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Recife, Dezembro de 2017 - Ano III - nº 30
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Evocação do Natal
O maior de todos os conquistadores, na face da Terra, conhecia, de ante-
mão, as dificuldades do campo em que lhe cabia operar.
Estava certo de que entre as criaturas humanas não encontraria lugar
para nascer, à vista do egoísmo que lhes trancava os corações; no entanto,
buscou-as, espontâneo, asilando-se no casebre dos animais.
Sabia que os doutores da Lei ouvi-lo-íam indiferentes, com respeito aos
ensinamentos da vida eterna de que se fazia portador; contudo, entregou-
lhes, confiante, a Divina Palavra.
Não desconhecia que contava simplesmente com homens frágeis e
iletrados para a divulgação dos princípios redentores que lhe vibravam na
plataforma sublime, e abraçou-os, tais quais eram.
Reconhecia que as tribunas da glória cultural de seu tempo se lhe manti-
nham cerradas, mas transmitiu as boas novas do Reino da Luz à multidão
dos necessitados, inscrevendo-as na alma do povo.
Não ignorava que o mal lhe agrediria as mãos generosas pelo bem que
espalhava; entretanto, não deixou de suportar a ingratidão e a crueldade,
com brandura e entendimento.
Permanecia convicto de que as noções de verdade e amor que veiculava
levantariam contra ele as matilhas de perseguição e do ódio; todavia, não
desertou do apostolado, aceitando, sem queixa, o suplício da cruz com
que lhe sufocavam a voz.
É por isso que o Natal não é apenas a promessa da fraternidade e da paz
que se renova alegremente, entre os homens, mas, acima de tudo, é a
reiterada mensagem do Cristo que nos induz a servir sempre, compreen-
dendo que o mundo pode mostrar deficiências e imperfeições, trevas e
chagas, mas que é nosso dever amá-lo e ajudá-lo mesmo assim.
Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos
Diversos. FEB.
O Fascinante Sermão da Montanha
Ana Paula Macedo
“O coração da Bíblia é o Evangelho, e o coração do
Evangelho é o Sermão do Monte”. (Severino Celestino, in
Sermão do Monte)
Podemos dizer que Jesus fez uso de duas técnicas para transmitir sua mensagem: palavras e ações.
Muitas vezes ele explicava, clareava o conhecimento religioso existente e em outras oportunidades trazia o conhecimento do
Nova Mensagem: O Deus de Amor e o amor a Ele, a si mesmo e ao próximo.
Em outros momentos, através de seus atos, ele materializava suas palavras e exemplificava a mensagem da Boa Nova que
estava trazendo.
Dentre esses grandes momentos que a humanidade presenciou, podemos pincelar o Sermão da Montanha, que impregnou
nossa alma e nos maravilha até os dias de hoje, a ponto de Mahatma Gandhi dizer: “Se todos os livros da humanidade pereces-
sem, e só se salvasse o Sermão da Montanha, nada estaria perdido”.
O Sermão da Montanha é muito mais que a exaltação das bem-aventuranças. Ao lermos todo o capítulo constante no Evan-
gelho de Mateus (Cap. 5, versículo de 1 a 48), observamos que ele é dividido em 3 partes: a pregação das bem-aventuranças,
explicações das leis antigas e a entrega da mensagem da Boa Nova.
É uma passagem bíblica riquíssima que merece ser lida e estudada com a mente e o coração, para percebermos que naquele
momento, junto das montanhas que cercava o mar da Galileia, com a brisa fresca a afagar a multidão que ali se encontrava, hu-
mildemente, ou magistralmente, Jesus colocava em palavras toda sua missão espiritual.
Iniciemos, portanto, com as Bem-Aventuranças.
Ao falarmos de Jesus devemos, sempre, estar conectados com o seu tempo e as angustias daqueles para quem ele falava.
Ele se dirigia para o único povo monoteísta da época, que tinha em seu passado diversos momentos de perseguições, fugas e
escravidão e que, durante a passagem de Jesus na terra, estava sob o jugo do Império Romano.
A mensagem de Jesus, pois, tinha dois fins: o imediato e o mediato.
O fim imediato era consolar o povo subjugado, hebreu ou não, pois muitos que o seguiam vinham da Síria e de regiões próxi-
mas, vez que todos estavam sofrendo a opressão da dominação romana.
Em um primeiro momento, como dito pelo estudioso espirita Severino Celestino1
:
“O Sermão do Monte é um discurso proferido por Jesus com o objetivo de exortar e consolar os oprimidos, enlutados e órfãos,
vítimas do poderio do Império Romano”.
No entanto, aquelas dores, por serem inerentes ao ser humano, alcança a todos. Não só aos homens e mulheres de antiga-
mente, mas a humanidade de todos os tempos, todas as raças e credos, pois em algum momento das nossas vidas (espiritual e
material), nos encontramos em alguns desses “exemplos ditos por Jesus no Sermão da Montanha, e por isso suas palavras tem
um alcance universal e a promessa de consolação acolhe a todos, sendo esse o objetivo mediato de sua missão.
Bem-aventurados os pobres em espirito, porque serão consolados!
O primeiro ensinamento já é motivo de muito estudo, principalmente porque as diversas traduções pelas quais passaram os
textos bíblicos até chegar a nós, deixa margem a várias interpretações.
Severino Celestino, que estudou o hebraico antigo, afirma em seu livro, O Sermão do Monte, que as palavras, corretamente
traduzido do hebraico, seria: “Avante os humilhados de espirito, porque para eles é o Reino dos Céus!”.
Há sentido no termo “Avante”. É uma exortação positiva. Imperativamente determina o avançar, o não parar, o perseverar no
caminho, apesar das dificuldades.
Jesus não promete de imediato a felicidade para àqueles que sofrem, mas promete que, seguindo no Caminho designado pelo
Pai, se alcançará a felicidade do Reino dos Céus.
Por outro lado, mirando o futuro, esse ensinamento busca incutir no homem a humildade.
A humildade que é contraponto da vaidade e do orgulho, tão ligados à nossa psiquê primitiva, motivos de grandes quedas e
perdas, individuais e coletivas, na história da Humanidade. Constatação essa que permeia todo o Evangelho Segundo o Espiri-
tismo, e em especial no capitulo XVIII - Sede Perfeitos, descrevendo a Virtude a espiritualidade amiga assim vaticina: “Foi pelo
orgulho que as humanidades sucessivas se perderam, e é pela humildade que elas um dia deverão redimir-se”.
A humildade deve ser cultivada para a concretização de uma vida de felicidade, sem as amarras que nos prendem à terra, ao
primitivismo humano.
Para seguir no Caminho e, nos desvencilharmos desses comportamentos primários, “Somente através da humildade, a virtude
que olha para si e vê que a natureza interior está empobrecida, e que precisa dilatar-se de novos valores...”, nos diz Sérgio Luís da
Silva Lopes, no esclarecedor livro O Código do Monte.
É pela humildade que podemos nos enriquecer de uma nova natureza espiritual para termos o Reino dos Céus!
_______________________________________________________________________________________________________
1
in, o Sermão do Monte, p. Edição nº, Editora.
Cora Coralina, pseudônimo adotado por Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, era filha de
Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de dona
Jacyntha Luiza do Couto Brandão. Ela nasceu em 20 de agosto de 1889 e foi criada às margens do
Rio Vermelho, numa casa foi construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras
edificações da antiga Vila Boa (Goiás).
O mundo da leitura e da escrita abriu-se a Cora através das aulas de sua madrinha e também pro-
fessora particular, Silvina Ermelinda Xavier de Brito, a quem dedicou um de seus livros. Sem ensino
formal, ela estudou apenas dois ou três anos, não se sabe ao certo, com a professora citada, abrindo-
se um mundo de possibilidades. A leitura e a vida na fazenda foram uma fuga encontrada para seus
dissabores. Um tempo livre para ler, escrever, ter contato com a natureza.
Começou a escrever os seus primeiros textos aos 14 anos, publicando-os posteriormente nos jor-
nais da cidade de Goiânia, e nos jornais de outras cidades.
Foi na Fazenda Paraíso que a poetisa encontrou inspiração para começar a escrever suas primeiras crônicas. Optou pelo pseu-
dônimo Cora Coralina, “escolhendo um codinome para se revelar”, destacam os autores de “Cora Coralina: raízes de Aninha”,
enquanto autoras e autores escolhiam nomes para se esconder.
Entre as tentativas de entender o pseudônimo, conforme Cora, o nome foi escolhido porque na cidade havia muitas “Anas”, em
homenagem à padroeira local, Sant´ Ana. Ela não queria ser mais uma “Ana”. Explicava que “Cora” vem de coração e “Coralina”
significa a cor vermelha, Cora Coralina seria coração vermelho.
Em 1905, quando estava com dezesseis anos de idade, enviou uma crônica de sua autoria para o jornal “Tribuna Espírita”,
da cidade do Rio de Janeiro, sendo essa sua primeira publicação.
Espiritismo em Goiás
Dia a dia acentua-se vigorosamente o desenvolvimento da claríssima doutrina de Allan Kardec, entre os povos cultos.
É com verdadeiro prazer que a vejo entrar em Goiás – onde conta muitos adeptos. O Espiritismo, segundo tenho observado, é
a religião dos moços (...) Os moços abrem melhor os olhos, não aceitam a dúvida e querem a explicação do mistério.
Tem o Espiritismo bases sólidas inamovíveis, inatacáveis e jamais será abalado. É uma montanha colossal, da qual Allan Kardec
formou a base; ela subirá tão alto como nunca subiu a torre de Babel, e do seu cume poder-se-á um dia contemplar a perfeição
da humanidade! A sua essência é tão pura, tão superior, que não deixará de atrair os que buscam a luz.
É o Espiritismo em Goiás e em toda a parte que dá crença aos ateus, materialistas e positivistas. Os sofredores, os desgraçados,
os desesperados encontram na sua prática, suave e infinito alívio.
O Espiritismo é, sobretudo a religião que não tem mistério, nem interrogações mudas; não gosto de mistérios, e ante um mis-
tério paira a minha dúvida. Prefiro cegar-me na luz a viver lutando na sombra. . . Allan Kardec, Léon Denis, Flammarion e tantos
outros abriram, mandados por Deus, o caminho que nos levará à luz da verdade.
Ante as páginas das revelações espíritas de Kardec, que brilham como se os seus caminhos fossem traçados de estrelas e de
sóis, param as imprecações, a dor deixa de existir, a vingança foge, o orgulho humilha-se, as lágrimas estancam, e de joelhos
abençoamos o sofrimento, que é a transfiguração purificadora da Alma, e só pelo qual podemos um dia, gozar a verdadeira feli-
cidade! (Goiás, 1-10-1908) Cora Coralina.
No museu observa-se ainda, que apesar da origem pobre e humilde, e de ter ensino somente até o primário, ela lia bastante,
tinha uma biblioteca enorme com vários livros, inclusive o LIVRO DOS ESPÍRITOS, HÁ DOIS MIL ANOS e o EVANGELHO SEGUNDO
O ESPIRITISMO.
Em 1908, aos dezenove anos, criou, com a ajuda de duas amigas, o jornal de poemas
femininos “A Rosa”.
Como deixou registrado em versos, “moça que lia romance e declamava Almeida Gar-
ret/ não dava boa dona de casa”. Diante da dificuldade econômica e pouco estímulo fa-
miliar, Cora Coralina rendeu-se ao casamento. Apaixonou-se por Cantídio Tolentino de Fi-
gueiredo Bretas, chefe de polícia do estado. Resolveram viver juntos, mas longe da terra
natal porque Cantídio era separado da esposa, havendo certo preconceito com a união.
Dessa forma, mudaram-se para Jaboticabal, no estado de São Paulo, no início do pe-
ríodo áureo do café na região. Ela tinha 22 anos e estava grávida. Do casamento com
Cantídio nasceram outros filhos, dos sete criou cinco, dois morreram. Além da família,
Cora continuava escrevendo, apesar de guardar grande mágoa do marido ciumento, ele geralmente não a deixava publicar seus
escritos. Viúva em 1934, começou um novo período em sua vida de luta pela sobrevivência dela e dos filhos. Mudou-se, nova-
mente, para a cidade de Penápolis, São Paulo, em companhia da filha.
Para quem foi criada em quintal de pomares, à beira do rio e na Fazenda Paraíso, a terra era um espaço de liberdade e inspira-
ção. Mesmo antes de comprar terras e começar a plantar algodão, Cora Coralina, morando em cidades do estado de São Paulo,
vendeu plantas para a prefeitura arborizar a cidade de Jaboticabal e Penápolis.
Destaca-se o pioneirismo de Cora em alertar sobre a importância da preservação ambiental, como registrou já no início do
século XX, no artigo “Árvores”. O texto alertava os jovens para plantarem mudas ao invés de apenas escreverem poesias em co-
memoração à Festa das Árvores e ainda é usado como alerta ecológico.
A temática da natureza esteve sempre presente nos escritos de Cora Coralina. Mas as preocupações sociais de Cora Coralina
não se restringiram à preservação ambiental e ao trabalhador rural. Ela posicionou-se publicamente e trabalhou por outras cau-
sas, como a dos idosos, das mulheres, das crianças, dos indígenas, dos pobres, dos presidiários e dos excluídos. Chegou a fazer
votos de franciscana em 1937. Dessa forma, conquistou admiração, respeito e muitas amizades ao longo dos anos passados fora
de sua terra natal.
Com os filhos criados, Cora Coralina resolveu voltar para Goiás inicialmente para resolver problemas de inventário familiar.
Ela saiu de Goiás com 22 anos e voltou com 67, indo morar novamente na Casa Velha da Ponte. Lá foi o espaço encontrado para
sua libertação. Disse que foi limitada na infância, na adolescência e na vida de casada, por isso também não queria ser limitada
depois de velha.
Conseguiu publicar seu primeiro livro em 1965, “Poemas dos becos de Goiás”, pela
editora José Olympio de São Paulo. Na obra, a autora retrata a vida das pessoas margina-
lizadas dos becos, locais periféricos e, ao mesmo tempo, indispensáveis à vida na cidade.
Local dos pobres, das lavadeiras, das prostitutas, da gente humilde e sem voz, esquecida
pela sociedade e pela literatura. Na cidade onde nasceu, a poetisa apura sua escrita, mas
não é bem recebida pela crítica e a intelectualidade, que obscureceram sua obra, dando
maior destaque a sua idade. Diante das dificuldades para viver de literatura, Coralina ren-
deu-se à fabricação de doces para sobreviver.
“Sou mais doceira e cozinheira/ do que escritora, sendo a culinária/ a mais nobre de
todas as Artes:/ objetiva, concreta, jamais abstrata/ a que está ligada à vida e/ à saúde
humana”.
Uma tradição goiana há séculos, Cora Coralina começou a fabricar doces e comercializá-los. Os doces de laranja, figo, mamão,
goiabada, banana, entre outros encantavam o paladar de quem provava. Dizia ter sido um tempo maravilhoso, quando se sen-
tiu útil, forte e por ter dado exemplo para outras mulheres da cidade que não sabiam como ganhar dinheiro com o seu próprio
trabalho.
Muitas das frutas vinham do pomar da Casa da Ponte. Os doces eram cuidadosamente feitos no fogão à lenha e em tachos de
cobre, por isso faziam muito sucesso.
Para ela, a culinária era, como a poesia, uma forma de comunicação. “Já que não posso comunicar com o sentimento, através
dos meus versos, comunico-me com a habilidade culinária, nos meus doces. De uma forma ou de outra, sempre proporcionarei
uma sensação estética, um prazer àqueles com quem me comunico, embora lhes atinja o estômago e não o coração”, conforme
o livro “Cora Coralina: raízes de Aninha”.
A partir de 1975, Cora Coralina finalmente começou a receber a atenção merecida em todo o Brasil, sendo convidada para
eventos literários e solenidades no estado de Goiás e muitas outras cidades no país, dando muitas entrevistas. Também foi lau-
reada com diversos prêmios e recebeu o título de Drª. Honoris Causa da Universidade Federal de Goiás em 1983. O reconheci-
mento nacional de Cora Coralina, segundo quem pesquisa a autora, foi possível principalmente após a crítica positiva de Carlos
Drummond de Andrade a sua obra. Em carta, Cora Coralina agradeceu Drummond: “abençoado seja o homem culto que entrega
ao vento palavras novas que tão bem ressoam no coração de quem tão pouco as tem ouvido”. Ela passou a ser reconhecida pelo
conjunto de sua obra e não apenas como a “velhinha de Goiás”.
Cora Coralina morreu no dia 10/04/1985, aos 95 anos, por complicações de uma pneumonia, apesar de que, como poetizou
Coralina, “não morre aquele/ que deixou na terra/ a melodia de seu cântico/ na música de seus versos”.
Foram 95 anos de vida, para ela poderia ter sido a eternidade de tanto que amava viver.
A LEPRA
Guttemberg A. C. Cruz
“Quando Jesus desceu do monte, grandes multidões o seguiam. E eis que veio um leproso e o adorava, dizendo: Senhor, se
quiseres, podes tornar-me limpo. Jesus, pois, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. No mesmo instante ficou
purificado da sua lepra.”
	 Doença que acompanha a humanidade desde os primórdios, estigmatizada em várias populações mundiais, segundo a
OMS, a lepra está presente em 145 países e existem 216 108 casos registrados no mundo.
	 A lepra é uma doença causada por um tipo especial de bactéria conhecido como Mycobacterium leprae, tem um desen-
volvimento no organismo muito lento, que pode chegar há cinco anos e aparição dos sintomas em 1 ano. Essa doença afeta a
pele, os nervos, as vias respiratórias e os olhos, e apresenta grande incapacidade.
	 Na antiguidade achava-se que era altamente contagiosa, inferindo aos seus portadores artefatos que os identificassem,
como sinos, roupas entre outros. Hoje, sabemos que sua transmissão não é tão contagiosa quanto se pensava, necessita de um
contato frequente e próximo com os infectados, pois essa transmissão se dá por gotas de saliva e secreção nasal.
	 Nunca uma doença figurou tão importante no contexto histórico como a lepra. Deve-se principalmente pela sua presen-
ça nas descrições bíblicas, por trazer uma carga tal, que associado a doença vinha o pecado, a maldição. Em tempos modernos,
compara-se a SIDA, com todo seu estigma ligado ao homossexualismo e drogas.
	 A passagem é interessante e cheia de simbolismos. Jesus está cercado de uma multidão e veio um leproso, subtende-se
que, pelos conhecimentos da época, estava escondido, pois não podia aparecer em público. Tinha uma esperança tamanha no
Mestre e nas histórias que ouvia que o adorava, o admirava e muito provável sonhava e aguardava esse momento com grande
desejo. Sua ânsia de ver o Mestre era tão grande que desafiou a multidão, enfrentou os escárnios e a reprovação, para ter com
Ele. E o momento que é o mais belo, “se quiseres, podes tornar-me limpo”. Ele reconhece a condição em que se encontra, vê a
sua incapacidade perante o ser supremo, admite a vontade divina e humildemente pede a cura. Pede mais que isso, pede que o
limpe. A palavra vem cheia de significado, limpe a sujeira de minha pele, do meu corpo. Arrume minha vida tão privada de an-
seios, desejos e significados. Higienize meus pensamentos e sentimentos. Me liberte das impurezas atávicas do meu passado. Me
deixe puro, para que eu possa amar e viver. E o Mestre na sua infinita benevolência, no seu amor incomensurável ao ser humano,
concede o seu desejo, por reconhecer sua vontade de mudança e transformação. Esse amor é tão grande que num simples toque
liberta-o das mazelas físicas e espirituais, devolvendo-o ao mundo.
	 Esse capítulo do Evangelho de São Mateus, me faz refletir que como esse leproso, procuramos limpar nossas mazelas,
nossos defeitos, recorremos ao Mestre, orando no nosso silêncio, escondido da multidão e enfrentamos nossos medos na espe-
rança da melhora, da cura pelo nosso desejo de mudança. Somos esse pedinte do amor de Deus agraciados pela esperança da
cura pelas mãos do Cristo.
Há pedras por todos os lados, há pedras em tudo que vejo.
Pedra miudinha nos grãos de areia da terra, Pedra imensas nas montanhas
que se abrem e formam abrigos.
Pedra tijolos, pedras paredes, pedra diamante, pedra adorno.
Pedra asfalto, pedra estrada. Pedra ponte, pedra abismo.
PEDRA ANGULAR, pedra AMOR.
Pedras! Todos vamos encontrá-las!
Valoroso presente da mãe natureza para nossa evolução e benefício.
Uns simplesmente pisarão e passarão, outros irão tropeçar e cair. O dedão
do pé vai doer e pra estes será simplesmente uma pedra no caminho.
A mineração desenfreada destrói montanhas rochosas, transformando-as
em vil metal, por vezes origem de grandes tropeços da humanidade.
O progresso não é inimigo da natureza! Saibamos usar bem cada uma pe-
drinha que recebemos.
Dou-te uma pedra! Sim uma pedra.
Você pode não entender, não enxergar e sequer sentir. Mas convido-te a
desvendá-la!
O Mestre Jesus, de forma figurativa nos revela que a construção do Cris-
tianismo está na “pedra”, no sentido de revelação ou de fundamento espi-
ritual, que não se ergue da falibilidade dos conceitos humanos, mas da fé
raciocinada, alicerce dos planos imortais da sua própria revelação.
Então, irmão, pega tua pedra e segue! Faz dela caminho, verdade, carida-
de e vida!
O passe
Nivane Calado
Segundo a visão espírita “o passe é um procedimento fluídico-magnético, que tem como principal objetivo auxiliar a restaura-
ção do equilíbrio orgânico do paciente. Por orgânico, aqui, entende-se a estrutura completa do indivíduo – quando desencarnado,
espírito e períspirito; quando encarnado, corpo físico, duplo etérico, períspirito e espírito”¹. A terapia do passe já era utilizada nas
crenças primitivas: na Gália druidas e druidesas possuíam essa faculdade de curar, na idade média já era praticado pelos sábios.
Na porta formosa do templo de Jerusalém, disse Pedro: “não tenho prata nem ouro, mas tudo que tenho te dou. Em nome de
Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”². Através de Kardec, nas suas obras básicas, o passe chegou às casa espíritas, onde
é estudado e praticado.
Importa saber que essa doação fluídica só deve ser feita no ambiente dessas instituições por médiuns passistas devidamente
habilitados para esse trabalho. O conhecimento teórico e prático dá a noção do que fazer e como melhor fazer. Outra condição
que deve ser observada por aqueles que se dedicam a essa tarefa, é saber e sentir que o passe é uma transfusão de amor; é a
oportunidade do amor-gratidão por servir o próximo.
Foi assim que o Mestre ensinou; é isso que ele espera dos trabalhadores da sua seara. Muita paz para todos!
_________________________________________________________________________________________________________
¹ O passe espírita, Luiz Carlos Gurgel – FEB.
² Ato dos apóstolos, 3:6.
“É tempo, pois, de perdoar para serenar o coração e tratar de progredir.”
“É tempo de amar a Deus nas pessoas dos vossos irmãos de Humanidade e não apenas aos compatriotas e correligionários da mesma fé reli-
giosa”
Yvonne do Amaral Pereira
“Abençoemos aqueles que se preocupam conosco, que nos amam, que nos atendem as necessidades.
Valorizemos o amigo que nos socorre que se interessa por nós que nos escreve que nos telefona para saber como estamos indo.
A amizade é uma dádiva de Deus!
Mais tarde, haveremos de sentir falta daqueles que não nos deixam experimentar solidão.”
Chico Xavier
Exumar [do grego ex- + do latim humus] 1. Desenterrar, tirar da sepultura. 2. Tirar do esquecimento.
Galhofeiro [do espanhol gallofa + -eiro] Dado à galhofa; gracejador, brincalhão, zombeteiro.
Guiismo [do francês guier + -ismo]
Viciação de comportamento, só verificada em virtude de estudo doutri-
nário deficiente dentro das lides espíritas, em que o guia, assim deno-
minado o Espírito protetor ou mentor, é considerado competente para
tudo orientar e ensinar, nada se fazendo sem consultá-lo.
Memória extracerebral
1. Designação dada pelo pesquisador indiano Hamendras Nat Banerjee
para as lembranças espontâneas de um passado pelo qual a criatura não
registra vivência na presente vida. 2. A memória que extrapola as possi-
bilidades do cérebro físico.
RENOVAÇÃO
É chegado o fim de mais um ano... hora de avaliar o que iremos nos propor a aprimorar no ano vindouro. Hora de conversar
novamente com o homem velho que ainda habita em nosso ser integral e avisá-lo que mais desafios estão chegando e que ele
precisará cada vez mais se renovar – em pensamentos e em atitudes.
Que possamos buscar cada vez mais exercitar a bondade que ainda se encontra latente em nós, que não apenas aspiremos a
perfeição, mas que batalhemos para alcançá-la através da superação de nossas más tendências, que a benevolência faça morada
em nossos corações, que a caridade seja exercida de modo natural – tão natural quanto se deseja um “bom dia” àqueles a quem
amamos, que esse amor paulatinamente possa ser estendido à humanidade, e claro, que o amor esteja presente em nossas
ações, para que possamos construir boas obras por onde passarmos. E que venha mais um ano repleto de experiências e apren-
dizados! Obrigado Senhor por mais esse ano, e obrigado leitor por nos acompanhar nessa caminhada aqui no CH!!
O jornal Diário de Pernambuco em sua edição de 28 de ju-
lho de 2017 na coluna “Curiosamente” apresenta a seguinte
notícia:
“Mulher casa com bezerro achando ser encarnação do marido
Uma mulher que mora na província de Kratie, no Camboja, perdeu
o marido há cerca de um ano e estava de luto até conhecer o novo
amor de sua vida: um bezerro. Khim Hang, de 74 anos, acredita que o
animal é a reencarnação de seu falecido marido, Tol Khut.
A mulher percebe no animal características que a lembram seu
falecido marido. Foi criado até um altar, no quarto que costumava
ser de Tol, com fotos do homem e várias flores. “Quando eu fui ver
um médium, sua alma entrou e disse: ‘Eu sou seu marido’. Então, o
bezerro lambeu meu cabelo, depois meu pescoço, depois me beijou,
realmente me fazendo acreditar que ele seja meu marido”, comentou
Khim ao jornal The Indian Express. O animal, que fica no antigo quarto
de Khut, olha através das janelas, assim como o homem fazia. A famí-
lia coloca o bezerro na cama todas as noites e o animal dorme com o
travesseiro favorito de Khut.
O bezerro, que divide a casa junto com Khim e seus filhos, está cha-
mando atenção de pessoas que moram por perto e fazendo sucesso.
Tol Vandy, filho de Khim, explicou que o bezerro lambe os braços ape-
nas de quem é seu parente e o comportamento com eles é suficien-
te para provar que ele é realmente Tol Khut. “Vou mantê-lo e cuidar
dele para toda a minha vida”, diz Khim, que pediu a seus filhos para
cuidar de seu “marido” reencarnado após a morte e realizar o mesmo
funeral religioso para o animal que o de um ser humano quando ele
morrer.”
A notícia circulou pelas redes sociais e recebeu vários comentá-
rios depreciando o princípio da reencarnação, com direto a piadas
de linguajar depreciativo na tentativa de ridicularizar a Doutrina
Espirita. Diante do ocorrido, a compaixão deve ser o primeiro sen-
timento frente à ignorância, uma vez que, se os envolvidos conhe-
cessem apenas o básico dos estudos espiritas, certamente não ou-
sariam comentar um caso que é digno de pesar. Entretanto, para
quem se aprofunda nos estudos da Doutrina Espírita logo busca em
Kardec, o lenitivo para responder as criações fantásticas e a publici-
dade inconivente de fatos que tendem a ridicularizar assuntos que
devem ser tratados como oportunidade de aprendizado.
Na Revista Espírita de 1863, Alan Kardec responde a semelhante
publicação. O ensinamento dado por Kardec aplica-se literalmente a
matéria atual não restando-nos acrescentar mais nada.
Um Argumento Terrível contra o Espiritismo- HISTÓRIA DE
UM ASNO
Num sermão pregado ultimamente contra o Espiritismo, já que foi
dada a palavra de ordem de o perseguir em todos os flancos, bem
como os seus partidários, o orador, querendo dar-lhe uma bordoada,
contou a seguinte anedota:
“Há três semanas uma senhora perdeu o marido. Apresentou-se um
médium para lhe propor uma conversa com o defunto e, quem sabe?
Até mesmo vê-lo. A visão não se deu, mas o extinto explicou à mulher,
pela mão do médium, que não foi julgado digno de entrar na mansão
dos bem-aventurados e que se viu obrigado a reencarnar imediata-
mente, para expiar graves pecados. Adivinhais onde? A um quilômetro
daqui, em casa de um moendeiro, na figura de um asno espancado.
Julgai da dor da pobre senhora, que corre ao moendeiro, abraça o hu-
milde animal e propõe sua compra. O moendeiro foi duro na negocia-
ção, mas cedeu, finalmente, à vista de um bom saco de dinheiro; e,
desde quinze dias, mestre Aliboron ocupa um aposento particular na
casa daquela senhora, cercado de cuidados jamais desfrutados, desde
que a Deus aprouve criar esta raça estimável.”
Duvidamos que o auditório se tenha deixado convencer pela histó-
ria; mas o que colhemos de testemunhas auriculares é que a maioria
dos ouvintes achou que ela ficaria melhor num folhetim burlesco do
que no púlpito, tanto pelo fundo quanto pela escolha das expressões.
Certamente o orador ignorava que o Espiritismo ensina, sem equívoco,
que a alma ou Espírito não pode animar o corpo de um animal (O Livro
dos Espíritos, nos 118, 612 e 613).
O que ainda mais nos espanta é o ridículo lançado sobre a dor em
geral, com a ajuda de um conto divertido e em termos que não primam
pela dignidade. Além disso, é ver um sacerdote tratar assim com tan-
ta insolência a obra de sacerdote tratar assim com tanta insolência a
obra de Deus, por estas palavras pouco reverentes: “Desde que a Deus
aprouve criar esta raça estimável.” O assunto foi tão mal escolhido para
fazer graça que se poderia objetar que tudo é respeitável nas obras de
Deus e que Jesus não se sentiu desonrado por entrar em Jerusalém
montado num exemplar daquela raça. Que se faça um paralelo do qua-
dro burlesco da dor daquela suposta viúva com o da viúva verdadeira
cujo relato demos acima e se diga qual dos dois é mais edificante, mais
marcado de verdadeiro sentimento religioso e de respeito à Divindade;
enfim, qual deles estaria mais bem colocado no púlpito da verdade.
Admitamos o fato que contastes, senhor pregador, não a reencarna-
ção num jumento, mas a credulidade da viúva nessa encarnação; como
castigo, que lhe teríeis oferecido no lugar? As labaredas eternas do in-
ferno, perspectiva ainda menos consoladora, porque essa viúva sem
dúvida teria respondido: “Prefiro saber meu marido no corpo de um
asno a vê-lo queimado por toda a eternidade.” Suponde, agora, que
ela tivesse de escolher entre o vosso quadro de torturas sem-fim e o
que nos dá mais acima o Espírito Viennois. Credes que ela teria hesi-
tado? Conscienciosamente não o pensais, porque, por conta própria,
não vacilaríeis.”
A semelhança dos fatos em épocas tão distintas e distantes nos dá
a certeza de que muitas forças tendem a ridicularizar os princípios es-
píritas. Contudo, assim como nos ensina a espiritualidade maior, cada
qual possui sua parcela de contribuição da obra maior, e as forças que
buscam rebaixar os princípios espiritas, mal sabem que são instrumen-
tos para sua propagação.
A CANOA
Paulo Freire
Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atra-
vessava às pessoas de um lado para o outro. Em uma das viagens, iam
um advogado e uma professora. Como quem gosta de falar muito, o
advogado pergunta ao barqueiro:
- Companheiro, você entende de leis?
- Não! Respondeu o barqueiro.
E o advogado compadecido:
- É uma pena, você perdeu metade da vida!!!
A professora, muito social, entra na conversa:
- Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?
Também não, respondeu o barqueiro.
- Que pena! – Condói-se a mestra.
Você perdeu metade de sua vida!!!
Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco.
O barqueiro preocupado, pergunta:
- Vocês sabem nadar?
- Não! Responderam eles rapidamente.
- Então é uma pena – Conclui o barqueiro.
- Vocês perderam toda a vida!!!
Não há saber maior ou menor.
Há saberes diferentes!!!
Pense nisso e valorize todas as pessoas com as quais tenha conta-
to.
Cada uma delas tem algo de diferente para ensinar.
Ninguém sabe de tudo.
Todos os dias temos algo novo a aprender.
Sejamos humildes!!!
____________________________________________________________________________________________________________________
FENÔMENO AGÊNERE
Mônica Porto
(Do grego: a - privativo; géiné, géinomai, gerar: que não foi gerado).
Trata-se de uma variedade ou modalidade de aparições tangíveis. É a condição em que certos Espíritos podem revestir, momentaneamente,
as formas de uma pessoa viva, a ponto de produzir uma perfeita ilusão.
No Capítulo VI do Livro dos Médiuns – Manifestações Visuais, Alan Kardec nos explica que o Espírito é possuidor de dois envoltórios: um
grosseiro, pesado e destrutível: o corpo físico e, outro indestrutível, etéreo e vaporoso: o perispírito. O corpo físico extingue-se com a morte,
mas o perispírito permanecerá sempre junto ao Espírito.
O perispírito por natureza sendo vaporoso é, normalmente invisível podendo sofrer, entretanto, modificações atra-
vés de uma espécie de condensação, ou modificação molecular, tornando-se visível para algumas pessoas e, a depen-
der da intensidade dessa condensação molecular, adquirir características de um corpo totalmente sólido e tangível.
A duração de uma aparição agêneres pode ser longa, porém nunca será permanente. Sumirá ou desaparecerá a
qualquer tempo. É bastante para tanto, que as moléculas fluídicas que o constituem, se desagreguem a depender da
vontade do Espírito que a molda.
O agênere não sendo um ser vivo, corpóreo e físico, emana uma energia de intensidade diferenciada o que nos faz,
pressentir algo estranho e diferente com a sua presença. A Gênese, Cap. XIV, item 36 diz: “qualquer coisa de estranho e de insólito que deriva ao
mesmo tempo da materialidade e da espiritualidade: neles, o olhar é simultaneamente vaporoso e brilhante, carece da nitidez do olhar através
dos olhos da carne; a linguagem, breve e quase sempre sentenciosa, nada tem do brilho e da volubilidade da linguagem humana”.
Na Revista Espírita – edição fevereiro de 1959, Kardec, sob a orientação do Espírito São Luiz, explica: “O Agênere propriamente dito não
revela sua natureza e, aos nossos olhos, não passa de um homem comum, sua aparição corpórea pode ter longa duração, conforme a necessi-
dade, a fim de estabelecer relações sociais com um ou vários indivíduos”. E ainda: “Um Espírito cujo corpo fosse assim visível e palpável teria,
para nós, toda a aparência de um ser humano; poderia conversar conosco e sentar-se em nosso lar qual se fora uma pessoa qualquer, pois o
tomaríamos como um de nossos semelhantes”.
O fenômeno agênere ocorre principalmente durante o sono podendo ocorrer, também, em estado de vigília. O Espírito torna-se, tão visível
que pode ser apalpado, tocado e, até mesmo, ter sua resistência sentida ao toque, entretanto, não podem ser agarrados, presos ou agredidos
pela ausência real do corpo carnal. Não necessitam de alimentação e não podem procriar. Não sentem frio, calor ou qualquer outra sensação
peculiar do ser encarnado.
Uma aparição agênere, quando ocorre, é vista por todos os que estiverem presentes no local. Se apenas um ou alguns podem ver será ape-
nas efeito de vidência mediúnica numa intensidade que variará a depender da capacidade individual. Não tendo a aparência de uma pessoa
normal, real e palpável é porque não houve doação de ectoplasma suficiente não se tratando, portanto, do fenômeno em questão.
A característica primordial desse fenômeno é a naturalidade e temporariedade da aparição. Não é eterno e sua permanência cessa ao esvair-
se o ectoplasma captado. Apesar de ser um efeito; uma “ilusão”, o Espírito que o produz adquire aspecto, tão tangível, que, quem o vê, pensa
tratar-se de uma pessoa real em “carne e osso”. Não é um milagre; não derroga nenhuma lei da natureza; e nem se trata de um ser vivo uma
vez que não foi gerado geneticamente por humanos. Ou seja; não foi concebido, não nasceu e não pode morrer.
Como o retorno à vida material só pode ocorrer com a reencarnação, esse tipo de aparecimento de Espíritos na forma adulta configura o
fenômeno de agênere.
Não é, tampouco, algo sobrenatural como muitos supõem. É um fenômeno natural que, para acontecer, faz-se necessário a conjunção de
três fatores: vontade do espírito; combinação de fluidos peculiares aos encarnados; e permissão do plano superior.
Outra consideração a ser feita do fenômeno agêneres, além da raridade é que, e na maioria das vezes, o Espírito que toma a aparência de
um encarnado pertence às classes inferiores e seu objetivo é quase sempre o mal (São Luiz – RE, 1859). Não há uma relação direta entre o grau
de evolução e a possibilidade de se tornar visível, porém, os Espíritos bons e iluminados, só o fazem com boa intenção e se o propósito for útil.
Podem querer mostrar também que a morte não existe.
Compete a nós, através de nosso padrão vibratório, sintonizar ou não com influências que nos tragam crescimento mo-
ral. Se o plano superior nos permite visitas de seres inferiores é para que nos sirva de lição, amadurecimento e equilíbrio
espiritual.
Já a diferença entre uma aparição agênere e uma “materialização” reside, basicamente, em que, esta última, ocorre
em ambientes apropriados, geralmente durante sessões mediúnicas, tendo a supervisão de um coordenador e sempre
acompanhadas da proteção Espiritual superior.
Já o agênere ocorre sem controle, sem nenhum acompanhamento adequado e em qualquer lugar. Em ambos os casos,
entretanto, faz-se necessária à presença de médiuns doadores de ectoplasma, mesmo que de forma inconsciente, para
que o Espírito revista seu perispírito e adquira a forma visível e humana.
Um registro histórico do fenômeno agênere ocorrido com Bezerra de Menezes foi quando este ainda estudante de medicina
e morador do Rio de Janeiro, passando por sérias dificuldades financeiras, atrasado no pagamento da pensão e das pres-
tações da faculdade, em desespero, orou fervorosamente ao Pai solicitando uma orientação. Logo ouve bater à porta e ao
atender depara-se com um jovem que lhe solicitou aulas de matemática. Bezerra tentou recusar por não ser uma matéria que
lhe agradasse ou dominasse, mas, diante das dificuldades pela qual passava, aceitou. Recebeu o pagamento antecipado por
insistência do próprio jovem, sob a alegação de querer se precaver não gastando com amenidades. Marcaram dia e horário
para o início das aulas, mas o estudante, surpreendentemente nunca apareceu. Com certeza foi um
agênere que, pela providência Divina, veio em auxílio a Bezerra de Menezes.
De uma forma geral, o melhor que temos a fazer é procurar estimular pensamentos elevados e a
prática da oração para atrairmos e termos sempre por perto Espíritos iluminadas que nos eduquem
e nos transmitam bons fluidos. Viver é um exercício de evolução e só em boa companhia poderemos fazer uma viagem
segura e em paz.
Bibliografia do Pentateuco
05 livros fundamentais na Doutrina Espírita
Por Allan Kardec
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora_Coralina
https://vivimetaliun.wordpress.com/2015/09/13/quem-foi-cora-coralina/
http://www.febtv.com.br/cora-coralina_235bdcf6a.html
http://celeirodeluz2.blogspot.com.br/2009/06/cora-coralina-espirita.html
http://www.museucoracoralina.com.br/site/institucional/
http://pensamentosfabio.blogspot.com.br/
http://www.filosofiaespirita.org/site/agenere-o-que-diz-a-doutrina-espirita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAneres
http://www.institutochicoxavier.com/index.php/informativo/o-que-e-o-espiritismo-2/2368-apari-
coes-e-espiritos-ageneres
http://ipeak.net/site/estudo_janela_conteudo.php?origem=1171&idioma=1
http://www.acasadoespiritismo.com.br/perguntasresp/meresponde/capitulo%2023.htm
http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/jos%C3%A9-reis-chaves/ainda-no-espiritismo-os-a-
g%C3%AAneres-com-as-suas-variantes-cong%C3%AAneres-1.201604
Bruno Tavares Expositor Espírita
www.blogdobrunotavares.wordpress.com
Associação Espírita Casa dos Humildes
www.casadoshumildes.com
http://www.mensagemespirita.com.br/md/ad/o-que-sao-espiritos-ageneres-conhe-
cendo-o-espiritismo
http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/C_autores/CARDOSO_Gilberto_Pe-
rez_tit_Curiosidades_sobre_os_ageneres.htm
http://letraespirita.blogspot.com.br/2015/10/o-que-sao-espiritos-ageneres.html
http://bibliadocaminho.com/ocaminho/TKardequiano/TKP/Re59/Fev/Re59FevA02.
htm
FONTE: http://www.acasadoespiritismo.com.br/perguntasresp/meresponde/capitu-
lo%2023.htm
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns - segunda parte – Das Manifestações espíritas.
KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos, parte Segunda, Do mundo espírita ou mundo
dos Espíritos
KARDEC, Allan – A Gênese – Os milagres segundo o Espiritismo
KARDEC, Allan - Revista Espírita - 1859 - Fevereiro
Manual prático do espírita
Dezembro é geralmente um período de avaliação, reflexão e plane-
jamento. Aproveitando então esse estímulo gerado com o término
de mais um ano, que tal dedicar um estímulo extra a transformação
moral? Lembremos de Kardec: Reconhece-se o verdadeiro espírita
pelo esforço em domar suas más inclinações. Como queremos au-
xiliar nesse processo, a sugestão bibliográfica dessa edição do CH
Notícias é o Manual Prático do Espírita
Esta obra de Ney Prieto Peres, publicada pela Editora Pensamento, é
um guia para a realização do auto aprimoramento com base na dou-
trina dos espíritos. Nela, o objetivo não é transmitir conhecimentos
teóricos, mas preparar o leitor para se conhecer em profundidade e
se evangelizar, tornando-se capazes de exemplificar através do seu
comportamento e ações os ensinamentos do Mestre Jesus.
Como relata o autor: “O processo de mudança interior tem sido um
imperativo a que nos vimos submetendo há séculos, durante exis-
tências e existências, no plano corpóreo e nos planos espirituais.
Participar, de modo produtivo e consciente, do contexto evolutivo
que nos impulsiona, inapelavelmente, para a integração com a Inte-
ligência Suprema Universal é o único caminho a seguir”.
Seguindo o roteiro proposto por Ney Prieto Peres, todos os que
estiverem dispostos a realizar sua reforma íntima, e assim partici-
par ativamente da transformação da humanidade, se sentirão mais
orientados. Boa leitura!
CONTATO
Rua Henrique Machado, nº 110
Casa Forte - Recife/PE
(81) 3268-3954
casadoshumildes.com
blogchnoticias.blogspot.com.br
chnoticias@yahoo.com.br
chnoticias2015@gmail.com
EXPEDIENTE
CH Notícias
Nº 30 – Circulação mensal
Distribuição on-line
Recife-PE, 15/Dezembro/2017
Presidente: Albonize de França.
Vice-Presidente: Rosa Carneiro.
Deptº de Divulgação Doutrinária: Bruno Tavares.
Deptº de Mediúnico: Amaro Carvalho.
Edição: Bruno Tavares, Elisângela Gusmão, Gut-
temberg Cruz, Juana Feitosa, Mônica Porto e Pa-
trícia Casé.
Projeto Gráfico: Ingrid Cavalcanti.
O NATAL CHEGOU!!!
E já que é Natal, nossa produção foi
especial!
Nossas sementes do amanhã enga-
jados em abrilhantar a decoração do
Natal da nossa querida Casa dos Hu-
mildes.
Nossa arvore é simbólica e traz a
mensagem das nossas raízes.
Segunda-feira 19 h 45 min
Sala 1 – Curso de Passe
Sala 2 – Curso Trabalhadores: ESTEM
Sala 3 – Iniciantes Curso de Mediunidade
Terça-feira
(a cada 15 dias)
19 h 45 min
EADE – Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
ESDE – Estudo Sistemático da Doutrina Espírita
Quarta-feira 19 h 45 min
Sala 1 – Iniciantes Básico do Espiritismo
Sala 2 – Curso Trabalhadores: Doutrinação
Sala 3 – Iniciantes Curso de Doutrinação
Segunda-feira 19 h 45 min Reunião de Consulta espiritual.
Terça-feira 20 h Reunião Pública de Estudo de “O Livro dos Espíritos”.
Terça-feira 20 h Reunião de Vibrações Espirituais.
Quarta-feira 19 h 45 min Reunião Pública de Desobsessão.
Quinta-feira (apenas a 1ª do mês) 19 h 45 min Desobsessão dos Trabalhadores da Casa.
Sexta-feira
19 h 30
Reunião Pública de Estudos Espíritas:
1ª Sexta do mês: André Luiz > Estudando também Chico Xavier;
2ª Sexta: Emmanuel > Estudando também Amélia Rodrigues;
3ª sexta: Joanna de Ângelis > Estudando também Divaldo Franco;
4ª sexta: Bezerra de Menezes > Estudando também Herculano Pires.
Domingo 16 h Evangelização Infantil e Reunião da Juventude Espírita.
ATIVIDADES REQUISITOS DIA/HORA
Campanha do Quilo Boa vontade e tolerância. 1º e 3º Domingo de cada mês – 8 h.
Evangelização Infanto-Juvenil
Habilidades na área de educação e de ativi-
dades lúdicas. Boa interação com crianças
e jovens.
Domingo – 16 h.
Passes e vibração Ter feito o curso de passes.
Segundas antes das reuniões
públicas;
Terças, Quartas e Sextas após as reuniões;
Domingos antes e depois das reuniões.
Recepção e atendimento fraterno
Ter feito o curso de passes e ser doutrina-
dor.
Segunda e Quarta – 19 h;
Domingo – 16 h.
Assistência a gestantes
Querer compartilhar saberes e acolher o
próximo.
Quarta – 13 h 30 min e
Um Domingo no mês.
Trabalho mediúnico e doutrinário
Ter feito todos os cursos
básicos e o de passes.
Segunda e Quarta – 19 h 45 min;
Domingo – 16 h
Instrutor e dirigente de reunião
Ter feito os cursos básicos e de passes. Para
instrutor, experiência e comunicação.
Nos dias de curso e de reunião no auditó-
rio.
Assistência às vovozinhas da Casa
dos Humildes
Formação na área da saúde. Para lazer,
nenhum requisito.
De acordo com a disponibilidade.
Biblioteca e Livraria Ser trabalhador da Casa Antes das reuniões públicas.
TI e eletroeletrônicos, manutenção Habilidade na área e vontade de aprender. Antes das reuniões públicas.

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  • 1. Recife, Dezembro de 2017 - Ano III - nº 30 CH Notícias Recife, Dezembro de 2017 - Ano III - nº 30 CH Notícias Leia todas as edições do CH Notícias no Blog: blogchnoticias.blogspot.com.br Evocação do Natal O maior de todos os conquistadores, na face da Terra, conhecia, de ante- mão, as dificuldades do campo em que lhe cabia operar. Estava certo de que entre as criaturas humanas não encontraria lugar para nascer, à vista do egoísmo que lhes trancava os corações; no entanto, buscou-as, espontâneo, asilando-se no casebre dos animais. Sabia que os doutores da Lei ouvi-lo-íam indiferentes, com respeito aos ensinamentos da vida eterna de que se fazia portador; contudo, entregou- lhes, confiante, a Divina Palavra. Não desconhecia que contava simplesmente com homens frágeis e iletrados para a divulgação dos princípios redentores que lhe vibravam na plataforma sublime, e abraçou-os, tais quais eram. Reconhecia que as tribunas da glória cultural de seu tempo se lhe manti- nham cerradas, mas transmitiu as boas novas do Reino da Luz à multidão dos necessitados, inscrevendo-as na alma do povo. Não ignorava que o mal lhe agrediria as mãos generosas pelo bem que espalhava; entretanto, não deixou de suportar a ingratidão e a crueldade, com brandura e entendimento. Permanecia convicto de que as noções de verdade e amor que veiculava levantariam contra ele as matilhas de perseguição e do ódio; todavia, não desertou do apostolado, aceitando, sem queixa, o suplício da cruz com que lhe sufocavam a voz. É por isso que o Natal não é apenas a promessa da fraternidade e da paz que se renova alegremente, entre os homens, mas, acima de tudo, é a reiterada mensagem do Cristo que nos induz a servir sempre, compreen- dendo que o mundo pode mostrar deficiências e imperfeições, trevas e chagas, mas que é nosso dever amá-lo e ajudá-lo mesmo assim. Pelo Espírito Emmanuel XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB.
  • 2. O Fascinante Sermão da Montanha Ana Paula Macedo “O coração da Bíblia é o Evangelho, e o coração do Evangelho é o Sermão do Monte”. (Severino Celestino, in Sermão do Monte) Podemos dizer que Jesus fez uso de duas técnicas para transmitir sua mensagem: palavras e ações. Muitas vezes ele explicava, clareava o conhecimento religioso existente e em outras oportunidades trazia o conhecimento do Nova Mensagem: O Deus de Amor e o amor a Ele, a si mesmo e ao próximo. Em outros momentos, através de seus atos, ele materializava suas palavras e exemplificava a mensagem da Boa Nova que estava trazendo. Dentre esses grandes momentos que a humanidade presenciou, podemos pincelar o Sermão da Montanha, que impregnou nossa alma e nos maravilha até os dias de hoje, a ponto de Mahatma Gandhi dizer: “Se todos os livros da humanidade pereces- sem, e só se salvasse o Sermão da Montanha, nada estaria perdido”. O Sermão da Montanha é muito mais que a exaltação das bem-aventuranças. Ao lermos todo o capítulo constante no Evan- gelho de Mateus (Cap. 5, versículo de 1 a 48), observamos que ele é dividido em 3 partes: a pregação das bem-aventuranças, explicações das leis antigas e a entrega da mensagem da Boa Nova. É uma passagem bíblica riquíssima que merece ser lida e estudada com a mente e o coração, para percebermos que naquele momento, junto das montanhas que cercava o mar da Galileia, com a brisa fresca a afagar a multidão que ali se encontrava, hu- mildemente, ou magistralmente, Jesus colocava em palavras toda sua missão espiritual. Iniciemos, portanto, com as Bem-Aventuranças. Ao falarmos de Jesus devemos, sempre, estar conectados com o seu tempo e as angustias daqueles para quem ele falava. Ele se dirigia para o único povo monoteísta da época, que tinha em seu passado diversos momentos de perseguições, fugas e escravidão e que, durante a passagem de Jesus na terra, estava sob o jugo do Império Romano. A mensagem de Jesus, pois, tinha dois fins: o imediato e o mediato. O fim imediato era consolar o povo subjugado, hebreu ou não, pois muitos que o seguiam vinham da Síria e de regiões próxi- mas, vez que todos estavam sofrendo a opressão da dominação romana. Em um primeiro momento, como dito pelo estudioso espirita Severino Celestino1 : “O Sermão do Monte é um discurso proferido por Jesus com o objetivo de exortar e consolar os oprimidos, enlutados e órfãos, vítimas do poderio do Império Romano”. No entanto, aquelas dores, por serem inerentes ao ser humano, alcança a todos. Não só aos homens e mulheres de antiga- mente, mas a humanidade de todos os tempos, todas as raças e credos, pois em algum momento das nossas vidas (espiritual e material), nos encontramos em alguns desses “exemplos ditos por Jesus no Sermão da Montanha, e por isso suas palavras tem um alcance universal e a promessa de consolação acolhe a todos, sendo esse o objetivo mediato de sua missão. Bem-aventurados os pobres em espirito, porque serão consolados! O primeiro ensinamento já é motivo de muito estudo, principalmente porque as diversas traduções pelas quais passaram os textos bíblicos até chegar a nós, deixa margem a várias interpretações. Severino Celestino, que estudou o hebraico antigo, afirma em seu livro, O Sermão do Monte, que as palavras, corretamente traduzido do hebraico, seria: “Avante os humilhados de espirito, porque para eles é o Reino dos Céus!”. Há sentido no termo “Avante”. É uma exortação positiva. Imperativamente determina o avançar, o não parar, o perseverar no caminho, apesar das dificuldades. Jesus não promete de imediato a felicidade para àqueles que sofrem, mas promete que, seguindo no Caminho designado pelo Pai, se alcançará a felicidade do Reino dos Céus. Por outro lado, mirando o futuro, esse ensinamento busca incutir no homem a humildade. A humildade que é contraponto da vaidade e do orgulho, tão ligados à nossa psiquê primitiva, motivos de grandes quedas e perdas, individuais e coletivas, na história da Humanidade. Constatação essa que permeia todo o Evangelho Segundo o Espiri- tismo, e em especial no capitulo XVIII - Sede Perfeitos, descrevendo a Virtude a espiritualidade amiga assim vaticina: “Foi pelo orgulho que as humanidades sucessivas se perderam, e é pela humildade que elas um dia deverão redimir-se”. A humildade deve ser cultivada para a concretização de uma vida de felicidade, sem as amarras que nos prendem à terra, ao primitivismo humano. Para seguir no Caminho e, nos desvencilharmos desses comportamentos primários, “Somente através da humildade, a virtude que olha para si e vê que a natureza interior está empobrecida, e que precisa dilatar-se de novos valores...”, nos diz Sérgio Luís da Silva Lopes, no esclarecedor livro O Código do Monte. É pela humildade que podemos nos enriquecer de uma nova natureza espiritual para termos o Reino dos Céus! _______________________________________________________________________________________________________ 1 in, o Sermão do Monte, p. Edição nº, Editora.
  • 3. Cora Coralina, pseudônimo adotado por Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, era filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de dona Jacyntha Luiza do Couto Brandão. Ela nasceu em 20 de agosto de 1889 e foi criada às margens do Rio Vermelho, numa casa foi construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa (Goiás). O mundo da leitura e da escrita abriu-se a Cora através das aulas de sua madrinha e também pro- fessora particular, Silvina Ermelinda Xavier de Brito, a quem dedicou um de seus livros. Sem ensino formal, ela estudou apenas dois ou três anos, não se sabe ao certo, com a professora citada, abrindo- se um mundo de possibilidades. A leitura e a vida na fazenda foram uma fuga encontrada para seus dissabores. Um tempo livre para ler, escrever, ter contato com a natureza. Começou a escrever os seus primeiros textos aos 14 anos, publicando-os posteriormente nos jor- nais da cidade de Goiânia, e nos jornais de outras cidades. Foi na Fazenda Paraíso que a poetisa encontrou inspiração para começar a escrever suas primeiras crônicas. Optou pelo pseu- dônimo Cora Coralina, “escolhendo um codinome para se revelar”, destacam os autores de “Cora Coralina: raízes de Aninha”, enquanto autoras e autores escolhiam nomes para se esconder. Entre as tentativas de entender o pseudônimo, conforme Cora, o nome foi escolhido porque na cidade havia muitas “Anas”, em homenagem à padroeira local, Sant´ Ana. Ela não queria ser mais uma “Ana”. Explicava que “Cora” vem de coração e “Coralina” significa a cor vermelha, Cora Coralina seria coração vermelho. Em 1905, quando estava com dezesseis anos de idade, enviou uma crônica de sua autoria para o jornal “Tribuna Espírita”, da cidade do Rio de Janeiro, sendo essa sua primeira publicação. Espiritismo em Goiás Dia a dia acentua-se vigorosamente o desenvolvimento da claríssima doutrina de Allan Kardec, entre os povos cultos. É com verdadeiro prazer que a vejo entrar em Goiás – onde conta muitos adeptos. O Espiritismo, segundo tenho observado, é a religião dos moços (...) Os moços abrem melhor os olhos, não aceitam a dúvida e querem a explicação do mistério. Tem o Espiritismo bases sólidas inamovíveis, inatacáveis e jamais será abalado. É uma montanha colossal, da qual Allan Kardec formou a base; ela subirá tão alto como nunca subiu a torre de Babel, e do seu cume poder-se-á um dia contemplar a perfeição da humanidade! A sua essência é tão pura, tão superior, que não deixará de atrair os que buscam a luz. É o Espiritismo em Goiás e em toda a parte que dá crença aos ateus, materialistas e positivistas. Os sofredores, os desgraçados, os desesperados encontram na sua prática, suave e infinito alívio. O Espiritismo é, sobretudo a religião que não tem mistério, nem interrogações mudas; não gosto de mistérios, e ante um mis- tério paira a minha dúvida. Prefiro cegar-me na luz a viver lutando na sombra. . . Allan Kardec, Léon Denis, Flammarion e tantos outros abriram, mandados por Deus, o caminho que nos levará à luz da verdade. Ante as páginas das revelações espíritas de Kardec, que brilham como se os seus caminhos fossem traçados de estrelas e de sóis, param as imprecações, a dor deixa de existir, a vingança foge, o orgulho humilha-se, as lágrimas estancam, e de joelhos abençoamos o sofrimento, que é a transfiguração purificadora da Alma, e só pelo qual podemos um dia, gozar a verdadeira feli- cidade! (Goiás, 1-10-1908) Cora Coralina. No museu observa-se ainda, que apesar da origem pobre e humilde, e de ter ensino somente até o primário, ela lia bastante, tinha uma biblioteca enorme com vários livros, inclusive o LIVRO DOS ESPÍRITOS, HÁ DOIS MIL ANOS e o EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. Em 1908, aos dezenove anos, criou, com a ajuda de duas amigas, o jornal de poemas femininos “A Rosa”. Como deixou registrado em versos, “moça que lia romance e declamava Almeida Gar- ret/ não dava boa dona de casa”. Diante da dificuldade econômica e pouco estímulo fa- miliar, Cora Coralina rendeu-se ao casamento. Apaixonou-se por Cantídio Tolentino de Fi- gueiredo Bretas, chefe de polícia do estado. Resolveram viver juntos, mas longe da terra natal porque Cantídio era separado da esposa, havendo certo preconceito com a união. Dessa forma, mudaram-se para Jaboticabal, no estado de São Paulo, no início do pe- ríodo áureo do café na região. Ela tinha 22 anos e estava grávida. Do casamento com Cantídio nasceram outros filhos, dos sete criou cinco, dois morreram. Além da família, Cora continuava escrevendo, apesar de guardar grande mágoa do marido ciumento, ele geralmente não a deixava publicar seus escritos. Viúva em 1934, começou um novo período em sua vida de luta pela sobrevivência dela e dos filhos. Mudou-se, nova- mente, para a cidade de Penápolis, São Paulo, em companhia da filha. Para quem foi criada em quintal de pomares, à beira do rio e na Fazenda Paraíso, a terra era um espaço de liberdade e inspira- ção. Mesmo antes de comprar terras e começar a plantar algodão, Cora Coralina, morando em cidades do estado de São Paulo, vendeu plantas para a prefeitura arborizar a cidade de Jaboticabal e Penápolis. Destaca-se o pioneirismo de Cora em alertar sobre a importância da preservação ambiental, como registrou já no início do século XX, no artigo “Árvores”. O texto alertava os jovens para plantarem mudas ao invés de apenas escreverem poesias em co- memoração à Festa das Árvores e ainda é usado como alerta ecológico.
  • 4. A temática da natureza esteve sempre presente nos escritos de Cora Coralina. Mas as preocupações sociais de Cora Coralina não se restringiram à preservação ambiental e ao trabalhador rural. Ela posicionou-se publicamente e trabalhou por outras cau- sas, como a dos idosos, das mulheres, das crianças, dos indígenas, dos pobres, dos presidiários e dos excluídos. Chegou a fazer votos de franciscana em 1937. Dessa forma, conquistou admiração, respeito e muitas amizades ao longo dos anos passados fora de sua terra natal. Com os filhos criados, Cora Coralina resolveu voltar para Goiás inicialmente para resolver problemas de inventário familiar. Ela saiu de Goiás com 22 anos e voltou com 67, indo morar novamente na Casa Velha da Ponte. Lá foi o espaço encontrado para sua libertação. Disse que foi limitada na infância, na adolescência e na vida de casada, por isso também não queria ser limitada depois de velha. Conseguiu publicar seu primeiro livro em 1965, “Poemas dos becos de Goiás”, pela editora José Olympio de São Paulo. Na obra, a autora retrata a vida das pessoas margina- lizadas dos becos, locais periféricos e, ao mesmo tempo, indispensáveis à vida na cidade. Local dos pobres, das lavadeiras, das prostitutas, da gente humilde e sem voz, esquecida pela sociedade e pela literatura. Na cidade onde nasceu, a poetisa apura sua escrita, mas não é bem recebida pela crítica e a intelectualidade, que obscureceram sua obra, dando maior destaque a sua idade. Diante das dificuldades para viver de literatura, Coralina ren- deu-se à fabricação de doces para sobreviver. “Sou mais doceira e cozinheira/ do que escritora, sendo a culinária/ a mais nobre de todas as Artes:/ objetiva, concreta, jamais abstrata/ a que está ligada à vida e/ à saúde humana”. Uma tradição goiana há séculos, Cora Coralina começou a fabricar doces e comercializá-los. Os doces de laranja, figo, mamão, goiabada, banana, entre outros encantavam o paladar de quem provava. Dizia ter sido um tempo maravilhoso, quando se sen- tiu útil, forte e por ter dado exemplo para outras mulheres da cidade que não sabiam como ganhar dinheiro com o seu próprio trabalho. Muitas das frutas vinham do pomar da Casa da Ponte. Os doces eram cuidadosamente feitos no fogão à lenha e em tachos de cobre, por isso faziam muito sucesso. Para ela, a culinária era, como a poesia, uma forma de comunicação. “Já que não posso comunicar com o sentimento, através dos meus versos, comunico-me com a habilidade culinária, nos meus doces. De uma forma ou de outra, sempre proporcionarei uma sensação estética, um prazer àqueles com quem me comunico, embora lhes atinja o estômago e não o coração”, conforme o livro “Cora Coralina: raízes de Aninha”. A partir de 1975, Cora Coralina finalmente começou a receber a atenção merecida em todo o Brasil, sendo convidada para eventos literários e solenidades no estado de Goiás e muitas outras cidades no país, dando muitas entrevistas. Também foi lau- reada com diversos prêmios e recebeu o título de Drª. Honoris Causa da Universidade Federal de Goiás em 1983. O reconheci- mento nacional de Cora Coralina, segundo quem pesquisa a autora, foi possível principalmente após a crítica positiva de Carlos Drummond de Andrade a sua obra. Em carta, Cora Coralina agradeceu Drummond: “abençoado seja o homem culto que entrega ao vento palavras novas que tão bem ressoam no coração de quem tão pouco as tem ouvido”. Ela passou a ser reconhecida pelo conjunto de sua obra e não apenas como a “velhinha de Goiás”. Cora Coralina morreu no dia 10/04/1985, aos 95 anos, por complicações de uma pneumonia, apesar de que, como poetizou Coralina, “não morre aquele/ que deixou na terra/ a melodia de seu cântico/ na música de seus versos”. Foram 95 anos de vida, para ela poderia ter sido a eternidade de tanto que amava viver.
  • 5. A LEPRA Guttemberg A. C. Cruz “Quando Jesus desceu do monte, grandes multidões o seguiam. E eis que veio um leproso e o adorava, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. Jesus, pois, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. No mesmo instante ficou purificado da sua lepra.” Doença que acompanha a humanidade desde os primórdios, estigmatizada em várias populações mundiais, segundo a OMS, a lepra está presente em 145 países e existem 216 108 casos registrados no mundo. A lepra é uma doença causada por um tipo especial de bactéria conhecido como Mycobacterium leprae, tem um desen- volvimento no organismo muito lento, que pode chegar há cinco anos e aparição dos sintomas em 1 ano. Essa doença afeta a pele, os nervos, as vias respiratórias e os olhos, e apresenta grande incapacidade. Na antiguidade achava-se que era altamente contagiosa, inferindo aos seus portadores artefatos que os identificassem, como sinos, roupas entre outros. Hoje, sabemos que sua transmissão não é tão contagiosa quanto se pensava, necessita de um contato frequente e próximo com os infectados, pois essa transmissão se dá por gotas de saliva e secreção nasal. Nunca uma doença figurou tão importante no contexto histórico como a lepra. Deve-se principalmente pela sua presen- ça nas descrições bíblicas, por trazer uma carga tal, que associado a doença vinha o pecado, a maldição. Em tempos modernos, compara-se a SIDA, com todo seu estigma ligado ao homossexualismo e drogas. A passagem é interessante e cheia de simbolismos. Jesus está cercado de uma multidão e veio um leproso, subtende-se que, pelos conhecimentos da época, estava escondido, pois não podia aparecer em público. Tinha uma esperança tamanha no Mestre e nas histórias que ouvia que o adorava, o admirava e muito provável sonhava e aguardava esse momento com grande desejo. Sua ânsia de ver o Mestre era tão grande que desafiou a multidão, enfrentou os escárnios e a reprovação, para ter com Ele. E o momento que é o mais belo, “se quiseres, podes tornar-me limpo”. Ele reconhece a condição em que se encontra, vê a sua incapacidade perante o ser supremo, admite a vontade divina e humildemente pede a cura. Pede mais que isso, pede que o limpe. A palavra vem cheia de significado, limpe a sujeira de minha pele, do meu corpo. Arrume minha vida tão privada de an- seios, desejos e significados. Higienize meus pensamentos e sentimentos. Me liberte das impurezas atávicas do meu passado. Me deixe puro, para que eu possa amar e viver. E o Mestre na sua infinita benevolência, no seu amor incomensurável ao ser humano, concede o seu desejo, por reconhecer sua vontade de mudança e transformação. Esse amor é tão grande que num simples toque liberta-o das mazelas físicas e espirituais, devolvendo-o ao mundo. Esse capítulo do Evangelho de São Mateus, me faz refletir que como esse leproso, procuramos limpar nossas mazelas, nossos defeitos, recorremos ao Mestre, orando no nosso silêncio, escondido da multidão e enfrentamos nossos medos na espe- rança da melhora, da cura pelo nosso desejo de mudança. Somos esse pedinte do amor de Deus agraciados pela esperança da cura pelas mãos do Cristo. Há pedras por todos os lados, há pedras em tudo que vejo. Pedra miudinha nos grãos de areia da terra, Pedra imensas nas montanhas que se abrem e formam abrigos. Pedra tijolos, pedras paredes, pedra diamante, pedra adorno. Pedra asfalto, pedra estrada. Pedra ponte, pedra abismo. PEDRA ANGULAR, pedra AMOR. Pedras! Todos vamos encontrá-las! Valoroso presente da mãe natureza para nossa evolução e benefício. Uns simplesmente pisarão e passarão, outros irão tropeçar e cair. O dedão do pé vai doer e pra estes será simplesmente uma pedra no caminho. A mineração desenfreada destrói montanhas rochosas, transformando-as em vil metal, por vezes origem de grandes tropeços da humanidade. O progresso não é inimigo da natureza! Saibamos usar bem cada uma pe- drinha que recebemos. Dou-te uma pedra! Sim uma pedra. Você pode não entender, não enxergar e sequer sentir. Mas convido-te a desvendá-la! O Mestre Jesus, de forma figurativa nos revela que a construção do Cris- tianismo está na “pedra”, no sentido de revelação ou de fundamento espi- ritual, que não se ergue da falibilidade dos conceitos humanos, mas da fé raciocinada, alicerce dos planos imortais da sua própria revelação. Então, irmão, pega tua pedra e segue! Faz dela caminho, verdade, carida- de e vida!
  • 6. O passe Nivane Calado Segundo a visão espírita “o passe é um procedimento fluídico-magnético, que tem como principal objetivo auxiliar a restaura- ção do equilíbrio orgânico do paciente. Por orgânico, aqui, entende-se a estrutura completa do indivíduo – quando desencarnado, espírito e períspirito; quando encarnado, corpo físico, duplo etérico, períspirito e espírito”¹. A terapia do passe já era utilizada nas crenças primitivas: na Gália druidas e druidesas possuíam essa faculdade de curar, na idade média já era praticado pelos sábios. Na porta formosa do templo de Jerusalém, disse Pedro: “não tenho prata nem ouro, mas tudo que tenho te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”². Através de Kardec, nas suas obras básicas, o passe chegou às casa espíritas, onde é estudado e praticado. Importa saber que essa doação fluídica só deve ser feita no ambiente dessas instituições por médiuns passistas devidamente habilitados para esse trabalho. O conhecimento teórico e prático dá a noção do que fazer e como melhor fazer. Outra condição que deve ser observada por aqueles que se dedicam a essa tarefa, é saber e sentir que o passe é uma transfusão de amor; é a oportunidade do amor-gratidão por servir o próximo. Foi assim que o Mestre ensinou; é isso que ele espera dos trabalhadores da sua seara. Muita paz para todos! _________________________________________________________________________________________________________ ¹ O passe espírita, Luiz Carlos Gurgel – FEB. ² Ato dos apóstolos, 3:6. “É tempo, pois, de perdoar para serenar o coração e tratar de progredir.” “É tempo de amar a Deus nas pessoas dos vossos irmãos de Humanidade e não apenas aos compatriotas e correligionários da mesma fé reli- giosa” Yvonne do Amaral Pereira “Abençoemos aqueles que se preocupam conosco, que nos amam, que nos atendem as necessidades. Valorizemos o amigo que nos socorre que se interessa por nós que nos escreve que nos telefona para saber como estamos indo. A amizade é uma dádiva de Deus! Mais tarde, haveremos de sentir falta daqueles que não nos deixam experimentar solidão.” Chico Xavier Exumar [do grego ex- + do latim humus] 1. Desenterrar, tirar da sepultura. 2. Tirar do esquecimento. Galhofeiro [do espanhol gallofa + -eiro] Dado à galhofa; gracejador, brincalhão, zombeteiro. Guiismo [do francês guier + -ismo] Viciação de comportamento, só verificada em virtude de estudo doutri- nário deficiente dentro das lides espíritas, em que o guia, assim deno- minado o Espírito protetor ou mentor, é considerado competente para tudo orientar e ensinar, nada se fazendo sem consultá-lo. Memória extracerebral 1. Designação dada pelo pesquisador indiano Hamendras Nat Banerjee para as lembranças espontâneas de um passado pelo qual a criatura não registra vivência na presente vida. 2. A memória que extrapola as possi- bilidades do cérebro físico. RENOVAÇÃO É chegado o fim de mais um ano... hora de avaliar o que iremos nos propor a aprimorar no ano vindouro. Hora de conversar novamente com o homem velho que ainda habita em nosso ser integral e avisá-lo que mais desafios estão chegando e que ele precisará cada vez mais se renovar – em pensamentos e em atitudes. Que possamos buscar cada vez mais exercitar a bondade que ainda se encontra latente em nós, que não apenas aspiremos a perfeição, mas que batalhemos para alcançá-la através da superação de nossas más tendências, que a benevolência faça morada em nossos corações, que a caridade seja exercida de modo natural – tão natural quanto se deseja um “bom dia” àqueles a quem amamos, que esse amor paulatinamente possa ser estendido à humanidade, e claro, que o amor esteja presente em nossas ações, para que possamos construir boas obras por onde passarmos. E que venha mais um ano repleto de experiências e apren- dizados! Obrigado Senhor por mais esse ano, e obrigado leitor por nos acompanhar nessa caminhada aqui no CH!!
  • 7. O jornal Diário de Pernambuco em sua edição de 28 de ju- lho de 2017 na coluna “Curiosamente” apresenta a seguinte notícia: “Mulher casa com bezerro achando ser encarnação do marido Uma mulher que mora na província de Kratie, no Camboja, perdeu o marido há cerca de um ano e estava de luto até conhecer o novo amor de sua vida: um bezerro. Khim Hang, de 74 anos, acredita que o animal é a reencarnação de seu falecido marido, Tol Khut. A mulher percebe no animal características que a lembram seu falecido marido. Foi criado até um altar, no quarto que costumava ser de Tol, com fotos do homem e várias flores. “Quando eu fui ver um médium, sua alma entrou e disse: ‘Eu sou seu marido’. Então, o bezerro lambeu meu cabelo, depois meu pescoço, depois me beijou, realmente me fazendo acreditar que ele seja meu marido”, comentou Khim ao jornal The Indian Express. O animal, que fica no antigo quarto de Khut, olha através das janelas, assim como o homem fazia. A famí- lia coloca o bezerro na cama todas as noites e o animal dorme com o travesseiro favorito de Khut. O bezerro, que divide a casa junto com Khim e seus filhos, está cha- mando atenção de pessoas que moram por perto e fazendo sucesso. Tol Vandy, filho de Khim, explicou que o bezerro lambe os braços ape- nas de quem é seu parente e o comportamento com eles é suficien- te para provar que ele é realmente Tol Khut. “Vou mantê-lo e cuidar dele para toda a minha vida”, diz Khim, que pediu a seus filhos para cuidar de seu “marido” reencarnado após a morte e realizar o mesmo funeral religioso para o animal que o de um ser humano quando ele morrer.” A notícia circulou pelas redes sociais e recebeu vários comentá- rios depreciando o princípio da reencarnação, com direto a piadas de linguajar depreciativo na tentativa de ridicularizar a Doutrina Espirita. Diante do ocorrido, a compaixão deve ser o primeiro sen- timento frente à ignorância, uma vez que, se os envolvidos conhe- cessem apenas o básico dos estudos espiritas, certamente não ou- sariam comentar um caso que é digno de pesar. Entretanto, para quem se aprofunda nos estudos da Doutrina Espírita logo busca em Kardec, o lenitivo para responder as criações fantásticas e a publici- dade inconivente de fatos que tendem a ridicularizar assuntos que devem ser tratados como oportunidade de aprendizado. Na Revista Espírita de 1863, Alan Kardec responde a semelhante publicação. O ensinamento dado por Kardec aplica-se literalmente a matéria atual não restando-nos acrescentar mais nada. Um Argumento Terrível contra o Espiritismo- HISTÓRIA DE UM ASNO Num sermão pregado ultimamente contra o Espiritismo, já que foi dada a palavra de ordem de o perseguir em todos os flancos, bem como os seus partidários, o orador, querendo dar-lhe uma bordoada, contou a seguinte anedota: “Há três semanas uma senhora perdeu o marido. Apresentou-se um médium para lhe propor uma conversa com o defunto e, quem sabe? Até mesmo vê-lo. A visão não se deu, mas o extinto explicou à mulher, pela mão do médium, que não foi julgado digno de entrar na mansão dos bem-aventurados e que se viu obrigado a reencarnar imediata- mente, para expiar graves pecados. Adivinhais onde? A um quilômetro daqui, em casa de um moendeiro, na figura de um asno espancado. Julgai da dor da pobre senhora, que corre ao moendeiro, abraça o hu- milde animal e propõe sua compra. O moendeiro foi duro na negocia- ção, mas cedeu, finalmente, à vista de um bom saco de dinheiro; e, desde quinze dias, mestre Aliboron ocupa um aposento particular na casa daquela senhora, cercado de cuidados jamais desfrutados, desde que a Deus aprouve criar esta raça estimável.” Duvidamos que o auditório se tenha deixado convencer pela histó- ria; mas o que colhemos de testemunhas auriculares é que a maioria dos ouvintes achou que ela ficaria melhor num folhetim burlesco do que no púlpito, tanto pelo fundo quanto pela escolha das expressões. Certamente o orador ignorava que o Espiritismo ensina, sem equívoco, que a alma ou Espírito não pode animar o corpo de um animal (O Livro dos Espíritos, nos 118, 612 e 613). O que ainda mais nos espanta é o ridículo lançado sobre a dor em geral, com a ajuda de um conto divertido e em termos que não primam pela dignidade. Além disso, é ver um sacerdote tratar assim com tan- ta insolência a obra de sacerdote tratar assim com tanta insolência a obra de Deus, por estas palavras pouco reverentes: “Desde que a Deus aprouve criar esta raça estimável.” O assunto foi tão mal escolhido para fazer graça que se poderia objetar que tudo é respeitável nas obras de Deus e que Jesus não se sentiu desonrado por entrar em Jerusalém montado num exemplar daquela raça. Que se faça um paralelo do qua- dro burlesco da dor daquela suposta viúva com o da viúva verdadeira cujo relato demos acima e se diga qual dos dois é mais edificante, mais marcado de verdadeiro sentimento religioso e de respeito à Divindade; enfim, qual deles estaria mais bem colocado no púlpito da verdade. Admitamos o fato que contastes, senhor pregador, não a reencarna- ção num jumento, mas a credulidade da viúva nessa encarnação; como castigo, que lhe teríeis oferecido no lugar? As labaredas eternas do in- ferno, perspectiva ainda menos consoladora, porque essa viúva sem dúvida teria respondido: “Prefiro saber meu marido no corpo de um asno a vê-lo queimado por toda a eternidade.” Suponde, agora, que ela tivesse de escolher entre o vosso quadro de torturas sem-fim e o que nos dá mais acima o Espírito Viennois. Credes que ela teria hesi- tado? Conscienciosamente não o pensais, porque, por conta própria, não vacilaríeis.” A semelhança dos fatos em épocas tão distintas e distantes nos dá a certeza de que muitas forças tendem a ridicularizar os princípios es- píritas. Contudo, assim como nos ensina a espiritualidade maior, cada qual possui sua parcela de contribuição da obra maior, e as forças que buscam rebaixar os princípios espiritas, mal sabem que são instrumen- tos para sua propagação. A CANOA Paulo Freire Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atra- vessava às pessoas de um lado para o outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora. Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro: - Companheiro, você entende de leis? - Não! Respondeu o barqueiro. E o advogado compadecido: - É uma pena, você perdeu metade da vida!!! A professora, muito social, entra na conversa: - Seu barqueiro, você sabe ler e escrever? Também não, respondeu o barqueiro. - Que pena! – Condói-se a mestra. Você perdeu metade de sua vida!!! Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco. O barqueiro preocupado, pergunta: - Vocês sabem nadar? - Não! Responderam eles rapidamente. - Então é uma pena – Conclui o barqueiro. - Vocês perderam toda a vida!!! Não há saber maior ou menor. Há saberes diferentes!!! Pense nisso e valorize todas as pessoas com as quais tenha conta- to. Cada uma delas tem algo de diferente para ensinar. Ninguém sabe de tudo. Todos os dias temos algo novo a aprender. Sejamos humildes!!! ____________________________________________________________________________________________________________________
  • 8. FENÔMENO AGÊNERE Mônica Porto (Do grego: a - privativo; géiné, géinomai, gerar: que não foi gerado). Trata-se de uma variedade ou modalidade de aparições tangíveis. É a condição em que certos Espíritos podem revestir, momentaneamente, as formas de uma pessoa viva, a ponto de produzir uma perfeita ilusão. No Capítulo VI do Livro dos Médiuns – Manifestações Visuais, Alan Kardec nos explica que o Espírito é possuidor de dois envoltórios: um grosseiro, pesado e destrutível: o corpo físico e, outro indestrutível, etéreo e vaporoso: o perispírito. O corpo físico extingue-se com a morte, mas o perispírito permanecerá sempre junto ao Espírito. O perispírito por natureza sendo vaporoso é, normalmente invisível podendo sofrer, entretanto, modificações atra- vés de uma espécie de condensação, ou modificação molecular, tornando-se visível para algumas pessoas e, a depen- der da intensidade dessa condensação molecular, adquirir características de um corpo totalmente sólido e tangível. A duração de uma aparição agêneres pode ser longa, porém nunca será permanente. Sumirá ou desaparecerá a qualquer tempo. É bastante para tanto, que as moléculas fluídicas que o constituem, se desagreguem a depender da vontade do Espírito que a molda. O agênere não sendo um ser vivo, corpóreo e físico, emana uma energia de intensidade diferenciada o que nos faz, pressentir algo estranho e diferente com a sua presença. A Gênese, Cap. XIV, item 36 diz: “qualquer coisa de estranho e de insólito que deriva ao mesmo tempo da materialidade e da espiritualidade: neles, o olhar é simultaneamente vaporoso e brilhante, carece da nitidez do olhar através dos olhos da carne; a linguagem, breve e quase sempre sentenciosa, nada tem do brilho e da volubilidade da linguagem humana”. Na Revista Espírita – edição fevereiro de 1959, Kardec, sob a orientação do Espírito São Luiz, explica: “O Agênere propriamente dito não revela sua natureza e, aos nossos olhos, não passa de um homem comum, sua aparição corpórea pode ter longa duração, conforme a necessi- dade, a fim de estabelecer relações sociais com um ou vários indivíduos”. E ainda: “Um Espírito cujo corpo fosse assim visível e palpável teria, para nós, toda a aparência de um ser humano; poderia conversar conosco e sentar-se em nosso lar qual se fora uma pessoa qualquer, pois o tomaríamos como um de nossos semelhantes”. O fenômeno agênere ocorre principalmente durante o sono podendo ocorrer, também, em estado de vigília. O Espírito torna-se, tão visível que pode ser apalpado, tocado e, até mesmo, ter sua resistência sentida ao toque, entretanto, não podem ser agarrados, presos ou agredidos pela ausência real do corpo carnal. Não necessitam de alimentação e não podem procriar. Não sentem frio, calor ou qualquer outra sensação peculiar do ser encarnado. Uma aparição agênere, quando ocorre, é vista por todos os que estiverem presentes no local. Se apenas um ou alguns podem ver será ape- nas efeito de vidência mediúnica numa intensidade que variará a depender da capacidade individual. Não tendo a aparência de uma pessoa normal, real e palpável é porque não houve doação de ectoplasma suficiente não se tratando, portanto, do fenômeno em questão. A característica primordial desse fenômeno é a naturalidade e temporariedade da aparição. Não é eterno e sua permanência cessa ao esvair- se o ectoplasma captado. Apesar de ser um efeito; uma “ilusão”, o Espírito que o produz adquire aspecto, tão tangível, que, quem o vê, pensa tratar-se de uma pessoa real em “carne e osso”. Não é um milagre; não derroga nenhuma lei da natureza; e nem se trata de um ser vivo uma vez que não foi gerado geneticamente por humanos. Ou seja; não foi concebido, não nasceu e não pode morrer. Como o retorno à vida material só pode ocorrer com a reencarnação, esse tipo de aparecimento de Espíritos na forma adulta configura o fenômeno de agênere. Não é, tampouco, algo sobrenatural como muitos supõem. É um fenômeno natural que, para acontecer, faz-se necessário a conjunção de três fatores: vontade do espírito; combinação de fluidos peculiares aos encarnados; e permissão do plano superior. Outra consideração a ser feita do fenômeno agêneres, além da raridade é que, e na maioria das vezes, o Espírito que toma a aparência de um encarnado pertence às classes inferiores e seu objetivo é quase sempre o mal (São Luiz – RE, 1859). Não há uma relação direta entre o grau de evolução e a possibilidade de se tornar visível, porém, os Espíritos bons e iluminados, só o fazem com boa intenção e se o propósito for útil. Podem querer mostrar também que a morte não existe. Compete a nós, através de nosso padrão vibratório, sintonizar ou não com influências que nos tragam crescimento mo- ral. Se o plano superior nos permite visitas de seres inferiores é para que nos sirva de lição, amadurecimento e equilíbrio espiritual. Já a diferença entre uma aparição agênere e uma “materialização” reside, basicamente, em que, esta última, ocorre em ambientes apropriados, geralmente durante sessões mediúnicas, tendo a supervisão de um coordenador e sempre acompanhadas da proteção Espiritual superior. Já o agênere ocorre sem controle, sem nenhum acompanhamento adequado e em qualquer lugar. Em ambos os casos, entretanto, faz-se necessária à presença de médiuns doadores de ectoplasma, mesmo que de forma inconsciente, para que o Espírito revista seu perispírito e adquira a forma visível e humana. Um registro histórico do fenômeno agênere ocorrido com Bezerra de Menezes foi quando este ainda estudante de medicina e morador do Rio de Janeiro, passando por sérias dificuldades financeiras, atrasado no pagamento da pensão e das pres- tações da faculdade, em desespero, orou fervorosamente ao Pai solicitando uma orientação. Logo ouve bater à porta e ao atender depara-se com um jovem que lhe solicitou aulas de matemática. Bezerra tentou recusar por não ser uma matéria que lhe agradasse ou dominasse, mas, diante das dificuldades pela qual passava, aceitou. Recebeu o pagamento antecipado por insistência do próprio jovem, sob a alegação de querer se precaver não gastando com amenidades. Marcaram dia e horário para o início das aulas, mas o estudante, surpreendentemente nunca apareceu. Com certeza foi um agênere que, pela providência Divina, veio em auxílio a Bezerra de Menezes. De uma forma geral, o melhor que temos a fazer é procurar estimular pensamentos elevados e a prática da oração para atrairmos e termos sempre por perto Espíritos iluminadas que nos eduquem e nos transmitam bons fluidos. Viver é um exercício de evolução e só em boa companhia poderemos fazer uma viagem segura e em paz.
  • 9. Bibliografia do Pentateuco 05 livros fundamentais na Doutrina Espírita Por Allan Kardec https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora_Coralina https://vivimetaliun.wordpress.com/2015/09/13/quem-foi-cora-coralina/ http://www.febtv.com.br/cora-coralina_235bdcf6a.html http://celeirodeluz2.blogspot.com.br/2009/06/cora-coralina-espirita.html http://www.museucoracoralina.com.br/site/institucional/ http://pensamentosfabio.blogspot.com.br/ http://www.filosofiaespirita.org/site/agenere-o-que-diz-a-doutrina-espirita https://pt.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAneres http://www.institutochicoxavier.com/index.php/informativo/o-que-e-o-espiritismo-2/2368-apari- coes-e-espiritos-ageneres http://ipeak.net/site/estudo_janela_conteudo.php?origem=1171&idioma=1 http://www.acasadoespiritismo.com.br/perguntasresp/meresponde/capitulo%2023.htm http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/jos%C3%A9-reis-chaves/ainda-no-espiritismo-os-a- g%C3%AAneres-com-as-suas-variantes-cong%C3%AAneres-1.201604 Bruno Tavares Expositor Espírita www.blogdobrunotavares.wordpress.com Associação Espírita Casa dos Humildes www.casadoshumildes.com http://www.mensagemespirita.com.br/md/ad/o-que-sao-espiritos-ageneres-conhe- cendo-o-espiritismo http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/C_autores/CARDOSO_Gilberto_Pe- rez_tit_Curiosidades_sobre_os_ageneres.htm http://letraespirita.blogspot.com.br/2015/10/o-que-sao-espiritos-ageneres.html http://bibliadocaminho.com/ocaminho/TKardequiano/TKP/Re59/Fev/Re59FevA02. htm FONTE: http://www.acasadoespiritismo.com.br/perguntasresp/meresponde/capitu- lo%2023.htm KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns - segunda parte – Das Manifestações espíritas. KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos, parte Segunda, Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos KARDEC, Allan – A Gênese – Os milagres segundo o Espiritismo KARDEC, Allan - Revista Espírita - 1859 - Fevereiro Manual prático do espírita Dezembro é geralmente um período de avaliação, reflexão e plane- jamento. Aproveitando então esse estímulo gerado com o término de mais um ano, que tal dedicar um estímulo extra a transformação moral? Lembremos de Kardec: Reconhece-se o verdadeiro espírita pelo esforço em domar suas más inclinações. Como queremos au- xiliar nesse processo, a sugestão bibliográfica dessa edição do CH Notícias é o Manual Prático do Espírita Esta obra de Ney Prieto Peres, publicada pela Editora Pensamento, é um guia para a realização do auto aprimoramento com base na dou- trina dos espíritos. Nela, o objetivo não é transmitir conhecimentos teóricos, mas preparar o leitor para se conhecer em profundidade e se evangelizar, tornando-se capazes de exemplificar através do seu comportamento e ações os ensinamentos do Mestre Jesus. Como relata o autor: “O processo de mudança interior tem sido um imperativo a que nos vimos submetendo há séculos, durante exis- tências e existências, no plano corpóreo e nos planos espirituais. Participar, de modo produtivo e consciente, do contexto evolutivo que nos impulsiona, inapelavelmente, para a integração com a Inte- ligência Suprema Universal é o único caminho a seguir”. Seguindo o roteiro proposto por Ney Prieto Peres, todos os que estiverem dispostos a realizar sua reforma íntima, e assim partici- par ativamente da transformação da humanidade, se sentirão mais orientados. Boa leitura!
  • 10. CONTATO Rua Henrique Machado, nº 110 Casa Forte - Recife/PE (81) 3268-3954 casadoshumildes.com blogchnoticias.blogspot.com.br chnoticias@yahoo.com.br chnoticias2015@gmail.com EXPEDIENTE CH Notícias Nº 30 – Circulação mensal Distribuição on-line Recife-PE, 15/Dezembro/2017 Presidente: Albonize de França. Vice-Presidente: Rosa Carneiro. Deptº de Divulgação Doutrinária: Bruno Tavares. Deptº de Mediúnico: Amaro Carvalho. Edição: Bruno Tavares, Elisângela Gusmão, Gut- temberg Cruz, Juana Feitosa, Mônica Porto e Pa- trícia Casé. Projeto Gráfico: Ingrid Cavalcanti. O NATAL CHEGOU!!! E já que é Natal, nossa produção foi especial! Nossas sementes do amanhã enga- jados em abrilhantar a decoração do Natal da nossa querida Casa dos Hu- mildes. Nossa arvore é simbólica e traz a mensagem das nossas raízes.
  • 11. Segunda-feira 19 h 45 min Sala 1 – Curso de Passe Sala 2 – Curso Trabalhadores: ESTEM Sala 3 – Iniciantes Curso de Mediunidade Terça-feira (a cada 15 dias) 19 h 45 min EADE – Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita ESDE – Estudo Sistemático da Doutrina Espírita Quarta-feira 19 h 45 min Sala 1 – Iniciantes Básico do Espiritismo Sala 2 – Curso Trabalhadores: Doutrinação Sala 3 – Iniciantes Curso de Doutrinação Segunda-feira 19 h 45 min Reunião de Consulta espiritual. Terça-feira 20 h Reunião Pública de Estudo de “O Livro dos Espíritos”. Terça-feira 20 h Reunião de Vibrações Espirituais. Quarta-feira 19 h 45 min Reunião Pública de Desobsessão. Quinta-feira (apenas a 1ª do mês) 19 h 45 min Desobsessão dos Trabalhadores da Casa. Sexta-feira 19 h 30 Reunião Pública de Estudos Espíritas: 1ª Sexta do mês: André Luiz > Estudando também Chico Xavier; 2ª Sexta: Emmanuel > Estudando também Amélia Rodrigues; 3ª sexta: Joanna de Ângelis > Estudando também Divaldo Franco; 4ª sexta: Bezerra de Menezes > Estudando também Herculano Pires. Domingo 16 h Evangelização Infantil e Reunião da Juventude Espírita. ATIVIDADES REQUISITOS DIA/HORA Campanha do Quilo Boa vontade e tolerância. 1º e 3º Domingo de cada mês – 8 h. Evangelização Infanto-Juvenil Habilidades na área de educação e de ativi- dades lúdicas. Boa interação com crianças e jovens. Domingo – 16 h. Passes e vibração Ter feito o curso de passes. Segundas antes das reuniões públicas; Terças, Quartas e Sextas após as reuniões; Domingos antes e depois das reuniões. Recepção e atendimento fraterno Ter feito o curso de passes e ser doutrina- dor. Segunda e Quarta – 19 h; Domingo – 16 h. Assistência a gestantes Querer compartilhar saberes e acolher o próximo. Quarta – 13 h 30 min e Um Domingo no mês. Trabalho mediúnico e doutrinário Ter feito todos os cursos básicos e o de passes. Segunda e Quarta – 19 h 45 min; Domingo – 16 h Instrutor e dirigente de reunião Ter feito os cursos básicos e de passes. Para instrutor, experiência e comunicação. Nos dias de curso e de reunião no auditó- rio. Assistência às vovozinhas da Casa dos Humildes Formação na área da saúde. Para lazer, nenhum requisito. De acordo com a disponibilidade. Biblioteca e Livraria Ser trabalhador da Casa Antes das reuniões públicas. TI e eletroeletrônicos, manutenção Habilidade na área e vontade de aprender. Antes das reuniões públicas.