SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 94
Baixar para ler offline
Introdução ao estudo da
Farmacologia
Prof.: Louise Freitas
1
Farmacologia
 Do grego: fármacon ("droga") e lógos ("ciência");
 É a área da farmácia que estuda como as substâncias químicas
interagem com os sistemas biológicos;
 É a ciência que estuda o mecanismo de ação, o emprego, os
efeitos adversos e o destino dos medicamentos em animais e
seres humanos.
2
Substância Química
(Droga)
Sistema Biológico
Efeito benéfico
Droga-medicamento
Efeito maléfico
Droga-tóxico
Paracelsus 3
Conceitos
 Droga
 Toda substância química capaz de produzir um efeito em um
ser vivo.
 Veículo farmacológico
 Meio em que a droga se encontra dispersa.
 Forma farmacêutica
 É como a droga se encontra para uso.
4
Droga
Remédio
Fármaco
Medicam
ento
5
Conceitos
Droga
• Substância que modifica a função fisiológica com ou sem intenção
benéfica.
Remédio
• Substância animal, vegetal, mineral ou sintética; procedimento
(ginástica, massagem, acupuntura, banhos); fé ou crença; influência:
usados com intenção benéfica.
Fármaco
• Estrutura química conhecida; propriedade de modificar uma função
fisiológica já existente.
Medicamento
• Produtos farmacêuticos tecnicamente obtido ou elaborado, com
finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
6
Conceitos
Placebo
• Tudo o que é feito com intenção benéfica para aliviar o sofrimento:
fármaco/medicamento/droga/remédio (em concentração pequena
ou mesmo na sua ausência).
Nocebo
• Efeito placebo negativo. O "medicamento" piora a saúde.
7
8
Propriedades de um fármaco ideal
Tem ação farmacológica desejada
Tem pouco ou nenhum efeito adverso
Atinge seu sítio de ação na concentração desejada
Permanece no sítio de ação pelo período desejado
É rápida e completamente removido do corpo
9
Identificação de um medicamento
 Nome Químico:
 Ex: n-(4-hidróxifenil)acetamida
 Nome Genérico:
 Ex: Paracetamol
 Nome Comercial:
 Ex: Tylenol
10
Terminologias Farmacológicas
 Farmacognosia: estuda as propriedades físico-químicas das
“drogas naturais”.
 Farmacocinética: estuda os princípios que regem a cinética
da droga no organismo.
 Farmacodinâmica: estuda o mecanismo de ação das drogas.
11
Terminologias Farmacológicas
 Farmacoterapia: profilaxia, tratamento e diagnóstico.
 Farmacoeconomia: estuda a relação custo/benefício dos
tratamentos medicamentosos.
 Farmacogenética: estuda o material genético para a
elaboração de drogas individuais.
12
FARMACOCINÉTICA
• Vias de administração
• Absorção
• Distribuição
• Biotransformação
• Eliminação
FARMACODINÂMICA
• Local de ação
• Mecanismo de ação
• Efeitos
ORGANISMO DROGA
13
Formas Farmacêuticas
14
15
Formas Farmacêuticas
 Além das formas farmacêuticas serem um meio para o obtenção de doses
exatas, seguras e convenientes, há outros motivos que as tornam
importantes:
• Por exemplo: ampolas lacradas.
Proteger o fármaco da influência destrutiva do
oxigênio atmosférico ou da umidade.
• Por exemplo: comprimido com revestimento entérico.
Proteger o fármaco da influência destrutiva do
ácido gástrico após a administração via oral.
16
Formas Farmacêuticas
• Por exemplo: cápsulas, comprimidos revestidos, xarope.
Mascarar o sabor amargo, salgado ou desagradável
de um fármaco, assim como um odor desagradável.
• Por exemplo: comprimido de liberação controlada.
Permitir a ação controlada do fármaco.
• Por exemplo: pomadas, cremes, adesivos transdérmicos,
preparações otológicas, nasais, oftálmicas.
Proporcionar ação ótima do fármaco em uma
administração tópica.
17
Formas Farmacêuticas
• Por exemplo: supositórios retais ou vaginais.
Proporcionar a inserção de fármacos em
orifícios do corpo.
• Por exemplo: injetáveis.
Permitir a liberação do fármaco diretamente
na circulação sanguínea ou tecidos corporais.
• Por exemplo: inalantes e aerossóis para inalação.
Proporcionar a ação do fármaco pela inalação.
18
Vias de Administração de
Medicamentos
19
Objetivo
 Promover a liberação de substâncias em quantidade
adequada no organismo para conseguir rapidamente o efeito
terapêutico e que estas permaneçam durante o tempo
desejado.
20
Vias de administração
 A escolha de determinada via ou sistema de administração
depende de vários fatores:
a) Efeito local ou sistêmico da droga
b) Propriedades da droga e da forma farmacêutica administrada
c) Idade do paciente
d) Conveniência
e) Tempo necessário para o início do tratamento
f) Duração do tratamento
g) Obediência do paciente ao regime terapêutico
21
Locais de absorção de medicamentos
 TGI
 mucosa bucal
 mucosa gástrica
 mucosa do intestino delgado
 mucosa retal
 Trato respiratório
 mucosa nasal
 mucosa traqueal e brônquica
 alvéolos pulmonares
 Pele
 Regiões subcutânea, intramuscular e
endovenosa
 Mucosa geniturinária
 mucosa vaginal
 mucosa uretral
 Mucosa conjuntival
22
Classificação
Enteral
• Oral
• Sublingual
• Retal
Parenteral
• IV/EV
• IM
• SC
• ID
Tópica
• Cutânea*
• Auricular
• Nasal*
• Vaginal
• Ocular
23
VIA VANTAGENS DESVANTAGENS
ENTERAL Simples, de baixo custo, conveniente, indolor
e sem nenhuma infecção
O fármaco exposto ao
metabolismo de primeira
passagem, liberação lenta no
local de ação farmacológica
PARENTERAL Rápida liberação no local de ação, alta
biodisponibilidade e não sujeito a metabolismo
de primeira passagem
Irreversível, infecção, dor, medo,
exige técnica profissional
MEMBRANA MUCOSA Rápida liberação no local de ação, não sujeita
ao metabolismo de primeira passagem,
frequentemente indolor, simples e
conveniente, baixa taxa de infecção e
possibilidade de liberação direta nos tecidos
afetados (por exemplo, pulmão, vagina)
Existem poucos fármacos
disponíveis para administração
por essa via
TRANSDÉRMICA Simples, conveniente, indolor, excelente para
administração contínua ou prolongada, não
sujeita ao metabolismo de primeira passagem
Exige um fármaco altamente
lipofílico, liberação lenta no local
de ação; pode ser irritante
24
Via oral
 Mais comum e preferida
 Muito conveniente e segura, além de econômica
 Requer a colaboração do paciente
 Efeito local no TGI / efeitos sistêmicos
 Possui uma disponibilidade incompleta para drogas pouco
solúveis ou extensamente metabolizadas pelo fígado
 Sujeita ao metabolismo de primeira passagem
25
Via oral
 A distribuição do fármaco é lenta, evitando-se a ocorrência de
níveis sanguíneos elevados de forma rápida
 Possibilidade do uso de lavagem gástrica, em caso de
intoxicação
26
Via oral
 Preparações orais líquidas: soluções e suspensões
 Preparações orais sólidas: comprimidos e cápsulas
27
Via sublingual
 Os medicamentos são colocados debaixo da língua para serem
absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sanguíneos
 Absorção imediata
 Evita o metabolismo de primeira passagem hepática
 Encerram drogas de baixa biodisponibilidade ou que sofrem
extenso metabolismo hepático
28
Via sublingual
 A via sublingual é especialmente boa
para a nitroglicerina, que é utilizada no
alívio da angina (dor no peito), porque a
absorção é rápida e o medicamento
ingressa diretamente na circulação geral,
sem passar através da parede intestinal e
pelo fígado
29
Via retal
 Ação local ou sistêmica
 Via alternativa à via oral para crianças, doentes mentais,
comatosos e aqueles que apresentam vômitos e náuseas
 Absorção imediata
30
Via retal
 Drogas que podem provocar irritação gastrointestinal excessiva
 O revestimento fino do reto e a irrigação sanguínea abundante
permitem uma absorção rápida do fármaco
 50% do fluxo venoso retal tem acesso à circulação porta
31
Via retal
 Supositórios
 Dissolvem-se ou se fundem nas secreções retais (37ºC)
 Devem ser retidos no reto durante, pelo menos, 20 a 30
minutos, para assegurar a fusão ou dissolução da base e a
liberação da droga
 Enemas
 Soluções ou suspensões usadas para estimular a evacuação
do intestino ou aplicar agentes de contraste radiológico
32
Via retal
33
Via endovenosa
 Introdução da medicação diretamente na veia
 Evita a absorção
 Efeitos imediatos
 Útil em emergências
 Adequada no caso de grandes volumes e de substâncias
irritativas
 Inadequadas para soluções oleosas
34
Via endovenosa
 Locais apropriados
 Melhor local: face anterior do antebraço e dorso da mão
 Evitar articulações
 Indicações
 Necessidade imediata de ação
 Coleta de sangue para exames
35
Via intramuscular
 Absorção lenta e mantida a partir de
preparados de depósitos
 Adequada para volumes moderados e
veículos oleosos
 Locais de aplicação: vasto lateral da
coxa, glúteo e deltoide
36
Via intramuscular
 Músculo escolhido
 Deve ser bem desenvolvido
 Ter fácil acesso
 Não possuir vasos de grande calibre e nem nervos
 Volume injetado
 Região deltoide – de 2 a 3 mililitros
 Região glútea – de 4 a 5 mililitros
 Músculo da coxa – de 3 a 4 mililitros
37
Via subcutânea
 A medicação é introduzida na tela subcutânea /
hipoderme
 Absorção lenta, através de capilares, ocorre de
forma contínua e segura
 O volume não deve ultrapassar 03 mililitros
38
Via subcutânea
 Inadequada para grandes volumes e substâncias irritativas
 Usada para administração de:
 Vacinas
 Anticoagulantes (heparina, enoxaparina)
 Hipoglicemiantes (insulina)
39
Via subcutânea
 O local de aplicação deve ser revezado, quando utilizado por
período indeterminado
 Ângulo da agulha
 90º – agulhas hipodérmicas e pacientes gordos
 45º – agulhas normais e pacientes magros
40
Via intradérmica
 Via restrita
 Pequenos volumes – de 0,1 a 0,5 mililitros
 Usadas em reações de hipersensibilidade
 Provas alérgicas
 Aplicação de vacinas: BCG
41
Via intradérmica
 Local mais apropriado: face anterior do antebraço
 Pobre em pelos
 Possui pouca pigmentação
 Possui pouca vascularização
 Ter fácil acesso a leitura
42
Via cutânea
 Aplicação de substâncias ativas diretamente na pele, ou em
áreas de superfície de feridas, com efeito local, tais como,
pomadas, cremes, géis, sprays, loções
 A possibilidade de absorção apreciável depende das condições
em que se apresenta a pele
43
Via inalatória
 Absorção imediata, na forma de gás
 Utilizados em pacientes com crises asmáticas
 Efeito tão rápido quanto por via IV
 Evita efeito de primeira passagem
44
Via oftálmica/ocular
Via auricular
Via vaginal
Via dérmica
45
Sugestão de bibliografia:
 BRUM, Lucimar F S.; ROCKENBACH, Liliana; BELLICANTA, Patricia L. Farmacologia
básica. Grupo A. E-book. ISBN 9788595025271. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595025271/. p. 15.
 PANUS, Peter C.; JOBST, Erin E.; TINSLEY, Suzanne L.; MASTERS, Susan B.; TREVOR,
Anthony J.; K, Bertram G. Farmacologia para Fisioterapeutas. Grupo A, 2011. E-
book. ISBN 9788580550672. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580550672/. p. 23.
 SILVA, Penildon. Farmacologia, 8ª edição. Grupo GEN, 2010. E-book. ISBN 978-85-
277-2034-2. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2034-2/. Capítulo
6.
 WHALEN, Karen; FINKELL, Richard; PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia Ilustrada.
Grupo A, 2016. E-book. ISBN 9788582713235. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582713235/. Capítulo 1.
46
Processos Farmacocinéticos
47
Inter-relação dos processos de absorção,
distribuição, biotransformação e eliminação
do fármaco no organismo.
Phármakon + kinētikē
48
49
Absorção
50
Absorção
 Refere-se ao movimento da droga de seu local de
administração à circulação.
 Barreiras biológicas
 Epitélio gastrointestinal
 Endotélio vascular
 Membranas plasmáticas
51
Absorção
Agente químico
 Solubilidade da molécula
 Tamanho da molécula
 Forma farmacêutica
Organismo
 Membranas Biológicas
52
Absorção
Fatores fisiológicos e características do paciente:
 Esvaziamento gástrico e motilidade intestinal
 Presença de alimento ou de outras substâncias no intestino
53
Biodisponibilidade
 A biodisponibilidade é definida como a fração do fármaco inalterado que
alcança a circulação sistêmica logo depois da administração por qualquer via.
 Para uma dose intravenosa, presume-se que a biodisponibilidade seja total.
 No caso de um fármaco administrado por via oral, a biodisponibilidade pode
ser menor que 100% por duas razões principais – extensão incompleta da
absorção através da parede intestinal e eliminação na primeira passagem pelo
fígado.
𝐵𝑖𝑜𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑓á𝑟𝑚𝑎𝑐𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑙𝑐𝑎𝑛ç𝑎 𝑎 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑚𝑖𝑐𝑎
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑓á𝑟𝑚𝑎𝑐𝑜 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜
Ex: Propanolol
I.V. = 5mg
Oral = 40mg a 80mg
54
Biodisponibilidade
❑ Metabolismo de primeira passagem:
 Após a absorção através da parede intestinal,
o sangue da veia porta leva o fármaco ao
fígado antes da entrada na circulação
sistêmica.
 Comumente, o fígado é responsável pelo
metabolismo antes de o fármaco atingir a
circulação sistêmica.
55
Distribuição
56
57
Distribuição
 Proporção de distribuição da droga pelo organismo após haver
alcançado a circulação sistêmica.
58
Distribuição
 Fatores dependentes
Lipossolubilidade
Tamanho da
molécula
Grau de ligação às
proteínas
plasmáticas
Vascularização do
tecido
59
Distribuição
 Ligação das drogas às proteínas plasmáticas
 Complexo reversível
 A porção livre é a que possui efeito farmacológico
 Albumina
 O grau de ligação depende
 Afinidade entre drogas e proteínas plasmáticas
 Concentração sanguínea das drogas
 Concentração das proteínas sanguíneas
60
Distribuição
 Ligação das drogas às proteínas plasmáticas
 Impede a ação do fármaco e geralmente limita o transporte e
metabolismo do mesmo
 A extensão da ligação plasmática pode ser alterada por fatores
relacionados com doenças
 p. ex.: a hipoalbuminemia secundária a doença hepática grave leva à
diminuição da ligação e o aumento da fração livre
61
Distribuição
62
Distribuição
 Fatores anatômicos e fisiológicos
 Inicialmente, fígado, rins, cérebro e outros órgãos com boa
perfusão recebem a maior parte do fármaco
 A liberação para músculos, a maior parte das vísceras, pele e
gordura é mais lenta
 Essa segunda fase de distribuição pode levar minutos ou várias
horas e envolve uma parte maior de massa corporal que a fase
inicial e geralmente responde pela maior parte do fármaco
distribuído
63
64
Barreiras do organismo
 Barreira hematoencefálica
 Barreira placentária
65
Barreira hematoencefálica
 Ausência de fenestrações → função de proteção
66
Barreira placentária
 Características lipofílicas e baixo peso molecular
 Pouco eficiente
 Tecido metabolizador
67
Metabolismo ou Biotransformação
68
Metabolismo
• Morfina
• Propranolol
Inativação
• Amitriptilina → nortriptilina
• Primidona → fenobarbital
Metabólito ativo
de droga ativa
• Prednisona → prednisolona
• Heroína → morfina
Ativação de droga
inativa
• Penicilinas
• Anestésicos gerais inalatórios
Ausência de
metabolismo
Pró-droga ou
pró-fármaco
69
Metabolismo
 A biotransformação tem como funções: transformar a
molécula lipofílica em hidrofílica para facilitar sua
eliminação renal; finalizar as ações terapêuticas da droga
no organismo; e ativar a pró-droga.
70
Metabolismo
 Fígado, rins, pele, pulmões, TGI
 Tem a finalidade de tornar as drogas mais polares, mais
solúveis em água, para serem mais facilmente eliminadas
 Reações de fase I e reações de fase II
71
Metabolismo
72
Metabolismo: reações de fase I
 Principal família de enzimas envolvida: citocromo P450
 Preparam a droga para receber a fase II
73
Metabolismo
 Metabolismo de fase II:
 A droga ou seu metabólito da fase I conjuga-se com uma
substância endógena a fim de formar uma molécula polar, o
que é facilmente excretado pela urina
Conjugação com glicuronídio
74
Metabolismo de primeira passagem
hepática
 Muitas drogas são absorvidas a partir do intestino delgado e
transportadas inicialmente pelo sistema porta até o fígado,
onde sofrem extenso metabolismo
 Especialmente nas drogas administradas por via oral
 Parâmetro importante para determinar a biodisponibilidade oral
 Exemplos: propranolol, morfina, fenobarbital, clorpromazina
75
Metabolismo de primeira passagem
hepática
 A dose oral deverá ser consideravelmente maior que a dose
sublingual ou parenteral
 A biodisponibilidade oral é aumentada nos pacientes portadores
de doença hepática grave
76
Indução enzimática
 É uma elevação dos níveis das enzimas ou da velocidade dos
processos enzimáticos, resultando em metabolismo acelerado
do fármaco
 Pode ocorrer por conta da estimulação da atividade das enzimas
microssomais por medicamentos e outras substâncias e
representa importante problema clínico
 Aumenta a velocidade de biotransformação hepática da droga
 Diminui as concentrações séricas da droga
 Diminui os efeitos farmacológicos se os metabólitos forem inativos
 Ex: Fenobarbital
77
Inibição enzimática
 Caracteriza-se por uma queda na velocidade de
biotransformação, resultando em efeitos farmacológicos
prolongados e maior incidência de efeitos tóxicos do fármaco
 Ex: cimetidina e cetoconazol
Álcool: Pode agir como indutor ou como inibidor
enzimático, pois dependerá da fase do consumidor,
se é aguda (então o efeito sobre as enzimas é
inibitório) ou se é crônica (efeito indutor de
enzimas).
78
Excreção
79
Excreção x Eliminação
 Eliminação representa o
momento em que o fármaco foi
inativado, perdendo seu efeito
terapêutico.
 Excreção representa o
momento em que o fármaco
deixa o organismo por meio de
órgãos (como os rins, pulmões,
sistema hepatobiliar) ou por
secreções e produtos
metabólicos (saliva, fezes,
urina, lágrima, suor, leite
materno, secreção biliar, etc.).
80
Excreção
 É a principal via de eliminação das drogas do organismo
 As drogas são na maioria excretadas pelo corpo através da urina,
na forma inalterada ou como metabólitos polares
 As substâncias lipofílicas não são eliminadas suficientemente pelos
rins
 As drogas lipofílicas são metabolizadas em compostos mais polares
que são, então, secretados pela urina
81
Excreção
 Pode haver acúmulo das drogas em níveis tóxicos em pacientes
com comprometimento da função renal e em pacientes idosos.
82
Excreção
 Rins
 Pulmões
 Bile
 Suor
 Lágrimas
 Saliva
 Leite
 Secreção nasal
83
Excreção renal
1. Filtração glomerular
2. Secreção tubular
3. Reabsorção tubular
84
Excreção
1. Filtração glomerular
 Ocorre na cápsula de Bowman
 Permite apenas a passagem de moléculas pequenas
 Macromoléculas ficam retidas
 Drogas com alta ligação às proteínas plasmáticas são pouco
filtradas
85
Excreção
86
Excreção
2. Secreção tubular
 O processo de secreção tubular é um mecanismo de transporte
ativo de substâncias, que utiliza transportadores específicos,
dos capilares peritubulares para o lúmen do túbulo renal
 Entre os principais produtos secretados, podemos citar o
hidrogênio, potássio e amônia
87
Excreção
88
Excreção
3. Reabsorção tubular
 Papel de recuperar as moléculas que foram filtradas, mas são
essenciais ao organismo e devem retornar para a circulação
geral
 Aminoácidos, glicose, sódio, água
89
Excreção
90
Excreção
3. Reabsorção tubular
 A glicose e os aminoácidos são quase que completamente
reabsorvidos
 Curiosidade → Quando a glicose começa a aparecer na urina
significa que o limiar de reabsorção foi atingido, que no caso da
glicemia é de 160-180 mg/dL
91
Excreção
 Depois desses três processos, citados anteriormente, a urina
está formada e pronta para ser eliminada, sendo primeiramente
armazenada na bexiga.
 A excreção ocorre quando a urina é eliminada do corpo, através
da micção.
 Podemos resumir a formação da urina em uma equação básica:
Urina = Filtração + Secreção - Reabsorção
92
Excreção
93
94

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Farmacologia introdução e desenvolvimento

VIA DE ADM DE MEDICAMENTOS.ppt
VIA DE ADM DE MEDICAMENTOS.pptVIA DE ADM DE MEDICAMENTOS.ppt
VIA DE ADM DE MEDICAMENTOS.pptFabianaAlessandro2
 
Farmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaFarmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaLeonardo Souza
 
Vias de administração e formas farmacêuticas.pptx
Vias de administração e formas farmacêuticas.pptxVias de administração e formas farmacêuticas.pptx
Vias de administração e formas farmacêuticas.pptxTrindadeOsvaldo
 
Vias farmacêuticas.pptx
Vias farmacêuticas.pptxVias farmacêuticas.pptx
Vias farmacêuticas.pptxTrindadeOsvaldo
 
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS.ppt
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS.pptCLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS.ppt
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS.pptLourencianneCardoso
 
Apresentação administração de medicamentos (1)
Apresentação administração de medicamentos (1)Apresentação administração de medicamentos (1)
Apresentação administração de medicamentos (1)ANDRESSA POUBEL
 
Vias de Administração de Medicamentos.pptx
Vias de Administração de Medicamentos.pptxVias de Administração de Medicamentos.pptx
Vias de Administração de Medicamentos.pptxfarmaciaemergenciahr
 
Aula 04 farmacologia - prof. clara mota
Aula 04   farmacologia - prof. clara motaAula 04   farmacologia - prof. clara mota
Aula 04 farmacologia - prof. clara motaClara Mota Brum
 
Farmacologia (2).pptx
Farmacologia (2).pptxFarmacologia (2).pptx
Farmacologia (2).pptxmauromaumau
 
Administracao_de_Medicamentos.ppt
Administracao_de_Medicamentos.pptAdministracao_de_Medicamentos.ppt
Administracao_de_Medicamentos.pptssuser8e1fc0
 
Aula 1, Introdução a Farmacologia..pptx
Aula 1, Introdução a Farmacologia..pptxAula 1, Introdução a Farmacologia..pptx
Aula 1, Introdução a Farmacologia..pptxMoniqueSilva303698
 

Semelhante a Farmacologia introdução e desenvolvimento (20)

5ª aula vias de administração
5ª aula   vias de administração5ª aula   vias de administração
5ª aula vias de administração
 
2364091 farmacologia
2364091 farmacologia2364091 farmacologia
2364091 farmacologia
 
Medicamentos
Medicamentos Medicamentos
Medicamentos
 
Materia de farmaco p1
Materia de farmaco p1Materia de farmaco p1
Materia de farmaco p1
 
VIA DE ADM DE MEDICAMENTOS.ppt
VIA DE ADM DE MEDICAMENTOS.pptVIA DE ADM DE MEDICAMENTOS.ppt
VIA DE ADM DE MEDICAMENTOS.ppt
 
Aula de Farnacologia 2
Aula de Farnacologia  2Aula de Farnacologia  2
Aula de Farnacologia 2
 
Farmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaFarmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinética
 
Vias de administração e formas farmacêuticas.pptx
Vias de administração e formas farmacêuticas.pptxVias de administração e formas farmacêuticas.pptx
Vias de administração e formas farmacêuticas.pptx
 
Vias farmacêuticas.pptx
Vias farmacêuticas.pptxVias farmacêuticas.pptx
Vias farmacêuticas.pptx
 
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS.ppt
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS.pptCLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS.ppt
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS.ppt
 
prodPrincípios básicos em farmacologia
prodPrincípios básicos em farmacologiaprodPrincípios básicos em farmacologia
prodPrincípios básicos em farmacologia
 
Apresentação administração de medicamentos (1)
Apresentação administração de medicamentos (1)Apresentação administração de medicamentos (1)
Apresentação administração de medicamentos (1)
 
Vias de Administração de Medicamentos.pptx
Vias de Administração de Medicamentos.pptxVias de Administração de Medicamentos.pptx
Vias de Administração de Medicamentos.pptx
 
Aula 04 farmacologia - prof. clara mota
Aula 04   farmacologia - prof. clara motaAula 04   farmacologia - prof. clara mota
Aula 04 farmacologia - prof. clara mota
 
Treinamentos enfermagem_All Family_Home Care
Treinamentos enfermagem_All Family_Home CareTreinamentos enfermagem_All Family_Home Care
Treinamentos enfermagem_All Family_Home Care
 
Farmacologia (2).pptx
Farmacologia (2).pptxFarmacologia (2).pptx
Farmacologia (2).pptx
 
Administracao_de_Medicamentos.ppt
Administracao_de_Medicamentos.pptAdministracao_de_Medicamentos.ppt
Administracao_de_Medicamentos.ppt
 
Aula 1 (1)
Aula 1 (1)Aula 1 (1)
Aula 1 (1)
 
Via parenteral,
Via parenteral,Via parenteral,
Via parenteral,
 
Aula 1, Introdução a Farmacologia..pptx
Aula 1, Introdução a Farmacologia..pptxAula 1, Introdução a Farmacologia..pptx
Aula 1, Introdução a Farmacologia..pptx
 

Último

SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptxSEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptxCompartilhadoFACSUFA
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...EvandroAlvesAlves1
 
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptxANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptxlvaroSantos51
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptxSEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptx
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
 
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptxANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 

Farmacologia introdução e desenvolvimento

  • 1. Introdução ao estudo da Farmacologia Prof.: Louise Freitas 1
  • 2. Farmacologia  Do grego: fármacon ("droga") e lógos ("ciência");  É a área da farmácia que estuda como as substâncias químicas interagem com os sistemas biológicos;  É a ciência que estuda o mecanismo de ação, o emprego, os efeitos adversos e o destino dos medicamentos em animais e seres humanos. 2
  • 3. Substância Química (Droga) Sistema Biológico Efeito benéfico Droga-medicamento Efeito maléfico Droga-tóxico Paracelsus 3
  • 4. Conceitos  Droga  Toda substância química capaz de produzir um efeito em um ser vivo.  Veículo farmacológico  Meio em que a droga se encontra dispersa.  Forma farmacêutica  É como a droga se encontra para uso. 4
  • 6. Conceitos Droga • Substância que modifica a função fisiológica com ou sem intenção benéfica. Remédio • Substância animal, vegetal, mineral ou sintética; procedimento (ginástica, massagem, acupuntura, banhos); fé ou crença; influência: usados com intenção benéfica. Fármaco • Estrutura química conhecida; propriedade de modificar uma função fisiológica já existente. Medicamento • Produtos farmacêuticos tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. 6
  • 7. Conceitos Placebo • Tudo o que é feito com intenção benéfica para aliviar o sofrimento: fármaco/medicamento/droga/remédio (em concentração pequena ou mesmo na sua ausência). Nocebo • Efeito placebo negativo. O "medicamento" piora a saúde. 7
  • 8. 8
  • 9. Propriedades de um fármaco ideal Tem ação farmacológica desejada Tem pouco ou nenhum efeito adverso Atinge seu sítio de ação na concentração desejada Permanece no sítio de ação pelo período desejado É rápida e completamente removido do corpo 9
  • 10. Identificação de um medicamento  Nome Químico:  Ex: n-(4-hidróxifenil)acetamida  Nome Genérico:  Ex: Paracetamol  Nome Comercial:  Ex: Tylenol 10
  • 11. Terminologias Farmacológicas  Farmacognosia: estuda as propriedades físico-químicas das “drogas naturais”.  Farmacocinética: estuda os princípios que regem a cinética da droga no organismo.  Farmacodinâmica: estuda o mecanismo de ação das drogas. 11
  • 12. Terminologias Farmacológicas  Farmacoterapia: profilaxia, tratamento e diagnóstico.  Farmacoeconomia: estuda a relação custo/benefício dos tratamentos medicamentosos.  Farmacogenética: estuda o material genético para a elaboração de drogas individuais. 12
  • 13. FARMACOCINÉTICA • Vias de administração • Absorção • Distribuição • Biotransformação • Eliminação FARMACODINÂMICA • Local de ação • Mecanismo de ação • Efeitos ORGANISMO DROGA 13
  • 15. 15
  • 16. Formas Farmacêuticas  Além das formas farmacêuticas serem um meio para o obtenção de doses exatas, seguras e convenientes, há outros motivos que as tornam importantes: • Por exemplo: ampolas lacradas. Proteger o fármaco da influência destrutiva do oxigênio atmosférico ou da umidade. • Por exemplo: comprimido com revestimento entérico. Proteger o fármaco da influência destrutiva do ácido gástrico após a administração via oral. 16
  • 17. Formas Farmacêuticas • Por exemplo: cápsulas, comprimidos revestidos, xarope. Mascarar o sabor amargo, salgado ou desagradável de um fármaco, assim como um odor desagradável. • Por exemplo: comprimido de liberação controlada. Permitir a ação controlada do fármaco. • Por exemplo: pomadas, cremes, adesivos transdérmicos, preparações otológicas, nasais, oftálmicas. Proporcionar ação ótima do fármaco em uma administração tópica. 17
  • 18. Formas Farmacêuticas • Por exemplo: supositórios retais ou vaginais. Proporcionar a inserção de fármacos em orifícios do corpo. • Por exemplo: injetáveis. Permitir a liberação do fármaco diretamente na circulação sanguínea ou tecidos corporais. • Por exemplo: inalantes e aerossóis para inalação. Proporcionar a ação do fármaco pela inalação. 18
  • 19. Vias de Administração de Medicamentos 19
  • 20. Objetivo  Promover a liberação de substâncias em quantidade adequada no organismo para conseguir rapidamente o efeito terapêutico e que estas permaneçam durante o tempo desejado. 20
  • 21. Vias de administração  A escolha de determinada via ou sistema de administração depende de vários fatores: a) Efeito local ou sistêmico da droga b) Propriedades da droga e da forma farmacêutica administrada c) Idade do paciente d) Conveniência e) Tempo necessário para o início do tratamento f) Duração do tratamento g) Obediência do paciente ao regime terapêutico 21
  • 22. Locais de absorção de medicamentos  TGI  mucosa bucal  mucosa gástrica  mucosa do intestino delgado  mucosa retal  Trato respiratório  mucosa nasal  mucosa traqueal e brônquica  alvéolos pulmonares  Pele  Regiões subcutânea, intramuscular e endovenosa  Mucosa geniturinária  mucosa vaginal  mucosa uretral  Mucosa conjuntival 22
  • 23. Classificação Enteral • Oral • Sublingual • Retal Parenteral • IV/EV • IM • SC • ID Tópica • Cutânea* • Auricular • Nasal* • Vaginal • Ocular 23
  • 24. VIA VANTAGENS DESVANTAGENS ENTERAL Simples, de baixo custo, conveniente, indolor e sem nenhuma infecção O fármaco exposto ao metabolismo de primeira passagem, liberação lenta no local de ação farmacológica PARENTERAL Rápida liberação no local de ação, alta biodisponibilidade e não sujeito a metabolismo de primeira passagem Irreversível, infecção, dor, medo, exige técnica profissional MEMBRANA MUCOSA Rápida liberação no local de ação, não sujeita ao metabolismo de primeira passagem, frequentemente indolor, simples e conveniente, baixa taxa de infecção e possibilidade de liberação direta nos tecidos afetados (por exemplo, pulmão, vagina) Existem poucos fármacos disponíveis para administração por essa via TRANSDÉRMICA Simples, conveniente, indolor, excelente para administração contínua ou prolongada, não sujeita ao metabolismo de primeira passagem Exige um fármaco altamente lipofílico, liberação lenta no local de ação; pode ser irritante 24
  • 25. Via oral  Mais comum e preferida  Muito conveniente e segura, além de econômica  Requer a colaboração do paciente  Efeito local no TGI / efeitos sistêmicos  Possui uma disponibilidade incompleta para drogas pouco solúveis ou extensamente metabolizadas pelo fígado  Sujeita ao metabolismo de primeira passagem 25
  • 26. Via oral  A distribuição do fármaco é lenta, evitando-se a ocorrência de níveis sanguíneos elevados de forma rápida  Possibilidade do uso de lavagem gástrica, em caso de intoxicação 26
  • 27. Via oral  Preparações orais líquidas: soluções e suspensões  Preparações orais sólidas: comprimidos e cápsulas 27
  • 28. Via sublingual  Os medicamentos são colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sanguíneos  Absorção imediata  Evita o metabolismo de primeira passagem hepática  Encerram drogas de baixa biodisponibilidade ou que sofrem extenso metabolismo hepático 28
  • 29. Via sublingual  A via sublingual é especialmente boa para a nitroglicerina, que é utilizada no alívio da angina (dor no peito), porque a absorção é rápida e o medicamento ingressa diretamente na circulação geral, sem passar através da parede intestinal e pelo fígado 29
  • 30. Via retal  Ação local ou sistêmica  Via alternativa à via oral para crianças, doentes mentais, comatosos e aqueles que apresentam vômitos e náuseas  Absorção imediata 30
  • 31. Via retal  Drogas que podem provocar irritação gastrointestinal excessiva  O revestimento fino do reto e a irrigação sanguínea abundante permitem uma absorção rápida do fármaco  50% do fluxo venoso retal tem acesso à circulação porta 31
  • 32. Via retal  Supositórios  Dissolvem-se ou se fundem nas secreções retais (37ºC)  Devem ser retidos no reto durante, pelo menos, 20 a 30 minutos, para assegurar a fusão ou dissolução da base e a liberação da droga  Enemas  Soluções ou suspensões usadas para estimular a evacuação do intestino ou aplicar agentes de contraste radiológico 32
  • 34. Via endovenosa  Introdução da medicação diretamente na veia  Evita a absorção  Efeitos imediatos  Útil em emergências  Adequada no caso de grandes volumes e de substâncias irritativas  Inadequadas para soluções oleosas 34
  • 35. Via endovenosa  Locais apropriados  Melhor local: face anterior do antebraço e dorso da mão  Evitar articulações  Indicações  Necessidade imediata de ação  Coleta de sangue para exames 35
  • 36. Via intramuscular  Absorção lenta e mantida a partir de preparados de depósitos  Adequada para volumes moderados e veículos oleosos  Locais de aplicação: vasto lateral da coxa, glúteo e deltoide 36
  • 37. Via intramuscular  Músculo escolhido  Deve ser bem desenvolvido  Ter fácil acesso  Não possuir vasos de grande calibre e nem nervos  Volume injetado  Região deltoide – de 2 a 3 mililitros  Região glútea – de 4 a 5 mililitros  Músculo da coxa – de 3 a 4 mililitros 37
  • 38. Via subcutânea  A medicação é introduzida na tela subcutânea / hipoderme  Absorção lenta, através de capilares, ocorre de forma contínua e segura  O volume não deve ultrapassar 03 mililitros 38
  • 39. Via subcutânea  Inadequada para grandes volumes e substâncias irritativas  Usada para administração de:  Vacinas  Anticoagulantes (heparina, enoxaparina)  Hipoglicemiantes (insulina) 39
  • 40. Via subcutânea  O local de aplicação deve ser revezado, quando utilizado por período indeterminado  Ângulo da agulha  90º – agulhas hipodérmicas e pacientes gordos  45º – agulhas normais e pacientes magros 40
  • 41. Via intradérmica  Via restrita  Pequenos volumes – de 0,1 a 0,5 mililitros  Usadas em reações de hipersensibilidade  Provas alérgicas  Aplicação de vacinas: BCG 41
  • 42. Via intradérmica  Local mais apropriado: face anterior do antebraço  Pobre em pelos  Possui pouca pigmentação  Possui pouca vascularização  Ter fácil acesso a leitura 42
  • 43. Via cutânea  Aplicação de substâncias ativas diretamente na pele, ou em áreas de superfície de feridas, com efeito local, tais como, pomadas, cremes, géis, sprays, loções  A possibilidade de absorção apreciável depende das condições em que se apresenta a pele 43
  • 44. Via inalatória  Absorção imediata, na forma de gás  Utilizados em pacientes com crises asmáticas  Efeito tão rápido quanto por via IV  Evita efeito de primeira passagem 44
  • 45. Via oftálmica/ocular Via auricular Via vaginal Via dérmica 45
  • 46. Sugestão de bibliografia:  BRUM, Lucimar F S.; ROCKENBACH, Liliana; BELLICANTA, Patricia L. Farmacologia básica. Grupo A. E-book. ISBN 9788595025271. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595025271/. p. 15.  PANUS, Peter C.; JOBST, Erin E.; TINSLEY, Suzanne L.; MASTERS, Susan B.; TREVOR, Anthony J.; K, Bertram G. Farmacologia para Fisioterapeutas. Grupo A, 2011. E- book. ISBN 9788580550672. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580550672/. p. 23.  SILVA, Penildon. Farmacologia, 8ª edição. Grupo GEN, 2010. E-book. ISBN 978-85- 277-2034-2. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2034-2/. Capítulo 6.  WHALEN, Karen; FINKELL, Richard; PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia Ilustrada. Grupo A, 2016. E-book. ISBN 9788582713235. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582713235/. Capítulo 1. 46
  • 48. Inter-relação dos processos de absorção, distribuição, biotransformação e eliminação do fármaco no organismo. Phármakon + kinētikē 48
  • 49. 49
  • 51. Absorção  Refere-se ao movimento da droga de seu local de administração à circulação.  Barreiras biológicas  Epitélio gastrointestinal  Endotélio vascular  Membranas plasmáticas 51
  • 52. Absorção Agente químico  Solubilidade da molécula  Tamanho da molécula  Forma farmacêutica Organismo  Membranas Biológicas 52
  • 53. Absorção Fatores fisiológicos e características do paciente:  Esvaziamento gástrico e motilidade intestinal  Presença de alimento ou de outras substâncias no intestino 53
  • 54. Biodisponibilidade  A biodisponibilidade é definida como a fração do fármaco inalterado que alcança a circulação sistêmica logo depois da administração por qualquer via.  Para uma dose intravenosa, presume-se que a biodisponibilidade seja total.  No caso de um fármaco administrado por via oral, a biodisponibilidade pode ser menor que 100% por duas razões principais – extensão incompleta da absorção através da parede intestinal e eliminação na primeira passagem pelo fígado. 𝐵𝑖𝑜𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑓á𝑟𝑚𝑎𝑐𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑙𝑐𝑎𝑛ç𝑎 𝑎 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑓á𝑟𝑚𝑎𝑐𝑜 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜 Ex: Propanolol I.V. = 5mg Oral = 40mg a 80mg 54
  • 55. Biodisponibilidade ❑ Metabolismo de primeira passagem:  Após a absorção através da parede intestinal, o sangue da veia porta leva o fármaco ao fígado antes da entrada na circulação sistêmica.  Comumente, o fígado é responsável pelo metabolismo antes de o fármaco atingir a circulação sistêmica. 55
  • 57. 57
  • 58. Distribuição  Proporção de distribuição da droga pelo organismo após haver alcançado a circulação sistêmica. 58
  • 59. Distribuição  Fatores dependentes Lipossolubilidade Tamanho da molécula Grau de ligação às proteínas plasmáticas Vascularização do tecido 59
  • 60. Distribuição  Ligação das drogas às proteínas plasmáticas  Complexo reversível  A porção livre é a que possui efeito farmacológico  Albumina  O grau de ligação depende  Afinidade entre drogas e proteínas plasmáticas  Concentração sanguínea das drogas  Concentração das proteínas sanguíneas 60
  • 61. Distribuição  Ligação das drogas às proteínas plasmáticas  Impede a ação do fármaco e geralmente limita o transporte e metabolismo do mesmo  A extensão da ligação plasmática pode ser alterada por fatores relacionados com doenças  p. ex.: a hipoalbuminemia secundária a doença hepática grave leva à diminuição da ligação e o aumento da fração livre 61
  • 63. Distribuição  Fatores anatômicos e fisiológicos  Inicialmente, fígado, rins, cérebro e outros órgãos com boa perfusão recebem a maior parte do fármaco  A liberação para músculos, a maior parte das vísceras, pele e gordura é mais lenta  Essa segunda fase de distribuição pode levar minutos ou várias horas e envolve uma parte maior de massa corporal que a fase inicial e geralmente responde pela maior parte do fármaco distribuído 63
  • 64. 64
  • 65. Barreiras do organismo  Barreira hematoencefálica  Barreira placentária 65
  • 66. Barreira hematoencefálica  Ausência de fenestrações → função de proteção 66
  • 67. Barreira placentária  Características lipofílicas e baixo peso molecular  Pouco eficiente  Tecido metabolizador 67
  • 69. Metabolismo • Morfina • Propranolol Inativação • Amitriptilina → nortriptilina • Primidona → fenobarbital Metabólito ativo de droga ativa • Prednisona → prednisolona • Heroína → morfina Ativação de droga inativa • Penicilinas • Anestésicos gerais inalatórios Ausência de metabolismo Pró-droga ou pró-fármaco 69
  • 70. Metabolismo  A biotransformação tem como funções: transformar a molécula lipofílica em hidrofílica para facilitar sua eliminação renal; finalizar as ações terapêuticas da droga no organismo; e ativar a pró-droga. 70
  • 71. Metabolismo  Fígado, rins, pele, pulmões, TGI  Tem a finalidade de tornar as drogas mais polares, mais solúveis em água, para serem mais facilmente eliminadas  Reações de fase I e reações de fase II 71
  • 73. Metabolismo: reações de fase I  Principal família de enzimas envolvida: citocromo P450  Preparam a droga para receber a fase II 73
  • 74. Metabolismo  Metabolismo de fase II:  A droga ou seu metabólito da fase I conjuga-se com uma substância endógena a fim de formar uma molécula polar, o que é facilmente excretado pela urina Conjugação com glicuronídio 74
  • 75. Metabolismo de primeira passagem hepática  Muitas drogas são absorvidas a partir do intestino delgado e transportadas inicialmente pelo sistema porta até o fígado, onde sofrem extenso metabolismo  Especialmente nas drogas administradas por via oral  Parâmetro importante para determinar a biodisponibilidade oral  Exemplos: propranolol, morfina, fenobarbital, clorpromazina 75
  • 76. Metabolismo de primeira passagem hepática  A dose oral deverá ser consideravelmente maior que a dose sublingual ou parenteral  A biodisponibilidade oral é aumentada nos pacientes portadores de doença hepática grave 76
  • 77. Indução enzimática  É uma elevação dos níveis das enzimas ou da velocidade dos processos enzimáticos, resultando em metabolismo acelerado do fármaco  Pode ocorrer por conta da estimulação da atividade das enzimas microssomais por medicamentos e outras substâncias e representa importante problema clínico  Aumenta a velocidade de biotransformação hepática da droga  Diminui as concentrações séricas da droga  Diminui os efeitos farmacológicos se os metabólitos forem inativos  Ex: Fenobarbital 77
  • 78. Inibição enzimática  Caracteriza-se por uma queda na velocidade de biotransformação, resultando em efeitos farmacológicos prolongados e maior incidência de efeitos tóxicos do fármaco  Ex: cimetidina e cetoconazol Álcool: Pode agir como indutor ou como inibidor enzimático, pois dependerá da fase do consumidor, se é aguda (então o efeito sobre as enzimas é inibitório) ou se é crônica (efeito indutor de enzimas). 78
  • 80. Excreção x Eliminação  Eliminação representa o momento em que o fármaco foi inativado, perdendo seu efeito terapêutico.  Excreção representa o momento em que o fármaco deixa o organismo por meio de órgãos (como os rins, pulmões, sistema hepatobiliar) ou por secreções e produtos metabólicos (saliva, fezes, urina, lágrima, suor, leite materno, secreção biliar, etc.). 80
  • 81. Excreção  É a principal via de eliminação das drogas do organismo  As drogas são na maioria excretadas pelo corpo através da urina, na forma inalterada ou como metabólitos polares  As substâncias lipofílicas não são eliminadas suficientemente pelos rins  As drogas lipofílicas são metabolizadas em compostos mais polares que são, então, secretados pela urina 81
  • 82. Excreção  Pode haver acúmulo das drogas em níveis tóxicos em pacientes com comprometimento da função renal e em pacientes idosos. 82
  • 83. Excreção  Rins  Pulmões  Bile  Suor  Lágrimas  Saliva  Leite  Secreção nasal 83
  • 84. Excreção renal 1. Filtração glomerular 2. Secreção tubular 3. Reabsorção tubular 84
  • 85. Excreção 1. Filtração glomerular  Ocorre na cápsula de Bowman  Permite apenas a passagem de moléculas pequenas  Macromoléculas ficam retidas  Drogas com alta ligação às proteínas plasmáticas são pouco filtradas 85
  • 87. Excreção 2. Secreção tubular  O processo de secreção tubular é um mecanismo de transporte ativo de substâncias, que utiliza transportadores específicos, dos capilares peritubulares para o lúmen do túbulo renal  Entre os principais produtos secretados, podemos citar o hidrogênio, potássio e amônia 87
  • 89. Excreção 3. Reabsorção tubular  Papel de recuperar as moléculas que foram filtradas, mas são essenciais ao organismo e devem retornar para a circulação geral  Aminoácidos, glicose, sódio, água 89
  • 91. Excreção 3. Reabsorção tubular  A glicose e os aminoácidos são quase que completamente reabsorvidos  Curiosidade → Quando a glicose começa a aparecer na urina significa que o limiar de reabsorção foi atingido, que no caso da glicemia é de 160-180 mg/dL 91
  • 92. Excreção  Depois desses três processos, citados anteriormente, a urina está formada e pronta para ser eliminada, sendo primeiramente armazenada na bexiga.  A excreção ocorre quando a urina é eliminada do corpo, através da micção.  Podemos resumir a formação da urina em uma equação básica: Urina = Filtração + Secreção - Reabsorção 92
  • 94. 94