1. Elementos de um mapa
Aula de Geografia
Professor Bruno
6º ano.
2. O que são?
Todo mapa, para atingir o seu objetivo, que é a comunicação entre quem produz e quem
interpreta, precisa apresentar elementos que possibilitem essa comunicação;
Além de apresentar devidas convenções, ou seja, regras que mesmo estando em diferentes lugares
do mundo, permitam ao leitor, interpretar as informações apresentadas em um mapa;
Dessa forma, esses elementos que não podem deixar de estar presentes nos mapas, serão
apresentados e discutidos aqui.
4. Título
Basicamente apresentará de forma rápida e direta o assunto representado no mapa, bem
como a área que está sendo mapeada – se é um bairro, município, estado, país, etc;
Legenda
Estabelece o significado dos símbolos apresentados no mapa, a fim de possibilitar a
identificação e interpretação das informações. Sem a legenda é impossível extrair as
informações de um mapa;
Orientação (rosa dos ventos)
Importante por estabelecer a orientação da representação em relação ao espaço real. Muito
importante principalmente para que usa os mapas, principalmente em saídas de campo;
5. Coordenadas geográficas
Também chamada de “grid”, fornece as coordenadas de latitude e longitude da área e dos objetos mapeados;
Fonte
Dificilmente um mapa é construído do “nada”. Assim como em um trabalho de pesquisa, onde precisamos informar de
onde retiramos as informações, um mapa deve seguir esse mesmo procedimento. As informações, ainda que básicas de
um mapa, já foram levantadas por alguém ou algum órgão, mesmo que seja a infraestrutura (ruas, estradas, portos,
aeroportos), os limites político administrativos (limites de um município, estado, país);
Escala cartográfica
Ela estabelece a relação de tamanho entre a área real e o que está sendo representado. Por exemplo. Ao fazer a planta
baixa de uma casa, suponhamos uma das paredes apresente o tamanho real de 4 metros. É impossível representar uma
parede, com essa medida real em uma folha de papel. Então é preciso fazer uma correspondência entre esses tamanhos.
Poderíamos dizer que cada 1 cm (centímetro) no papel, equivale a 1 m (metro) na realidade. Assim, uma parede de 4 m na
realidade teria 4 cm na representação, ou seja, na planta.
6. Tipos de escalas
Existem as escalas cartográficas, como já mencionamos anteriormente, assim como existem as
escalas geográficas.
As escalas cartográficas estabelecem a relação de tamanho e nível de detalhamento das
representações com a superfície real mapeada;
Já a escala geográfica está relacionada com a área de abrangência e/ou ocorrência de um determinado
fenômeno ou evento, que pode ser natural ou causado pelo ser humano
7. Escala cartográfica
A escala cartográfica pode ser apresentada em um mapa de duas formas: a escala gráfica ou a escala
numérica. Veja os exemplos de ambas.
Escala gráfica – mostra a relação, a partir de uma régua numerada, entre o tamanho da área na
representação e o tamanho na superfície real. Se vocês utilizarem uma régua sobre a imagem abaixo, vão
perceber que para cada 2 centímetros na régua existirá uma correspondência de 150 metros na superfície
real. Ou que a cada 1 centímetro na régua, haverá a correspondência para 75 metros na superfície real (pois
estamos falando da metade dos valores agora).
Escala numérica – outra forma de mostrar essa relação é a partir da forma escrita. A escala numérica é
apresentada dessa forma – 1:100 (lê-se “um para cem”) – o que significa dizer que para cada uma unidade
(1) no meu mapa, eu terei cem (100) na superfície real. Exemplificando, para cada 1 centímetro no mapa,
eu terei 100 centímetros na superfície real, ou seja, 1 metro. Logo, a cada 1 centímetro no mapa, teremos 1
metro na realidade. Vale lembrar que as escalas cartográficas vão variar de acordo com o nível de
detalhamento e área a ser mapeada. Isso vai estabelecer a relação de tamanho da escala cartográfica.
8. Tamanho da escala cartográfica
A escala cartográfica nada mais é do que uma “fração”. Ou seja, apresentará um numerador e um
denominador. Conforme mostramos anteriormente, na escala 1:100, o número “1” é o nosso numerador e
o número “100” é o denominador;
Assim, quanto maior for o denominador (o número depois dos dois pontos, ou numa fração, o número
que fica embaixo), menor será a escala.
Da mesma forma, quanto menor for o denominador, maior será a escala.
Veja o exemplo a seguir.
Quem é maior, 1:100 ou 1:1000? Provavelmente você respondeu a segunda opção, 1:1000, porque o
número 1000 é maior do que 100. Mas é justamente o contrário. Perceba que 1000 é um denominador
maior, assim a escala será menor;
9. Ficou difícil de entender? Vamos fazer um exemplo mais concreto.
A melhor forma de entender fração é com algo que gostamos. Vamos de pizza então!!
Se você tem uma pizza e quer dividir em partes iguais para 4 pessoas, terá a fração 1:4 ou 1/4, ou seja,
uma pizza para 4 pessoas. Agora se você quiser dividir a mesma pizza para 8 pessoas, a fração será 1:8
ou 1/8, ou seja, uma pizza para 8 pessoas. E claro, os pedaços ficarão bem menores. Reparou, quanto
menor o pedaço, menor a fração, porque o denominador aumentou!! Assim, se eu quiser dividir a mesma
pizza para duas pessoas – 1:2, os pedaços serão os maiores. Viram que o número do denominador menor
vai apresentar o pedaço maior de pizza. Mesma coisa com a escala!!
Tá, mas e daí???
E daí que quanto maior for a escala cartográfica (menor o denominador), maior vai ser o nível de
detalhe apresentado. Além disso, quanto maior for a escala cartográfica, e maior for o nível de
detalhe, menor vai ser a área representada!
Opa, temos uma relação entre escala, nível de detalhe e área representada. Vamos lá!!
“Quanto maior for a escala, maior será o nível de detalhe e menor será a área representada. Quanto
menor for a escala, menor será o nível de detalhe e maior será a área representada.”
Vamos ver um exemplo!!
10.
11.
12. Perceberam a diferença?
Na primeira imagem, a escala apresentada é 1:5.000.000 (um para cinco milhões). Já na segunda, a escala é
1:100 (um para cem). Ou seja, a primeira figura tem escala menor, tem nível de detalhe menor, mas tem uma
área representada maior (trata-se do Brasil todo). A segunda figura em uma escala maior, um nível de detalhe
maior (vocês conseguem ver a representação de paredes, portas e janelas!!), mas área representada é muito
menor (é apenas uma casa).
13. Escala geográfica
Conforme falamos anteriormente, esta escala está relacionada com a área de abrangência e/ou ocorrência de um
determinado fenômeno ou evento, que pode ser natural ou causado pelo ser humano. Ou seja, é quando estamos
falando de um evento que pode ter acontecido em uma rua, em um bairro, cidade, estado, país, continente, ou
até mesmo no mundo!! Vamos tentar entender isso na prática.
Classificações de escala geográfica mais usadas
Local – quando se refere a um evento, fenômeno ou consequência que está restrita somente a uma localidade.
Por exemplo. Imagine um acidente de carro perto do Colégio Alaor de Itaipava. Quem estava próximo viu o
evento, talvez o acidente cause engarrafamento até o parque de exposições. Mas quem vive em Areal, São José,
Rio de Janeiro, Juiz de Fora, teve sua vida alterada por esse evento? Provavelmente não. Então é um evento de
escala local.
Regional – quando se refere a um evento, fenômeno ou consequência que é mais abrangente, envolvendo outras
cidades, estados ou até mesmo países. Vamos ao exemplo. Um vulcão entra em erupção no Chile. A erupção do
vulcão, é local, pois o vulcão tem uma localização pontual no Chile. Mas as cinzas expelidas por ele atingiram
o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, impedindo o funcionamento de aeroportos. Vejam que a consequência
da erupção foi regional. Não pode ser global ou mundial, porque por mais que tenha atingido países da América
do Sul, os países da Europa, Ásia, África, América do Norte, entre outros, não tiveram sua rotina alterada.
14. Global - quando se refere a um evento, fenômeno ou consequência que é mais abrangente de todas. Tem
impactos no mundo inteiro. Um exemplo disso é a disseminação do vírus SARS-COV-2, mais conhecido
como COVID-19. Houve a notícia de que o primeiro caso registrado foi na China, na cidade de Wuhan.
Ou seja, o seu início foi local. Porém, com o passar do tempo e a intensa circulação de pessoas pelo
mundo, acabou se disseminando por todo o planeta, onde todos os países foram afetados. Ou por
contaminação, ou por terem que tomar medidas restritivas evitando a circulação de pessoas. Ou seja, a
COVID-19 alcançou uma escala global.