Este documento discute a possibilidade de um marxismo ecológico baseado na análise do discurso nos Manuscritos Econômico-Filosóficos de Marx de 1844. Apesar de Marx não ter estudado sistematicamente a ecologia, o documento encontra subsídios para um pensamento ecológico marxiano, como a visão de que o homem faz parte da natureza e depende dela para viver. A ideia de Haeckel de ecologia como estudo das relações entre organismos e meio ambiente é analis
Este documento discute a abordagem do corpo na teoria antropológica. Aponta que autores como Michael Jackson argumentam que a subjectividade está localizada no corpo, contrariando a ideia de cultura como algo superorgânico. Também discute como Mauss e Douglas viam o corpo como inscrito pela sociedade, enquanto outras perspectivas enfatizam a agência do corpo. Por fim, mapeia as principais áreas de estudo do corpo na antropologia contemporânea, incluindo incorporação, construção do self, corpos d
Comentários contextuais porto gonçalves, carlos walter. a globalização da nat...ajr_tyler
Este documento resume um livro de Carlos Walter Porto-Gonçalves sobre a relação entre globalização e natureza. A segunda parte do livro analisa o desenvolvimento, a tecnociência e o poder, examinando como a ideia de progresso e dominação da natureza levou à atual crise ambiental.
O documento discute como o materialismo histórico-dialético de Marx pode ser usado como um paradigma para interpretar a realidade educacional. Ele apresenta como Marx desenvolveu uma abordagem dialética materialista e histórica que supera a separação entre sujeito e objeto ao enfatizar o movimento e contradições na sociedade. Os educadores podem usar esse método para compreender melhor a realidade educacional em todos os seus aspectos complexos e contraditórios.
4.arnoni papirus 2008_metodologia da mediação dialéticaDocência "in loco"
Este documento discute a "Metodologia da Mediação Dialética" como uma proposta para aplicar os princípios dialéticos em uma aula de forma a superar uma interpretação puramente filosófica. A metodologia é baseada nos fundamentos da lógica dialética e ontologia do ser social de autores como Lukács, Lefebvre e Kosik. Ela visa operacionalizar teoricamente os conceitos dialéticos para promover a transformação da realidade educacional.
Sociologia auguste comte e o positivismo-2019-e6bc2d32e51a3c42b46ec0afb1a959d7ssuser0fbd94
O documento descreve as ideias fundamentais de Auguste Comte, considerado um dos fundadores da Sociologia. Comte defendia a aplicação de métodos científicos para estudar a sociedade e delimitou o campo de estudo da Sociologia. Ele também propôs que o pensamento humano passa por três estágios: teológico, metafísico e positivo, neste último baseado na observação e experimentação.
1. A categoria de formação social é importante para estudar as sociedades e o método marxista, mas foi pouco discutida por muito tempo. Recentemente, houve um renovado interesse no tema.
2. As formações econômicas e sociais referem-se a sociedades específicas em momentos de sua evolução, não à "sociedade em geral". Elas evoluem sistematicamente como um todo coerente.
3. É necessária a distinção entre modo de produção e formação social. O modo de produção representa as possibilidades de real
Cosmovisão marxista e uma breve crítica da teoria da justiça de john rawlsajr_tyler
Este documento apresenta e resume elementos da cosmovisão marxista e faz uma breve crítica da teoria da justiça de John Rawls a partir dessa perspectiva. Primeiro, define o que é cosmovisão e apresenta os elementos da cosmovisão dialético-materialista da história proposta por Marx. Segundo, utiliza essa cosmovisão marxista para apontar o caráter liberal-burguês nos fundamentos da teoria da justiça de Rawls. Por fim, defende que apenas a cosmovisão dialético-materialista pode servir de base para a
O documento discute a filosofia da práxis segundo Adolfo Sánchez Vázquez. Ele refinou essa filosofia ao longo de muitos anos, defendendo uma perspectiva libertária e crítica. Sánchez Vázquez argumenta que o marxismo é antes de tudo uma filosofia da práxis, não apenas por trazer um novo objeto à reflexão filosófica, mas por fazer parte do processo de transformação da realidade.
Este documento discute a abordagem do corpo na teoria antropológica. Aponta que autores como Michael Jackson argumentam que a subjectividade está localizada no corpo, contrariando a ideia de cultura como algo superorgânico. Também discute como Mauss e Douglas viam o corpo como inscrito pela sociedade, enquanto outras perspectivas enfatizam a agência do corpo. Por fim, mapeia as principais áreas de estudo do corpo na antropologia contemporânea, incluindo incorporação, construção do self, corpos d
Comentários contextuais porto gonçalves, carlos walter. a globalização da nat...ajr_tyler
Este documento resume um livro de Carlos Walter Porto-Gonçalves sobre a relação entre globalização e natureza. A segunda parte do livro analisa o desenvolvimento, a tecnociência e o poder, examinando como a ideia de progresso e dominação da natureza levou à atual crise ambiental.
O documento discute como o materialismo histórico-dialético de Marx pode ser usado como um paradigma para interpretar a realidade educacional. Ele apresenta como Marx desenvolveu uma abordagem dialética materialista e histórica que supera a separação entre sujeito e objeto ao enfatizar o movimento e contradições na sociedade. Os educadores podem usar esse método para compreender melhor a realidade educacional em todos os seus aspectos complexos e contraditórios.
4.arnoni papirus 2008_metodologia da mediação dialéticaDocência "in loco"
Este documento discute a "Metodologia da Mediação Dialética" como uma proposta para aplicar os princípios dialéticos em uma aula de forma a superar uma interpretação puramente filosófica. A metodologia é baseada nos fundamentos da lógica dialética e ontologia do ser social de autores como Lukács, Lefebvre e Kosik. Ela visa operacionalizar teoricamente os conceitos dialéticos para promover a transformação da realidade educacional.
Sociologia auguste comte e o positivismo-2019-e6bc2d32e51a3c42b46ec0afb1a959d7ssuser0fbd94
O documento descreve as ideias fundamentais de Auguste Comte, considerado um dos fundadores da Sociologia. Comte defendia a aplicação de métodos científicos para estudar a sociedade e delimitou o campo de estudo da Sociologia. Ele também propôs que o pensamento humano passa por três estágios: teológico, metafísico e positivo, neste último baseado na observação e experimentação.
1. A categoria de formação social é importante para estudar as sociedades e o método marxista, mas foi pouco discutida por muito tempo. Recentemente, houve um renovado interesse no tema.
2. As formações econômicas e sociais referem-se a sociedades específicas em momentos de sua evolução, não à "sociedade em geral". Elas evoluem sistematicamente como um todo coerente.
3. É necessária a distinção entre modo de produção e formação social. O modo de produção representa as possibilidades de real
Cosmovisão marxista e uma breve crítica da teoria da justiça de john rawlsajr_tyler
Este documento apresenta e resume elementos da cosmovisão marxista e faz uma breve crítica da teoria da justiça de John Rawls a partir dessa perspectiva. Primeiro, define o que é cosmovisão e apresenta os elementos da cosmovisão dialético-materialista da história proposta por Marx. Segundo, utiliza essa cosmovisão marxista para apontar o caráter liberal-burguês nos fundamentos da teoria da justiça de Rawls. Por fim, defende que apenas a cosmovisão dialético-materialista pode servir de base para a
O documento discute a filosofia da práxis segundo Adolfo Sánchez Vázquez. Ele refinou essa filosofia ao longo de muitos anos, defendendo uma perspectiva libertária e crítica. Sánchez Vázquez argumenta que o marxismo é antes de tudo uma filosofia da práxis, não apenas por trazer um novo objeto à reflexão filosófica, mas por fazer parte do processo de transformação da realidade.
A geografia está em crise. viva a geografia carlos walter porto gonçalvesFilipe Carvalho
O texto discute a crise da geografia e como as "visões" da geografia, como a visão homem-terra e a visão regional, vieram a predominar em diferentes momentos históricos. Argumenta que as mudanças de hegemonia entre essas visões não foram devido a uma evolução contínua de idéias, mas sim em resposta a problemas que se apresentaram às visões dominantes, exigindo uma análise das rupturas e crises no pensamento geográfico.
A filosofia da práxis segundo adolfo sánchez vázquezVictor Augusto
1) Adolfo Sánchez Vázquez é um filósofo marxista mexicano que refinou suas ideias ao longo de muitos anos.
2) Ele acredita que o pensamento de Marx mais relevante é o estruturalista, que vê as sociedades como sistemas estruturados em constante mudança.
3) Para Sánchez Vázquez, o marxismo é antes de tudo uma filosofia da práxis, não apenas por estudar a transformação do mundo, mas por fazer parte desse processo.
Considerações a respeito do paradigma de formação sócio-espacialGabrieldibernardi
1) O documento discute o paradigma de formação sócio-espacial proposto por Milton Santos em 1977, que aproxima geografia e materialismo histórico-dialético.
2) A geografia tem o mérito de tentar explicar o mundo como natureza e sociedade desde a antiguidade, mas foi na modernidade que passou a relacionar melhor a geografia geral com a regional.
3) A principal questão da geografia foi o debate sobre a relação sociedade-natureza entre pensadores alemães e franceses. O paradigma
Regina b. de barros e eduardo passos a construção do plano da clínica e o c...Bruno Martins Soares
O documento discute a construção do plano da clínica e o conceito de transdisciplinaridade. Defende-se a ideia de que toda clínica é transdisciplinar, apoiando-se em contribuições teóricas como a filosofia de Gilles Deleuze e a biologia da autopoiese de Humberto Maturana e Francisco Varela. Discute-se também a noção de campo na psicologia e como a pesquisa-ação evoluiu para a pesquisa-intervenção.
Este documento discute a construção do plano da clínica e o conceito de transdisciplinaridade. Primeiramente, aborda a noção de campo na psicologia e como a pesquisa-ação evoluiu para a pesquisa-intervenção. Defende a ideia de que toda clínica é transdisciplinar e deve se afastar de identificações a técnicas ou modismos, focando na potência de se criar e recriar a cada momento.
Apresentação diversidade no pensamento de friedrich engelsajr_tyler
O documento discute as contribuições materialistas e ecológicas no pensamento de Friedrich Engels, analisando sua obra "Ludwig Feuerbach e o fim da filosofia clássica alemã". Apresenta a crítica de Engels ao idealismo de Hegel e a influência de Feuerbach no desenvolvimento do materialismo histórico de Marx e Engels. Também discute a possibilidade de um "materialismo ecológico" e a concepção ampla de economia em Engels e Marx.
Este documento apresenta um resumo de um texto sobre a filosofia de René Descartes e sua concepção mecanicista da natureza. O texto discute o contexto histórico no qual Descartes viveu e como ele contribuiu para o nascimento da ciência moderna através de seu racionalismo e método matemático de investigação da natureza. Descartes via a natureza como uma grande máquina regida por leis mecânicas, reduzindo todos os fenômenos naturais a movimentos da matéria. Sua distinção entre res cogitans
Louis Althusser foi um filósofo e sociólogo marxista francês que desenvolveu uma interpretação estruturalista de Marx. O documento resume sua vida e obra, destacando sua releitura crítica de Marx que enfatizou a epistemologia e rompeu com interpretações humanistas e hegelianas. Althusser argumentou que Marx desenvolveu uma abordagem científica após 1845 que concebia a sociedade como uma totalidade estruturalmente determinada. Sua obra teve grande influência no marxismo do século XX.
Tema 00 introdução - partes i a iii( nereide e olívia)altairfreitas
O documento resume:
1) A origem e desenvolvimento do marxismo-leninismo como teoria revolucionária;
2) Suas principais figuras fundadoras como Marx, Engels e Lenin;
3) O contexto histórico e teórico no qual surgiu o marxismo como resposta às contradições do capitalismo emergente.
Este documento é um trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre as contribuições da filosofia de Spinoza para o pensamento da ecologia contemporânea. Ele discute como a visão de Spinoza de não separação entre homem e natureza pode ajudar a pensar questões atuais da ecologia, como os direitos humanos versus direitos da natureza. Também analisa como a noção spinozana de Deus ou natureza agindo necessariamente pode oferecer uma perspectiva não antropocêntrica e não teleológica
O documento discute os conceitos de dialética e materialismo de acordo com Karl Marx. Marx reformulou o conceito de dialética de Hegel para focar na sociedade e nas lutas de classes, dando origem à dialética materialista. Marx acreditava que a realidade é contraditória ao pensamento dialético e que os economistas de seu tempo não reconheciam a historicidade dos fenômenos da sociedade capitalista.
Este documento apresenta uma introdução aos conceitos básicos do marxismo-leninismo, abordando: 1) O contexto histórico de surgimento do marxismo e suas principais fontes teóricas; 2) A filosofia marxista, baseada no materialismo dialético e histórico; 3) A economia política marxista, que estuda as relações sociais por trás das relações econômicas.
O documento discute a relação entre o homem e a natureza ao longo da história. Argumenta-se que há uma "identidade entre o homem e a natureza", pois a natureza foi transformada pela ação humana ao longo do tempo. Também aborda como diferentes culturas e épocas históricas conceituaram e se relacionaram com a natureza, ora de forma mágico-religiosa, ora tentando dominá-la por meio da ciência e técnica.
O documento discute as visões de John Stuart Mill, Karl Pearson e Ernst Mach sobre ciência e sociedade. Mill defendia a indução e livre discussão, mas via a ciência como produtora de consenso. Pearson via as leis científicas como correlações e defendia que a ciência promovesse o bem-estar social. Mach criticava a metafísica e via a ciência como construção mental baseada em sensações.
1) O documento discute as duas naturezas de Claude Lévi-Strauss - a oposição entre natureza e cultura que ele utilizou em sua obra e sua visão de que a natureza condiciona as operações intelectuais que dão sentido ao mundo.
2) Apesar de reconhecer a influência do meio ambiente, Lévi-Strauss se concentrou principalmente no "determinismo mental" e como o pensamento mítico opera em diferentes contextos culturais.
3) Sua abordagem é criticada por não dar o mesmo peso aos fatores ecológicos e
Epistemologia da Razão Substantiva de Alberto Guerreiro RamosGabriel Siqueira
1. Guerreiro Ramos inicialmente adotou o personalismo humanista como referência, visando restituir ao ser humano a relação com a divindade perdida com a modernidade.
2. Ele desenvolveu o conceito de "homem parentético" como modelo de ser humano preocupado com a autorrealização que serviria de base para sua proposta sociológica.
3. Guerreiro Ramos propôs a distinção entre "razão instrumental", ligada à lógica do mercado, e "razão substantiva", voltada à realização das potencialidades humanas
Este documento discute as origens do pensamento geográfico e sua relação com o desenvolvimento da linguagem humana. Argumenta-se que o pensamento geográfico surge com o domínio espacial pelo homem, ligado ao desenvolvimento do pensamento verbal e da linguagem. Também aborda a questão ontológica, mostrando como o homem passa a questionar o significado de sua existência no mundo à medida que desenvolve uma linguagem e uma consciência de si como ser social e histórico.
Este documento discute como o método dialético pode auxiliar na análise do real ao permitir uma visão totalizante que integra os diferentes elementos da sociedade. A dialética rompe com uma visão fragmentada da realidade, entendendo que todos os aspectos estão interligados, e ajuda a perceber como as condições sociais e históricas influenciam os fenômenos observáveis.
O documento discute a concepção de Michel Foucault sobre os intelectuais e seu relacionamento com o poder. Foucault propõe a figura do "intelectual específico", ligado a uma área de conhecimento específica, em oposição ao "intelectual universal". Ele argumenta que a verdade está ligada ao poder e que o papel do intelectual não é criticar ideologias, mas sim questionar o regime de produção da verdade.
Diversidade no pensamento de friedrich engels materialismo e naturezaajr_tyler
Este documento discute o pensamento materialista de Friedrich Engels e suas implicações para uma abordagem ecológica das relações socionaturais. Engels critica o idealismo de Hegel por ver a natureza como uma exteriorização do espírito. Ele elogia Feuerbach por restaurar o materialismo, rejeitando a dependência da natureza em relação à filosofia. Engels defende um materialismo ecológico que reconhece a evolução das ciências naturais e as relações dinâmicas entre seres humanos e meio ambiente.
1) O documento discute a introdução da antropologia filosófica, definindo-a como o estudo da essência e estrutura do homem e sua relação com a natureza e princípios fundamentais.
2) Aborda as origens do termo "antropologia" e seu desenvolvimento, desde a Grécia Antiga até autores modernos como Kant.
3) Discutem-se as diferentes abordagens da antropologia ao longo da história: cosmocêntrica na filosofia clássica, teocêntrica na filosofia cristã e
Idealismo e materialismo geografia marxista e os desafios da abstração espacialajr_tyler
Este texto, levemente modificado, foi produzido originalmente como requisito para obtenção de nota na disciplina Modernização e Contradições Espaço-Temporais, ministrada pelo Prof. Dr. Anselmo Alfredo, no Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo
A geografia está em crise. viva a geografia carlos walter porto gonçalvesFilipe Carvalho
O texto discute a crise da geografia e como as "visões" da geografia, como a visão homem-terra e a visão regional, vieram a predominar em diferentes momentos históricos. Argumenta que as mudanças de hegemonia entre essas visões não foram devido a uma evolução contínua de idéias, mas sim em resposta a problemas que se apresentaram às visões dominantes, exigindo uma análise das rupturas e crises no pensamento geográfico.
A filosofia da práxis segundo adolfo sánchez vázquezVictor Augusto
1) Adolfo Sánchez Vázquez é um filósofo marxista mexicano que refinou suas ideias ao longo de muitos anos.
2) Ele acredita que o pensamento de Marx mais relevante é o estruturalista, que vê as sociedades como sistemas estruturados em constante mudança.
3) Para Sánchez Vázquez, o marxismo é antes de tudo uma filosofia da práxis, não apenas por estudar a transformação do mundo, mas por fazer parte desse processo.
Considerações a respeito do paradigma de formação sócio-espacialGabrieldibernardi
1) O documento discute o paradigma de formação sócio-espacial proposto por Milton Santos em 1977, que aproxima geografia e materialismo histórico-dialético.
2) A geografia tem o mérito de tentar explicar o mundo como natureza e sociedade desde a antiguidade, mas foi na modernidade que passou a relacionar melhor a geografia geral com a regional.
3) A principal questão da geografia foi o debate sobre a relação sociedade-natureza entre pensadores alemães e franceses. O paradigma
Regina b. de barros e eduardo passos a construção do plano da clínica e o c...Bruno Martins Soares
O documento discute a construção do plano da clínica e o conceito de transdisciplinaridade. Defende-se a ideia de que toda clínica é transdisciplinar, apoiando-se em contribuições teóricas como a filosofia de Gilles Deleuze e a biologia da autopoiese de Humberto Maturana e Francisco Varela. Discute-se também a noção de campo na psicologia e como a pesquisa-ação evoluiu para a pesquisa-intervenção.
Este documento discute a construção do plano da clínica e o conceito de transdisciplinaridade. Primeiramente, aborda a noção de campo na psicologia e como a pesquisa-ação evoluiu para a pesquisa-intervenção. Defende a ideia de que toda clínica é transdisciplinar e deve se afastar de identificações a técnicas ou modismos, focando na potência de se criar e recriar a cada momento.
Apresentação diversidade no pensamento de friedrich engelsajr_tyler
O documento discute as contribuições materialistas e ecológicas no pensamento de Friedrich Engels, analisando sua obra "Ludwig Feuerbach e o fim da filosofia clássica alemã". Apresenta a crítica de Engels ao idealismo de Hegel e a influência de Feuerbach no desenvolvimento do materialismo histórico de Marx e Engels. Também discute a possibilidade de um "materialismo ecológico" e a concepção ampla de economia em Engels e Marx.
Este documento apresenta um resumo de um texto sobre a filosofia de René Descartes e sua concepção mecanicista da natureza. O texto discute o contexto histórico no qual Descartes viveu e como ele contribuiu para o nascimento da ciência moderna através de seu racionalismo e método matemático de investigação da natureza. Descartes via a natureza como uma grande máquina regida por leis mecânicas, reduzindo todos os fenômenos naturais a movimentos da matéria. Sua distinção entre res cogitans
Louis Althusser foi um filósofo e sociólogo marxista francês que desenvolveu uma interpretação estruturalista de Marx. O documento resume sua vida e obra, destacando sua releitura crítica de Marx que enfatizou a epistemologia e rompeu com interpretações humanistas e hegelianas. Althusser argumentou que Marx desenvolveu uma abordagem científica após 1845 que concebia a sociedade como uma totalidade estruturalmente determinada. Sua obra teve grande influência no marxismo do século XX.
Tema 00 introdução - partes i a iii( nereide e olívia)altairfreitas
O documento resume:
1) A origem e desenvolvimento do marxismo-leninismo como teoria revolucionária;
2) Suas principais figuras fundadoras como Marx, Engels e Lenin;
3) O contexto histórico e teórico no qual surgiu o marxismo como resposta às contradições do capitalismo emergente.
Este documento é um trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre as contribuições da filosofia de Spinoza para o pensamento da ecologia contemporânea. Ele discute como a visão de Spinoza de não separação entre homem e natureza pode ajudar a pensar questões atuais da ecologia, como os direitos humanos versus direitos da natureza. Também analisa como a noção spinozana de Deus ou natureza agindo necessariamente pode oferecer uma perspectiva não antropocêntrica e não teleológica
O documento discute os conceitos de dialética e materialismo de acordo com Karl Marx. Marx reformulou o conceito de dialética de Hegel para focar na sociedade e nas lutas de classes, dando origem à dialética materialista. Marx acreditava que a realidade é contraditória ao pensamento dialético e que os economistas de seu tempo não reconheciam a historicidade dos fenômenos da sociedade capitalista.
Este documento apresenta uma introdução aos conceitos básicos do marxismo-leninismo, abordando: 1) O contexto histórico de surgimento do marxismo e suas principais fontes teóricas; 2) A filosofia marxista, baseada no materialismo dialético e histórico; 3) A economia política marxista, que estuda as relações sociais por trás das relações econômicas.
O documento discute a relação entre o homem e a natureza ao longo da história. Argumenta-se que há uma "identidade entre o homem e a natureza", pois a natureza foi transformada pela ação humana ao longo do tempo. Também aborda como diferentes culturas e épocas históricas conceituaram e se relacionaram com a natureza, ora de forma mágico-religiosa, ora tentando dominá-la por meio da ciência e técnica.
O documento discute as visões de John Stuart Mill, Karl Pearson e Ernst Mach sobre ciência e sociedade. Mill defendia a indução e livre discussão, mas via a ciência como produtora de consenso. Pearson via as leis científicas como correlações e defendia que a ciência promovesse o bem-estar social. Mach criticava a metafísica e via a ciência como construção mental baseada em sensações.
1) O documento discute as duas naturezas de Claude Lévi-Strauss - a oposição entre natureza e cultura que ele utilizou em sua obra e sua visão de que a natureza condiciona as operações intelectuais que dão sentido ao mundo.
2) Apesar de reconhecer a influência do meio ambiente, Lévi-Strauss se concentrou principalmente no "determinismo mental" e como o pensamento mítico opera em diferentes contextos culturais.
3) Sua abordagem é criticada por não dar o mesmo peso aos fatores ecológicos e
Epistemologia da Razão Substantiva de Alberto Guerreiro RamosGabriel Siqueira
1. Guerreiro Ramos inicialmente adotou o personalismo humanista como referência, visando restituir ao ser humano a relação com a divindade perdida com a modernidade.
2. Ele desenvolveu o conceito de "homem parentético" como modelo de ser humano preocupado com a autorrealização que serviria de base para sua proposta sociológica.
3. Guerreiro Ramos propôs a distinção entre "razão instrumental", ligada à lógica do mercado, e "razão substantiva", voltada à realização das potencialidades humanas
Este documento discute as origens do pensamento geográfico e sua relação com o desenvolvimento da linguagem humana. Argumenta-se que o pensamento geográfico surge com o domínio espacial pelo homem, ligado ao desenvolvimento do pensamento verbal e da linguagem. Também aborda a questão ontológica, mostrando como o homem passa a questionar o significado de sua existência no mundo à medida que desenvolve uma linguagem e uma consciência de si como ser social e histórico.
Este documento discute como o método dialético pode auxiliar na análise do real ao permitir uma visão totalizante que integra os diferentes elementos da sociedade. A dialética rompe com uma visão fragmentada da realidade, entendendo que todos os aspectos estão interligados, e ajuda a perceber como as condições sociais e históricas influenciam os fenômenos observáveis.
O documento discute a concepção de Michel Foucault sobre os intelectuais e seu relacionamento com o poder. Foucault propõe a figura do "intelectual específico", ligado a uma área de conhecimento específica, em oposição ao "intelectual universal". Ele argumenta que a verdade está ligada ao poder e que o papel do intelectual não é criticar ideologias, mas sim questionar o regime de produção da verdade.
Diversidade no pensamento de friedrich engels materialismo e naturezaajr_tyler
Este documento discute o pensamento materialista de Friedrich Engels e suas implicações para uma abordagem ecológica das relações socionaturais. Engels critica o idealismo de Hegel por ver a natureza como uma exteriorização do espírito. Ele elogia Feuerbach por restaurar o materialismo, rejeitando a dependência da natureza em relação à filosofia. Engels defende um materialismo ecológico que reconhece a evolução das ciências naturais e as relações dinâmicas entre seres humanos e meio ambiente.
1) O documento discute a introdução da antropologia filosófica, definindo-a como o estudo da essência e estrutura do homem e sua relação com a natureza e princípios fundamentais.
2) Aborda as origens do termo "antropologia" e seu desenvolvimento, desde a Grécia Antiga até autores modernos como Kant.
3) Discutem-se as diferentes abordagens da antropologia ao longo da história: cosmocêntrica na filosofia clássica, teocêntrica na filosofia cristã e
Idealismo e materialismo geografia marxista e os desafios da abstração espacialajr_tyler
Este texto, levemente modificado, foi produzido originalmente como requisito para obtenção de nota na disciplina Modernização e Contradições Espaço-Temporais, ministrada pelo Prof. Dr. Anselmo Alfredo, no Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo
O documento discute o materialismo histórico-dialético como uma abordagem para interpretar a realidade educacional. Apresenta a dialética marxista como um método que supera a separação entre sujeito e objeto ao considerar que a realidade é contraditória e está em constante movimento. Defende que este método pode ajudar educadores a compreenderem a realidade educacional de forma mais completa.
O documento discute a ontologia de Karl Marx de três formas:
1) Explica como Marx desenvolveu uma ontologia histórica ao superar as ontologias antiga e moderna.
2) Descreve como Marx via o homem como um "ser social" cuja consciência é determinada por seu ser social.
3) Discutem como Marx via o trabalho como a categoria fundante do mundo dos homens e a base de sua ontologia social.
A sociologia estuda as sociedades humanas e os processos que ligam indivíduos em grupos e instituições. Seu estudo científico começou no século XIX em meio às revoluções industrial e francesa. Dois abordagens principais emergiram: positivistas viam a sociologia como ciência natural, enquanto antipositivistas enfatizavam a compreensão dos significados humanos. Ibn Khaldun é considerado um precursor por analisar a ordem social subjacente aos fenômenos políticos e econômicos.
O vermelho e o verde rastreando um marxismo ecológico n’a ideologia alemãajr_tyler
O documento discute como o pensamento de Marx e Engels pode fornecer elementos para compreender a crise ambiental atual. Ele rastreia indícios de um marxismo ecológico na obra "A Ideologia Alemã", examinando como a separação entre homem e natureza foi construída através da influência do platonismo, aristotelismo e cristianismo na filosofia ocidental.
Este documento resume a história da classificação biológica, começando com Aristóteles que classificou organismos em "com sangue" e "sem sangue". Lineu estabeleceu os princípios da taxonomia moderna. Haeckel e Copeland propuseram os primeiros esquemas de quatro e cinco reinos. Atualmente, a classificação é baseada no DNA e divide os seres vivos em três domínios e vários reinos de eucariontes.
Este documento apresenta seis artigos acadêmicos sobre temas relacionados à história da América, natureza e literatura. Os artigos abordam tópicos como a percepção da natureza por imigrantes italianos no Paraná, o eugenismo em Monteiro Lobato, história e sexualidade, um terremoto no Peru em 1746, a agricultura inca e as culturas inca e hispânica na obra de Garcilaso de la Vega.
Essa aula visa explicar as diferentes correntes sociológicas bem como conceituar questões como: positivismo, funcionalismo, solidariedade, suicídio, materialismo histórico, mais-valia, ação social.
Para facilitar ainda mais a compreensão tabelas, charges e fotografias foram relacionadas com o conteúdo trabalhado.
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARXHisrelBlog
Karl Marx foi um filósofo e sociólogo alemão que desenvolveu uma teoria da história baseada na luta de classes. Sua análise da sociedade envolve a distinção entre infraestrutura e superestrutura, onde a infraestrutura econômica determina a superestrutura ideológica. Marx acreditava que o capitalismo levaria ao comunismo através da revolução do proletariado.
[1] O documento discute a história da ecologia, desde a Grécia Antiga até a consolidação da ecologia moderna no século XX.
[2] Aborda os principais conceitos e contribuições de figuras como Lineu, Humboldt, Darwin, Haeckel, Warming e Clements na formação da ecologia como ciência.
[3] Destaca a diferenciação da ecologia vegetal e animal no início do século XX com autores como Cowles, Clements, Gleason, Shelford e Elton.
Antropologia da ciência biológica à social [laraia]Marcia Marafigo
1) A antropologia surgiu no século 18 como uma ciência biológica, mas ao longo do século 19 foi se transformando em uma ciência social, principalmente graças ao trabalho de antropólogos britânicos evolucionistas.
2) No século 20, a antropologia se consolida definitivamente como uma ciência social com o desenvolvimento da teoria da cultura, que atribui maior importância aos fatores culturais do que aos biológicos na diferenciação dos povos.
3) Ao longo do texto, são descritos os principais marcos
O documento introduz os principais conceitos da ecologia geral, incluindo: (1) a definição de ecologia como a ciência que estuda as relações dos seres vivos com o meio ambiente; (2) a distinção entre hábitat como o local onde um organismo vive e nicho ecológico como o papel de uma espécie numa comunidade; (3) os diferentes níveis de organização biológica estudados pela ecologia, incluindo populações, comunidades, ecossistemas e a biosfera.
1) O documento analisa o livro "O Verbo se faz palavra: caminhos da comunicação eclesial católica" de Waldemar Luiz Kunsch. 2) O livro traça o perfil do pensamento da Igreja Católica brasileira sobre comunicação social e mapeia os caminhos percorridos por comunicadores sociais católicos no Brasil. 3) A obra contribui para estabelecer os limites e a racionalidade da comunicação social como campo científico a partir da perspectiva católica.
Karl Marx e o materialismo dialético.pptxMaiconCarlos5
Karl Marx foi um filósofo e revolucionário socialista alemão que criou as bases da doutrina comunista, criticando o capitalismo. Sua filosofia influenciou várias áreas como Sociologia, Política, Direito e Economia. O materialismo dialético foi desenvolvido por Marx e Engels para analisar as relações sociais na sociedade capitalista, defendendo que a história emerge das relações interpessoais e que a luta de classes é necessária para construir uma sociedade justa e igualitária.
O documento fornece um resumo histórico da ecologia, desde os primeiros pensamentos ecológicos na Grécia Antiga até o desenvolvimento da ecologia como ciência moderna. Aborda contribuições de figuras como Linnaeus, Humboldt, Darwin e Wallace, que ajudaram a estabelecer os fundamentos da ecologia ao estudar as relações entre organismos e seu ambiente.
01 as ciencias_ecologicas.pdf resenha 2Cidah Silva
1. A ecologia originou-se como um ramo da biologia para estudar as relações entre organismos e seu habitat natural, mas hoje engloba dezenas de campos nas ciências naturais, humanas, sociais e outras áreas.
2. As ciências ecológicas incluem campos como a ecologia ambiental, energética, humana, cultural, do ser e outras que estudam as relações entre seres vivos e seus ambientes físicos, sociais e outros.
3. A ecologia se expandiu para além da biologia e hoje permeia transversalmente
O documento discute a influência do materialismo histórico dialético de Karl Marx e Friedrich Engels no pensamento de geógrafos, citando Georges Benko, Milton Santos e Armando Corrêa da Silva como exemplos de geógrafos influenciados por essa abordagem. O materialismo histórico dialético busca compreender a realidade a partir das transformações históricas e sociais de maneira materialista e dialética.
Semelhante a Existe um marxismo ecológico discurso, natureza e ideologia da natureza nos manuscritos econômico (20)
O desenvolvimento geográfico desigual da suzano papel e celulose no maranhãoajr_tyler
Busca-se investigar o desenvolvimento geográfico desigual da Suzano no Maranhão, atentando para a relação com o Estado, os conflitos sociais e os impactos ambientais. Concebe-se, aqui, a Suzano como um agente social e econômico dotado de características particulares cujas ações influenciam e reverberam nas dimensões socioambientais do espaço
geográfico maranhense e além fronteiras. Para isto realizou-se três etapas principais: trabalhos
de campo, a revisão bibliográfica e a produção da dissertação. Além da apresentação, introdução e metodologia, a dissertação está dividida em cinco capítulos. No primeiro capítulo procurou-se entender o debate realizado por alguns geógrafos acerca da discussão desenvolvimento/subdesenvolvimento. São destacados os seguintes autores: 1) Yves Lacoste,
2) Milton Santos 3) Horieste Gomes, 4) Germán Wettstein, 5) Carlos Walter Porto-Gonçalves e 6) Jorge Montenegro Gómez. No segundo capítulo, advogo que a leitura do capitalismo contemporâneo, para além da dicotomia desenvolvido-subdesenvolvido, deve tomar como
base a teoria do desenvolvimento geográfico desigual do capitalismo, sustentada pelos geógrafos Neil Smith e David Harvey. No capítulo terceiro, trouxe para a discussão reflexões acerca do papel do Estado na evolução histórica do Grupo Suzano, bem como seu
consequente desenvolvimento. Sustento que o apoio do Estado é de fundamental importância para o desenvolvimento da empresa. Apoio esse que se materializa em isenções fiscais, planos de desenvolvimento e apoios financeiros, como no caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No quarto capítulo, que trata sobre os projetos de desenvolvimento, o intuito é ofertar um panorama geral acerca da territorialização da empresa no referido Estado. Procuro, sempre que possível, refletir teoricamente acerca da interconexão dos projetos florestais, plantas industriais, acessos rodoferroviários e terminal portuário. Por fim, apresento uma reflexão na qual pretendo compreender a produção da natureza como estratégia de acumulação analisando a aquisição da empresa de biotecnologia FuturaGene pela Suzano.
David harvey e a teoria do desenvolvimento geográfico desigual do capitalismoajr_tyler
Este documento resume a teoria do desenvolvimento geográfico desigual do geógrafo marxista David Harvey. Harvey argumenta que o desenvolvimento capitalista é desigual no espaço e no tempo devido à produção de escalas espaciais e diferenças geográficas pelo capital. A teoria é aplicada aqui ao caso da empresa Suzano Papel e Celulose e sua influência no estado do Maranhão no Brasil.
Resenha o enigma do capital, de David Harveyajr_tyler
Este documento resume um livro de David Harvey chamado "O enigma do capital" em três parágrafos. A obra analisa as crises do capitalismo e como o capital flui através do espaço e do tempo em busca de acumulação contínua, enfrentando barreiras. O autor também discute como a natureza é afetada pelo capitalismo e como as crises podem ter impactos geograficamente desiguais em diferentes países.
O documento resume um livro sobre os conflitos socioambientais na Reserva Extrativista de Tauá-Mirim em São Luís, Maranhão. O livro descreve a disputa entre moradores que reivindicam o território e o projeto de um polo siderúrgico na área em 2001. Analisa como diferentes grupos atribuem significados diferentes ao território e como o conflito ambientalizou um conflito social. Discutem-se também o modo de vida tradicional na região e os movimentos sociais em defesa da reserva.
O estado brasileiro, a economia da vale na amazônia maranhense e a rede justi...ajr_tyler
O objetivo deste texto é discutir a relação existente entre o Estado Brasileiro e a Economia da
Vale tendo como universo empírico a Amazônia Maranhense, principal área de atuação da Rede Justiça nos
Trilhos. No primeiro momento, é investigado como a Vale foi desenvolvendo suas atividades baseando-se
na política desenvolvimentista do Estado Brasileiro capitaneada pelo BNDES. Em seguida é apresentada
e debatida a formação da referida Rede no espaço geográfico da Amazônia Maranhense. A escolha deste
enfoque metodológico serve para a promoção de uma análise que permita a compreensão das lutas sociais
e políticas que são travadas pela Rede Justiça nos Trilhos em diversas escalas geográficas
Neil smith e o desenvolvimento desigual do capitalismoajr_tyler
1) O documento discute as ideias do geógrafo Neil Smith sobre o desenvolvimento desigual do capitalismo a partir de uma perspectiva marxista.
2) Neil Smith argumenta que o desenvolvimento desigual é espacial, levando à diferenciação e igualização geográficas à medida que o capitalismo incorpora diferenças regionais.
3) O trabalho humano permite o desenvolvimento das forças produtivas e a apropriação da terra e da natureza de forma desigual em diferentes regiões, resultando na produção espacial desigual do capitalismo.
Idealismo e materialismo, geografia crítica e a concepção da abstração espacialajr_tyler
1) O documento discute a dicotomia entre idealismo e materialismo na filosofia, com ênfase no materialismo de Feuerbach e no materialismo marxista.
2) Analisa a obra de Engels "Ludwig Feuerbach e o fim da Filosofia Clássica Alemã" para entender as diferenças entre o materialismo de Feuerbach e o materialismo evoluído de Marx e Engels.
3) Tem como objetivo mostrar que a abstração espacial representa um retorno ao idealismo, especialmente de Kant e Hegel, enquant
Este documento resume um trabalho acadêmico sobre a obra "Fronteira" do sociólogo brasileiro José de Souza Martins. O trabalho analisa como Martins conceitua a fronteira como um lugar de conflito e desumanização, onde diferentes concepções de humanidade colidem. Ele argumenta que a fronteira representa o renascimento do capitalismo através da superexploração do trabalho e formas análogas à escravidão. O trabalho também discute a metodologia de Martins, que adota a perspectiva das vítimas e realiza
Acumulação primitiva, capital fictício e acumulação por espoliaçãoajr_tyler
Este trabalho busca introduzir uma leitura geográfica da economia política contemporânea enfatizando a relação entre a acumulação primitiva, capital fictício e acumulação por espoliação. Primeiro retorna-se ao conceito marxiano de acumulação primitiva. Em seguida,
baseando-se em F. Chesnais, estabelece-se a relação da acumulação primitiva com o capital fictício. Por fim, pontua-se a dialética entre os dois fenômenos e o conceito de acumulação por espoliação de D. Harvey.
A política de desenvolvimento sustentável da vale geografia ensino e pesquisaajr_tyler
Este trabalho, a partir de um ponto de vista crítico, identificado com a ecologia política, visa
contribuir para o estudo da temática dos conflitos socioambientais considerando a necessidade de se
compreender a atuação de determinados agentes particulares que interferem no campo sócioeconômico
e políticoambiental. Como objeto de estudo, selecionouse a Companhia V ale do Rio Doce (CVRD),
atualmente V ale S.A, por sua ação em mais de 30 países que tem gerado vários impactos
socioambientais. Assim, analisamos o documento intitulado “Política de Desenvolvimento Sustentável”,
decompondo os elementos que a constituem e buscando, quando possível, redarguir as afirmações
presentes no documento com casos concretos
A geografia política dos conflitos ambientais no maranhão território, desenvo...ajr_tyler
Este trabalho, a partir de um ponto de vista crítico, identificado com a ecologia política,visa contribuir para o estudo da temática dos conflitos socioambientais, considerando a necessidade de se compreender a atuação de determinados agentes particulares atuantes que interferem no campo sócio-econômico e político-ambiental, possibilitando, destarte, entender conjuntamente como processa-se as diversas espacializações, as relações de forças antagônicas/co-existentes e os conflitos resultantes. Como objeto de estudo, selecionou-se a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), atualmente Vale S.A, devido a sua intensa influência, materializado na sua territorialização, no Estado do Maranhão, que tem ocasionado vários
impactos sociais e injustiças ambientais em virtude do seu planejamento político-econômico que promove inadequadamente transformações de cunho social e ambiental (geográfico), como o deslocamento de populações e a apropriação do território, respectivamente. Dentro desta perspectiva, foi realizado o estudo da distribuição dos conflitos ambientais no Maranhão, através do discurso contido no documento intitulado Relatório de Sustentabilidade 2009 da Vale,
buscando, quando possível, redarguir as afirmações presentes no documento com casos concretos.
A economia política da vale uma leitura para 2012ajr_tyler
Este trabalho busca promover uma leitura geográfica da economia política da Vale uma vez que considera necessária a compreensão determinados agentes particulares que interferem no campo econômico e político. De acordo com a dialética marxista, propõe-se
uma análise multiescalar porque os processos econômicos (produção, distribuição, circulação
e consumo) atravessam várias escalas. Dessa forma, ancorando -se na teoria do desenvolvimento geográfico desigual, sustentada pelo geógrafo marxista David Harvey, selecionou-se como objeto de estudo o Orçamento de Investimentos para 2012 da Vale S.A
Irracionalismo e antiontologia esboço de uma crítica a richard rortyajr_tyler
Este documento apresenta uma crítica às ideias do filósofo pragmatista Richard Rorty sobre verdade e linguagem. O autor argumenta que Rorty comete equívocos ao afirmar que a verdade depende das frases e linguagens humanas, já que a verdade se refere à realidade objetiva. Além disso, o pensamento de Rorty é associado ao irracionalismo de Nietzsche e Wittgenstein ao negar a existência de uma realidade independente das representações humanas. Por fim, o conceito de progresso em Lukács é contrastado com a visão
O rei enquanto homem de deus breves reflexões sobre “do governo dos príncipes...ajr_tyler
1) O documento discute as ideias de São Tomás de Aquino sobre o governo dos príncipes contidas em sua obra "Do governo dos Príncipes". 2) Apresenta as visões de Leonardo Van Acker nos prefácios da obra, que defendia a monarquia e atacava o comunismo. 3) Argumenta que Acker comete equívocos ao criticar o comunismo, já que este busca a igualdade entre os homens eliminando a propriedade privada e a exploração do homem pelo homem.
1) O documento discute a compreensão metodológica do autor, comparando os métodos dialético de Hegel e Marx.
2) Marx e Engels se opuseram ao entendimento idealista da história de Hegel, propondo em vez disso uma dialética materialista focada nas relações sociais de produção e na luta de classes.
3) O autor defende o uso do materialismo dialético de Marx e Engels para analisar as realidades sociais, considerando as relações sociais concretas e a unidade na diversidade como um processo de síntese.
Comentários contextuais acerca do texto “cultura y culturas desde la colonial...ajr_tyler
O documento resume a obra do antropólogo peruano Rodrigo Montoya Rojas e sua proposta de "socialismo mágico". Segundo a antropóloga Selma Baptista, Rojas busca sintetizar a questão étnica e política no Peru, combinando elementos de esquerda e questões étnicas inspirados por José Mariátegui. Rojas vê a "utopia andina" como resposta ao fragmentador "localismo", propondo uma identidade andina unificada que mantenha a diversidade cultural.
Comentários contextuais acerca do livro o colapso da modernização, de robert ...ajr_tyler
Este texto foi produzido originalmente como requisito para obtenção de nota na disciplina Modernização e Contradições Espaço-Temporais, ministrada pelo Prof. Dr. Anselmo Alfredo, no Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo. Agradeço ao geógrafo e doutorando em Geografia Humana (FFLCH/USP) Thiago Araújo Santos pelas inúmeras colaborações, críticas e sugestões.
Este documento discute como a economia se tornou fascista ao longo do desenvolvimento do capitalismo. A economia foi paulatinamente deturpada de seu significado original de estudar a reprodução material da sociedade para se tornar uma ciência da produção de pobreza e miséria. O autor argumenta que a economia contemporânea é antidemocrática, antiliberal e anti-social, privando as pessoas de liberdade e participação política em benefício do poder e lucro de poucos capitalistas.
Versão enviada desenvolvimento e sustentabilidade em questão análise do desem...ajr_tyler
Este documento analisa o discurso de desenvolvimento e sustentabilidade contido no relatório de desempenho da Vale no primeiro trimestre de 2011. O documento questiona como a Vale articula desenvolvimento e sustentabilidade em suas atividades de mineração, que são agressivas ao meio ambiente. Além disso, analisa os indicadores financeiros apresentados pela empresa e como eles refletem seu foco no retorno aos acionistas acima de preocupações ambientais e sociais.
O documento analisa o desempenho da mineradora Vale no primeiro trimestre de 2011, destacando seu lucro recorde de R$11 bilhões impulsionado pelas vendas de minério de ferro para a China. No entanto, também discute os impactos socioambientais negativos de suas operações, como conflitos fundiários e desrespeito aos direitos de indígenas e quilombolas.
A linguagem C# aproveita conceitos de muitas outras linguagens,
mas especialmente de C++ e Java. Sua sintaxe é relativamente fácil, o que
diminui o tempo de aprendizado. Todos os programas desenvolvidos devem
ser compilados, gerando um arquivo com a extensão DLL ou EXE. Isso torna a
execução dos programas mais rápida se comparados com as linguagens de
script (VBScript , JavaScript) que atualmente utilizamos na internet
As classes de modelagem podem ser comparadas a moldes ou
formas que definem as características e os comportamentos dos
objetos criados a partir delas. Vale traçar um paralelo com o projeto de
um automóvel. Os engenheiros definem as medidas, a quantidade de
portas, a potência do motor, a localização do estepe, dentre outras
descrições necessárias para a fabricação de um veículo
Existe um marxismo ecológico discurso, natureza e ideologia da natureza nos manuscritos econômico
1. EXISTE UM MARXISMO ECOLÓGICO? DISCURSO, NATUREZA E IDEOLOGIA
DA NATUREZA NOS MANUSCRITOS ECONÔMICO-FILOSÓFICOS DE KARL
MARX (1844)
José Arnaldo dos Santos Ribeiro Junior
Graduando em Geografia-UFMA
Juscinaldo Góes Almeida
Graduando em Geografia-UFMA
Thiers Fabrício Santos Tiers
Graduando em Geografia-UFMA
Prof. Dr. Baltazar Macaíba de Sousa
DESOC-UFMA
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS: Ecologia, Marxismo e Marxismo Ecológico
O pensamento de Karl Marx (e Friedrich Engels) é por demais conhecido acerca de
seus escritos sobre economia, sociedade, filosofia e política. Todavia, das leituras filosóficas e
econômicas, a maior parte dos leitores e letrados no marxismo “deixou à margem” as
“preocupações ecológicas” do pensamento marxiano. Fato este que pode ter sido motivado
pela recente generalização das preocupações ambientais/ecológicas (final da década de 1960).
Os escritos marxianos, de fato, não tratavam prioritariamente de ecologia, uma vez que a
prioridade era dada à economia política e filosofia.
No entanto, pode-se perceber que Marx (e Engels) demonstra(vam), mesmo que de
maneira incipiente, preocupação com os desdobramentos socioambientais decorrentes do
desenvolvimento do capitalismo industrial. Neste trabalho, partindo do incipiente paradigma
ecológico “iniciado” por Haeckel buscamos rastrear subsídios teóricos e práticos que, no
âmbito das relações homem-natureza do pensamento marxiano, representam um caminho de
análise e compreensão dos problemas ecológicos atuais. Intencionamos através da análise do
discurso (FOUCAULT 2009a, 2009b), presente na obra de Marx Manuscritos Econômico-
Filosóficos (1844), buscar criticamente a existência de um marxismo ecológico
(ALTVATER, 2006) e indicar analiticamente pistas para as bases de um pensamento
ecológico marxiano.
2 O prelúdio ecológico de Haeckel
A ecologia desperta o interesse dos mais variados setores da sociedade atualmente.
Mas, o surgimento da ecologia não é um assunto novo. Foi no século XIX, que o biólogo
Ernst Haeckel (1834-1919) cunhou o termo ecologia (do grego oikos, „casa‟; logos, „estudo‟)
no seu livro Morfologia geral dos organismos, num sentido direcionado às condições de
2. existência do organismo para com o ambiente (CUNHA, 2006; NUCCI, 2007). É a partir
desse momento que nascerá o, ainda, elementar paradigma1 ecológico. Vejamos o que Ruy
Moreira (2006:71-72, os grifos são nossos) tem a declarar a respeito:
“Em que consiste este paradigma para o qual o pensamento atual caminha em
caráter generalizado acerca da Natureza e do homem? [...] a abordagem da Natureza
a partir do interior da sua história, isto é, da Natureza como história natural, já é
visível nas revoluções conceituais introduzidas por Lavoisier, via química, e
Lamarck, via biologia, que ganha impulso definitivo no século XIX com a revolução
de Darwin. Mas é com Haeckel (1834-1919), que a batiza de ecologia, que esta
abordagem nasce em 1866. Será preciso, todavia, que então se assimilem
expressões e teses de um discurso global da Natureza e do homem a fim de que o
enfoque ecológico amadureça como nova leitura do mundo. Assim, durante todo o
período que se estende do século XIX ao XX aparecem noções do tipo “formação
vegetal”, “comunidade biótica”, “ecossistema”, “cadeia trófica”, para, enfim se
constituir em linguagem e raciocínio formados”.
Esse modelo de racionalidade incipiente no século XIX e tão em voga atualmente
apresenta-nos uma concepção holística da Natureza. De fato, Haeckel não fundou a ecologia,
apenas batizou essa concepção (estritamente) biológica do mundo. Note-se também que o
nascimento do discurso ecológico, que é anterior à Haeckel, vai ganhado corpo a partir das
“práticas que vão formando sistematicamente os objetos de que falam” (FOUCAULT, 2009a:
55). Sendo assim justifica-se o aparecimento das noções evidenciadas por Moreira (2006)
anteriormente.
Se retomarmos a visão de Haeckel percebe-se que, nessa ótica, grosso modo, o homo
sapiens deixa de ser o “centro do mundo” e passa ter certa “igualdade de sobrevivência” em
relação às outras espécies. Há que se buscar então os dois lados dessa visão: 1) se por um lado
é louvável o fato de se questionar o antropocentrismo exacerbado, mostrando que outras
espécies são tão importantes quanto o homem para o equilíbrio ecológico, por outro parece
também que essa visão ecológica reduz o homem a um animal (apesar de racional), “igual”
aos demais seres vivos e não vivos. O fato de nenhuma espécie, incluindo o homem, ser mais
importante que outra, equivale, por assim dizermos, ao princípio da igualdade biocêntrica,
um dos pilares da ecologia profunda. A esse respeito, diz-nos Dryzek que “nenhuma espécie,
incluindo a espécie humana, é considerada como de maior valor, ou em algum sentido,
superior do que qualquer espécie” (apud LENZI, 2006:31). Todavia, aqui cabe dar voz a
Michael Löwy (2005:47):
1
Graças a Thomas Kuhn concebemos hoje o conceito de paradigma como modelo de mundo (OLIVEIRA,
2010). Nessa perspectiva, paradigma ecológico seria um modelo de mundo fundado e fundamentado na
Ecologia, ou seja, a nossa própria percepção de mundo está baseada na relação entre o Homem, que Haeckel
chamou de „organismo‟, e a Natureza, que Haeckel chamou de „ambiente‟.
3. Enfim, nas correntes ditas “fundamentalistas” (ou deep ecology), vemos esboçar-se,
sob o pretexto de combate contra o antropocentrismo, a recusa do humanismo, o que
leva a posições relativistas que põem todas as espécies vivas no mesmo nível. É
realmente necessário considerar que o bacilo de Koch ou o mosquito anófeles têm o
mesmo direito à vida que uma criança tuberculosa ou com malária?
Claramente, o bacilo de Koch não tem a mesma importância de uma vida humana. A
questão que Löwy chama-nos atenção não é para a recusa do humanismo como saída para a
crise ecológica: mas sim pela necessidade de se unir questionar a ideologia do progresso, o
produtivismo/racionalidade capitalista.
O fato de a temática ecológica ter sido posta à margem no seio do marxismo pode ser
explicada, em parte, pelo fato de Marx e Engels não terem empreendido um estudo
sistematizado sobre a Natureza e a Ecologia em si. Além disso, a discussão ampliada sobre
questões ambientais é uma preocupação do século XX, muito depois da morte dos filósofos.
A maior parte da literatura marxiana acerca da ecologia encontra-se em passagens,
relances, ou seja, a contextualização da Natureza aparece apenas como pano de fundo, “um
cenário inerte ao qual têm lugar os eventos históricos, e a natureza como o material
passivo com o qual os humanos fazem seu mundo” (CORONIL, 1997 apud LANDER,
2006:221, os grifos são nossos) em relação às teorizações dos filósofos sobre a economia
política, a sociedade e a filosofia. Isso fica bem evidente na obra de Marx: Manuscritos
Econômico-Filosóficos2.
3 A possibilidade de um Marxismo Ecológico nos Manuscritos Econômico-Filosóficos
Quando Marx escreve os Manuscritos, em 1844, Haeckel ainda não havia cunhado o
termo ecologia, bem como a “ciência da morada” existia de forma elementar, nada
sistematizada, tampouco objetivamente ou metodologicamente definida. A obra de Marx
centra-se, em questões econômicas (como salário do trabalho) e filosóficas (a exemplo da
crítica da dialética e da filosofia de Hegel). Todavia, na parte em que Marx trata sobre o
trabalho alienado ele nos dá uma mostra do seu entendimento acerca da relação Homem-
Natureza:
2
Os manuscritos Econômico-Filosóficos de Karl Marx são um conjunto de textos do período juvenil do
pensador. Tal como o título da obra propõe, os textos selecionados versam sobre Economia (salário do trabalho,
lucro do capital, etc.) e Filosofia (Crítica da dialética e da filosofia de Hegel). Apesar de terem sido escritos em
1844, os manuscritos somente foram recuperados e publicados em 1932. É importante lembrar que boa parte dos
estudos marxistas foram feitos sem o conhecimento desses manuscritos.
4. “A Natureza é o corpo inorgânico do homem, ou seja, a Natureza na medida em que
não é o próprio corpo humano. O homem vive da Natureza, ou também, a
Natureza é o seu corpo, com o qual tem de manter-se permanente intercâmbio
para não morrer. Afirmar que a vida física e espiritual do homem e a Natureza são
interdependentes significa apenas que a Natureza se inter-relaciona consigo mesma,
já que o homem é uma parte da Natureza”. (MARX, 2006:116, os grifos em
negrito são nossos)
Esse pequeno trecho demonstra que Marx tinha plena consciência do quão importante
são as relações que as esferas orgânicas e inorgânicas estabelecem no seio de sua interação. O
homem é o corpo indissociável da Natureza e precisa dela como condição de vida. Então,
diferentemente de Descartes3, Marx aponta que o homem é parte da Natureza.
Mais à frente, Marx (2006:138) volta a atacar a matriz cartesiana de pensamento que
acirrou a oposição entre Homem e Natureza: “o comunismo [...] estabelece a resolução
autêntica do antagonismo entre o homem e a Natureza”. Se Descartes falava em amortização
da Natureza, Marx buscou solucionar esse antagonismo fundando uma doutrina em que o
homem não se tornaria senhor da Natureza, mas sim restabeleceria o equilíbrio que havia com
ela a partir da destituição da propriedade privada.
Está evidente que Marx tem uma visão holista e totalizante da Natureza. Além dele
tecer a crítica ao capitalismo que separou o homem da Natureza, ele aponta a solução para tal
dicotomia/problema: o comunismo. Posteriormente, no terceiro manuscrito, na parte do Saber
Absoluto. O Capítulo final da “Fenomenologia”, uma crítica ao mestre-pensador Hegel,
Marx (2006:182, os grifos em negrito são nossos) volta a afirmar que:
“O homem é diretamente um ser da Natureza. Como ser natural e enquanto ser
natural vivo é, por um lado, dotado de poderes e faculdades naturais, que nele
existem como tendências e capacidades, como pulsões. Por outro lado, enquanto ser
natural, corpóreo, sensível, objetivo, é um ser que sofre, condicionado e limitado, tal
como o animal e a planta, quer dizer, os objetos das suas pulsões existem fora dele,
como objetos independentes e, no entanto, tais objetos são objetos das suas
necessidades, objetos essenciais, indispensáveis ao exercício e à confirmação das
suas faculdades. Que o homem seja um ser corpóreo, dotado de forças naturais,
vivo, real, sensível, objetivo, significa que ele tem objetos reais, sensíveis, como
objetos do seu ser, ou que pode exteriorizar a própria existência só em objetos reais,
sensíveis. Ser objetivo, natural, sensível e simultaneamente ter fora de si o objeto, a
Natureza, o sentido para uma terceira pessoa, é a mesma coisa. [...]
Um ser, que não tenha a sua característica fora de si, não é nenhum ser natural, não
participa do ser da Natureza. Um ser, que não tenha objeto fora de si, não é nenhum
ser objetivo. Um ser que não seja ele próprio objeto para um terceiro ser, não tem
3
O Cartesianismo é uma filosofia moderna que não deve ser compreendida apenas como uma filosofia que
separa corpo e alma, mas também homem e Natureza: “[...] é possível chegar a conhecimentos muito úteis para a
vida e de achar, em substituição à filosofia especulativa ensinada nas escolas, uma prática pela qual, conhecendo
a força e a ação do fogo, da água, do ar, dos astros, do céu e de todos os demais corpos que nos cercam, tão
distintamente quanto conhecemos os diversos misteres dos nossos artífices, poderíamos empregá-los igualmente
a todos os usos para os quais são próprios, e desse modo nos tornar como que senhores e possuidores da
natureza.” (DESCARTES, 2008:60, os grifos são nossos)
5. existência para o respectivo objeto, quer dizer, não possui relação objetiva, o seu ser
não é objetivo”.
Percebe-se que para Marx o homem não apenas está na Natureza, mas sim ele é um ser
da Natureza. Ele anota também que o homem é dotado de sensibilidade (pois sofre) e é
condicionado e limitado tal como os animais irracionais e as plantas. Sendo assim a Natureza
aparece em Marx como uma exteriorização do ser humano, algo objetivo, real, sensível,
indispensável para o atendimento das necessidades humanas. A Natureza é objeto do homem:
imprescindível e que lhe garante a vida.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS: caminhos para uma renovação do Marxismo
Está claro que nos Manuscritos, Marx salienta a unidade do homem com a Natureza
(SMITH, 1988). Nesta parte final objetivamos apontar caminhos, sem esgotá-los, para uma
renovação do marxismo. O primeiro deles é compreender os limites teóricos de Marx, por
exemplo: 1) a concepção de uma Natureza exterior ao homem, como algo existente fora da
sociedade; 2) a Natureza enquanto objeto do homem, uma herança dos príncipes da Filosofia
Moderna: Francis Bacon (1984) e René Descartes (separação entre corpo/alma e
homem/Natureza.
Propomos também para uma renovação do marxismo a crítica da ideologia do
progresso e do produtivismo da racionalidade capitalista. É fundamental que possamos abrir
espaço para ressaltar o caráter destrutivo das forças produtivas (MARX; ENGELS, 2007),
bem como questionar a crença no crescimento econômico infinito e à prosperidade, através,
entre outros, do uso ilimitado de recursos naturais (COSTA, 2008).
Para tanto, faz-se necessário rejeitar a noção de que a natureza funciona como um
meio de intercâmbio de externalidades que levam esse nome de externas porque não podem
ser reguladas pelo mecanismo de mercado (ALTVATER, 2006). Isso porque A noção de
externalidade desenvolvida na ciência econômica exclui do cálculo econômico de qualquer
investimento produtivo suas conseqüências aparentemente relacionadas ao produto desejado.
Esta noção, ao ser utilizada, camufla o fato de que o investidor se apropria privadamente de
todos os benefícios (econômicos e simbólicos) gerados pelo processo produtivo e socializa os
prejuízos, na medida em que os grupos sociais e organizações governamentais de seu entorno
terão que arcar com seus resultados nefastos (poluição, comprometimento do ambiente
etc.)(MARTÍNEZ ALIER, 2007). O nascimento da crise ambiental (LEFF, 2004) também é
o berço do nascimento de racionalidades alternativas, racionalidades ambientais que se
6. contraponham a irracionalidade capitalista e permitem a reapropriação social da natureza
(LEFF, 2006).
Finalmente, e possivelmente, o mais primordial de todos os motivos aqui alegados,
trata-se de 1) reconsiderar a Natureza como verdadeira criadora e produtora de riqueza e 2)
saber pensar o espaço uma vez que ele molda as nossas cosmologias estruturantes, nosso
entendimento do mundo, nossa política (MASSEY, 2008). O espaço não se resume a uma
superfície ou uma extensão pelo qual se navega, viaja ou caminha: ele é uma dimensão
política cuja supressão analítica acaba por concorrer para que outras histórias e geografias
sejam suprimidas ou não tenham tanta importância. O espaço é condição basilar para a
compreensão do sistema-mundo moderno-colonial (LANDER, 2005): implica admitir
múltiplas territorialidades convivendo simultaneamente. O papel dos marxistas, dos geógrafos
e dos geógrafos marxistas é também esse: perceber que os diferentes povos, movimentos
sociais re-significam o espaço, e assim grafam a terra, geografam, reinventando a sociedade
(PORTO-GONÇALVES, 2006).
REFERÊNCIAS
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GONZÁLEZ, S(orgs.). A teoria marxista hoje: problemas e perspectivas. Buenos Aires:
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da Natureza. Trad. José Aluysio Reis de ANDRADE. 2002. Versão eletrônica disponível
em: www.dominiopublico.gov.br.
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ambiental e algumas possíveis origens de seus equívocos”. Ambiente & educação. Vol. 11.
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FOUCAULT, Michel. A Ordem do Discurso. Trad. Laura Fraga de Almeida SAMPAIO.
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LANDER, Edgardo. Marxismo, eurocentrismo e colonialismo. In BORON, A; AMADEO, J;
GONZÁLEZ, S(orgs.). A teoria marxista hoje: problemas e perspectivas. Buenos Aires:
Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, Clacso, 2006. pp. 201-236.
LEFF, Enrique. Aventuras da epistemologia ambiental: da articulação das ciências ao
diálogo de saberes. Trad. Glória Maria VARGAS. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.
LEFF, Enrique. Racionalidade Ambiental: a reapropriação social da natureza. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
LENZI, C. L. Sociologia ambiental: risco e sustentabilidade na modernidade. Bauru, SP:
Edusc, 2006.
LÖWY, Michael. Ecologia e Socialismo. São Paulo: Cortez, 2005.
MARTÍNEZ ALIER, Juan. O Ecologismo dos Pobres: conflitos ambientais e linguagens de
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MARX, Karl Heinrich. Manuscritos Econômico-Filosóficos. Trad. Alex MARINS. São
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MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. Feuerbach - A Oposição entre as
Cosmovisões Materialista e Idealista. Trad. Frank Müller. São Paulo: Martin Claret, 2007.
MASSEY, Doreen. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Trad. Hilda Pareto
MACIEL e Rogério HAESBAERT. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
MOREIRA, R. Para onde vai o pensamento geográfico?: Por uma epistemologia crítica.
São Paulo: Contexto, 2006.
8. NUCCI, João Carlos. “Origem e desenvolvimento da ecologia e da ecologia da paisagem”.
Revista Eletrônica Geografar, Curitiba, v. 2, n. 1, p.77-99, jan./jun. 2007.
OLIVEIRA, Ivan Carlo Andrade de. “Thomas Kuhn e as revoluções científicas”.
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