O documento discute as recentes manifestações no Brasil, analisando diferentes perspectivas e possíveis questões para debate, como a necessidade de reforma do sistema político brasileiro, rediscutir os megaeventos como a Copa do Mundo, e debater qual o papel do Estado e como promover mais igualdade social.
Este documento propõe temas para debate no 5o Congresso do Partido dos Trabalhadores e discute a experiência de governo do PT nos últimos 11 anos. Reconhece conquistas, mas também limites e desafios, como a necessidade de reformas políticas e de entender novas demandas sociais emergentes. Defende a construção de uma narrativa do governo petista para responder às críticas e orientar ações futuras.
Este documento apresenta trechos de entrevistas com líderes sindicais brasileiros realizadas entre 1979-1980 sobre os movimentos operários e sindicais no Brasil e suas visões sobre política e democracia. As entrevistas abordam a repressão sofrida pelos trabalhadores no regime militar e sua crescente organização e lutas reivindicatórias nos anos 1970, bem como as discussões em torno dos partidos políticos e a busca por representação política dos trabalhadores.
Este documento discute a educação popular no Brasil durante a ditadura militar de 1964-1985. Ele descreve como grupos como o Movimento de Cultura Popular usaram atividades culturais e alfabetização para resistir à ditadura e promover a participação popular. O documento também analisa como intelectuais e educadores, como Paulo Freire, desenvolveram métodos de educação popular para empoderar as pessoas, até serem perseguidos após o golpe militar de 1964.
1. O documento discute a importância da disciplina "Movimentos Sociais no Brasil e na Amazônia" no curso de Serviço Social da UFPA para a formação de profissionais críticos.
2. A disciplina aborda os fundamentos históricos e contemporâneos dos movimentos sociais com foco na compreensão da totalidade social e da luta de classes.
3. O ensino dos movimentos sociais é essencial para a formação em Serviço Social dado o papel da profissão em lidar com as expressões da "questão social
Este artigo analisa a abordagem da questão social pelo Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) nos governos de Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros no Rio Grande do Sul durante a Primeira República. O PRR era ideologicamente diferente dos demais partidos republicanos, sendo fortemente influenciado pelo positivismo. Apesar de numericamente inferior, o PRR manteve-se no poder no estado por décadas. O artigo explora como o ideário positivista do PRR se refletia em sua organização política e no tratamento disp
A introdução discute como a sociologia pode contribuir para o estudo do
desenvolvimento através do exame dos atores sociais envolvidos. O autor descreve três
condições para a existência desses atores: representação política e social organizada,
afirmação de que o poder concentrado na elite raramente beneficia a população, e
facilidade para formação de movimentos sociais. A resenha critica analisa o papel do
Estado, instituições e sociedade no desenvolvimento do Brasil.
Este artigo explora como a música popular brasileira representou as mulheres entre 1880-1970 e como isso contribuiu para as transformações da primeira para a segunda onda do feminismo no Brasil. Analisa como as letras musicais ora reforçavam, ora descontinuavam representações tradicionais de gênero em diferentes períodos históricos. Busca entender como a construção de "espaços de fala" e novas "agendas discursivas" através da música apoiaram mudanças disruptivas na representação social das mulheres.
Este documento propõe temas para debate no 5o Congresso do Partido dos Trabalhadores e discute a experiência de governo do PT nos últimos 11 anos. Reconhece conquistas, mas também limites e desafios, como a necessidade de reformas políticas e de entender novas demandas sociais emergentes. Defende a construção de uma narrativa do governo petista para responder às críticas e orientar ações futuras.
Este documento apresenta trechos de entrevistas com líderes sindicais brasileiros realizadas entre 1979-1980 sobre os movimentos operários e sindicais no Brasil e suas visões sobre política e democracia. As entrevistas abordam a repressão sofrida pelos trabalhadores no regime militar e sua crescente organização e lutas reivindicatórias nos anos 1970, bem como as discussões em torno dos partidos políticos e a busca por representação política dos trabalhadores.
Este documento discute a educação popular no Brasil durante a ditadura militar de 1964-1985. Ele descreve como grupos como o Movimento de Cultura Popular usaram atividades culturais e alfabetização para resistir à ditadura e promover a participação popular. O documento também analisa como intelectuais e educadores, como Paulo Freire, desenvolveram métodos de educação popular para empoderar as pessoas, até serem perseguidos após o golpe militar de 1964.
1. O documento discute a importância da disciplina "Movimentos Sociais no Brasil e na Amazônia" no curso de Serviço Social da UFPA para a formação de profissionais críticos.
2. A disciplina aborda os fundamentos históricos e contemporâneos dos movimentos sociais com foco na compreensão da totalidade social e da luta de classes.
3. O ensino dos movimentos sociais é essencial para a formação em Serviço Social dado o papel da profissão em lidar com as expressões da "questão social
Este artigo analisa a abordagem da questão social pelo Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) nos governos de Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros no Rio Grande do Sul durante a Primeira República. O PRR era ideologicamente diferente dos demais partidos republicanos, sendo fortemente influenciado pelo positivismo. Apesar de numericamente inferior, o PRR manteve-se no poder no estado por décadas. O artigo explora como o ideário positivista do PRR se refletia em sua organização política e no tratamento disp
A introdução discute como a sociologia pode contribuir para o estudo do
desenvolvimento através do exame dos atores sociais envolvidos. O autor descreve três
condições para a existência desses atores: representação política e social organizada,
afirmação de que o poder concentrado na elite raramente beneficia a população, e
facilidade para formação de movimentos sociais. A resenha critica analisa o papel do
Estado, instituições e sociedade no desenvolvimento do Brasil.
Este artigo explora como a música popular brasileira representou as mulheres entre 1880-1970 e como isso contribuiu para as transformações da primeira para a segunda onda do feminismo no Brasil. Analisa como as letras musicais ora reforçavam, ora descontinuavam representações tradicionais de gênero em diferentes períodos históricos. Busca entender como a construção de "espaços de fala" e novas "agendas discursivas" através da música apoiaram mudanças disruptivas na representação social das mulheres.
Este documento apresenta um resumo sobre o conceito de novas esquerdas. Discute como os tradicionais eixos que definiam a distinção entre esquerda e direita perderam validade diante das mudanças no mundo contemporâneo, como a queda do socialismo e a globalização. Apresenta brevemente as perspectivas de pensadores como Habermas, que enfatiza a necessidade de novas utopias para a esquerda que não se baseiem apenas no trabalho, diante da crise do modelo social-democrata.
A JUVENTUDE RURAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS: IDENTIDADE E REIVINDICAÇÃO POR DIR...UFPB
O documento discute as políticas públicas para a juventude rural no Brasil entre 2003-2016. Apresenta um breve histórico das políticas para essa categoria desde o século XIX e analisa o processo de configuração das políticas nos últimos anos, destacando a criação da Secretaria Nacional da Juventude em 2005 e programas como o ProJovem. Também aborda debates sobre identidade e reivindicações de direitos dessa juventude.
Este artigo analisa as principais mudanças políticas ocorridas no Estado brasileiro nas últimas décadas do século XX, focando nos processos de democratização política e liberalização econômica. A crise do Estado desenvolvimentista brasileiro na década de 1980 levou à transição para um Estado democrático e de mercado. A democratização política foi mais importante na década de 1980, enquanto a liberalização econômica destacou-se nos anos 1990 sob o governo de Fernando Henrique Cardoso.
A entrevista discute:
1) A crise do Estado de bem-estar na Europa e os avanços nos programas sociais no Brasil desde 2000.
2) A necessidade da Europa se reinventar politicamente e em termos de desenvolvimento socioeconômico para continuar sendo referência.
3) A urgência do Brasil em melhorar rapidamente a educação pública, principalmente o ensino médio, para que a universidade pública se torne motor do desenvolvimento.
O documento discute a renovação da história política a partir da década de 1980, caracterizada por uma ampliação do conceito de político para além do Estado. O autor defende que o político não deve ser visto como um domínio isolado, mas sim como algo que se comunica com a maioria dos outros domínios e não tem margens definidas.
O documento discute a evolução histórica da interpretação marxista do problema racial, desde as primeiras tentativas no final do século XIX até as discussões na Internacional Comunista nos anos 1920. Também analisa como os precursores do marxismo lidaram com o movimento nacionalista e a ideologia do racismo científico. Finalmente, destaca conceitos importantes desenvolvidos por essa tradição crítica, como opressão racial e superexploração de trabalhadores de minorias.
O documento discute a estratégia do PCdoB de participar em governos de frente ampla de forma mais afirmativa e audaciosa. Ele propõe três frentes de trabalho para acumular forças progressistas: 1) participação em frentes políticas e governos; 2) participação na luta de ideias; 3) organização do movimento social. O documento analisa a experiência do primeiro governo Lula e defende maior compromisso do PCdoB no segundo mandato para concretizar as promessas progressistas.
Florestan fernandes historia e historias entrevistaDaylson Lima
Florestan Fernandes fala sobre sua trajetória intelectual e política desde a juventude, abordando temas como sua entrada na USP, a luta pela educação pública e democracia, o desenvolvimento da sociologia no Brasil e suas obras. Ele reflete sobre a importância da participação na história do país e da coerência em suas posições ao longo do tempo.
O documento discute o uso de jornais como fontes para pesquisa histórica, destacando sua importância para entender transformações culturais e comportamentos sociais. A imprensa permite estudar temas como abolição, imigração, movimento operário e gênero. No entanto, jornais refletem ideologias e não são neutros, já que selecionam e interpretam fatos de acordo com seus interesses.
Este documento apresenta o plano de ensino de História para o 2o ano do Ensino Médio. Serão abordados temas como a Revolução Francesa, a Revolução Industrial, os processos de independência na América e movimentos sociais do século XIX. O objetivo é desenvolver habilidades históricas como análise de documentos e compreensão de conceitos. As atividades incluem discussões, pesquisas, resolução de exercícios e uso de mídias como filmes e revistas.
Este artigo analisa a relação contemporânea entre Serviço Social e movimentos sociais no Brasil, com base na produção acadêmica entre os anos 1990-2000. Aborda a incorporação tardia da temática dos movimentos sociais pela profissão e sua aproximação limitada inicialmente. Discute como a redemocratização dos anos 1980 possibilitou uma maior interlocução com os trabalhadores e suas organizações, estabelecendo as bases para um projeto profissional contra-hegemônico e marxista.
O documento discute o apoio recebido por Jânio Quadros nas eleições de São Paulo em 1985, proveniente principalmente de camadas médias urbanas insatisfeitas com questões econômicas e sociais. O populismo autoritário e conservador de Jânio apelou para necessidades psicossociais e medos destes grupos, prometendo "lei e ordem". Seu melhor desempenho foi em bairros da antiga periferia habitados pela classe média baixa.
Este documento discute o papel da burocracia pública na sociedade brasileira ao longo da história. A burocracia pública desempenhou um papel estratégico associada à burguesia industrial entre 1930 e 1980, período de grande desenvolvimento econômico no Brasil. Nos anos 1960, houve um golpe militar em resposta à Revolução Cubana. Nos anos 1980, uma crise levou ao fim da aliança entre a burocracia pública e a burguesia, e o país adotou políticas neoliberais. Nos anos 2000, o ne
A independência do brasil como uma revolução história e atualidade de um tem...Flavio Toledo DE Souza
Este documento discute a independência do Brasil como uma revolução. Primeiramente, analisa como o conceito de revolução era entendido no início do século XIX e como foi utilizado pelos protagonistas da independência para descrever o processo. Em seguida, resume brevemente as principais interpretações historiográficas dos séculos XIX e XX sobre o tema. Por fim, discute contribuições mais recentes que reconhecem o caráter revolucionário do processo de independência brasileiro.
Esquerda e direita surgiram durante a Revolução Francesa para definir posicionamentos políticos. A esquerda defendia os direitos dos trabalhadores enquanto a direita representava os interesses da elite conservadora. Ao longo do tempo, esses termos passaram a englobar uma variedade de ideologias como liberalismo, conservadorismo, socialismo e outros. Hoje em dia, esquerda e direita não definem posições fixas e a maioria dos brasileiros tem dificuldade em se posicionar nesses termos.
1) O documento descreve o sistema partidário português como hierárquico e não democrático, onde os partidos se separam da população e a vêem como ignorante.
2) Os principais partidos políticos em Portugal são descritos, com o CDS representando a direita dos negócios, e o PS e PSD formando um "bloco central" no poder há décadas que é visto como corrupto.
3) O documento critica fortemente o "bloco central" PS/PSD por sua inépcia, semelhança ideol
Esta tese analisa o Movimento Estudantil no estado do Piauí entre 1935 e 1984. Procura mostrar como a cultura política conservadora da sociedade piauiense influenciou o movimento, mantendo-o afastado de ideologias de esquerda. Ao mesmo tempo, discute como o movimento estudantil contribuiu para a modernização do estado, aproximando-o das grandes capitais brasileiras, embora de forma moderada e sem romper com as tradições locais. O título faz referência à distância geográfica e cultural de Ter
Apresentação programa de governo jhonatas50Donguto
1) O documento apresenta o programa de governo do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) para as eleições municipais de 2012 em Feira de Santana.
2) O PSOL propõe uma gestão municipal alinhada com os interesses dos trabalhadores e que promova a participação popular, em oposição aos projetos políticos conservadores locais.
3) O programa defende políticas públicas que promovam a igualdade de gênero e raça, e que garantam direitos como saúde, educação e cultura para a população de Feira de
Eric Humildad is seeking a writing position that utilizes his skills in environmental journalism, freelance writing, editing, web design, photo editing, and social media expertise. He has experience investigating environmental issues in the Inland Empire region and writing for websites such as www.arrowheadcity.com and his own blog. Eric has a Master's degree in New Media Journalism from Full Sail University and a Bachelor's degree in Environmental Science from the University of Phoenix. He has volunteered with habitat restoration and is a certified naturalist in the Inland Empire area.
El Colegio Nacional "El Angel" es una institución educativa ubicada en la ciudad de Lima. Ofrece educación primaria y secundaria a cientos de estudiantes. Su objetivo es brindar una formación académica de calidad para que los estudiantes puedan desarrollarse plenamente.
Este documento apresenta um resumo sobre o conceito de novas esquerdas. Discute como os tradicionais eixos que definiam a distinção entre esquerda e direita perderam validade diante das mudanças no mundo contemporâneo, como a queda do socialismo e a globalização. Apresenta brevemente as perspectivas de pensadores como Habermas, que enfatiza a necessidade de novas utopias para a esquerda que não se baseiem apenas no trabalho, diante da crise do modelo social-democrata.
A JUVENTUDE RURAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS: IDENTIDADE E REIVINDICAÇÃO POR DIR...UFPB
O documento discute as políticas públicas para a juventude rural no Brasil entre 2003-2016. Apresenta um breve histórico das políticas para essa categoria desde o século XIX e analisa o processo de configuração das políticas nos últimos anos, destacando a criação da Secretaria Nacional da Juventude em 2005 e programas como o ProJovem. Também aborda debates sobre identidade e reivindicações de direitos dessa juventude.
Este artigo analisa as principais mudanças políticas ocorridas no Estado brasileiro nas últimas décadas do século XX, focando nos processos de democratização política e liberalização econômica. A crise do Estado desenvolvimentista brasileiro na década de 1980 levou à transição para um Estado democrático e de mercado. A democratização política foi mais importante na década de 1980, enquanto a liberalização econômica destacou-se nos anos 1990 sob o governo de Fernando Henrique Cardoso.
A entrevista discute:
1) A crise do Estado de bem-estar na Europa e os avanços nos programas sociais no Brasil desde 2000.
2) A necessidade da Europa se reinventar politicamente e em termos de desenvolvimento socioeconômico para continuar sendo referência.
3) A urgência do Brasil em melhorar rapidamente a educação pública, principalmente o ensino médio, para que a universidade pública se torne motor do desenvolvimento.
O documento discute a renovação da história política a partir da década de 1980, caracterizada por uma ampliação do conceito de político para além do Estado. O autor defende que o político não deve ser visto como um domínio isolado, mas sim como algo que se comunica com a maioria dos outros domínios e não tem margens definidas.
O documento discute a evolução histórica da interpretação marxista do problema racial, desde as primeiras tentativas no final do século XIX até as discussões na Internacional Comunista nos anos 1920. Também analisa como os precursores do marxismo lidaram com o movimento nacionalista e a ideologia do racismo científico. Finalmente, destaca conceitos importantes desenvolvidos por essa tradição crítica, como opressão racial e superexploração de trabalhadores de minorias.
O documento discute a estratégia do PCdoB de participar em governos de frente ampla de forma mais afirmativa e audaciosa. Ele propõe três frentes de trabalho para acumular forças progressistas: 1) participação em frentes políticas e governos; 2) participação na luta de ideias; 3) organização do movimento social. O documento analisa a experiência do primeiro governo Lula e defende maior compromisso do PCdoB no segundo mandato para concretizar as promessas progressistas.
Florestan fernandes historia e historias entrevistaDaylson Lima
Florestan Fernandes fala sobre sua trajetória intelectual e política desde a juventude, abordando temas como sua entrada na USP, a luta pela educação pública e democracia, o desenvolvimento da sociologia no Brasil e suas obras. Ele reflete sobre a importância da participação na história do país e da coerência em suas posições ao longo do tempo.
O documento discute o uso de jornais como fontes para pesquisa histórica, destacando sua importância para entender transformações culturais e comportamentos sociais. A imprensa permite estudar temas como abolição, imigração, movimento operário e gênero. No entanto, jornais refletem ideologias e não são neutros, já que selecionam e interpretam fatos de acordo com seus interesses.
Este documento apresenta o plano de ensino de História para o 2o ano do Ensino Médio. Serão abordados temas como a Revolução Francesa, a Revolução Industrial, os processos de independência na América e movimentos sociais do século XIX. O objetivo é desenvolver habilidades históricas como análise de documentos e compreensão de conceitos. As atividades incluem discussões, pesquisas, resolução de exercícios e uso de mídias como filmes e revistas.
Este artigo analisa a relação contemporânea entre Serviço Social e movimentos sociais no Brasil, com base na produção acadêmica entre os anos 1990-2000. Aborda a incorporação tardia da temática dos movimentos sociais pela profissão e sua aproximação limitada inicialmente. Discute como a redemocratização dos anos 1980 possibilitou uma maior interlocução com os trabalhadores e suas organizações, estabelecendo as bases para um projeto profissional contra-hegemônico e marxista.
O documento discute o apoio recebido por Jânio Quadros nas eleições de São Paulo em 1985, proveniente principalmente de camadas médias urbanas insatisfeitas com questões econômicas e sociais. O populismo autoritário e conservador de Jânio apelou para necessidades psicossociais e medos destes grupos, prometendo "lei e ordem". Seu melhor desempenho foi em bairros da antiga periferia habitados pela classe média baixa.
Este documento discute o papel da burocracia pública na sociedade brasileira ao longo da história. A burocracia pública desempenhou um papel estratégico associada à burguesia industrial entre 1930 e 1980, período de grande desenvolvimento econômico no Brasil. Nos anos 1960, houve um golpe militar em resposta à Revolução Cubana. Nos anos 1980, uma crise levou ao fim da aliança entre a burocracia pública e a burguesia, e o país adotou políticas neoliberais. Nos anos 2000, o ne
A independência do brasil como uma revolução história e atualidade de um tem...Flavio Toledo DE Souza
Este documento discute a independência do Brasil como uma revolução. Primeiramente, analisa como o conceito de revolução era entendido no início do século XIX e como foi utilizado pelos protagonistas da independência para descrever o processo. Em seguida, resume brevemente as principais interpretações historiográficas dos séculos XIX e XX sobre o tema. Por fim, discute contribuições mais recentes que reconhecem o caráter revolucionário do processo de independência brasileiro.
Esquerda e direita surgiram durante a Revolução Francesa para definir posicionamentos políticos. A esquerda defendia os direitos dos trabalhadores enquanto a direita representava os interesses da elite conservadora. Ao longo do tempo, esses termos passaram a englobar uma variedade de ideologias como liberalismo, conservadorismo, socialismo e outros. Hoje em dia, esquerda e direita não definem posições fixas e a maioria dos brasileiros tem dificuldade em se posicionar nesses termos.
1) O documento descreve o sistema partidário português como hierárquico e não democrático, onde os partidos se separam da população e a vêem como ignorante.
2) Os principais partidos políticos em Portugal são descritos, com o CDS representando a direita dos negócios, e o PS e PSD formando um "bloco central" no poder há décadas que é visto como corrupto.
3) O documento critica fortemente o "bloco central" PS/PSD por sua inépcia, semelhança ideol
Esta tese analisa o Movimento Estudantil no estado do Piauí entre 1935 e 1984. Procura mostrar como a cultura política conservadora da sociedade piauiense influenciou o movimento, mantendo-o afastado de ideologias de esquerda. Ao mesmo tempo, discute como o movimento estudantil contribuiu para a modernização do estado, aproximando-o das grandes capitais brasileiras, embora de forma moderada e sem romper com as tradições locais. O título faz referência à distância geográfica e cultural de Ter
Apresentação programa de governo jhonatas50Donguto
1) O documento apresenta o programa de governo do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) para as eleições municipais de 2012 em Feira de Santana.
2) O PSOL propõe uma gestão municipal alinhada com os interesses dos trabalhadores e que promova a participação popular, em oposição aos projetos políticos conservadores locais.
3) O programa defende políticas públicas que promovam a igualdade de gênero e raça, e que garantam direitos como saúde, educação e cultura para a população de Feira de
Eric Humildad is seeking a writing position that utilizes his skills in environmental journalism, freelance writing, editing, web design, photo editing, and social media expertise. He has experience investigating environmental issues in the Inland Empire region and writing for websites such as www.arrowheadcity.com and his own blog. Eric has a Master's degree in New Media Journalism from Full Sail University and a Bachelor's degree in Environmental Science from the University of Phoenix. He has volunteered with habitat restoration and is a certified naturalist in the Inland Empire area.
El Colegio Nacional "El Angel" es una institución educativa ubicada en la ciudad de Lima. Ofrece educación primaria y secundaria a cientos de estudiantes. Su objetivo es brindar una formación académica de calidad para que los estudiantes puedan desarrollarse plenamente.
Este documento presenta el programa de actividades semanales para el campamento de verano "Campamento VERANeLAR" en julio de 2012. La agenda incluye actividades variadas como visitas a la playa, excursiones, talleres creativos, deportes y juegos para 7 semanas temáticas que abarcan la exploración, el deporte, la cocina, el teatro y más.
Este currículum presenta los datos personales de Saúl Alejandro Martínez, quien nació en México en 1992. Actualmente vive en Tampico, Tamaulipas y estudió medicina en la Universidad Nacional Autónoma de México. Habla con fluidez español, inglés, francés e italiano.
The document summarizes the strengths, weaknesses, opportunities, and threats of a campaign to raise awareness for Great Ormond Street Hospital. The strengths include raising awareness of the hospital and allowing parents and people worldwide to know about treatment options for sick children. Weaknesses are the campaign may not reach its target audience of adults with young kids and filming could be disrupted. Opportunities are to improve camera work and editing skills. Threats include possibly being stopped by college staff during filming and limited time to complete the campaign.
The document describes the design and fabrication of an automated lawn mower. Key points:
- An automated lawn mower was designed using Arduino programming to minimize human supervision for lawn mowing.
- A literature review was conducted on obstacle detection methods and autonomous control of lawn mowers. The design was modeled in SolidEdge and fabricated with a frame, motors, sensors, and cutter.
- The Arduino board controls the DC motors and sensors to allow for obstacle avoidance navigation around a lawn for inexpensive automated grass trimming.
Quando outros atores vão às ruas as manifestações de junho de 2013 e suas m...UFPB
Este documento discute as influências políticas nacionais e internacionais nas grandes manifestações populares no Brasil em 2013. Apresenta o contexto político e econômico no Brasil e no mundo que levou ao surgimento de novos movimentos sociais. Discute como movimentos como as marchas antiglobalização, Primavera Árabe e Occupy Wall Street influenciaram as manifestações de 2013 no Brasil.
Manifestações nas ruas, as eleições em 2014 e a política do Bem X Mal UFPB
O documento discute como a política no Brasil tem sido reduzida a uma visão dicotômica de "esquerda x direita", ignorando a diversidade de movimentos sociais e questões. Também critica como as mídias e redes sociais têm estimulado uma cultura política superficial que não leva a mudanças reais. Defende uma reflexão sobre o tipo de democracia e estado desejado no país.
Política, manifestações e o pensamento conservador no brasil – Parte IIUFPB
O documento discute o crescimento de manifestações de ódio e preconceito nas redes sociais e como isso estimula um projeto de poder político conservador. Também analisa como a exposição excessiva desse tipo de conteúdo nas redes tende a banalizar o problema, em vez de promover um debate político profundo.
O documento defende os recentes protestos como uma forma de reconquistar a cidade e o espaço público para o encontro e a participação política. Também argumenta que a raiva e o vandalismo político são expressões válidas após anos de silêncio, e que as lutas por transporte público e recursos para obras públicas são essenciais. Defende ainda a participação dos partidos e mecanismos de democracia mais direta.
O ESTADO BRASILEIRO EM DEBATE: ENTRE AS MUDANÇAS NECESSÁRIAS E AS ELEIÇÕES 2014UFPB
O debate sobre “Qual o Estado que queremos?” e “Estado para quê e para quem?” percebe-se que é evitado por muitos setores e grupos políticos tanto de oposição, como alguns grupos partidários que compõem a situação no atual governo. Além de ser um debate considerado “complicado” do ponto de vista teórico, técnico e político, é considerado pouco viável do ponto de vista eleitoral. Claro, que, além disso, propor o debate sobre um Estado promotor de igualdade social tenderia a desestabilizar zonas de conforto, desconcentrar poder e recursos públicos direcionados para corporações e grupos mercantis privados. Esse debate sobre Estado no Brasil junto com a sociedade talvez seja adiado por muito tempo ainda, por mais que não faltem evidências de que precisa ser feito.
Este documento discute as principais mudanças sofridas pelos movimentos sociais em Portugal, comparando dois períodos: entre 1974-1976, marcado por fortes movimentos após o 25 de Abril; e o período atual, marcado por movimentos que combatem a crise econômica e social, como os protestos "Geração à Rasca" e "Que se lixe a Troika". Também questiona o potencial da internet em despertar uma maior mobilização social.
Empoderamento e participação da comunidade em políticas sociais, maria da glo...Fabiana Adaice
Este documento analisa as formas de participação da sociedade civil em esferas públicas no Brasil, destacando o papel dos conselhos. Aborda também as Organizações Sociais (OSs) e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) no contexto da reforma do Estado. Uma conclusão é que a participação da sociedade civil via conselhos e outras formas busca garantir que o Estado cumpra seu papel de fornecer educação, saúde e serviços sociais de qualidade para todos, e não substit
O documento discute a trajetória dos movimentos sociais no Brasil e sua relação com o Estado ao longo da história. Explica como o Estado excluiu a participação popular e cooptou demandas através de medidas como a cidadania corporativa. Também analisa como os movimentos sociais passaram a buscar mais diálogo com o Estado na década de 1980 em busca de reconhecimento de direitos.
O documento discute a participação popular nas políticas públicas no Brasil após a Constituição de 1988. A constituição estabeleceu a participação da população na formulação de políticas através de conselhos, porém esses espaços acabaram se tornando arenas de disputa e cooptação política. Novos movimentos sociais passaram a atuar nesses conselhos para fortalecer a garantia de direitos, mas revelaram contradições internas nos movimentos e tensões com o sistema capitalista.
Movimentos sociais na américa latina na atualidadeGracy Garcia
Este documento discute os movimentos sociais na América Latina no contexto da globalização. Apresenta como os movimentos sociais e organizações da sociedade civil têm lutado por direitos e justiça social em resposta às políticas neoliberais e seus impactos. Também destaca o papel central de movimentos como os sem-terra, indígenas, mulheres e economia solidária na promoção de alternativas emancipatórias.
O documento descreve os protestos de junho de 2013 no Brasil. Começando com reivindicações por transporte público acessível, as manifestações levaram centenas de milhares às ruas para expressar descontentamento com saúde, educação, corrupção e gastos com megaeventos esportivos, reivindicando mais direitos e democracia. A mídia teve papel decisivo, com emissoras iniciais tentando estigmatizar manifestantes e depois pressionadas a mudar cobertura com violência policial. Mídia alternativa acompanhou online
O ocaso dos partidos, das lideranças políticas tradicionais e do poder políti...Fernando Alcoforado
1) Os movimentos de massa no Brasil continuam apesar da redução das tarifas de transporte e querem avançar em reivindicações econômicas, políticas e sociais. 2) O Brasil vive uma situação pré-revolucionária com o povo não aceitando mais ser governado como antes. 3) Os movimentos de massa podem se dissipar sem vitórias maiores devido à falta de objetivos claros e à repressão, enquanto o governo fica enfraquecido.
As manifestações populares de 2013 no Brasil reivindicaram melhorias nos serviços públicos e maior transparência política. O sociólogo Luiz Werneck Vianna analisa o movimento como uma busca por autonomia e participação da sociedade, que não quer mais ser tratada de forma infantil pelo Estado. Ele vê o momento como virtuoso e acredita que as instituições democráticas podem ser fortalecidas se os governantes souberem ouvir as demandas da população.
O documento resume os principais termos do debate sobre movimentos sociais e serviço social apresentados em artigos publicados entre 1979-2013. Os artigos discutem: 1) a emergência dos movimentos sociais, sua relação com o Estado e a questão da assessoria; 2) as transformações no mundo do trabalho e seus impactos nos sindicatos; 3) a organização política do serviço social e sua relação com os movimentos sociais e sindicatos.
O documento discute as recentes rebeliões sociais lideradas por jovens em todo o mundo. Aponta que, apesar de causas específicas diferentes, as manifestações compartilham insatisfação com desigualdades, precariedade e falta de oportunidades, defendendo um Estado social que promova educação e saúde públicas. Também observa que os protestos expressam uma "luta de classes sem vanguardas" e rejeitam a política institucional, usando redes sociais para mobilização.
O documento discute o conceito de movimentos sociais e cidadania. Explica que movimentos sociais são grupos organizados que lutam por mudanças sociais através de embates políticos de acordo com seus valores. Discutem também os tipos de movimentos sociais (conservadores, reformistas e revolucionários) e os três tipos de direitos (civil, político e social) que formam a cidadania.
1) O documento discute as redes de mobilização social no Brasil contemporâneo, analisando movimentos sociais, associações civis e fóruns.
2) É destacada a importância dos movimentos sociais na luta por direitos e na construção de uma sociedade democrática.
3) A democracia brasileira é contraditória, com classes menos favorecidas excluídas do poder de escolha, mas tratadas de forma clientelista.
CEPÊDA_TRAJETÓRIAS DO CORPORATIVISMO NO BRASIL - Teoria social, problemas eco...Jeferson Alexandre Miranda
Este trabalho tem como objeto de reflexão as trajetórias do corporativismo no Brasil, concebido enquanto uma ideia e um fenômeno plural, dotado de mais de uma faceta e momento de existência na vida pública nacional. Ao longo do texto, tentarei demonstrar alguns pontos importantes sobre a forma e as funções específicas do corporativismo adaptado ao nosso contexto e que, exatamente em sua recepção aplicada, promoveu uma trajetória particular que só ganha sentido se percebida em seus nexos com a teoria social do “atraso brasileiro” e com a identificação das disfunções do liberalismo econômico (primário-exportador) e político (elites oligárquico-regionais)
Sociedade civil, participação e cidadania.de que estamos falandoAlvaro Gomes
1) O documento discute como o projeto neoliberal e o projeto democrático-participativo no Brasil resultaram em uma "confluência perversa", apesar de apontarem em direções opostas, pois ambos requerem uma sociedade civil ativa.
2) Isso criou um dilema para os atores da sociedade civil sobre qual projeto estão realmente fortalecendo ao participar dos espaços públicos.
3) O texto argumenta que é necessário analisar os diferentes projetos políticos em disputa e como eles deslocam os significados de noções
Este documento descreve os protestos em massa que ocorreram no Brasil em junho de 2013 contra o aumento das tarifas de transporte público em São Paulo e em defesa de melhorias na educação e serviços públicos. Centenas de milhares de pessoas em todo o país participaram dos protestos, que criticaram a classe dirigente brasileira por sua desconexão com as preocupações da população e submissão aos interesses econômicos. Embora tenham começado de forma pacífica, alguns protestos acabaram em confrontos com a polícia.
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e desdobramentos políticos dessa linha no conjunto do programa. A metodologia acionada para essa problematização é qualitativa e como procedimento de pesquisa são trabalhadas de forma inter-relacionada observação participante, análise documental e entrevistas semiestruturadas. Sob essa perspectiva, a problematização da confguração do Pronaf Jovem nos últimos anos pode ser signifcativa para adensar a discussão sobre a constituição das políticas e ações de
governo para a juventude rural no Brasil. No decorrer do trabalho, foi possível visualizar que “burocracia, publicização – transparência, preconceito geracional, falta de autonomia (relacionada a DAP)” são quesitos que comumente aparecem quando são analisados os estudos acadêmicos e técnicos sobre essa política, bem como nas avaliações das organizações e movimentos sociais em juventude rural.
Palavras-chave: Pronaf Jovem; juventude rural; políticas públicas; Estado.
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Palavras-chave: juventude rural; políticas públicas; identidade; contexto rural.
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Palavras chave: Estado; Políticas Públicas; Juventude rural; Agricultura familiar ecamponesa; Configuração
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Actuelement, il est signalé au niveau international que l'autonomie du Haïti, pays affecté en 2010 par un
violent séisme où plus de 220 000 personnes sont mortes et plus d'un million et demi étaient sans abri, a été
souvent negligée. La reconstruction du pays qui comprend des projets d'infrastructures, de logement et de
réorganisation productive, semble loin d'être terminée en 2014, sujet traité en détails dans le documentaire
Assistance Mortalle. Mais avant même cette catastrophe, l'action de la MINUSTAH (Mission des Nations
Unies pour la Stabilisation en Haïti), organisation de composition civile et militaire crée en 2004 par l'ONU
comme une mission de stabilisation, est symbolique de la perte de la souveraineté d'un pays considéré
comme “sous-développé”.
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Tese: A formulação das políticas públicas para a juventude rural no Brasil: a...UFPB
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This research problem was constructed to investigate the configuration of public policies for rural
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situating the look at the social situation of young people who live in rural areas and are organizing
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policies for rural youth take place at the federal government level? This study aims to
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UFCD_6580_Cuidados na saúde a populações mais vulneráveis_índice.pdfManuais Formação
Manual da UFCD_6580_Cuidados na saúde a populações mais vulneráveis_pronto para envio, via email e formato editável.
Email: formacaomanuaisplus@gmail.com
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Entre rótulos e possíveis questões para o debate: as recentes manifestações nas ruas do brasil
1. ENTRE RÓTULOS E POSSÍVEIS QUESTÕES PARA O DEBATE: AS RECENTES
MANIFESTAÇÕES NAS RUAS DO BRASIL
Sérgio Botton Barcellos
No Brasil nas últimas semanas pudemos observar e participar de um conjunto de
manifestações por diversas localidades do Brasil e por um conjunto de pautas, dentre elas a questão
do aumento da tarifa do transporte público e as condições precárias de mobilidade urbana, que
podem ser consideradas um dos estopins imediatos das últimas manifestações. Dentre várias
manifestações acirrando os ânimos e provocando os manifestantes, que levaram os protestos a se
transformar em uma revolta popular, foram as contínuas ações violentas da Polícia Militar.
Uns dizem que o Brasil, o gigante, ou sei lá quem acordou. Outros meio estupefatos, pois
não conseguem entender o que está acontecendo. Muitos outros estão participando das
manifestações reivindicando mudanças pontuais e até transformações sociais. Basta, recorrer aos
livros e notícias cotidianas, para perceber que o povo já está mobilizado e nas ruas há muito tempo,
os movimentos sociais que organizam-se no espaço rural e urbano estão mobilizados e na
resistência faz muito tempo, como os Movimentos pelo transporte, Movimento dos atingidos pelos
grandes empreendimentos (Vale do Rio Doce, Belo Monte, etc..) e Copa do Mundo, Movimentos
Feministas, Movimento GLBTS, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Movimento dos
Sem Emprego, Comissões Pastorais, Movimento Estudantil e uma grande variedade de outros
movimentos.
O povo já estava desperto há muito tempo, não talvez em forma de multidão. O mesmo
pode-e evidenciar, em relação a violência policial com agentes fardados e a paisana, não é
novidade, pois acontece cotidianamente pelas ruas e periferias brasileiras.
A multiplicidade de pautas e acontecimentos que estão contidas nas manifestações, além do
transporte público e da Copa do Mundo, não permite ter certeza de uma única interpretação sobre
como essas mobilizações foram possíveis. Quem achar que consegue captar todas suas dimensões e
projeções futuras de imediato, corre um sério risco de ter uma interpretação inapropriada das
diversas manifestações que estão ocorrendo, para defender hipóteses dedutivas e previamente
elaboradas, para confirmar seus próprios argumentos e responder sozinho suas próprias questões,
sem se permitir ao exercício de participação, de refletir e disputar o sentido dessas mobilizações em
seu lócus privilegiado, ou seja, nas ruas. Esse texto, busca trazer alguns elementos para o debate e
trazer apenas dois, dos muitos pontos de vista disponíveis na rede, para estimular o debate sobre o
atual momento.
2. Os muitos, dos muitos grupos contidos e alguns sentidos dessas manifestações
Evidencia-se uma ambivalência em nossa cultura política brasileira que ao mesmo tempo em
que questiona certas posturas e atitudes nas manifestações, como as atitudes de vandalismo, ou as
bandeiras partidárias, ou os “caras pintadas” com a bandeira do Brasil, também são
retroalimentadas no cotidiano pelas instituições de Estado e grande mídia. Contudo, o conjunto de
fatores que levaram esses diversos grupos sociais saírem nas ruas aos milhares, são bastante
influentes e se entrelaçam em uma perspectiva democrática e de uma parcela que almeja
transformações sociais, como pautar a desigualdade social, ao mesmo tempo com diretrizes
conservadoras, autoritárias e ufanistas que se reconfiguram e são apresentadas pela mídia com um
revestimento democratizante.
Um traço disso, é que conservadores estão determinados a também sair das redes sociais e ir
às ruas. Uma das características dessas manifestações, o que não pode ser desconsiderado, é que
depois que a grande mídia comprou as manifestações e isso virou um viral nas redes sociais,
muitos/as vestiram suas “velhas roupas coloridas” (como diria Belchior) em algum momento na
segunda e quinta passada e resolveram ir às ruas para dar uma rejuvenescida na sua monótona vida
pequeno burguesa, uma refrescada em seus preconceitos e reafirmar suas crenças sobre a “nação”.
Outra coisa, que observa-se inclusive nos campos políticos que ainda se dizem de esquerda,
nem que em performance estética, fazem uma espécie de metadiscurso generalista denominando
uma grande parte dos/as participantes das manifestações como fascistas, ou de direita e como
conspiradores de um golpe de Estado. Ora francamente, esse tipo de discurso, despolitiza o debate,
tanto, quanto as ações de traços ufanistas e de algeriza as bandeiras partidárias que estão ocorrendo
nas manifestações.
Em suma, rótulos, deduções e a arrogância ao analisar os recentes fatos e manifestação são
frutos de uma formação política que há tempos não vem sendo feita, ou mesmo, que é realizada de
modo protocolar no âmbito dos partidos e em muitas organizações de esquerda. Essas posturas,
possivelmente não estão dando e nem darão conta para auxiliar na compreensão dos últimos
acontecimentos e manifestações nas ruas. Nos atentemos então em olhar e juntos nas ruas, quem
está lá e por quais motivações está ocupando esse espaço, junto com tantos/as outros/as.
Outra evidência dessas manifestações e que chama a atenção é a percepção de um tipo de
ação conjunta das polícias estaduais no país, seja nos dias de aferrecimento dos combates aos
manifestantes na quinta-feira (20/06), quanto no dia de susposta “tregua” como a que ocorreu nas
manifestações de segunda-feira (17/06). Esse tipo de ação pôde ser observada, tanto na ação
3. policial, quanto na de possíveis agentes policiais infiltrados nas manifestações promovendo a
depredação dos prédios públicos e incitando demais manifestantes a essa ação.
Isto apesar de escamoteado, pela opinião pública, mídia e governo, é um fato que também
deve ser mais analisado nesse contexto. Por exemplo, ação de agentes policiais infiltrados nas
manifestações aparentemente, trata-se de uma prática tradicional da polícia mundo a fora, na qual
infiltra pessoas nos atos promovendo atos de depredação para logo em seguida justificar uma ação
policial mais ostensiva e violenta com o intuito de dispersar os manifestantes, ou mesmo, justificar
atos de abuso da força policial e fragilizar politicamente as mobilizações perante a opinião pública.
Em relação a essas questões e um possível alinhamento de discurso da mídia com o governo,
cabe trazer Noam Chomsky em um dos seus escritos, no qual ele abordou as estratégias de
manipulação das informações e da mídia, como, por exemplo, a de criação de problemas para
depois oferecer soluções e causar certa reação no público a fim de que eles sejam os demandantes
das medidas que os grupos hegemônicos desejam. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se
intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, ou criar uma crise econômica
para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento
dos serviços públicos.
Oberva-se dos governos pouca sensibilidade com as pautas das manifestações e com pouco
ou nenhum compromisso programático com as bandeiras históricas de luta no campo das esquerdas
no Brasil. Exemplo disso é o atual governo federal, que diz que ouve os movimentos e as
organizações sociais, mas não escuta (Sim, escutar requer outra atitude e outra sensibilidade!).
Os dois últimos governos e o recente governo federal representam uma construção histórica
e anos de luta de uma significativa parcela da classe trabalhadora no Brasil e estava sendo
protagonista em algumas transformações muito bem avaliadas na vida imediata do povo brasileiro,
como, por exemplo, as políticas de redistribuição de renda. Contudo, não é por isso que não
devemos ficar atentos em que medida está se fazendo política para desestabilizar e modificar os
aparatos e mecanismos do Estado que historicamente replicam desigualdade e injustiça social no
Brasil.
Ao não optarmos em pautar o sistema social e econômico desigual e (re) formador de
preconceitos de gênero, expressão social, regionais, de raça e etnia, percebe-se que tendemos a criar
uma reivindicação aparente por direitos exclusivos e uma indignação de pouco lastro reflexivo na
sociedade, seja em um plano abstrato, ou na realidade concreta, para colocar em “xeque” ideologias
que emergem em meio às formas de dominação que se expressam no atual estágio do capitalismo,
mesmo com o verniz (muito mal passado) do respeito e a tolerância a diversidade.
4. Alguns debates necessários para o país, mesmo que ainda não feitos
Sob essa perspectiva, esse conjunto de grandes manifestações pelo Brasil, parece ser uma
das grandes possibilidades de refletir e atuar um pouco sobre a realidade em que construímos e
vivemos. Ao ir para a rua sem ter uma pauta discutida e comprometida com a transformação da
realidade que beneficie a maioria da sociedade, por exemplo, ao não realizar a autocrítica sobre a
ação de preconceito e agressão há partidários, banalizar as instituições políticas e exaltação aos
símbolos nacionais em um contexto atual além de uma retórica contraditória e banalização do
cotidiano, o que, sob o reino do cinismo, como indica Safatle (2008) implica uma inércia na
modificação do agir, pois o sujeito automatiza e se dessolidariza de seu próprio ato.
Este cinismo traria consigo a falência de certa forma de crítica social, afinal, em tal regime
de “racionalidade cínica”, não é mais possível pensar a crítica entre situações sociais concretas,
tratando a expressão e a linguagem da manifestação como pura forma, cujo conteúdo pode ser
substituído (traduzido) ou valorado por uma racionalidade que se tornou procedimental. Portanto,
essas manifestações tem sentido e direção, e não só uma, mas a questão que devemos nos atentar
alguns dos fatores que motivam e dão direção a esses movimentos?
Diante desse contexto, aponta-se, mesmo que de forma incipiente, alguns pontos para o
conjunto dos debates possivelmente pertinentes para o próximo período, que em algum dia vamos
ter que encarar no Brasil, relacionados à função que o Estado está desempenhando junto com a
sociedade, como:
- A necessidade de uma reforma do sistema político brasileiro urge e é um debate que não é
somente atrelado a questão do financiamento público de campanha, mas também sobre a
regulamentação do art.14º da Constituição Federal que trata dos plebiscitos, referendos,
iniciativas populares e a participação da sociedade nos espaços de investigação de decoro no poder
público. Isto é, rediscutir a democracia representativa, e voltar a fazer e viabilizar efetivos canais de
democracia participativa na sociedade;
- Realizar um debate franco e aberto junto com a sociedade em relação aos megaeventos
(copa do mundo e olimpíadas). Parece ser necessário debater junto com a sociedade o retorno social
e as decisões sobre destinação orçamentária, prioridades eleitas e projetos previstos, pois até agora
estes não foram, submetidos ao escrutínio e ao debate público, inclusive nos Conselhos da Cidade e
Conselhos de Política Urbana. Lembrando que, segundo o Comitê Popular da Copa, cerca de 170
mil famílias estão ameaçadas de despejo e já ocorreu a remoção de mais de 8 mil famílias, afetando
diretamente 24 comunidades em todo o país. (Sim, as recentes manifestações também tem está
motivação!);
5. - Dar início a construção de um planejamento de Estado em longo prazo e enfrentar a
questão das reformas agrária e urbana no país, bem como considerar nesses debates a grande
mudança demográfica que vamos ter a partir de duas décadas, com a atual ciclo de maior população
em idade jovem da nossa história e o envelhecimento da população em 20-30 anos;
- Rediscutir o nosso sistema de segurança pública caracterizado por medidas repressivas,
vigilância, cárcere e homicídio policial que criminalizam os movimentos sociais, a pobreza, a nossa
juventude e os negros do país. Para isso, será necessário ampliar o conceito de segurança social
abrangendo questões como: justiça social, defesa dos direitos sociais como saúde, educação,
moradia, meio ambiente e demais demandas sociais;
- Esclarecer para a população a destinação de 100% dos royalties para a educação. Constata-
se que isso somente ocorrerá no caso de futuros contratos de concessão, ou seja, quando novos
poços de petróleo – localizados fora do "Pré-sal” – forem entregues à iniciativa privada. Para
maiores esclarecimentos sobre o tema recomenda-se a leitura do artigo "ROYALTIES DO
PETRÓLEO: PARA A EDUCAÇÃO???”;
- O modelo de transporte coletivo baseado em concessões para exploração privada e
cobrança de tarifa está em crise, além de ser o terceiro maior gasto da família brasileira, no qual há
cerca de 37 milhões de pessoas por falta de recursos que não usam o serviço (IBGE, 2010). O Brasil
necessita urgentemente de projeto e programas de mobilidade urbana;
- A soberania alimentar que necessita ser tratada enquanto estratégia nacional para assegurar
alimentação à população em modo permanente e que produzamos em condições para a produção em
auto-suficiência, distribuição e acesso da população a uma alimentação considerada adequada e
saudável.
Algumas
O debate sobre "Qual o Estado que queremos?” e "Estado para quê e para quem?” percebe-
se que é evitado por muitos setores e grupos políticos tanto de oposição, como alguns grupos
partidários que compõem a situação no atual governo. Além de ser um debate considerado
"complicado” do ponto de vista teórico, técnico e político, é considerado pouco viável do ponto de
vista eleitoral. Claro, que, além disso, propor o debate sobre um Estado promotor de igualdade
social tenderia a desestabilizar zonas de conforto, desconcentrar poder e recursos públicos
direcionados para corporações e grupos mercantis privados. Esse debate sobre Estado no Brasil
junto com a sociedade talvez seja adiado por muito tempo ainda, por mais que não faltem
evidências de que precisa ser feito.
6. Ressalta-se que ao afirmar (talvez, mirabolar) que os/as jovens de classe média que se
manifestam são fascistas ou quase, ou que há um golpe de Estado em curso, é se propor a colocar
viseiras e andar em uma cancha reta equívoca, além de se incapacitar para responder ou mesmo
atuar na disputa dos sentidos dessas manifestações. Destaca-se, que segundo pesquisas (talvez, não
confiáveis), cerca de 46% das pessoas que foram a essas manifestações, estão participando pela
primeira vez de tais atos.
Claro, não recusa-se o fato de que tenham motivações protofascistas contemporâneas e que
em muitas partes dessas manifestações os partidos são rechaçados. Mas em meio a isso há perguntas
que podem ser feitas, como: por onde andaram os partidos nesse período que não estão com esses
jovens? Porque os jovens de classe média e de outras classes que compõem as manifestações não se
sentem representados pelas organizações e instituições políticas tradicionais? Os que se consideram
de esquerda vão sair dos protestos, ou tentar controlá-los, ou montar os seus, ou disputar os que
estão ocorrendo? Porque o governo nesses quase 12 anos não priorizou as pautas e o
desenvolvimento de políticas públicas para a juventude?
O momento requer observação, escuta e participação tanto por parte das organizações e
movimentos sociais historicamente constituídos no campo da esquerda, como dos setores no
mínimo progressistas do governo. Evidencia-se que as manifestações não vão parar mesmo com a
forte repressão policial, pelo menos até o final da copa das confederações. Soluções imediatistas,
emergenciais ou políticas campanhistas de governo, como apenas a redução da tarifa do transporte,
não vão dar resposta às pautas que estão colocadas. É preciso escutar os movimentos e organizações
sociais e também realizar planos do governo a médio prazo a partir de uma nova agenda, com um
novidades de sentido social e político, não com um novo apenas substantivado como estratégia de
retórica.