tabelas-comerciais.pdf Cabe ao proprietário ou gestor do edifício realizar avaliações prévias para verificar a etiqueta do projeto ou edifício e fazer as adequações necessárias para alcançar o nível desejado. Neste sentido, a atuação de consultores auxiliando os projetistas é fundamental, pois garante que o projeto enviado para o OIA já esteja dentro do nível esperado de eficiência. Para edificações comerciais, de serviços e públicas, os preços para obtenção de uma etiqueta podem variar de R$ 11.000,00 (onze mil reais) a R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), em média1 . As estimativas de custos dependem do escopo pretendido, do tamanho e da complexidade da edificação, além do método escolhido (simulação ou prescritivo). Ainda devem ser estimados os custos de logísticas durante as inspeções de obra construída. Estes valores médios correspondem a uma etiqueta (de projeto ou de edificação construída). Cada etapa pode ser realizada com OIAs diferentes, com orçamentos diferentes. Cabe salientar que estes valores são estimados, entretanto cada OIA apresentará seu orçamento conforme características da edificação e logística da avaliação de conformidade. 1 *Os preços médios supracitados correspondem à avaliação de projeto pelo método prescritivo e abrangem edificações entre 500m² e 15.000m², em média.
  • 15. Há dois métodos de classificação do nível de eficiência energética: 4.1.Método prescritivo: através da aplicação de uma equação fornecida, válida para edifícios condicionados. O método prescritivo é um método simplificado que avalia as edificações através de equações e tabelas. No método prescritivo cada sistema (envoltória, iluminação e condicionamento de ar) é avaliado de forma independente, e por fim é calculado o nível de eficiência do edifício em uma equação da Etiqueta Geral, considerando bonificações e atendimento de pré-requisitos. A etiquetagem da Envoltória do edifício avalia aspectos pertinentes ao projeto de arquitetura, tais como a implantação e forma do edifício, o percentual de aberturas nas fachadas, o uso de elementos de proteção solar, o tipo de vidros e os materiais das vedações opacas (paredes e cobertura). A etiquetagem do sistema de Iluminação avalia seu DPI (densidade de potência instalada – em W/m2). Simplificadamente, o sistema será mais eficiente quanto mais baixo for o DPI, desde que mantidos os níveis de iluminância exigidos pela norma CIE/ISO 8995. Com relação ao sistema de condicionamento de ar, a etiquetagem está baseada nas classificações de aparelhos feitas pelo PBE/INMETRO, ou alternativamente em índices mínimos de eficiência fornecidos por tabelas. Além destes três sistemas – envoltória, iluminação e condicionamento de ar – o edifício pode computar em sua etiqueta geral (ENCE) até um ponto por bonificações. Esta pontuação pode ser concedida caso o projetista comprove economias de energia ou água, utilizando sistemas economizadores, inovações tecnológicas, energias renováveis, cogeração ou outros. Há percentuais anuais mínimos de economias que devem ser comprovadas (20% para água, 10% para energias renováveis, 30% para cogeração e inovações), mas a pontuação é proporcional ao percentual obtido. Ou seja, no método prescritivo, cada sistema é avaliado de forma individual e posteriormente os resultados são inseridos em uma equação da Etiqueta Geral:
  • 16. Nesta capacitação nós iremos aprender o método prescritivo, que se aplica para a maioria das edificações! 4.2. Método de simulação: através de software de simulação computacional do desempenho termo- energético de edifícios condicionados e não condicionados. O método de simulação é uma alternativa para avaliação da eficiência de forma mais completa e/ou flexível. É indicado para permitir: a liberdade de projeto, seja na forma da edificação, na natureza de suas aberturas ou proteções solares ou nos sistemas utilizados; a incorporação de inovações tecnológicas, comprovando níveis de eficiência elevados; o uso de estratégias passivas de condicionamento, possibilitando edificações não condicionados ou parcialmente condicionados; a incorporação de soluções não previstas no RTQ-C.
  • 17. Para Carlo e Lamberts (2010), “o método exige alguns pré-requisitos para o programa de simulação e para o arquivo climático utilizado. Atendidos os pré-requisitos, a avaliação é realizada por meio da comparação do consumo de dois modelos de edifícios: um modelo real, baseado no edifício que está sendo proposto para receber a etiqueta, e um modelo de referência, definido com base no método prescritivo, porém com algumas especificidades, como uso de vidros claros e sem qualquer tipo de sombreamento. O modelo de referência deve possuir ainda diversas características, que devem ser idênticas às do modelo do edifício real, como forma do edifício, número de zonas térmicas, padrões de uso, ocupação e cargas internas de equipamentos.” Compara-se o consumo anual de eletricidade simulado dos dois modelos, devendo o consumo do modelo do edifício real ser menor que o do modelo de referência para o nível de eficiência pretendido. Dessa forma, obtém- se o nível de eficiência geral do edifício. O PBE Edifica aponta como vantagens da etiquetagem:  Possibilita o conhecimento do nível de eficiência energética das edificações;  Auxilia na busca e garantia de edificações mais eficientes possibilitando o crescimento econômico do país com controle do consumo de energia;  Valorização do imóvel;  Para os consumidores, é uma ferramenta importante na tomada de decisão quando da compra de um imóve;  Proporciona mecanismos para a contratação de projetos de novas edificações e a definição de requisitos de eficiência energética para os processos licitatórios;  Promove a redução do consumo de energia elétrica, gerando economia na fatura de energia durante toda a vida útil;  O governo passa a conhecer e estabelecer índices mínimos de desempenho energético para novas edificações e orientar políticas, programas e projetos para a eficiência energética das edificações brasileiras.
  • 18. 5. Instrução Normativa MPOG/SLTI nº 02, de 04 de junho de 2014 Dispõe sobre regras para a aquisição ou locação de máquinas e aparelhos consumidores de energia pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, e uso da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) nos projetos e respectivas edificações públicas federais novas ou que recebam retrofit. A SECRETÁRIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 34, inciso I, do Anexo I ao Decreto nº 8.189, de 21 de janeiro de 2014, e tendo em vista o disposto no art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, no Decreto nº 7.746, de 5 de junho de 2012, e nos arts. 3º e 4º da Lei nº 10.295, de 17 de outubro de 2001, resolve: Capítulo I: DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art.1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre regras para a aquisição ou locação de máquinas e aparelhos consumidores de energia pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, e uso da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) nos projetos e respectivas edificações públicas federais novas ou que recebam retrofit. Art.2º Para os efeitos desta Instrução Normativa, considera-se: I - edificações públicas federais são os imóveis construídos ou adaptados com recursos públicos federais para exercício de atividade administrativa ou para a prestação de serviços públicos, tais como edifícios administrativos, escolas, hospitais, postos de saúde, clínicas, museus, instituições de pesquisa e outras instituições ou associações de diversos tipos; e II - retrofit é qualquer reforma que altere os sistemas de iluminação, condicionamento de ar ou a envoltória da edificação. Capítulo II: DA AQUISIÇÃO OU LOCAÇÃO DE MÁQUINAS E APARELHOS Art.3º Nas aquisições ou locações de máquinas e aparelhos consumidores de energia, que estejam regulamentados no âmbito do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), conforme publicação no sítio eletrônico www.inmetro.gov.br/consumidor/tabelas.asp, deverá ser exigido, nos instrumentos convocatórios, que os modelos dos bens fornecidos estejam classificados com classe de eficiência "A" na Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) vigente no período da aquisição. §1º Quando não existir, no período de aquisição, um mínimo de três fornecedores com modelos etiquetados com a ENCE classe "A" para a sua categoria, devem ser admitidos produtos etiquetados com as ENCEs nas duas classes mais eficientes que possuam um mínimo de três fornecedores com modelos etiquetados, admitida a complementação de números de fornecedores de uma classe com a de outra.
  • 19. §2º No caso de máquinas e aparelhos consumidores de energia cuja etiquetagem, no âmbito do PBE, não seja baseada em classes de eficiência, o edital de licitação exigirá que os modelos dos bens fornecidos apresentem a ENCE que, nestes casos, possui caráter informativa e não classificatória. §3º Para fins do disposto nesta Instrução Normativa, em relação aos veículos, deve-se considerar a ENCE relativa à categoria Art.4º Os bens patrimoniais que se verificarem antieconômicos ou irrecuperáveis e forem substituídos pelas máquinas e aparelhos de que trata o art. 3º, deverão ser inutilizados ou submetidos ao desfazimento com destinação ambientalmente adequada, aplicando-se o disposto nas normas específicas que regulamentam o assunto, de acordo com a natureza e o tipo do bem. Capítulo III: DAS EDIFICAÇÕES NOVAS E RETROFITS Art.5º Os projetos de edificações públicas federais novas devem ser desenvolvidos ou contratados visando, obrigatoriamente, à obtenção da ENCE Geral de Projeto classe "A". Parágrafo único. Após a obtenção da ENCE Geral de Projeto classe "A", a construção da nova edificação deve ser executada ou contratada de forma a garantir a obtenção da ENCE Geral da Edificação Construída classe "A". Art.6º As obras de retrofit devem ser contratadas visando à obtenção da ENCE Parcial da Edificação Construída classe "A" para os sistemas individuais de iluminação e de condicionamento de ar, ressalvados os casos de inviabilidade técnica ou econômica, devidamente justificados, devendo-se, nesse caso, atingir a maior classe de eficiência possível. Parágrafo único. Ainda que nem todos os sistemas avaliados na edificação (envoltória, iluminação e condicionamento de ar) sejam objeto do retrofit, é recomendável que a edificação seja completamente avaliada, emitindo-se a ENCE Geral. Art. 7º No caso de obra de retrofit da envoltória é vedado baixar a classe de eficiência existente, recomendando- se obter a maior classe possível de eficiência, observadas as restrições intransponíveis do projeto original como, por exemplo, o tombamento da edificação. Art. 8º Estão dispensadas da obtenção da ENCE as edificações com até 500m² (quinhentos metros quadrados) de área construída ou cujo valor da obra seja inferior ao equivalente ao Custo Unitário Básico da Construção Civil - CUB Médio Brasil atualizado aplicado a uma edificação de 500m² (quinhentos metros quadrados). Capítulo IV: DAS NORMAS E PROCEDIMENTOS Art. 9º Os requisitos de avaliação da conformidade para eficiência energética de edificações são aqueles definidos na respectiva legislação vigente do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Art. 10. Nas edificações públicas federais novas, a emissão das ENCEs depende da realização das seguintes inspeções:
  • 20. I - inspeção de projeto: avaliação da conformidade do projeto da edificação, a partir da análise documental, conforme Regulamento Técnico da Qualidade específico; e II - inspeção de Edificação Construída: avaliação da conformidade da edificação construída, a partir da análise documental e levantamento de dados in loco, de acordo com o Regulamento Técnico da Qualidade específico. Art. 11. Nas edificações que recebam retrofit, a inspeção de projeto é facultativa, sendo obrigatória a obtenção da ENCE da Edificação Construída. Art. 12. A inspeção das edificações é realizada por Organismos de Inspeção Acreditados pelo Inmetro (OIA), listados no sítio eletrônico www.inmetro.gov.br. Capítulo V: DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 13. A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SLTI/MP), disponibilizará um espaço específico no Portal Eletrônico de Contratações Públicas do Governo Federal - Comprasnet com informações sobre: I - a aquisição de máquinas e aparelhos energeticamente eficientes e sua inclusão no objeto do processo licitatório; II - a etiquetagem de edificações públicas federais novas e que recebam retrofit e sua inclusão no objeto do processo; e III - esclarecimento de dúvidas relacionadas à etiquetagem de edificações públicas federais novas e que recebam retrofit. Art. 14. Os projetos técnicos anteriores à vigência desta Instrução Normativa cujas obras ainda não tenham sido contratadas deverão, preferencialmente, ser adequados para a obtenção da ENCE nos termos desta Instrução Normativa. Parágrafo único. Estão dispensadas da aplicação desta Instrução Normativa as contratações em andamento ou decorrentes de projetos antigos que não puderem ser alteradas, justificadamente. Art. 15. Esta Instrução Normativa entra em vigor 60 (sessenta) dias após a data da sua publicação.
  • 21. 6. ETIQUETA PBE EDIFICA X SELO PROCEL É fundamental entender a diferença entre alguns conceitos no Processo de Etiquetagem, para evitar equívocos, ok? Então, vamos reforçar aqui: Qual o nome oficial da Etiqueta para Edifícios? O nome correto é Etiqueta PBE Edifica, pois refere-se ao programa específico para as edificações. O termo ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia) é o nome genérico para todas as etiquetas de energia do Inmetro. Assim, existem ENCEs de eletrodomésticos, carros, edifícios. Mas a ENCE específica para edificações é a Etiqueta PBE Edifica. Qual a diferença entre a Etiqueta PBE Edifica e o Selo Procel?  A Etiqueta PBE Edifica é uma ENCE específica para edifícios, que classifica a eficiência energética de “A” (mais eficiente) a "E" (menos eficiente).  A emissão da Etiqueta PBE Edifica é obrigatória para edificações públicas federais (IN 02), e pode ser feita pelo método prescritivo ou simulação, tanto da etapa de projeto quanto do edifício construído;  Para a emissão da Etiqueta PBE edifica, deve-se solicitar orçamento e realizar contratação e pagamento dos serviços de emissão de um Organismo de Inspeção Acreditado pelo Inmetro (OIA);  Nos editais de compra de equipamentos, projeto e obra de edificações públicas ferais, deve-se inserir os requisitos específicos de exigência da Etiqueta PBE Edifica;  O Selo Procel Edificações identifica as edificações que apresentem os melhores níveis de eficiência energética (Nível A na envoltória, iluminação e condicionamento de ar), motivando o mercado consumidor a adquirir e utilizar produtos mais eficientes.  Emitido pela Eletrobrás de forma gratuita!  Assim, após emitida a Etiqeuta PBE Edifica, se o edifício for etiqueta A nos três sistemas (envoltória, iluminação e condicionamento de ar), basta solicitar o Selo Procel! Como a IN02 exige que os edifícios públicos federais seja nível, os responsáveis devem ficar atentos também à solicitação do Selo Procel!
  • 22. 7. Discussão final e novos caminhos A princípio, as questões de eficiência energética estavam vinculadas apenas a diminuição dos gastos de energia elétrica, sendo uma área específica dos engenheiros, na busca por melhorias nos equipamentos, com diminuição dos consumos e desperdícios. Mas, com o excessivo gasto energético nas edificações, e uma necessidade premente de redução e otimização do consumo, tornou-se inviável buscar uma eficiência apenas dos sistemas ativos de forma isolada, pois esta era também determinada pela eficiência da própria envoltória, fruto do projeto de arquitetura. Por mais avançada a tecnologia empregada nos sistemas de condicionamento de ar e iluminação, estes não conseguiam sozinhos alcançar o máximo de desempenho. A envoltória, o envelope ou pele, entendido como os planos de fachadas e coberturas expostos da edificação, determina a carga térmica para o ar condicionado, além de definir a quantidade de luz natural e radiação direta, fundamentais para o conforto térmico e luminoso e consequentemente para a eficiência energética. Mascaró e Mascaró (1992), constataram que de 25% à 45% da energia consumida em um edifício deve-se a má orientação e, principalmente, a projeto inadequado da fachada. Assim, passou a existir uma integração das áreas de engenharia e arquitetura na busca pela eficiência energética nas edificações, onde a visão técnica e objetiva de redução dos gastos aliou-se a busca pelo conforto e bem-estar dos usuários. A eficiência energética na arquitetura, hoje, está relacionada ao gasto otimizado de energia elétrica para atender as necessidades de conforto do ser humano, por meio, primeiramente de um resgate dos princípios bioclimáticos para esgotar todas as possibilidades de estratégias passivas para posteriormente usar os sistemas ativos de forma a contribuir para alcançar o conforto e bem-estar. Segundo Lamberts, Dutra e Pereira (2014), a arquitetura também deve ser vista como um produto em que há necessidade de eficiência energética. O conceito destes autores para eficiência energética é a “obtenção de um serviço com baixo dispêndio de energia. Portanto, um edifício é mais eficiente energeticamente que outro quando proporciona as mesmas condições ambientais com menor consumo de energia” (LAMBERTS, DUTRA e PEREIRA, 2014). De certa forma, os Regulamentos de Eficiência Energética levaram em conta, em sua elaboração, as normas existentes no país relativas à Conforto Ambiental, tendo ampliado e aprofundado aspectos não tratados por elas. Portanto, a aplicação do RTQ- C e RTQ-R já traz para o projetista uma grande perspectiva de obtenção de conforto ambiental e eficiência energética em sua edificação. A partir destes Regulamentos, será necessário preparar os projetistas e o mercado para reformular a maneira de projetar e construir, buscando edificações cada vez mais eficientes e confortáveis, em sintonia com as metas de sustentabilidade e qualidade ambiental.
  • 23. O Brasil tem algumas normas relacionadas ao conforto térmico e luminoso, dentre as quais a NBR 15220, que trata do Desempenho Térmico de edificações; a NBR 15215, sobre Iluminação Natural; a ISO/CIE 8995, que fixa valores mínimos de iluminância de acordo com a atividade do ambiente; a NBR 6401 de condicionamento ambiental e a NBR 15575 sobre desempenho de edifícios habitacionais de até cinco pavimentos, com requisitos para iluminação, conforto térmico e acústico. Em geral, o Conforto Ambiental exige estratégias que vão além da eficientização energética. O cuidado e o controle com o ofuscamento, com o ingresso controlado de luz natural e especialmente os aspectos ligados à acústica não necessariamente são ligados à eficiência energética de uma edificação. É importante lembrar que em qualquer projeto de eficientização energética de edifícios, os projetistas devem se comprometer em cumprir as normas de conforto ambiental, que não podem ser esquecidas em nome da economia. Neste caso, como dito anteriormente, tratar-se-ia de “racionamento” e não eficiência energética. Também é importante lembrar que não é sempre possível a obtenção de Conforto Ambiental com estratégias passivas (especialmente do ponto de vista térmico). O uso de ventilação natural e resfriamento passivo deve ser cuidadosamente avaliado. Em edifícios com alta ocupação ou em climas extremos (quentes ou frios) pode- se e deve-se optar pela climatização artificial para obtenção do conforto. Em climas mais amenos, é possível adotar soluções híbridas (climatização artificial e/ou resfriamento passivo, dependendo da época do ano), o que poderá levar a boa economia energética com garantia de conforto ambiental. Além disso, é fundamental contar com equipamentos e tecnologias eficientes, em qualquer situação. A tecnologia é grande aliada do conforto e eficiência energética, embora não deva ser usada sozinha, em detrimento de um bom projeto arquitetônico. Esperamos que seu conhecimento e sensibilização para os temas de conforto ambiental e eficiência energética sejam ampliados e consolidados nesse curso. É necessário, no entanto, depois deste passo inicial, não deixar de aprofundar e atualizar-se nesta temática. É uma área em que a velocidade dos acontecimentos e das mudanças tecnológicas tem mudado constantemente o cenário e as perspectivas. As bases, no entanto, estão lançadas: você tem um conhecimento básico na área, que pode levá-lo a se interessar e aprofundar inúmeras temáticas. Após esta introdução, iremos detalhar o método de cálculo de cada sistema (envoltória, iluminação e condicionamento de ar) para pôr fim classificar a Etiqueta Geral. Assim, continue a leitura dos textos e vamos consolidar o conhecimento numa atividade prática de etiquetagem! Bom prosseguimento do curso e sucesso!
  • 24. 8. Referências AMORIM, C.N.D. Estratégias de Projeto para uma arquitetura sustentável. Parte I do texto “Iluminação Natural e Eficiência Energética”. P@ranoá periódico eletrônico de arquitetura e urbanismo, FAU-UNB. Brasília. Disponível em http://www.unb.br/fau/pos_graduacao/paranoá.htm. Acesso em 21/03/2008. AMORIM, C.N.D. FERNANDES, J.T. Conforto e Eficiência Energética, Capitulo do livro “Tecnologia e Sustentabilidade para a Humanização dos Edifícios de Saúde”, 2010, UnB. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220 - Desempenho térmico de edificações. Rio de Janeiro, 2005 ________________ NBR 15575-1:2013 - Edificações habitacionais — Desempenho, 2013. ________________ ISO/CIE 8995-1:2013 - Iluminação de ambientes de trabalho- Parte 1: Interior. Rio de Janeiro, 2005. BRASIL. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). Portaria: nº 372/2013. Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: http://www.pbeedifica.com.br/ ______________________. Portaria 50/2013. Requisitos de Avaliação da Conformidade para Eficiência Energética de Edificações, 2013. Disponível em: http://www.pbeedifica.com.br/ _______________________. Manual para Aplicação do RTQ-C (Com base na Portaria: nº 372/2013). Disponível em: http://www.pbeedifica.com.br/ _______________________. Manual para Etiquetagem de Edificações Públicas. Disponível em: http://www.pbeedifica.com.br/ BUTERA, Federico M. Architettura e Ambiente. Manuale per il Controllo della qualità termica, luminosa e acustica degli edifici. Etaslibri, Italia, 1995. CARLO, J.; LAMBERTS, RTQ 1 Parâmetros e métodos adotados no regulamento de etiquetagem da eficiência energética de edifícios – parte 1: método prescritivo. Periódico Ambiente construído, 2010. _______________, R. RTQ 2 Parâmetros e métodos adotados no regulamento de etiquetagem da eficiência energética de edifícios – parte 2: método de simulação. Periódico Ambiente construído, 2010. FERNANDES, J. T. Código de Obras e Edificações do DF: inserção de conceitos bioclimáticos, conforto térmico e eficiência energética. Dissertação de Mestrado, FAU/UnB, Brasília, 2009 LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando O. R. Eficiência energética na arquitetura. UFSC/Procel/ Eletrobrás, PW Editores, 2014. LAMBERTS, Roberto; GHISI, Enedir; PAPST, Ana Lygia. Desempenho Térmico de Edificações. Apostila da Disciplina. Laboratório de Eficiência Energética em Edificações, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2001. MARQUES, Milton; HADDAD, Jamil; MARTINS, André Ramon Silva. Conservação de energia: eficiência energética de equipamentos e instalações. Itajubá, MG: FUPAI, 2006. PEREIRA, I.; ASSIS, E. Avaliação de modelos de índices adaptativos para uso no projeto arquitetônico bioclimático Ambiente Construído / ANTAC, Porto Alegre, 2010. SCHIMD, A. L. A idéia de conforto. Reflexões sobre o ambiente construído, 2005.
  • 25. 9. QUESTIONÁRIO – ETAPA À DISTÂNCIA (4H) Questão 1: Classifique em verdadeiro ou falso os itens abaixo: I) O conceito de qualidade ambiental está relacionado ao cumprimento de padrões mínimos de conforto ambiental (térmico, lumínico e acústico) II) O Brasil precisa rever sua matriz energética, pois comparado com a média mundial, o país que se encontra em período de grande crescimento econômico, possui uma matriz considerada “suja”, com grandes impactos ambientais; III) O Conceito atual de eficiência energética é a redução de gasto/consumo de energia. a) F, V, V b) V, V, F c) F, F, V d) V, F, V e) V, F, F Questão 2: Para uma edificação ser eficiente energeticamente, é necessário: I) Projeto Bioclimático, com adequação ao clima local. II) Uso de equipamentos de iluminação e condicionamento de ar eficientes III) Além de um projeto eficiente e obra, é importante a gestão da edificação, na fase de uso e manutenção, para manter os níveis de consumo energético. a) I e II b) II e III c) I, II e III d) I e III e) nenhuma opção Questão 3: Envoltória é: I) O projeto arquitetônico, com plantas, fachadas e cortes, ou seja, todos os desenhos que são necessários para fazer os cálculos de desempenho termo-energético. II) Fundamental para definição da eficiência energética de uma edificação, pois suas aberturas e materiais determinam a quantidade de iluminação necessária e a carga térmica para o condicionamento de ar. III) A envoltória (envelope ou pele) é entendida como os planos externos da edificação que realizam as trocas termo-energéticas entre os ambientes interno e externo. a) I e II b) II e III c) I, II e III d) I e III e) nenhuma opção Questão 4: Classifique em verdadeiro ou falso os itens abaixo: I) A crise energética de 2001 no Brasil foi importante, pois reduziu permanentemente os gastos de energia, determinou a criação de várias medidas de otimização dos gastos energéticos e a criação de legislações na área.
  • 26. II) As legislações de conforto e eficiência energética em vários países são feitas para a edificação e para os equipamentos responsáveis pelo uso final de energia, e dependem das estratégias relacionadas a cada clima. III) O Brasil ainda não possui um programa ou legislação ou regulamento específico para a eficiência energética nas edificações. Espera-se que o país desenvolva uma avaliação que estabeleça critérios específicos para a realidade nacional. a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V Questão 5: Sobre o Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C), que define a Etiquetagem de Edificações: I) Foi publicado, em 2009, como parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem do INMETRO, em sua primeira versão para aplicação voluntária. II) Avalia dois sistemas: iluminação artificial e condicionamento de ar III) Existem duas formas de avaliação da edificação: método prescritivo e método de simulação a) F, F, V b) F, V, V c) V, V, F d) V, F, F e) V, F, V Questão 6: Qual o peso (%) de cada sistema na avaliação do RTQ-C: Envoltória _____% Iluminação Artificial _____% Condicionamento de Ar _____% Questão 7: Quais os tipos de ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia) que podemos obter para um Edifício Comercial? Marque todas as alternativas possíveis: a) ENCE parcial (avaliação do sistema de iluminação) b) ENCE parcial (avaliação da envoltória) c) ENCE parcial (avaliação da envoltória + sistema de iluminação) d) ENCE completa (avaliação da envoltória +sistema de iluminação + condicionamento de ar) e) ENCE parcial (avaliação da envoltória + condicionamento de ar) f) ENCE parcial (avaliação do condicionamento de ar)
  • 27. Questão 8: Classifique em verdadeiro ou falso os itens abaixo: I) O nome da etiqueta de eficiência energética para edifícios é Etiqueta PBE Edifica II) Não existe Selo Procel para Edifícios; III) A emissão da Etiqueta PBE Edifica é gratuita, feita diretamente pelo Inmetro. a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V Questão 9: Segundo a IN 02, classifique em verdadeiro ou falso os itens abaixo: I) A IN 02 aplica-se as edificações públicas federais, que são os imóveis construídos ou adaptados com recursos públicos federais para exercício de atividade administrativa ou para a prestação de serviços públicos, tais como edifícios administrativos, escolas, hospitais, postos de saúde, clínicas, museus, instituições de pesquisa e outras instituições ou associações de diversos tipos; II) A IN 02 se aplica para edificações públicas federais novas, não sendo aplicável para reformas/retrofit de edifícios existentes; III) A IN 02 exige que os projetos sejam desenvolvidos ou contratados visando, a etiquetagem, independente do nível alcançado. a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V Questão 10: Segundo a IN 02, classifique em verdadeiro ou falso os itens abaixo: I) Nas edificações públicas federais, a inspeção de projeto para emissão da ENCE PBE Edifica é obrigatória, sendo facultativa a obtenção da ENCE da Edificação Construída. II) Após a obtenção da ENCE Geral de Projeto classe "A", a construção da nova edificação deve ser executada ou contratada de forma a garantir a obtenção da ENCE Geral da Edificação Construída classe "A". III) A IN 02 não se aplica para aquisição de equipamentos, restringindo-se aos projetos e execução de edifícios públicos federais. a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V
  • 28. FOLHA RESPOSTA EAD (ENTREGAR NA AULA PRESENCIAL) Nome: _________________________________________________________________________ Órgão/Instituição Pública: __________________________________________________________ Cidade do Curso Presencial: _________________________ Data do Curso Presencial: _________ Questão 1: a) F, V, V b) V, V, F c) F, F, V d) V, F, V e) V, F, F Questão 2: a) I e II b) II e III c) I, II e III d) I e III e) nenhuma opção Questão 3: a) I e II b) II e III c) I, II e III d) I e III e) nenhuma opção Questão 4: a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V Questão 5: a) F, F, V b) F, V, V c) V, V, F d) V, F, F e) V, F, V Questão 6: Envoltória _______% Iluminação Artificial _______% Condicionamento de Ar _______% Questão 7: a) b) c) d) e) Questão 8: a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V Questão 9: a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V Questão 10: a) F, V, F b) V, F, F c)V, V,F d) F,F, V e) V, F, V