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Desenvolvimento
Neuropsicomotor
Dr. Marco A. Ubiali
Tipos de partos
Tabela para avaliação do Apgar
O perímetro cefáifo
• Ao nascimento:
‒ menino > 31,9 cm
‒ menina > 31,5 cm
• 12 cm em 12 meses
• O perímetro torácico
ultrapassa o perímetro
craniano por volta do
quarto-quinto mês de vida.
»É obrigatório e gratuito em todo o país.
»Deve ser feito entre o 3º e o 7º dia de vida do bebê
»Identifica, no Estado de São Paulo, as seguintes doenças:
• Fenilcetonúria
• Hipotireoidismo congênito
• Anemia falciforme e demais hemoglobinopatias
• Fibrose cística
• Hiperplasia adrenal congênita
• Deficiência de biotinidase
Teste do
Pezinho
Teste do
Pezinho
SP BR
Escala de Denver II
» Do nascimento aos 6 anos.
» Serve para triagem.
» Usar em crianças normais, quando há
alguma suspeita de alterações e em
criancas em risco.
» Compara a criança com outras da mesma
idade.
Cérebro humano
Cérebro humano
• 82 bilhões de neurônios
• Células gliais
• Rede de sinapses – 100 trilhões
• Regulados por genes específicos
• Influência de fatores ambientais
Crescimento celular do córtex cerebral
de 0-3m – 2 anos
»Quando aprendemos o cérebro estabelece vias neurais interligando neurônios.
»Os caminhos são criados com o uso e a repetição.
Crescimento celular do córtex cerebral
de 0-7 – 15 anos
»Os neurônios em uma via neural se comunicam entre si através de conexões, as sinapses, e
essas vias de comunicação podem se regenerar durante a vida.
Plasticidade cerebral = Aprendizagem
»Cada vez que ganhamos novos conhecimentos (através da prática repetida), a comunicação
sináptica entre neurônios é fortalecida.
»Uma melhor conexão entre os neurônios significa que os sinais elétricos são mais eficientes ao
criar ou usar uma nova via.
Plasticidade cerebral = Aprendizagem
»A repetição do circuito neural,
restabelecendo a transmissão
melhora a eficiência da transmissão
sináptica.
»Tipos de sinapse
Neurônio Espelho
• Descritos por Giaccamo Rizzolatti (1988)
• “Mirror neurons” na área pré-motora ventral de macacos.
• Células que disparam quando o animal realiza uma ação. específica com suas “mãos”: empurrar,
puxar, agarrar e colocar um amendoim na boca.
• As mesmas células disparam quando o animal observa alguém (o experimentador ou outro
macaco) realizar a mesma ação.
Neurônio Espelho
»Ativados quando o experimentador interage com o objeto.
»Desativados quando a ação for simplesmente imitada (sem o
objeto).
»Apenas a apresentação do objetos não os ativa.
»Unifica a percepção da ação e a execução dela.
»Compreensão direta das ações e emoções dos outros sem
mediação cognitiva de ordem superior.
»A sobrevivência depende de entender as ações, intenções e
emoções dos outros.
»Brain diagram by
Korbinian Brodmann
Ausência de respostas EEG
espelhadas no autismo
»O desenvolvimento limitado do mecanismo de espelho determina
alguns dos aspectos centrais dos distúrbios do espectro do autismo
»O desenvolvimento limitado do mecanismo do espelho e o de
alguns aspectos do sistema motor mostra que a reabilitação precisa
de estratégias motoras e cognitivas
Rizzolatti G et al. (2008) Mirror neurons and their
clinical relevance
Nat Clin Pract Neurol doi:10.1038/ncpneuro0990
Neurogênese
As células estaminais (giro
denteado, hipocampo e córtex pré-
frontal) se dividem em duas
células: uma célula estaminal e
uma célula que se transformará
em neurônio que migrará para as
áreas onde é necessário.
Neurogênese
Detectada uma substância própria de células imaturas, que não ocorre em neurônios maduros ou
em células gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios. Mirjana Maletic-Savatic - Stony
Brook University. Nova York. Espectroscopia NMR
• Correntes elétricas induzem a
neurogênese no hipocampo.
• A D-serina tem a capacidade de
intensificar o processo de criação de
novos neurônios.
• Anti depressivos aos 21 dias induzem
a neurogênese
• A ginástica cerebral (estimulação
cognitiva)
• Exercícios físicos
• Alimentação saudável.
Neurogênese
Neurônios expostos a paroxetina por 21 dias
produzem mais a proteína integrina chamada
ITGB3 (integrina beta 3) que possue função
ativa na adesão e conectividade celulares e
essenciais para a sinaptogênese.
O gene que expressa a ITGB3 apresentou o
maior crescimento de atividade. Este gene é
crucial para a atividade dos transportadores de
serotonina, os SERTs.
Os ISRSs trabalham no bloqueio do SERT e
para compensar a calmaria do SERT, mais
ITGB3 é produzida o que aumenta a
sinaptogênese e a neurogênese. Translational
Psychiatry - David Gurwitz e Noam Shomron,-n Universidade
de Tel Aviv.
Neurogênese
Brincadeiras, jogos, música , outras atividades estruturadas de natureza lúdica e
questionário.
Estimulação cognitiva
1. O que existe à direita de onde você mora?
2. O que existe à esquerda de onde você mora?
3. O que existe na frente de onde você mora?
4. Qual a avenida/rua mais importante do seu bairro?
5. Qual o número da sua casa ou apartamento?
6. A padaria fica a quantas ruas de onde você mora?
7. Onde fica a parada de ônibus mais próxima de onde você mora?
8. Como você explicaria a alguém como chegar onde você mora?
9. Que parente mora mais perto de você?
10.Quem são seus vizinhos?
11.Quais são os bairros vizinhos?
*Lembre de outro endereço que você morou e responda as questões acima.
Estímulos por faixa etária
Whoa! That’s a big number, aren’t you proud?
O sono REM
Estágio 1: 2 a 8% do sono
• Dura de segundos a 5 min.
• Redução do tônus muscular.
• Ondas cerebrais irregulares e rápidas.
• Respiração suave.
Estágio 2: 45 a 55% do sono
(cerca de 20 min/ciclo)
• Diminuição do ritmo cardíaco e
respiratório
• Temperatura do corpo cai (sono
ainda leve).
Estágio 3: 3 a 8% do sono
• Sono profundo
• Ondas cerebrais grandes e lentas.
Estágio 4: 10 a 15% do sono
• Sono mais profundo, total
inconsciência. “Desmaiou”.
• Começa a recuperação
O sono NREM
» 20 a 25% do sono total.
• A contradição: grau máximo de hipotonia muscular (moleza
mesmo), atividade cerebral intensa, aumento da frequência
cardíaca, respiratória e da pressão arterial.
• A fase dos sonhos (ou pesadelos), representada pelos movimentos
oculares rápidos (REM).
»As informações recebemos durante o dia são gravadas no cérebro nessa
fase
»As informações que não interessam são “esquecidas”
100%
4 a 6 ciclos de 70 a 110 minutos e que cada ciclo
se divide em 2 fases: sono não REM e sono REM.
Arquitetura do sono saudável
Elementos necessários para dormir bem
Duração Suficiente: Para ficarmos descansados e alertas
durante o dia (7 a 9 horas/ dia).
Continuidade: Dormir sem interrupções para que o
sono seja efetivo.
Profundidade: O sono tem que ser suficientemente
profundo para que seja restaurativo.
Câncer de mama: Menos de 6 horas/dia de sono leva a tumores mais agressivos e a
recorrência da doença após o tratamento. Universidade Case Western Reserve,Cheryl Thompson
Breast Cancer Research and Treatment.
Câncer de próstata: homens com até 65 anos dormindo 3/5 horas tem o risco 55%
maior de morrer de do que aqueles que dormem 7 horas. American Cancer Society, em Atlanta.
Pólipos colorretais: Aumento no numero, e são potencialmente cancerosos em quem
dorme menos de seis horas por noite. Universidade Case Western Reserve, Cleveland.
O sono fragmentado muda a forma como o sistema imunológico lida com o câncer,
fazendo a doença fique mais agressiva. David Gozal, revista Cancer Research.
Diabetes/obesidade: dormir pouco aumenta o apetite e a resistência à insulina.
Os níveis leptina são mais baixos enquanto os níveis de grelina são elevados. Pode
representar 4,5 quilos a mais em um ano.
Conseqüências de dormir pouco
Os riscos de doenças cardiovasculares e de derrame são mais altos em
quem dorme menos de 6 horas por noite. Uma noite de sono inadequado
pode causar elevações durante o dia da pressão nos hipertensos.
Calcificação das artérias coronárias e níveis elevados de fatores
inflamatórios relacionados à doença cardíaca. Dormir demais levam a
níveis mais altos de doenças cardíacas entre mulheres que dormem mais de
nove horas por noite. Timothy H. Monk,Programa de Pesquisa Humana da Western Psychiatric.
Sistemas corporais afetados de forma negativa: pulmões, rins, apetite,
função imunológica e resistência a doenças, sensibilidade à dor, tempo de
reação, humor e função cerebral. Universidade de Pittsburgh e do Western Psychiatric Institute and Clinic.
Menor rendimento físico: O sono tem impacto significativo no bem-estar
físico e mental porque tem função regenerativa.
Conseqüências de dormir pouco
Depressão/ansiedade/estresse/Disfunção erétil: aumentados.
Risco de acidentes: Um em cada cinco acidentes tem a ver com a falta de sono
(40 mil por ano e 1.550 morte por sono ao volante).
Limitação cognitiva: Diminuição da capacidade de atenção, a recuperação da
memória e a aprendizagem. Idosos são mais vulneráveis.
Hormônio do crescimento: durante o sono profundo: estimula o crescimento a
massa muscular na criança e repara células e tecidos danificados em crianças
quanto/adultos.
Resfriado: dormir menos do que sete horas por noite tem probabilidade 3 vezes
maior de desenvolver sintomas de resfriado quando expostos a vírus causadores
da doença do que quem dorme oito horas ou mais. Sheldon Cohen. Universidade Carnegie
Mellon
Conseqüências de dormir pouco
Diminui a memória, a capacidade de julgamento e de resolução de problemas.
Dormir tarde e a falta de rotina na hora de dormir: diminui a capacidade de
aprendizado das crianças. Amanda Sacker, do University College de Londres; Epidemiology e Community Health
Decisões ruins e riscos indevidos: A falta de dormir pensamento é lento, fica mais
difícil concentrar e prestar atenção, e as pessoas têm uma probabilidade de errar.
Destruição neuronal e sináptica. Há aumento da destruição de algumas sinapses. O cérebro tem um
sistema de limpeza (fagocitose dos astrócitos) que recria as sinapses danificadas e as transforma em novas
membranas e proteínas.
Aumento da atividade das micróglias: o que tem relação com o desenvolvimento de doenças
neurodegenerativas, como Azheimer e demência Michele Bellesi, Universidade Politécnica de Marche, Itália.
Diagnóstico errôneo do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade – TDAH- em
28% das crianças com problemas de sono tem sintomas de TDAH, mas não o distúrbio em si. Dr. Vatsal G.
Thakkar, Universidade de Nova York.
Conseqüências de dormir pouco
Avaliação neurológica
• Atitude
• Tônus
• Reflexos primitivos
• Equilíbrio estático e dinâmico
• Coordenação apendicular (dos membros)
• Funções cerebrais superiores
Desenvolvimento
Neuropsicomotor
» O DNPM se dá no sentido craniocaudal: firma
a cabeça, a seguir o tronco e, em seguida, os
membros inferiores.
» A maturação cerebral também ocorre no
sentido póstero-anterior: fixa o olhar (região
occipital), a seguir leva a mão aos objetos,
etc.
» A avaliação do desenvolvimento deve ser
baseada nos marcos definidos pela escala de
desenvolvimento Denver II.
Desenvolvimento
social
Desenvolvimento
motor
Desenvolvimento
da linguagem
Desenvolvimento
do desenho
Desenvolvimento
SOCIAL
Idade
Olhar o examinador e segui-lo em 180º 2 m
Sorriso social 3 m
Leva mão a objetos 4 m
Apreensão a estranhos 10 m
Dá tchau, bate palma 15 m
Imita atividades diárias 18 m
Desenvolvimento
MOTORIdade
Sustento cefálico 4 m
Sentar com apoio 6 m
Sentar sem apoio 9 m
Pinça superior 9 m
Em pé com apoio 10 m
Andar sem apoio 18 m
Controle de
ESFÍNCTERES
Idade
Controle vesical diurno iniciando 18 m
Controle vesical diurno em consolidação e
iniciando vesical noturno e anal
2 anos
Controle vesical diurno e anal
consolidados, vesical noturno em
consolidação
3 / 4 anos
Controle completo vesical e anal 5 anos
Após os
7 anos
Aperfeiçoamento das funções já
existentes Constituindo o
aprendizado formal.
Pode-se utilizar a
avaliação das funções
corticais (memória,
orientação, gnosias,
praxias e linguagem) e a
performance escolar.
2 anos
Rabiscos
Após alguns meses a criança começa a
nomear o que o rabisco representa
3 anos
Círculo como símbolo
universal (pode representar
quase tudo) e tentativa de
representação da figura
humana (círculo com duas
pernas).
4 a 5 anos
A figura humana tem mais
detalhes e os desenhos
representam histórias ou
eventos.
6 a 7 anos
Fase da paisagem
Linha azul na parte superior representa o
céu, linha verde na parte inferior
representa o chão.
- Podem desenhar a mesma paisagem
inúmeras vezes.
8 a 10 anos
Fase do realismo
A criança começa a desenhar
detalhadamente as coisas (não se
contenta com
esquematização/simplificação do
desenho).
Desenvolvimento
da LINGUAGEM
Idade
Lalação 6 m
Primeiras palavras 12 m
Palavra frase 18 m
Junta duas palavras 2 anos
Frases gramaticais 3 anos
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Teoria psicossexual de Freud
Teoria cognitiva de Piaget
Teoria psicossocial de Erikson
TEORIA PSICOSSOCIAL DE
FREUD
Estágio oral
Estágio anal
Estágio fálico
Latência
Estágio genital
TEORIA COGNITIVA DE
PIAGET
Teoria psicossocial do
desenvolvimento de Erik Erikson
• Cada estágio contribui para a formação da personalidade total (princípio
epigenético), sendo por isso todos importantes.
• O núcleo de cada estágio é uma crise básica.
• A formação da identidade primeiros quatro estágios, e o senso negociado na
adolescência evolui e influencia os últimos três estágios.
• Leva em conta aspectos biológicos, individual e social. (EPIGENÉTICA).
• Enfatiza o conceito de identidade, que se forma no 5º estágio, e o de crise que
sem possuir um sentido dramático está presente em todas as idades, sendo a
forma como é resolvida determinante para resolver na vida futura os conflitos.
Deficiência intelectual
Funcionamento intelectual inferior à média,
associado a limitações nas habilidades do
comportamento adaptativo ou da capacidade do
indivíduo em responder às demandas da sociedade,
em pelo menos duas áreas
(dificuldades quanto à comunicação, atividades da
vida diária, adaptação social, saúde, habilidades
acadêmicas, profissionais), com início antes dos 18
anos.
Deficiência intelectual: diagnóstico
Atraso no desenvolvimento: demora sustentar a cabeça, andar e falar
Dificuldade na coordenação motora global e fina
Dificuldade de compreensão: entender um pedido, regras de jogos; não sabem brincar
Dificuldades de aprendizagem na escola: muita dificuldade em acompanhar o ensinado, na alfabetização, a ler e
escrever
Dificuldades de relacionamento: não interagem adequadamente, podem preferir brincar com crianças mais novas
Dificuldade no raciocínio: dificuldade de resolver problemas
Dificuldade no pensamento abstrato: na capacidade de compreender ideias complexas, de aprender rapidamente
ou de aprender com a experiência
Dificuldade para realizar as atividades do dia-a-dia: tomar banho, alimentar, trocar de roupa, cuidar da higiene
pessoal; fazer pequenas compras
Dificuldade com os recursos comunitários: (dificuldade para andar de ônibus, para se locomover sozinho, para
usar telefone)
Parece ter menos idade do que realmente tem: imaturo, infantilizado
Deficiência intelectual
Etiologia
• Genética: cromossômica,
EIM, malformações.
• Pré-natal: desnutrição,
infecção, trauma e uso de
droga.
• Perinatal: asfixia e
tocotraumatismo.
• Pós-natal: infecção,
desnutrição, TCE, falta de
estímulos adequado.
Tipo
• Predomínio motor: PC,
hipotonia central, dças
neuromusculares e
ortopédicas.
• Predomínio linguagem:
hipoacusia, autismo.
• Global: malformações,
encefalopatias,
cromossômicas.
Fenilcetonúria (pku)
As mutações podem ocorrer em 1
dos 13 exões do cromossoma
número 12 do cariótipo humano.
Síndrome de Down
Síndrome de Rett
Desenvolvimento
normal até 6-18m
Deixa de brincar Perda do uso
intencional das mãos
Movimentos
atípicos das mãos
Entrelaç. dedos,
lavar, torcer mãos
Mão na boca
Comportamentos
autísticos
Marcha com
base alargada
Coluna vertebral
em “S”
Mutações em um gene no cromossomo X, chamado
MECP2. Codifica a proteína MeCP2 que controla o
desenvolvimento dos neurônios
Medicamento: Tamoxifeno
Autismo
Prevalência:
• 1 em cada 88 crianças tem o diagnóstico.
• 5 vezes mais comum em meninos.
• 1 em 54 meninos
• 1 em 252 meninas
Diagnóstico: sintomas centrais do autismo:
• Prejuízo na interação social: comprometimento
comportamentos não-verbais, como o olhar “olho-no-
olho”, o uso da expressão facial, posturas corporais e
gestos para regular a interação social
• Prejuízos qualitativos na comunicação: ausência no
desenvolvimento da fala ou, em indivíduos com fala
adequada, acentuado prejuízo na capacidade de iniciar ou
manter uma conversa com os outros.
• Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de
comportamento, interesses e atividade: adesão
inflexível a rotinas não-funcionais, comportamentos
motores repetitivos.
Avaliação neurológica Autismo
Asperger:
- Déficits na comunicação social e interação social.
- Padrões restritos ou repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades.
- Asperger não apresentam atraso no desenvolvimento da linguagem ou
déficits cognitivos. Não tem inteligência superior à média.
- Síndrome de Savant: presença de áreas específicas superdesenvolvidas,
como hiperlexia (leitura precoce e abundante, mas sem compreensão),
habilidade para cálculos ou uma memória prodigiosa em alguns aspectos.
- Podem um conhecimento profundo em um único assunto (Ex: dinossauros,
um tipo específico de animal ou sobre planetas), sem refletir inteligência, mas
como parte de um dos critérios diagnósticos do autismo, os denominados
interesses restritos e repetitivos.
Síndrome do X Frágil
Comportamento:
• Hiperatividade; impulsividade
• Baixa concentração
• Ansiedade social
• Dificuldade em lidar com estímulos sensorial
• Desagrado quando a rotina é alterada
• Comportamentos repetitivos
• Irritação e "explosões emocionai
• Agitar as mãos
• Evita contato tátil
• Evitar contato visual
• Dificuldade de relacionamento social marcada por timidez
acentuada
• Recém-nascidos: sem indícios na aparência físicos
• Boa saúde
• Face alongada
• Orelhas grandes e em abano
• Mandíbula proeminente
• Macrorquidia (testículos aumentados)no adulto
Síndrome de Kabuki
Apresentam cinco características fundamentais
(Pêntade de Niikawa):
• dismorfismo facial,
• anomalias esqueléticas,
• anormalidades dermatoglíficas,
• retardo mental de leve a moderado
• deficiência no crescimento pós-natal
Síndrome de Cornélia de Lange
Face: linha anterior do cabelo baixa, sinofres, narinas antevertidas, prognatismo
maxilar, filtrum longo e boca de carpa.
Retardo do crescimento,
retardo mental severo,
baixa estatura,
um choro tipo rosnar baixo,
braquicefalia,
orelhas pequenas,
ponte nasal diminuída,
hirsutismo,
malformações das mãos
cardiopatias congênitas
distúrbios da atenção
expressiva memória visual
Síndrome de Prader Willi
•Hiperfagia - constante sensação de fome e interesse com comida,
que pode surgir entre os 2 e 5 anos de idade e levar a obesidade
ainda na infância.
•Hipotonia - atraso nas fases típicas do desenvolvimento
psicomotor quando bebês. Mais tarde fraco tônus muscular,
dificuldades com alguns movimentos, equilíbrio, escrita, uso de
instrumentos, lentidão.
•Dificuldades de aprendizagem e fala.
•Instabilidade emocional e imaturidade nas trocas sociais.
•Alterações hormonais - atraso no desenvolvimento sexual.
•Baixa estatura.
•Diminuição da sensibilidade à dor.
•Mãos e pés pequenos.
•Pele mais clara que os pais.
•Boca pequena com o lábio superior fino e inclinado para baixo
nos cantos da boca.
•Fronte estreita.
•Olhos amendoados e estrabismo.
Origem genética
localizada no
cromossomo 15
Síndrome de Warkany ou
Trissomia 8
• Trissomia simples do 8 é fatal (aborto espontâneo).
• Os sobreviventes apresentam a trissomia na forma de
mosaicismo.
• Conformação facial relativamente comum entre os
portadores, rótulas ausentes ou displásicas,
contrações espasmódicas, sulcos nas plantas dos pés
e nas palmas das mãos, provocando postura
distintiva anormal do dedo do pé, anomalia vertebral,
pélvis estreita, anomalias ureteral - renal ou outras.
Síndrome de
Turner
Síndrome do Tríplo X
Os sintomas dessa síndrome envolvem:
• Menor grau de inteligência
• Pessoa com características sexuais e
comportamentais femininas
• Mulheres tendem a ser altas
• Múltiplas peles frouxas no pescoço
• São férteis/algumas estéreis
• Podem entrar na menopausa precocemente
• Retardamento mental (o grau de retardamento
varia entre as portadoras)
• Mulheres portadoras podem dar origem a crianças
perfeitamente normais.
• Ao nascer não apresentam claramente os
sintomas; podem apresentar baixo peso.
Síndrome do Tríplo X
• Baixa massa muscular
• Atraso no desenvolvimento do sistema motor e linguagem, bem como déficit cognitivo e
problemas e aprendizagem
• Dificuldades de conduta e emocionais
• Insuficiência renal
• Anomalias no sistema reprodutor
• Baixo índice de fertilidade
• Mulheres com a Síndrome do triplo X apresentam uma maior altura comparada à média da sua
mesma família.
Anomalia cromossômica mais comum entre as mulheres (1/1000 nascidas). A
maioria não apresentam sintomas ou são afetadas apenas de forma leve.
Estima-se que somente 10% dos casos da Síndrome do Triplo X chegam a ser
diagnosticados.
Trissomia X: alteração numérica dos cromossomos que ocorre em mulheres
que possuem um cromossomo X a mais (47).
Síndrome do XYY
• Apresentam altura média de 1,80 m
• Aumento do acne facial durante a
adolescência
• Anomalias nas genitálias
• Distúrbios motores e na fala
• Taxa de testosterona aumentada
• Inclinação antissocial
• Aumento de agressividade.• Imaturidade no desenvolvimento emocional
• Crescimento ligeiramente acelerado na infância
• Problemas no aprendizado e na leitura
• Volume cerebral reduzido
• Dentes grandes
• Glabela saliente
• Mãos e pés mais compridos
Síndrome de Spoan
Causada por um alelo autossômico recessivo
localizada no cromossomo 11 (11q13).
Serrinha dos Pintos -
interior do Rio Grande do
Norte
Síndrome de Treacher Collins
Caracterizada por achatamento dos ossos
malares da face (hipoplasia malar), queixo
pequeno (micrognatia), orelhas pequenas,
mal-formadas ou ausentes, surdez total ou
parcial, defeitos nas pálpebras inferiores
(coloboma), olhos com os cantos externos
“caídos” para baixo e palato estreito ou
fissurado.
Herança autossômica
dominante causada por
mutações no gene TCOF1,
localizado no cromossomo
5 (5q32)
Hidrocefalia
Doença de Canavan
ou síndrome de Kanavan
Leucodistrofia
Cromossomo humano 17 (interfere com o crescimento da bainha de mielina)
Aumento da circunferência crâneo
Falta de controle da cabeça
Visão reduzida (podem ficar cegas)
Tônus muscular anormal (rigidez ou flexibilidade excessiva)
Dificuldade para rastejar, engatinhar, caminhar
Convulsões
Atraso de desenvolvimento
Podem ficar surdas e/ou ter problemas para engolir
Os sintomas só se tornam aparentes aos três a nove meses de idade.
Transtorno de Déficit
de Atenção - TDAH
Sintomas: desatenção,
dificuldade de executar tarefas que
exijam concentração, planejamento,
organização e auto monitoramento,
déficit no controle de impulsos e
hiperatividade psicomotora.
É sub-diagnosticado. Sabe-se que
sua prevalência é de 5-6% das
crianças em idade escolar.
É excessivamente
diagnosticado. Quando crianças
com qualquer outro problema são
taxadas de portadoras de déficit de
atenção e/ou de hiperatividade.
Transtorno de Déficit
de Atenção - TDAH
Comorbidades:
50 a 80% das crianças com
TDAH apresenta um segundo
diagnóstico:
20 a 60”: TOD (Transtorno Opositivo-
Desafiante).
20%: Depressão.
25%: Ansiedade.
50%: Transtornos do Aprendizado.
25 a 40%: Transtorno de conduta
(quadro comportamental grave).
Discalculia
Dificuldade em lidar com a matemática
Dificuldade na memorização dos fatos
matemáticos (soma e multiplicação)
Compreender os conceitos matemáticos
Aplicar corretamente os procedimentos
matemáticos
Utilizar a matemática no cotidiano e na
solução de problemas quantitativos.
Disgrafia
Transtorno de aprendizado em escrita
Há um déficit na capacidade do indivíduo escrever
corretamente palavras isoladas (ortografia), além de ter
problemas na acentuação, pontuação e concordâncias.
Há uma dificuldade na escrita de frases e textos.
Problemas na organização das ideias no papel, elaboração
superficial das ideias, frases desconexas, lentidão excessiva e
conteúdo pobre ou inadequado.
Transtorno de Aprendizado
Não-Verbal
Desenvolvimento normal da fala e vocabulário,
Déficits:
• Motricidade: falta de coordenação, problemas de equilíbrio
• Habilidades visuoespaciais: dificuldade em lidar com quebra-
cabeças, labirintos, mapas, em copiar figuras mais elaboradas e
montar objetos. Memória visual pobre.
• Social: Dificuldade em compreender a comunicação não verbal,
dificuldade de adaptação às transições e situações novas, déficits no
julgamento e interação social.
• Sensorial: déficits na percepção sensorial visual, auditiva e tátil e
dificuldade com matemática
Cópia feita por uma criança com Transtorno Não-Verbal
do Aprendizado.
Dislexia
Transtorno específico de aprendizagem de
origem neurobiológica.
Dificuldade no reconhecimento preciso e/ou
fluente da palavra, na habilidade de
decodificação e em soletração.
As dificuldades resultam de um déficit no
componente fonológico da linguagem.
A criança não deve ter déficit intelectual.
Dislexia
Neuroplasticidade
Redes neurais antes
do treinamento
Redes neurais 2
semana após a
estimulação
Redes neurais 2
meses após a
estimulação.
Capacidade dos
neurônios de
regenerar –se
anatomicamente e
funcionalmente e
formar novas
conexões sinápticas.
Plasticidade funcional
compensatória
Com a idade há declínio neurobiológico.
Ao processar novas informações usaram as mesmas regiões cerebrais que os
adultos jovens, mas, também usaram regiões cerebrais adicionais que não foram
ativadas nos adultos idosos com um nível baixo desempenho.
O uso de recursos cognitivos adicionais reflete uma estratégia compensatória e o
cérebro reorganiza suas redes neurocognitivas.
A solução funcional é através das vias neurais alternativas, que a maioria das vezes
ativam regiões em ambos os hemisférios (quando apenas um é ativado nos adultos
jovens).
Plasticidade funcional
compensatória
Plasticidade permite o cérebro modificar suas características biológicas, químicas e físicas.
O cérebro vai adquirir novos conhecimentos e deste modo atualizar seu potencial para a
plasticidade, se o novo conhecimento modifica seu comportamento.
Para marcar o cérebro fisiologicamente, o conhecimento deve conduzir a modificações no
comportamento e deve ser relevante e necessário.
Se uma experiência de aprendizagem é compensadora ela modifica o comportamento e
consequentemente o cérebro.
Se queremos produzir novos conhecimentos modificando as redes neurais, com jogos
interativos temos que dar incentivos (a antiga tradição de dar as crianças apoios e
recompensas enquanto se dedicam a aprender).
Plasticidade funcional
compensatória
Os padrões de plasticidade são diferentes durante as idades.
A atividade intelectual e mental induz a plasticidade cerebral.
O cérebro pode ser alterado de forma positiva e negativa mesmo antes do nascimento.
O treinamento cognitivo parece ideal para induzir a plasticidade cerebral e estabelecer novos
circuitos neurais, o fortalecimento das conexões sinápticas, mas na ausência de um benefício
comportamental tangível, o cérebro não vai adquirir conhecimentos eficazmente.
É preciso integrar objetivos altamente personalizados e relevantes com o treinamento.
Plasticidade funcional compensatória
American Academy of Family Physicians
Participar de jogos online programados para aprimorar a memória.
Convidar os amigos para uma tarde de jogos de tabuleiro e cartas (dama, xadrez, gamão, dominó, canastra,
truco, pôquer, etc).
Montar quebra-cabeças, além de fazer palavras cruzadas e Sudoku.
Memorizar listas de tarefas ou anotar e memorizar letras de uma nova música.
Desenhar mapas dos caminhos que você faz regularmente.
Ler sempre algum livro. Ao terminar um, já começar um novo livro.
Fazer as atividades diárias de uma maneira nova, como mexer o café com a mão menos dominante, mudar
trajetos, trocar o lado do mouse no computador, pentear os cabelos com a mão que você geralmente não
usa para isso.
Aprender um novo idioma, ter um hobby, tocar um instrumento musical, dançar.
Fazer aulas que o desafiem a aprender algo novo.
Sair para conversar com os amigos e dar boas risadas juntos.
Trinômio
Escola
Espaço físico
Pedagógico
Corpo docente
Família
Pais
Interação pais
Escola
Rotina familiar
Criança
Sensoriais
Doenças
crônicas
Psiquiátricos
RM
Neuropatologia
(PC, epilepsia,
TDAH e
transtornos de
aprendizado
Conquistas
Portaria nº 371, de 7 de
maio de 2014
Portaria n.º 569/GM Em
1 de junho de 2000
Portaria nº 22, de 15 de
janeiro de 1992
Lei nº 11.494, de 20 de
junho de 2007*
*Art. 10. A distribuição proporcional de recursos dos Fundos levará em conta as seguintes diferenças entre etapas,
modalidades e tipos de estabelecimento de ensino da educação básica: XIV - educação especial;
E o trabalho terminou?
O FUTURO DAS APAES
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OBRIGADO
Dr. Marco Aurélio Ubiali
Neurologista
drubiali@yahoo.com.br

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  • 4. O perímetro cefáifo • Ao nascimento: ‒ menino > 31,9 cm ‒ menina > 31,5 cm • 12 cm em 12 meses • O perímetro torácico ultrapassa o perímetro craniano por volta do quarto-quinto mês de vida.
  • 5. »É obrigatório e gratuito em todo o país. »Deve ser feito entre o 3º e o 7º dia de vida do bebê »Identifica, no Estado de São Paulo, as seguintes doenças: • Fenilcetonúria • Hipotireoidismo congênito • Anemia falciforme e demais hemoglobinopatias • Fibrose cística • Hiperplasia adrenal congênita • Deficiência de biotinidase Teste do Pezinho
  • 7. Escala de Denver II » Do nascimento aos 6 anos. » Serve para triagem. » Usar em crianças normais, quando há alguma suspeita de alterações e em criancas em risco. » Compara a criança com outras da mesma idade.
  • 8.
  • 10. Cérebro humano • 82 bilhões de neurônios • Células gliais • Rede de sinapses – 100 trilhões • Regulados por genes específicos • Influência de fatores ambientais
  • 11. Crescimento celular do córtex cerebral de 0-3m – 2 anos »Quando aprendemos o cérebro estabelece vias neurais interligando neurônios. »Os caminhos são criados com o uso e a repetição.
  • 12. Crescimento celular do córtex cerebral de 0-7 – 15 anos »Os neurônios em uma via neural se comunicam entre si através de conexões, as sinapses, e essas vias de comunicação podem se regenerar durante a vida.
  • 13. Plasticidade cerebral = Aprendizagem »Cada vez que ganhamos novos conhecimentos (através da prática repetida), a comunicação sináptica entre neurônios é fortalecida. »Uma melhor conexão entre os neurônios significa que os sinais elétricos são mais eficientes ao criar ou usar uma nova via.
  • 14. Plasticidade cerebral = Aprendizagem »A repetição do circuito neural, restabelecendo a transmissão melhora a eficiência da transmissão sináptica. »Tipos de sinapse
  • 15. Neurônio Espelho • Descritos por Giaccamo Rizzolatti (1988) • “Mirror neurons” na área pré-motora ventral de macacos. • Células que disparam quando o animal realiza uma ação. específica com suas “mãos”: empurrar, puxar, agarrar e colocar um amendoim na boca. • As mesmas células disparam quando o animal observa alguém (o experimentador ou outro macaco) realizar a mesma ação.
  • 16. Neurônio Espelho »Ativados quando o experimentador interage com o objeto. »Desativados quando a ação for simplesmente imitada (sem o objeto). »Apenas a apresentação do objetos não os ativa. »Unifica a percepção da ação e a execução dela. »Compreensão direta das ações e emoções dos outros sem mediação cognitiva de ordem superior. »A sobrevivência depende de entender as ações, intenções e emoções dos outros. »Brain diagram by Korbinian Brodmann
  • 17. Ausência de respostas EEG espelhadas no autismo »O desenvolvimento limitado do mecanismo de espelho determina alguns dos aspectos centrais dos distúrbios do espectro do autismo »O desenvolvimento limitado do mecanismo do espelho e o de alguns aspectos do sistema motor mostra que a reabilitação precisa de estratégias motoras e cognitivas Rizzolatti G et al. (2008) Mirror neurons and their clinical relevance Nat Clin Pract Neurol doi:10.1038/ncpneuro0990
  • 18. Neurogênese As células estaminais (giro denteado, hipocampo e córtex pré- frontal) se dividem em duas células: uma célula estaminal e uma célula que se transformará em neurônio que migrará para as áreas onde é necessário.
  • 19. Neurogênese Detectada uma substância própria de células imaturas, que não ocorre em neurônios maduros ou em células gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios. Mirjana Maletic-Savatic - Stony Brook University. Nova York. Espectroscopia NMR • Correntes elétricas induzem a neurogênese no hipocampo. • A D-serina tem a capacidade de intensificar o processo de criação de novos neurônios. • Anti depressivos aos 21 dias induzem a neurogênese • A ginástica cerebral (estimulação cognitiva) • Exercícios físicos • Alimentação saudável.
  • 20. Neurogênese Neurônios expostos a paroxetina por 21 dias produzem mais a proteína integrina chamada ITGB3 (integrina beta 3) que possue função ativa na adesão e conectividade celulares e essenciais para a sinaptogênese. O gene que expressa a ITGB3 apresentou o maior crescimento de atividade. Este gene é crucial para a atividade dos transportadores de serotonina, os SERTs. Os ISRSs trabalham no bloqueio do SERT e para compensar a calmaria do SERT, mais ITGB3 é produzida o que aumenta a sinaptogênese e a neurogênese. Translational Psychiatry - David Gurwitz e Noam Shomron,-n Universidade de Tel Aviv.
  • 21. Neurogênese Brincadeiras, jogos, música , outras atividades estruturadas de natureza lúdica e questionário. Estimulação cognitiva 1. O que existe à direita de onde você mora? 2. O que existe à esquerda de onde você mora? 3. O que existe na frente de onde você mora? 4. Qual a avenida/rua mais importante do seu bairro? 5. Qual o número da sua casa ou apartamento? 6. A padaria fica a quantas ruas de onde você mora? 7. Onde fica a parada de ônibus mais próxima de onde você mora? 8. Como você explicaria a alguém como chegar onde você mora? 9. Que parente mora mais perto de você? 10.Quem são seus vizinhos? 11.Quais são os bairros vizinhos? *Lembre de outro endereço que você morou e responda as questões acima.
  • 22. Estímulos por faixa etária Whoa! That’s a big number, aren’t you proud?
  • 23. O sono REM Estágio 1: 2 a 8% do sono • Dura de segundos a 5 min. • Redução do tônus muscular. • Ondas cerebrais irregulares e rápidas. • Respiração suave. Estágio 2: 45 a 55% do sono (cerca de 20 min/ciclo) • Diminuição do ritmo cardíaco e respiratório • Temperatura do corpo cai (sono ainda leve). Estágio 3: 3 a 8% do sono • Sono profundo • Ondas cerebrais grandes e lentas. Estágio 4: 10 a 15% do sono • Sono mais profundo, total inconsciência. “Desmaiou”. • Começa a recuperação
  • 24. O sono NREM » 20 a 25% do sono total. • A contradição: grau máximo de hipotonia muscular (moleza mesmo), atividade cerebral intensa, aumento da frequência cardíaca, respiratória e da pressão arterial. • A fase dos sonhos (ou pesadelos), representada pelos movimentos oculares rápidos (REM). »As informações recebemos durante o dia são gravadas no cérebro nessa fase »As informações que não interessam são “esquecidas”
  • 25. 100% 4 a 6 ciclos de 70 a 110 minutos e que cada ciclo se divide em 2 fases: sono não REM e sono REM. Arquitetura do sono saudável
  • 26. Elementos necessários para dormir bem Duração Suficiente: Para ficarmos descansados e alertas durante o dia (7 a 9 horas/ dia). Continuidade: Dormir sem interrupções para que o sono seja efetivo. Profundidade: O sono tem que ser suficientemente profundo para que seja restaurativo.
  • 27. Câncer de mama: Menos de 6 horas/dia de sono leva a tumores mais agressivos e a recorrência da doença após o tratamento. Universidade Case Western Reserve,Cheryl Thompson Breast Cancer Research and Treatment. Câncer de próstata: homens com até 65 anos dormindo 3/5 horas tem o risco 55% maior de morrer de do que aqueles que dormem 7 horas. American Cancer Society, em Atlanta. Pólipos colorretais: Aumento no numero, e são potencialmente cancerosos em quem dorme menos de seis horas por noite. Universidade Case Western Reserve, Cleveland. O sono fragmentado muda a forma como o sistema imunológico lida com o câncer, fazendo a doença fique mais agressiva. David Gozal, revista Cancer Research. Diabetes/obesidade: dormir pouco aumenta o apetite e a resistência à insulina. Os níveis leptina são mais baixos enquanto os níveis de grelina são elevados. Pode representar 4,5 quilos a mais em um ano. Conseqüências de dormir pouco
  • 28. Os riscos de doenças cardiovasculares e de derrame são mais altos em quem dorme menos de 6 horas por noite. Uma noite de sono inadequado pode causar elevações durante o dia da pressão nos hipertensos. Calcificação das artérias coronárias e níveis elevados de fatores inflamatórios relacionados à doença cardíaca. Dormir demais levam a níveis mais altos de doenças cardíacas entre mulheres que dormem mais de nove horas por noite. Timothy H. Monk,Programa de Pesquisa Humana da Western Psychiatric. Sistemas corporais afetados de forma negativa: pulmões, rins, apetite, função imunológica e resistência a doenças, sensibilidade à dor, tempo de reação, humor e função cerebral. Universidade de Pittsburgh e do Western Psychiatric Institute and Clinic. Menor rendimento físico: O sono tem impacto significativo no bem-estar físico e mental porque tem função regenerativa. Conseqüências de dormir pouco
  • 29. Depressão/ansiedade/estresse/Disfunção erétil: aumentados. Risco de acidentes: Um em cada cinco acidentes tem a ver com a falta de sono (40 mil por ano e 1.550 morte por sono ao volante). Limitação cognitiva: Diminuição da capacidade de atenção, a recuperação da memória e a aprendizagem. Idosos são mais vulneráveis. Hormônio do crescimento: durante o sono profundo: estimula o crescimento a massa muscular na criança e repara células e tecidos danificados em crianças quanto/adultos. Resfriado: dormir menos do que sete horas por noite tem probabilidade 3 vezes maior de desenvolver sintomas de resfriado quando expostos a vírus causadores da doença do que quem dorme oito horas ou mais. Sheldon Cohen. Universidade Carnegie Mellon Conseqüências de dormir pouco
  • 30. Diminui a memória, a capacidade de julgamento e de resolução de problemas. Dormir tarde e a falta de rotina na hora de dormir: diminui a capacidade de aprendizado das crianças. Amanda Sacker, do University College de Londres; Epidemiology e Community Health Decisões ruins e riscos indevidos: A falta de dormir pensamento é lento, fica mais difícil concentrar e prestar atenção, e as pessoas têm uma probabilidade de errar. Destruição neuronal e sináptica. Há aumento da destruição de algumas sinapses. O cérebro tem um sistema de limpeza (fagocitose dos astrócitos) que recria as sinapses danificadas e as transforma em novas membranas e proteínas. Aumento da atividade das micróglias: o que tem relação com o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como Azheimer e demência Michele Bellesi, Universidade Politécnica de Marche, Itália. Diagnóstico errôneo do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade – TDAH- em 28% das crianças com problemas de sono tem sintomas de TDAH, mas não o distúrbio em si. Dr. Vatsal G. Thakkar, Universidade de Nova York. Conseqüências de dormir pouco
  • 31. Avaliação neurológica • Atitude • Tônus • Reflexos primitivos • Equilíbrio estático e dinâmico • Coordenação apendicular (dos membros) • Funções cerebrais superiores
  • 32. Desenvolvimento Neuropsicomotor » O DNPM se dá no sentido craniocaudal: firma a cabeça, a seguir o tronco e, em seguida, os membros inferiores. » A maturação cerebral também ocorre no sentido póstero-anterior: fixa o olhar (região occipital), a seguir leva a mão aos objetos, etc. » A avaliação do desenvolvimento deve ser baseada nos marcos definidos pela escala de desenvolvimento Denver II. Desenvolvimento social Desenvolvimento motor Desenvolvimento da linguagem Desenvolvimento do desenho
  • 33. Desenvolvimento SOCIAL Idade Olhar o examinador e segui-lo em 180º 2 m Sorriso social 3 m Leva mão a objetos 4 m Apreensão a estranhos 10 m Dá tchau, bate palma 15 m Imita atividades diárias 18 m
  • 34. Desenvolvimento MOTORIdade Sustento cefálico 4 m Sentar com apoio 6 m Sentar sem apoio 9 m Pinça superior 9 m Em pé com apoio 10 m Andar sem apoio 18 m
  • 35. Controle de ESFÍNCTERES Idade Controle vesical diurno iniciando 18 m Controle vesical diurno em consolidação e iniciando vesical noturno e anal 2 anos Controle vesical diurno e anal consolidados, vesical noturno em consolidação 3 / 4 anos Controle completo vesical e anal 5 anos
  • 36. Após os 7 anos Aperfeiçoamento das funções já existentes Constituindo o aprendizado formal. Pode-se utilizar a avaliação das funções corticais (memória, orientação, gnosias, praxias e linguagem) e a performance escolar.
  • 37. 2 anos Rabiscos Após alguns meses a criança começa a nomear o que o rabisco representa
  • 38. 3 anos Círculo como símbolo universal (pode representar quase tudo) e tentativa de representação da figura humana (círculo com duas pernas).
  • 39. 4 a 5 anos A figura humana tem mais detalhes e os desenhos representam histórias ou eventos.
  • 40. 6 a 7 anos Fase da paisagem Linha azul na parte superior representa o céu, linha verde na parte inferior representa o chão. - Podem desenhar a mesma paisagem inúmeras vezes.
  • 41. 8 a 10 anos Fase do realismo A criança começa a desenhar detalhadamente as coisas (não se contenta com esquematização/simplificação do desenho).
  • 42. Desenvolvimento da LINGUAGEM Idade Lalação 6 m Primeiras palavras 12 m Palavra frase 18 m Junta duas palavras 2 anos Frases gramaticais 3 anos
  • 43. DESENVOLVIMENTO SOCIAL Teoria psicossexual de Freud Teoria cognitiva de Piaget Teoria psicossocial de Erikson
  • 44. TEORIA PSICOSSOCIAL DE FREUD Estágio oral Estágio anal Estágio fálico Latência Estágio genital
  • 46. Teoria psicossocial do desenvolvimento de Erik Erikson • Cada estágio contribui para a formação da personalidade total (princípio epigenético), sendo por isso todos importantes. • O núcleo de cada estágio é uma crise básica. • A formação da identidade primeiros quatro estágios, e o senso negociado na adolescência evolui e influencia os últimos três estágios. • Leva em conta aspectos biológicos, individual e social. (EPIGENÉTICA). • Enfatiza o conceito de identidade, que se forma no 5º estágio, e o de crise que sem possuir um sentido dramático está presente em todas as idades, sendo a forma como é resolvida determinante para resolver na vida futura os conflitos.
  • 47. Deficiência intelectual Funcionamento intelectual inferior à média, associado a limitações nas habilidades do comportamento adaptativo ou da capacidade do indivíduo em responder às demandas da sociedade, em pelo menos duas áreas (dificuldades quanto à comunicação, atividades da vida diária, adaptação social, saúde, habilidades acadêmicas, profissionais), com início antes dos 18 anos.
  • 48. Deficiência intelectual: diagnóstico Atraso no desenvolvimento: demora sustentar a cabeça, andar e falar Dificuldade na coordenação motora global e fina Dificuldade de compreensão: entender um pedido, regras de jogos; não sabem brincar Dificuldades de aprendizagem na escola: muita dificuldade em acompanhar o ensinado, na alfabetização, a ler e escrever Dificuldades de relacionamento: não interagem adequadamente, podem preferir brincar com crianças mais novas Dificuldade no raciocínio: dificuldade de resolver problemas Dificuldade no pensamento abstrato: na capacidade de compreender ideias complexas, de aprender rapidamente ou de aprender com a experiência Dificuldade para realizar as atividades do dia-a-dia: tomar banho, alimentar, trocar de roupa, cuidar da higiene pessoal; fazer pequenas compras Dificuldade com os recursos comunitários: (dificuldade para andar de ônibus, para se locomover sozinho, para usar telefone) Parece ter menos idade do que realmente tem: imaturo, infantilizado
  • 49. Deficiência intelectual Etiologia • Genética: cromossômica, EIM, malformações. • Pré-natal: desnutrição, infecção, trauma e uso de droga. • Perinatal: asfixia e tocotraumatismo. • Pós-natal: infecção, desnutrição, TCE, falta de estímulos adequado. Tipo • Predomínio motor: PC, hipotonia central, dças neuromusculares e ortopédicas. • Predomínio linguagem: hipoacusia, autismo. • Global: malformações, encefalopatias, cromossômicas.
  • 50. Fenilcetonúria (pku) As mutações podem ocorrer em 1 dos 13 exões do cromossoma número 12 do cariótipo humano.
  • 52. Síndrome de Rett Desenvolvimento normal até 6-18m Deixa de brincar Perda do uso intencional das mãos Movimentos atípicos das mãos Entrelaç. dedos, lavar, torcer mãos Mão na boca Comportamentos autísticos Marcha com base alargada Coluna vertebral em “S” Mutações em um gene no cromossomo X, chamado MECP2. Codifica a proteína MeCP2 que controla o desenvolvimento dos neurônios Medicamento: Tamoxifeno
  • 53. Autismo Prevalência: • 1 em cada 88 crianças tem o diagnóstico. • 5 vezes mais comum em meninos. • 1 em 54 meninos • 1 em 252 meninas Diagnóstico: sintomas centrais do autismo: • Prejuízo na interação social: comprometimento comportamentos não-verbais, como o olhar “olho-no- olho”, o uso da expressão facial, posturas corporais e gestos para regular a interação social • Prejuízos qualitativos na comunicação: ausência no desenvolvimento da fala ou, em indivíduos com fala adequada, acentuado prejuízo na capacidade de iniciar ou manter uma conversa com os outros. • Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividade: adesão inflexível a rotinas não-funcionais, comportamentos motores repetitivos.
  • 54. Avaliação neurológica Autismo Asperger: - Déficits na comunicação social e interação social. - Padrões restritos ou repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades. - Asperger não apresentam atraso no desenvolvimento da linguagem ou déficits cognitivos. Não tem inteligência superior à média. - Síndrome de Savant: presença de áreas específicas superdesenvolvidas, como hiperlexia (leitura precoce e abundante, mas sem compreensão), habilidade para cálculos ou uma memória prodigiosa em alguns aspectos. - Podem um conhecimento profundo em um único assunto (Ex: dinossauros, um tipo específico de animal ou sobre planetas), sem refletir inteligência, mas como parte de um dos critérios diagnósticos do autismo, os denominados interesses restritos e repetitivos.
  • 55. Síndrome do X Frágil Comportamento: • Hiperatividade; impulsividade • Baixa concentração • Ansiedade social • Dificuldade em lidar com estímulos sensorial • Desagrado quando a rotina é alterada • Comportamentos repetitivos • Irritação e "explosões emocionai • Agitar as mãos • Evita contato tátil • Evitar contato visual • Dificuldade de relacionamento social marcada por timidez acentuada • Recém-nascidos: sem indícios na aparência físicos • Boa saúde • Face alongada • Orelhas grandes e em abano • Mandíbula proeminente • Macrorquidia (testículos aumentados)no adulto
  • 56. Síndrome de Kabuki Apresentam cinco características fundamentais (Pêntade de Niikawa): • dismorfismo facial, • anomalias esqueléticas, • anormalidades dermatoglíficas, • retardo mental de leve a moderado • deficiência no crescimento pós-natal
  • 57. Síndrome de Cornélia de Lange Face: linha anterior do cabelo baixa, sinofres, narinas antevertidas, prognatismo maxilar, filtrum longo e boca de carpa. Retardo do crescimento, retardo mental severo, baixa estatura, um choro tipo rosnar baixo, braquicefalia, orelhas pequenas, ponte nasal diminuída, hirsutismo, malformações das mãos cardiopatias congênitas distúrbios da atenção expressiva memória visual
  • 58. Síndrome de Prader Willi •Hiperfagia - constante sensação de fome e interesse com comida, que pode surgir entre os 2 e 5 anos de idade e levar a obesidade ainda na infância. •Hipotonia - atraso nas fases típicas do desenvolvimento psicomotor quando bebês. Mais tarde fraco tônus muscular, dificuldades com alguns movimentos, equilíbrio, escrita, uso de instrumentos, lentidão. •Dificuldades de aprendizagem e fala. •Instabilidade emocional e imaturidade nas trocas sociais. •Alterações hormonais - atraso no desenvolvimento sexual. •Baixa estatura. •Diminuição da sensibilidade à dor. •Mãos e pés pequenos. •Pele mais clara que os pais. •Boca pequena com o lábio superior fino e inclinado para baixo nos cantos da boca. •Fronte estreita. •Olhos amendoados e estrabismo. Origem genética localizada no cromossomo 15
  • 59. Síndrome de Warkany ou Trissomia 8 • Trissomia simples do 8 é fatal (aborto espontâneo). • Os sobreviventes apresentam a trissomia na forma de mosaicismo. • Conformação facial relativamente comum entre os portadores, rótulas ausentes ou displásicas, contrações espasmódicas, sulcos nas plantas dos pés e nas palmas das mãos, provocando postura distintiva anormal do dedo do pé, anomalia vertebral, pélvis estreita, anomalias ureteral - renal ou outras.
  • 61. Síndrome do Tríplo X Os sintomas dessa síndrome envolvem: • Menor grau de inteligência • Pessoa com características sexuais e comportamentais femininas • Mulheres tendem a ser altas • Múltiplas peles frouxas no pescoço • São férteis/algumas estéreis • Podem entrar na menopausa precocemente • Retardamento mental (o grau de retardamento varia entre as portadoras) • Mulheres portadoras podem dar origem a crianças perfeitamente normais. • Ao nascer não apresentam claramente os sintomas; podem apresentar baixo peso.
  • 62. Síndrome do Tríplo X • Baixa massa muscular • Atraso no desenvolvimento do sistema motor e linguagem, bem como déficit cognitivo e problemas e aprendizagem • Dificuldades de conduta e emocionais • Insuficiência renal • Anomalias no sistema reprodutor • Baixo índice de fertilidade • Mulheres com a Síndrome do triplo X apresentam uma maior altura comparada à média da sua mesma família. Anomalia cromossômica mais comum entre as mulheres (1/1000 nascidas). A maioria não apresentam sintomas ou são afetadas apenas de forma leve. Estima-se que somente 10% dos casos da Síndrome do Triplo X chegam a ser diagnosticados. Trissomia X: alteração numérica dos cromossomos que ocorre em mulheres que possuem um cromossomo X a mais (47).
  • 63. Síndrome do XYY • Apresentam altura média de 1,80 m • Aumento do acne facial durante a adolescência • Anomalias nas genitálias • Distúrbios motores e na fala • Taxa de testosterona aumentada • Inclinação antissocial • Aumento de agressividade.• Imaturidade no desenvolvimento emocional • Crescimento ligeiramente acelerado na infância • Problemas no aprendizado e na leitura • Volume cerebral reduzido • Dentes grandes • Glabela saliente • Mãos e pés mais compridos
  • 64. Síndrome de Spoan Causada por um alelo autossômico recessivo localizada no cromossomo 11 (11q13). Serrinha dos Pintos - interior do Rio Grande do Norte
  • 65. Síndrome de Treacher Collins Caracterizada por achatamento dos ossos malares da face (hipoplasia malar), queixo pequeno (micrognatia), orelhas pequenas, mal-formadas ou ausentes, surdez total ou parcial, defeitos nas pálpebras inferiores (coloboma), olhos com os cantos externos “caídos” para baixo e palato estreito ou fissurado. Herança autossômica dominante causada por mutações no gene TCOF1, localizado no cromossomo 5 (5q32)
  • 67. Doença de Canavan ou síndrome de Kanavan Leucodistrofia Cromossomo humano 17 (interfere com o crescimento da bainha de mielina) Aumento da circunferência crâneo Falta de controle da cabeça Visão reduzida (podem ficar cegas) Tônus muscular anormal (rigidez ou flexibilidade excessiva) Dificuldade para rastejar, engatinhar, caminhar Convulsões Atraso de desenvolvimento Podem ficar surdas e/ou ter problemas para engolir Os sintomas só se tornam aparentes aos três a nove meses de idade.
  • 68. Transtorno de Déficit de Atenção - TDAH Sintomas: desatenção, dificuldade de executar tarefas que exijam concentração, planejamento, organização e auto monitoramento, déficit no controle de impulsos e hiperatividade psicomotora. É sub-diagnosticado. Sabe-se que sua prevalência é de 5-6% das crianças em idade escolar. É excessivamente diagnosticado. Quando crianças com qualquer outro problema são taxadas de portadoras de déficit de atenção e/ou de hiperatividade.
  • 69. Transtorno de Déficit de Atenção - TDAH Comorbidades: 50 a 80% das crianças com TDAH apresenta um segundo diagnóstico: 20 a 60”: TOD (Transtorno Opositivo- Desafiante). 20%: Depressão. 25%: Ansiedade. 50%: Transtornos do Aprendizado. 25 a 40%: Transtorno de conduta (quadro comportamental grave).
  • 70. Discalculia Dificuldade em lidar com a matemática Dificuldade na memorização dos fatos matemáticos (soma e multiplicação) Compreender os conceitos matemáticos Aplicar corretamente os procedimentos matemáticos Utilizar a matemática no cotidiano e na solução de problemas quantitativos.
  • 71. Disgrafia Transtorno de aprendizado em escrita Há um déficit na capacidade do indivíduo escrever corretamente palavras isoladas (ortografia), além de ter problemas na acentuação, pontuação e concordâncias. Há uma dificuldade na escrita de frases e textos. Problemas na organização das ideias no papel, elaboração superficial das ideias, frases desconexas, lentidão excessiva e conteúdo pobre ou inadequado.
  • 72. Transtorno de Aprendizado Não-Verbal Desenvolvimento normal da fala e vocabulário, Déficits: • Motricidade: falta de coordenação, problemas de equilíbrio • Habilidades visuoespaciais: dificuldade em lidar com quebra- cabeças, labirintos, mapas, em copiar figuras mais elaboradas e montar objetos. Memória visual pobre. • Social: Dificuldade em compreender a comunicação não verbal, dificuldade de adaptação às transições e situações novas, déficits no julgamento e interação social. • Sensorial: déficits na percepção sensorial visual, auditiva e tátil e dificuldade com matemática Cópia feita por uma criança com Transtorno Não-Verbal do Aprendizado.
  • 73. Dislexia Transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica. Dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. As dificuldades resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem. A criança não deve ter déficit intelectual.
  • 75. Neuroplasticidade Redes neurais antes do treinamento Redes neurais 2 semana após a estimulação Redes neurais 2 meses após a estimulação. Capacidade dos neurônios de regenerar –se anatomicamente e funcionalmente e formar novas conexões sinápticas.
  • 76. Plasticidade funcional compensatória Com a idade há declínio neurobiológico. Ao processar novas informações usaram as mesmas regiões cerebrais que os adultos jovens, mas, também usaram regiões cerebrais adicionais que não foram ativadas nos adultos idosos com um nível baixo desempenho. O uso de recursos cognitivos adicionais reflete uma estratégia compensatória e o cérebro reorganiza suas redes neurocognitivas. A solução funcional é através das vias neurais alternativas, que a maioria das vezes ativam regiões em ambos os hemisférios (quando apenas um é ativado nos adultos jovens).
  • 77. Plasticidade funcional compensatória Plasticidade permite o cérebro modificar suas características biológicas, químicas e físicas. O cérebro vai adquirir novos conhecimentos e deste modo atualizar seu potencial para a plasticidade, se o novo conhecimento modifica seu comportamento. Para marcar o cérebro fisiologicamente, o conhecimento deve conduzir a modificações no comportamento e deve ser relevante e necessário. Se uma experiência de aprendizagem é compensadora ela modifica o comportamento e consequentemente o cérebro. Se queremos produzir novos conhecimentos modificando as redes neurais, com jogos interativos temos que dar incentivos (a antiga tradição de dar as crianças apoios e recompensas enquanto se dedicam a aprender).
  • 78. Plasticidade funcional compensatória Os padrões de plasticidade são diferentes durante as idades. A atividade intelectual e mental induz a plasticidade cerebral. O cérebro pode ser alterado de forma positiva e negativa mesmo antes do nascimento. O treinamento cognitivo parece ideal para induzir a plasticidade cerebral e estabelecer novos circuitos neurais, o fortalecimento das conexões sinápticas, mas na ausência de um benefício comportamental tangível, o cérebro não vai adquirir conhecimentos eficazmente. É preciso integrar objetivos altamente personalizados e relevantes com o treinamento.
  • 79. Plasticidade funcional compensatória American Academy of Family Physicians Participar de jogos online programados para aprimorar a memória. Convidar os amigos para uma tarde de jogos de tabuleiro e cartas (dama, xadrez, gamão, dominó, canastra, truco, pôquer, etc). Montar quebra-cabeças, além de fazer palavras cruzadas e Sudoku. Memorizar listas de tarefas ou anotar e memorizar letras de uma nova música. Desenhar mapas dos caminhos que você faz regularmente. Ler sempre algum livro. Ao terminar um, já começar um novo livro. Fazer as atividades diárias de uma maneira nova, como mexer o café com a mão menos dominante, mudar trajetos, trocar o lado do mouse no computador, pentear os cabelos com a mão que você geralmente não usa para isso. Aprender um novo idioma, ter um hobby, tocar um instrumento musical, dançar. Fazer aulas que o desafiem a aprender algo novo. Sair para conversar com os amigos e dar boas risadas juntos.
  • 80. Trinômio Escola Espaço físico Pedagógico Corpo docente Família Pais Interação pais Escola Rotina familiar Criança Sensoriais Doenças crônicas Psiquiátricos RM Neuropatologia (PC, epilepsia, TDAH e transtornos de aprendizado
  • 81.
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  • 84. Conquistas Portaria nº 371, de 7 de maio de 2014 Portaria n.º 569/GM Em 1 de junho de 2000 Portaria nº 22, de 15 de janeiro de 1992 Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007* *Art. 10. A distribuição proporcional de recursos dos Fundos levará em conta as seguintes diferenças entre etapas, modalidades e tipos de estabelecimento de ensino da educação básica: XIV - educação especial;
  • 85.
  • 86.
  • 87. E o trabalho terminou?
  • 88. O FUTURO DAS APAES