Este documento apresenta uma lista de livros sobre educação infantil e ensino fundamental. Inclui títulos sobre psicologia, didática, filosofia da educação, entre outros temas relevantes para a formação de professores.
O documento fornece instruções sobre como elaborar uma resenha, definindo resenha-resumo e resenha-crítica, descrevendo o papel do resenhista, o objetivo e veiculação das resenhas. Também lista os elementos que devem constar em uma resenha, como título, referência bibliográfica, resumo e avaliação crítica.
O documento apresenta 500 questões comentadas de raciocínio lógico com o objetivo de auxiliar concurseiros no aprendizado deste conteúdo. Inclui questões sobre correlacionamento de dados, proposições, silogismos e outras categorias lógicas, além de respostas detalhadas e referências bibliográficas.
This document contains a word search puzzle with math problems embedded in the grid. It provides the math problems in Portuguese, which include addition, subtraction, multiplication and division problems. Below the grid is the teacher's name, the school name, and the solutions to the math problems. Learning through games like word searches allows students to make learning an interesting and even fun process.
O documento discute a metodologia de um trabalho de conclusão de curso (TCC), definindo seus principais componentes como abordagem, sujeitos, cenário, instrumentos de coleta e análise de dados. Ele explica as diferenças entre pesquisa qualitativa e quantitativa e fornece exemplos de como estruturar a metodologia de um TCC.
1) O documento apresenta uma lista de 9 exercícios de matemática sobre razão e proporção. Os exercícios envolvem cálculos com dados sobre desempenho de times de futebol, população de uma cidade, divisão de uma ripa de madeira e medidas de retângulos.
Alimentação saudável - Texto e atividade de CiênciasMary Alvarenga
O documento discute os conceitos de alimentação saudável e pirâmide alimentar. A pirâmide alimentar divide os alimentos em quatro grupos e recomenda as quantidades diárias a serem consumidas de cada grupo. Uma alimentação balanceada com alimentos de todos os grupos é essencial para fornecer nutrientes e energia ao corpo.
O documento apresenta um exercício de concordância verbal com 8 questões. A atividade pede para completar frases com verbos na forma correta, identificar erros de concordância e construir frases usando substantivos dados.
Este documento contém uma avaliação de matemática para alunos do 6o ano com questões sobre potências, raízes quadradas e expressões numéricas. A avaliação inclui instruções sobre a ordem correta para resolver as expressões numéricas levando em conta operações, parênteses, colchetes e chaves.
O documento fornece instruções sobre como elaborar uma resenha, definindo resenha-resumo e resenha-crítica, descrevendo o papel do resenhista, o objetivo e veiculação das resenhas. Também lista os elementos que devem constar em uma resenha, como título, referência bibliográfica, resumo e avaliação crítica.
O documento apresenta 500 questões comentadas de raciocínio lógico com o objetivo de auxiliar concurseiros no aprendizado deste conteúdo. Inclui questões sobre correlacionamento de dados, proposições, silogismos e outras categorias lógicas, além de respostas detalhadas e referências bibliográficas.
This document contains a word search puzzle with math problems embedded in the grid. It provides the math problems in Portuguese, which include addition, subtraction, multiplication and division problems. Below the grid is the teacher's name, the school name, and the solutions to the math problems. Learning through games like word searches allows students to make learning an interesting and even fun process.
O documento discute a metodologia de um trabalho de conclusão de curso (TCC), definindo seus principais componentes como abordagem, sujeitos, cenário, instrumentos de coleta e análise de dados. Ele explica as diferenças entre pesquisa qualitativa e quantitativa e fornece exemplos de como estruturar a metodologia de um TCC.
1) O documento apresenta uma lista de 9 exercícios de matemática sobre razão e proporção. Os exercícios envolvem cálculos com dados sobre desempenho de times de futebol, população de uma cidade, divisão de uma ripa de madeira e medidas de retângulos.
Alimentação saudável - Texto e atividade de CiênciasMary Alvarenga
O documento discute os conceitos de alimentação saudável e pirâmide alimentar. A pirâmide alimentar divide os alimentos em quatro grupos e recomenda as quantidades diárias a serem consumidas de cada grupo. Uma alimentação balanceada com alimentos de todos os grupos é essencial para fornecer nutrientes e energia ao corpo.
O documento apresenta um exercício de concordância verbal com 8 questões. A atividade pede para completar frases com verbos na forma correta, identificar erros de concordância e construir frases usando substantivos dados.
Este documento contém uma avaliação de matemática para alunos do 6o ano com questões sobre potências, raízes quadradas e expressões numéricas. A avaliação inclui instruções sobre a ordem correta para resolver as expressões numéricas levando em conta operações, parênteses, colchetes e chaves.
Este documento apresenta 5 exemplos de cálculo de frações de quantidades. Ele pede para calcular 1/5 de 10 bolinhas, 2/4 de 16 estrelas, 1/3 de 9 cubos, 2/6 de 18 corações e 2/3 de 6 triângulos.
Este plano de aula aborda a colonização portuguesa e espanhola nas Américas ao longo de 3 aulas. Os alunos lerão e discutirão textos sobre o tema, analisando conceitos como capitanias hereditárias e relações entre metrópole e colônia. A avaliação incluirá a observação da discussão crítica dos alunos e da organização da turma durante a leitura compartilhada.
This document is a word search puzzle containing fractions to find. The fractions included are 1/2, 2/3, 1/4, 1/9, 1/10, 4/100, 1/1000, 5/5, 3/19, 6/50, 2/1, 5/3, 20/13, 30/10, 10/10, 10/16, 8/6. Below is the word search grid containing the fractions hidden within.
O documento é um exercício de matemática para alunos do 5o ano onde eles precisam encontrar números específicos em um diagrama numérico. A professora fornece as instruções e as respostas corretas no final.
1. O documento apresenta um modelo de projeto de intervenção com suas seções principais: justificativa, objetivos, metas, metodologia, recursos, cronograma, monitoramento e avaliação e considerações finais.
2. Ele fornece exemplos e explicações sucintas sobre o que cada seção deve conter para esclarecer o leitor sobre o tema e raciocínio a ser desenvolvido no projeto.
3. O documento também sugere um sumário tipo que pode ser adaptado de acordo com o conteúdo do projeto.
O documento descreve o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março para celebrar o protesto das mulheres na Rússia em 1917 reivindicando melhores condições de trabalho e vida. O texto também menciona a importância das mulheres na sociedade e sua luta por direitos.
1) O documento contém uma avaliação de matemática do 1o bimestre de 2016 com 4 questões sobre duração de aulas diárias, período do bimestre, capacidade de visão do olho humano e idade de uma planta.
2) Há também questões sobre cálculos de volumes de água em reservatórios, piscinas e distribuição de água entre famílias.
3) Por fim, há exercícios sobre expressões numéricas, representação de algarismos e participação em uma palestra.
O relatório descreve uma observação de sala de aula realizada por estudantes de licenciatura em física na turma de 6o ano de uma escola em Esperantinópolis, Maranhão. O tema da aula observada foi a importância da água para a vida humana. O relatório apresenta detalhes da escola, professora e atividades de ensino observadas, concluindo que a educação em ciências ainda precisa melhorar para relacionar os conteúdos ao cotidiano dos alunos.
O documento discute como ensinar estudantes a relatar experimentos científicos de maneira estruturada. Ele sugere dividir a classe em grupos para criar um relatório em conjunto, com cada grupo responsável por uma seção como introdução, materiais e métodos, resultados ou conclusão. Também fornece um modelo para o relatório, incluindo seções como local e data, nomes dos integrantes, introdução, materiais e métodos, resultados e conclusão.
O documento explica o Sistema Internacional de Unidades (SI), que padroniza as unidades de medida usadas globalmente. Ele descreve as unidades básicas de comprimento, área, volume, capacidade, massa e tempo, além de apresentar exemplos de conversões entre unidades.
Projeto: Brincando Também se Aparende Matemática /5º anoMary Alvarenga
Promover atividades lúdicas, mostrando que a matemática pode ser divertida e a resolução de problemas matemáticos pode proporcionar momentos agradáveis que oportunizam a vivência de situações que exigem solidariedade e companheirismo entre os alunos.
Este documento fornece uma ficha de avaliação para um trabalho interdisciplinar realizado por alunos do 1o ano do Colégio Militar de Campo Grande sobre os livros "Os Lusíadas" e outros textos literários. A ficha lista critérios como conteúdo, relevância dada aos textos, criatividade, domínio do conteúdo e adequação da linguagem, adequação do tempo, postura e participação.
Este documento é uma prova de matemática com questões sobre determinação do Máximo Múltiplo Comum (MMC) e Mínimo Divisor Comum (MDC) de números inteiros usando decomposição em fatores primos e divisões sucessivas. As questões incluem calcular o MMC e MDC de vários pares de números.
Este documento descreve um projeto de pesquisa que investigou a importância da educação patrimonial para alfabetizar culturalmente alunos do 6o e 7o ano do ensino fundamental. O projeto aplicou questionários e atividades práticas sobre história e patrimônio cultural com os alunos. Os resultados mostraram que a educação patrimonial pode ser um instrumento eficaz para educar alunos e a comunidade sobre a preservação do patrimônio cultural.
O documento contém vários problemas relacionados a figuras geométricas em malhas quadriculadas. Os problemas envolvem cálculos de perímetro, área e ampliação/redução de figuras mantendo proporções. As figuras incluem retângulos, triângulos, cruzes e outras formas poligonais.
O documento é uma atividade de matemática que inclui preencher tabelas com informações sobre filmes e suas durações em minutos e completar tabelas com conversões de unidades de tempo como horas, minutos, segundos, dias, meses, anos, décadas, séculos e milênios.
Este documento apresenta um plano de aula para ensinar operações com números fracionários no 6o ano do ensino fundamental utilizando peças Lego como material didático manipulável. O objetivo é estimular a percepção visual de frações e o desenvolvimento motor das crianças ao representar e somar frações com as peças. A avaliação será feita durante as atividades em sala e por uma dinâmica prática com os colegas.
O documento apresenta uma atividade de matemática com exercícios de decomposição e classificação de números, reconhecimento do valor relativo de algarismos em números e ordenação da população de estados brasileiros.
Este artigo discute as relações entre as ciências humanas e a necessidade de uma abordagem interdisciplinar. A história pode contribuir com seu estudo do tempo social, que não se resume ao passado, mas também influencia o presente. As outras ciências sociais precisam reconhecer a importância da duração histórica e da pluralidade de tempos na realidade social.
Jean Piaget revolucionou o estudo da linguagem e pensamento infantil ao desenvolver o método clínico de investigação das ideias infantis. Ele estudou sistematicamente a percepção e lógica infantis e mostrou que a diferença entre o pensamento infantil e adulto é mais qualitativa do que quantitativa. No entanto, como obra pioneira, a teoria de Piaget sofre da dualidade entre os fatos empíricos e as premissas teóricas e metodológicas.
Este documento apresenta 5 exemplos de cálculo de frações de quantidades. Ele pede para calcular 1/5 de 10 bolinhas, 2/4 de 16 estrelas, 1/3 de 9 cubos, 2/6 de 18 corações e 2/3 de 6 triângulos.
Este plano de aula aborda a colonização portuguesa e espanhola nas Américas ao longo de 3 aulas. Os alunos lerão e discutirão textos sobre o tema, analisando conceitos como capitanias hereditárias e relações entre metrópole e colônia. A avaliação incluirá a observação da discussão crítica dos alunos e da organização da turma durante a leitura compartilhada.
This document is a word search puzzle containing fractions to find. The fractions included are 1/2, 2/3, 1/4, 1/9, 1/10, 4/100, 1/1000, 5/5, 3/19, 6/50, 2/1, 5/3, 20/13, 30/10, 10/10, 10/16, 8/6. Below is the word search grid containing the fractions hidden within.
O documento é um exercício de matemática para alunos do 5o ano onde eles precisam encontrar números específicos em um diagrama numérico. A professora fornece as instruções e as respostas corretas no final.
1. O documento apresenta um modelo de projeto de intervenção com suas seções principais: justificativa, objetivos, metas, metodologia, recursos, cronograma, monitoramento e avaliação e considerações finais.
2. Ele fornece exemplos e explicações sucintas sobre o que cada seção deve conter para esclarecer o leitor sobre o tema e raciocínio a ser desenvolvido no projeto.
3. O documento também sugere um sumário tipo que pode ser adaptado de acordo com o conteúdo do projeto.
O documento descreve o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março para celebrar o protesto das mulheres na Rússia em 1917 reivindicando melhores condições de trabalho e vida. O texto também menciona a importância das mulheres na sociedade e sua luta por direitos.
1) O documento contém uma avaliação de matemática do 1o bimestre de 2016 com 4 questões sobre duração de aulas diárias, período do bimestre, capacidade de visão do olho humano e idade de uma planta.
2) Há também questões sobre cálculos de volumes de água em reservatórios, piscinas e distribuição de água entre famílias.
3) Por fim, há exercícios sobre expressões numéricas, representação de algarismos e participação em uma palestra.
O relatório descreve uma observação de sala de aula realizada por estudantes de licenciatura em física na turma de 6o ano de uma escola em Esperantinópolis, Maranhão. O tema da aula observada foi a importância da água para a vida humana. O relatório apresenta detalhes da escola, professora e atividades de ensino observadas, concluindo que a educação em ciências ainda precisa melhorar para relacionar os conteúdos ao cotidiano dos alunos.
O documento discute como ensinar estudantes a relatar experimentos científicos de maneira estruturada. Ele sugere dividir a classe em grupos para criar um relatório em conjunto, com cada grupo responsável por uma seção como introdução, materiais e métodos, resultados ou conclusão. Também fornece um modelo para o relatório, incluindo seções como local e data, nomes dos integrantes, introdução, materiais e métodos, resultados e conclusão.
O documento explica o Sistema Internacional de Unidades (SI), que padroniza as unidades de medida usadas globalmente. Ele descreve as unidades básicas de comprimento, área, volume, capacidade, massa e tempo, além de apresentar exemplos de conversões entre unidades.
Projeto: Brincando Também se Aparende Matemática /5º anoMary Alvarenga
Promover atividades lúdicas, mostrando que a matemática pode ser divertida e a resolução de problemas matemáticos pode proporcionar momentos agradáveis que oportunizam a vivência de situações que exigem solidariedade e companheirismo entre os alunos.
Este documento fornece uma ficha de avaliação para um trabalho interdisciplinar realizado por alunos do 1o ano do Colégio Militar de Campo Grande sobre os livros "Os Lusíadas" e outros textos literários. A ficha lista critérios como conteúdo, relevância dada aos textos, criatividade, domínio do conteúdo e adequação da linguagem, adequação do tempo, postura e participação.
Este documento é uma prova de matemática com questões sobre determinação do Máximo Múltiplo Comum (MMC) e Mínimo Divisor Comum (MDC) de números inteiros usando decomposição em fatores primos e divisões sucessivas. As questões incluem calcular o MMC e MDC de vários pares de números.
Este documento descreve um projeto de pesquisa que investigou a importância da educação patrimonial para alfabetizar culturalmente alunos do 6o e 7o ano do ensino fundamental. O projeto aplicou questionários e atividades práticas sobre história e patrimônio cultural com os alunos. Os resultados mostraram que a educação patrimonial pode ser um instrumento eficaz para educar alunos e a comunidade sobre a preservação do patrimônio cultural.
O documento contém vários problemas relacionados a figuras geométricas em malhas quadriculadas. Os problemas envolvem cálculos de perímetro, área e ampliação/redução de figuras mantendo proporções. As figuras incluem retângulos, triângulos, cruzes e outras formas poligonais.
O documento é uma atividade de matemática que inclui preencher tabelas com informações sobre filmes e suas durações em minutos e completar tabelas com conversões de unidades de tempo como horas, minutos, segundos, dias, meses, anos, décadas, séculos e milênios.
Este documento apresenta um plano de aula para ensinar operações com números fracionários no 6o ano do ensino fundamental utilizando peças Lego como material didático manipulável. O objetivo é estimular a percepção visual de frações e o desenvolvimento motor das crianças ao representar e somar frações com as peças. A avaliação será feita durante as atividades em sala e por uma dinâmica prática com os colegas.
O documento apresenta uma atividade de matemática com exercícios de decomposição e classificação de números, reconhecimento do valor relativo de algarismos em números e ordenação da população de estados brasileiros.
Este artigo discute as relações entre as ciências humanas e a necessidade de uma abordagem interdisciplinar. A história pode contribuir com seu estudo do tempo social, que não se resume ao passado, mas também influencia o presente. As outras ciências sociais precisam reconhecer a importância da duração histórica e da pluralidade de tempos na realidade social.
Jean Piaget revolucionou o estudo da linguagem e pensamento infantil ao desenvolver o método clínico de investigação das ideias infantis. Ele estudou sistematicamente a percepção e lógica infantis e mostrou que a diferença entre o pensamento infantil e adulto é mais qualitativa do que quantitativa. No entanto, como obra pioneira, a teoria de Piaget sofre da dualidade entre os fatos empíricos e as premissas teóricas e metodológicas.
Este documento apresenta as informações sobre um livro coordenado por Sandro Kobol Fornazari intitulado "Deleuze Hoje". O livro contém 31 capítulos escritos por diferentes autores abordando temas como a leitura de Deleuze sobre Espinosa, Bergson, Nietzsche entre outros; a filosofia da diferença; encontros entre arte, corpo e subjetividade.
Este documento descreve um projeto educacional desenvolvido em uma escola municipal sobre a novela mexicana "Carrossel". [1] O projeto teve como objetivos envolver os alunos cognitiva, afetiva e socialmente usando tecnologias de informação e comunicação. [2] As atividades desenvolvidas incluíram discussões sobre temas da novela, desenhos dos animais de estimação dos alunos e a criação de um painel sobre bullying. [3] Ao final, observou-se uma mudança positiva nos comportamentos dos alunos.
O documento discute princípios fundamentais da abordagem educacional em Reggio Emilia, Itália. A educadora Carlina Rinaldi descreve a visão das crianças como sujeitos únicos com direitos e potencial, e a importância da comunicação e interação entre crianças e comunidade. O planejamento emergente se baseia nas necessidades e interesses das crianças, com objetivos flexíveis que evoluem durante as atividades.
Este documento resume as principais informações discutidas na reunião de pais do 2o trimestre da 1a série do CEIP Ntra. Sra. de Fátima. Alguns pontos discutidos incluem o progresso dos alunos em leitura, escrita, matemática e ciências, assim como as atividades de casa, recompensas e punições. Os pais foram informados sobre os projetos da escola e como podem contribuir para apoiar o aprendizado dos filhos.
Este documento trata sobre la importancia de la teoría del color. Explica que la teoría del color no es única, sino un conjunto de aproximaciones históricas al color y su dinámica. También describe los componentes clave de la teoría del color como el círculo cromático, los colores primarios, secundarios y terciarios, y las propiedades de matiz, luminosidad y saturación. Finalmente, resume los modelos de color RGB y CMYK.
Aula de Ontologias Digitais - A Informação e o Ser Robson AshtoffenRob Ashtoffen
Sessão de slides da aula de ontologias digitais sobre a palestra baseada no artigo publicado no XII ENANCIB disponível aqui, recomenda-se a leitura:
http://rabci.org/rabci/node/284
Sendo que o artigo é uma introdução teórica ao texto estendido derivado do TCC "A informação e o Ser", também disponível neste link:
http://rabci.org/rabci/node/242
Este documento discute a incerteza que mina a confiança dos portugueses e prejudica a economia. A situação social e econômica é dramática devido às políticas dos últimos anos. A incerteza é insustentável e precisa acabar para que o investimento e emprego possam se recuperar. Decisões precisas e políticas estáveis são essenciais para reconquistar a credibilidade.
Este documento analisa imagens relacionadas à queda das Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001 sob a perspectiva semiótica. Aborda como os signos icônicos transmitem significados no contexto do ataque terrorista e como a manipulação, conotação e ambiguidade das imagens afetam a compreensão do evento.
019.fôrmas e escoramentos para edifíciosGlayce Kelly
O documento resume a formação acadêmica e experiência profissional do autor, com ênfase em engenharia civil. Também descreve brevemente os tipos de madeira usados em formas para concreto no Brasil e os sistemas de formas mais comuns no mercado, analisando critérios para escolha considerando aspectos econômicos.
O documento discute como as palavras e atitudes refletem a natureza humana e moldam o destino de cada um. Ele enfatiza que somos responsáveis por nossas vidas e que culpar os outros é ilusório. Além disso, destaca que aprendemos com nossas próprias experiências e que nossas atitudes são fruto de nossas crenças.
importance des reseaux sociaux dans l'entreprise la cible 118Éric Delcroix
O documento discute três pontos principais sobre redes sociais e mídias sociais:
1) Como profissionais amadores, conhecidos como "ProAms", desempenham um papel importante na disseminação de conteúdo e ideias através de blogs e outras plataformas.
2) A teoria dos "laços fracos" mostra como pequenas conexões entre pessoas podem ser influentes.
3) As empresas podem beneficiar-se do uso estratégico de redes sociais internas para resolver problemas e gerar novas ideias entre funcion
O documento resume a formação acadêmica e experiência profissional do autor, com ênfase em engenharia civil. Também apresenta critérios para escolha e dimensionamento de sistemas de formas para edifícios, analisando aspectos econômicos e técnicos de vigas, pilares e lajes. Inclui estudo sobre madeiras, compensados e ligantes usados em formas.
O documento resume a formação acadêmica e experiência profissional do autor, com ênfase em engenharia civil. Também apresenta critérios para escolha e dimensionamento de sistemas de formas para edifícios, analisando aspectos econômicos e técnicos de vigas, pilares e lajes. Inclui estudo sobre madeiras, compensados e ligantes usados em formas.
3 transtono (disorder) não é um conceito científico nem a cid é uma classif...Luiz Miranda-Sá
1. Classificar é organizar os fenômenos psiquiátricos de acordo com critérios científicos para melhor entendimento e comunicação.
2. Existem diferentes sistemas de classificação, incluindo categorias, dimensões e modelos prototípicos.
3. A classificação ideal deve ser útil clinicamente, válida cientificamente e refletir a natureza dos distúrbios.
Este documento discute a importância de educar as crianças sobre o uso responsável da tecnologia para evitar que se tornem "órfãos digitais". Sem a orientação dos pais, as crianças podem desenvolver hábitos pouco saudáveis online e estar mais vulneráveis a riscos. O documento enfatiza a necessidade de os pais conhecerem as atividades dos filhos na internet e educá-los sobre valores para promover o uso responsável das tecnologias.
Este documento analiza la ciudad de Hualqui en Chile. Resume que Hualqui se comunica con otras localidades por tren y está ubicada a 24 km al suroeste de Concepción, en la ribera norte del Río Biobío. El clima es mediterráneo con inviernos lluviosos y veranos cálidos.
Este documento fornece informações sobre a proposta pedagógica e o funcionamento da escola para os pais e responsáveis dos alunos do Ensino Fundamental II. Resume os principais pontos como: estimular atividades reflexivas e trabalho em grupo; oferecer formação contínua aos educadores; promover a integração entre família e escola; detalhar o conteúdo programático e calendário de atividades; e apresentar a equipe pedagógica.
Unidad educativa juan power piont informaticacamila018millan
O documento discute a categoria da cultura estética, definida como o sistema de relações emocionais, sensíveis, figurativas e estético-educativas entre o homem e a natureza, sociedade, arte e outros homens. A estética surgiu do grego "aisthesis" e foi introduzido por Baumgarten no século 18 para sistematizar a disciplina. O texto também descreve as características da cultura estética e o trabalho do Dr. José Manuel Ubals Álvarez sobre os princípios desta categoria.
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Lições Bíblicas, 2º Trimestre de 2024, adultos, Tema, A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA, O CAMINHO DA SALVAÇÃO, SANTIDADE E PERSEVERANÇA PARA CHEGAR AO CÉU, Coment Osiel Gomes, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, de Almeida Silva, tel-What, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique, https://ebdnatv.blogspot.com/
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.Mary Alvarenga
A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
2. Jossas obras na área de
Educação
Tõtica psicomotora na pré-escola
Vera Miranda Gomes
Movimentos
Denise Del Matto Dlncao
'ré-escola, tempo de educar
Ana Rosa Beal e
Maria Lúcia Thiessen
iontar histórias - uma arte sem idade
Maria Betty Coelho Silva
atividades lúdicas na educação da criança
Leonor Rizzi e
Regina Célia
t educação artística da criança
Marieta Lúcia Machado Nicolau
(coord.)
educação pré-escolar
Marieta Lúcia Machado Nicolau
Convivendo com a pré-escoia
Denise Branco de Araújo
Célia Regina Mineiro e
Nancy Trindade Kosely
Pontos de psicologia geral
Pontos de psicologia do desenvolvimento
Célia Silva Guimaráes Barros
Psicologia educacional
Estrutura e funcionamento
do ensino de 1 ? grau
Sociologia da educação
Nelson Piletti
Psicologia da aprendizagem
Gérson Marinho Falcão
Didãtica geral
Didática especial
Claudino Piletti
Didãtica da matemática
Ernesto Rosa Neto
Processo de alfabetização
Glâurea Basso dos Santos e
Sueli Parada Simão
Filosofia e historia da educação
Claudino Piletti e
Nelson Piletti
Biologia educacional
Maria Ângela dos Santos
Psicologia moderna
Introdução ao estudo da filosofia
Antônio Xavier Teles
Literatura infantil - teoria e prática
Maria Antonieta Antunes Cunha
Durso básico de estatística
Hèlenalda de Souza Nazareth
Manual de estágio para o magistério
Graziella Zóboli
3. Ernesto Rosa Neto
Professor de Prática de Ensino da Matemática, História da Ciência
e Matemática da Universidade Mackenzie
Coordenador do Departamento de Vídeo do Colégio Anglo-Latino
Ex-professor de Matemática, História da Matemática e Prática de
Ensino da Universidade de São Paulo
Dez anos de participação em programas educativos da Rádio
e Televisão Cultura (RTC) de São Paulo
DIDÁTICA
DA
MATEMÁTICA
4. Supervisão editorial: João G u i z z o
Coordenação da edição: W i l m a Silveira R o s a d e M o u r a
Redação: L e o n a r d o Chianca
Preparação de originais: R e m b e r t o Francisco K u h n e n
Ilustração: Carlos R o b e r t o de C a r v a l h o
E d u a r d o Seiji Seki
Capa: P a u l o César Pereira
A r y N o r m a n h a
Produção gráfica: G r a p h i c Design
I S B N 8 5 0 8 0 1 9 2 2 x
1 9 8 7
Todos os direitos reservados pela E d i t o r a Ática S . A .
R . Barão de Iguapé, 1 1 0 — T e l : P A B X 2 7 8 - 9 3 2 2
C. Postal 8 6 5 6 — E n d . Telegráfico " B o m l i v r o " — S. P a u l o
5. Apresentação
Q u a n d o e s t a m o s a p r e n d e n d o u m i n s t r u m e n t o m u s i c a l , é i n e v i -
tável q u e d e d i q u e m o s a m a i o r p a r t e d o t e m p o a exercícios mecânicos
e r e p e t i t i v o s . Há porém m o m e n t o s d e criação e interpretação, c o m o
q u a n d o estamos " t i r a n d o " u m a música n o v a o u e x e c u t a n d o u m a peça
q u e já a p r e n d e m o s b e m .
T o d a s as nossas a p r e n d i z a g e n s são m a i s o u m e n o s m a r c a d a s p o r
essas duas etapas: a d a p u r a repetição, d o t r e i n o , e a d a c r i a t i v i d a d e .
O q u e m u d a é a ênfase d a d a a c a d a u m a delas.
O e n s i n o t r a d i c i o n a l estava m a i s c e n t r a d o n a memória: era preciso
d e c o r a r t u d o , f i c a r r e p e t i n d o e x a u s t i v a m e n t e o s m e s m o s tipos d e exer-
cício. Já o e n s i n o r e n o v a d o p e n d e u p a r a o e x t r e m o o p o s t o . O q u e
p r o c u r a m o s , neste l i v r o , é a síntese d o s dois m o m e n t o s , d a n d o o p o r -
t u n i d a d e p a r a o professor dosar a d e q u a d a m e n t e memória, lógica e
c r i a t i v i d a d e .
A m a i o r i a d a s a t i v i d a d e s q u e p r o p o m o s são d e t r e i n a m e n t o , c o m
exercícios q u e vão d o s m a i s fáceis a o s m a i s c o m p l e x o s . M a s n o m o -
m e n t o d e a b o r d a r u m assunto n o v o , nossa p r o p o s t a é q u e isso seja
f e i t o p o r redescoberta, p a r t i n d o s e m p r e d o c o n c r e t o p a r a o a b s t r a t o .
É nessa l i n h a q u e a p r e s e n t a m o s a t i v i d a d e s diferenciadas e m Aritmética
e G e o m e t r i a .
O l i v r o t r a t a também d e t e m a s básicos, quase s e m p r e polémicos:
A n t r o p o l o g i a c o m história d a Matemática; P i a g e t c o m suas etapas
psicogenéticas; p a r a l e l i s m o e n t r e A n t r o p o l o g i a e teorias d e P i a g e t u t i -
l i z a n d o a l e i d e M u l l e r ; B l o o m c o m suas categorias d e o b j e t i v o s
e d u c a c i o n a i s ; D i e n e s c o m a Matemática d o c o n c r e t o p a r a o a b s t r a t o .
T o d o s esses assuntos f o r a m a b o r d a d o s p o r s u a u t i l i d a d e e f e c u n d i d a d e
p a r a o magistério. A polémica p e r m a n e c e , as teorias e v o l u e m . A s
mudanças se dão d e m a n e i r a c a d a v e z m a i s rápida. P o r isso, o
6. p r o f e s s o r precisa i n s t r u m e n t a l i z a r - s e c o m u m a base sólida d e c o n h e -
c i m e n t o s , técnicas e métodos d e e n s i n o q u e l h e p e r m i t a m crescer,
adaptar-se, s e r a t u a n t e .
N o s s a intenção é c o n t r i b u i r p a r a a formação desse t i p o d e p r o -
fessor. A s críticas a esta o b r a , n o s e n t i d o d e fazê-la a p r o x i m a r - s e c a d a
v e z m a i s desse o b j e t i v o , serão s e m p r e b e m - v i n d a s .
O A u t o r
E s t a o b r a é d e d i c a d a a m i n h a f i l h a I s a b e l a q u e a c a b a d e nascer e,
q u e m sabe, terá u m a m b i e n t e e u m a escola f e c u n d o s , q u e darão espaço
à n o v a geração p a r a d e s e n v o l v e r suas i m e n s a s p o t e n c i a l i d a d e s n a cons-
trução d e u m c a m i n h o feliz.
7. índice
Capítulo 1 — História da Matemática 7
Introdução 7
A Matemática: u m a história social 7
A Matemática é fácil - 1 6
Primeiras noções matemáticas 17
A criação d o número 18
Capítulo 2 — Etapas da aprendizagem 2 4
Introdução 2 4
Piaget 2 6
Matemática concreta 3 4
Dienes 35
A importância d a vivência 3 7
B l o o m 3 8
O p r o b l e m a d a avaliação 4 1
Capítulo 3 — Laboratório de Matemática 4 4
Introdução 4 4
Cartaz valor d o lugar ( c a v a l u ) 4 5
Flanelógrafo . 5 4
Q u a d r o de pinos 5 6
Cartazes 6 0
Álbum seriado 6 1
Ábaco 6 1
Q u a d r o de varetas 6 2
Q u a d r o Paed 6 2
Quebra-cabeça aritmético 6 3
M a t e r i a l Cuisenaire 6 4
M a t e r i a l dourado M o n t e s s o r i 6 9
Blocos lógicos ( D i e n e s ) 7 0
Relógio de sol 7 5
8. M a t e r i a l para cálculo de v o l u m e 7 7
Mimeógrafo 7 8
Balança 8 1
M a t e r i a l para determinação d o centro de figuras 8 3
Biblioteca e m u s e u 8 4
Capítulo 4 — Aritmética 8 8
Introdução 8 8
Sugestões de atividades para a l . a
série 8 9
Sugestões de atividades para a 2 . a
série 1 0 8
Sugestões de atividades para a 3 . a
série 1 1 5
Sugestões de atividades para a 4 . a
série 1 2 4
Capítulo 5 — Geometria concreta 1 3 1
Introdução 1 3 1
A t i v i d a d e s para a l . a
série 1 3 3
A t i v i d a d e s para a 2 . a
série 1 4 2
A t i v i d a d e s para a 3 . a
série 1 5 1
A t i v i d a d e s para a 4 . a
série 1 6 5
Capítulo 6 — Camelidades malbatahânicas 1 7 0
Introdução 1 7 0
Situações-problemas 1 7 0
Curiosidades matemáticas 1 8 3
Respostas das situações-problemas 1 9 2
Bibliografia 1 9 9
9. História da Matemática
INTRODUÇÃO
C o n t a r a história d a d i s c i p l i n a q u e está sendo estudada p o d e ser
u m a f o r m a d e i l u s t r a r as aulas e m o t i v a r o s a l u n o s . A s s i m , também o
professor d e Matemática p o d e e deve lançar mão desse recurso, apre-
s e n t a n d o à classe fatos interessantes sobre a v i d a d e matemáticos f a m o -
sos, b e m c o m o descobertas e curiosidades nessa área d o c o n h e c i m e n t o .
Esse t i p o d e história d a Matemática é e n c o n t r a d a a o l o n g o deste
l i v r o . E l e é i m p o r t a n t e e útil, desde q u e se t o m e o c u i d a d o d e não
v a l o r i z a r e m d e m a s i a tais estudiosos e seus feitos notáveis a p o n t o d e
a n u l a r o p a p e l d a sociedade. N e s t e capítulo, porém, será m o s t r a d a
u m a história q u e v a i b e m além desse e n f o q u e . T r a t a - s e d e u m a
história social d a Matemática, q u e c o l o c a essa ciência c o m o algo h u m a -
n o , u m f a t o social, r e s u l t a d o d a colaboração d e todos, e q u e é estrita-
m e n t e l i g a d a às necessidades sociais.
E s s a visão d a Matemática t e m m a i o r u t i l i d a d e n a formação d o
professor d o q u e d i r e t a m e n t e n a preparação d e suas aulas. Esse capítulo
deve s e r l i d o várias vezes. Seus dois o b j e t i v o s p r i n c i p a i s são: m o s t r a r
o l o n g o c a m i n h o p e r c o r r i d o p e l a h u m a n i d a d e e m três milhões d e a n o s
de existência, a j u d a n d o a perceber as transformações q u e o c o r r e r a m
e c o n t i n u a m a o c o r r e r , a l t e r a n d o a sociedade e a própria p e r s o n a l i d a d e
d o h o m e m , e depois fazer u m a comparação e n t r e essa história e a
evolução d a própria criança.
A MATEMÁTICA: UMA HISTÓRIA SOCIAL
A Matemática f o i i n v e n t a d a e v e m sendo d e s e n v o l v i d a p e l o h o m e m
e m função d e necessidades sociais.
7
10. D u r a n t e t o d o o Paleolítico i n f e r i o r , q u e d u r o u cerca d e três m i -
lhões d e anos, o h o m e m v i v e u d a caça e d a coleta, c o m p e t i n d o c o m o s
o u t r o s a n i m a i s , só q u e u t i l i z a n d o paus, pedras e o f o g o . E l e necessi-
t a v a a p e n a s d a s noções d e mais-menos, maior-menor e a l g u m a s formas
n o l a s c a m e n t o d e p e d r a s e n a confecção d e porretes.
Homem —Pré-história História—
- 3 000 000 de anos - 35 000 10 000 - 4 000 0
Inferior
Paleolítico
(pedra lascada)
Superior
i i • — - i —
Neolítico
(pedra polida)
O Paleolítico s u p e r i o r é c a r a c t e r i z a d o p o r i n s t r u m e n t o s m a i s ela-
b o r a d o s p a r a caça e coleta: a r m a d i l h a s , redes, cestos, arcos e flechas,
r o u p a s d e peles, canoas. O s h o m e n s u t i l i z a m n o v o s m a t e r i a i s , além d e
p a u s e pedras: ossos, peles, cipós, f i -
bras. F a z e m p i n t u r a s e esculturas n a -
t u r a l i s t a s . Já n e c e s s i t a m d e m u i t o s
números e f i g u r a s . P a r a fazer u m cesto
é necessária a c o n t a g e m e noções i n -
t u i t i v a s d e p a r a l e l i s m o e p e r p e n d i c u l a -
r i s m o . S u r g e m o s desenhos geométri-
cos e a p i c t o g r a f i a .
Vénus de Willendorf (Áustria). Es-
cultura naturalista em pedra, feita
pelo homem do Paleolítico superior.
8
11. O domínio d o h o m e m sobre a n a t u r e z a se estabelece c o m a d o m e s -
ticação d e p l a n t a s e a n i m a i s . É a revolução d o Neolítico, o início d a
a g r i c u l t u r a e d a pecuária, q u e irá l i b e r t a r o h o m e m d a necessidade d a
caça e c o l e t a e d a competição c o m o s o u t r o s a n i m a i s , além d e fixá-lo
a u m m e s m o l u g a r e n q u a n t o a t e r r a é c a p a z d e p r o d u z i r . O s c o n t i -
nentes t o m a m a f o r m a a t u a l .
O t e m p o passa e n o v o s c o n h e c i m e n t o s são i n c o r p o r a d o s p o r t e n t a -
t i v a e e r r o : c o n h e c i m e n t o s sobre terras e f e r t i l i d a d e , sementes, técnicas
de p l a n t i o e c o l h e i t a , datação d o p l a n t i o , seleção. O s r e b a n h o s p r e c i s a m
ser c o n t a d o s , são e l a b o r a d o s calendários agrícolas, o a r m a z e n a m e n t o
de grãos e o c o z i m e n t o c r i a m a necessidade d a cerâmica. A Matemática
se d e s e n v o l v e . A m a s s a d e c o n h e c i m e n t o s se e x p a n d e , n o sentido d e
u m saber prático, constituído d e receitas úteis, q u e f u n c i o n a m .
Vaso de cerâmica pré-histórico com desenhos geométricos, recolhido num sítio
arqueológico em Presidente Epitácio, São Paulo.
N o início d o Neolítico a produção e r a m u i t o p e q u e n a , e o s h o m e n s
c o n t i n u a v a m e x t r e m a m e n t e dependentes d a n a t u r e z a . A o s p o u c o s , c o m
n o v a s técnicas, f o r a m a u m e n t a n d o a produção até a t i n g i r e m o s u p r i -
m e n t o d e suas necessidades. O Neolítico é o período q u e v a i d o início
d a produção até o p o n t o d e o s h o m e n s g e r a r e m o necessário p a r a a
sobrevivência. A caça t r a n s f o r m o u - s e e m esporte. O Neolítico d u r o u
p e r t o d e seis m i l anos.
N o v a g r a n d e revolução é a p a s s a g e m p a r a o período histórico.
9
12. A s t r i b o s se estabelecem e m c a m p o s p e r m a n e n t e s n a s m a r g e n s d e
g r a n d e s r i o s . C o m l u g a r f i x o , as c h o u p a n a s são t r a n s f o r m a d a s e m casas;
as aldeias, e m cidades, s u p o n d o p r o j e t o s e m e d i d a s .
S u r g e m as classes sociais, a p r o p r i e d a d e , o E s t a d o , a escrita foné-
t i c a . T o d a s essas mudanças f o r a m causadas p e l o a u m e n t o d a produção,
q u e c h e g o u a o p o n t o d e g e r a r m a i s q u e o necessário: produção d e
excedentes. S u r g e m as necessidades d e a r m a z e n a m e n t o d e p r o d u t o s e m
g r a n d e escala e d e s u a contabilização, d e s e n v o l v e n d o m u i t o m a i s a
Matemática.
A sociedade fica m u i t o m a i s c o m p l e x a , a c u l t u r a se a c u m u l a , m a s
s e m p r e c o m u m s e n t i d o prático, l i g a d a a o dia-a-dia.
A divisão d a sociedade e m classes e a p r o p r i e d a d e p r i v a d a l e v a m
à criação d e m e d i d a s p a r a r e g u l a r posses e à cobrança d e i m p o s t o s .
S e g u n d o o h i s t o r i a d o r grego Heródoto, as inundações d o N i l o d e s m a r -
c a v a m o s l i m i t e s d a s p r o p r i e d a d e s , g e r a n d o a necessidade d e r e m a r -
cá-las. I s s o e r a f e i t o c o m o auxílio d e m e d i d a s e p l a n t a s , pelos c h a m a d o s
"esticadores d e c o r d a " . Daí o d e s e n v o l v i m e n t o dos números fracionários.
É a Matemática se d e s e n v o l v e n d o n o E g i t o a n t i g o e n a Babilónia, d o
m e s m o m o d o q u e , p o s t e r i o r m e n t e , c o m o s m a i a s e astecas.
A contribuição egípcia
O início d a A n t i g u i d a d e , há cerca d e 6 0 0 0 anos, f o i m a r c a d o p o r
inúmeras n o v i d a d e s matemáticas. O comércio, as construções, a posse
e a demarcação d a s p r o p r i e d a d e s c o l o c a r a m n o v a s questões. A s m e d i d a s
n e m s e m p r e constituíam números i n t e i r o s . E s s a necessidade forçou o
a p a r e c i m e n t o g r a d a t i v o d o s números fracionários.
O s egípcios já c o n h e c i a m o ábaco, a notação d e c i m a l , a l g u m a s
frações e a l g u m a s contas. O u m e r a |, o d e z e r a f | ; desse m o d o ,
n n i i e r a 3 6 .
n m i
10
13. Mural egípcio feito há 3 600 anos, mostrando algumas atividades profissionais da
época (curtimento de peles, carpintaria, fundição de cobre).
E l e s não s a b i a m m u l t i p l i c a r c o m o nós; s a b i a m apenas d o b r a r .
A s s i m , p a r a c a l c u l a r 1 3 X 1 8 i a m d o b r a n d o o 1 8 :
1 2 4 8 1 6 . . .
18 3 6 7 2 1 4 4 2 8 8
T r e z e vezes 1 8 e r a c a l c u l a d o a d i c i o n a n d o 1 8 + 7 2 + 1 4 4 , d a
seguinte m a n e i r a : u m a v e z d e z o i t o ( 1 8 ) , m a i s q u a t r o vezes 1 8 ( 7 2 ) e
m a i s o i t o vezes 1 8 ( 1 4 4 ) , i s t o é: 1 3 = 1 + 4 + 8 ; então, 1 3 X 1 8 =
= 1 X 1 8 + 4 X 1 8 + 8 X 1 8 = 1 8 + 7 2 + 1 4 4 = 2 3 4 .
O s egípcios s o m e n t e o p e r a v a m c o m frações d e n u m e r a d o r i g u a l
a 1 , i s t o é, i n v e r s o s d e números i n t e i r o s q u e e r a m representados c o m
u m s i n a l o v a l a d o ( o ) p o r c i m a d o n u m e r a l . A s s i m :
Se 3 e r a ||| , — e r a
3
11
14. A Matemática e r a c o n h e c i d a pelos a n t i g o s egípcios c o m o receitas
práticas q u e , m u i t a s vezes, f u n c i o n a v a m p o r aproximação e e r a m r e s u l -
t a d o d e t e n t a t i v a s e e r r o s feitos d u r a n t e milénios. C o n h e c i a m o t e o r e m a
q u e , m a i s t a r d e , p a s s o u a c h a m a r - s e " T e o r e m a d e Pitágoras" e desen-
v o l v e r a m fórmulas p a r a o cálculo d e áreas e v o l u m e s .
C r i a r a m u m calendário d e 3 6 5 dias, i n v e n t a r a m o relógio d e s o l
e a balança, f u n d i r a m o c o b r e e o e s t a n h o ( c u j a m i s t u r a é o b r o n z e )
e o u t r o s m e t a i s . Construíram cidades e grandes m o n u m e n t o s . T o d o s
os i n s t r u m e n t o s q u e u s a v a m e r a m d e p a u o u pedra. O f e r r o a i n d a não
e r a c o n h e c i d o .
Os grandes monumentos egípcios, como as pirâmides da foto, eram feitos com
instrumentos de madeira, pedra e cobre.
A Matemática entre os gregos e os romanos
O u s o d o f e r r o é descoberto n a Ásia M e n o r . C o m isso, f e r r a m e n t a s
m a i s eficientes p o d e m ser criadas. C o m a utilização d a s n o v a s f e r r a m e n -
tas, a produção a u m e n t a m u i t o , e l e v a n d o a produção d e excedentes.
C o n s e q u e n t e m e n t e , o comércio se e x p a n d e , i n t e n s i f i c a n d o as n a v e g a -
ções, m e l h o r a n d o o s t r a n s p o r t e s . A civilização se i n t e r i o r i z a m a i s p e l a
E u r o p a . É a época d a h e g e m o n i a grega. A p a r e c e o a l f a b e t o , q u e d e m o -
c r a t i z a a c u l t u r a e f a c i l i t a s e u r e g i s t r o , g e r a m a i o r e s c o n h e c i m e n t o s e
intercâmbio c u l t u r a l . O g r a n d e acúmulo d e c o n h e c i m e n t o s n a Grécia
p r o v o c a a mudança q u a l i t a t i v a d a classificação e ordenação. Começa
u m t r a b a l h o metodológico sobre o g r a n d e c o n h e c i m e n t o a c u m u l a d o .
12
15. V a i s u r g i r a F i l o s o f i a . C o n t r i b u i também p a r a isso o f a t o d e , nessa
época, o t r a b a l h o s e r r e a l i z a d o p o r escravos, p o r ser c o n s i d e r a d o i n d i g -
n o p a r a h o m e n s livres. Estes t i n h a m apenas a função d e pensar.
T o d a s aquelas receitas empíricas u t i l i z a d a s pelos egípcios, b a b i -
lónios e habitantes d e o u t r a s regiões f o r a m o r g a n i z a d a s : são o s c o n h e -
c i m e n t o s q u e t r a t a m d e números, o s q u e t r a t a m d e figuras, o s q u e
t r a t a m d e doenças e t c . S u r g e m as ciências.
C o m o o s p e n s a d o r e s gregos d e s p r e z a v a m o t r a b a l h o , s e g u i r a m o
c a m i n h o das abstrações, a p r o f u n d a n d o - s e n a Matemática, a ciência q u e
m a i s avançara, e n f a t i z a n d o m a i s a q u a l i d a d e q u e a q u a n t i d a d e , m a i s a
G e o m e t r i a q u e a Aritmética. P o r isso, a G e o m e t r i a f o i a p r i m e i r a a
receber u m t r a t a m e n t o metodológico, c u l m i n a n d o c o m a admirável
síntese d e E u c l i d e s — Os Elementos — a p r i m e i r a o b r a lógica. É a
revolucionária criação d a argumentação, d a demonstração; é a capaci-
d a d e d e c o n c l u i r a p a r t i r d e premissas.
E m seguida, Aristóteles, c o m s e u
Organon, s i n t e t i z o u a Lógica c o m o
transposição, e m p a l a v r a s , d o método
de demonstração geométrico q u e se
i n i c i a r a c o m o s pré-socráticos ( T a l e s ,
Pitágoras, Anaxágoras e t c ) .
C o m o a d v e n t o d a Lógica, a p a -
l a v r a t o r n o u - s e u m i n s t r u m e n t o d e p o -
der, p a r a c o n t r o l e d a população. O
e s c r a v i s m o e n t r a v a e m s u a crise f i n a l .
Busto de Euclides
D e p o i s d a G e o m e t r i a e d a Lógica, a t e r c e i r a sistematização o c o r -
r e u n a Mecânica, c o m A r q u i m e d e s .
N o período e m q u e o s r o m a n o s d o m i n a r a m o m u n d o , a M a t e -
mática c o n t i n u o u a avançar, e s p e c i a l m e n t e c o m o s matemáticos ale-
x a n d r i n o s , c o m o , p o r e x e m p l o , Eratóstenes ( 2 8 4 - 1 9 2 a . C ) , q u e c a l c u l o u
o t a m a n h o d a T e r r a , P t o l o m e u ( ± 1 0 0 - 1 6 8 ) , q u e escreveu o Almagesto,
o b r a q u e defende a t e o r i a geocêntrica, e D i o f a n t o ( 3 2 5 - 4 0 9 d . C ) , q u e
f o r m u l o u as equações d i o f a n t i n a s , s i g n i f i c a n d o u m a r e t o m a d a d a
Aritmética.
13
16. Os árabes e a Álgebra
N o início d a I d a d e Média (séculos V e V I ) , n o período d e m a i o r
expansão árabe, a l g u n s matemáticos, c o m o A v i c e n a , A l - K h o w a r i z m i ,
O m a r K h a y y a m , N a s i r E d d i n , e n t r e o u t r o s , d e s e n v o l v e r a m o sistema
de numeração arábico ( q u e começou n a índia e n a Síria) e a Álgebra.
- = = ¥ f (e 1 S ?
Brahmi
1 2 4 * V C ? T •
Indiano (Gwalior)
l
Sânscrito-Devanagari (Indiano)
/ r r r ^
Árabe do Oeste (Gobar) Árabe do Leste
Século 11 (Ápices)
Século 15 Século 16 (Durer)
A figura acima mostra algumas fases da evolução dos algarismos.
O s i s t e m a d e c i m a l p o s i c i o n a i , u t i l i z a d o até h o j e c o m a l g u m a s
alterações n o s n u m e r a i s , r e p r e s e n t o u p a r a a Aritmética o q u e o a l f a b e t o
f o i p a r a a escrita: a democratização. A f i n a l , fazer c o n t a s c o m alga-
rismos r o m a n o s não e r a n a d a fácil!
Também d e v e m o s a o s árabes o d e s e n v o l v i m e n t o d e métodos q u e
t o r n a r a m m a i s s i m p l e s a resolução d e equações. O t r a b a l h o c o m equa-
ções começou a a d q u i r i r u m a u t o m a t i s m o p a r e c i d o c o m o d o ábaco.
P o r isso, a Álgebra s i g n i f i c o u u m a g r a n d e revolução matemática.
14
17. Do Renascimento aos nossos dias
N o s séculos X V e X V I , d u r a n t e o R e n a s c i m e n t o , o comércio e
as cidades r e a t i v a r a m - s e , r e f l o r e s c e r a m . Nesse período s u r g e m , n a Itália,
os números negativos, d e v i d o às necessidades c o m e r c i a i s n o cálculo d e
dívidas e d e créditos. O s números n e g a t i v o s p e r m i t e m " t i r a r o m a i o r d o
m e n o r " . O n o v o c o n j u n t o c h a m a - s e conjunto dos números inteiros e v e m
j u n t a r - s e a o c o n j u n t o d o s números n a t u r a i s , já existente desde a Pré-
-história.
Z = { . . . - 3 , - 2 , - 1 , 0 , 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , . . . }
A resolução d a r a i z q u a d r a d a d o s números n e g a t i v o s l e v a a o a p a -
r e c i m e n t o d o s números complexos. Nesse âmbito, p o d e m o s citar F i b o -
n a c c i , T a r t a g l i a , B o m b e l l i e m u i t o s o u t r o s .
N o período d a s grandes navegações, a A s t r o n o m i a teve g r a n d e
i m p u l s o , p a r a orientação e m a l t o - m a r . O m a p a d o m u n d o é q u a d r i -
c u l a d o e as c o o r d e n a d a s são usadas s i s t e m a t i c a m e n t e . A s r o t a s são
gráficos.
« * T Y P V S O R B I S A P T O L« D E S C R I P T V S
Map»-mún.l. dc Cláudio Ptolomeu (cerca de 200
Mapa-múndi elaborado por Ptolomeu em cerca de 15G d . C , já com coordenadas,
que passariam a ser intensamente usadas a partir das grandes navegações.
15
18. N o século X V I I , c o m Descartes, F e r m a t e o u t r o s , surge a G e o -
m e t r i a Analítica e desenvolve-se a T r i g o n o m e t r i a . A p a r e c e m o s l o g a -
r i t m o s p a r a a simplificação d o s cálculos astronómicos. A ciência
c o n t i n u a d e p e n d e n t e d a técnica, m a s começa a t e r u m n o v o caráter,
não c o m p l e t a m e n t e utilitário.
U m a n o v a revolução matemática se c o m p l e t a c o m V i e t e , q u e
p a s s o u a u t i l i z a r símbolos p a r a q u a l q u e r demonstração, u s a n d o letras
t a n t o p a r a q u a n t i d a d e s conhecidas c o m o p a r a desconhecidas. A r a p i d e z
d o cálculo f o i a u m e n t a d a e a notação se f o r m a l i z o u , f i c a n d o m a i s
r i g o r o s a c o m símbolos s e m conotações, m a s operáveis s e g u n d o regras.
E r a a Matemática s e m conteúdo, o u m e l h o r , c o m conteúdo n a própria
f o r m a . E s t a m o s n o t e m p o d e G a l i l e u e d a Inquisição.
P o u c o depois, c o m L e i b n i z e N e w t o n , c o m p l e t o u - s e a g r a n d e sín-
tese d o Cálculo I n t e g r a l e D i f e r e n c i a l . F i n a l m e n t e , n o f i m d o século
p a s s a d o , acontece a reordenação lógica d a Matemática c o m C a n t o r ,
F r e g e , R u s s e l l e o u t r o s , d a n d o a e l a o a c a b a m e n t o q u e c o n h e c e m o s h o j e .
A MATEMÁTICA É FÁCIL
A Matemática é a m a i s a n t i g a d a s ciências. P o r isso e l a é difícil.
P o r q u e já c a m i n h o u m u i t o , já s o f r e u m u i t a s r u p t u r a s e r e f o r m a s , pos-
s u i n d o u m a c a b a m e n t o r e f i n a d o e f o r m a l . M a s c a m i n h o u m u i t o j u s t a -
m e n t e p o r s e r fácil.
É isso q u e d e v e m o s c o n s i d e r a r q u a n d o e s t a m o s l e c i o n a n d o , p r o -
c u r a n d o c o l o c a r o assunto n o nível d o d e s e n v o l v i m e n t o d o a l u n o . C a d a
período t e m suas características, s e u g r a u d e abstração, d e elaboração,
de a c a b a m e n t o e, c o n s e q u e n t e m e n t e , s u a didática. Isso acontece n a
história d a Matemática e n o e n s i n o d a Matemática, s e g u i n d o a se-
quência:
• as receitas práticas o b t i d a s p o r t e n t a t i v a e e r r o , e m a t i v i d a d e s
concretas, características d a Pré-história até o E g i t o , são estudadas d a
l . a
à 4 . a
série d o p r i m e i r o g r a u ;
• a revolução grega d a demonstração é i n c o r p o r a d a d a 5 . a
à 8 . a
série d o p r i m e i r o g r a u ;
16
19. • a Álgebra — o m e c a n i s m o simbólico arábico — passa a ser
o p e r a d a a p a r t i r d a 7 . a
série;
• a formalização d e V i e t e — o s símbolos frios e operáveis d o R e -
n a s c i m e n t o — começa n o s e g u n d o g r a u ;
• o Cálculo D i f e r e n c i a l e I n t e g r a l é e s t u d a d o n a s faculdades d e
ciências exatas;
• a reordenação lógica m o d e r n a — aritmetização d a Matemática
— é conteúdo d a s faculdades d e Matemática.
V i s t a dessa f o r m a , a Matemática p o d e ser — e é — gostosa e
fácil d e e n s i n a r o u d e aprender, p o i s c o r r e s p o n d e ao d e s e n v o l v i m e n t o
n o r m a l d o a l u n o . N a d a é e s t r a n h o , s e m c o n t i n u i d a d e , s e m s i g n i f i c a d o .
PRIMEIRAS NOÇÕES MATEMÁTICAS
U m u r u b u f e z s e u n i n h o n a t o r r e d e u m a i g r e j a n u m a p e q u e n a
v i l a . O sacristão responsável p e l a i g r e j a f e z várias t e n t a t i v a s p a r a
pegá-lo, m a s , t o d a v e z q u e e n t r a v a n o prédio, o u r u b u v o a v a e só
r e t o r n a v a q u a n d o o sacristão saía. Então, o h o m e m a r q u i t e t o u u m
p l a n o p a r a e n g a n a r o u r u b u . E n t r a r a m dois h o m e n s n a igreja, e o
u r u b u v o o u ; s a i u u m , f i c a n d o o o u t r o à espera. O u r u b u não v o l t o u e n -
q u a n t o não s a i u o s e g u n d o ! E n t r a r a m três e saíram dois, f i c a n d o o
t e r c e i r o à espera. Não a d i a n t o u ! C o m q u a t r o , repetiu-se a m e s m a coisa.
S o m e n t e c o m c i n c o pessoas é q u e o p l a n o d e u c e r t o : saíram q u a t r o ,
f i c o u u m ; o u r u b u " p e r d e u a c o n t a " , v o l t o u e f o i a p a n h a d o .
E s s a p e q u e n a história m o s t r a q u e até m e s m o o s a n i m a i s são capa-
zes d e apresentar, e m b o r a r u d i m e n t a r m e n t e , percepções ligadas à q u a n -
t i d a d e . Experiências s e m e l h a n t e s feitas c o m o u t r a s espécies d e a n i m a i s
m o s t r a m q u e eles não s a b e m c o n t a r , m a s p o s s u e m a l g u m a s noções
c o m o " a q u i há m a i s b a n a n a s q u e a l i " . Porém, q u a n d o d u a s q u a n t i d a -
des são elevadas e c o m diferença p e q u e n a e n t r e si, m e s m o u m h o m e m
c u l t o não perceberá a diferença, a m e n o s q u e possa fazer u m a c o r r e s p o n -
dência u m a u m . P o r e x e m p l o , s e m c o n t a r , p o d e m o s saber q u e e m
17
20. B, n a f i g u r a q u e segue, há m a i s e l e m e n t o s q u e e m A. D o m e s m o m o d o ,
o l h a n d o a p l a t e i a d e u m t e a t r o p o d e m o s saber, s e m c o n t a r , se há m a i s
pessoas o u p o l t r o n a s , desde q u e as pessoas e s t e j a m e m seus lugares.
E s t e é o m a i s p r i m i t i v o c o n c e i t o d e q u a n t i d a d e : o n d e há m a i s ,
o n d e há m e n o s ; o n d e há m a i s f r u t o s , o n d e há m a i s peixes e t c . E s s a
noção, q u e até o s a n i m a i s p o d e m ter, c o m o v i m o s p e l o c o n t o d o u r u b u ,
é m u i t o útil p a r a a sobrevivência.
A CRIAÇÃO DO NÚMERO
A necessidade d a exatidão n a c o n t a g e m começa já n o Paleolítico,
q u a n d o o h o m e m passa a f a b r i c a r m a c h a d i n h a s , tacapes e lanças. N e s s a
época são c r i a d o s o s p r i m e i r o s números.
A criação d e u m número é u m processo classificatório, d o m e s m o
m o d o q u e a divisão d o s a n i m a i s e m mamíferos, peixes, aves e t c .
Mamífero não existe c o m o u m a espécie. E x i s t e m c a r n e i r o s , l o b o s , m o r -
cegos, h o m e n s . Dois não existe c o n c r e t a m e n t e . E x i s t e m conjuntos d e
d o i s e l e m e n t o s . "Mamífero" e " d o i s " são conceitos ideais, criação
h u m a n a .
O s números ( i d e i a s ) , j u n t a m e n t e c o m o s n u m e r a i s c o r r e s p o n d e n -
tes ( p a l a v r a s , riscos, pedras, símbolos), f o r a m a p a r e c e n d o u m após
o u t r o . D e v i d o às necessidades sociais, o zero já t i n h a n o m e — nada
— m u i t o antes d e a p a r e c e r e m símbolos matemáticos q u e o represen-
tassem. O z e r o a p a r e c e c o m a i d e i a d e sucesso e insucesso: cacei o u
não cacei, p e s q u e i o u não pesquei.
O s e g u n d o número a s e r i n v e n t a d o f o i o w m , q u e s u r g i u d a neces-
sidade d e d i s t i n g u i r o s i n g u l a r d o p l u r a l : n a d a , u m , vários. D e p o i s
começa a necessidade d e i d e n t i f i c a r : leão — l e o a , b o i — v a c a , cão —
cadela etc.
18
21. A ideia de "casal" supõe uma quantidade, uma qualidade e uma relação.
A p a l a v r a casal v e m d e u m a abstração útil q u e e n v o l v e várias
ideias: u m a q u a l i d a d e ( a n i m a i s ) , u m a q u a n t i d a d e (dois) e u m a relação
( m a c h o e fêmea p r o c r i a n d o ) . O t e r m o casal não se a p l i c a a d u a s pedras,
n e m a três a n i m a i s . D o m e s m o m o d o , a p a l a v r a par v e m d e u m a
abstração q u e e n v o l v e u m a q u a l i d a d e (objetos), u m a q u a n t i d a d e (dois)
e u m a relação ( i g u a l d a d e o u s i m e t r i a ) .
C a s a l não é número; dois é. O dois " p u r o " é t o t a l m e n t e a b s t r a t o
e surge d e casal, p a r , d u p l a etc. O dois r e l a c i o n a t o d o s o s c o n j u n t o s
c o m dois e l e m e n t o s . É a expressão d e r e l a c i o n a m e n t o e n t r e c o n j u n t o s
de dois e l e m e n t o s . O m e s m o o c o r r e c o m o s o u t r o s números: três,
q u a t r o , c i n c o etc. A Matemática começou a s u r g i r c o m essas abstrações.
P a r a abstrair u m número, é necessário classificar o s c o n j u n t o s c o m
aquele número d e e l e m e n t o s . I s t o se f a z c o m u m a correspondência
u m a u m e n t r e o s c o n j u n t o s . A s s i m , a noção d e número surge d a
classificação d e c o n j u n t o s e q u i p o t e n t e s p e l a correspondência u m a u m .
19
22. A i n d a h o j e e x i s t e m t r i b o s ( n a Austrália e n a N o v a Guiné) q u e só
s a b e m c o n t a r até três. M a i s q u e isso são vários. É c l a r o que, se vêem
d o i s g r u p o s d e a n i m a i s , u m c o m q u a t r o e o u t r o c o m c i n c o e l e m e n t o s ,
s a b e m q u a l é o g r u p o m e n o r . M a s a i n d a não s u r g i u a necessidade d e
classificar o s c o n j u n t o s d e m a i s d e três e l e m e n t o s e d a r u m n o m e a o s
números q u e o s r e p r e s e n t e m . N o e n t a n t o , várias t r i b o s d e índios b r a s i -
l e i r o s , antes d a c h e g a d a d o b r a n c o , e s t a v a m e m fase m a i s a d i a n t a d a ,
e m p l e n o Neolítico.
P a r a r e p r e s e n t a r o s números, f o r a m e são usados vários processos.
U m a inscrição pré-histórica p a r e c i d a c o m a f i g u r a a b a i x o p o d e s i g n i -
f i c a r c i n c o peixes. Isso é o começo d a escrita.
E l a p o d e i n d i c a r q u e dois h o m e n s f i c a r a m três dias e três n o i t e s a o
pé d e u m a m o n t a n h a . N o t a r q u e o desenho d o h o m e m s i g n i f i c a h o m e m
m e s m o , já o s o l s i g n i f i c a d i a . O p r i m e i r o é pictografia e o s e g u n d o ,
ideografia. P a r a representar três dias, não f o i d e s e n h a d o 3 O , m a s s i m
O O O . Nesse s e n t i d o a f i g u r a d o s c i n c o peixes é m a i s m o d e r n a , é
m a i s abstrata.
E a s s i m f o r a m sendo criados o s números e o s n u m e r a i s .
O c o n j u n t o d o s números reais f o i sendo construído g r a d a t i v a -
m e n t e . P r i m e i r o s u r g e m o s números naturais c o n h e c i d o s , c o m o u t r a n o -
tação, desde a Pré-história.
I N = { 0 , 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8, 9 , 1 0 , 1 1 , 1 2 , 1 3 , . . . }
2 0
23. C o m números n a t u r a i s p o d e m o s efetuar adições e multiplicações
s e m m a i o r e s cuidados, porém n a subtração e divisão d e v e m o s e x a m i -
n a r se e x i s t e m o s resultados. P o r e x e m p l o : 5 — 7 não está e m [ N , 3 : 5
não está e m |]]. O s nossos índios não c o n h e c e m 5 — 7 , a não ser
a l g u n s a c u l t u r a d o s .
C o m a invenção d o s números n e g a t i v o s , f i c o u possível " t i r a r o
m a i o r d o m e n o r " , e 5 - 7 = — 2 . O n o v o c o n j u n t o chama-se Conjunto
dos Números Inteiros.
Z = { . . . , - 3 , - 2 , - 1 , 0 , 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , . . . }
N e l e p o d e m o s e f e t u a r subtrações s e m m a i o r e s cuidados. N o e n -
t a n t o , 3 : 5 não está e m Z . C o m a invenção d a s frações — q u e o c o r -
r e u antes d a invenção d o s números n e g a t i v o s , p a r a r e s o l v e r p r o b l e m a s
de m e d i d a s — f i c o u possível t o d a divisão, e x c e t o divisão p o r z e r o .
P r i m e i r o m a n d a m e n t o d a Matemática: "Não dividirás p o r z e r o " .
O c o n j u n t o d o s números fracionários m a i s o s i n t e i r o s , c h a m a d o
Conjunto dos Números Racionais, é:
T o d o número r a c i o n a l p o d e s e r escrito e m f o r m a d e número deci-
m a l . P o r e x e m p l o :
2 2
- — 2 2
2 0 4 , 4 i o g o > - 4 > 4 = 4 , 4 0 0 0 0 .
0 5
4
L i - 4
1 0 1 , 3 3 j o g o , = 1 , 3 3 3 3 3 .
1 0 3
1
2 1 [ 7 2 1
0 3 l o g o , == ,3 =? 3 , 0 0 0 0 0 .
21
24. 2 2
A l g u n s números r a c i o n a i s são d e c i m a i s f i n i t o s c o m o , o u t r o s
5
são d e c i m a i s i n f i n i t o s , porém periódicos, c o m o 1 , 3 3 3 3 . . . S e c o l o c a r -
m o s zeros n o s f i n i t o s , t o d o número r a c i o n a l é dízima periódica:
4 , 4 0 0 0 . . ., 3 , 0 0 0 0 . . . e t c .
Porém há números q u e não são dízimas periódicas. C h a m a r e m o s
dízimas não periódicas. V e j a estes:
a) 0 , 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 . . .
b ) V 2 " = 1 , 4 1 4 2 1 3 5 6 2 . . .
c) TI = 3 , 1 4 1 5 9 2 6 5 3 5 . . .
São números q u e não p o s s u e m geratrizes. Não p o d e m s e r c o l o c a -
p
dos n a f o r m a , razão e n t r e números i n t e i r o s . O c o n j u n t o I I d a s
q
dízimas não periódicas c h a m a - s e Conjunto dos Números Irracionais,
o u seja, números q u e não são razões.
C h a m a m o s Conjunto dos Números Reais a o c o n j u n t o d e t o d o s
esses números — r a c i o n a i s m a i s o s i r r a c i o n a i s — q u e f i c a m e m cor-
respondência c o m o s p o n t o s d e u m a r e t a .
IR = Q u n
— 3 — 2 — 1 0 1 2 3 4 5
1 1 1 1 1 1 1 1 ! -
Esses n o m e s não são m u i t o b o n s . P o r e x e m p l o , n e n h u m número
é r e a l , c o n c r e t o . T o d o número é i d e a l , abstrato, i n v e n t a d o p e l o h o m e m .
M a s , h i s t o r i c a m e n t e , f i c a r a m o s n o m e s : N a t u r a l , I n t e i r o , R a c i o n a l ,
R e a l e t c .
E m | R f i c a m possíveis operações c o m o ^ 5 F , q u e não está e m ( Q .
C o n t u d o , não se p o d e c a l c u l a r a i n d a V — 4 , q u e não está e m | R .
Números desse t i p o p e r t e n c e m a o Conjunto dos Números Complexos,
q u e é e s t u d a d o n o s e g u n d o g r a u .
2 2
25. D e v e m o s a i n d a classificar o s números i r r a c i o n a i s e m d u a s catego-
rias: as raízes c o m o y/2, y/T, . . ., c h a m a d o s números i r r a c i o n a i s algébri-
cos, q u e já f o r a m e s t u d a d o s n a Grécia clássica, e o s c h a m a d o s núme-
ros transcendentais (que não são raízes), c o m o TZ e o u t r o s . O b s e r v a r q u e
y/Ã é número n a t u r a l e q u e 0 , 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 . . . não é dízima periódica.
23
26. Etapas de aprendizagem
INTRODUÇÃO
Q u a n d o u m h o r t i c u l t o r f a z u m a plantação d e alface, t a l v e z saiba,
m a i s o u m e n o s , q u e essa p l a n t a p o s s u i d u a s histórias: a história d a
espécie ( q u e e v o l u i u desde o a p a r e c i m e n t o d a v i d a ) e a história d e
c a d a pé (desde a s e m e n t e até a fase a d u l t a ) q u e , a p r o x i m a d a m e n t e ,
repete a história d a espécie.
A alface, c o m o q u a l q u e r o u t r o s e r v i v o , p o s s u i u m código gené-
t i c o próprio, constituído d u r a n t e o s milhões d e anos d a história d a
s u a espécie, q u e d i r i g e a história d e c a d a indivíduo. É i m p o r t a n t e
ressaltar q u e a história d a espécie d i r i g e a história i n d i v i d u a l , m a s não
a d e t e r m i n a .
D o i s e r r o s e x t r e m o s o h o r t i c u l t o r não p o d e c o m e t e r : a passividade
de não i n t e r v i r n o d e s e n v o l v i m e n t o d a alface, já q u e e l a está genetica-
m e n t e p r o g r a m a d a , e a utopia d e i n t e r v i r a r b i t r a r i a m e n t e , p a r a i m p o r
s u a v o n t a d e . É preciso t r a b a l h a r u s a n d o o c o n h e c i m e n t o d a s próprias
leis d a n a t u r e z a , p r o m o v e n d o o d e s e n v o l v i m e n t o e até i n f l u i n d o n a s
d u a s histórias, d e n t r o d e certos l i m i t e s : capinar, a d u b a r , defender, p r o -
v o c a r mutações e t c .
É preciso c o n h e c e r as etapas d o d e s e n v o l v i m e n t o d a alface p a r a
d a r à p l a n t a o t r a t a m e n t o a d e q u a d o : saber q u a l o m o m e n t o d o p l a n t i o ,
d o t r a n s p l a n t e , d a c o l h e i t a etc. P o r t a n t o , não só a história d a espécie,
m a s também o a m b i e n t e v a i d e t e r m i n a r a história i n d i v i d u a l . O h o m e m
t r a b a l h a o a m b i e n t e . L o g o , q u a n t o m a i s c o n h e c i m e n t o e l e t e m , m a i s
a t u a n t e p o d e ser.
D e a c o r d o c o m M u l l e r ( 1 8 2 1 - 1 8 9 7 ) , célebre médico n a t u r a l i s t a ,
c a d a indivíduo p o s s u i u m a história q u e t r a n s c o r r e a c o m p a n h a n d o a p r o -
24
27. x i m a d a m e n t e a história d a espécie à q u a l pertence. E l e f o r m u l o u u m a
lei segundo a q u a l " o d e s e n v o l v i m e n t o d o indivíduo é u m a recapitulação
a b r e v i a d a d a história d e s u a espécie". E s s a l e i é m u i t o útil, desde q u e
não seja a p l i c a d a r i g i d a m e n t e . A espécie h u m a n a , p o r e x e m p l o , f o i
e v o l u i n d o até chegar a o q u e é h o j e , passando p o r p r o f u n d a s t r a n s f o r -
mações. E c a d a indivíduo e m p a r t i c u l a r também sofre u m a série d e
m e t a m o r f o s e s , q u e começam n o útero m a t e r n o e c o n t i n u a m depois d o
n a s c i m e n t o .
A s s i m , o f a t o d e t e r a p r e n d i d o a a n d a r e r e t a m e n t e n a Pré-história
não i m p l i c a q u e o h o m e m já nasça sabendo andar. C a d a criança deve,
s o z i n h a , passar pelas etapas d a espécie h u m a n a , a p r e n d e n d o a a n d a r
e m pé, a falar, a c o n t a r , a a d q u i r i r noção d e conservação e a s s i m
p o r d i a n t e . E c a d a criança f a z isso n u m r i t m o próprio.
A B i o l o g i a estuda a evolução d a espécie h u m a n a ; a Psicogenética
estuda a evolução i n d i v i d u a l .
PIAGET
J e a n P i a g e t ( 1 8 9 6 - 1 9 8 0 ) , psicólogo suíço m u n d i a l m e n t e f a m o s o
p o r seus estudos n a área d a Psicogenética, r e a l i z o u experiências q u e
e v i d e n c i a r a m q u a t r o estágios n o d e s e n v o l v i m e n t o lógico:
Estágio sensório-motor — V a i desde o n a s c i m e n t o até cerca d e
2 4 meses. Nesse período, a criança passa d e a t i v i d a d e s p u r a m e n t e refle-
xas à formação d o s p r i m e i r o s hábitos, depois à coordenação e n t r e
visão e preensão ( o l h o s e mãos), à p r o c u r a d e o b j e t o s escondidos, à
prática d e atos i n t e n c i o n a i s , à complexificação e diferenciação d e
e s q u e m a s d e ações e à resolução d e p r o b l e m a s p o r compreensão.
Estágio pré-operatório — V a i d o s 2 anos, a p r o x i m a d a m e n t e , até
cerca d e 7 anos. E s s a fase t e m início c o m o a p a r e c i m e n t o d a l i n g u a g e m ,
q u e é u m a função simbólica. Começa a c u r i o s i d a d e ( p o r quê? c o m o ?
q u e é isto?), aparece o p e n s a m e n t o i n t u i t i v o .
Estágio das operações concretas — V a i d o s 7 a o s 1 2 anos, a p r o -
x i m a d a m e n t e , e é o q u e m a i s interessa neste l i v r o . N e s t a e t a p a d o
d e s e n v o l v i m e n t o , a criança a i n d a está t o t a l m e n t e l i g a d a a objetos reais,
concretos, m a s já é c a p a z d e passar d a ação à operação, q u e é u m a
25
28. CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS COGNITIVAS
Estágio Características Idade Noções matemáticas
1.SENSÓRIO-MOTOR
1. Atividades reflexas
2. Primeiros hábitos
3. Coordenação entre visão
e preensão
4. Permanência do objeto,
intencionalidade dos atos
5. Diferenciação dos esque-
mas de ação
6. Solução de problemas
meses
Maior/menor
Noção de espaço, formas
1.SENSÓRIO-MOTOR
1. Atividades reflexas
2. Primeiros hábitos
3. Coordenação entre visão
e preensão
4. Permanência do objeto,
intencionalidade dos atos
5. Diferenciação dos esque-
mas de ação
6. Solução de problemas
0 — 1
1 — 4
4 — 8
8 — 1 1
11 — 18
18 — 24
Maior/menor
Noção de espaço, formas
2.PRÉ-OPERATÓRIO
1. Função simbólica
(linguagem)
2. Organizações representa-
tivas, pensamento intui-
tivo
3. Regulação representativa
articulada
anos
Desenhos
Contagem, figuras geométricas
Correspondência termo a termo,
conservação do número, classi-
ficação simples
2.PRÉ-OPERATÓRIO
1. Função simbólica
(linguagem)
2. Organizações representa-
tivas, pensamento intui-
tivo
3. Regulação representativa
articulada
2 — 4
4 — 5
5 — 7
Desenhos
Contagem, figuras geométricas
Correspondência termo a termo,
conservação do número, classi-
ficação simples
3.OPERAÇÕES
CONCRETAS
1. Operações simples, re-
gras, pensamento estru-
turado fundamentado na
manipulação de objetos
2. Multiplicação lógica
7 — 9
Reversibilidade, classificação,
seriação, transitividade, conser-
vação de tamanho, distância,
área, conservação de quantida-
de descontínua, conservação da
massa (7 anos)
Classe-inclusão, cálculo, conser-
vação do peso, conservação do
volume, frações (9 anos)
4.OPERAÇÕES
FORMAIS
1. Lógica hipotético-deduti-
va, raciocínio abstrato
2. Estruturas formais
12 — 13
13 — 15
Proporção, combinações
(12 anos)
Demonstração, álgebra
(13 anos)
N o t a : As idades constantes do quadro são apenas um referencial. Elas variam muito
de criança para criança. Além disso, ela pode estar num estágio em relação
a um comportamento e em outro em relação a outro comportamento.
26
29. ação i n t e r i o r i z a d a . É também nesse estágio q u e começa a c a p a c i d a d e
de classificar e d e fazer transformações reversíveis, isto é, q u e p o d e m
ser i n v e r t i d a s , v o l t a n d o à o r i g e m , q u e p o d e m ser desmontadas. C o m e -
çam a se estabelecer a l g u m a s noções d e conservação.
Estágio das operações formais — V a i d o s 1 1 o u 1 2 anos até
m a i s o u m e n o s o s 1 5 . É a fase e m q u e aparece o raciocínio lógico: a
criança já é capaz d e p e n s a r u s a n d o abstrações.
C a d a estágio serve d e base p a r a o estágio seguinte; porém o d e -
s e n v o l v i m e n t o não é l i n e a r n e m apenas q u a n t i t a t i v o . Há r u p t u r a s n o
m o d o d e pensar, há mudanças d e q u a l i d a d e p r o v o c a d a s p e l o desen-
v o l v i m e n t o q u a n t i t a t i v o d e atividades. P o r isso, as m e n s a g e n s são i n t e r -
p r e t a d a s d e m o d o s diferentes e m c a d a e t a p a d e d e s e n v o l v i m e n t o d a
criança. Isso é f u n d a m e n t a l e m educação. É i m p r o d u t i v o , e até p r e j u -
d i c i a l , t e n t a r certas atividades c o m a l u n o s q u e a i n d a não estão n o
estágio d e assimilá-las. A s s i m , u m a l u n o p o d e não apresentar b o m
r e s u l t a d o n u m d e t e r m i n a d o assunto e d e n a d a adiantará fazer recupe-
ração. É necessária u m a correspondência e n t r e o d e s e n v o l v i m e n t o psico-
genético e as atividades propostas n a escola, l e m b r a n d o sempre q u e o
p e n s a m e n t o cresce a p a r t i r d e ações, o u seja, v a i d o c o n c r e t o p a r a o
abstrato, d a manipulação p a r a a representação, e desta p a r a a s i m -
bolização.
Como avaliar o desenvolvimento psicogenético
A l g u m a s experiências d e avaliação d o d e s e n v o l v i m e n t o psicogené-
t i c o são p a r t i c u l a r m e n t e i m p o r t a n t e s n a Matemática. V e j a m o s as
p r i n c i p a i s .
Classificação
C o r t a r e m c a r t o l i n a q u a d r a d o s e círculos d e dois t a m a n h o s , a m a -
relos e v e r m e l h o s .
P r i m e i r o , d e i x a r q u e a criança b r i n q u e l i v r e m e n t e c o m as peças.
D e p o i s , p e d i r q u e as descreva: isto é u m q u a d r a d o p e q u e n o , v e r m e l h o
etc. P e d i r q u e as classifique p o r cor, o u f o r m a , o u t a m a n h o . ( C l a s s i f i c a r
p o r c o r é separar as peças e m a m a r e l a s e v e r m e l h a s ; p o r f o r m a é s e p a r a r
q u a d r a d o s d e círculos.)
27
30. Crianças m u i t o n o v a s não f a z e m classificação. E s s a operação é
a t i n g i d a c o m 5 o u 6 anos. C o m m a i s idade, a criança p o d e c h e g a r a
u m a classificação m a i s c o m p l e x a .
E s s a experiência também p o d e ser feita c o m b l o c o s lógicos ( v e r
capítulo 3 , página 7 0 ) , c o m c a r r i n h o s d e várias m a r c a s , cores, t a m a n h o s
etc.
Conservação do número
o o o o o o o o o o o o o o o o
o o o o o o o o oooooooo
C o l o c a r n a m e s a o i t o t a m p i n h a s d e g a r r a f a e p e d i r à criança q u e
também c o l o q u e a m e s m a q u a n t i d a d e . T e m o s então u m a situação c o m o
a m o s t r a d a n o p r i m e i r o q u a d r i n h o . D i z e r :
— E s t a s t a m p i n h a s são m i n h a s , as o u t r a s são suas; q u e m t e m
m a i s ?
A resposta será:
— I g u a l .
E m seguida, j u n t a r as dela e espaçar as suas, c o m o n o segundo
q u a d r i n h o , e p e r g u n t a r :
— Q u e m t e m m a i s , e u o u você?
28
31. Crianças d e 4 a 5 anos responderão q u e você t e m m a i s . D e 5 a
6 anos, ficarão n a dúvida. A s d e 6 anos já darão a resposta c o r r e t a ,
percebendo q u e o espaçamento não a l t e r a o número.
Seriação
Q u e b r a r d e z p a l i t o s d e sorvete e m t a m a n h o s diferentes, v a r i a n d o
de centímetro e m centímetro.
1
P e d i r à criança q u e o s c o l o q u e e m o r d e m . Até cerca d e 6 anos,
a criança não o fará. A p e n a s separará o s p a l i t o s e m grandes e peque-
nos, o u o s juntará e m p e q u e n o s c o n j u n t o s . Após o s 6 o u 7 anos, já
será capaz d e fazer as comparações c o r r e t a m e n t e e c o l o c a r o s p a l i t o s
e m o r d e m .
Conservação da quantidade descontínua
P a r a essa experiência são necessários dois copos d e f o r m a t o s b e m
diferentes u m d o o u t r o e u m a c a i x a c o m grãos o u cápsulas.
I r p a s s a n d o l e n t a m e n t e o s grãos d a c a i x a p a r a o s dois copos,
grão a grão, c o m a m b a s as mãos, a o m e s m o t e m p o . D e p o i s d e já t e r
p a s s a d o certa q u a n t i d a d e , p e r g u n t a r à criança e m q u e c o p o há m a i s
grãos.
29
32. R e s p o s t a s q u e c o s t u m a m ser dadas p o r crianças d e até 6 anos:
— E s t e c o p o é m a i s a l t o , t e m m a i s .
— N e s t e t e m m a i s p o r q u e é m a i s l a r g o .
D e p o i s d o s 6 anos as respostas são corretas:
— Têm a m e s m a q u a n t i d a d e .
Conservação do tamanho
M a t e r i a l necessário: d u a s tiras d e c a r t o l i n a iguais, c o m c e r c a d e
1 2 c m d e c o m p r i m e n t o , e q u a t r o "vês" iguais.
M o n t a r o e s q u e m a d a f i g u r a e p e r g u n t a r q u a l t i r a é m a i o r . V i r a r
os "vês" e r e p e t i r a p e r g u n t a .
A n t e s d o s 6 anos, a criança dirá q u e a t i r a c o m o s "vês" v i r a d o s
p a r a d e n t r o é m e n o r . Q u a n d o v i r a m o s o s "vês", o c o m p r i m e n t o m u d a .
Após o s 6 o u 7 anos, dará a resposta c o r r e t a . Terá a t i n g i d o a
noção d e permanência d o c o m p r i m e n t o .
3 0
33. Conservação da área
M o s t r a r à criança d u a s bolachas r e d o n d a s o u q u a d r a d a s , iguais.
D i z e r à criança q u e u m a b o l a c h a é s u a e o u t r a é dela. D e p o i s , q u e b r a r
a sua. P e r g u n t a r q u e m g a n h o u m a i s b o l a c h a . P o d e acontecer u m a res-
posta assim:
— A s u a q u e b r o u , f i c o u m e n o s .
D e p o i s d o s 6 o u 7 anos, a criança dará a resposta q u e o a d u l t o
espera. A experiência p o d e ser f e i t a c o m " b o l a c h a s " d e c a r t o l i n a o u
o u t r o m a t e r i a l .
Classe-inclusão
São necessárias d e z o i t o peças d e c a r t o l i n a , s e n d o seis q u a d r a d o s
v e r m e l h o s e q u a t r o a m a r e l o s e o i t o círculos v e r m e l h o s .
R e p a r e q u e t o d a peça a m a r e l a é q u a d r a d a , m a s n e m t o d o q u a -
d r a d o é a m a r e l o . Começar as p e r g u n t a s :
— T o d o s o s q u a d r a d o s são v e r m e l h o s ?
— T o d a peça a m a r e l a é q u a d r a d a ?
— T o d o s o s círculos são v e r m e l h o s ?
— Há m a i s q u a d r a d o s o u m a i s círculos?
— Há m a i s peças o u m a i s q u a d r a d o s ?
3 1
34. A última p e r g u n t a exige a comparação d e u m c o n j u n t o d e peças
c o m u m s e u s u b c o n j u n t o d e q u a d r a d o s . A i d a d e p a r a r e s p o n d e r c o r r e -
t a m e n t e a essa p e r g u n t a é m u i t o variável, f i c a n d o e n t r e 5 e 1 0 anos.
P a r a c o m p r e e n d e r o c o n c e i t o d e número, é f u n d a m e n t a l a percepção
d a inclusão d e classes.
Conservação de quantidades contínuas (massa)
P a r a f a z e r essa experiência c o m a criança, precisa-se d e d o i s c o p o s
e x a t a m e n t e iguais e u m t e r c e i r o , m a i s l a r g o , m a s c o m a m e s m a c a p a -
cidade d o s o u t r o s .
E n c h e r c o m água o s copos iguais e p e r g u n t a r à criança e m q u a l
dos d o i s há m a i s água. E l a dirá q u e a q u a n t i d a d e é i g u a l . D e s p e j a r o
conteúdo d e u m deles n o c o p o m a i s l a r g o e v o l t a r c o m a p e r g u n t a .
Até 6 o u 7 anos, as respostas m a i s c o m u n s são:
— A q u i t e m m a i s .
— P o r quê?
— P o r q u e é m a i s a l t o .
O u :
— E s s e t e m m a i s água.
— P o r quê?
— P o r q u e é m a i s g o r d o .
D e p o i s d o s 6 o u 7 anos, as respostas são corretas:
— São iguais.
— P o r quê?
— E s t e é m a i s b a i x o , m a s é m a i s l a r g o .
32
35. C a b e l e m b r a r a q u i q u e o s cientistas e n t r a m n u m a o u t r a etapa,
n a q u a l a m a s s a não é m a i s conservada, m a s m u d a c o m a v e l o c i d a d e ,
é r e l a t i v a . Isso, porém, não é d a intuição c o m u m .
Conservação do peso
C o m a r g i l a o u m a s s a plástica fazer d u a s bolas i g u a i z i n h a s e per-
g u n t a r à criança q u a l é a m a i s pesada. E l a responderá q u e são iguais.
P e g a r então u m a d a s bolas e pressioná-la até f i c a r esticada c o m o u m a
salsicha.
/L5 £ j
V o l t a r a p e r g u n t a r :
— E agora, q u a l a m a i s pesada?
A s respostas d e crianças até 8 o u 9 anos serão:
— E s t a é m a i s c o m p r i d a , é m a i s pesada.
— E s t a é m a i s l e v e p o r q u e é f i n a .
A p a r t i r dessa idade, começam a d a r respostas corretas.
Conservação de volume
M a t e r i a l necessário: dois c o p o s iguais, c o m água até a m e s m a
a l t u r a , e d u a s bolas d e m a s s a plástica, também iguais.
33
36. C o l o c a r c a d a b o l a n u m c o p o e d e i x a r q u e a criança p e r c e b a q u e
os níveis s u b i r a m i g u a l m e n t e . R e t i r a r as b o l a s e t r a n s f o r m a r u m a delas
e m "salsicha". Daí p e r g u n t a r :
— S e e u c o l o c a r estas massas d e n t r o d a água, e m q u e c o p o o
nível d a água subirá m a i s : o d a b o l a o u o d a "salsicha"?
A n t e s d o s 1 0 o u 1 1 anos, a criança não terá condições d e per-
ceber q u e o v o l u m e não se a l t e r a c o m a deformação.
* * *
Há m u i t a s o u t r a s experiências n a e x t e n s a e f e c u n d a o b r a d e P i a g e t .
Porém, p a r a nossos propósitos, estas b a s t a m .
A escola deve p l a n e j a r suas a t i v i d a d e s d e m o d o q u e o a l u n o possa
p a r t i r d e e l e m e n t o s c o g n i t i v o s q u e se e n c o n t r a m e m s e u repertório,
p a r a então c o n s t r u i r o n o v o . O professor precisa c o n h e c e r seus a l u n o s
p a r a f a v o r e c e r essa evolução c o m atividades o p o r t u n a s . É inútil forçar
u m a a t i v i d a d e impossível p a r a a e t a p a e m q u e a criança se e n c o n t r a ,
m a s também não se p o d e f i c a r e s p e r a n d o q u e o a l u n o e v o l u a s o z i n h o ,
c o m o se o c o n h e c i m e n t o estivesse n o s códigos genéticos. É necessária
u m a interação e n t r e as p o t e n c i a l i d a d e s d e c a d a etapa e o a m b i e n t e —
n o q u a l se i n c l u i a escola — q u e precisa ser r i c o e m o t i v a d o r .
MATEMÁTICA CONCRETA
A s relações recíprocas e n t r e o d e s e n v o l v i m e n t o d o indivíduo ( o n t o -
gênese) e o d e s u a espécie (filogênese) l e v a m à integração e n t r e as
t e o r i a s d e P i a g e t e a A n t r o p o l o g i a .
E s t u d o s teóricos p e r m i t e m c h e g a r a a l g u m a s constatações. P o r
e x e m p l o , a noção d e permanência d a m a s s a parece fazer p a r t e d a r e v o -
lução d o Neolítico, i s t o é, d o f i m d a Pré-história. C o m o v i m o s n o
capítulo a n t e r i o r , c o m o início d a a g r i c u l t u r a surge a necessidade d e
v a s i l h a s p e r m a n e n t e s p a r a a r m a z e n a m e n t o d o s grãos. E l a s já e x i s t i a m
a o n a t u r a l (cuias, cabaças e t c ) , m a s não r e s i s t i a m a o f o g o , além d e
s e r e m p e q u e n a s e d e u s o p o u c o sistemático. T e v e início a fabricação
de cestos trançados e, e m seguida, s e u r e c o b r i m e n t o c o m b a r r o p a r a
resistir a o f o g o . S u r g e a cerâmica. D u a s são as direções q u e forçam a
3 4
37. adaptação c e r e b r a l : o próprio t r a b a l h o c o m a " m a s s a " d a a r g i l a ( g r a n -
deza contínua) e a manipulação d o s conteúdos d a s v a s i l h a s p r o n t a s
(grãos: grandezas descontínuas; líquidos: grandezas contínuas). O s grãos
são a concretização d a permanência, p o i s a variação d e suas disposições,
de v a s i l h a p a r a v a s i l h a , não a l t e r a s u a q u a n t i d a d e . Isso exige o apare-
c i m e n t o d a c o n t a g e m e d a permanência d o número. A s noções d e
permanência p e r m i t e m a t r o c a , o comércio.
R e s u l t a d o s d e pesquisas n o s l e v a m a r e l a c i o n a r , não r i g i d a m e n t e ,
é c l a r o , o d e s e n v o l v i m e n t o psicogenético d e u m a criança c o m a e v o l u -
ção antropológica. A s s i m :
.sensório-motor pré-hominídeo
Estágio
pré-operatório
'(características 1 e 2
do quadro da página 26)
/ pré-operatório —
(característica 3)
^operações concretas .
(característica 1)
^operações concretas .
(característica 2)
^operações formais
Paleolítico inferior
Paleolítico superior } Pré-história
)
. Neolítico
Egito antigo
Grécia e Roma antigas
DIENES
A s h a b i l i d a d e s q u e u m indivíduo p o s s u i não a p a r e c e m d e r e p e n t e .
E l a s também r e s u l t a m d e u m processo q u e o c o r r e p o r etapas. É u m a
evolução q u e se dá d o c o n c r e t o p a r a o a b s t r a t o . M u i t a s vezes, a expe-
riência c o n c r e t a se r e a l i z a n a escola, c o m m a t e r i a i s a p r o p r i a d o s . O u t r a s
vezes, é a própria vivência q u e o a l u n o t r a z , a p r e n d i d a n o dia-a-dia.
A experiência c o n c r e t a se i n i c i a c o m a manipulação c u r i o s a , c o m o
c o n t a t o físico, c o m o s sentidos.
35
38. À m e d i d a q u e as experiências vão se a c u m u l a n d o , começam a
s u r g i r semelhanças e classificações, q u e l e v a m à formação dos c o n c e i t o s .
S u r g e depois a c a p a c i d a d e d e descrever, c o m p a r a r , r e p r e s e n t a r g r a f i c a -
m e n t e e, p o r f i m , d e e q u a c i o n a r e d e m o n s t r a r .
A escola d e v e f a v o r e c e r e p r o m o v e r esse a m a d u r e c i m e n t o n o r m a l ,
a o invés d e f u n c i o n a r c o m o e m p e c i l h o , t o r n a n d o as a t i v i d a d e s forçadas
e s e m a t r a t i v o s . A s etapas d e v e m t r a n s c o r r e r n o r m a l m e n t e e t r a z e r
satisfação à criança.
S e g u n d o o e d u c a d o r Z o l t a n P a u l D i e n e s , essas etapas, n a M a t e -
mática, são as seguintes:
Jogo livre — É a etapa d a c u r i o s i d a d e , d o c o n t a t o c o m o m a t e r i a l ,
q u e p o d e o c o r r e r n a escola. P o r e x e m p l o : b r i n c a r l i v r e m e n t e c o m b l o -
cos lógicos ( v e r capítulo 3 , página 7 0 ) , s e m regras.
Regras do jogo — A s próprias crianças começam a se i m p o r
regras: f a z e r m o n t a g e n s , classificar, o r d e n a r (de a c o r d o c o m s u a i d a d e ) .
É o m o m e n t o d e o p r o f e s s o r fazer sugestões e d i r i g i r as a t i v i d a d e s p a r a
certos fins ( p o r e x e m p l o , separar b l o c o s lógicos p o r cores, f o r m a s ,
t a m a n h o s e t c ) .
Jogo do isomorfismo — A s crianças começam a perceber s e m e -
lhanças e n t r e o s diversos j o g o s p r a t i c a d o s e isso gera u m a classificação,
através d a abstração d a e s t r u t u r a c o m u m . E s s a abstração é u m a m u -
dança d e q u a l i d a d e p r o v o c a d a p e l o a u m e n t o q u a n t i t a t i v o d e e s t r u t u r a s
s e m e l h a n t e s .
Representação — P a r a t o m a r consciência d e u m a abstração, a
criança t e m necessidade d e u m processo d e representação d a situação
abstraída. T a l representação poderá s e r u m desenho, u m gráfico, u m
d i a g r a m a o u q u a l q u e r o u t r a representação v i s u a l o u a u d i t i v a .
Linguagem inventada — A criança t o m a p l e n a consciência d a
abstração. É c a p a z d e descrever, r e p r e s e n t a r e v e r b a l i z a r a e s t r u t u r a
abstraída. I n v e n t a l i n g u a g e n s e, c o m a a j u d a d o professor, seleciona
a m a i s v a n t a j o s a .
Teoremas — N e s t a última etapa, a criança já é c a p a z d e m a n i -
p u l a r sistemas f o r m a i s .
36
39. N a P e d a g o g i a t r a d i c i o n a l , a direção d a a p r e n d i z a g e m é i n v e r s a
a essa sequência. A criança passa d o sistema f o r m a l p a r a a e t a p a d a
representação, p o r m e i o d o s i m b o l i s m o , e torna-se necessário ensinar-
-lhe as aplicações d o s conceitos n a r e a l i d a d e .
D e p e n d e n d o d a idade, o a l u n o percorrerá as etapas descritas d a
seguinte m a n e i r a : n a l . a
e n a 2 . a
séries, poderá a t i n g i r até a fase d a
representação; n a 3 . a
e n a 4 . a
, poderá c h e g a r à l i n g u a g e m i n v e n t a d a ;
s o m e n t e e n t r e 1 4 e 1 5 anos, poderá a t i n g i r a última etapa, c o n s t r u i n d o
u m a e s t r u t u r a f o r m a l .
E s t a b e l e c e n d o u m a relação e n t r e as etapas descritas p o r D i e n e s e
a A n t r o p o l o g i a , c o m o f i z e m o s c o m a t e o r i a d e P i a g e t , t e m o s o seguinte
e s q u e m a :
Etapas
jogo livre
regras do jogo
jogo do isomorfismo
^representação
linguagem inventada
Heoremas
. Pré-hominídeo selvagem
Paleolítico inferior (utilização de paus, pedras,
couro, ossos, segundo certas regras, cada
instrumento com sua utilidade)
Paleolítico superior (classificação gerando no-
ção de par, números etc.)
Neolítico (calendário, desenhos geométricos,
cerâmica)
Egito antigo (receitas e fórmulas práticas)
Grécia e Roma antigas (teorias formalizadas)
A IMPORTÂNCIA DA VIVÊNCIA
A s s i m c o m o o s p o v o s não evoluíram c o m a m e s m a v e l o c i d a d e ,
também as crianças não a m a d u r e c e m d o m e s m o m o d o , e o s c o n c e i t o s
não são i n t e r i o r i z a d o s s i m u l t a n e a m e n t e . D e p e n d e m d e diversos fatores.
A experiência d e v i d a , n a i d a d e a p r o p r i a d a , é u m f a t o r decisivo; e m
casa, n o c l u b e , n a escola, n a r u a , e m t o d o l u g a r . E há s e m p r e u m a
i d a d e m a i s f e c u n d a p a r a c a d a experiência.
37
40. N a i d a d e c e r t a , é p r e c i s o r e g a r p l a n t a s c o m u m a m a n g u e i r a p a r a
t e r o v i s u a l d a parábola d e água e a sensação d a reação d a m a n g u e i r a
a o j a t o ; d a transformação d o e s g u i c h o contínuo e m gotas; d o arco-íris
n a b r u m a q u e o r l a o j a t o ; d a s variações d o c h u v e i r o p r o v o c a d a s p e l o
d e d o n a saída d a água e t c .
N a i d a d e certa, é p r e c i s o s e r r a r m a d e i r a s p a r a s e n t i r a t e x t u r a ,
as f i b r a s q u e não p o d e m s e r c o r t a d a s c o m faca, as variações d e d u r e z a
e resistência. É p r e c i s o c a v a r b u r a c o s n o s o l o , s e n t i r a t e r r a , o s grâ-
n u l o s , a variação d e u m i d a d e c o m a p r o f u n d i d a d e , o b s e r v a r raízes,
m i n h o c a s , f o r m i g a s .
N a i d a d e certa, é preciso c o z i n h a r , l i d a r c o m f o g o , s e n t i r o c a l o r
e a l u z . N o t a r a mudança q u e a c o z e d u r a p r o v o c a n o s a l i m e n t o s , a
evaporação, a condensação. E n c o s t a r a mão n o c a b o d e c o l h e r d e
m a d e i r a e d e m e t a l d e n t r o d a p a n e l a , p a r a a d q u i r i r noção d e c o n d u -
t i b i l i d a d e . É p r e c i s o c o s t u r a r , tecer, p r e g a r botões. D i s s o l v e r , m i s t u r a r ,
s a t u r a r . U s a r detergentes, solventes, óleos, cera. É p r e c i s o p r a t i c a r es-
p o r t e s , artes.
São m i l h a r e s d e experiências q u e d e s e n v o l v e m o s sentidos, p o s s i -
b i l i t a n d o , l o g o depois, o a p r e n d i z a d o d e artes, ciências e técnicas.
B r i n c a r e f a z e r experiências é c o n s t r u i r a base c o n c r e t a p a r a t o d a s as
d i s c i p l i n a s .
E s t a é a fase pré-histórica d o d e s e n v o l v i m e n t o d a inteligência sen-
sório-motora. É a fase necessária p a r a as p o s t e r i o r e s operações c o n -
cretas, a c u m u l a n d o c o n h e c i m e n t o s q u e serão o r g a n i z a d o s n a e t a p a d a s
operações f o r m a i s . O s b r i n q u e d o s pedagógicos p o d e m , e m p a r t e , subs-
t i t u i r a r i q u e z a dessas experiências. E m u i t o s b r i n q u e d o s pedagógicos
p o d e m s e r e l a b o r a d o s n a escola, c o m m a t e r i a i s disponíveis.
BLOOM
P l a n e j a r u m c u r s o consiste não apenas e m p r o g r a m a r o q u e e n s i -
n a r , m a s também e m s e l e c i o n a r as experiências q u e deverão ser v i v e n -
ciadas e as técnicas pedagógicas m a i s a p r o p r i a d a s p a r a o t r a b a l h o
e s c o l h i d o .
38
41. U m b o m p l a n e j a m e n t o supõe u m a definição c l a r a d e o b j e t i v o s a
s e r e m alcançados. O e s t a b e l e c i m e n t o d e o b j e t i v o s c o n s t i t u i u m a base
sólida p a r a a seleção d e conteúdos, métodos, técnicas, estratégias e
recursos.
Q u a n d o f a z e m o s u m p l a n e j a m e n t o , d e v e m o s classificar o s o b j e -
t i v o s p a r a então lhes d a r o t r a t a m e n t o a d e q u a d o .
Classificar o b j e t i v o s e d u c a c i o n a i s é, n o mínimo, u m a experiência
e n r i q u e c e d o r a p a r a o professor. E l e precisa saber, n a q u e l e m o m e n t o ,
e m q u e nível v a i t r a b a l h a r c o m o a l u n o : n o d a informação, n o d a
resolução d e p r o b l e m a s , n o d a demonstração e a s s i m p o r diante. C a d a
nível exige a b o r d a g e m , método e avaliação a p r o p r i a d o s . P o r t a n t o , é n e -
cessária u m a séria preocupação c o m a f o r m a , c o m o m e i o q u e v a i ser
u t i l i z a d o n o s t r a b a l h o s e m sala d e a u l a . P o r e x e m p l o : o s recursos a u d i o -
visuais são excelentes p a r a repassar informações ( e não apenas p a r a
isso), o vídeo está se i m p o n d o , t r a z e n d o recursos inesgotáveis. O c o m p u -
t a d o r é ótimo p a r a t r e i n a m e n t o n a resolução d e exercícios, além d e
o u t r a s possibilidades. O s t r a b a l h o s e m g r u p o , as pesquisas d e c a m p o , as
redações, o s seminários, e n f i m , c a d a t i p o d e t r a b a l h o p r o d u z resultados
diferentes.
Se u m professor " e f i c i e n t e " escreve n a l o u s a e e x p l i c a q u e a s o m a
das m e d i d a s d o s ângulos d e u m triângulo é 180°, o a l u n o n o r m a l
aprende. S e , a o contrário, o professor propõe atividades q u e l e v a m o
a l u n o a descobrir essa p r o p r i e d a d e , o a l u n o também aprende. E m ter-
m o s d e conteúdo, o s resultados f i n a i s são o s m e s m o s , m a s o s e g u n d o
processo p e r m i t e a t i n g i r m u i t o s o u t r o s o b j e t i v o s , i n c l u s i v e e m níveis
c o m p o r t a m e n t a i s . S e a escola está apenas a m e s t r a n d o u m a l u n o , o
p r i m e i r o método é m a i s d i r e t o .
D e v e - s e estudar b e m a t a x i o n o m i a d e B l o o m ( v e r q u a d r o ) p a r a
v e r i f i c a r q u e a p r i m e i r a c a t e g o r i a t r a t a apenas d a memória, a segunda
começa a e x i g i r certas h a b i l i d a d e s m o t o r a s e lógicas, a t e r c e i r a já e x i g e
raciocínio e a s s i m p o r d i a n t e . É preciso e s t i m u l a r a inteligência e a
c r i a t i v i d a d e , b e m c o m o a m o t r i c i d a d e e a a f e t i v i d a d e .
I n f e l i z m e n t e , e n t r e nós, o e n s i n o d a Matemática fica quase q u e
apenas n o s níveis d e c o n h e c i m e n t o e utilização d e métodos e p r o c e d i -
m e n t o s , isto é, o a l u n o a p r e n d e a t e r m i n o l o g i a e as fórmulas e t r e i n a
fazer substituições p a r a r e s o l v e r p r o b l e m a s d e r o t i n a . A Matemática
f i c a t r a n s f o r m a d a e m a l g o rígido, a c a b a d o , c h a t o , s e m f i n a l i d a d e . O
39
42. TAXIONOMIA POS OBJETIVOS EDUCACIONAIS — BLOOM
Terminologia
Fatos específicos
Convenções
Tendências e sequências
1. Conhecimento de -(Classificações e categorias
Critérios
Metodologia
Princípios e generalizações
iTeorias e estruturas
2. Utilização de procedimentos e processos (rotina)
f Translação
3. Compreensão i Interpretação
^Extrapolação
4. Aplicação (situações-problemas)
("Elementos
5. Análise de < Relações
lPrincípios organizacionais
fProdução de uma comunicação singular
6. Síntese 1 Produção de um plano ou conjunto de operações
^Derivação de um conjunto de relações abstratas
*T À li s f Julgamento em termos de evidências internas
va laçao Julgamento em termos de critérios externos
a l u n o u s a a p e n a s a memória; não d e s e n v o l v e as h a b i l i d a d e s d e e x t r a -
p o l a r , r e s o l v e r situações-problemas, r a c i o c i n a r , c r i a r . Não t e m o p r a z e r
d a d e s c o b e r t a . F i c a m f a l t a n d o e l e m e n t o s p a r a s e u d e s e n v o l v i m e n t o
i n t e g r a l .
A p r o p o s t a deste l i v r o é j u s t a m e n t e a d e p r o g r a m a r u m e n s i n o
de m o d o a d o s a r memória, raciocínio e c r i a t i v i d a d e , t e n t a n d o a síntese
d a Matemática t r a d i c i o n a l e d a m o d e r n a .
O u t r o p r o b l e m a sério e d e caráter m a i s g e r a l está e m q u e nossas
escolas d e f i n e m o b j e t i v o s apenas e m t e r m o s d e conteúdo, q u a n d o o
q u e d e v e r i a ser feito é d e f i n i r o b j e t i v o s n o nível c o m p o r t a m e n t a l . A o
professor caberia selecionar atividades e conteúdos p a r a a t i n g i r aqueles
o b j e t i v o s . I s t o s e m f a l a r e m o b j e t i v o s a f e t i v o s e p s i c o m o t o r e s , d o s
4 0
43. quais não t r a t a m o s neste l i v r o , m a s q u e estão testados n a s a t i v i d a d e s
propostas.
E s t u d a m o s P i a g e t e B l o o m . V e j a a g o r a o p r o d u t o cartesiano d e
suas teorias, f o r m a d o pelos estágios p i a g e t i a n o s n o e i x o h o r i z o n t a l e
os o b j e t i v o s classificados p o r B l o o m n o e i x o v e r t i c a l :
6
5
CO
o
•Si
O
2 -
Estágios
Desse m o d o , ( 3 , 4 ) s i g n i f i c a t r a b a l h a r n o estágio d a s operações
concretas (passagem p a r a operações f o r m a i s ) e n o nível d a aplicação. *
O PROBLEMA DA AVALIAÇÃO
Avaliação é u m a s s u n t o m u i t o sério. O processo d e avaliação
t e m u m a relação d i r e t a c o m o s o b j e t i v o s f o r m u l a d o s e neles e n c o n t r a
seu s i g n i f i c a d o . E m o u t r a s p a l a v r a s , só se p o d e fazer u m a avaliação
q u a n d o se t e m p o r referência o b j e t i v o s a alcançar.
A v a l i a r não s i g n i f i c a c o n s t a t a r o q u e o c o r r e u , m a s f a z e r u m
balanço e n t r e o q u e se p r e t e n d i a e o q u e f o i c o n s e g u i d o . É a l g o q u e
c o m p r o m e t e m u i t o o e d u c a d o r , m a s também é o único i n s t r u m e n t o
c a p a z d e a p o n t a r e m q u e direção e c o m q u e i n t e n s i d a d e c a m i n h a o
d e s e n v o l v i m e n t o d o a l u n o .
* O autor está trabalhando neste modelo, utilizando a Teoria das Catástrofes por causa
dos saltos qualitativos no eixo dos estágios. Estuda também a possibilidade de mais
um estágio: dialética.
4 1
44. Q u a n d o o s o b j e t i v o s são d e f i n i d o s apenas e m t e r m o s d e conteúdo,
a avaliação é quase mecânica, através d e p r o v a s o b j e t i v a s , até e m
f o r m a d e testes d e múltipla escolha. E s t e l i v r o contém orientações
p a r a aulas e x p o s i t i v a s , v i s a n d o a o conteúdo. Porém, se o p r o f e s s o r
passa a d e s e n v o l v e r atividades c o m o as a q u i sugeridas, t r a b a l h a n d o
c o m h a b i l i d a d e s e redescobertas, a avaliação m u d a d e f o r m a e d e
f i n a l i d a d e . E será m u i t o difícil h a v e r repetência, p r i n c i p a l m e n t e n a
l . a
série, a não s e r e m casos e x t r e m o s d e crianças limítrofes o u c o m
g r a v e s p r o b l e m a s , q u e n e c e s s i t a m d e escolas especiais.
P i a g e t já t e s t o u . A criança passa pelas etapas n o r m a l m e n t e , dife-
r e n c i a d a m e n t e , e m interação c o m o a m b i e n t e , i n c l u i n d o a escola. A s
a t i v i d a d e s p r o p o s t a s a q u i também já f o r a m testadas. T r a t a - s e d e u m a
Matemática c o n c r e t a , q u e c o r r e s p o n d e a o estágio d a s operações c o n -
cretas d e P i a g e t ( e a o c o n h e c i m e n t o egípcio). E n g a j a d a n o d e s e n v o l v i -
m e n t o psicogenético d o a l u n o , a c a b a p r o d u z i n d o efeitos d e h a b i l i d a d e s
e conteúdo m u i t o superiores a o q u e se c o s t u m a a v a l i a r o b j e t i v a m e n t e .
E s t e g r a n d e c o n h e c i m e n t o , s o b f o r m a d e operações concretas,
será s i s t e m a t i z a d o , c o m o n a Grécia clássica, q u a n d o o a l u n o e n t r a r
n o estágio d a s operações f o r m a i s , época e m q u e as avaliações f i c a m
m a i s o b j e t i v a s .
D a l . a
à 4 . a
série, a avaliação p a r a esse método é a c o m p a n h a r
p e r m a n e n t e m e n t e o a l u n o , v e r i f i c a n d o se e l e fez as a t i v i d a d e s , q u e t i p o
de mudança d e c o m p o r t a m e n t o o c o r r e u ( e q u e n e m s e m p r e é o m e s m o
de a l u n o p a r a a l u n o ) . P o r s e r e m a t i v i d a d e s interessantes, desafiadoras
e ligadas à própria evolução d o a l u n o , p r o v o c a m mudanças n o r m a i s ,
s e m t r a u m a s , r e s p e i t a n d o i n d i v i d u a l i d a d e s e, f e c u n d a m e n t e , a c e l e r a n d o
o próprio a m a d u r e c i m e n t o . Há a t i v i d a d e s i n d i v i d u a i s e e m g r u p o s .
O u t r a s , p a r a pesquisa o u t r e i n a m e n t o e m casa. P o d e h a v e r p r o v a s
i n d i v i d u a i s o u e m g r u p o s , m a s apenas c o m o mais uma a t i v i d a d e . Aliás,
o p r e p a r a r - s e p a r a u m a p r o v a é u m a d a s m a i o r e s distorções d o e n s i n o .
O a l u n o n o r m a l só p o d e r i a f i c a r r e t i d o se, n o m o m e n t o d e a
escola t r a b a l h a r c o m operações f o r m a i s , e l e a i n d a estivesse e m o u t r o
estágio. O p r o f e s s o r q u e d e s e n v o l v e r s u a a t i v i d a d e n o r m a l m e n t e terá,
c o m u m a l u n o n o r m a l , u m d e s e n v o l v i m e n t o n o r m a l . P o r isso, o m a i s
i m p o r t a n t e é o p r o f e s s o r se a u t o - a v a l i a r .
4 2
45. É e v i d e n t e q u e o a l u n o , até a 4 . a
série, precisa conhecer, e x p l i c i -
t a m e n t e , a l g u m a s informações c o m o as q u a t r o operações, frações e u m
p o u c o d e g e o m e t r i a . Porém, isso é pouquíssimo p e r t o d a r i q u e z a d e
estruturas q u e e l e constrói. S e o e n s i n o f o r lúdico e desafiador, a
a p r e n d i z a g e m p r o l o n g a - s e f o r a d a sala d e a u l a , f o r a d a escola, p e l o
c o t i d i a n o , até as férias, n u m crescendo m u i t o m a i s r i c o d o q u e a l g u m a s
informações q u e o a l u n o d e c o r a p o r q u e vão c a i r n a p r o v a . Aliás,
informação p o r informação, elas estão n o s l i v r o s , m u i t o b e m explicadas,
e a g o r a também n o s vídeos e c o m p u t a d o r e s , c a d a v e z m a i s eficientes.
V a l e a q u i u m a comparação. Q u a n d o f o i i n v e n t a d a a f o t o g r a f i a ,
os p i n t o r e s se l i b e r t a r a m d a cópia. E m t e r m o s d e informações super-
ficiais, a p i n t u r a não p o d e c o m p e t i r c o m a f o t o g r a f i a e o c k i e m a . O s
p i n t o r e s a g o r a t r a b a l h a m c o m composições d e f o r m a s e cores p a r a
p r o v o c a r s e n t i m e n t o s . T r a b a l h a m n o nível psicológico, c o m emoções
q u e a técnica d i f i c i l m e n t e atinge. Q u a l q u e r pessoa é capaz d e f o t o g r a f a r ;
existe u m g r a n d e número d e p i n t o r e s q u e c o p i a m rostos, fotos, paisa-
gens. Porém artistas, são p o u c o s . A g o r a a máquina i n v a d e a educação
n o c a m p o d a informação. O professor, l i b e r t o d a a u l a mecânica, p o d e
c u i d a r d e c o m p o r t a m e n t o s e afetos.
4 3
46. Laboratório de Matemática
INTRODUÇÃO
C o m o v i m o s no* capítulo a n t e r i o r , p a r a u m e n s i n o e f i c i e n t e d a
Matemática o p r o f e s s o r t e m necessidade d e p a r t i r d o c o n c r e t o p a r a
o a b s t r a t o . C o m isso, e l e d e s e n v o l v e métodos próprios, i n t e g r a d o s n a s
t e o r i a s q u e estuda, l e v a n d o e m c o n t a as p a r t i c u l a r i d a d e s d o a l u n o (re-
gião o n d e v i v e , classe social, f a i x a etária, nível d e e s c o l a r i d a d e e t c ) .
A o s p o u c o s , o p r o f e s s o r v a i f o r m a n d o u m " c a n t i n h o d a Matemática",
às vezes u m a s i m p l e s estante o n d e se e n c o n t r a m l i v r o s , cartazes e
d i v e r s o s m a t e r i a i s c o m o s q u a i s f a z experiências, d e s e n v o l v e n o v a s
técnicas e v a i a c u m u l a n d o resultados.
44
47. N e s t e capítulo, t r a t a r e m o s d e diversos recursos concretos, c o m
sugestões p a r a atividades, q u e contribuirão n a formação d o " c a n t i n h o
d a Matemática". Esse a c e r v o poderá crescer, a p o n t o d e a escola, o u
o próprio professor, p o s s u i r u m laboratório o u u m a sala ambiente,
c r i a d o s l e n t a m e n t e , s e m m u i t o s gastos e n a m e d i d a d e s u a utilização.
É m u i t o fácil! C o m u m p o u c o d e prática, o p r o f e s s o r formará o l a b o -
ratório c o m diversos utensílios e l a b o r a d o s pelos próprios a l u n o s , a p r o -
v e i t a n d o o m a t e r i a l disponível. A ação d e p r o d u z i r é m a i s i m p o r t a n t e
q u e o próprio m a t e r i a l p r o d u z i d o . O laboratório poderá i n c l u i r u m
museu e u m a biblioteca.
A a p r e n d i z a g e m deve processar-se d o c o n c r e t o p a r a o abstrato.
T o d a a t i v i d a d e feita c o m m a t e r i a l c o n c r e t o p o d e s e r repetida, d e d i -
versas f o r m a s , g r a f i c a m e n t e . É o p r i m e i r o processo d e abstração.
A s sugestões d e a t i v i d a d e s d e Aritmética e G e o m e t r i a serão vistas
p o s t e r i o r m e n t e . A n t e s , torna-se necessário estudar a l g u n s recursos p a r a
a p r e n d i z a g e m , b e m c o m o o m o d o d e confeccioná-los e d e utilizá-los
e m classe.
CARTAZ VALOR DO LUGAR (CAVALU)
O cartaz v a l o r d o l u g a r , q u e c h a m a m o s a b r e v i a d a m e n t e d e cavalu,
é decisivo n o t r a b a l h o c o m números e operações p a r a as duas p r i m e i r a s
séries, a s s i m c o m o o u t r o s m a t e r i a i s c o n c r e t o s ( t a m p i n h a s , p a l i t o s ,
pedras e t c ) .
O cartaz deve f i c a r p e r m a n e n t e m e n t e preso n a p a r e d e e e m l u g a r
b e m visível; poderá s e r c o n f e c c i o n a d o também e m t a m a n h o r e d u z i d o ,
p a r a t r a b a l h o s e m g r u p o o u i n d i v i d u a i s .
A confecção d o c a r t a z é m u i t o s i m p l e s . São necessárias u m a c a r t o -
l i n a e u m a f o l h a d e p a p e l . N o p a p e l , f a z e r três d o b r a s ( o u m a i s ) .
G r a m p e a r o u c o s t u r a r a o r e d o r p a r a f i x a r o p a p e l c o m d o b r a s n a
c a r t o l i n a e fazer m a i s d u a s costuras v e r t i c a i s d i v i d i n d o o c a v a l u e m
três c o l u n a s , f i c a n d o c o m n o v e bolsas. E s c r e v e r e m c i m a : u n i d a d e s ,
dezenas e centenas. O c a v a l u também p o d e s e r f e i t o c o m l o n a c o s t u -
r a d a e f i x a d a e m c o m p e n s a d o o u papelão.
45
48. Cavalu
centena dezena unidade
is
palitos de sorvetes
ou fichas
N o c a v a l u d e s e n h a d o a c i m a , t e m o s , n a p r i m e i r a l i n h a , o número
2 5 : d u a s dezenas e c i n c o unidades; n a s e g u n d a l i n h a , t e m o s o 1 0 1 ;
n a t e r c e i r a , o 1 2 . P a r a representar o s números, usar p a l i t o s d e sorvete,
fichas o u a l g o s e m e l h a n t e . T u d o b e m simples e q u e p o s s a ser v i s t o
c o m c l a r e z a d o f u n d o d a sala. T o d o s o s p a l i t o s d e v e m s e r i g u a i s . O
q u e d i f e r e n c i a as o r d e n s é o l u g a r . Aí está o f u n d a m e n t a l : o valor do
lugar.
Sugestões de atividades
1. O s números vão s e n d o representados n o q u a d r o à m e d i d a q u e
vão s e n d o estudados.
c d u c d u
2. Q u a n d o c h e g a r a o 5 :
a) escolher u m número d e 1 a 5 p a r a o a l u n o representar n o c a v a l u :
b ) representar u m número p a r a q u e o a l u n o o leia.
3. Adição:
3 + 2
C o n t a r o t o t a l .
4 6
49. 4. Subtração:
Passar dois p a l i t o s p a r a b a i x o e c o n t a r q u a n t o s f i c a r a m (os c i n c o
palitos p o d e m ser três d e u m a c o r e dois d e o u t r a ) .
5. C o n t i n u a r r e p r e s e n t a n d o o s números até passar d e dez, s e m p r e
n a c o l u n a d a s unidades. C o m b i n a r d e fazer a m a r r a d i n h o s d e d e z
(de u m a dezena), p o r q u e o s p a l i t o s não estão m a i s c a b e n d o n a
c o l u n a . D e p o i s d e t r a b a l h a r u m p o u c o c o m a m a r r a d i n h o s repre-
sentando 1 0 + 1 , 1 0 + 2 e t c , c o m b i n a r q u e o s a m a r r a d i n h o s fica-
rão d o l a d o esquerdo, n a c o l u n a d a s dezenas. T r a b a l h a r u m p o u c o
dessa f o r m a , s e p a r a n d o o s a m a r r a d i n h o s d a s unidades. P o r último,
u m a vez q u e n a s e g u n d a c o l u n a só f i c a m as dezenas, c o m b i n a r q u e
elas poderão ser representadas p o r u m a f i c h a apenas. C a d a f i c h a
d a e s q u e r d a v a l e u m a m a r r a d i n h o , u m a dezena. É o v a l o r d o lugar.
6. À m e d i d a q u e o s números vão s e n d o estudados, repetir sempre
esta a t i v i d a d e :
a) representar u m número e p e d i r a o a l u n o q u e o leia;
b) dizer u m número e p e d i r a o a l u n o q u e o represente n o c a v a l u .
12 15 23
D e s e n h a n d o o c a v a l u s i m p l i f i c a d o n o c a d e r n o , r e p e t i r as atividades
d o i t e m 6 . F a z e r variações c o m o : p e d r i n h a s e m buracos, ábaco,
dois m e n i n o s ( o d a s u n i d a d e s e o d a s dezenas, r e p r e s e n t a n d o c o m
os dedos; v e j a o 3 7 n a f i g u r a ) e t c
47
50. 8. T r a n s f o r m a r dezenas e m u n i d a d e s e v i c e - v e r s a :
9. Adição ( c o m r e s e r v a ) :
9 + 2
I I
D e z u n i d a d e s f o r a m t r a n s f o r m a d a s e m u m a dezena.
10. Adição e subtração d e dezenas inteiras:
2 0 + 5 0
1 Í B T
J _ L
(Ver item 4 . )60 — 4 0
11. Adição e subtração d e dezenas i n t e i r a s c o m dezenas e u n i d a d e s :
3 0 + 2 4
C o n t a r o t o t a l : 5 dezenas e 4 u n i d a d e s = 5 4 .
12. Adição e subtração d e dezenas e u n i d a d e s ( s e m r e s e r v a ) :
3 4 + 2 3
r i n i i i i
36 — 1 4
1 18
i h i
2 2
13. P a r o u ímpar? D a d o u m número, p e g a r as fichas e colocá-las u m a
d e b a i x o d a o u t r a , duas a duas, p a r a v e r se s o b r a a l g u m a s e m p a r .
7 é ímpar.
F a z e r s o m e n t e c o m as u n i d a d e s , p o i s t o d a d e z e n a é par. São c i n c o
pares. M o s t r a r isso n o c a v a l u , c o n c l u i n d o q u e o s números t e r m i -
n a d o s e m 0 , 2 , 4 , 6 o u 8 são pares.
4 8
51. 14. Multiplicação p o r 2 :
2 X 3
R e p e t i r o 3 duas vezes.
2 X 7 (Ver item 8.)
15. Multiplicação p o r 3 :
3 X 7
mm
MTITTTl
3 X 1 2
1 IIi 118
I
2 1
3 6
L e r a s s i m m e s m o , s e m m e x e r n o c a v a l u : t r i n t a e seis. D i z e r : três
vezes duas u n i d a d e s , três vezes u m a dezena, p r e p a r a n d o p a r a o
a l g o r i t m o .
16. Divisão p o r 2 :
R e p a r t i r as fichas e m duas d o b r a s ( d e u m a e m u m a , duas e m
duas, c o m o q u i s e r ) .
C o n t a r e m u m a d o b r a : t o d a s têm a m e s m a q u a n t i d a d e .
49
52. 17. Divisão p o r 3 :
R e p a r t i r as fichas e m três dobras, c o m o n o i t e m a n t e r i o r .
21 III HM
UBIIIB
C o n t a r e m u m a d o b r a .
18. R e p r e s e n t a r números m a i o r e s q u e c e m . P e d i r a o a l u n o q u e l e i a ;
d a r u m número e p e d i r p a r a representá-lo.
19. T r a n s f o r m a r c e n t e n a e m dezena e vice-versa (análogo a o i t e m 8 ) .
20. V a l o r a b s o l u t o versus v a l o r r e l a t i v o :
2 4 3
• o 2 não é 2 , é 2 0 0 , d u a s centenas;
• o 4 não é 4 , é 4 0 , q u a t r o dezenas;
• o 3 é 3 m e s m o , 3 u n i d a d e s .
O s a l g a r i s m o s são 2 , 3 e 4 , m a s a posição lhes dá o u t r o v a l o r .
M a i s tarde, d i z e r q u e o 2 é 2 e é 2 0 0 : v a l o r a b s o l u t o , 2 ; v a l o r
r e l a t i v o , 2 0 0 .
21. Multiplicação p o r 1 0 :
2 X 1 0 = 1 0 + 1 0 = 2 d e z e n a s .
O 2 v i r a 2 0 ; é só c o l o c a r u m z e r o n o 2 .
1 2 X 1 0 = 1 0 + 1 0 + 1 0 + 1 0 + 1 0 + 1 0 + 1 0 + 1 0 + 1 0 +
+ 1 0 + 1 0 + 1 0 = 1 2 dezenas. 1 2 X 1 0 = 1 2 0 .
J L
O 1 2 v i r a 1 2 0 ; é só c o l o c a r u m z e r o n o 1 2 .
5 0
53. 22. Adição ( c o m reserva):
a) p r i m e i r a série d e exercícios s o m e n t e n o c a v a l u :
5 3
+ . 2 8 .
m i s m
BB M S BB
m BB
III
8 1
b) S e g u n d a série d e exercícios, associando, passo a passo, o c a v a l u
c o m o abstrato:
4 7
+ 35
8 2
4 0 +
3 0 +
7 0 + 1 2 = 7 0 + 1 0 + 2 = 8 2
c) T e r c e i r a série d e exercícios, s o m e n t e e m abstrato:
5 8 = 5 0 + 8
+ 2 4 = 2 0 + 4
7 0 + 1 2 = 7 0 + 1 0 + 2 = 8 2
d) Q u a r t a série d e exercícios, f o r m a l i z a n d o aos p o u c o s o a l g o r i t m o :
6; 5 5 | 6 2 9 = 2 0 + 9
+ 2! 7 + 3Í7 3 8 = 3 0 + 8
8!12 ~9Í3 + 5 = 5^
9 | 2 5 0 + 2 2 = 7 0 + 2 = 7 2
23. Subtração ( c o m reserva):
a) Só n o c a v a l u :
BBS m gg§ BB BBB BB BIB BB
6 5 —>
l | 111
— 2 7 i B B
• 3 8
(parte
retirada)
51
54. b ) F a z e r a associação e n t r e números, passo a passo, n o c a v a l u :
> 1 843
25
S
4 0 + 3 3 0 + 13 30 + 13
2 0 — 5
D o 3 não se p o d e t i r a r 5 , p o r isso u m a d e z e n a f o i t r a n s f o r m a d a
e m u n i d a d e s , f i c a n d o 3 0 e 1 3 .
c) Até o f i m , só n o c a v a l u :
5 2
— 2 4
I H se ii BI 1MI1I
mm BI
I I III 1
28
E m seguida, só e m abstrato, r e p e t i n d o o q u e f o i f e i t o n o c a v a l u :
52 = 50 + 2 = 4 0 + 12
— 2 4 = — 2 0 — 4 = — 2 0 — 4
2 0 + 8 = 2 8
d) F i n a l m e n t e s e m c a v a l u , só e m abstrato:
2
— 1 7
24. Cálculo d o desconhecido:
• + 3 = 8
São o i t o fichas. C o l o c a r três n o c a v a l u , e as q u e s o b r a r e m , n o
q u a d r a d o a c i m a .
52
55. 25. Multiplicação ( c o m a l g o r i t m o ) :
2 X 31
2 X 17
118 i
na i
31 30 + 1 31
31 + X 2 X 2
62 60 + 2 62
17 1 0 + 7 17
17 + X 2 X 2
34 2 0 + 14 34
sa I B3B B 214 200+ 1 0 + 4 214
3 X 214 BI g HS fl 214 X 3 X 3
11 8 11! 214 + 600 + 30 + 12 642
6 4 2
26. Divisão:
14-^3
ne s
BB§ B
118 B
sobra II
C o l o c a r e m três pregas d o c a v a l u ( d e u m a e m u m a , duas e m duas,
c o m o se quiser e f o r possível).
27. Operações c o m números d e c i m a i s :
dez. unid.» déc. dez. unid.* déc.
7,4
+ 2,3
25,8
-12,5
34,2
-12,5
13,4
X 3
13,6
4-21,7
dez, unid.ydéc.
dez. unid. déc.
1 eia I l l
- * 13,3
| u u mdez. unid. ) déc. dez. unid. > déc.
• U.lll I I |
—•
m ->
1 se m n
21,7
s m m a
R m m i
1 m m a
D i s t r i b u i r n o c a v a l u , c o m o se não houvesse vírgula.
53
56. FLANELÓGRAFO
A confecção é simples. U m c o m p e n s a d o d e 1 m p o r 8 0 c m , a p r o -
x i m a d a m e n t e , c o b e r t o c o m f l a n e l a . P o d e ser feito n o v e r s o d o c a v a l u .
A s f i g u r a s também são feitas e m f l a n e l a ( o u c a r t o l i n a ) e, p a r a f a c i l i t a r
sua fixação n o q u a d r o , d e v e m t e r coladas n o v e r s o três t i r i n h a s d e
l i x a p a r a m a d e i r a . É só isso. T u d o m u i t o b o n i t o e c o l o r i d o .
A s f i g u r a s d e v e m ser feitas d e a c o r d o c o m as necessidades. I n v e n -
tar histórias: e r a m três p a t i n h o s n a d a n d o , c h e g a r a m m a i s dois e t c . É
preciso u t i l i z a r figuras q u e p o s s a m ser r e p r o d u z i d a s n o c a d e r n o o u
e m f o l h a s m i m e o g r a f a d a s .
A característica p r i n c i p a l d o flanelógrafo é q u e as f i g u r a s f i c a m
g r u d a d a s , m a s p o d e m ser retiradas e t r o c a d a s d e lugar.
Sugestões de atividades
1. C o l o c a r n o flanelógrafo várias figuras d e dois o u três tipos p a r a
o a l u n o agrupar, classificando e s e p a r a n d o e m c o n j u n t o s ( p o r
cores, f o r m a s , t a m a n h o s , u t i l i d a d e ) .
2. E n t r e várias figuras d e u m m e s m o t i p o e apenas u m a diferente,
p e d i r a o a l u n o q u e i d e n t i f i q u e e r e t i r e d o q u a d r o a q u e l a q u e f o r
diferente. A a t i v i d a d e p o d e ser i l u s t r a d a c o m u m a história, c o m o
a d o p a t i n h o feio.
54
57. 3. C e r c a r c o n j u n t o s e l i g a r e l e m e n t o s (as tiras e setas d e ligação
p o d e m ser d e c a r t o l i n a ) . F i x a r n o q u a d r o u m c o n j u n t o d e pires
e o u t r o d e xícaras. P e r g u n t a r e m q u e c o n j u n t o há m a i s e l e m e n t o s .
P a r a responder, o a l u n o deve l i g a r c a d a xícara a u m pires. R e p e t i r
a a t i v i d a d e c o m c o n j u n t o s d e bolas e crianças, peixes e aquários etc.
4. Seriação. Pôr e m o r d e m f i g u r a s d e t a m a n h o s diferentes.
5. Classificar e o r d e n a r f i g u r a s r e p r e s e n t a n d o números (folhas d e
u m a p o n t a , duas, três, . . .; árvores d e u m g a l h o , dois, três, . . .;
dados e m várias posições e t c ) .
6. J o g o d o u m a m a i s . I r c o l o c a n d o f i g u r a s d e u m a e m u m a n o
flanelógrafo p a r a q u e o s a l u n o s d i g a m o número; c a d a número é
s e m p r e u m a m a i s d o q u e o a n t e r i o r . F a z e r também o i n v e r s o :
t i r a r d e u m a e m u m a ( j o g o d o u m a m e n o s ) , d e duas e m d u a s
(dois a m e n o s ) e t c .
7. Adição. C o l o c a r três l a r a n j a s d e u m l a d o e dois abacates d e o u t r o .
M o n t a r o p r o b l e m a : P a p a i f o i à feira, q u a n t a s l a r a n j a s c o m p r o u ?
Q u a n t o s abacates? P e d i r a u m a l u n o q u e j u n t e t u d o . P e r g u n t a r
e m seguida:
— E n o t o t a l , q u a n t a s f r u t a s p a p a i c o m p r o u ?
A ação d e r e u n i r é necessária. É e l a q u e l e v a a o c o n c e i t o d e
adição. F a z e r várias vezes a a t i v i d a d e c o m o u t r o s números.
8. Subtração. C o l o c a r seis f e r r a m e n t a s n o flanelógrafo. P e r g u n t a r :
— Q u a n t a s são as f e r r a m e n t a s ?
M a n d a r r e t i r a r três.
— Q u a n t a s s o b r a r a m ?
E s s a ação d e r e t i r a r é q u e l e v a a o c o n c e i t o d e subtração. R e p e t i r .
9. I n v e r s i b i l i d a d e . R e t i r a r e c o l o c a r f i g u r a s n o q u a d r o , p a r a f o r m a r
a noção d e adição e subtração c o m o operações inversas.
10. O u t r o s m o d o s d e p e r c e b e r a adição e a subtração:
— Q u a n t o s d e v o c o l o c a r p a r a f i c a r e m sete?
— Q u a n t o s d e v o r e t i r a r p a r a f i c a r e m q u a t r o ?
— Q u a n t o s f a l t a m ? Q u a n t o s a m a i s ?
55
58. — R e t i r e i três e f i q u e i c o m c i n c o , q u a n t o s e r a m ?
— C o l o q u e i dois e f i q u e i c o m sete, q u a n t o s e r a m ?
11. S e p a r a r e m dois c o n j u n t o s .
E x e m p l o : sete bolas.
Há várias soluções:
1 + 6 , 2 + 5 , 3 + 4 , 4 + 3 , 5 + 2 , 6 + 1 .
12. S e p a r a r e m três c o n j u n t o s , r e p e t i n d o o raciocínio a n t e r i o r .
13. A s s o c i a r . V e j a m o s u m e x e m p l o c o m três c o n j u n t o s : três vacas,
d o i s b u r r o s e q u a t r o c a b r i t o s .
a) J u n t a r vacas e b u r r o s , a c h a r o t o t a l e depois j u n t a r o s c a b r i t o s :
(3 + 2 ) + 4 .
b ) J u n t a r b u r r o s e c a b r i t o s , a c h a r o t o t a l e depois j u n t a r as vacas:
3 + ( 2 + 4 ) .
14. Multiplicação. U s a r c o n j u n t o s c o m o m e s m o número d e e l e m e n t o s .
E x e m p l o : três c u r r a i s c o m duas vacas e m c a d a u m . N o t o t a l :
2 + 2 + 2 = 3 X 2 .
15. Divisão. R e p a r t i r flores e m três vasos; r e p a r t i r vacas e m c u r r a i s etc.
QUADRO DE PINOS
É u m q u a d r o simples, c o m f u r o s , e cerca d e v i n t e p i n o s q u e p o d e m
ser c o l o c a d o s n o s furos. P o d e ser f e i t o d e c o m p e n s a d o o u c h a p a d e
papelão. D e v e - s e riscar duas retas p e r p e n d i c u l a r e s e fazer u m g a n c h o
p a r a p e n d u r a r n a parede.
O q u a d r o d e p i n o s é m u i t o útil p a r a j o g o s . A s a t i v i d a d e s se desen-
v o l v e m s e m p r e e m duas direções:
a) p e d i r a o a l u n o q u e c o l o q u e p i n o s s e g u n d o u m a r e g r a ;
b) c o l o c a r o s p i n o s n o q u a d r o e p e d i r a o a l u n o q u e d e s c u b r a a
regra.
56
59. 0 0 o <
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O O O l
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0 o o o
) o o o ^
0 O 0 0
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> ? ? ? 0
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Sugestões de atividades
1. J o g o d e representar números c o m p i n o s . C a d a p i n o é u m a u n i d a d e ;
u m a l u n o d i z ( o u escreve) u m número, e o u t r o o representa.
2. J o g o d a o r d e m . F o r m a r escadinhas:
o
o o
o o o e t c .
3. P a r o u ímpar?
o o o
o o o o
4. Adição:
8 + 5 : c o l o c a r o i t o p i n o s m a i s c i n c o p i n o s e c o n t a r o t o t a l .
5. Subtração:
7 — 4 : c o l o c a r sete p i n o s , r e t i r a r q u a t r o p i n o s e c o n t a r o q u e r e s t o u .
57
60. 6. Multiplicação:
3 X 5 : c o l o c a r c i n c o p i n o s três vezes (três filas h o r i z o n t a i s o u
v e r t i c a i s ) e c o n t a r o t o t a l .
7. J o g o d a decomposição. Números r e t a n g u l a r e s , números p r i m o s ,
números c o m p o s t o s , números pares, números q u a d r a d o s . E x e m p l o s :
o o o
• 6 : o o o f o r m a retângulo, l o g o é c o m p o s t o ; .
• 5 : o o o o o não f o r m a retângulo, é p r i m o ;
o o
• 4 : o o f o r m a q u a d r a d o , é número q u a d r a d o .
8. Divisão:
1 8 - ^ - 3 : t o m a r d e z o i t o p i n o s e d i s t r i b u i r e m três filas. M o s t r a r
q u e as três filas f i c a m iguais.
9. M e t a d e — d o b r o ; u m terço — t r i p l o e t c .
10. J o g o d o p a r o r d e n a d o :
58
61. a) D a d o o p a r o r d e n a d o ( 4 , 3 ) , l o c a l i z a r n o q u a d r o : q u a t r o p a r a
a d i r e i t a e três p a r a c i m a ( c o m o n a f i g u r a a n t e r i o r ) .
b ) C o l o c a r u m p i n o n o q u a d r o e p e d i r q u e o a l u n o d i g a o s núme-
ros ( c o o r d e n a d a s ) ; usar apenas o p r i m e i r o q u a d r a n t e (números
positivos).
11. Gráficos. I m p o r condições:
a) T o d o s o s p i n o s c o m o p r i m e i r o número i g u a l a três: ( 3 , 2 ) ,
(3, 5 ) e t c .
b) T o d o s o s p i n o s c o m o s e g u n d o número i g u a l a c i n c o : ( 2 , 5 ) etc.
c) T o d o s o s p i n o s c o m o p r i m e i r o número i g u a l a o segundo: ( 2 , 2 )
etc.
d) T o d o s o s p i n o s c o m o s e g u n d o número i g u a l a o d o b r o d o p r i -
m e i r o : ( 3 , 6 ) , ( 1 , 2 ) e t c .
e) T o d o s o s p i n o s c o m o s e g u n d o número i g u a l a o p r i m e i r o m a i s
u m : ( 2 , 3 ) , ( 1 , 2 ) e t c .
C a d a caso destes r e s u l t a n u m a reta. O s p i n o s d e v e m ser ligados
c o m u m b a r b a n t e . M a i s tarde, dá-se u m c o m a n d o c o m o : o segundo
número i g u a l a o q u a d r a d o d o p r i m e i r o . Isso levará à formação d e
u m a parábola.
12. Operações vistas c o m o funções d e N 2
~» N :
a) C o m adição. C o l o c a r o p i n o e m ( 5 , 3 ) ; o a l u n o deve pensar
n o s dois números c o o r d e n a d o s e d i z e r oito.
C a d a p a r d e números p o s s u i u m a s o m a . O c o r r e o m e s m o c o m
as o u t r a s operações. A u m e n t a r a v e l o c i d a d e , c o m b i n a r j o g o s ,
p a g a m e n t o d e p r e n d a s e t c .
b ) C o m divisão. S e o p i n o f o r ( 6 , 2 ) , o a l u n o deve d i z e r três;
se o p i n o f o r ( 7 , 3 ) , o a l u n o d i z ser impossível. Porém, a p a r t i r
d a 3 . a
série, dirá sete terços.
13. Relações. O q u a d r o d e p i n o s p o d e também ser u s a d o p a r a gráficos
e relações ( v i s u a l i z a r as p r o p r i e d a d e s r e f l e x i v a , simétrica e assi-
métrica).
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