1) Estudos mostram iniquidades no sistema de saúde público português, com pessoas de menor renda tendo maior uso de consultas médicas apesar de níveis de necessidade maiores.
2) Fatores como localização geográfica e nível socioeconômico influenciam o acesso a cuidados de saúde em Portugal.
3) Mais análises padronizadas são necessárias para avaliar desigualdades e apoiar políticas de equidade no sistema de saúde português.
O documento discute desafios e oportunidades para fortalecer a Atenção Básica no SUS. Apresenta dados sobre mortalidade materna e infantil e a transição epidemiológica no Brasil, criando novas necessidades de saúde. Também destaca iniciativas para qualificar a gestão, infraestrutura e processos de trabalho nas Unidades Básicas, além de melhorar a integração com serviços especializados e a regulação do sistema.
1) O documento discute a relação entre epidemiologia e saúde bucal coletiva no Brasil, analisando esforços para estabelecer modelos de pesquisa epidemiológica e construir uma base de dados nacional.
2) Também analisa como o conhecimento epidemiológico tem sido transformado em produção científica, contribuindo para consolidar a saúde bucal coletiva.
3) Conclui que a epidemiologia se estabeleceu como área de conhecimento científico no Brasil, fornecendo fer
Apresentação do assessor técnico do Conass, Nereu Henrique Mansano, no seminário "O futuro do Sistema Único de Saúde: a contribuição da Planificação da Atenção à Saúde" e a Reunião Conjunta das Câmaras Técnicas de Atenção à Saúde, Atenção Primária à Saúde e Epidemiologia
O documento discute a criação de um sistema de saúde autoeducável e centrado na criação de valor. Em três frases: (1) Ele propõe um sistema que aprende continuamente com a experiência para melhorar os cuidados; (2) Analisa lições de sistemas eficientes, como medir resultados e usar dados para inovação; (3) Defende que o valor deve ser avaliado no contexto real, considerando múltiplos critérios ao longo do tempo.
O documento discute a importância e o fortalecimento da Atenção Primária no Sistema Único de Saúde brasileiro. Ele propõe ampliar o financiamento e horário das Unidades Básicas de Saúde, melhorar o acesso da população aos serviços e monitorar os resultados para aprimorar a Atenção Primária no país.
O documento discute os desafios do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS) e a planificação da atenção à saúde. Apresenta três cenários para o sistema de saúde no âmbito macroeconômico: a consolidação do sistema segmentado, a consolidação da cobertura universal por meio de um sistema público universal ou por meio de um sistema de competição gerenciada. Também discute a transição necessária da gestão da oferta para a gestão da saúde da população e da regulação da oferta para a
Este documento discute estratégias de educação em saúde para melhorar a adesão dos pacientes ao tratamento no SUS. Apresenta o conceito de adesão e analisa porque a baixa adesão é um problema nas doenças crônicas. Argumenta que as estratégias atuais não consideram a subjetividade dos pacientes e propõe o Método Paulo Freire, a Clínica Ampliada e a Entrevista Motivacional como abordagens que promovem a autonomia dos usuários e corresponsabilização no cuidado com a saúde.
1) O documento discute os grandes desafios do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS), incluindo seu modelo de financiamento, atenção e gestão.
2) O financiamento do SUS é insuficiente comparado a padrões internacionais, com gastos públicos baixos em saúde.
3) O modelo de atenção do SUS é fragmentado e reativo, inadequado para as doenças crônicas que dominam o perfil epidemiológico do Brasil.
O documento discute desafios e oportunidades para fortalecer a Atenção Básica no SUS. Apresenta dados sobre mortalidade materna e infantil e a transição epidemiológica no Brasil, criando novas necessidades de saúde. Também destaca iniciativas para qualificar a gestão, infraestrutura e processos de trabalho nas Unidades Básicas, além de melhorar a integração com serviços especializados e a regulação do sistema.
1) O documento discute a relação entre epidemiologia e saúde bucal coletiva no Brasil, analisando esforços para estabelecer modelos de pesquisa epidemiológica e construir uma base de dados nacional.
2) Também analisa como o conhecimento epidemiológico tem sido transformado em produção científica, contribuindo para consolidar a saúde bucal coletiva.
3) Conclui que a epidemiologia se estabeleceu como área de conhecimento científico no Brasil, fornecendo fer
Apresentação do assessor técnico do Conass, Nereu Henrique Mansano, no seminário "O futuro do Sistema Único de Saúde: a contribuição da Planificação da Atenção à Saúde" e a Reunião Conjunta das Câmaras Técnicas de Atenção à Saúde, Atenção Primária à Saúde e Epidemiologia
O documento discute a criação de um sistema de saúde autoeducável e centrado na criação de valor. Em três frases: (1) Ele propõe um sistema que aprende continuamente com a experiência para melhorar os cuidados; (2) Analisa lições de sistemas eficientes, como medir resultados e usar dados para inovação; (3) Defende que o valor deve ser avaliado no contexto real, considerando múltiplos critérios ao longo do tempo.
O documento discute a importância e o fortalecimento da Atenção Primária no Sistema Único de Saúde brasileiro. Ele propõe ampliar o financiamento e horário das Unidades Básicas de Saúde, melhorar o acesso da população aos serviços e monitorar os resultados para aprimorar a Atenção Primária no país.
O documento discute os desafios do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS) e a planificação da atenção à saúde. Apresenta três cenários para o sistema de saúde no âmbito macroeconômico: a consolidação do sistema segmentado, a consolidação da cobertura universal por meio de um sistema público universal ou por meio de um sistema de competição gerenciada. Também discute a transição necessária da gestão da oferta para a gestão da saúde da população e da regulação da oferta para a
Este documento discute estratégias de educação em saúde para melhorar a adesão dos pacientes ao tratamento no SUS. Apresenta o conceito de adesão e analisa porque a baixa adesão é um problema nas doenças crônicas. Argumenta que as estratégias atuais não consideram a subjetividade dos pacientes e propõe o Método Paulo Freire, a Clínica Ampliada e a Entrevista Motivacional como abordagens que promovem a autonomia dos usuários e corresponsabilização no cuidado com a saúde.
1) O documento discute os grandes desafios do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS), incluindo seu modelo de financiamento, atenção e gestão.
2) O financiamento do SUS é insuficiente comparado a padrões internacionais, com gastos públicos baixos em saúde.
3) O modelo de atenção do SUS é fragmentado e reativo, inadequado para as doenças crônicas que dominam o perfil epidemiológico do Brasil.
O documento discute a importância da pesquisa em Atenção Primária à Saúde (APS). Apresenta definições de termos como APS, Atenção Básica e Programa Saúde da Família. Também descreve áreas de pesquisa em APS, como organização, qualidade, auto-gestão e força de trabalho. Finalmente, lista evidências sobre os benefícios do Programa Saúde da Família no Brasil.
O documento descreve o sistema de saúde universal português. Apresenta dados sobre resultados em saúde, como a esperança média de vida, e sobre o financiamento do sistema, que é majoritariamente público. Discute também tendências e desafios, como o envelhecimento populacional, a sustentabilidade financeira, e a necessidade de regulamentação para manter a qualidade e acesso aos cuidados.
O documento discute como o Sistema Único de Saúde brasileiro pode aprender com o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido. Apresenta a história e estrutura do NHS, incluindo seu financiamento público, governança descentralizada e principais políticas ao longo do tempo para melhorar o acesso e qualidade dos cuidados, como metas de tempo de espera. Também discute desafios atuais como financiamento limitado e incertezas do Brexit.
O documento discute a história das políticas de saúde no Brasil e diferentes modelos de atenção à saúde. Apresenta o modelo sanitarista focado em campanhas de saúde pública e o modelo médico-assistencial privatista focado no atendimento individual. Também discute os desafios postos pelo Sistema Único de Saúde em garantir acesso universal, integral e equitativo à saúde e alternativas como a Estratégia Saúde da Família.
O documento descreve a evolução histórica dos modelos de saúde no Brasil, desde o período do Sanitarismo Campanhista no início do século XX até o atual Sistema Único de Saúde (SUS). Apresenta os principais modelos assistenciais como o Médico-Assistencial Privatista, o Sanitarista e os Assistenciais Alternativos, que formam a base do SUS e buscam a integralidade da atenção à saúde. Também discute a mudança do paradigma dos modelos tecno-assistenciais, da pir
Aula ministrada no Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde do Centro de Pesquisas René Rachou, Mestrado e Doutorado Acadêmicos. Disciplina Seminários em Saúde Pública. Coordenadora Zélia Profeta
O documento discute a história do sistema de saúde brasileiro desde o período colonial até a criação do SUS. Aborda os diferentes modelos que existiram ao longo do tempo e como o SUS foi estruturado para garantir o acesso universal e igualitário à saúde no Brasil de acordo com a Constituição Federal de 1988.
O documento discute os conceitos básicos de economia da saúde e elementos essenciais dos sistemas de saúde no mundo. Ele também analisa os modelos de financiamento da saúde, incluindo os sistemas de saúde dos EUA, Canadá e outros países. Finalmente, examina os benefícios de investir em saúde do ponto de vista econômico.
Este documento discute a Política Nacional de Humanização da Gestão e da Atenção à Saúde no Brasil. Ele apresenta um estudo de revisão integrativa da literatura sobre o processo de implantação desta política nos serviços de saúde e a construção da cultura de humanização. O estudo analisou 8 artigos científicos publicados entre 2004-2010 e concluiu que ainda há poucos estudos avaliando a percepção dos usuários sobre a humanização e que não foi avaliado o fator motivacional das equipes de saúde no processo de mudança
O documento discute a história da medicina de família e comunidade no Brasil e conceitos relacionados à saúde coletiva. Aborda temas como a territorialização dos serviços de saúde, os relatórios Dawson e Flexner, a reforma sanitária brasileira e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
O documento discute as bases legais do sistema público de saúde no Brasil, incluindo a Constituição Federal de 1988, a Lei Orgânica da Saúde de 1990 e o Pacto pela Saúde. Ele define saúde como um direito universal e estabelece as competências da União, estados e municípios no sistema de saúde.
Os estudos observacionais descritos incluem estudos de coorte (prospectivos e retrospectivos), estudos de caso-controle e estudos transversais. Estudos de coorte acompanham grupos ao longo do tempo para comparar desfechos. Estudos de caso-controle comparam exposições em grupos com e sem desfecho. Estudos transversais medem prevalências simultaneamente.
A educação em saúde tradicional no Brasil surgiu no início do século XX para controlar epidemias que ameaçavam a economia. Inicialmente focada em campanhas autoritárias, evoluiu para centros de saúde na era Vargas, mas permaneceu limitada. Na década de 1970, surgiu a educação popular em saúde, com foco no diálogo e empoderamento das comunidades.
O documento descreve o programa de internação domiciliar do SUS, que pretende atender 15 mil pacientes em suas casas até o fim do ano. O programa fornecerá pagamentos para equipes médicas que atenderão pacientes em suas casas, oferecendo um atendimento mais humanizado. Além disso, o texto discute experiências bem-sucedidas de programas de internação domiciliar em estados como a Bahia e iniciativas semelhantes em planos de saúde.
O documento discute a articulação entre sistemas de informação epidemiológica, produção científica e políticas de saúde voltadas para homens no Brasil. Os dados epidemiológicos apontam que os homens têm maior risco de morte por causas externas, doenças circulatórias e tumores. A produção científica foca principalmente em agravos masculinos, mas pouco aborda outros aspectos. Documentos do Ministério da Saúde destacam o panorama de morbimortalidade masculina e a metodologia para a Polí
Este artigo discute os fatores que influenciam o aumento dos gastos com saúde no Brasil, considerando tanto fatores de demanda quanto de oferta. Entre os fatores de demanda estão a necessidade sentida, fatores psicossociais e a expansão da seguridade social. Os principais fatores de oferta incluem o progresso técnico-médico e a disseminação da inovação. O artigo argumenta que esses fatores sozinhos não explicam totalmente o crescimento dos gastos e discute outras variáveis complexas envolvidas.
Este documento apresenta uma discussão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, abordando seu contexto histórico, objetivos, princípios e implementação. Inicialmente, descreve os aspectos históricos pré-SUS, desde o modelo de sanitarismo até as reformas sanitárias da década de 1970 que defenderam o direito universal à saúde. Posteriormente, detalha os objetivos, princípios como universalidade, equidade e integralidade, e aspectos da implementação do SUS definidos na Lei 8080/90.
1. O Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade da UERJ foi um dos primeiros do Brasil, criado em 1976 para formar médicos especializados em atenção primária à saúde.
2. O documento descreve os desafios iniciais para implantar um programa com foco em saúde comunitária e integral, em oposição ao modelo médico hospitalocêntrico da época.
3. Também discute as dificuldades contínuas enfrentadas pelo programa, como a falta de alinhamento com os modelos hegem
A economia em saúde - Eficiência no Gasto PúblicoCONGESP
1) O documento descreve uma pesquisa sobre a eficiência dos gastos com exames de radiodiagnóstico oferecidos pelo município.
2) A pesquisa analisou 1240 exames realizados em unidades básicas de saúde durante 3 meses em 2004, verificando se os exames foram decisivos para a saúde dos pacientes e se foram realizados e entregues corretamente.
3) Os resultados mostraram que 58% dos exames tiveram resultado normal, 12% dos pacientes não fizeram o exame apesar de saí
Este documento apresenta a coletânea premiada do 1o Prêmio Nacional em Economia da Saúde de 2004. Contém 12 capítulos divididos em três temas: avaliação econômica na área da saúde, financiamento e gasto em saúde, e integralidade, eficiência e eqüidade em sistemas de saúde. Apresenta os trabalhos premiados e menções honrosas em cada categoria, além de prefácio contextualizando a economia da saúde e os temas abordados.
O documento discute a variável ambiental no ambiente dos negócios. Apresenta a evolução da política ambiental no Brasil e nas Américas, desde a industrialização até pressões atuais por regulamentações mais rígidas devido aos protestos da população contra danos ecológicos. Também aborda os impactos nas organizações e a necessidade de mudanças em suas estruturas de produção para se adaptarem às novas normas.
IACS - Uma Perspectiva de Redução de Despesa PúblicaFernando Barroso
Quanto custa uma infecção? Este trabalho apresenta uma resposta a esta questão.
Esta apresentação resulta do trabalho académico dos autores (Ana Tavares (Enf.ª no Hospital Distrital de Santarém, EPE), Cláudia Simão (Enf.ª no Hospital Distrital de Santarém, EPE), Hugo de Sousa (Enf. na USF D. Sancho I) e Sofia Ferreirinha (Enf.ª no Hospital Distrital de Santarém, EPE)), no âmbito da disciplina de economia da saúde integrada na Pós-graduação em Gestão de Unidades de Saúde do Instituto Politécnico de Santarém.
O documento discute a importância da pesquisa em Atenção Primária à Saúde (APS). Apresenta definições de termos como APS, Atenção Básica e Programa Saúde da Família. Também descreve áreas de pesquisa em APS, como organização, qualidade, auto-gestão e força de trabalho. Finalmente, lista evidências sobre os benefícios do Programa Saúde da Família no Brasil.
O documento descreve o sistema de saúde universal português. Apresenta dados sobre resultados em saúde, como a esperança média de vida, e sobre o financiamento do sistema, que é majoritariamente público. Discute também tendências e desafios, como o envelhecimento populacional, a sustentabilidade financeira, e a necessidade de regulamentação para manter a qualidade e acesso aos cuidados.
O documento discute como o Sistema Único de Saúde brasileiro pode aprender com o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido. Apresenta a história e estrutura do NHS, incluindo seu financiamento público, governança descentralizada e principais políticas ao longo do tempo para melhorar o acesso e qualidade dos cuidados, como metas de tempo de espera. Também discute desafios atuais como financiamento limitado e incertezas do Brexit.
O documento discute a história das políticas de saúde no Brasil e diferentes modelos de atenção à saúde. Apresenta o modelo sanitarista focado em campanhas de saúde pública e o modelo médico-assistencial privatista focado no atendimento individual. Também discute os desafios postos pelo Sistema Único de Saúde em garantir acesso universal, integral e equitativo à saúde e alternativas como a Estratégia Saúde da Família.
O documento descreve a evolução histórica dos modelos de saúde no Brasil, desde o período do Sanitarismo Campanhista no início do século XX até o atual Sistema Único de Saúde (SUS). Apresenta os principais modelos assistenciais como o Médico-Assistencial Privatista, o Sanitarista e os Assistenciais Alternativos, que formam a base do SUS e buscam a integralidade da atenção à saúde. Também discute a mudança do paradigma dos modelos tecno-assistenciais, da pir
Aula ministrada no Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde do Centro de Pesquisas René Rachou, Mestrado e Doutorado Acadêmicos. Disciplina Seminários em Saúde Pública. Coordenadora Zélia Profeta
O documento discute a história do sistema de saúde brasileiro desde o período colonial até a criação do SUS. Aborda os diferentes modelos que existiram ao longo do tempo e como o SUS foi estruturado para garantir o acesso universal e igualitário à saúde no Brasil de acordo com a Constituição Federal de 1988.
O documento discute os conceitos básicos de economia da saúde e elementos essenciais dos sistemas de saúde no mundo. Ele também analisa os modelos de financiamento da saúde, incluindo os sistemas de saúde dos EUA, Canadá e outros países. Finalmente, examina os benefícios de investir em saúde do ponto de vista econômico.
Este documento discute a Política Nacional de Humanização da Gestão e da Atenção à Saúde no Brasil. Ele apresenta um estudo de revisão integrativa da literatura sobre o processo de implantação desta política nos serviços de saúde e a construção da cultura de humanização. O estudo analisou 8 artigos científicos publicados entre 2004-2010 e concluiu que ainda há poucos estudos avaliando a percepção dos usuários sobre a humanização e que não foi avaliado o fator motivacional das equipes de saúde no processo de mudança
O documento discute a história da medicina de família e comunidade no Brasil e conceitos relacionados à saúde coletiva. Aborda temas como a territorialização dos serviços de saúde, os relatórios Dawson e Flexner, a reforma sanitária brasileira e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
O documento discute as bases legais do sistema público de saúde no Brasil, incluindo a Constituição Federal de 1988, a Lei Orgânica da Saúde de 1990 e o Pacto pela Saúde. Ele define saúde como um direito universal e estabelece as competências da União, estados e municípios no sistema de saúde.
Os estudos observacionais descritos incluem estudos de coorte (prospectivos e retrospectivos), estudos de caso-controle e estudos transversais. Estudos de coorte acompanham grupos ao longo do tempo para comparar desfechos. Estudos de caso-controle comparam exposições em grupos com e sem desfecho. Estudos transversais medem prevalências simultaneamente.
A educação em saúde tradicional no Brasil surgiu no início do século XX para controlar epidemias que ameaçavam a economia. Inicialmente focada em campanhas autoritárias, evoluiu para centros de saúde na era Vargas, mas permaneceu limitada. Na década de 1970, surgiu a educação popular em saúde, com foco no diálogo e empoderamento das comunidades.
O documento descreve o programa de internação domiciliar do SUS, que pretende atender 15 mil pacientes em suas casas até o fim do ano. O programa fornecerá pagamentos para equipes médicas que atenderão pacientes em suas casas, oferecendo um atendimento mais humanizado. Além disso, o texto discute experiências bem-sucedidas de programas de internação domiciliar em estados como a Bahia e iniciativas semelhantes em planos de saúde.
O documento discute a articulação entre sistemas de informação epidemiológica, produção científica e políticas de saúde voltadas para homens no Brasil. Os dados epidemiológicos apontam que os homens têm maior risco de morte por causas externas, doenças circulatórias e tumores. A produção científica foca principalmente em agravos masculinos, mas pouco aborda outros aspectos. Documentos do Ministério da Saúde destacam o panorama de morbimortalidade masculina e a metodologia para a Polí
Este artigo discute os fatores que influenciam o aumento dos gastos com saúde no Brasil, considerando tanto fatores de demanda quanto de oferta. Entre os fatores de demanda estão a necessidade sentida, fatores psicossociais e a expansão da seguridade social. Os principais fatores de oferta incluem o progresso técnico-médico e a disseminação da inovação. O artigo argumenta que esses fatores sozinhos não explicam totalmente o crescimento dos gastos e discute outras variáveis complexas envolvidas.
Este documento apresenta uma discussão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, abordando seu contexto histórico, objetivos, princípios e implementação. Inicialmente, descreve os aspectos históricos pré-SUS, desde o modelo de sanitarismo até as reformas sanitárias da década de 1970 que defenderam o direito universal à saúde. Posteriormente, detalha os objetivos, princípios como universalidade, equidade e integralidade, e aspectos da implementação do SUS definidos na Lei 8080/90.
1. O Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade da UERJ foi um dos primeiros do Brasil, criado em 1976 para formar médicos especializados em atenção primária à saúde.
2. O documento descreve os desafios iniciais para implantar um programa com foco em saúde comunitária e integral, em oposição ao modelo médico hospitalocêntrico da época.
3. Também discute as dificuldades contínuas enfrentadas pelo programa, como a falta de alinhamento com os modelos hegem
A economia em saúde - Eficiência no Gasto PúblicoCONGESP
1) O documento descreve uma pesquisa sobre a eficiência dos gastos com exames de radiodiagnóstico oferecidos pelo município.
2) A pesquisa analisou 1240 exames realizados em unidades básicas de saúde durante 3 meses em 2004, verificando se os exames foram decisivos para a saúde dos pacientes e se foram realizados e entregues corretamente.
3) Os resultados mostraram que 58% dos exames tiveram resultado normal, 12% dos pacientes não fizeram o exame apesar de saí
Este documento apresenta a coletânea premiada do 1o Prêmio Nacional em Economia da Saúde de 2004. Contém 12 capítulos divididos em três temas: avaliação econômica na área da saúde, financiamento e gasto em saúde, e integralidade, eficiência e eqüidade em sistemas de saúde. Apresenta os trabalhos premiados e menções honrosas em cada categoria, além de prefácio contextualizando a economia da saúde e os temas abordados.
O documento discute a variável ambiental no ambiente dos negócios. Apresenta a evolução da política ambiental no Brasil e nas Américas, desde a industrialização até pressões atuais por regulamentações mais rígidas devido aos protestos da população contra danos ecológicos. Também aborda os impactos nas organizações e a necessidade de mudanças em suas estruturas de produção para se adaptarem às novas normas.
IACS - Uma Perspectiva de Redução de Despesa PúblicaFernando Barroso
Quanto custa uma infecção? Este trabalho apresenta uma resposta a esta questão.
Esta apresentação resulta do trabalho académico dos autores (Ana Tavares (Enf.ª no Hospital Distrital de Santarém, EPE), Cláudia Simão (Enf.ª no Hospital Distrital de Santarém, EPE), Hugo de Sousa (Enf. na USF D. Sancho I) e Sofia Ferreirinha (Enf.ª no Hospital Distrital de Santarém, EPE)), no âmbito da disciplina de economia da saúde integrada na Pós-graduação em Gestão de Unidades de Saúde do Instituto Politécnico de Santarém.
1) O documento discute os desafios da avaliação econômica na gestão do Sistema Único de Saúde brasileiro, apresentando conceitos, métodos e aplicações de análises econômicas em saúde.
2) Inclui tópicos sobre como identificar, medir e valorar custos e efeitos das intervenções na saúde, além de orientações para interpretar e aplicar resultados de estudos de custo-efetividade.
3) Apresenta três resumos críticos de estudos de avaliação econô
O documento discute a origem e importância da economia da saúde. Em três pontos: 1) A economia da saúde surgiu com o aumento dos gastos com saúde nas décadas de 1960 e ganhou força como área de estudo. 2) Fatores socioeconômicos afetam a saúde e a economia da saúde analisa essa relação. 3) A economia da saúde auxilia tomadas de decisão sobre recursos escassos na saúde.
O documento apresenta uma disciplina de Gestão de Serviços, discutindo a importância dos serviços para a sociedade e economia. Apresenta a evolução das sociedades de agrícola para industrial e pós-industrial, com foco crescente nos serviços. Discutem-se também fontes de crescimento do setor de serviços, como inovação e tendências sociais.
A população da Europa é de 731 milhões de habitantes, com alta densidade demográfica. Grande parte dos imigrantes são africanos em busca de melhores condições de vida, trabalhando em empregos rejeitados por europeus. Os países europeus têm baixas taxas de natalidade e mortalidade e alta expectativa de vida, devido a bons sistemas de saúde e educação, resultando em uma população majoritariamente adulta.
Semana da APS de Portugal no Rio de Janeirojonasbonfante
O documento discute o sistema de saúde português e a reforma da atenção primária em saúde (APS). Resume que Portugal tem um sistema de saúde universal financiado por impostos que enfrenta desafios como o envelhecimento da população e o aumento dos custos. A reforma da APS incluiu a criação de Unidades de Saúde Familiar autônomas e Agrupamentos de Centros de Saúde para melhorar o acesso, satisfação e qualidade dos cuidados.
1) O documento discute o modelo de atenção básica em saúde no Brasil, criticando sua expansão acompanhada da terceirização da força de trabalho e privatização da gestão.
2) A atenção básica deve cumprir funções como resolutividade, coordenação e responsabilização pela saúde dos usuários para alcançar a integralidade preconizada pelo SUS.
3) Há desafios em implementar práticas de cuidado na atenção básica que atendam à eficácia, efetividade e integralidade no sentido de
Este documento discute estratégias de educação em saúde para melhorar a adesão dos pacientes ao tratamento no SUS. Apresenta o conceito de adesão e analisa porque a baixa adesão é um problema nas doenças crônicas. Argumenta que as estratégias atuais não consideram a subjetividade dos pacientes e propõe o Método Paulo Freire, a Clínica Ampliada e a Entrevista Motivacional como abordagens que promovem a autonomia dos usuários e corresponsabilização no cuidado com a saúde.
Este documento discute o conceito de equidade em saúde, teorias da equidade, grupos vulneráveis, estratégias para promover a equidade e desafios futuros. Aborda conceitos como igualdade, justiça social, acesso aos serviços de saúde e vulnerabilidade. Aponta a promoção da equidade, o dilema entre igualdade e equidade, e as perspectivas políticas, institucionais e individuais como temas importantes para o futuro.
Apresentação feita pelo especialista em planejamento de saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública, Eugênio Vilaça, no seminário CONASS Debate - o futuro dos sistemas universais de saúde
VIANA, Ana Luiza d'Avila et al. Economia e saúde. In: Clínica Médica [2ed. am...Betânia Andrade
O documento discute a relação entre economia e saúde, como a economia da saúde analisa os custos e processos de tratamento e como os sistemas de saúde podem ser financiados. Também aborda falhas de mercado no setor de saúde e a necessidade de regulação e como os sistemas de saúde são afetados por fatores socioeconômicos e políticos.
O sistema de informação da atenção básica como ferramenta de gestão de saúdeInstituto Consciência GO
1) O documento analisa o papel do Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab) como ferramenta para coleta de dados usados no planejamento de ações de saúde nos programas de Saúde da Família e Agentes Comunitários de Saúde.
2) O Siab fornece indicadores sobre a situação sociossanitária das áreas cobertas pelos programas, mas os autores argumentam que precisam ser adicionados mais dados para melhor planejamento.
3) É sugerido que o Siab aprimore sua gama
Este documento analisa a evolução do mercado de planos de saúde no Brasil após a regulamentação de 1998, comparando os planos individuais e coletivos. Ele caracteriza as diferenças entre esses tipos de contratação e analisa o perfil demográfico dos beneficiários, receitas, despesas e custos médios segundo cada modalidade. Conclui que os planos coletivos apresentam crescimento mais acentuado de beneficiários, especialmente entre os mais jovens.
Este documento analisa a evolução do mercado de planos de saúde no Brasil após a regulamentação de 1998, comparando os planos individuais e coletivos. Apresenta dados sobre o número de beneficiários, receitas, despesas e perfil demográfico segundo o tipo de contratação. Observa que os planos coletivos tiveram maior crescimento de beneficiários, especialmente entre os mais jovens, possivelmente devido à menor regulamentação e ao mercado de trabalho em expansão.
O documento discute equidade em saúde no Brasil, destacando êxitos e desafios. Apresenta diferentes definições de equidade em saúde e como ela envolve julgamentos sobre justiça social. Discutem-se as diferentes fontes de cobertura de saúde no Brasil e como a Estratégia Saúde da Família tem melhorado o acesso de forma mais equitativa. No entanto, problemas de qualidade podem exacerbar iniquidades no sistema.
Este documento discute a importância da integralidade na educação em saúde no Programa Saúde da Família (PSF) no Brasil. Argumenta-se que as práticas de educação em saúde no PSF precisam incorporar o princípio da integralidade para que o modelo assistencial possa ser reorientado de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). A integralidade implica integrar ações preventivas e assistenciais, envolver equipes multiprofissionais, e considerar os usuários de forma holística em vez de
Glauco Henrique Marani
Palestrante
Diretor de Saúde da Prefeitura Municipal de Taubaté, Doutorando na área de Gestão na Universidade Trás-os-Montes Alto Douro – UTAD - Portugal, Mestrado na área de Desenvolvimento Regional pela Universidade de Taubaté, MBA - Gerência Empresarial pela Universidade de Taubaté (2007), com graduação em Farmácia Bioquímica pela Universidade de Marília (1996).
1) O documento analisa o sistema de financiamento da saúde em Portugal, incluindo o papel do Serviço Nacional de Saúde, subsistemas públicos e privados, e pagamentos diretos dos cidadãos.
2) O financiamento da saúde em Portugal vem principalmente do orçamento do Estado para o Serviço Nacional de Saúde, mas os pagamentos diretos das famílias também representam uma parte significativa dos custos.
3) Existem desafios para assegurar a sustentabilidade do financiamento da saúde em Portugal, incluindo a necessidade
O documento discute o conceito de saúde coletiva, definindo-o como um campo de saber e práticas que envolve fatores sociais, econômicos, culturais e históricos na determinação da saúde de indivíduos e populações. Também resume as principais diretrizes e instâncias do Sistema Único de Saúde brasileiro, como universalidade, descentralização e participação da comunidade por meio de conferências e conselhos de saúde.
1) O documento discute a prescrição de medicamentos e solicitação de exames por enfermeiros no Programa Saúde da Família (PSF) no Brasil.
2) Existem questões sobre o respaldo legal dessas atribuições de enfermeiros no PSF.
3) O estudo analisa parâmetros éticos e legais como a Lei do Exercício Profissional e o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem que apoiam a prática de enfermeiros no PSF no que se refere à prescrição de medicamentos
O documento discute medidas de saúde coletiva e indicadores epidemiológicos. Ele explica que medir a saúde de populações é importante para promover qualidade de vida e planejar ações de saúde pública. Descreve os principais indicadores como taxas de mortalidade, prevalência, incidência e letalidade, e como eles são calculados para fornecer informações sobre o estado de saúde de uma população.
O documento discute políticas e programas de saúde no Brasil. Apresenta conceitos como políticas públicas de saúde, programas de saúde e níveis de atenção à saúde. Também descreve a estrutura do sistema de saúde brasileiro e os principais programas federais e estaduais.
O documento discute como a globalização e o modelo econômico neoliberal afetam a saúde e a cidadania no Brasil. O neoliberalismo promove a privatização dos serviços de saúde e cortes nos gastos sociais, limitando o acesso universal à saúde. Isso aumenta a desigualdade entre ricos e pobres e contradiz os princípios do Sistema Único de Saúde brasileiro. Uma abordagem de saúde coletiva que promova a participação popular é necessária para superar essas questões
1. O documento discute a avaliação da qualidade na saúde de forma multidimensional, considerando os diferentes pontos de vista dos atores no sistema de saúde.
2. Ele revisa a literatura sobre o desenvolvimento do conceito de qualidade na saúde ao longo de três etapas: o interesse inicial dos sociólogos pelos usuários dos serviços, a garantia da qualidade e, mais recentemente, a abordagem multidimensional.
3. O autor propõe uma definição multidimensional de qualidade na saúde e estratégias para aproxim
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Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
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A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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O que sabemos sobre a equidade na prestação ou no financiamento de cuidados de saúde em Portugal?
1. Curso de Extensão Universitária Políticas e Estratégias de
Sistemas e Organizações de Saúde
Economia da Saúde e Avaliação Económica
(ESAE)
Tema 4
A partir de estudos que utilizaram metodologia económica, o que
sabemos sobre a equidade na prestação ou no financiamento de
cuidados de saúde em Portugal?
Fernando Biscaia Fraga
2. 1
Introdução
Segundo o glossário de termos e conceitos sobre a economia da saúde (Pereira J. , 2004),
o termo equidade refere-se à distribuição justa de determinado atributo populacional e
no acesso a cuidados de saúde. Este tema é cada vez mais recorrente, na medida em que
uns dos pressupostos do sistema de saúde público assenta na noção de equidade. Esta
equidade pode ser pensada de diversas formas.
Habitualmente associa-se este conceito ao livre acesso aos cuidados de saúde,
independentemente do grau de necessidade ou das características de cada indivíduo.
Neste caso, está-se apenas a discutir uma questão de igualdade, ignorando divergências
ao nível da necessidade. O conceito de equidade pode, por outro lado, centrar-se na
ideia de que se deve prover um mínimo decente de cuidados de saúde para que o
sistema seja equitativo, o que pode gerar dúvidas quanto ao que será um mínimo
decente. Existem ainda conceitos que apontam para a maximização da utilidade
esperada dos indivíduos, o que, por sua vez, apresenta alguns problemas ao nível da sua
valorização. Outro dos conceitos possíveis para a definição de equidade é a regra do
maximin, que define como equitativo um sistema no qual se maximiza o bem-estar do
indivíduo que se encontra em piores condições (Simões, Paquete, & Araújo, 2006). No
sentido de facilitar a análise de desigualdades na distribuição de qualquer atributo é
utilizada uma representação gráfica denominada como Curva de Lorenz, em que é
estabelecida através de um conjunto de pontos que tem como coordenadas a
percentagem acumulada da população, quando ordenada na variável Y (eixo horizontal)
e a percentagem acumulada dessa mesma variável (eixo vertical). Quanto maior for o
afastamento da curva de Lorenz da diagonal maior é a desigualdade na distribuição. Por
outro lada existe a Curva de Concentração que se define como sendo uma representação
gráfica da distribuição económica de determinado atributo X para o qual existe interesse
ético. Uma curca de concentração tem por coordenadas a percentagem acumulada da
variável X no eixo vertical, e a percentagem acumulada da população quando ordenada
pelos níveis de rendimento, no eixo horizontal. A partir desta curva é possível calcular-
se o índice de Concentração, utilizado no campo da saúde para medir a equidade
relativamente aos sistemas de financiamento, resultado e da prestação de cuidados de
saúde (Pereira J. , 2004).
3. 2
Desenvolvimento
Em Portugal encontra-se, subjacente nos diplomas fundamentais de política de saúde,
um princípio de igualdade de acesso aos cuidados de saúde. Na sociedade democrática e
livre em que vivemos, com padrões de solidariedade social em constante evolução, o
direito humano à proteção e à promoção da saúde é fundamental para promover
igualdade de oportunidades. Em concordância, no Artigo 64º da Constituição da
República Portuguesa, declara no ponto 1º que ―Todos os cidadãos têm o direito à
proteção da saúde e o dever de a defender e promover. (Constituição da República
Portuguesa)
A equidade é um alicerce fundamental na legislação do sistema de saúde português
embora tenha havido pouca preocupação no passado em concretizar, promover e
monitorizar este objetivo. Recentemente, a OMS (Organização Mundial de Saúde)
avaliou o PNS (Plano Nacional de Saúde) que vigorou entre 2004 e 2010, identificando
as suas potencialidades, limitações e lacunas (WHO, 2010). Segundo este relatório, o
PNS prestou muito pouca atenção ao tema da equidade em saúde, nomeadamente em
termos de estratégias e programas para combater as desigualdades em saúde. Noutro
documento, destinado a avaliar o desempenho do sistema de saúde português a OMS
apontou para melhorias assinaláveis no sistema de saúde, não deixando, todavia, de
assinalar que ainda persistem diferenças significativas no estado de saúde dos
portugueses de acordo com o género, região geográfica e nível socioeconómico (por
nível educacional ou de rendimento (WHO, 2010). De acordo com os autores, o sistema
de saúde português tem como desafio para a consolidação e melhoria do estado de saúde
dos cidadãos, a diminuição dos níveis de desigualdade entre grupos e a adequação de
resposta às expectativas dos portugueses (Furtado & Pereira, 2010).
Em termos nacionais, pretende-se equilibrar a equidade, através de um modelo flexível
baseado na lei da procura e da oferta. ―A igualdade de oportunidades de acesso para
igual necessidade, está presente quando todos os utentes em todas as regiões de um país
têm acesso aos mesmos cuidados básicos de saúde, com os mesmos custos e com a
mesma brevidade no acesso aos mesmos; este conceito relaciona-se sobretudo com a
perspetiva da oferta. ―A igualdade de utilização para igual necessidade refere-se aos
utentes que têm menos propensão para a utilização dos cuidados de saúde, implicando
uma certa discriminação a favor dos mesmos, este conceito é identificável nas classes
4. 3
socioeconómicas mais baixas e insere-se numa perspetiva da procura de cuidados de
saúde (Giraldes M. R., 2001).
O SNS e financiando pelos portugueses através de quatro vias principais.
Maioritariamente, através de impostos diretos e indiretos, como o IRS, IRC e IVA. Uma
segunda forma de financiamento é através de seguros sociais, onde os cidadãos
abrangidos fazem contribuições obrigatórias para subsistemas públicos, tipicamente em
função do rendimento (ex. ADSE). Alguns cidadãos pagam, de forma voluntária,
prémios de seguros privados, sendo as contribuições calculadas de acordo com o risco
(individual ou de grupo). Por outro lado, praticamente todas as famílias portuguesas
contribuem para o financiamento do sistema de saúde através de pagamentos diretos,
efetuados no momento de consumo e diretamente relacionados com a utilização de
cuidados. Os pagamentos diretos são constituídos por um leque diversificado de
despesas, como por exemplo, as taxas moderadoras pagas pelos utentes no âmbito do
SNS ou as despesas não comparticipadas com produtos farmacêuticos (Furtado &
Pereira, 2010). Apesar de Portugal possuir um Serviço Nacional de Saúde Universal e, o
consumo privado é proporcionalmente o mais elevado de todos os países da
Comunidade Europeia. As pessoas escolhem racionalmente consumir cuidados e saúde
fora do SNS porque pressentem que os benefícios são maiores (Pereira, 1995).
A maior parte das análises que abordam o sistema de prestação de cuidados em Portugal
verifica que existem fatores para além da necessidade clínica que influenciam a
utilização de cuidados de saúde, nomeadamente de consultas médicas, evidenciando a
existência de iniquidades favorecendo os grupos de rendimento mais elevado (Pereira J. ,
2002). Este padrão é corroborado pelo estudo realizado pela OCDE (Van Doorslaer &
Masseria, 2004), o qual permite contextualizar o desempenho de Portugal
comparativamente a 21 países analisados. Os resultados obtidos revelaram que em
Portugal a probabilidade de ter uma consulta médica apresenta um dos índices de
iniquidade mais elevados, (Furtado & Pereira, 2010)
O acesso à utilização de consultas pode ser condicionado por fatores demográficos,
económicos e sociais. Em Portugal, existe uma grande disparidade na alocação de
prestadores de cuidados de saúde, concentrando-se essencialmente em zonas de maior
densidade populacional. Neste sentido, como vários estudos de Santana (Santana, 2005)
indicam, a população de regiões mais carenciadas é também caracterizada por um
envelhecimento e pela grande necessidade de cuidados médicos, tendo maior
dificuldade no acesso de que necessitam.
5. 4
Ao analisar a equidade deveria ser tida em conta a qualidade dos serviços prestados, que
não está contida na análise devido à dificuldade de contabilização da mesma. Este é um
fator cada vez mais relevante, na medida em que um maior acesso por parte dos
indivíduos pode não significar um maior acréscimo no estado de saúde. Por outro lado,
a elevada concentração de indivíduos de rendimentos elevados no sector privado poderá
estar relacionada não só com o seu poder de compra ou o seu nível de informação, mas
também com a maior qualidade percecionada do mesmo e com o menor tempo de
espera (Simões, Paquete, & Araújo, 2006).
Conclusão
Na pesquisa a vários estudos realizados constata-se a existência de iniquidade no
sistema de saúde público português. Da análise resulta a evidência de que os indivíduos
com menores rendimentos são os que mais utilizam o sistema de saúde público,
nomeadamente as consultas de clínica geral. É interessante notar que, apesar do maior
consumo deste tipo de recursos, esta classe apresenta níveis de necessidade algo
superiores aos de utilização (Simões, Paquete, & Araújo, 2006).
Nestes estudos realizados em Portugal a análise dos indicadores de saúde tem sido
efetuada maioritariamente através de medidas globais que apenas refletem a tendência
de evolução. Não tem existido de um modo consistente uma análise padronizada das
desigualdades socioeconómicas ou geográficas subjacentes a esses indicadores, embora
para alguns casos tal seja possível. Para tomar decisões para promover políticas de
equidade será necessário atestar a fiabilidade dos estudos disponíveis. Deste modo deve-
se analisar com prudência os resultados obtidos nos estudos disponíveis nomeadamente:
Ao facto da maioria dos resultados serem obtidos através de estudos académicos e não
resultaram em sugestões de melhoria ao nível do sistema de saúde; à disponibilidade de
informação há áreas mais analisadas quer ao nível dos cuidados de quer ao nível das
características socioeconómicas; à não existência de estudos que analisem de um modo
integrado as diferentes causas das desigualdades em saúde e no acesso aos cuidados; às
barreiras no acesso aos cuidados de saúde em Portugal que ocorrem em diferentes fases
do processo de prestação de cuidados e estão relacionadas quer com características
estruturais, como a oferta e proximidade dos cuidados, quer com características
organizacionais, como as dificuldades na marcação de consultas, tempos de espera ou
referenciação.
6. 5
Apesar da falta de estudos que demonstrem com acurácia o estado real da equidade na
saúde em Portugal, todos dos governos surgem com documentos programáticos que
aparentam retomar a centralidade da equidade e o acesso ao sistema de saúde. Estes
documentos referem a identificação de necessidades, a definição de prioridades e a
garantia de que os recursos estarão disponíveis nos tempos e locais adequados, de forma
continuada e equitativa. Para tanto, deve ser seguido e assegurado o compromisso
implícito no contrato social de garantia de universalidade da cobertura; a equidade do
acesso; a sustentabilidade financeira, atual e futura, do SNS, baseada na solidariedade
do financiamento; e a aplicação eficiente dos recursos públicos na obtenção de
resultados de qualidade e ganhos de saúde para a população (Governo de Portugal,
2013). De facto face do país mudou nos últimos 30 anos e para isso contribuí os
investimentos em infraestrutura que se cifraram em 4% do PIB em média (Pereia, 2013).
Existe atualmente uma fase de grande agonia orçamental por o problemas das finanças
públicas terem assumido uma proporção dramática. Esta realidade pode ainda agravar
mais as assimetrias no acesso ao SNS.
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7. 6
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