PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
Determinação por Ensaio de Chamas
1. Faculdade Padre João Bagozzi
Marcos William Mazarin de Oliveira
Determinação por ensaio de chamas
Curitiba
2017
Relatório realizado pelo
aluno Marcos William
Mazarin de Oliveira, RA
00020279, para a matéria
de Química Geral, orientado
pelo professor Marcos
Kamienski.
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1.Fundamentação Teórica
Como fundamentação teórica para os experimentos realizado no
laboratório, foi necessário o estudo do modelo atômico de Rutherford,
inicialmente somente com a estrutura básica dos átomos, posteriormente
com o aprimoramento realizado por Niels Bohr.
O modelo atômico primitivamente desenvolvido unicamente por
Rutherford apresenta uma estrutura atômica onde o núcleo, local que
apresenta praticamente a massa total do átomo, é composto exclusivamente
por prótons e nêutrons. Este mesmo núcleo é inteiramente envolvido pela
eletrosfera, esta que denomina o ambiente em que os elétrons se
movimentam no espaço.
Tal modelo foi aceitado como principal teoria para a estrutura de um
átomo em 1911, no entanto, mesmo com a genialidade de Rutherford, seu
conjunto de idéias ainda continha erros importantes para a física atômica,
podemos citar aqui:
a) Para Rutherford, o elétron detinha carga elétrica negativa,
e mesmo assim a atração pelo núcleo do átomo, que por
sua vez, possui carga positiva, não alterava o caminho
realizado pela partícula. Sabemos hoje que tal afirmação é
falsa devido á radiação constante entre o elétron e o
núcleo, portanto, se Rutherford estivesse certo, o circuito
percorrido pelo elétron se tornaria espiral, por fim chegando
a tocar o núcleo, fato que não ocorre na realidade.
Tendo conhecimento sobre tais erros, Niels Bohr, em 1913, utilizou o
modelo de Rutherford como base para a criação de seu próprio conjunto de
teorias, que posteriormente ficou conhecido como Modelo de Rutherford-
Bohr. Empregando a teoria quântica de Max Planck e o espectro de linhas
dos elementos, Bohr criou os princípios fundamentais de um átomo, são
eles:
a) Os elétrons não se movem livremente na eletrosfera, eles
são coordenados por órbitas circulares ao núcleo, estas
que são dividas por níveis de energia, portanto, todos os
átomos que detêm um mesmo nível de energia se
concentram em uma única órbita. O nível de energia dos
átomos é menor conforme a proximidade ao núcleo.
b) Para realizar a passagem de uma órbita para outra, o
elétron necessita ser excitado com uma quantidade de
energia determinada, quando tal procedimento é realizado,
o elétron assume um estado excitado, todavia, esse estado
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é instável, deste modo, quando a partícula voltar a sua
camada original, irá liberar a energia que tinha absorvida
em forma de onda eletromagnética.
c) Os níveis de energia de um elétron são quantizados, ou
seja, só são aceitos níveis de energia que detêm como
múltiplo um valor inteiro de fóton.
Levando em consideração tais modelos, o experimento detinha como
objetivo, a validação das expressões teóricas, especialmente do item b dos
princípios do átomo de Rutherford-Bohr, através do aquecimento de sais e a
visualização da liberação de energia.
Tal pesquisa contém a responsabilidade de demonstrar ao engenheiro a
veracidade dos fatos descritos por Rutherford-Bohr no início do século XX, e
que tais estudos perduram até os dias atuais.
2. Procedimento
Foram utilizados os equipamentos descritos a seguir:
a) Bico de Bunsen
b) Pinça de madeira
c) Cloreto de Níquel
d) Permanganato de Potássio
e) Carbonato de Cálcio
f) Cloreto de Ferro
g) Nitrato de Prata
h) Fio de Cobre
As etapas realizadas para cada sal foi idêntica, portanto, o procedimento
em seguida foi retratado sequencialmente e pode ser utilizado para todos os
sais.
I. Primeiramente, foi necessário a preparação de todos os
equipamentos
a. Foi construído um esboço de colher com o fio de cobre,
onde posteriormente iria ser colocado o sal á ser aquecido
b. Levando em consideração que o manuseio do fio de cobre
em aquecimento é de extremo perigo, utiliza-se a pinça de
madeira para o manejo do mesmo. Logo, foi
esquematizado um sistema onde o fio de cobre fique na
ponta da pinça e possa ser manejado facilmente.
c. Criou-se a chama no bico de Bunsen
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II. Escolhido o sal que seria aquecido, uma pequena quantia do
mesmo era posto na “colher” de cobre, e sobreposto ao fogo até
que o mesmo exibisse uma cor alterada, variando de sal para sal
III. Após a queima do sal, era retirado a quantia e a “colher” era
lavada com água corrente, para que assim fosse realizado os
demais testes.
IV. Para cada sal foi anotado a cor resultante e seu nome.
3. Resultados
As cores visualizadas após a queima de tais sais foram descritas
conforme a tabela abaixo:
Sal aquecido Cor resultante Cor esperada
Cloreto de níquel Laranja Amarelo-Laranja
Permanganato de potássio Lilás Violeta
Carbonato de cálcio Vermelho Vermelho-Laranja
Cloreto de ferro Roxo azulado Amarelo
Nitrato de Prata Verde Verde
4. Discussão e Conclusão
Os resultados obtidos estiveram em sua maioria dentro do descrito nos
documentos bibliográficos, porém, como os equipamentos apresentavam
grande contaminação, o produto derivado da queima do cloreto de ferro foi
extremamente diferente ao esperado, por conseguinte, podemos esclarecer
que o experimento em sua grande parte concluiu o objetivo de demonstrar
aos alunos que o modelo de Rutherford-Bohr é aplicável a realidade e
exemplificar visualmente a troca de energia entre os elétrons.
5. Referências Bibliográficas
Brasil Escola, Instrumentos de Laboratório. Disponível em:
<http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/instrumentos-
laboratorio.htm>. Acesso em 22 de março de 2017
Info Escola, Teste da chama. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/quimica/teste-da-chama/>. Acesso em 22 de março
de 2017..
Mundo Educação, Átomo de Rutherford. Disponível em:
<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/atomo-rutherford.htm>. Acesso
em 22 de março de 2017.
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Mundo Educação, O modelo atômico de Rutherford-Bohr. Disponível em:
<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/modelo-atomico-rutherford-
bohr.htm>. Acesso em 22 de março de 2017.
RUSSELL, John B.; Química Geral vol.1, São Paulo: Pearson Education
do Brasil, Makron Books, 1994