O documento resume os principais conceitos da fenomenologia de Edmund Husserl, como fenômeno, epoché e a descrição e análise consciente do que aparece sem julgamentos sobre a realidade. O método fenomenológico envolve a suspensão do juízo sobre o mundo exterior para focar na experiência consciente.
2. Fenomenologia de Edmund Husserl
(matemático e filósofo alemão, 1859 – 1938)
fenômeno
(gr.) phainomenon:
“aquilo que aparece”
Descrição e análise consciente
do que inegavelmente aparece
3. A Fenomenologia se
desenvolveu como método de
estudos emumperíodo
marcado pela valorização das
concepções modernas de
conhecimento, logo, emum
tempo marcado pela
decadência das explicações
religiosas para os fenômenos
visíveis.
5. epoché
Suspensão de juízo
sobre a realidade
extramental ou
suspensão do mundo.
Confiança na experiência e na capacidade de análise
(consciente) e segurança na linguagem para suspender
(delimitar), analisare explicaro objeto (teorizar).
Oobjeto fica suspenso
(como congelado) para
a análise científica.
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6. “E mesmo se não tivermos
um interesse particularpela
ciência natural, e mesmo se
nada soubermos de seus
resultados, ainda assim, o
que existe é pré-dado a nós
porantecipação e
determinado de tal modo
que o assumimos no
mínimo como sendo em
princípio cientificamente
determinável.”
(Experiênciaejulgamento,
1939)
7. Síncrese Análise Síntese
O que é pensar, se não for conhecer, representar, refletir?
Pensar vem do verbo latino pendere, cujo particípio passado é pensum.
Pendere significa pendurar, prender; e pensum, pendurado, pendido.
Ainda no latim formou-se o substantivo pensum, que diz, propriamente, o
pendurado, a quantidade de lã que se pendura para a tarefa de tecer e fiar
por um dia. Daí, em sentido metafórico, pensum dizer a tarefa, o encargo.
É de toda esta experiência que provém o verbo pensar. A concentração da
tecelagem remete, sempre de alguma maneira, além dos fios e da tecitura,
para a totalidade do real, o universo das realizações e o todo da realidade.
8. Assim, quando, num ferimento, se rompeu o tecido das células, pensar a
ferida não diz, em primeiro lugar, refletir ou representar, nem calcular
ou raciocinar nem determinar relações e instituir funções. Diz amarrar
para restaurar o tecido, a tecelagem das células, de maneira a permitir
a passagem das várias correntes: a corrente do sangue, a corrente dos
estímulos, a corrente bio-elétrica, a corrente bio-química. É no exercício
radical desta restauração da realidade nas realizações que reside o
ofício do pensamento. Neste sentido, todo pensamento é integrador;
aglutina sempre o real com a realização.
LEÃO, Emmanuel Carneiro.
Os pensadores originários:
Anaximandro, Parmênides,
Heráclito. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1991. (p. 10)