SlideShare uma empresa Scribd logo
NOVA FACULDADE
Curso de Graduação em Direito
2º Período Noturno
Alexandre Bonifácio Ribeiro Diniz
Dircilene dos Santos Silva de Oliveira
Vanda da Silva Fernandes
Orientador: Professor Ms. Vilmar
de Carvalho Vilaça
A INSERÇÃO DO DEFICIENTE VISUAL
NA SOCIEDADE ATRAVÉS DA
EDUCAÇÃO
O deficiente visual como sendo um dos
principais grupos que possibilita através da
educação o desenvolvimento de seus
sentidos com o apoio de recursos
tecnológicos como forma de auxilio para
desempenhar suas atividades em nível
elevado, tornando-os capazes de
desempenhar seu papel social.
Os estudos realizados referentes à educação dos cegos e sua inserção no sistema escolar
comum, desde o pré-escolar até a universidade.
A sociedade tem se mostrado mais atenta a esta questão chegando à conclusão que
não se pode apenas colocar essa pessoa em meio aos outros, e deixar fluir
naturalmente sua interação, é preciso fornecer condições dignas para que isso
aconteça.
Por outro lado, houve sociedades em que o cego era considerado um favorito dos deuses: com
sua ‘visão para dentro’, ele veria coisas que escapavam aos demais. Isso fazia dele um ser
superior, um privilegiado.
Com a descoberta do sistema Braille, surgiram na Europa diversas escolas para cegos, entre elas
a inglesa St. Dunstan, que dava ênfase aos aspectos psicológicos dos alunos.
A primeira escola para cegos foi fundada em Paris, em 1784, por Valentin Haüy. Um de seus discípulos, Louis Braille, que perdeu a
visão aos três anos de idade, criou um sistema de leitura tátil, que além das letras tinha também números e notações musicais.
Foi possível descobrir que já existem vários programas leitores de tela que permitem a
leitura e escrita para os cegos que, dessa forma, podem utilizar editores de texto para
fazer trabalhos, ter acesso à internet, fazer pesquisas e trocar informações com todo o
mundo de conhecimentos disponível na web. Uma pessoa com deficiência visual pode,
além disso, escanear um livro e posteriormente Lê-lo com seu programa de leitura, que
pode falar o que está na tela se acompanhado de um sintetizador de voz, ou dispor em
Braille se acompanhado de um monitor Braille.
Alguns recursos tecnológicos:
DOSVOX: sistema operacional desenvolvido pelo núcleo de computação eletrônica da
UFRJ. Possui um conjunto de ferramentas e aplicativos próprios alem de agendas chat
e jogos interativos. Pode ser obtido gratuitamente por meio de download a partir do site
do projeto DOSVOX( HTTP://intervox.nce.ufrj.br/dosvox).
VISUAL VISION: é um software brasileiro desenvolvido pela MICROPOWER, em São
Paulo, concebido para operar com os utilitários e as ferramentas do ambiente
WINDOWS.É distribuído gratuitamente pela fundação Bradesco Real para usuários
cegos.(HTTP://WWW.micropower.com.br).
Jaws: Software desenvolvido nos EUA e mundialmente conhecido como leitor de tela
mais completo e avançado. Possui uma ampla gama de recursos e ferramentas com
tradução pra diversos idiomas, inclusive para o português no Brasil, não há alternativa
de subvenção ou distribuição gratuita do Jaws, que é o mais caro entre os leitores de
telas existentes.
A UNESCO participou ativamente do esforço para unificação do sistema Braille e difusão de
material didático. Muitas outras escolas para cegos e associações de cegos foram surgindo em
todo o mundo.
Portanto esta relação pode ser um método com capacidade para ser aplicado ao
deficiente visual, pois a interação do desenvolvimento dos seus sentidos alinhados com
a aprendizagem permitirá o deficiente visual interagir com mais segurança ao mundo
que esta em sua volta.
Sob a ótica de Vigotsky o processo de aprendizagem é uma relação entre capacidade
de absorção individual e a coletiva, sendo que a soma destes fatores permite ao
educando elevar seu nível de desenvolvimento podendo chegar a um resultado
satisfatório. Portanto esta relação pode ser um método com capacidade para ser
aplicado ao deficiente visual, pois a interação do desenvolvimento dos seus sentidos
alinhados com a aprendizagem permitirá o deficiente visual interagir com mais
segurança ao mundo que esta em sua volta.
Infelizmente às estatísticas oficiais sobre os deficientes visuais do País mostram que
muitos estão de fora desse universo. De acordo com o Censo feito pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, último dado oficial sobre essa
população no Brasil, 6,5 milhões de brasileiros possuíam algum tipo de deficiência
visual, e 582 mil eram cegos e 06 milhões com baixa visão. A pesquisa mostra ainda
que falta muito para garantir que todas as crianças, jovens e adultos que não enxergam
sejam incluídas nas redes de ensino do País.
Os alunos com deficiência visual foram incluídos na escola regular, mas suas
necessidades especiais muitas vezes não são atendidas; as escolas não possuem
materiais específicos, profissionais especializados, nem sequer currículo e estrutura
física para adaptar. Além disso, muitos deficientes ainda estão fora da escola, tanto da
regular como da especial.
Se uma pessoa cega quiser ajudar você colaborando de alguma maneira, não fique
constrangido, ela não é tão incapaz que não tenha algo para dar.
Através desta inclusão é possível encontramos um deficiente visual graduados em
diversos cursos superiores como advocacia, tecnologia da informação, pedagogia,
psicologia, administração, existem hoje muitos cegos que são técnicos de excelente
desempenho. Há ainda cegos engajados na vida artística, sobretudo instrumentistas e
cantores.
A Revista Brasileira de Educação Especial (Vol. I, 1994, número 2, editado por Fátima
Elisabeth Denari, Júlio Romero Ferreira, Sérgio Carvalho e Tárcia Regina da Silveira
Dias) tem um artigo sobre a educação sexual para o aluno cego. “Aprendendo com o
Toque – Reflexões e sugestões para uma educação sexual adaptada ao portador de
deficiência visual”, escrita por Tatiana Bolívar Lebedeff.
O Artigo mostra que assim como no filme iraniano "A Cor do Paraíso" uma belíssima
obra de Majid Majidi, traz na história de Mohammed, um menino cego, a busca do
sentido da vida nas mínimas coisas, nos sons mais singelos da natureza e na
sensibilidade do toque. O menino utiliza os demais sentidos, como a audição e o tato,
para se comunicar.
Foi comprovado que a educação sexual do deficiente visual se dá da mesma maneira
que para os videntes, para o cego o corpo é outro mistério, que só é desvendado
através do toque no corpo do outro, e da experiência sexual.
No Brasil faltam programas de educação sexual adaptados aos cegos. Portanto para o
cego o corpo é outro mistério, que só é desvendado através do toque no corpo do outro,
e da experiência sexual.
e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais (art. 3º, III, da CF) além de promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, IV, da CF).
Encontramos também o tema “igualdade” em várias passagens da Constituição Federal brasileira (exemplos: art. 4º, V; art. 5º, “caput”, I, XLI e XLII; art.
7º, XXX, XXXI, XXXII e XXXIV; art. 19, III; art. 37, VIII; art. 150, III.).
No Brasil Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1961): A LDB de 1961 destaca que as pessoas com deficiência têm direito à educação e à
integração na comunidade, com o compromisso do governo em ajudar as organizações não governamentais a prestar os serviços educacionais.
Constituição da República Federativa do Brasil (1988): Com relação ao deficiente trás os seguintes aspectos:
- Habilitação, reabilitação, proteção e integração da pessoa deficiente na vida comunitária, por meio da criação de programas de prevenção e
atendimento especializado;
- Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência.
- Preservação de um percentual dos cargos e empregos públicos para os deficientes;
- Garantia de um salário mínimo mensal para as pessoas com deficiência que comprovar que não possui meios para sobreviver;
- Direito à saúde a assistência pública; - Garantia de atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino;
- Adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo, a fim de garantir o acesso adequado ás pessoas
portadoras de deficiência.
Estatuto da Criança e do Adolescente (1990): Em 1990, foi implantada a Lei n. 8.069, que regulamentou o Estatuto da Criança e do Adolescente e
previu várias políticas públicas voltadas para as pessoas com necessidades especiais. Dentre elas, podemos destacar: - atendimento especializado e
atendimento médico às crianças e aos adolescentes deficientes, através do Sistema Único de Saúde; - ensino fundamental, obrigatório, inclusive para
aqueles que não tiveram acesso na idade própria; - atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino; - garantia de
trabalho protegido aos adolescentes com deficiência.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96: Pensando em novas políticas públicas e em um novo sistema educacional, em 1996 houve a
promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases, que passou a assegurar a Educação Especial como uma modalidade de educação escolar oferecida,
CONCLUSÃO
A sociedade vem cobrando cada vez mais do Estado à efetivação
dos direitos constitucionais dos deficientes visuais, as escolas
estão se adequando, mais fica claramente visível a precariedade
e a dificuldade de acesso ao sistema de educação para
deficientes visuais no Brasil. Os estudos indicaram um aumento
considerável no número de deficientes visuais no Brasil, e há
muito que se fazer para que todos sejam inseridos e consigam
ter uma interação de forma digna.
Segundo Rosa Maria, em Orientação e mobilidade para
deficientes visuais “A pessoa cega não é inútil e nem incapaz.
Deixe-a realizar o que ela sabe, pode e deve fazer sozinha. Não
sinta pena dela, ela somente necessita de oportunidades. Se uma
pessoa cega quiser ajudar você colaborando de alguma maneira,
não fique constrangido, ela não é tão incapaz que não tenha algo
para dar.”
BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília. Senado. 1988.
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases para a Educação, 1996 . BRASIL/SEESP/MEC.
BRASIL/MEC. Estatuto da Criança e do Adolescente, Brasília, DF: MEC, 1990.
Novi, Rosa Maria. Orientação e Mobilidade para Deficientes Visuais. Paraná. Autores Paranaenses, 1 ed.,
1990. p. 75-79. 
Artigo: Educação, inclusão e pessoa com deficiência visual na educação básica: Um paradoxo necessário;
Dayene Pereira Siqueira, Dirceu Pereira Siqueira.
Animação: Conociendo el mundo con otro sentido em: https://www.youtube.com/watch?v=63S7mi3fM-I –
Acessado em 21/04/2016.
Filme "A Cor do Paraíso": https://www.youtube.com/watch?v=p1J8aI9UAvY
Os direitos da pessoa com deficiência visual: em: https://www.youtube.com/watch?v=eRbrKlnFPW0 - acessado
em21/04/2016.
http://www.bengalalegal.com/educacegos - Acessado em 26/04/2016
http://www.ambito-Juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7130 acessado em
21/04/2016.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Deficente visual

Metodologia de projeto para adaptacao inclusiva de conteudo literario para de...
Metodologia de projeto para adaptacao inclusiva de conteudo literario para de...Metodologia de projeto para adaptacao inclusiva de conteudo literario para de...
Metodologia de projeto para adaptacao inclusiva de conteudo literario para de...
Dominique Adam
 
Cartilha educação e justica
Cartilha educação e justicaCartilha educação e justica
Cartilha educação e justica
culturaafro
 
Projetoo de legislaã§ã£o o idoso numa pespectiva cicadãƒ
Projetoo de legislaã§ã£o   o idoso numa pespectiva cicadãƒProjetoo de legislaã§ã£o   o idoso numa pespectiva cicadãƒ
Projetoo de legislaã§ã£o o idoso numa pespectiva cicadãƒ
Elza Silva
 

Semelhante a Deficente visual (20)

A InclusãO De Deficientes Visuais Na Sociedade
A InclusãO De Deficientes Visuais  Na SociedadeA InclusãO De Deficientes Visuais  Na Sociedade
A InclusãO De Deficientes Visuais Na Sociedade
 
Educacao
EducacaoEducacao
Educacao
 
IBDI Instituto Brasileiro de Política e Direito da Informática
IBDI   Instituto Brasileiro de Política e Direito da InformáticaIBDI   Instituto Brasileiro de Política e Direito da Informática
IBDI Instituto Brasileiro de Política e Direito da Informática
 
ECJA Claretiano Aula II.ppt
ECJA Claretiano Aula II.pptECJA Claretiano Aula II.ppt
ECJA Claretiano Aula II.ppt
 
Metodologia de projeto para adaptacao inclusiva de conteudo literario para de...
Metodologia de projeto para adaptacao inclusiva de conteudo literario para de...Metodologia de projeto para adaptacao inclusiva de conteudo literario para de...
Metodologia de projeto para adaptacao inclusiva de conteudo literario para de...
 
Cartilha educação e justica
Cartilha educação e justicaCartilha educação e justica
Cartilha educação e justica
 
Educacao
EducacaoEducacao
Educacao
 
Sem barreiras
Sem barreirasSem barreiras
Sem barreiras
 
Projetoo de legislaã§ã£o o idoso numa pespectiva cicadãƒ
Projetoo de legislaã§ã£o   o idoso numa pespectiva cicadãƒProjetoo de legislaã§ã£o   o idoso numa pespectiva cicadãƒ
Projetoo de legislaã§ã£o o idoso numa pespectiva cicadãƒ
 
Cartilha de inclusão
Cartilha de inclusãoCartilha de inclusão
Cartilha de inclusão
 
Bases legais educação inclusiva
Bases legais educação inclusivaBases legais educação inclusiva
Bases legais educação inclusiva
 
DESENVOLVENDO UMA NOVA VISÃO HUMANA
DESENVOLVENDO UMA NOVA VISÃO HUMANADESENVOLVENDO UMA NOVA VISÃO HUMANA
DESENVOLVENDO UMA NOVA VISÃO HUMANA
 
Trabalho sobre Educação!
Trabalho sobre Educação!Trabalho sobre Educação!
Trabalho sobre Educação!
 
Inclusão de crianças com deficiência
Inclusão de crianças com deficiênciaInclusão de crianças com deficiência
Inclusão de crianças com deficiência
 
Aula 3 - inclusão.pptx
Aula 3 - inclusão.pptxAula 3 - inclusão.pptx
Aula 3 - inclusão.pptx
 
Educacaoadistancia
EducacaoadistanciaEducacaoadistancia
Educacaoadistancia
 
Educacaoadistancia
EducacaoadistanciaEducacaoadistancia
Educacaoadistancia
 
3º Ano D'eficiente.
3º Ano D'eficiente.3º Ano D'eficiente.
3º Ano D'eficiente.
 
Tema de redação
Tema de redaçãoTema de redação
Tema de redação
 
Deficiência Visual
Deficiência VisualDeficiência Visual
Deficiência Visual
 

Último

PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptxPERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
tchingando6
 
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfGRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
rarakey779
 
5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf
5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf
5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf
edjailmax
 
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfHans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
rarakey779
 
05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf
05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf
05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf
miguelfisica8479
 
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfOFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
AndriaNascimento27
 

Último (20)

Conteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persaConteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
 
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
 
História do Brasil e Geral - Cláudio Vicentino
História do Brasil e Geral - Cláudio VicentinoHistória do Brasil e Geral - Cláudio Vicentino
História do Brasil e Geral - Cláudio Vicentino
 
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptxPERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
 
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdfGRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA UM GUIA COMPLETO DO IDIOMA.pdf
 
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao AssédioApresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
 
Atividade - Letra da música Xote da Alegria - Falamansa
Atividade  - Letra da  música Xote  da  Alegria    -   FalamansaAtividade  - Letra da  música Xote  da  Alegria    -   Falamansa
Atividade - Letra da música Xote da Alegria - Falamansa
 
Slides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptx
Slides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptxSlides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptx
Slides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptx
 
Exercícios de Queda Livre e Lançamento Vertical.pptx
Exercícios de Queda Livre e Lançamento Vertical.pptxExercícios de Queda Livre e Lançamento Vertical.pptx
Exercícios de Queda Livre e Lançamento Vertical.pptx
 
Junho Violeta - Sugestão de Ações na Igreja
Junho Violeta - Sugestão de Ações na IgrejaJunho Violeta - Sugestão de Ações na Igreja
Junho Violeta - Sugestão de Ações na Igreja
 
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ISequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
 
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
 
Fotossíntese para o Ensino médio primeiros anos
Fotossíntese para o Ensino médio primeiros anosFotossíntese para o Ensino médio primeiros anos
Fotossíntese para o Ensino médio primeiros anos
 
5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf
5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf
5ca0e9_ea0307e5baa1478490e87a15cb4ee530.pdf
 
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfHans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
 
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdfProjeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
 
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptxDIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
 
Desastres ambientais e vulnerabilidadess
Desastres ambientais e vulnerabilidadessDesastres ambientais e vulnerabilidadess
Desastres ambientais e vulnerabilidadess
 
05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf
05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf
05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf
 
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfOFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
 

Deficente visual

  • 1. NOVA FACULDADE Curso de Graduação em Direito 2º Período Noturno Alexandre Bonifácio Ribeiro Diniz Dircilene dos Santos Silva de Oliveira Vanda da Silva Fernandes Orientador: Professor Ms. Vilmar de Carvalho Vilaça
  • 2. A INSERÇÃO DO DEFICIENTE VISUAL NA SOCIEDADE ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO O deficiente visual como sendo um dos principais grupos que possibilita através da educação o desenvolvimento de seus sentidos com o apoio de recursos tecnológicos como forma de auxilio para desempenhar suas atividades em nível elevado, tornando-os capazes de desempenhar seu papel social.
  • 3.
  • 4. Os estudos realizados referentes à educação dos cegos e sua inserção no sistema escolar comum, desde o pré-escolar até a universidade.
  • 5. A sociedade tem se mostrado mais atenta a esta questão chegando à conclusão que não se pode apenas colocar essa pessoa em meio aos outros, e deixar fluir naturalmente sua interação, é preciso fornecer condições dignas para que isso aconteça.
  • 6. Por outro lado, houve sociedades em que o cego era considerado um favorito dos deuses: com sua ‘visão para dentro’, ele veria coisas que escapavam aos demais. Isso fazia dele um ser superior, um privilegiado.
  • 7. Com a descoberta do sistema Braille, surgiram na Europa diversas escolas para cegos, entre elas a inglesa St. Dunstan, que dava ênfase aos aspectos psicológicos dos alunos.
  • 8.
  • 9. A primeira escola para cegos foi fundada em Paris, em 1784, por Valentin Haüy. Um de seus discípulos, Louis Braille, que perdeu a visão aos três anos de idade, criou um sistema de leitura tátil, que além das letras tinha também números e notações musicais.
  • 10. Foi possível descobrir que já existem vários programas leitores de tela que permitem a leitura e escrita para os cegos que, dessa forma, podem utilizar editores de texto para fazer trabalhos, ter acesso à internet, fazer pesquisas e trocar informações com todo o mundo de conhecimentos disponível na web. Uma pessoa com deficiência visual pode, além disso, escanear um livro e posteriormente Lê-lo com seu programa de leitura, que pode falar o que está na tela se acompanhado de um sintetizador de voz, ou dispor em Braille se acompanhado de um monitor Braille. Alguns recursos tecnológicos: DOSVOX: sistema operacional desenvolvido pelo núcleo de computação eletrônica da UFRJ. Possui um conjunto de ferramentas e aplicativos próprios alem de agendas chat e jogos interativos. Pode ser obtido gratuitamente por meio de download a partir do site do projeto DOSVOX( HTTP://intervox.nce.ufrj.br/dosvox). VISUAL VISION: é um software brasileiro desenvolvido pela MICROPOWER, em São Paulo, concebido para operar com os utilitários e as ferramentas do ambiente WINDOWS.É distribuído gratuitamente pela fundação Bradesco Real para usuários cegos.(HTTP://WWW.micropower.com.br). Jaws: Software desenvolvido nos EUA e mundialmente conhecido como leitor de tela mais completo e avançado. Possui uma ampla gama de recursos e ferramentas com tradução pra diversos idiomas, inclusive para o português no Brasil, não há alternativa de subvenção ou distribuição gratuita do Jaws, que é o mais caro entre os leitores de telas existentes.
  • 11. A UNESCO participou ativamente do esforço para unificação do sistema Braille e difusão de material didático. Muitas outras escolas para cegos e associações de cegos foram surgindo em todo o mundo.
  • 12.
  • 13. Portanto esta relação pode ser um método com capacidade para ser aplicado ao deficiente visual, pois a interação do desenvolvimento dos seus sentidos alinhados com a aprendizagem permitirá o deficiente visual interagir com mais segurança ao mundo que esta em sua volta.
  • 14. Sob a ótica de Vigotsky o processo de aprendizagem é uma relação entre capacidade de absorção individual e a coletiva, sendo que a soma destes fatores permite ao educando elevar seu nível de desenvolvimento podendo chegar a um resultado satisfatório. Portanto esta relação pode ser um método com capacidade para ser aplicado ao deficiente visual, pois a interação do desenvolvimento dos seus sentidos alinhados com a aprendizagem permitirá o deficiente visual interagir com mais segurança ao mundo que esta em sua volta. Infelizmente às estatísticas oficiais sobre os deficientes visuais do País mostram que muitos estão de fora desse universo. De acordo com o Censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, último dado oficial sobre essa população no Brasil, 6,5 milhões de brasileiros possuíam algum tipo de deficiência visual, e 582 mil eram cegos e 06 milhões com baixa visão. A pesquisa mostra ainda que falta muito para garantir que todas as crianças, jovens e adultos que não enxergam sejam incluídas nas redes de ensino do País. Os alunos com deficiência visual foram incluídos na escola regular, mas suas necessidades especiais muitas vezes não são atendidas; as escolas não possuem materiais específicos, profissionais especializados, nem sequer currículo e estrutura física para adaptar. Além disso, muitos deficientes ainda estão fora da escola, tanto da regular como da especial.
  • 15. Se uma pessoa cega quiser ajudar você colaborando de alguma maneira, não fique constrangido, ela não é tão incapaz que não tenha algo para dar.
  • 16. Através desta inclusão é possível encontramos um deficiente visual graduados em diversos cursos superiores como advocacia, tecnologia da informação, pedagogia, psicologia, administração, existem hoje muitos cegos que são técnicos de excelente desempenho. Há ainda cegos engajados na vida artística, sobretudo instrumentistas e cantores.
  • 17. A Revista Brasileira de Educação Especial (Vol. I, 1994, número 2, editado por Fátima Elisabeth Denari, Júlio Romero Ferreira, Sérgio Carvalho e Tárcia Regina da Silveira Dias) tem um artigo sobre a educação sexual para o aluno cego. “Aprendendo com o Toque – Reflexões e sugestões para uma educação sexual adaptada ao portador de deficiência visual”, escrita por Tatiana Bolívar Lebedeff. O Artigo mostra que assim como no filme iraniano "A Cor do Paraíso" uma belíssima obra de Majid Majidi, traz na história de Mohammed, um menino cego, a busca do sentido da vida nas mínimas coisas, nos sons mais singelos da natureza e na sensibilidade do toque. O menino utiliza os demais sentidos, como a audição e o tato, para se comunicar. Foi comprovado que a educação sexual do deficiente visual se dá da mesma maneira que para os videntes, para o cego o corpo é outro mistério, que só é desvendado através do toque no corpo do outro, e da experiência sexual. No Brasil faltam programas de educação sexual adaptados aos cegos. Portanto para o cego o corpo é outro mistério, que só é desvendado através do toque no corpo do outro, e da experiência sexual.
  • 18. e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais (art. 3º, III, da CF) além de promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, IV, da CF). Encontramos também o tema “igualdade” em várias passagens da Constituição Federal brasileira (exemplos: art. 4º, V; art. 5º, “caput”, I, XLI e XLII; art. 7º, XXX, XXXI, XXXII e XXXIV; art. 19, III; art. 37, VIII; art. 150, III.). No Brasil Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1961): A LDB de 1961 destaca que as pessoas com deficiência têm direito à educação e à integração na comunidade, com o compromisso do governo em ajudar as organizações não governamentais a prestar os serviços educacionais. Constituição da República Federativa do Brasil (1988): Com relação ao deficiente trás os seguintes aspectos: - Habilitação, reabilitação, proteção e integração da pessoa deficiente na vida comunitária, por meio da criação de programas de prevenção e atendimento especializado; - Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência. - Preservação de um percentual dos cargos e empregos públicos para os deficientes; - Garantia de um salário mínimo mensal para as pessoas com deficiência que comprovar que não possui meios para sobreviver; - Direito à saúde a assistência pública; - Garantia de atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino; - Adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo, a fim de garantir o acesso adequado ás pessoas portadoras de deficiência. Estatuto da Criança e do Adolescente (1990): Em 1990, foi implantada a Lei n. 8.069, que regulamentou o Estatuto da Criança e do Adolescente e previu várias políticas públicas voltadas para as pessoas com necessidades especiais. Dentre elas, podemos destacar: - atendimento especializado e atendimento médico às crianças e aos adolescentes deficientes, através do Sistema Único de Saúde; - ensino fundamental, obrigatório, inclusive para aqueles que não tiveram acesso na idade própria; - atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino; - garantia de trabalho protegido aos adolescentes com deficiência. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96: Pensando em novas políticas públicas e em um novo sistema educacional, em 1996 houve a promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases, que passou a assegurar a Educação Especial como uma modalidade de educação escolar oferecida,
  • 19. CONCLUSÃO A sociedade vem cobrando cada vez mais do Estado à efetivação dos direitos constitucionais dos deficientes visuais, as escolas estão se adequando, mais fica claramente visível a precariedade e a dificuldade de acesso ao sistema de educação para deficientes visuais no Brasil. Os estudos indicaram um aumento considerável no número de deficientes visuais no Brasil, e há muito que se fazer para que todos sejam inseridos e consigam ter uma interação de forma digna. Segundo Rosa Maria, em Orientação e mobilidade para deficientes visuais “A pessoa cega não é inútil e nem incapaz. Deixe-a realizar o que ela sabe, pode e deve fazer sozinha. Não sinta pena dela, ela somente necessita de oportunidades. Se uma pessoa cega quiser ajudar você colaborando de alguma maneira, não fique constrangido, ela não é tão incapaz que não tenha algo para dar.”
  • 20. BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília. Senado. 1988. BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases para a Educação, 1996 . BRASIL/SEESP/MEC. BRASIL/MEC. Estatuto da Criança e do Adolescente, Brasília, DF: MEC, 1990. Novi, Rosa Maria. Orientação e Mobilidade para Deficientes Visuais. Paraná. Autores Paranaenses, 1 ed., 1990. p. 75-79.  Artigo: Educação, inclusão e pessoa com deficiência visual na educação básica: Um paradoxo necessário; Dayene Pereira Siqueira, Dirceu Pereira Siqueira. Animação: Conociendo el mundo con otro sentido em: https://www.youtube.com/watch?v=63S7mi3fM-I – Acessado em 21/04/2016. Filme "A Cor do Paraíso": https://www.youtube.com/watch?v=p1J8aI9UAvY Os direitos da pessoa com deficiência visual: em: https://www.youtube.com/watch?v=eRbrKlnFPW0 - acessado em21/04/2016. http://www.bengalalegal.com/educacegos - Acessado em 26/04/2016 http://www.ambito-Juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7130 acessado em 21/04/2016.