O documento descreve o período do Renascimento na Europa entre os séculos XV e XVI, quando floresceu a produção artística e científica inspirada na cultura clássica greco-romana. O Renascimento surgiu primeiro na região da Toscana na Itália, com destaque para Florença e Siena, difundindo-se depois para outros países europeus. Cientistas como Copérnico e Galileu fizeram importantes descobertas astronômicas neste período, apesar da perseguição da Igreja Cató
2. Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção
artística e científica.
Chamou-se Renascimento ou renascença, em virtude da redescoberta e
revalorização das referências culturais da antiguidade clássica, que
nortearam as mudanças deste período em direção a um
ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela primeira vez
por Giorgio Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento como
hoje o entendeu surgiu a partir da publicação do livro de Jacob
Burckhardt A cultura do Renascimento na Itália (1867), onde ele definia o
período como uma época de “descoberta do mundo e do homem”.
O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo
como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o
resto da península Itálica e depois para praticamente todos os países da Europa
Ocidental, impulsionado pelo desenvolvimento da imprensa por Johannes Gutenberg. A
Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão,
porém manifestações renascentistas de grande importância também ocorreram
na Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e, menos intensamente, em Portugal e Espanha,
e em suas colônias americanas. Alguns críticos, porém, consideram, por várias razões,
que o termo "Renascimento" deve ficar circunscrito à cultura italiana desse período, e
que a difusão europeia dos ideais clássicos italianos pertence com mais propriedade à
esfera do Maneirismo. Além disso, estudos realizados nas últimas décadas têm revisado
uma quantidade de opiniões historicamente consagradas a respeito deste período,
considerando-as insubstanciais ou estereotipadas, e vendo o Renascimento como uma
fase muito mais complexa, contraditória e imprevisível do que se supôs ao longo de
gerações.
3. Na área científica podemos mencionar a importância dos estudos de
astronomia do polonês Nicolau Copérnico. Este defendeu a
revolucionária ideia do heliocentrismo (teoria que defendia que o Sol
estava no centro do sistema solar). Copérnico também estudou os
movimentos das estrelas.
Galileu Galilei: um dos principais representantes do Renascimento
Científico
Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu instrumentos
ópticos, além de construir telescópios para aprimorar o estudo celeste.
Este cientista também defendeu a ideia de que a Terra girava em torno
do Sol. Este motivo fez com que Galilei fosse perseguido, preso e
condenado pela Inquisição da Igreja Católica, que considerava esta ideia
como sendo uma heresia. Galileu teve que desmentir suas ideias para
fugir da fogueira.
No campo da tecnologia, a invenção da imprensa, no século XV, revolucionou a
difusão dos conhecimentos e o uso da pólvora transformou as táticas militares, entre
os anos de 1450 e 1550.
4. O homem vitruviano de Leonardo da Vincisintetiza o ideário renascentista: humanista e clássico
5. Contexto Histórico
As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o
comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir
do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o
Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam
fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para
investir na produção artística de escultores, pintores, músicos,
arquitetos, escritores, etc.
Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda
financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida
como mecenato, tinha por objetivo fazer com que
esses mecenas(governantes e burgueses) se tornassem mais populares
entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito
comuns as famílias nobres encomendarem pinturas (retratos) e
esculturas junto aos artistas.
Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste
período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção
artística. Cidades como, por
exemplo, Veneza, Florença e Gênovativeram um expressivo movimento
artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida
como o berço do Renascimento.
Características Principais:
- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época
renascentista, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e
humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;
- As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a
inteligência, o conhecimento e o dom artístico;
- Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em
Deus (teocentrismo), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o
principal personagem (antropocentrismo);
- A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade.
O homem renascentista, principalmente os cientistas, passa a utilizar
métodos experimentais e de observação da natureza e universo.
Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo,
Gênova, Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas
provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como
mecenas, começaram a investir nas artes, aumentando assim o
desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como
o berço do Renascentismo. Porém, este movimento cultural não se
limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros países
6. europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França,
Polônia e Países Baixos.
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