De tramas e fios: Um ensaio sobre música e educação
1. De tramas e fios: Um ensaio
sobre música e educação
Marisa Trench de Oliveira Fonterrada
Por: Gabriel R. de Souza
2. De tramas e fios: Um ensaio
sobre música e educação
Tramando os fios da educação musical:
os métodos ativos (p. 119 – 137)
Gabriel R. de Souza
3. Capítulo introdutório
• Todo o que foi visto p/ entender contexto dos
métodos ativos (sec. xx)
– Devido a mudanças sociais, industrialização,
urbanização...
• Adentraram no Brasil em 50 e 60
• 1971 – (educação artística)
4. • Tais abordagens foram esquecidas (até pelas
escolas de música)
– Iniciação direto no instrumento e classe de teoria
para complementar (técnico instrumental – sec.
XIX) influência de esc. de Jazz
• Contexto histórico da educação musical e suas
finalidades
• Do conceito de infância
– As poucas que abordam, geralmente de maneira
descontextualizada, tendo a música como
recreação apenas
5. A importância de revisita-los
Usufruir das contribuições que essas abordagens
podem trazer ao ensino da música no Brasil.
• Dalcroze
• Willems
• Kodály
• Orff
• Suzuki
7. FORMAÇÃO
• Émile-henri Jaques, 1865, Viena,
• Frequenta concertos
• Estudos financiados por seus pais
• Piano aos 6 anos
• Aos 10 anos – Genebra, aulas particulares de
piano e estuda em escola privada.
• Aos 12 é admitido no Colégio Calvino e no
Conservatório de Genebra.
8. • Ao terminar os estudos secundários tem
experiência como ator numa turnê pela França,
onde retornará um ano mais tarde para estudar
com Gabriel Fauré, Albert Lavignac, Vicent dÍndy
e Marmontel entre outros artistas.
• Experiência com o modelo auditivo da música
árabe na Argélia.
• É admitido na Academia de Música de Viena
onde estuda com Bruckner e Fuchs.
• Volta para Paris para estudar com Mathis Lussy
que estudava as leis da expressão e do ritmo e
que terá grande influência na vida de Jaques-
Dalcroze.
9. O educador
• Leciona na Academia de Música de Genebra e dá
conferências em várias cidades suíças e passa a
lecionar também no Conservatório de Genebra.
• Sua produção musical é formada por inúmeras
canções, concertos, suítes, oratórios e cantatas, peças
solo para piano, música de câmara e até óperas.
• Sua produção para fins didáticos contempla pequenas
melodias e estudos rítmicos, 50 estudos miniaturas de
métricas e rítmica para piano, canções sem palavras
para a "plástica animada", vocalizes, exercícios de
entonação e marchas rítmicas.
10. Livros publicados:
• Le Coeur Chante: im'pressions d'un musicien [1900],
Geneve,
• La Rythmique I [1916]. Lausanne: Jobin & Cie.
• La Rythmique " [1917]. Lausanne: Jobin & Cie, 1917.
• 8ouvenir, Notes et Critiques [1942]. Neuchâtel:
Attinger.
• La Musique et Nous: notes sur notre double vie
[1945]. Geneve: Perret-Gentil.
• Notes Bariolées [1948]. Geneve/Paris: Jeheber.
• Le Rythme, la Musique et L'Éducation [1965].
Lausanne: Editions Foetisch (edição original de 1920).
11. O Método
• o sistema de educação musical que Dalcroze
chamou de "Rythmique" relaciona-se
diretamente à educação geral e fornece
instrumentos para o desenvolvimento integral
da pessoa, por meio da música e do
movimento... ...desenvolvendo a escuta ativa,
a voz cantada, o movimento corporal e o uso
do espaço.
• (FONTERRADA, 2008, p 131)
12. É a base do sistema:
• Movimentos básicos como andar, correr,
saltar, arrastar-se, deslocar-se em diferentes
direções,
• onde o educando se desenvolve
fisiologicamente através da vivencia musical,
• e musicalmente através das experiências
psicomotoras
13. Origens, parâmetros e finalidades
• Desenvolveu para trabalhar o ouvido interno de
seus alunos de conservatório e que em seguida
adaptou para ser usado como meio de
musicalização,
• olhando para as condições do ensino em seu
país, e para as mudanças que ocorriam nas
estruturas sociais como resultado da
industrialização,
• e para as descobertas cientificas principalmente
relacionadas a psicologia educacional e
pedagogia de forma geral.
14. Fundamento político e filosófico
• Segundo Fonterrada, (2008) ideia de
musicalizar a grande massa está afinada com o
pensamento político e filosófico da época e de
tempos anteriores
• exigindo do atual educador que utiliza a
metodologia de Dalcroze, nos nossos tempos,
uma visão crítica para adapta-lo
.
15. Conclusão
• o sistema de Dalcroze trouxe um grande avanço
para a pedagogia musical, e ainda é atual,
eficiente e pode ser muito útil, especialmente se
aplicado de maneira adequada na escola pública
brasileira.
• As duas maiores dificuldades de sua transposição
para nossa realidade são: 1) A falta de pianos nas
escolas e também de educadores capacitados
para utiliza-los de maneira adequada para este
fim, que pode e deve ser superada pelo uso de
outros instrumentos.
16. • 2) Uma supervalorização de conceitos e
elementos musicais que fazem parte do "caldo"
musical brasileiro, em detrimento de outros que
também fazem.
• Um exemplo é a valorização da harmonia ou
polifonia desenvolvida na Europa em detrimento
a complexidade rítmica desenvolvida na áfrica e
as escalas e afinações e características da musica
indígena, estas, já praticamente irrecuperáveis, e
contaminadas com o "temperamento".
• Valorização da apresentação performática em
detrimento da vivência das rodas comunitárias
geralmente inseparáveis da dança e do
movimento que tanto favorecem a aplicação das
ideias de Dalcroze.
17. Bibliografia:
• FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira, De
tramas e fios: Um ensaio sobre música e
educação 28 ed. - São Paulo: Editora UNESP;
Rio de Janeiro:Funarte, 2008.
• MATEIRO, Teresa, ILARI, Beatriz, Pedagogia em
educação musical, (org.).Curitiba: Ibpex, 2011.
- (Série Educação Musical)