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Estações de Tratamento de Águas
 Órgãos e equipamentos de tratamento:
 Características;
 Funcionamento.
 Sistemas de tratamento:
 Problemas;
 Soluções;
 Operações de condução, conservação, manutenção
e vigilância (necessárias para conseguir o correcto
funcionamento de todos os órgãos e equipamentos)
Estações de Tratamento de Águas
 Ensaios de controlo da água:
 Recolha das amostras;
 Acondicionamento das amostras;
 Parâmetros de qualidade;
 Técnicas laboratoriais;
 Interpretação dos resultados.
Estações de Tratamento de Águas
 Avaliação do funcionamento:
 Qualidade do efluente final;
 Qualidade das lamas (SST e SSV/SST);
 Eficiência dos tratamentos;
 Funcionamento dos órgãos de tratamento e dos
equipamentos (operações unitárias / processos ou
sistemas de tratamento).
ETAR: Sistemas de Tratamento
 Tratamento primário:
ETAR: Sistemas de Tratamento
ETAR: Sistemas de Tratamento
 Tratamento secundário: lamas activadas
(arejamento convencional)
ETAR: Sistemas de Tratamento
 Tratamento secundário: lamas activadas
(arejamento prolongado)
ETAR: Sistemas de Tratamento
 Tratamento secundário: leito percolador
ETAR: Sistemas de Tratamento
 Tratamento secundário: discos biológicos
ETAR: Sistemas de Tratamento
 Tratamento secundário: lagoas de estabilização
ETAR: Sistemas de Tratamento
 Legenda
ETAR: Recolha das Amostras
 As amostras compostas são recolhidas em
determinados pontos, de duas em duas horas
ou de acordo com a seguinte tabela:
Se a recolha das amostras for efectuada durante vários dias
seguidos, esta deve ocorrer aproximadamente à mesma
hora. Não se deve recolher as amostras após ter ocorrido
algum problema na ETAR, como a paragem de uma bomba.
ETAR: Parâmetros de Qualidade
 Amostras de água residual e de lamas
ETAR: Parâmetros de Qualidade
 Parâmetros de qualidade da água residual final:
ETAR: Parâmetros de Qualidade
 Parâmetros de qualidade das lamas:
ETAR: Parâmetros de Qualidade
 Parâmetros de eficiência do tratamento primário:
ETAR: Parâmetros de Qualidade
 Parâmetros de eficiência do tratamento
secundário:
ETAR: Parâmetros de Qualidade
 Funcionamento dos sistemas de tratamento
primário - tanque himhoff:
ETAR: Parâmetros de Qualidade
 Funcionamento dos sistemas de tratamento
primário - decantador primário e digestor:
ETAR: Parâmetros de Qualidade
 Funcionamento dos sistemas de tratamento
secundário - lamas activadas (arejamento
convencional):
 CBO5 no ponto B;
 SSV no ponto C;
 SST no ponto H;
 Parâmetros do tanque himhoff ou do
decantador primário e digestor;
 Parâmetros do tanque de arejamento;
 Parâmetros do decantador secundário.
ETAR: Parâmetros de Qualidade
ETAR: Parâmetros de Qualidade
 Funcionamento dos sistemas de tratamento
secundário - lamas activadas (arejamento prolongado):
 CBO5 no ponto B;
 SSV no ponto C;
 SST no ponto H;
 Parâmetros do tanque de arejamento;
 Parâmetros do decantador secundário.
ETAR: Parâmetros de Qualidade
 Funcionamento dos sistemas de tratamento
secundário - leito percolador:
 CBO5 no ponto B ou CBO5 nos pontos B e D
(se não existir tanque himhoff);
 Parâmetros do tanque himhoff ou do
decantador primário e digestor;
 Parâmetros do leito percolador;
 Parâmetros do decantador secundário.
ETAR: Parâmetros de Qualidade
Se não existir tanque himhoff:
ETAR: Parâmetros de Qualidade
ETAR: Parâmetros de Qualidade
 Funcionamento dos sistemas de tratamento
secundário – discos biológicos:
 CBO5 no ponto B;
 Parâmetros do tanque himhoff;
 Parâmetros dos discos biológicos;
 Parâmetros do decantador secundário (ver leito percolador).
ETAR: Parâmetros de Qualidade
 Funcionamento dos sistemas de tratamento
secundário – lagoas de estabilização:
 CBO5 nos pontos A, B e E;
 Frequência de limpeza das lagoas anaeróbias e
facultativas;
 Parâmetros das lagoas anaeróbias e facultativas.
ETAR: Parâmetros de Qualidade
Tratamento de Águas Residuais
 PORQUÊ ?
 Porque a descarga de águas residuais
não tratadas contribuem para ou são a
causa directa de:
 Poluição hídrica;
 Problemas de saúde pública;
 Redução de recursos de água utilizáveis
em condições economicamente
aceitáveis;
 Problemas nos ecossistemas e destruição
da vida aquática.
Tratamento de Águas Residuais
 Por exemplo, as águas residuais
tratadas podem ser reutilizadas na
rega de campos de golfe, que
representam consumos extremamente
elevados de água, possibilitando uma
melhor gestão dos recursos hídricos,
com consequente diminuição da
exploração dos aquíferos e diminuição
do número de descargas no meio
ambiente.
Tratamento de Águas Residuais
 O meio aquático possui uma certa
capacidade de tratamento das águas
residuais (capacidade de depuração),
que resulta do equilíbrio entre a
quantidade de oxigénio dissolvido na água
e a quantidade de oxigénio consumido
pela população bacteriana na degradação
da matéria orgânica.
 Esta capacidade depende de vários
factores: diluição, correntes,
sedimentação, luz solar, temperatura, etc.
Tratamento de Águas Residuais
 As águas residuais podem ter a
seguinte origem:
Tratamento de Águas Residuais
 As águas residuais urbanas são
constituídas por:
 Águas residuais domésticas;
 Águas residuais industriais;
 Águas pluviais.
Tratamento de Águas Residuais
 As águas pluviais juntam-se às águas
residuais, quando a rede é unitária, mas
apenas aumentam o volume do caudal,
havendo unicamente problema na
capacidade de escoamento para os
colectores, o que pode provocar
inundações.
Tratamento de Águas Residuais
 Os efluentes de origem doméstica
também aumentam o caudal de águas
residuais e, normalmente, só
necessitam de tratamentos primários e
secundários.
Tratamento de Águas Residuais
 Os efluentes industriais acarretam
problemas bem mais graves, uma vez
que as suas descargas não são
uniformes e dependem do tipo de
indústria e da existência ou não de
estação de tratamento à saída da
fábrica.
Tratamento de Águas Residuais
 O primeiro passo do tratamento das
águas residuais é a sua recolha,
através de um Sistema de Drenagem
de Águas Residuais constituído por:
 Colectores (esgotos): rede de
drenagem doméstica/industrial e
rede de drenagem pluvial;
 Bacias de Drenagem;
 Estações Elevatórias;
 ETAR’s.
Tratamento de Águas Residuais
 As águas residuais são tratadas em
Estações de Tratamento de Águas
Residuais – ETAR.
 As ETAR também se podem denominar
por:
 ETEI (Estações de Tratamento de
Efluentes Industriais);
 ETARI (Estações de Tratamento de Águas
Residuais Industriais).
Tratamento de Águas Residuais
 Uma ETAR tem por objectivo tratar os
efluentes de forma a que estes
respeitem as normas de descarga.
Tratamento de Águas Residuais
 A escolha do conjunto de tratamentos
(físicos, químicos e biológicos), que irão
constituir uma determinada estação de
tratamento, baseia-se num estudo
prévio de caracterização do efluente,
normalmente realizado durante vários
meses.
Tratamento de Águas Residuais
 A caracterização quantitativa e
qualitativa de águas residuais e do meio
receptor é importante para:
 determinar o tipo e o grau de
tratamento necessário para uma água
residual, antes de esta poder ser
descarregada num determinado meio
receptor sem inconvenientes;
Tratamento de Águas Residuais
 determinar os parâmetros de cálculo e
dimensionamento de uma instalação de
tratamento;
 se poder aferir qual é a eficiência e o
rendimento dos diferentes órgãos das
instalações de tratamento.
Tratamento de Águas Residuais
 O processo de tratamento escolhido
depende:
 do tipo de efluente;
 da carga orgânica;
 do conteúdo em elementos perigosos
(metais pesados, por exemplo).
Tratamento de Águas Residuais
 O processo de tratamento tem como
objectivo remover:
 sólidos suspensos (matéria orgânica,
pedras, areias, folhas...);
 compostos orgânicos e inorgânicos
dissolvidos (compostos metálicos,
nutrientes...);
 microrganismos (principalmente os
patogénicos).
Tipos de Tratamento
 Tratamento preliminar;
 Tratamento primário;
 Tratamento secundário;
 Tratamento terciário;
 Tratamento das lamas.
Tratamento Preliminar
 Remoção da maior parte dos sólidos de maiores
dimensões*, areias e gorduras, através das
seguintes operações de tratamento:
 Trituração;
 Gradagem;
 Tamisagem (filtração com tamisador);
 Desarenamento
(remoção de areias por sedimentação e decantação);
 Desengorduramento
(remoção de gorduras por flotação com injecção de ar).
* Trapos, vegetais, madeiras, papeis, animais mortos, entre outros.
Tratamento de Águas Residuais
Tratamento de Águas Residuais
Tratamento de Águas Residuais
 Por vezes, pode existir um Parafuso de
Arquimedes na entrada da ETAR, que
permite elevar a água para uma cota
superior, até o máximo de 15 m.
 Este aparelho eléctrico é mais eficiente
para caudais elevados e variáveis.
 Também pode servir para remover
areias.
Tratamento de Águas Residuais
 Após o tratamento preliminar pode ser
necessário introduzir uma
Bacia de Equalização, de modo a se
proceder à equalização das águas
residuais, com os seguintes objectivos:
Tratamento de Águas Residuais
 misturar as águas residuais com
propriedades muito diferentes
(equalização);
 minimizar ou controlar as flutuações
nas características das águas residuais
(caudal e carga poluente);
 promover condições óptimas para os
processos de tratamento seguintes.
Tratamento de Águas Residuais
 Bacia de Equalização:
Tratamento de Águas Residuais
 Na Bacia de Equalização é necessário
assegurar-se condições de mistura e
arejamento (3 a 5 W/m3), de modo a
evitar-se a sedimentação dos sólidos
em suspensão com o consequente
desenvolvimento de condições
anaeróbias (sépticas) e libertação de
maus cheiros.
Tratamento de Águas Residuais
 A Bacia de Equalização também pode
funcionar como um
Tanque de Homogeneização
(Tanque de Mistura Rápida), que
também é introduzido após o tratamento
preliminar, com os seguintes objectivos:
 misturar as águas residuais com um
reagente químico (homogeneização);
 promover condições óptimas para os
processos de tratamento seguintes.
Tratamento de Águas Residuais
 Tal como na equalização, para que a
homogeneização seja eficaz é
necessário promover condições de
mistura e arejamento, mas de um
modo mais intenso (8 W/m3), através
de electroagitadores (turbinas ou
difusores de ar comprimido).
Tratamento de Águas Residuais
 A adição de um reagente químico pode
utilizar-se em vários processos de
tratamento (operações unitárias):
 Correcção do pH (neutralização);
 Coagulação/floculação (sedimentação);
 Precipitação (insolubilização de
substâncias dissolvidas);
 Adição de nutrientes a processos
biológicos.
Tratamento de Águas Residuais
 Quando se utilizam reagentes químicos
deve-se ter em conta os seguintes
aspectos:
 Transporte;
 Armazenamento;
 Bombagem;
 Preparação;
 Doseamento;
 Segurança;
 Gestão de stocks.
Tratamento de Águas Residuais
Tratamento de Águas Residuais
 Os reagentes mais empregues para
neutralizar a acidez são:
 Cal viva (CaO);
 Cal apagada ou hidratada (Ca(OH)2);
 Soda cáustica (NaOH);
 Bicarbonato de Sódio (Na2CO3).
Tratamento de Águas Residuais
 Os reagentes mais empregues para
neutralizar a alcalinidade são:
 Dióxido de Carbono (CO2);
 Ácidos (sulfúrico, clorídrico e nítrico).
Tratamento de Águas Residuais
 Tratamento Primário
 Consiste na remoção da maior parte da
matéria sólida de menores dimensões
(em suspensão), que não ficou retida
na desarenação/filtração, através de
sedimentação e decantação
(eficiência de remoção de 40% da
carga poluente).
Tratamento de Águas Residuais
 Os sólidos sofrem uma sedimentação,
quando a água residual passa por
Decantadores Primários (Tanques de
Sedimentação), muito parecidos com
lagoas de água estagnada, formando
as lamas primárias que são depois
removidas para posterior tratamento.
Tratamento de Águas Residuais
 Tratamento Secundário
 Consiste na remoção da maior parte da
matéria orgânica biodegradável (tanto
sedimentada como dissolvida), através
de oxidação biológica (aeróbia e
anaeróbia) e sedimentação dos
sólidos (eficiência de remoção de 80%).
Tratamento de Águas Residuais:
Tanques de Arejamento
 A oxidação biológica pode ocorrer em
Tanques de Arejamento, fazendo
borbulhar ar na água (oxigenação)
- da mesma forma que rápidos e
quedas de água arejam uma corrente
natural – através de sistemas de
ventilação de profundidade ou de
superfície, com turbinas:
Tratamento de Águas Residuais:
Tanques de Arejamento
Tratamento de Águas Residuais:
Tanques de Arejamento
 Neste caso, existe a possibilidade de
intervenção sobre as condições de
mistura, alterando a concentração de
oxigénio dissolvido na água,
através do tipo de agitação fornecida
pelas turbinas.
 Este processo denomina-se por
Lamas Activadas.
Tratamento de Águas Residuais:
Tanques de Arejamento
 Os microrganismos aeróbios
(organismos microscópicos), como
bactérias e protozoários, na presença
de oxigénio, são estimulados a crescer
e a consumir a matéria orgânica
biodegradável, transformando-a em
matéria mineral, dióxido de carbono e
água.
Tratamento de Águas Residuais
 Em vez de tanques de arejamento, os
microrganismos também podem
desenvolver-se em:
 Valas de Oxidação;
 Lagoas;
 Leitos Percoladores;
 Discos Biológicos;
 Biofiltros.
Tratamento de Águas Residuais
 Nos Leitos Percoladores os
microrganismos não se encontram em
suspensão (biomassa suspensa), mas
aderem a um material sólido (meio de
suporte) que enche o tanque por onde
passa a água (biomassa fixa), através
de uma camada gelatinosa
(biopelícula).
Tratamento de Águas Residuais
 Depois da oxidação biológica, a água
passa por outros tanques de
sedimentação (Decantadores
Secundários), de forma a permitir que
a maior parte dos microrganismos, que
se libertam, e dos restantes sólidos,
sedimentem, formando as lamas
secundárias.
Tratamento de Águas Residuais
 Alguns destes sólidos sedimentados
são novamente recirculados
(1 a 2 vexes Qdm), através de uma
estação elevatória, para o tratamento
secundário (de forma a manter o
equilíbrio do crescimento das
bactérias), enquanto os restantes são
adicionados às lamas do tratamento
primário anterior.
Tratamento de Águas Residuais
 Este conjunto de lamas, provenientes
dos dois tratamentos, é conduzido para
Biodigestores Anaeróbios, onde se
desenvolvem microrganismos
anaeróbios que, na ausência de
oxigénio, transformam a matéria
orgânica no gás metano ou no
gás sulfídrico.
Tratamento de Águas Residuais
 O metano pode ser recolhido em
gasómetros e utilizado para a
produção de energia eléctrica,
necessária à própria estação de
tratamento.
Tratamento de Águas Residuais
 As lamas digeridas, são:
 espessadas num Espessador
(Espessamento), para reduzir o volume
de lamas;
 ou digeridas num Digestor (Digestão
Anaeróbia);
 prensadas ou secadas, de forma a retirar
a água (Desidratação);
 e armazenadas, até serem utilizadas na
agricultura (produção de adubos ou
lançadas directamente no solo) ou
enviadas para Aterro Sanitário.
Tratamento de Águas Residuais
 Esquema de um tratamento primário, seguido
de um tratamento secundário (ver Miller)
Tratamento de Águas Residuais
 Tratamento Terciário
 O processo do tratamento terciário
consiste na remoção de sólidos
suspensos residuais, microrganismos e
nutrientes, como o fósforo e o azoto,
através de uma variedade de processos
que se adicionam ao tratamento
secundário para poder responder a alguns
problemas particulares de qualidade de
água (eficiência de remoção de 80%).
Tratamento de Águas Residuais
 Tratamento Terciário
 Microrganismos heterotróficos aeróbios – removem
carbono na presença de oxigénio (desenvolvem-se
mais rapidamente).
 Autotróficos nitrificantes – removem azoto
(metabolismo mais lento).
 Por cada 100 de CBO que se remove, removem-se
5N e 1P.
 Para desnitrificar é necesário uma fonte de C (etanol,
metanol ou reaproveitar o C removido
anteriormente).
Tratamento de Águas Residuais
 Existem também tratamentos mais
avançados que podem remover alguns
metais, produtos químicos e outros
tipos de contaminantes.
 As tecnologias utilizadas nesta fase
dependem das características das
águas residuais.
Tratamento de Águas Residuais
 Tratamentos terciários (ver Miller)
Tratamento de Águas Residuais
CQO
SST
CBO5
125150
3560
2540
Saída do
Tratamento
Terciário (mg/l)
Saída do
Tratamento
Secundário (mg/l)
Tratamento de Águas Residuais
 Finalmente, procede-se à desinfecção
da água residual tratada antes da
descarga final no meio ambiente (por
cloração, por ozono ou por raios UV).
Tratamento de Águas Residuais
 Se o meio receptor do efluente final é o
mar, deve-se prever a satisfação dos
requisitos constantes no Decreto-Lei
n.º 236/98, relativos à qualidade das
águas para recreio com contacto directo
 Esta é uma das razões para se aplicar um
tratamento terciário complementar por
filtração e desinfecção por U.V.
 A filtração, levada a efeito em filtros de
areia, verticais, de pressão, permite a
redução dos sólidos suspensos do
efluente, tornando assim muito mais
eficiente a desinfecção por U.V.
ETAR:
Estação de Tratamento de Águas Residuais
Descarregador de Tempestade
Câmara de Grades
Desarenador
Obra de Entrada (OE)
Decantador Primário (DP)
Leito Percolador (LP)
Decantador Secundário (DS)
Digestor (D)
Leitos de Secagem (LS)
ÓRGÃOS DE TRATAMENTO DA ETAR:
Planta de implantação dos
órgãos de tratamento da ETAR
Planta de implantação dos
órgãos de tratamento da ETAR
Planta de implantação dos
órgãos de tratamento da ETAR
Esquema de tratamento da
ETAR
 População Equivalente: 156.000 hab.
 Caudal Médio Diário: 6.145 m3/d
 Caudal Máximo: 31.500 m3/d
 Carga Contaminante: CBO – 8.400 kg/d
SST – 14.000 kg/d
Esquema de tratamento da
ETAR
Esquema de tratamento da
ETAR
ETAR: Obra de Entrada
ETAR: Obra de Entrada
 Local onde as águas residuais urbanas
dão entrada na ETAR, e onde ocorre o
Tratamento Preliminar (primeira fase
do tratamento).
 Pode ser constituída por 2 Câmaras de
Grades e por 2 Desarenadores,
instalados em paralelo, mas só
funcionam os quatro quando entra
muita água na ETAR, isto é, quando o
caudal de entrada é muito grande.
ETAR: Câmara de Grades
ETAR: Câmara de Grades
 Pode estar ligada a um Descarregador
de Tempestade (By-Pass), o qual
desvia parte do caudal afluente em
tempo de chuva
(no caso da rede de drenagem de
águas residuais ser unitária) ou quando
a grade entupir e aumentar
rapidamente a perda de carga.
ETAR: Câmara de Grades
 Possui um conjunto de barras de aço
(grades ou grelhas) inclinadas e pouco
afastadas umas das outras
(o espaçamento entre as barras é um
factor muito importante).
ETAR: Câmara de Grades
 As grades podem ser de limpeza
manual (inclinadas cerca de 45º e com
um espaçamento das barras entre 25 e
50 mm)...
ETAR: Câmara de Grades
 ... mas as mais
utilizadas são de
limpeza
mecânica
(inclinadas entre
45º e 90º e com
um espaçamento
das barras entre
12 e 38 mm), com
um ancinho
rotativo.
ETAR: Câmara de Grades
ETAR: Câmara de Grades
 A primeira fase de tratamento
(gradagem) ocorre neste local, quando
se remove os resíduos sólidos de
grandes dimensões (trapos, panos,
plásticos,madeira, metais, etc.),
arrastados pelas águas residuais,
impedindo a sua entrada na ETAR e
uma consequente danificação de
arejadores, tubagens, válvulas e
bombas.
ETAR: Triturador
(Desintegrador):
 É um aparelho eléctrico, formado por
cilindros rotativos com dentes, que
reduz a pequenas dimensões, os
sólidos que atravessam as aberturas
das grades
(trituração ou desintegração).
ETAR: Triturador
(Desintegrador):
 Está a deixar de ser utilizado, sendo
substituído pelas grades porque
encrava facilmente e porque aumenta a
matéria orgânica suspensa, provocando
uma diminuição de eficiência dos
decantadores e do tratamento biológico,
situados a jusante.
ETAR: Filtro Mecânico
 As areias podem ser retiradas através de
uma filtração mecânica.
ETAR: Desarenador
 É um canal de secção
rectangular, que permite
a passagem lenta das
águas residuais, de modo
a que as areias de
maiores dimensões
tenham tempo de serem
depositadas no fundo
(sedimentação).
 A maioria das areias
chegam à ETAR ao
serem arrastadas pelas
águas da chuva ou de
lavagem de recintos/ruas.
ETAR: Desarenador
 O comprimento do Desarenador
depende da velocidade de
sedimentação (no caso de ser
21 mm/s ficam retidas as partículas
com dimensões  0,2 mm) e do
respectivo tempo de sedimentação
(as partículas menores demoram mais
tempo a sedimentar e possuem uma
velocidade de sedimentação menor,
pelo que o desarenador deve ser mais
comprido para reter estas partículas).
ETAR: Desarenador
ETAR: Desarenador
 A limpeza do fundo pode ser manual ou
mecânica.
 Também pode possuir arejamento e uma
limpeza superficial mecânica para
remover óleos e gorduras (escumas): a
água sofre a acção do ar injectado por
difusores, situados no fundo do tanque,
que impele a matéria orgânica, os óleos e
gorduras para a superfície, enquanto
existe deposição de matéria inorgânica
(areias).
ETAR: Desarenador
 A remoção de óleos da superfície da água
e do solo pode ser facilitada utilizando um
produto, denominado ELCOSORB, que é
um pó castanho absorvente à base de
fibras naturais puras (turfa), que remove
rapidamente e eficientemente compostos
à base de óleo (petróleo, gasóleo, óleos
de motor, óleos hidráulicos, óleos minerais
e sintéticos, óleos animais, tintas, entre
outros).
ETAR: Desarenador
 Este órgão também pode ser utilizado
para:
 adição de reagentes (câmara de
mistura);
 coagulação e floculação, ajudando
assim o funcionamento do Decantador
Primário.
ETAR: Medidor Parshall
 Estrangulamento do canal e
rebaixamento do fundo a jusante do
desarenador.
 Permite medir o caudal a partir da altura
da água dentro do canal, através de
uma régua ou com um medidor de
caudais automático (por ultra-sons).
ETAR: Medidor Parshall
ETAR: Decantador Primário
ETAR: Decantador Primário
 É um tanque que permite a decantação,
isto é, a separação por gravidade da
matéria sólida em suspensão na água,
que não ficou no desarenador por ser
de dimensões reduzidas.
 Possui uma forma cónica, estando
"enterrado" no terreno.
ETAR: Decantador Primário
 A matéria sólida deposita-se no fundo,
originando as lamas primárias, porque
a água permanece neste tanque várias
horas.
 As lamas não devem ficar mais do que
3 horas (tempo de retenção) no fundo
do decantador, para evitar a formação
de maus cheiros.
ETAR: Decantador Primário
ETAR: Decantador Primário
 A água entra pelo centro para não
perturbar a decantação. Os sólidos
depositados formam um manto de
lamas que é arrastado para uma saída
de fundo, devido a uma borracha que
percorre o fundo do Decantador.
ETAR: Decantador Primário
ETAR: Decantador Primário
 Esta borracha está ligada a uma ponte
raspadora móvel, que possui outra
borracha superficial para arrastar os
óleos e gorduras acumulados na
superfície.
 A água superficial é encaminhada para
o Leito Percolador. A taxa de descarga
deve ser inferior a 7,5 m3/m.h para
evitar efeitos de resuspensão da
matéria sólida.
ETAR: Decantador Primário
ETAR: Tanque Imhoff
 É constituído por dois andares:
 o andar superior é um Decantador
Primário;
 o andar inferior é um Digestor
Anaeróbio a frio das lamas primárias e
secundárias.
Estação Elevatória
 A água residual é elevada para os
órgãos de tratamento que ficam a cotas
superiores, através de bombas
submersíveis instaladas num poço de
bombagem (3 grupos electrobomba,
sendo um de reserva).
ETAR: Leito Percolador
ETAR: Leito Percolador
 Possui uma forma cilíndrica e encontra-se
todo na superfície do terreno. Está
completamente cheio de cascalho rolado
(3 a 10 cm) ou pedaços de plástico
(PVC), revestidos de bactérias, fungos e
outros microorganismos, através dos
quais a água percola.
 Deve-se ter cuidado com o meio de
enchimento, para não haver
esmagamento quando se enche, o que
impede o líquido de passar.
ETAR: Leito Percolador
 Estes microrganismos têm um papel
muito importante no tratamento
biológico aeróbio da água, porque
removem a matéria que se encontra
dissolvida na água, e que não foi
removida no DP.
ETAR: Leito Percolador
ETAR: Leito Percolador
 O PVC é um meio de enchimento melhor
do que o cascalho rolado, porque:
 tem uma superfície específica maior, o
que facilita o desenvolvimento do filtro
biológico;
 facilita o tratamento biológico aeróbio da
água, por arejamento, porque é
constituído por várias aberturas;
 o seu transporte é mais fácil.
 Mas, tem a contrapartida de ser mais caro.
ETAR: Leito Percolador
 A água decantada é conduzida por
bombagem (ou por gravidade se o
Decantador estiver 1,5 m acima) para quatro
tubos que se encontram na superfície do LP
(sprinklers rotativos hidráulicos).
 Estes tubos rodam, devido á força que a
água exerce ao sair por pequenos orifícios
(distribuidor rotativo accionado por carga
hidráulica). Em seguida, a água percola (cai)
entre o cascalho ou os pedaços de plástico,
por gravidade.
ETAR: Leito Percolador
ETAR: Leito Percolador
ETAR: Leito Percolador
ETAR: Leito Percolador
 Os microorganismos desenvolvem-se
neste ambiente húmido, alimentam-se
da matéria dissolvida na água e
respiram o oxigénio do ar, que entra por
orifícios situados na base do LP
(estes orifícios correspondem a
10 – 15% da área da superfície).
ETAR: Leito Percolador
 Assim, é muito importante que haja
uma boa circulação de ar no interior
deste órgão e que o cascalho não fique
totalmente coberto por água
(colmatado), por entupimento dos
espaços entre o meio de enchimento.
 Isto porque não há qualquer introdução
de oxigénio com aparelhos eléctricos.
ETAR: Leito Percolador
ETAR: Leito Percolador
 A água deve cair uniformemente ao longo
do meio de enchimento, de modo a evitar
a existência de zonas secas por não haver
passagem da água: assim, não existe
contacto suficiente entre o líquido a tratar
e o meio filtrante e, consequentemente,
não existe tratamento biológico.
 Neste caso, deve-se proceder
rapidamente à paragem do LP, à remoção
do seu meio de enchimento e à sua
limpeza.
ETAR: Leito Percolador
 O excesso de óleos, gorduras e matéria
orgânica em suspensão, não decantada,
poderá ser a causa da colmatação do LP,
podendo também entupir os aspersores
do distribuidor rotativo, pelo que é urgente
proceder-se à sua remoção.
 Esta será mais eficiente se o Desarenador
for arejado e possuir uma limpeza
superficial mecânica e se o DP evitar a
sua passagem através de anteparas em
PVC, colocados junto aos
descarregadores.
ETAR: Leito Percolador
 O tempo de contacto entre a água e o
biofilme é pequeno, logo o tratamento deve
ser efectuado por duas vezes:
 Assim, deve existir a recirculação do líquido
retirado imediatamente a jusante do Leito
Percolador, para montante, por bombagem.
 Além disso, a recirculação mantém o biofilme
sempre húmido, mesmo que o caudal seja
baixo, diminuindo a quantidade de biofilme
que se desprende, evitando a formação de
maus cheiros e a presença de insectos.
ETAR: Leito Percolador
 O Leito Percolador tem uma eficiência
menor que 80% e logo após o seu
arranque decorre um mês com
eficiência quase nula, enquanto o
biofilme se forma.
ETAR: Decantador Secundário
ETAR: Decantador Secundário
 É muito idêntico ao DP, servindo,
principalmente, para que os
microorganismos, arrastados pela água
proveniente do LP, sejam depositados
no fundo do Decantador (separação
final das fases sólida-líquida).
ETAR: Decantador Secundário
 As lamas secundárias devem ser
retiradas por carga hidráulica e
graviticamente, para o poço de
bombagem de elevação do esgoto
bruto (Estação Elevatória).
 Daqui, as lamas são recirculadas para
o Decantador Primário, sendo depois
bombadas, juntamente com as lamas
primárias, para o Digestor
(Espessador).
ETAR: Decantador Secundário
 Neste local da ETAR, já se nota que a água
está mais límpida. Na realidade, a água
superficial (sobrenadante) do Decantador
Secundário constitui o efluente da ETAR,
sendo descarregada numa linha de água.
ETAR: Tratamento com Macrófitas
 O efluente final da ETAR pode ser
descarregado numa zona pantanosa, a
algumas dezenas de metros do leito da
linha de água, onde as plantas
(macrófitas e algas) funcionam como
mais uma etapa do tratamento da água
afluente à ETAR, removendo os
nutrientes.
 Além disso, ocorre retenção da carga
orgânica e de sólidos em excesso.
ETAR: Digestor de Lamas
ETAR: Digestor de Lamas
 Possui uma forma cilíndrica e encontra-se
todo na superfície do terreno. Este órgão
recebe as matérias sólidas que se
depositaram no fundo dos dois
Decantadores, na forma de lamas.
 As lamas são digeridas por microorganismos
anaeróbios, isto é, na ausência de oxigénio.
Neste processo biológico, as lamas são
purificadas e libertam-se gases (metano) que
podem ser aproveitados para produção de
electricidade.
ETAR: Leitos de Secagem
ETAR: Leitos de Secagem
 Após o processo de digestão
anaeróbia, as lamas sofrem uma
descarga descontínua por carga
hidráulica (pressão hidrostática) e são
transportadas em pressão por tubagens
até aos Leitos de Secagem, onde
ficam alguns dias até secarem
completamente ao ar livre
(desidratação).
ETAR: Leitos de Secagem
 O período de secagem pode ser
cerca de 28 dias e pode-se realizar
uma extracção semanal de lamas.
 As lamas desidratadas podem ser
utilizadas para a agricultura para
fertilizar os terrenos. A periodicidade
da descarga é quinzenal ou mensal.
ETAR Qualidade e caudal do afluente
Processos de tratamento utilizados
(Operações unitárias)
Dimensionamento dos vários órgãos de tratamento
(que se reflecte na eficiência de tratamento)
Manutenção dos vários componentes
Actuação dos operadores
Existência de um Caderno de Operação da ETAR
(Registo de procedimentos de operação,
manutenção, segurança e emergência)
Programa de análises adequado
(a montante e jusante de cada órgão)
FACTORES QUE AFECTAM A EFICIÊNCIA
DO FUNCIONAMENTO DA ETAR:
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
Baseia-se num tratamento da água
residual por processos biológicos que
ocorrem naturalmente no interior de
lagoas.
Este processo de tratamento só é
eficiente em populações pequenas.
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
Órgãos de Tratamento da ETAR:
Câmara de Grades
Desarenador
Lagoa Anaeróbia
Lagoa Facultativa
Lagoa de Maturação
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
Disposição destes órgãos no terreno:
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
 O Desarenador desta estação é muito
pequeno e situa-se antes das Câmaras de
Grades (zona curva da obra de entrada), o
que não é comum.
 Consequentemente, o operador da
estação tem alguns problemas para retirar
as areias que se acumulam no interior da
zona final da conduta adutora.
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
 Lagoa Anaeróbia:
 É o primeiro local onde ocorre o
tratamento biológico das águas residuais,
para remover a matéria orgânica e os
sólidos suspensos.
 Para que as condições anaeróbias
(ausência de oxigénio) se mantenham,
permitindo assim o desenvolvimento de
bactérias anaeróbias, a lagoa anaeróbia
tem de ser profunda (ex.: 3 m).
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
 A matéria em suspensão é depositada no
fundo da lagoa, onde é degradada pelas
bactérias, as quais libertam gases
(metano, dióxido de carbono, sulfuretos).
Estes gases podem ser observados na
forma de bolhas que chegam à superfície
da lagoa.
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
 Se a zona superficial da lagoa não for
oxigenada (pela agitação natural da água
ou pela fotossíntese realizada pelas
algas), os sulfuretos são libertados em
grande quantidade, originando maus
odores.
 A água superficial, mais límpida, é
transferida por tubos para a lagoa
seguinte.
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
 Lagoa Facultativa
 É o segundo local onde ocorre o
tratamento biológico das águas residuais
desta ETAR. Esta lagoa tem 1,5 metros de
profundidade, o que permite o
desenvolvimento das bactérias
anaeróbias no fundo, das bactérias
aeróbias (e algas) na superfície e das
bactérias facultativas na zona
intermédia.
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
 A superfície da lagoa é aeróbia, isto é,
possui oxigénio proveniente da
fotossíntese, realizada pelas algas, e da
agitação da água.
 A matéria orgânica, em suspensão ou
dissolvida, pode ser facilmente
transformada pelas bactérias aeróbias e
facultativas.
 A matéria orgânica de maiores dimensões,
que se acumula no fundo, é degradada
pelas bactérias anaeróbias.
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
 Lagoa de Maturação
 É o último local onde ocorre o
tratamento biológico das águas
residuais.
 Esta lagoa é aeróbia, tem 1 metro de
profundidade e deve permitir que a
água permaneça no seu interior cerca
de 20 dias.
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
Deste modo, a matéria orgânica, em
suspensão ou dissolvida, que ainda
não foi degradada nas lagoas
anteriores pode ser transformada
pelas bactérias aeróbias (e algas), tal
como acontece na superfície da
Lagoa Facultativa.
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
 A Lagoa de Maturação é muito
importante para que ocorra a
nitrificação, isto é, a transformação da
amónia (libertada por algumas
bactérias) em nitratos,
já que a acumulação de amónia é
tóxica para os seres vivos.
 Também é importante para diminuir a
concentração de coliformes na água.
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
 O aparecimento de microalgas na lagoa
de maturação contribui para o aumento
da eutrofização da lagoa, e,
consequentemente, para a alteração do
equilíbrio entre os microrganismos
aeróbios/anaeróbios e para a alteração
estética da lagoa.
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
 Isto pode-se evitar introduzindo na
lagoa a espécie Dáfnia (Daphnia
Magna), um crustáceo de água doce
(0,5 -5 mm) que, alimentando-se das
microalgas, actua como agente filtrante
do meio aquático
 Deve-se ter o cuidado de se investigar
o ecosistema da lagoa, sob o ponto de
vista da cadeia alimentar necessária à
sobrevivência daquela espécie.
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
 Um Ecossistema a Preservar
Tratamento de Águas Residuais:
Lagoas
 Um Ecossistema a Preservar
Estação de Tratamento de Águas
Residuais através de Plantas
(ETARPLAN®)
 A água residual é sujeita a uma
decantação (sedimentação), em fossa
séptica ou IMHOFF, antes de ser
lançada num terreno de cultivo de
plantas (fitocomunidade emergente ou
biótopo).
Estação de Tratamento de Águas
Residuais através de Plantas
(ETARPLAN®)
 O substracto (terra) é optimizado de modo
a ter um aproveitamento superior a 50%
da terra escavada, onde se desenvolve
uma comunidade microbiana rizosférica
(biliões de microrganismos de mais de
3.000 espécies diferentes aeróbias e
anaeróbias).
 O substrato encontra-se sobre uma tela
impermeabilizante.
Estação de Tratamento de Águas
Residuais através de Plantas
(ETARPLAN®)
 A depuração da água reproduz a dinâmica
dos ecossistemas e assenta na digestão
microbiana aeróbia e anaeróbia, em
interacção com factores abióticos: ocorre
quando a água atravessa o espaço
envolvente das raízes das plantas.
 Algumas plantas, como os juncos, têm a
capacidade de acumular metais pesados.

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Etar

  • 1. Estações de Tratamento de Águas  Órgãos e equipamentos de tratamento:  Características;  Funcionamento.  Sistemas de tratamento:  Problemas;  Soluções;  Operações de condução, conservação, manutenção e vigilância (necessárias para conseguir o correcto funcionamento de todos os órgãos e equipamentos)
  • 2. Estações de Tratamento de Águas  Ensaios de controlo da água:  Recolha das amostras;  Acondicionamento das amostras;  Parâmetros de qualidade;  Técnicas laboratoriais;  Interpretação dos resultados.
  • 3. Estações de Tratamento de Águas  Avaliação do funcionamento:  Qualidade do efluente final;  Qualidade das lamas (SST e SSV/SST);  Eficiência dos tratamentos;  Funcionamento dos órgãos de tratamento e dos equipamentos (operações unitárias / processos ou sistemas de tratamento).
  • 4. ETAR: Sistemas de Tratamento  Tratamento primário:
  • 5. ETAR: Sistemas de Tratamento
  • 6. ETAR: Sistemas de Tratamento  Tratamento secundário: lamas activadas (arejamento convencional)
  • 7. ETAR: Sistemas de Tratamento  Tratamento secundário: lamas activadas (arejamento prolongado)
  • 8. ETAR: Sistemas de Tratamento  Tratamento secundário: leito percolador
  • 9. ETAR: Sistemas de Tratamento  Tratamento secundário: discos biológicos
  • 10. ETAR: Sistemas de Tratamento  Tratamento secundário: lagoas de estabilização
  • 11. ETAR: Sistemas de Tratamento  Legenda
  • 12. ETAR: Recolha das Amostras  As amostras compostas são recolhidas em determinados pontos, de duas em duas horas ou de acordo com a seguinte tabela: Se a recolha das amostras for efectuada durante vários dias seguidos, esta deve ocorrer aproximadamente à mesma hora. Não se deve recolher as amostras após ter ocorrido algum problema na ETAR, como a paragem de uma bomba.
  • 13. ETAR: Parâmetros de Qualidade  Amostras de água residual e de lamas
  • 14. ETAR: Parâmetros de Qualidade  Parâmetros de qualidade da água residual final:
  • 15. ETAR: Parâmetros de Qualidade  Parâmetros de qualidade das lamas:
  • 16. ETAR: Parâmetros de Qualidade  Parâmetros de eficiência do tratamento primário:
  • 17. ETAR: Parâmetros de Qualidade  Parâmetros de eficiência do tratamento secundário:
  • 18. ETAR: Parâmetros de Qualidade  Funcionamento dos sistemas de tratamento primário - tanque himhoff:
  • 19. ETAR: Parâmetros de Qualidade  Funcionamento dos sistemas de tratamento primário - decantador primário e digestor:
  • 20. ETAR: Parâmetros de Qualidade  Funcionamento dos sistemas de tratamento secundário - lamas activadas (arejamento convencional):  CBO5 no ponto B;  SSV no ponto C;  SST no ponto H;  Parâmetros do tanque himhoff ou do decantador primário e digestor;  Parâmetros do tanque de arejamento;  Parâmetros do decantador secundário.
  • 21. ETAR: Parâmetros de Qualidade
  • 22. ETAR: Parâmetros de Qualidade  Funcionamento dos sistemas de tratamento secundário - lamas activadas (arejamento prolongado):  CBO5 no ponto B;  SSV no ponto C;  SST no ponto H;  Parâmetros do tanque de arejamento;  Parâmetros do decantador secundário.
  • 23. ETAR: Parâmetros de Qualidade  Funcionamento dos sistemas de tratamento secundário - leito percolador:  CBO5 no ponto B ou CBO5 nos pontos B e D (se não existir tanque himhoff);  Parâmetros do tanque himhoff ou do decantador primário e digestor;  Parâmetros do leito percolador;  Parâmetros do decantador secundário.
  • 24. ETAR: Parâmetros de Qualidade Se não existir tanque himhoff:
  • 25. ETAR: Parâmetros de Qualidade
  • 26. ETAR: Parâmetros de Qualidade  Funcionamento dos sistemas de tratamento secundário – discos biológicos:  CBO5 no ponto B;  Parâmetros do tanque himhoff;  Parâmetros dos discos biológicos;  Parâmetros do decantador secundário (ver leito percolador).
  • 27. ETAR: Parâmetros de Qualidade  Funcionamento dos sistemas de tratamento secundário – lagoas de estabilização:  CBO5 nos pontos A, B e E;  Frequência de limpeza das lagoas anaeróbias e facultativas;  Parâmetros das lagoas anaeróbias e facultativas.
  • 28. ETAR: Parâmetros de Qualidade
  • 29. Tratamento de Águas Residuais  PORQUÊ ?  Porque a descarga de águas residuais não tratadas contribuem para ou são a causa directa de:  Poluição hídrica;  Problemas de saúde pública;  Redução de recursos de água utilizáveis em condições economicamente aceitáveis;  Problemas nos ecossistemas e destruição da vida aquática.
  • 30. Tratamento de Águas Residuais  Por exemplo, as águas residuais tratadas podem ser reutilizadas na rega de campos de golfe, que representam consumos extremamente elevados de água, possibilitando uma melhor gestão dos recursos hídricos, com consequente diminuição da exploração dos aquíferos e diminuição do número de descargas no meio ambiente.
  • 31. Tratamento de Águas Residuais  O meio aquático possui uma certa capacidade de tratamento das águas residuais (capacidade de depuração), que resulta do equilíbrio entre a quantidade de oxigénio dissolvido na água e a quantidade de oxigénio consumido pela população bacteriana na degradação da matéria orgânica.  Esta capacidade depende de vários factores: diluição, correntes, sedimentação, luz solar, temperatura, etc.
  • 32. Tratamento de Águas Residuais  As águas residuais podem ter a seguinte origem:
  • 33. Tratamento de Águas Residuais  As águas residuais urbanas são constituídas por:  Águas residuais domésticas;  Águas residuais industriais;  Águas pluviais.
  • 34. Tratamento de Águas Residuais  As águas pluviais juntam-se às águas residuais, quando a rede é unitária, mas apenas aumentam o volume do caudal, havendo unicamente problema na capacidade de escoamento para os colectores, o que pode provocar inundações.
  • 35. Tratamento de Águas Residuais  Os efluentes de origem doméstica também aumentam o caudal de águas residuais e, normalmente, só necessitam de tratamentos primários e secundários.
  • 36. Tratamento de Águas Residuais  Os efluentes industriais acarretam problemas bem mais graves, uma vez que as suas descargas não são uniformes e dependem do tipo de indústria e da existência ou não de estação de tratamento à saída da fábrica.
  • 37. Tratamento de Águas Residuais  O primeiro passo do tratamento das águas residuais é a sua recolha, através de um Sistema de Drenagem de Águas Residuais constituído por:  Colectores (esgotos): rede de drenagem doméstica/industrial e rede de drenagem pluvial;  Bacias de Drenagem;  Estações Elevatórias;  ETAR’s.
  • 38. Tratamento de Águas Residuais  As águas residuais são tratadas em Estações de Tratamento de Águas Residuais – ETAR.  As ETAR também se podem denominar por:  ETEI (Estações de Tratamento de Efluentes Industriais);  ETARI (Estações de Tratamento de Águas Residuais Industriais).
  • 39. Tratamento de Águas Residuais  Uma ETAR tem por objectivo tratar os efluentes de forma a que estes respeitem as normas de descarga.
  • 40. Tratamento de Águas Residuais  A escolha do conjunto de tratamentos (físicos, químicos e biológicos), que irão constituir uma determinada estação de tratamento, baseia-se num estudo prévio de caracterização do efluente, normalmente realizado durante vários meses.
  • 41. Tratamento de Águas Residuais  A caracterização quantitativa e qualitativa de águas residuais e do meio receptor é importante para:  determinar o tipo e o grau de tratamento necessário para uma água residual, antes de esta poder ser descarregada num determinado meio receptor sem inconvenientes;
  • 42. Tratamento de Águas Residuais  determinar os parâmetros de cálculo e dimensionamento de uma instalação de tratamento;  se poder aferir qual é a eficiência e o rendimento dos diferentes órgãos das instalações de tratamento.
  • 43. Tratamento de Águas Residuais  O processo de tratamento escolhido depende:  do tipo de efluente;  da carga orgânica;  do conteúdo em elementos perigosos (metais pesados, por exemplo).
  • 44. Tratamento de Águas Residuais  O processo de tratamento tem como objectivo remover:  sólidos suspensos (matéria orgânica, pedras, areias, folhas...);  compostos orgânicos e inorgânicos dissolvidos (compostos metálicos, nutrientes...);  microrganismos (principalmente os patogénicos).
  • 45. Tipos de Tratamento  Tratamento preliminar;  Tratamento primário;  Tratamento secundário;  Tratamento terciário;  Tratamento das lamas.
  • 46. Tratamento Preliminar  Remoção da maior parte dos sólidos de maiores dimensões*, areias e gorduras, através das seguintes operações de tratamento:  Trituração;  Gradagem;  Tamisagem (filtração com tamisador);  Desarenamento (remoção de areias por sedimentação e decantação);  Desengorduramento (remoção de gorduras por flotação com injecção de ar). * Trapos, vegetais, madeiras, papeis, animais mortos, entre outros.
  • 47. Tratamento de Águas Residuais
  • 48. Tratamento de Águas Residuais
  • 49. Tratamento de Águas Residuais  Por vezes, pode existir um Parafuso de Arquimedes na entrada da ETAR, que permite elevar a água para uma cota superior, até o máximo de 15 m.  Este aparelho eléctrico é mais eficiente para caudais elevados e variáveis.  Também pode servir para remover areias.
  • 50. Tratamento de Águas Residuais  Após o tratamento preliminar pode ser necessário introduzir uma Bacia de Equalização, de modo a se proceder à equalização das águas residuais, com os seguintes objectivos:
  • 51. Tratamento de Águas Residuais  misturar as águas residuais com propriedades muito diferentes (equalização);  minimizar ou controlar as flutuações nas características das águas residuais (caudal e carga poluente);  promover condições óptimas para os processos de tratamento seguintes.
  • 52. Tratamento de Águas Residuais  Bacia de Equalização:
  • 53. Tratamento de Águas Residuais  Na Bacia de Equalização é necessário assegurar-se condições de mistura e arejamento (3 a 5 W/m3), de modo a evitar-se a sedimentação dos sólidos em suspensão com o consequente desenvolvimento de condições anaeróbias (sépticas) e libertação de maus cheiros.
  • 54. Tratamento de Águas Residuais  A Bacia de Equalização também pode funcionar como um Tanque de Homogeneização (Tanque de Mistura Rápida), que também é introduzido após o tratamento preliminar, com os seguintes objectivos:  misturar as águas residuais com um reagente químico (homogeneização);  promover condições óptimas para os processos de tratamento seguintes.
  • 55. Tratamento de Águas Residuais  Tal como na equalização, para que a homogeneização seja eficaz é necessário promover condições de mistura e arejamento, mas de um modo mais intenso (8 W/m3), através de electroagitadores (turbinas ou difusores de ar comprimido).
  • 56. Tratamento de Águas Residuais  A adição de um reagente químico pode utilizar-se em vários processos de tratamento (operações unitárias):  Correcção do pH (neutralização);  Coagulação/floculação (sedimentação);  Precipitação (insolubilização de substâncias dissolvidas);  Adição de nutrientes a processos biológicos.
  • 57. Tratamento de Águas Residuais  Quando se utilizam reagentes químicos deve-se ter em conta os seguintes aspectos:  Transporte;  Armazenamento;  Bombagem;  Preparação;  Doseamento;  Segurança;  Gestão de stocks.
  • 58. Tratamento de Águas Residuais
  • 59. Tratamento de Águas Residuais  Os reagentes mais empregues para neutralizar a acidez são:  Cal viva (CaO);  Cal apagada ou hidratada (Ca(OH)2);  Soda cáustica (NaOH);  Bicarbonato de Sódio (Na2CO3).
  • 60. Tratamento de Águas Residuais  Os reagentes mais empregues para neutralizar a alcalinidade são:  Dióxido de Carbono (CO2);  Ácidos (sulfúrico, clorídrico e nítrico).
  • 61. Tratamento de Águas Residuais  Tratamento Primário  Consiste na remoção da maior parte da matéria sólida de menores dimensões (em suspensão), que não ficou retida na desarenação/filtração, através de sedimentação e decantação (eficiência de remoção de 40% da carga poluente).
  • 62. Tratamento de Águas Residuais  Os sólidos sofrem uma sedimentação, quando a água residual passa por Decantadores Primários (Tanques de Sedimentação), muito parecidos com lagoas de água estagnada, formando as lamas primárias que são depois removidas para posterior tratamento.
  • 63. Tratamento de Águas Residuais  Tratamento Secundário  Consiste na remoção da maior parte da matéria orgânica biodegradável (tanto sedimentada como dissolvida), através de oxidação biológica (aeróbia e anaeróbia) e sedimentação dos sólidos (eficiência de remoção de 80%).
  • 64. Tratamento de Águas Residuais: Tanques de Arejamento  A oxidação biológica pode ocorrer em Tanques de Arejamento, fazendo borbulhar ar na água (oxigenação) - da mesma forma que rápidos e quedas de água arejam uma corrente natural – através de sistemas de ventilação de profundidade ou de superfície, com turbinas:
  • 65. Tratamento de Águas Residuais: Tanques de Arejamento
  • 66. Tratamento de Águas Residuais: Tanques de Arejamento  Neste caso, existe a possibilidade de intervenção sobre as condições de mistura, alterando a concentração de oxigénio dissolvido na água, através do tipo de agitação fornecida pelas turbinas.  Este processo denomina-se por Lamas Activadas.
  • 67. Tratamento de Águas Residuais: Tanques de Arejamento  Os microrganismos aeróbios (organismos microscópicos), como bactérias e protozoários, na presença de oxigénio, são estimulados a crescer e a consumir a matéria orgânica biodegradável, transformando-a em matéria mineral, dióxido de carbono e água.
  • 68. Tratamento de Águas Residuais  Em vez de tanques de arejamento, os microrganismos também podem desenvolver-se em:  Valas de Oxidação;  Lagoas;  Leitos Percoladores;  Discos Biológicos;  Biofiltros.
  • 69. Tratamento de Águas Residuais  Nos Leitos Percoladores os microrganismos não se encontram em suspensão (biomassa suspensa), mas aderem a um material sólido (meio de suporte) que enche o tanque por onde passa a água (biomassa fixa), através de uma camada gelatinosa (biopelícula).
  • 70. Tratamento de Águas Residuais  Depois da oxidação biológica, a água passa por outros tanques de sedimentação (Decantadores Secundários), de forma a permitir que a maior parte dos microrganismos, que se libertam, e dos restantes sólidos, sedimentem, formando as lamas secundárias.
  • 71. Tratamento de Águas Residuais  Alguns destes sólidos sedimentados são novamente recirculados (1 a 2 vexes Qdm), através de uma estação elevatória, para o tratamento secundário (de forma a manter o equilíbrio do crescimento das bactérias), enquanto os restantes são adicionados às lamas do tratamento primário anterior.
  • 72. Tratamento de Águas Residuais  Este conjunto de lamas, provenientes dos dois tratamentos, é conduzido para Biodigestores Anaeróbios, onde se desenvolvem microrganismos anaeróbios que, na ausência de oxigénio, transformam a matéria orgânica no gás metano ou no gás sulfídrico.
  • 73. Tratamento de Águas Residuais  O metano pode ser recolhido em gasómetros e utilizado para a produção de energia eléctrica, necessária à própria estação de tratamento.
  • 74. Tratamento de Águas Residuais  As lamas digeridas, são:  espessadas num Espessador (Espessamento), para reduzir o volume de lamas;  ou digeridas num Digestor (Digestão Anaeróbia);  prensadas ou secadas, de forma a retirar a água (Desidratação);  e armazenadas, até serem utilizadas na agricultura (produção de adubos ou lançadas directamente no solo) ou enviadas para Aterro Sanitário.
  • 75. Tratamento de Águas Residuais  Esquema de um tratamento primário, seguido de um tratamento secundário (ver Miller)
  • 76. Tratamento de Águas Residuais  Tratamento Terciário  O processo do tratamento terciário consiste na remoção de sólidos suspensos residuais, microrganismos e nutrientes, como o fósforo e o azoto, através de uma variedade de processos que se adicionam ao tratamento secundário para poder responder a alguns problemas particulares de qualidade de água (eficiência de remoção de 80%).
  • 77. Tratamento de Águas Residuais  Tratamento Terciário  Microrganismos heterotróficos aeróbios – removem carbono na presença de oxigénio (desenvolvem-se mais rapidamente).  Autotróficos nitrificantes – removem azoto (metabolismo mais lento).  Por cada 100 de CBO que se remove, removem-se 5N e 1P.  Para desnitrificar é necesário uma fonte de C (etanol, metanol ou reaproveitar o C removido anteriormente).
  • 78. Tratamento de Águas Residuais  Existem também tratamentos mais avançados que podem remover alguns metais, produtos químicos e outros tipos de contaminantes.  As tecnologias utilizadas nesta fase dependem das características das águas residuais.
  • 79. Tratamento de Águas Residuais  Tratamentos terciários (ver Miller)
  • 80. Tratamento de Águas Residuais CQO SST CBO5 125150 3560 2540 Saída do Tratamento Terciário (mg/l) Saída do Tratamento Secundário (mg/l)
  • 81. Tratamento de Águas Residuais  Finalmente, procede-se à desinfecção da água residual tratada antes da descarga final no meio ambiente (por cloração, por ozono ou por raios UV).
  • 82. Tratamento de Águas Residuais  Se o meio receptor do efluente final é o mar, deve-se prever a satisfação dos requisitos constantes no Decreto-Lei n.º 236/98, relativos à qualidade das águas para recreio com contacto directo  Esta é uma das razões para se aplicar um tratamento terciário complementar por filtração e desinfecção por U.V.  A filtração, levada a efeito em filtros de areia, verticais, de pressão, permite a redução dos sólidos suspensos do efluente, tornando assim muito mais eficiente a desinfecção por U.V.
  • 83. ETAR: Estação de Tratamento de Águas Residuais Descarregador de Tempestade Câmara de Grades Desarenador Obra de Entrada (OE) Decantador Primário (DP) Leito Percolador (LP) Decantador Secundário (DS) Digestor (D) Leitos de Secagem (LS) ÓRGÃOS DE TRATAMENTO DA ETAR:
  • 84. Planta de implantação dos órgãos de tratamento da ETAR
  • 85. Planta de implantação dos órgãos de tratamento da ETAR
  • 86. Planta de implantação dos órgãos de tratamento da ETAR
  • 87. Esquema de tratamento da ETAR  População Equivalente: 156.000 hab.  Caudal Médio Diário: 6.145 m3/d  Caudal Máximo: 31.500 m3/d  Carga Contaminante: CBO – 8.400 kg/d SST – 14.000 kg/d
  • 90. ETAR: Obra de Entrada
  • 91. ETAR: Obra de Entrada  Local onde as águas residuais urbanas dão entrada na ETAR, e onde ocorre o Tratamento Preliminar (primeira fase do tratamento).  Pode ser constituída por 2 Câmaras de Grades e por 2 Desarenadores, instalados em paralelo, mas só funcionam os quatro quando entra muita água na ETAR, isto é, quando o caudal de entrada é muito grande.
  • 93. ETAR: Câmara de Grades  Pode estar ligada a um Descarregador de Tempestade (By-Pass), o qual desvia parte do caudal afluente em tempo de chuva (no caso da rede de drenagem de águas residuais ser unitária) ou quando a grade entupir e aumentar rapidamente a perda de carga.
  • 94. ETAR: Câmara de Grades  Possui um conjunto de barras de aço (grades ou grelhas) inclinadas e pouco afastadas umas das outras (o espaçamento entre as barras é um factor muito importante).
  • 95. ETAR: Câmara de Grades  As grades podem ser de limpeza manual (inclinadas cerca de 45º e com um espaçamento das barras entre 25 e 50 mm)...
  • 96. ETAR: Câmara de Grades  ... mas as mais utilizadas são de limpeza mecânica (inclinadas entre 45º e 90º e com um espaçamento das barras entre 12 e 38 mm), com um ancinho rotativo.
  • 98. ETAR: Câmara de Grades  A primeira fase de tratamento (gradagem) ocorre neste local, quando se remove os resíduos sólidos de grandes dimensões (trapos, panos, plásticos,madeira, metais, etc.), arrastados pelas águas residuais, impedindo a sua entrada na ETAR e uma consequente danificação de arejadores, tubagens, válvulas e bombas.
  • 99. ETAR: Triturador (Desintegrador):  É um aparelho eléctrico, formado por cilindros rotativos com dentes, que reduz a pequenas dimensões, os sólidos que atravessam as aberturas das grades (trituração ou desintegração).
  • 100. ETAR: Triturador (Desintegrador):  Está a deixar de ser utilizado, sendo substituído pelas grades porque encrava facilmente e porque aumenta a matéria orgânica suspensa, provocando uma diminuição de eficiência dos decantadores e do tratamento biológico, situados a jusante.
  • 101. ETAR: Filtro Mecânico  As areias podem ser retiradas através de uma filtração mecânica.
  • 102. ETAR: Desarenador  É um canal de secção rectangular, que permite a passagem lenta das águas residuais, de modo a que as areias de maiores dimensões tenham tempo de serem depositadas no fundo (sedimentação).  A maioria das areias chegam à ETAR ao serem arrastadas pelas águas da chuva ou de lavagem de recintos/ruas.
  • 103. ETAR: Desarenador  O comprimento do Desarenador depende da velocidade de sedimentação (no caso de ser 21 mm/s ficam retidas as partículas com dimensões  0,2 mm) e do respectivo tempo de sedimentação (as partículas menores demoram mais tempo a sedimentar e possuem uma velocidade de sedimentação menor, pelo que o desarenador deve ser mais comprido para reter estas partículas).
  • 105. ETAR: Desarenador  A limpeza do fundo pode ser manual ou mecânica.  Também pode possuir arejamento e uma limpeza superficial mecânica para remover óleos e gorduras (escumas): a água sofre a acção do ar injectado por difusores, situados no fundo do tanque, que impele a matéria orgânica, os óleos e gorduras para a superfície, enquanto existe deposição de matéria inorgânica (areias).
  • 106. ETAR: Desarenador  A remoção de óleos da superfície da água e do solo pode ser facilitada utilizando um produto, denominado ELCOSORB, que é um pó castanho absorvente à base de fibras naturais puras (turfa), que remove rapidamente e eficientemente compostos à base de óleo (petróleo, gasóleo, óleos de motor, óleos hidráulicos, óleos minerais e sintéticos, óleos animais, tintas, entre outros).
  • 107. ETAR: Desarenador  Este órgão também pode ser utilizado para:  adição de reagentes (câmara de mistura);  coagulação e floculação, ajudando assim o funcionamento do Decantador Primário.
  • 108. ETAR: Medidor Parshall  Estrangulamento do canal e rebaixamento do fundo a jusante do desarenador.  Permite medir o caudal a partir da altura da água dentro do canal, através de uma régua ou com um medidor de caudais automático (por ultra-sons).
  • 111. ETAR: Decantador Primário  É um tanque que permite a decantação, isto é, a separação por gravidade da matéria sólida em suspensão na água, que não ficou no desarenador por ser de dimensões reduzidas.  Possui uma forma cónica, estando "enterrado" no terreno.
  • 112. ETAR: Decantador Primário  A matéria sólida deposita-se no fundo, originando as lamas primárias, porque a água permanece neste tanque várias horas.  As lamas não devem ficar mais do que 3 horas (tempo de retenção) no fundo do decantador, para evitar a formação de maus cheiros.
  • 114. ETAR: Decantador Primário  A água entra pelo centro para não perturbar a decantação. Os sólidos depositados formam um manto de lamas que é arrastado para uma saída de fundo, devido a uma borracha que percorre o fundo do Decantador.
  • 116. ETAR: Decantador Primário  Esta borracha está ligada a uma ponte raspadora móvel, que possui outra borracha superficial para arrastar os óleos e gorduras acumulados na superfície.  A água superficial é encaminhada para o Leito Percolador. A taxa de descarga deve ser inferior a 7,5 m3/m.h para evitar efeitos de resuspensão da matéria sólida.
  • 118. ETAR: Tanque Imhoff  É constituído por dois andares:  o andar superior é um Decantador Primário;  o andar inferior é um Digestor Anaeróbio a frio das lamas primárias e secundárias.
  • 119. Estação Elevatória  A água residual é elevada para os órgãos de tratamento que ficam a cotas superiores, através de bombas submersíveis instaladas num poço de bombagem (3 grupos electrobomba, sendo um de reserva).
  • 121. ETAR: Leito Percolador  Possui uma forma cilíndrica e encontra-se todo na superfície do terreno. Está completamente cheio de cascalho rolado (3 a 10 cm) ou pedaços de plástico (PVC), revestidos de bactérias, fungos e outros microorganismos, através dos quais a água percola.  Deve-se ter cuidado com o meio de enchimento, para não haver esmagamento quando se enche, o que impede o líquido de passar.
  • 122. ETAR: Leito Percolador  Estes microrganismos têm um papel muito importante no tratamento biológico aeróbio da água, porque removem a matéria que se encontra dissolvida na água, e que não foi removida no DP.
  • 124. ETAR: Leito Percolador  O PVC é um meio de enchimento melhor do que o cascalho rolado, porque:  tem uma superfície específica maior, o que facilita o desenvolvimento do filtro biológico;  facilita o tratamento biológico aeróbio da água, por arejamento, porque é constituído por várias aberturas;  o seu transporte é mais fácil.  Mas, tem a contrapartida de ser mais caro.
  • 125. ETAR: Leito Percolador  A água decantada é conduzida por bombagem (ou por gravidade se o Decantador estiver 1,5 m acima) para quatro tubos que se encontram na superfície do LP (sprinklers rotativos hidráulicos).  Estes tubos rodam, devido á força que a água exerce ao sair por pequenos orifícios (distribuidor rotativo accionado por carga hidráulica). Em seguida, a água percola (cai) entre o cascalho ou os pedaços de plástico, por gravidade.
  • 129. ETAR: Leito Percolador  Os microorganismos desenvolvem-se neste ambiente húmido, alimentam-se da matéria dissolvida na água e respiram o oxigénio do ar, que entra por orifícios situados na base do LP (estes orifícios correspondem a 10 – 15% da área da superfície).
  • 130. ETAR: Leito Percolador  Assim, é muito importante que haja uma boa circulação de ar no interior deste órgão e que o cascalho não fique totalmente coberto por água (colmatado), por entupimento dos espaços entre o meio de enchimento.  Isto porque não há qualquer introdução de oxigénio com aparelhos eléctricos.
  • 132. ETAR: Leito Percolador  A água deve cair uniformemente ao longo do meio de enchimento, de modo a evitar a existência de zonas secas por não haver passagem da água: assim, não existe contacto suficiente entre o líquido a tratar e o meio filtrante e, consequentemente, não existe tratamento biológico.  Neste caso, deve-se proceder rapidamente à paragem do LP, à remoção do seu meio de enchimento e à sua limpeza.
  • 133. ETAR: Leito Percolador  O excesso de óleos, gorduras e matéria orgânica em suspensão, não decantada, poderá ser a causa da colmatação do LP, podendo também entupir os aspersores do distribuidor rotativo, pelo que é urgente proceder-se à sua remoção.  Esta será mais eficiente se o Desarenador for arejado e possuir uma limpeza superficial mecânica e se o DP evitar a sua passagem através de anteparas em PVC, colocados junto aos descarregadores.
  • 134. ETAR: Leito Percolador  O tempo de contacto entre a água e o biofilme é pequeno, logo o tratamento deve ser efectuado por duas vezes:  Assim, deve existir a recirculação do líquido retirado imediatamente a jusante do Leito Percolador, para montante, por bombagem.  Além disso, a recirculação mantém o biofilme sempre húmido, mesmo que o caudal seja baixo, diminuindo a quantidade de biofilme que se desprende, evitando a formação de maus cheiros e a presença de insectos.
  • 135. ETAR: Leito Percolador  O Leito Percolador tem uma eficiência menor que 80% e logo após o seu arranque decorre um mês com eficiência quase nula, enquanto o biofilme se forma.
  • 137. ETAR: Decantador Secundário  É muito idêntico ao DP, servindo, principalmente, para que os microorganismos, arrastados pela água proveniente do LP, sejam depositados no fundo do Decantador (separação final das fases sólida-líquida).
  • 138. ETAR: Decantador Secundário  As lamas secundárias devem ser retiradas por carga hidráulica e graviticamente, para o poço de bombagem de elevação do esgoto bruto (Estação Elevatória).  Daqui, as lamas são recirculadas para o Decantador Primário, sendo depois bombadas, juntamente com as lamas primárias, para o Digestor (Espessador).
  • 139. ETAR: Decantador Secundário  Neste local da ETAR, já se nota que a água está mais límpida. Na realidade, a água superficial (sobrenadante) do Decantador Secundário constitui o efluente da ETAR, sendo descarregada numa linha de água.
  • 140. ETAR: Tratamento com Macrófitas  O efluente final da ETAR pode ser descarregado numa zona pantanosa, a algumas dezenas de metros do leito da linha de água, onde as plantas (macrófitas e algas) funcionam como mais uma etapa do tratamento da água afluente à ETAR, removendo os nutrientes.  Além disso, ocorre retenção da carga orgânica e de sólidos em excesso.
  • 142. ETAR: Digestor de Lamas  Possui uma forma cilíndrica e encontra-se todo na superfície do terreno. Este órgão recebe as matérias sólidas que se depositaram no fundo dos dois Decantadores, na forma de lamas.  As lamas são digeridas por microorganismos anaeróbios, isto é, na ausência de oxigénio. Neste processo biológico, as lamas são purificadas e libertam-se gases (metano) que podem ser aproveitados para produção de electricidade.
  • 143. ETAR: Leitos de Secagem
  • 144. ETAR: Leitos de Secagem  Após o processo de digestão anaeróbia, as lamas sofrem uma descarga descontínua por carga hidráulica (pressão hidrostática) e são transportadas em pressão por tubagens até aos Leitos de Secagem, onde ficam alguns dias até secarem completamente ao ar livre (desidratação).
  • 145. ETAR: Leitos de Secagem  O período de secagem pode ser cerca de 28 dias e pode-se realizar uma extracção semanal de lamas.  As lamas desidratadas podem ser utilizadas para a agricultura para fertilizar os terrenos. A periodicidade da descarga é quinzenal ou mensal.
  • 146. ETAR Qualidade e caudal do afluente Processos de tratamento utilizados (Operações unitárias) Dimensionamento dos vários órgãos de tratamento (que se reflecte na eficiência de tratamento) Manutenção dos vários componentes Actuação dos operadores Existência de um Caderno de Operação da ETAR (Registo de procedimentos de operação, manutenção, segurança e emergência) Programa de análises adequado (a montante e jusante de cada órgão) FACTORES QUE AFECTAM A EFICIÊNCIA DO FUNCIONAMENTO DA ETAR:
  • 147. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas Baseia-se num tratamento da água residual por processos biológicos que ocorrem naturalmente no interior de lagoas. Este processo de tratamento só é eficiente em populações pequenas.
  • 148. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas Órgãos de Tratamento da ETAR: Câmara de Grades Desarenador Lagoa Anaeróbia Lagoa Facultativa Lagoa de Maturação
  • 149. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas Disposição destes órgãos no terreno:
  • 150. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas
  • 151. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas
  • 152. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas  O Desarenador desta estação é muito pequeno e situa-se antes das Câmaras de Grades (zona curva da obra de entrada), o que não é comum.  Consequentemente, o operador da estação tem alguns problemas para retirar as areias que se acumulam no interior da zona final da conduta adutora.
  • 153. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas  Lagoa Anaeróbia:  É o primeiro local onde ocorre o tratamento biológico das águas residuais, para remover a matéria orgânica e os sólidos suspensos.  Para que as condições anaeróbias (ausência de oxigénio) se mantenham, permitindo assim o desenvolvimento de bactérias anaeróbias, a lagoa anaeróbia tem de ser profunda (ex.: 3 m).
  • 154. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas
  • 155. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas  A matéria em suspensão é depositada no fundo da lagoa, onde é degradada pelas bactérias, as quais libertam gases (metano, dióxido de carbono, sulfuretos). Estes gases podem ser observados na forma de bolhas que chegam à superfície da lagoa.
  • 156. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas  Se a zona superficial da lagoa não for oxigenada (pela agitação natural da água ou pela fotossíntese realizada pelas algas), os sulfuretos são libertados em grande quantidade, originando maus odores.  A água superficial, mais límpida, é transferida por tubos para a lagoa seguinte.
  • 157. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas  Lagoa Facultativa  É o segundo local onde ocorre o tratamento biológico das águas residuais desta ETAR. Esta lagoa tem 1,5 metros de profundidade, o que permite o desenvolvimento das bactérias anaeróbias no fundo, das bactérias aeróbias (e algas) na superfície e das bactérias facultativas na zona intermédia.
  • 158. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas
  • 159. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas  A superfície da lagoa é aeróbia, isto é, possui oxigénio proveniente da fotossíntese, realizada pelas algas, e da agitação da água.  A matéria orgânica, em suspensão ou dissolvida, pode ser facilmente transformada pelas bactérias aeróbias e facultativas.  A matéria orgânica de maiores dimensões, que se acumula no fundo, é degradada pelas bactérias anaeróbias.
  • 160. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas  Lagoa de Maturação  É o último local onde ocorre o tratamento biológico das águas residuais.  Esta lagoa é aeróbia, tem 1 metro de profundidade e deve permitir que a água permaneça no seu interior cerca de 20 dias.
  • 161. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas Deste modo, a matéria orgânica, em suspensão ou dissolvida, que ainda não foi degradada nas lagoas anteriores pode ser transformada pelas bactérias aeróbias (e algas), tal como acontece na superfície da Lagoa Facultativa.
  • 162. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas
  • 163. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas  A Lagoa de Maturação é muito importante para que ocorra a nitrificação, isto é, a transformação da amónia (libertada por algumas bactérias) em nitratos, já que a acumulação de amónia é tóxica para os seres vivos.  Também é importante para diminuir a concentração de coliformes na água.
  • 164. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas  O aparecimento de microalgas na lagoa de maturação contribui para o aumento da eutrofização da lagoa, e, consequentemente, para a alteração do equilíbrio entre os microrganismos aeróbios/anaeróbios e para a alteração estética da lagoa.
  • 165. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas  Isto pode-se evitar introduzindo na lagoa a espécie Dáfnia (Daphnia Magna), um crustáceo de água doce (0,5 -5 mm) que, alimentando-se das microalgas, actua como agente filtrante do meio aquático  Deve-se ter o cuidado de se investigar o ecosistema da lagoa, sob o ponto de vista da cadeia alimentar necessária à sobrevivência daquela espécie.
  • 166. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas  Um Ecossistema a Preservar
  • 167. Tratamento de Águas Residuais: Lagoas  Um Ecossistema a Preservar
  • 168. Estação de Tratamento de Águas Residuais através de Plantas (ETARPLAN®)  A água residual é sujeita a uma decantação (sedimentação), em fossa séptica ou IMHOFF, antes de ser lançada num terreno de cultivo de plantas (fitocomunidade emergente ou biótopo).
  • 169. Estação de Tratamento de Águas Residuais através de Plantas (ETARPLAN®)  O substracto (terra) é optimizado de modo a ter um aproveitamento superior a 50% da terra escavada, onde se desenvolve uma comunidade microbiana rizosférica (biliões de microrganismos de mais de 3.000 espécies diferentes aeróbias e anaeróbias).  O substrato encontra-se sobre uma tela impermeabilizante.
  • 170. Estação de Tratamento de Águas Residuais através de Plantas (ETARPLAN®)  A depuração da água reproduz a dinâmica dos ecossistemas e assenta na digestão microbiana aeróbia e anaeróbia, em interacção com factores abióticos: ocorre quando a água atravessa o espaço envolvente das raízes das plantas.  Algumas plantas, como os juncos, têm a capacidade de acumular metais pesados.