O documento discute a Desordem Reativa do Apego, uma condição na qual crianças não desenvolvem vínculos saudáveis com os cuidadores devido a traumas precoces como negligência, abuso ou perda de figuras de apego. Crianças com essa condição apresentam dificuldades em confiar nos outros, identificar sentimentos e estabelecer relacionamentos recíprocos. O tratamento visa controlar problemas de conduta, aumentar a comunicação e promover discussões positivas.
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Criança com alguns dias ou meses de vida
• Tem fome ou está molhada
• O que ela faz?
• Chora para atrair a atenção
• Expressão atrai a mãe que a alimenta e/ou
troca suas roupas
• Dia após dia, semana após semana:
proximidade, contato visual, toque,
movimentos e sorrisos
• Criação de laço de confiança entre criança
e mãe
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• O que acontece se esse ciclo é quebrado?
• Se a mãe não responde às necessidades
da criança?
• Se a criança nunca obtém resposta e
conforto?
• Ela aprende a não confiar
• Ela não aprende a se vincular!
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Segundo ano de vida: criança aprende
responsabilidade e controle
• Falta de situações permanentes:
desenvolvem “um dia de cada vez” como
compreensão da vida
• Isso afeta o desenvolvimento adequado
existente entre: pensamentos,
sentimentos, escolha de ações e atuações
• Falta de projeções para o futuro cria
problemas para o desenvolvimento de:
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Pensamento de causa e efeito
• Capacidade de postergar a gratificação
• Consciência
• Principais características de uma criança
com Desordem no Apego:
• Não confia em ninguém
• Não é emocionalmente honesta
• Não é capaz de identificar seus
sentimentos
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Não respeitam ninguém (nem a elas
mesmas)
• Não são capazes de relacionamentos
recíprocos (dar e receber)
• Abuso, negligência, trauma ou dor não
resolvida, perda e abandono: durante 1o.
ano de vida
• Operam de um modo único, para sobreviver
• Característica principal: relacionamento
social prejudicado (antes dos 5 anos)
• Crescer sem tratamento adequado pode
levar à sociopatia
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Para elas: o mundo é um lugar
inseguro
• Precisam desenvolver couraças
protetoras insalubres
• Objetivo: isolar a dor do apego e a
dependência dos cuidadores adultos
• Crença para a sobrevivência: “todos
por mim e eu por mim”
• Couraça: único meio para enfrentar e
sobreviver no mundo
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Tornam-se seus próprios provedores
• Veem as pessoas como ameaças que
tentam remover essa barreira
protetora
• Confiança significa amar e o amor
machuca
• Tentam controlar tudo e a todos
• Crianças com RAD normalmente
sofreram severos abusos emocionais
ou foram negligenciadas
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Essa criança demonstra inabilidade
de empatizar
• Ela não desenvolve um objeto de
amor internalizado ou uma
consciência
• Criança vítima de abuso: modelo
operativo interno reflete esse abuso
• Ela age como se o mundo fosse
abusivo
• Desenvolve comportamentos para
evitar sofrer abuso novamente
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Evita o apego: ele significa desistir do
controle
• Ele pressupõe que o mundo cuide dela
• Segundo a DSM-IV, a RAD tem dois
tipos:
• Tipo desinibido: sociabilidade
indiscriminada com inabilidade em
exibir apegos seletivos apropriados
• Ex: excessiva familiaridade com
estranhos ou falta de seleção de
figuras de apego
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Tipo Inibido: falha persistente em iniciar
ou responder de modo apropriado à
maioria das interações sociais
• Respostas excessivamente inibidas,
hiper vigilantes ou altamente
ambivalentes
• Ex: Responde aos cuidadores com
aproximação, evitação e resistência ao
conforto ou olhar gélido
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Crianças com RAD exibem 3 áreas
problemáticas específicas:
• 1) Impedimento na capacidade de
apego: relacionamentos formados
com base nas necessidades, com
pouca atenção por um cuidador
• 2) Retardo no desenvolvimento:
pensamento conceitual baixo,
habilidades de linguagem defasadas
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• 3) Controle pobre de impulsos:
particularmente agressão
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Ver: a ira de um anjo
• http://www.youtube.com/watch?v=cZk057tvY3A
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Efeitos da síndrome sobre a família:
• Sonhos parentais de amore e compreensão são
rapidamente apagados
• Frustração dos pais em receber amor recíproco
• Demonstrações públicas de ódio à mãe
(sofrimento através de rompimento emocional,
TEPT)
• Laço íntimo aparente com o pai
• Situações na escola, igreja, com amigos e
parentes tornam-se críticas para os pais
• Família controlada pelas excentricidades da
criança, afastando-a das funções sociais
normais
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Irmãos são alvos (ameaçados)
• Animais de estimação são alvos (perigo
constante)
• Festividades que propiciam proximidade (ex:
Natal) tornam-se estopim da raiva reativa
• Maternagem automática não funciona: não há
ponto de referência lógico
• Pais parecem hostis ou raivosos
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Causas:
• Ambivalência materna severa em relação à
gravidez
• Separação súbita do cuidador primário
(doença ou morte, hospitalização ou doença
súbita da criança)
• Abuso (físico, emocional, sexual)
• Mudanças ou recolocações frequentes
(abrigos, falhas na adoção)
• Experiência pré-natal traumática
• Exposição intrauterina ao álcool e às drogas
• Negligência
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Disposição genética
• Cuidados inconsistentes ou
inadequados
• Mães despreparadas com
habilidades parentais pobres
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Diagnóstico: 4 perguntas importantes
precisam ser feitas:
• 1) História: houve um trauma
significativo durante a gravidez ou no
parto?
• Houve traumas entre o nascimento e
os 3 anos de idade?
2) Como a criança se relaciona
socialmente com o mundo?
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Qual é o modelo operativo interno da
criança?
• Pais abusivos: desenvolvimento de
MOI que reflete esse abuso
• 3) Quais são os comportamentos
atuais da criança?
• Crianças com RAD terão
comportamentos que as protegem dos
outros e que controlam os outros
• Esses comportamentos as ajudam a
se sentirem seguras
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• 4) Que nível de saúde,
funcionalidade e laços essa família
possui?
• O primeiro olhar deve ser dado à
família
• As famílias podem permitir e
incentivar a disfunção da criança
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DESORDEM REATIVA DO APEGO
• Metas de tratamento:
• 1) Conter os problemas de conduta;
• 2) Aumentar a verbalização de
sentimentos e percepções
negativos;
• 3) Propiciar a comunicação das
necessidades e negociação das
diferenças;
• Promover discussões positivas