Este artigo discute a cultura híbrida e rica do estado de Mato Grosso do Sul no Brasil, examinando especificamente a manifestação popular conhecida como El Toro Candil. El Toro Candil é uma brincadeira envolvendo um boi de madeira com tochas nos chifres, realizada principalmente na fronteira com o Paraguai e que mistura elementos culturais dos dois países. O artigo argumenta que El Toro Candil representa a natureza híbrida da cultura na fronteira, onde novas formas culturais emer
O documento discute a construção da identidade do tradicionalista gaúcho no século XX através da apropriação da identidade do gaúcho histórico do século XIX. Analisa como a imagem e representação do gaúcho foram construídas ao longo do tempo por meio de narrativas, escritos, imagens e discursos, e como isso influenciou a criação de uma identidade mítica do tradicionalista baseada no passado gaúcho.
Este documento analisa a manifestação cultural do Bumba-meu-Boi no Maranhão, discutindo suas transformações através da modernização. Apresenta o Bumba-meu-Boi como uma festa tradicional que se adaptou ao meio urbano, sofrendo mudanças culturais, territoriais e de identidade. Explica como esta festa reflete a cultura maranhense e serve para afirmar a identidade cultural local.
O frevo é uma dança típica de Pernambuco que surgiu como um ritmo carnavalesco influenciado pela capoeira. É marcado por passos rápidos e movimentos como gingados e rodopios. Os dançarinos usam roupas coloridas e sombrinhas.
O documento discute a produção literária e jornalística de Maria Archer, uma escritora portuguesa que viveu exilada no Brasil de 1955 a 1979. Ela escreveu artigos para jornais brasileiros como O Estado de São Paulo criticando o regime de Salazar em Portugal. Sua obra buscava aproximar as culturas luso-brasileira e africana, destacando as conexões históricas entre os continentes através da língua portuguesa.
1. O documento discute a importância dos Pontos de Cultura e como eles promovem a diversidade cultural brasileira através de redes e interações entre diferentes expressões e comunidades.
2. É destacado como os Pontos de Cultura valorizam as culturas regionais e identidades locais, ao mesmo tempo em que permitem novas conexões e trocas culturais.
3. O documento defende que as políticas culturais devem promover o diálogo entre o Estado e a sociedade para fortalecer as expressões culturais de forma orgânica
A construção da identidade cultural do gaúcho rio-grandense ocorreu de forma histórica, através da representação do passado por diferentes grupos ao longo do tempo. No século XIX, viajantes europeus representaram o gaúcho como nômade e selvagem, enquanto literatos brasileiros criaram outra imagem. No século XX, jovens urbanos fundaram o Movimento Tradicionalista e ressignificaram o gaúcho através de símbolos e rituais, construindo uma nova tradição.
Cultura, metamorfose, território e identidade uma análise d2ajr_tyler
Este documento analisa as transformações culturais, territoriais e de identidade no Bumba-meu-Boi tradicional do Maranhão devido à modernização. Discute como essa festa camponesa se tornou urbana e como representa a ligação entre identidade e território, afirmando a cultura maranhense.
1. O Arraial do Pavulagem surgiu em 1987 na Praça da República em Belém como uma brincadeira de cantoria aos domingos entre amigos artistas locais, liderados por Ruy Baldez.
2. Ao longo dos anos, o grupo foi se estruturando e ampliando sua proposta para divulgar a cultura popular paraense em todas as suas vertentes, como música, dança e expressões culturais.
3. Mesmo após a perda de Ruy Baldez em 1999, o Arraial continuou seu trabalho de preservação e difus
O documento discute a construção da identidade do tradicionalista gaúcho no século XX através da apropriação da identidade do gaúcho histórico do século XIX. Analisa como a imagem e representação do gaúcho foram construídas ao longo do tempo por meio de narrativas, escritos, imagens e discursos, e como isso influenciou a criação de uma identidade mítica do tradicionalista baseada no passado gaúcho.
Este documento analisa a manifestação cultural do Bumba-meu-Boi no Maranhão, discutindo suas transformações através da modernização. Apresenta o Bumba-meu-Boi como uma festa tradicional que se adaptou ao meio urbano, sofrendo mudanças culturais, territoriais e de identidade. Explica como esta festa reflete a cultura maranhense e serve para afirmar a identidade cultural local.
O frevo é uma dança típica de Pernambuco que surgiu como um ritmo carnavalesco influenciado pela capoeira. É marcado por passos rápidos e movimentos como gingados e rodopios. Os dançarinos usam roupas coloridas e sombrinhas.
O documento discute a produção literária e jornalística de Maria Archer, uma escritora portuguesa que viveu exilada no Brasil de 1955 a 1979. Ela escreveu artigos para jornais brasileiros como O Estado de São Paulo criticando o regime de Salazar em Portugal. Sua obra buscava aproximar as culturas luso-brasileira e africana, destacando as conexões históricas entre os continentes através da língua portuguesa.
1. O documento discute a importância dos Pontos de Cultura e como eles promovem a diversidade cultural brasileira através de redes e interações entre diferentes expressões e comunidades.
2. É destacado como os Pontos de Cultura valorizam as culturas regionais e identidades locais, ao mesmo tempo em que permitem novas conexões e trocas culturais.
3. O documento defende que as políticas culturais devem promover o diálogo entre o Estado e a sociedade para fortalecer as expressões culturais de forma orgânica
A construção da identidade cultural do gaúcho rio-grandense ocorreu de forma histórica, através da representação do passado por diferentes grupos ao longo do tempo. No século XIX, viajantes europeus representaram o gaúcho como nômade e selvagem, enquanto literatos brasileiros criaram outra imagem. No século XX, jovens urbanos fundaram o Movimento Tradicionalista e ressignificaram o gaúcho através de símbolos e rituais, construindo uma nova tradição.
Cultura, metamorfose, território e identidade uma análise d2ajr_tyler
Este documento analisa as transformações culturais, territoriais e de identidade no Bumba-meu-Boi tradicional do Maranhão devido à modernização. Discute como essa festa camponesa se tornou urbana e como representa a ligação entre identidade e território, afirmando a cultura maranhense.
1. O Arraial do Pavulagem surgiu em 1987 na Praça da República em Belém como uma brincadeira de cantoria aos domingos entre amigos artistas locais, liderados por Ruy Baldez.
2. Ao longo dos anos, o grupo foi se estruturando e ampliando sua proposta para divulgar a cultura popular paraense em todas as suas vertentes, como música, dança e expressões culturais.
3. Mesmo após a perda de Ruy Baldez em 1999, o Arraial continuou seu trabalho de preservação e difus
1) O documento discute a importância cultural de Olinda e como a Fliporto (Festival Literário de Porto) ajuda a fortalecer a identidade de Olinda como destino cultural. 2) A Fliporto 2013 será ainda mais democrática e inclusiva, com toda a programação gratuita para o público. 3) A Casa Fliporto serve como porto de ideias e abriga o projeto CLILO para formação de jovens leitores.
- O documento é um livro intitulado "Griots - culturas africanas: linguagem, memória, imaginário" que contém artigos de vários autores sobre culturas e literaturas africanas.
- O livro inclui uma apresentação que discute o papel dos griots na preservação da cultura oral africana através da música e da poesia e como isso influenciou a música nas Américas.
- Também contém um prefácio que enfatiza a importância de se conhecer e divulgar as raízes cultura
O documento discute a importância de uma educação artística brasileira que incorpore as manifestações culturais populares do país, como o Reisado. Essas manifestações surgiram a partir da mistura de culturas indígenas, africanas e portuguesas e celebram eventos como plantio e colheita. Uma educação artística brasileira deveria refletir essa capacidade de agregar diferentes culturas e proporcionar experiências significativas para os estudantes.
Memória familiar e educação não formal - claudete de sousa nogueiraMonitoria Contabil S/C
O batuque de umbigada, também conhecido como tambu ou caiumba é uma manifestação cultural trazida para o Brasil pelos escravos de origem bantu. Com seus
instrumentos como o Tambú, uma espécie de tambor feito de tronco oco de árvore; quinzengue, um tambor mais agudo que faz a marcação rítmica do tambú e nele se apóia; as matracas, que são os paus que batem no tambú do lado oposto do couro; guaiás ou chocalhos de metal em forma de cones ligados, essa manifestação conseguiu se manter através do tempo, passando de geração para geração.
O documento discute como as danças brasileiras preservam uma inteligência física desenvolvida por nossos antepassados para enfrentar desafios. Embora a tecnologia tenha resolvido muitos problemas, negligenciamos a escuta do corpo, levando a desequilíbrios na saúde e nas relações humanas. As culturas tradicionais oferecem formas de retomar essa escuta do corpo e reconhecer nossos desejos.
O documento discute o Pré-Modernismo no Brasil, resumindo: 1) Como autores como Euclides da Cunha, Lima Barreto, Monteiro Lobato e Graça Aranha retrataram diferentes aspectos da sociedade brasileira no início do século XX; 2) Os contrastes socioeconômicos da época, como a prosperidade do café em São Paulo versus a pobreza no Nordeste; 3) O objetivo destes escritores de dar voz à diversidade do Brasil em transformação.
Literatura, história e memória nas crônicas de A. Tito FilhoJordan Bruno
A dissertação analisa as crônicas publicadas por A. Tito Filho no jornal O Dia entre 1987 e 1992, abordando três temas principais: 1) as crônicas biográficas sobre intelectuais e literatos piauienses; 2) como o cronista abordou temas da história e literatura do Piauí e Brasil; 3) como retratou o cotidiano da cidade de Teresina. A pesquisa busca entender a atuação de Tito Filho como cronista e como suas crônicas tratam da história
A. tito filho, o enamorado de TeresinaJordan Bruno
Este artigo analisa a cidade de Teresina na década de 1970 através dos escritos de A. Tito Filho. O autor descreve uma Teresina "afetiva, tranquila e pitoresca" em três livros publicados na época. Nessa década, o governo investiu em projetos para modernizar a cidade, como a construção de estádios e avenidas. A. Tito Filho celebrou a cultura e história de Teresina e ajudou a construir uma imagem positiva da cidade.
Este documento descreve um projeto de pesquisa histórica e produção de conteúdo multimídia sobre o Barão do Serro Azul. O projeto tem como objetivo recuperar a história e difundir o conhecimento sobre este herói paranaense, visto como um importante empreendedor e fomentador do desenvolvimento do estado do Paraná no século XIX. O projeto inclui a produção de uma exposição itinerante, publicações, documentário e site para compartilhar a história deste personagem e suas contribuições para o Paraná.
Albuquerque 2408 enredos da tradição a invençãoDany Pereira
O Nordeste surgiu no início do século XX como uma nova região construída historicamente através de práticas e discursos dispersos. Sua fundação se deu sob o signo da saudade e da tradição para reagir à perda de espaços políticos e econômicos por grupos tradicionais. O Nordeste foi inventado como uma totalidade cultural e política para defender a dominação regional ameaçada pelas forças da nação.
O editorial discute os benefícios da leitura literária, incluindo despertar para realidades esquecidas, conectar-se com a humanidade e cultura de um texto, e permitir o crescimento através da herança cultural. O documento também homenageia escritores capixabas e inclui poemas e excertos de literatura.
O livro descreve a revista Realidade dos anos 1960 no Brasil, que revolucionou o jornalismo brasileiro ao adotar um estilo de reportagem literária e impressionista ao invés do jornalismo objetivo. A revista discutia temas controvertidos da época de forma aberta e progressista. Embora o autor conclua que aquele estilo específico de jornalismo foi produto de sua época, o resumo argumenta que versões desse jornalismo ainda podem existir hoje.
Este trabalho visa compreender as permanências do pensamento colonial, eurocêntrico, que no processo “civilizacional” buscou sedimentar o imaginário do
negro como um bárbaro, incivilizado, e que, portanto, ao não ser portador de uma significância existencial também não seria produtor de uma “cultura”. A análise parte das transformações ocorridas no imaginário social sobre o mito da divindade exú ao longo do processo colonial no Brasil. Exú exerce a função transversal nas religiões brasileiras de matriz africana como um trickster, a interpretação da sua
figura ora como algo positivo ora como algo negativo - voltado ao mal - reflete não só o seu controverso papel ritual, mas antes as próprias apreensões coloniais dos
processos culturais originários do continente africano; no mesmo sentido em que parece apontar para o intento do projeto colonial com relação à sua necessidade de
subjugação do outro e apropriação do discurso do colonizador por este último.
Estes processos remetem a uma série de perguntas, dentre elas o porquê – considerando-se as variações rituais de Exú na umbanda e no candomblé – a perspectiva colonial “demonizada” desta divindade acabou por influenciar os cultos afro-brasileiros, ou seja, os cultos levados a cabo justamente por aqueles que teoricamente possuíam mais conhecimento dos ritos “originais”.
A origem dos Bacamarteiros de Caruaru é um mistério sem respostas definitivas. Pesquisadores ligam a tradição à Guerra do Paraguai ou à invasão holandesa, mas nada foi documentado. Os próprios Bacamarteiros acreditam que suas armas e fardas estiveram na guerra e adaptaram memórias de batalha às tradições locais. A relação com o conflito cisplatino é a versão mais aceita, mas a origem exata permanece desconhecida.
Em três frases:
1) O documento discute como o livro Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, usa o espaço do sertão para fazer uma interpretação do Brasil e sua história nacional em um momento de modernização.
2) Apesar das promessas do desenvolvimento levar o progresso ao sertão, Guimarães Rosa questiona o que é o sertão, onde ele está localizado e como compreendê-lo.
3) O sertão é retratado como um espaço não racional onde as fronteiras entre
O documento apresenta informações sobre o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia de 2010 no Pará, Brasil. A mostra contou com palestras e oficinas sobre fotografia e exibiu trabalhos premiados sob o tema "Brasil Brasis". O objetivo foi aproximar artistas da fotografia do público paraense e incentivar a cultura local.
1) Este número da Revista do Arquivo Público Mineiro celebra os 110 anos de Belo Horizonte e apresenta uma visão multifacetada da cidade, desde sua fundação até a atual condição de metrópole.
2) A publicação traz entrevista com o diretor do Arquivo Nacional sobre a importância da preservação da memória brasileira.
3) Há artigos que abordam temas como as disputas em torno da mudança da capital, a construção da imagem da nova cidade, a expansão metropolitana e a criação de
O documento fornece orientações sobre atividades escolares:
1) Os alunos devem registrar todas as atividades em um mesmo caderno, válido para todos os professores;
2) As atividades também podem ser enviadas pelo Google Classroom;
3) Os alunos podem enviar as atividades ao professor que estiver disponível naquele dia, ficando atentos às notificações.
O documento descreve aspectos da cultura de Mato Grosso do Sul, como a gastronomia típica (arroz de carreteiro, moqueca de peixe), bebidas (licor de pequi, tereré), danças (polca paraguaia, catira), festas populares e religiosas (Reisado, Festa do Divino), artesanato, música, literatura, teatro, artes plásticas e famosos da região.
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...Almiranes Dos Santos Silva
O documento discute a presença de elementos da sabedoria popular e da tradição cultural no conto "Trinta e Dois" de João Nonom de Moura Fontes Ibiapina. O conto retrata a seca de 1932 na região de Samambaia e como a população local utilizava sinais da natureza e crenças para interpretar a chegada das chuvas. A literatura é apresentada como forma de preservar a cultura e identidade do povo piauiense.
A construção da identidade cultural do gaúcho rio-grandense ocorreu de forma histórica, através da representação do passado por diferentes grupos ao longo do tempo. No século XIX, viajantes europeus representaram o gaúcho como nômade e selvagem, enquanto literatos brasileiros criaram outra imagem. No século XX, jovens urbanos formaram o movimento tradicionalista e ressignificaram o gaúcho através de símbolos e rituais, construindo uma nova tradição.
O documento discute a crônica jornalística de Arimathéia Tito Filho no jornal O Dia em Teresina como uma prática que buscava influenciar a sociedade sobre questões de valores e ética. O cronista, como presidente da Academia Piauiense de Letras, circulava as ideias da Academia na sociedade com o objetivo de conter o que era visto como desordem. Suas crônicas retratavam a ordem e desordem como discursos que tentavam apresentar a "realidade" social e cultural
1) O documento discute a importância cultural de Olinda e como a Fliporto (Festival Literário de Porto) ajuda a fortalecer a identidade de Olinda como destino cultural. 2) A Fliporto 2013 será ainda mais democrática e inclusiva, com toda a programação gratuita para o público. 3) A Casa Fliporto serve como porto de ideias e abriga o projeto CLILO para formação de jovens leitores.
- O documento é um livro intitulado "Griots - culturas africanas: linguagem, memória, imaginário" que contém artigos de vários autores sobre culturas e literaturas africanas.
- O livro inclui uma apresentação que discute o papel dos griots na preservação da cultura oral africana através da música e da poesia e como isso influenciou a música nas Américas.
- Também contém um prefácio que enfatiza a importância de se conhecer e divulgar as raízes cultura
O documento discute a importância de uma educação artística brasileira que incorpore as manifestações culturais populares do país, como o Reisado. Essas manifestações surgiram a partir da mistura de culturas indígenas, africanas e portuguesas e celebram eventos como plantio e colheita. Uma educação artística brasileira deveria refletir essa capacidade de agregar diferentes culturas e proporcionar experiências significativas para os estudantes.
Memória familiar e educação não formal - claudete de sousa nogueiraMonitoria Contabil S/C
O batuque de umbigada, também conhecido como tambu ou caiumba é uma manifestação cultural trazida para o Brasil pelos escravos de origem bantu. Com seus
instrumentos como o Tambú, uma espécie de tambor feito de tronco oco de árvore; quinzengue, um tambor mais agudo que faz a marcação rítmica do tambú e nele se apóia; as matracas, que são os paus que batem no tambú do lado oposto do couro; guaiás ou chocalhos de metal em forma de cones ligados, essa manifestação conseguiu se manter através do tempo, passando de geração para geração.
O documento discute como as danças brasileiras preservam uma inteligência física desenvolvida por nossos antepassados para enfrentar desafios. Embora a tecnologia tenha resolvido muitos problemas, negligenciamos a escuta do corpo, levando a desequilíbrios na saúde e nas relações humanas. As culturas tradicionais oferecem formas de retomar essa escuta do corpo e reconhecer nossos desejos.
O documento discute o Pré-Modernismo no Brasil, resumindo: 1) Como autores como Euclides da Cunha, Lima Barreto, Monteiro Lobato e Graça Aranha retrataram diferentes aspectos da sociedade brasileira no início do século XX; 2) Os contrastes socioeconômicos da época, como a prosperidade do café em São Paulo versus a pobreza no Nordeste; 3) O objetivo destes escritores de dar voz à diversidade do Brasil em transformação.
Literatura, história e memória nas crônicas de A. Tito FilhoJordan Bruno
A dissertação analisa as crônicas publicadas por A. Tito Filho no jornal O Dia entre 1987 e 1992, abordando três temas principais: 1) as crônicas biográficas sobre intelectuais e literatos piauienses; 2) como o cronista abordou temas da história e literatura do Piauí e Brasil; 3) como retratou o cotidiano da cidade de Teresina. A pesquisa busca entender a atuação de Tito Filho como cronista e como suas crônicas tratam da história
A. tito filho, o enamorado de TeresinaJordan Bruno
Este artigo analisa a cidade de Teresina na década de 1970 através dos escritos de A. Tito Filho. O autor descreve uma Teresina "afetiva, tranquila e pitoresca" em três livros publicados na época. Nessa década, o governo investiu em projetos para modernizar a cidade, como a construção de estádios e avenidas. A. Tito Filho celebrou a cultura e história de Teresina e ajudou a construir uma imagem positiva da cidade.
Este documento descreve um projeto de pesquisa histórica e produção de conteúdo multimídia sobre o Barão do Serro Azul. O projeto tem como objetivo recuperar a história e difundir o conhecimento sobre este herói paranaense, visto como um importante empreendedor e fomentador do desenvolvimento do estado do Paraná no século XIX. O projeto inclui a produção de uma exposição itinerante, publicações, documentário e site para compartilhar a história deste personagem e suas contribuições para o Paraná.
Albuquerque 2408 enredos da tradição a invençãoDany Pereira
O Nordeste surgiu no início do século XX como uma nova região construída historicamente através de práticas e discursos dispersos. Sua fundação se deu sob o signo da saudade e da tradição para reagir à perda de espaços políticos e econômicos por grupos tradicionais. O Nordeste foi inventado como uma totalidade cultural e política para defender a dominação regional ameaçada pelas forças da nação.
O editorial discute os benefícios da leitura literária, incluindo despertar para realidades esquecidas, conectar-se com a humanidade e cultura de um texto, e permitir o crescimento através da herança cultural. O documento também homenageia escritores capixabas e inclui poemas e excertos de literatura.
O livro descreve a revista Realidade dos anos 1960 no Brasil, que revolucionou o jornalismo brasileiro ao adotar um estilo de reportagem literária e impressionista ao invés do jornalismo objetivo. A revista discutia temas controvertidos da época de forma aberta e progressista. Embora o autor conclua que aquele estilo específico de jornalismo foi produto de sua época, o resumo argumenta que versões desse jornalismo ainda podem existir hoje.
Este trabalho visa compreender as permanências do pensamento colonial, eurocêntrico, que no processo “civilizacional” buscou sedimentar o imaginário do
negro como um bárbaro, incivilizado, e que, portanto, ao não ser portador de uma significância existencial também não seria produtor de uma “cultura”. A análise parte das transformações ocorridas no imaginário social sobre o mito da divindade exú ao longo do processo colonial no Brasil. Exú exerce a função transversal nas religiões brasileiras de matriz africana como um trickster, a interpretação da sua
figura ora como algo positivo ora como algo negativo - voltado ao mal - reflete não só o seu controverso papel ritual, mas antes as próprias apreensões coloniais dos
processos culturais originários do continente africano; no mesmo sentido em que parece apontar para o intento do projeto colonial com relação à sua necessidade de
subjugação do outro e apropriação do discurso do colonizador por este último.
Estes processos remetem a uma série de perguntas, dentre elas o porquê – considerando-se as variações rituais de Exú na umbanda e no candomblé – a perspectiva colonial “demonizada” desta divindade acabou por influenciar os cultos afro-brasileiros, ou seja, os cultos levados a cabo justamente por aqueles que teoricamente possuíam mais conhecimento dos ritos “originais”.
A origem dos Bacamarteiros de Caruaru é um mistério sem respostas definitivas. Pesquisadores ligam a tradição à Guerra do Paraguai ou à invasão holandesa, mas nada foi documentado. Os próprios Bacamarteiros acreditam que suas armas e fardas estiveram na guerra e adaptaram memórias de batalha às tradições locais. A relação com o conflito cisplatino é a versão mais aceita, mas a origem exata permanece desconhecida.
Em três frases:
1) O documento discute como o livro Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, usa o espaço do sertão para fazer uma interpretação do Brasil e sua história nacional em um momento de modernização.
2) Apesar das promessas do desenvolvimento levar o progresso ao sertão, Guimarães Rosa questiona o que é o sertão, onde ele está localizado e como compreendê-lo.
3) O sertão é retratado como um espaço não racional onde as fronteiras entre
O documento apresenta informações sobre o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia de 2010 no Pará, Brasil. A mostra contou com palestras e oficinas sobre fotografia e exibiu trabalhos premiados sob o tema "Brasil Brasis". O objetivo foi aproximar artistas da fotografia do público paraense e incentivar a cultura local.
1) Este número da Revista do Arquivo Público Mineiro celebra os 110 anos de Belo Horizonte e apresenta uma visão multifacetada da cidade, desde sua fundação até a atual condição de metrópole.
2) A publicação traz entrevista com o diretor do Arquivo Nacional sobre a importância da preservação da memória brasileira.
3) Há artigos que abordam temas como as disputas em torno da mudança da capital, a construção da imagem da nova cidade, a expansão metropolitana e a criação de
O documento fornece orientações sobre atividades escolares:
1) Os alunos devem registrar todas as atividades em um mesmo caderno, válido para todos os professores;
2) As atividades também podem ser enviadas pelo Google Classroom;
3) Os alunos podem enviar as atividades ao professor que estiver disponível naquele dia, ficando atentos às notificações.
O documento descreve aspectos da cultura de Mato Grosso do Sul, como a gastronomia típica (arroz de carreteiro, moqueca de peixe), bebidas (licor de pequi, tereré), danças (polca paraguaia, catira), festas populares e religiosas (Reisado, Festa do Divino), artesanato, música, literatura, teatro, artes plásticas e famosos da região.
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...Almiranes Dos Santos Silva
O documento discute a presença de elementos da sabedoria popular e da tradição cultural no conto "Trinta e Dois" de João Nonom de Moura Fontes Ibiapina. O conto retrata a seca de 1932 na região de Samambaia e como a população local utilizava sinais da natureza e crenças para interpretar a chegada das chuvas. A literatura é apresentada como forma de preservar a cultura e identidade do povo piauiense.
A construção da identidade cultural do gaúcho rio-grandense ocorreu de forma histórica, através da representação do passado por diferentes grupos ao longo do tempo. No século XIX, viajantes europeus representaram o gaúcho como nômade e selvagem, enquanto literatos brasileiros criaram outra imagem. No século XX, jovens urbanos formaram o movimento tradicionalista e ressignificaram o gaúcho através de símbolos e rituais, construindo uma nova tradição.
O documento discute a crônica jornalística de Arimathéia Tito Filho no jornal O Dia em Teresina como uma prática que buscava influenciar a sociedade sobre questões de valores e ética. O cronista, como presidente da Academia Piauiense de Letras, circulava as ideias da Academia na sociedade com o objetivo de conter o que era visto como desordem. Suas crônicas retratavam a ordem e desordem como discursos que tentavam apresentar a "realidade" social e cultural
O documento descreve aspectos culturais de Mato Grosso, incluindo sua história, danças, músicas, mitos, gastronomia, patrimônio histórico e artesanato. Elementos como a Coluna Prestes, as visitas de Getúlio Vargas e do Papa João Paulo II, danças como o Cururu e o Siriri, e pratos típicos como o Pacu assado são descritos. O documento fornece um panorama abrangente da cultura do estado.
Marca de identidade cultural e símbolo nacional do Uruguai e da Argentina, o tango recentemente foi apropriado pela indústria do turismo e pelos fluxos massivos da comunicação midiatizada. Entretanto, simultaneamente, observam-se processos de resistência cultural e de empoderamento das comunidades tradicionais, através da recuperação de seu valor simbólico, a partir de seus elementos históricos. Utilizando a teoria da Folkcomunicação, utilizamos para aprofundar a compreensão deste fenômeno: a apropriação desta expressão artística pela indústria cultural, seu caráter de expressão folkcomunicacional, ou comunicação dos marginalizados, a partir de sua constituição histórica, resultado da hibridização cultural e sua posição nos movimentos de transformação do fato folclórico ocasionados pela indústria do turismo e de resistência cultural contra estas apropriações e ressignificações.
O documento discute diversas manifestações culturais populares brasileiras, incluindo o carnaval, congada, cavalhada, e folguedos. Essas expressões culturais misturam elementos africanos e cristãos e celebram eventos como colheitas através de músicas, danças, fantasias e teatro. Muitos grupos de teatro procuram preservar e reinterpretar essas formas populares para se comunicar com o público.
Este documento discute a arte indígena no Brasil. Apresenta que cada povo indígena tem suas próprias características culturais e que a arte desempenha um papel fundamental na organização e compreensão do mundo para esses povos. Também destaca exemplos de influência da cultura indígena na sociedade brasileira, como o uso de redes, instrumentos musicais e objetos de barro.
Este artigo discute a "centralidade da cultura" e sua importância para grupos culturais que buscam reconhecimento de suas diferenças. Aborda a constituição da "essencialidade" da cultura surda, propondo deslocá-la para um território híbrido e de fronteira. Também discute a cristalização de uma identidade surda pura e propõe entender a surdez como contingência histórica e cultural.
O documento apresenta trechos do espetáculo Show Opinião que continham narrativas de exílio vividas por artistas da música que se transformaram em personagens. Essas narrativas descreviam as dificuldades enfrentadas pelos artistas em serem reconhecidos em seu meio social de origem e sua busca por pertencimento a outro grupo. O objetivo era criticar a falta de valorização da autoria brasileira na época.
O documento discute a arte, o patrimônio cultural e as tradições artísticas e musicais do estado de Mato Grosso, no Brasil. Apresenta exemplos como a viola de cocho, o siriri e o cururu, danças típicas da região acompanhadas por instrumentos como a viola e o ganzá. Também descreve o patrimônio material e imaterial do estado, incluindo a cerâmica de São Gonçalo e as redes cuiabanas bordadas.
O documento descreve aspectos culturais da cidade de Bom Jardim no Maranhão. As três principais informações são:
1) A cidade apresenta diversas manifestações culturais populares como danças folclóricas, festas juninas e religiosas que fazem parte da identidade local.
2) Entre as danças folclóricas estão o coco, a mangaba, a quadrilha e o bumba-meu-boi, realizadas principalmente em festas juninas.
3) Uma tradição das festas juninas é a peça teatral
1) O documentário O Capeta Carybé analisa as representações da baianidade e dos baianos na obra do artista plástico Carybé no final do século XX.
2) Carybé é retratado como um mediador entre a cultura baiana e o mundo, trazendo a essência da baianidade através de suas pinturas e esculturas.
3) O filme sugere que Carybé ajudou a definir os principais elementos da baianidade de acordo com intelectuais como Jorge Amado.
INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA, Campus Garopaba.
HISTÓRIA, MEMÓRIA, PATRIMÔNIO E IDENTIDADE
Professor Viegas Fernandes da Costa
Material produzido para o componente curricular “História Local” do curso de Condutor Ambiental de Garopaba.
Março de 2014.
Apresentação livros e biografia Altimar PimentelLeonardo Silva
Altimar Pimentel foi um intelectual brasileiro nascido em 1936 na cidade de Maceió. Atuou como historiador, escritor e professor universitário na Paraíba. Publicou diversos livros sobre folclore, teatro e história, destacando-se suas obras sobre a cultura popular brasileira.
Manifestações artísticas 1º trimestre por simone helen drumond de carvalhoSimoneHelenDrumond
1) O documento discute diferentes manifestações artísticas no Amazonas, incluindo artes cênicas, a batucada do Garantido, o Canto da Mata e o músico Arlindo Júnior.
2) É abordado o folclore amazonense, com danças, ritmos e o Festival Folclórico de Parintins.
3) As artes são entendidas como formas de expressão que revelam aspectos culturais dos povos.
1) A Comissão Mineira de Folclore está completando 73 anos desde sua fundação em 1948, tendo como objetivo principal preservar as manifestações culturais de Minas Gerais.
2) Ao longo de sua história, a Comissão passou por três fases distintas, tendo se transformado de um grupo de estudiosos para uma instituição com publicações acadêmicas e atualmente buscando novas formas de atuação diante das transformações sociais.
3) Sob a presidência de José Moreira de Souza, a Comissão passou a admitir novos
O documento descreve a festa de São Pedro em Retirolândia, Bahia entre 1966 e 2010. Apesar de ter nome religioso, a festa é celebrada em espaço laico sem vínculo à Igreja Católica, tornando-se a maior manifestação cultural local. O texto também discute as mudanças e permanências na festa ao longo dos anos e as múltiplas relações que ocorrem durante sua realização.
Invocação à natureza e mítico-simbólico originário: a jornada indígena em Can...MoniqueParente2
Este artigo se propõe a analisar as manifestações do mítico-simbólico indígena em Canto a las Flores (2006), poemário bilíngue publicado pela pesquisadora têxtil e poeta Elvira Espejo, enquanto caminho para a ancestralidade dos povos originários da Bolívia. Nesse processo, o estudo investigará a invocação à natureza como recurso épico, a partir dos estudos de Christina Bielinski Ramalho (2013 e 2015), e o heroísmo indígena na trajetória do eu-poético/narradora, com aporte na teoria do monomito de Joseph Campbell (1990). A obra tomada como corpus se origina a partir dos cantos da tradição oral aymara e quechua dos Andes bolivianos, reconstituindo ritos e preceitos da cultura originária. Os versos retomam narrativas características da produção têxtil andina e conduzem a uma viagem de revisitação e ressignificação da sabedoria ancestral, na qual reconhece-se a natureza enquanto espaço do sagrado indígena. Com isso, destacam-se motivos arquetípicos que convergem com a imagética do heroísmo mítico e apontam a resistência cultural na produção andina. A base teórica fundamenta-se a partir dos estudos de Denise Y. Arnold e Juan de Dios Yapita (2018) sobre a cultura e simbologia têxtil andina e alcança as considerações de Mircea Eliade (1998) sobre o mito.
PADEIRINHO DA MANGUEIRA: A ESTÉTICA DA LINGUAGEM DO MORROalfeuRIO
O documento descreve a trajetória do sambista Padeirinho da Mangueira, que cresceu no morro da Mangueira e teve sua formação artística nas rodas de samba locais. Seu estilo lírico e musical refletia a linguagem e a cultura da comunidade, com letras que retratavam a vida nos morros do Rio de Janeiro. Suas composições ajudaram a popularizar o "linguajar" das favelas e a valorizar a cultura marginalizada.
O documento discute a estrutura fundiária no Brasil, onde menos de 2% dos proprietários possuem cerca de 40% das terras rurais, resultando em desigualdade social. A modernização do campo também contribui para esta desigualdade. É importante estudar as características da agricultura brasileira para o ENEM.
O documento discute tópicos de geografia do Brasil, incluindo processos de urbanização, uso da tecnologia no agronegócio e causas da crise financeira global de 2008.
Atividade de Geografia sobre Região Nordeste- Caça Palavarasjoao paulo
O documento lista características geográficas da região Nordeste do Brasil, incluindo atrações turísticas, sub-regiões, clima, vegetação, rios, estados, migração, cidades e desafios econômicos.
O documento descreve uma animação gráfica produzida para ensinar sobre o processo de intemperismo. A animação ilustra os mecanismos físicos e químicos do intemperismo, como a fragmentação por gelo e a dissolução de minerais. A animação foi desenvolvida usando softwares como Flash e Muse e aplicada com sucesso em situações educacionais.
Aula-semana 06/03.Artesanato- Manufatura- Indústria.Socialismojoao paulo
O documento discute os conceitos de artesanato, socialismo e suas variações históricas. Resume os principais pontos dos primeiros socialistas utópicos como Saint-Simon e Fourier, e como Marx e Engels formularam princípios para uma sociedade sem classes baseada na luta dos trabalhadores. Também discute a doutrina social da Igreja, a social-democracia e variações do socialismo.
O documento resume as fases do capitalismo: comercial, industrial e financeiro. Também descreve as três revoluções industriais, destacando a Inglaterra na primeira no século 18 utilizando carvão, a introdução do fordismo na segunda no século 19, e a terceira na década de 70 focada em alta tecnologia e produção globalizada.
1) O documento discute conceitos geográficos como a produção do espaço geográfico e formas criadas pelo trabalho humano que refletem períodos históricos.
2) Aborda o determinismo geográfico, que vê aspectos físicos como determinantes da sociedade, versus o possibilismo, que enfatiza a sociedade como força transformadora da natureza.
3) Explica o sistema de coordenadas geográficas utilizando linhas de latitude e longitude para localizar pontos, e como estas definem fusos horários.
O documento discute conceitos fundamentais da geografia e cartografia, incluindo:
1) A geografia estuda a interação entre sociedades humanas e elementos naturais na superfície da Terra.
2) Conceitos como lugar, paisagem, território e região são importantes para a geografia.
3) A cartografia envolve escolher a escala correta para mapear um local, considerando seu tamanho e detalhes.
O que é Geografia? Definições e Conceitos básicos.joao paulo
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor processador. O novo aparelho também possui bateria de maior duração e armazenamento expansível. O lançamento do novo modelo está previsto para o último trimestre do ano, com preço sugerido a partir de US$799.
O que é geografia? Definições e conceitos.joao paulo
O documento explica quatro categorias analíticas principais usadas por geógrafos para estudar o espaço geográfico: território, paisagem, lugar e região. Território é um espaço delimitado por relações de posse ou poder. Paisagem é o espaço visível aos sentidos. Lugar é um ponto no espaço com significado para as pessoas. Região é uma área conceitualmente dividida com características comuns definidas pelo ser humano.
1. Boitatá – Revista do GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL
ISSN 1980-4504 18
A CULTURA SUL-MATO-GROSSENSE E SUA CONDIÇÃO MESTIÇA:
ASPECTOS SEMIÓTICOS DA MANIFESTAÇÃO POPULAR DO EL TORO CANDIL
THE CULTURE OF MATO GROSSO DO SUL AND IT'S HYBRID CONDITION:
SEMIOTIC ASPECTS OF THE POPULAR MANIFESTATION EL TORO CANDIL
Gicelma da Fonseca Torchi-Chacarosqui (UFGD) 1
Resumo: A mestiçagem é um pensamento da mediação que se exerce nos intervalos, nos
interstícios, nas fronteiras a partir dos cruzamentos e das trocas; pertence ao território do ato e
procede ao deslocamento do que se tinha como categorial, colocando, assim, em questão
princípios, nomeadamente o princípio da “Identidade”. Este artigo tem como objetivo abordar
a rica e estratificada cultura traduzida em significativas produções artísticas sul-mato-
grossenses (música, dança, literatura, teatro, pintura, escultura, cinema), verificando
particularmente as festividades do El Toro Candil como fator de mestiçagem e
interculturalidade.
Palavras-chave: mestiçagem; cultura popular; cultura sul-mato-grossense.
Resumen: El mestizaje es un pensamiento de la mediación ejercido en los intervalos, en
los intersticios, en los pasos fronterizos desde los cruces y los cambios; pertenece al
territorio del acto y procede al desplazamiento de lo que se tenia como categórico,
poniendo así en cuestión los principios, en particular el principio de "identidad". Este
artículo tiene como objetivo abordar la rica estratificada cultura traducida en
importantes producciones artísticas de Mato Grosso do Sul (música, danza, literatura,
teatro, pintura, escultura, cine), discutiendo en particular las fiestas de El Toro Candil como
un factor de mestizaje e interculturalidad.
Palabras-clave: mestizaje; cultura popular; cultura de Mato Grosso do Sul.
E cego é o coração que trai
Aquela voz primeira que de dentro sai
E às vezes me deixa assim a
Revelar que eu vim da fronteira onde
O Brasil foi Paraguai
(“Sonhos Guaranis”/Simões; Sater, faixa 5)
Fragmentos Introdutórios
Cultura é sempre um processo ativo por causa de seu caráter mimético, de imitação, de
assimilação, de confluência. A cultura (como a natureza, seu duplo) é o terreno por excelência
dos hibridismos, da diversidade, da diferença, da mestiçagem. O presente trabalho, resultado
1Professora Doutora da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD-FACALE). Email:
giondas@hotmail.com
BOITATÁ, Londrina, n. 10, p. 18-33, jul-dez 2010.
2. Boitatá – Revista do GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL
ISSN 1980-4504 19
de nossa pesquisa “Aspectos semióticos de literatura e cultura: interfaces e elos de
intermediações na cultura sul-mato-grossense”, aborda a rica e mestiça cultura do Mato
Grosso do Sul, traduzida em significativas manifestações artísticas, verificando
particularmente a manifestação popular denominada de El Toro Candil como forte aspecto de
agregação e interculturalidade Brasil-Paraguai. Defendemos que a mestiçagem não é só
aquele fato racial, mas a tessitura da modernidade, que, segundo Martin-Barbero:
[...] é trama hoje de modernidade e descontinuidades culturais,
deformações sociais e estruturas do sentimento, de memórias e
imaginários que misturam o indígena com o rural, o rural com o
urbano, o folclore com o popular e o popular com o massivo.
(MARTIN-BARBERO, 2008, p. 27- 8)
Ou seja, as maneiras de ser e estar no mundo de cada grupo social determinam
subsídios para a edificação do local, que é composta especialmente por: visualidades,
sonoridades, gestualidades, linguagens e crenças, que narram e modelam uma cultura própria
e compõem o imaginário de um país, uma região, uma cidade. A nascente do folclore são as
coligações de origem (autênticas), ou seja, os grupos herdaram suas manifestações, criadas em
tempos remotos, imprecisos, cujas estruturas, normas, roteiros, estética, funções e outros
elementos importantes; as suas existências são aceitas coletivamente e reproduzidas pelas
sucessivas gerações. Segundo Sigrist (2008) qualquer bom condutor da tradição popular pode
se promulgar através do lembrar, exercício que deve ser feito diariamente, como nossos
antepassados faziam, para que possamos aparar as arestas, ajustar os ponteiros do tempo e
projetar o futuro. É assim que se mantêm as tradições. O resultado desse exercício coletivo é
que pode ser apontado como tradição do lugar.
1. Elos de Intermediação Cultural: El Toro Candil
“El Toro Candil não se caracteriza como dança nem como folguedo” (SIGRIST, 2008,
p. 27); é considerado uma brincadeira feita com o boi (toro, em espanhol), confeccionado de
arame, couro do boi curtido e a ossatura natural da cara do boi, abatido para a festa. Duas
tochas acesas são colocadas no chifre do boi candeeiro (candil, em espanhol). Os brincantes
mascarados (mascaritas, em espanhol) apresentam-se fantasiados para não serem
reconhecidos (tanto homens, quanto mulheres), brincam entre si, mudam a voz e falam em
idioma guarani, português e espanhol.
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3. Boitatá – Revista do GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL
ISSN 1980-4504 20
Pelota Tatá em Porto Murtinho/MS
Antes da chegada do Toro, fazem a brincadeira bola-ta-ta, ou pelota tatá, uma bola de
pano, encharcada de óleo em que é ateado fogo. Os brincantes chutam a bola de um para
outro, brincando até que a mesma se apague. Na continuidade, entra El Toro Candil para
alcançar o auge da festa. Quando se acham cansados, os brincantes vão para o salão, a rua ou
a quadra e dançam (podendo ser homens com homens ou com mulheres, mesmo porque estes
podem não se conhecer) ao som de salsas, guarâneas, polcas e/ou merengues. A brincadeira
acontece geralmente dia oito de dezembro (ou na véspera, no dia sete), em comemoração ao
dia de Nossa Senhora de Caacupé, Santa protetora do Paraguai. Segundo Sigrist (2008, p. 27):
el Toro Candil só possui a cabeça incandescente, sem o corpo. Um
acontecimento que se repete no Paraguai, Argentina, Colômbia. Não
há orientações cênicas com papéis definidos para serem representados,
apenas brinca-se com o Toro e seus brincantes apresentam-se todos
mascarados e travestidos, com predominância de homens vestidos
grotescamente de mulheres.
El Toro Candil é uma manifestação mestiça que traduz a cultura como um lugar a
partir do qual algo começa a se fazer intercambial, ou seja, o conceito de fronteira não é
tomado aqui como um marco cartográfico de separação, mas como um local de contatos, de
múltiplas relações, de trocas inúmeras, de trânsitos diversos. Jérri Marin (2004, p. 325-6)
indaga: “a fronteira, nesse caso, situa-se no meio das águas, entre os marcos, ou estaria em
todos os lugares?”; na sequência, afirma que “o ir e vir fronteiriço e as trocas culturais
contestam e fragilizam a visão” de que “as fronteiras são precisas e de que o Estado é
soberano e mobiliza de forma homogênea todos os cidadãos”; enfim, “as fronteiras são
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4. Boitatá – Revista do GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL
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imaginárias, móveis, incertas e de difícil delimitação”. Isto corrobora com o pensamento de
Bhabha (2007, p. 27), segundo o qual o trabalho fronteiriço de cultura decreta uma incidência
com o novo.
Ele cria uma ideia do novo como ato insurgente de tradução cultural.
Essa arte não apenas retoma o passado como causa social ou
precedente estético; ela renova o passado refigurando-o como um
“entre-lugar” contingente, que inova e interrompe a atuação do
presente. O “passado presente” torna-se parte da necessidade, e não da
nostalgia, de viver.
A manifestação cultural do El toro candil é exatamente o que afirma Bhabha, um
trabalho fronteiriço onde ambas as culturas, brasileira e paraguaia, têm um encontro com algo
novo que vai transformar tanto o passado como o presente 2, essa ideia do novo como ação
rebelde que nos traz o El toro candil ressignificado, insurgente, mestiço. Criando a
ressignificação pela mistura, ou seja, o tradicional com as inovações. El toro candil feito de
ossatura de boi se vê misturado com o “boi de candil” feito de papel machê (o Toro candil
novo que surge em Porto Murtinho nos últimos anos). A festa popular, tradicional, em que El
toro candil, aquele feito do esqueleto do boi se mantêm, festa feita em devoção a Nossa
Senhora de Caacupé, aos poucos se mistura com a cultura de massa de um “Toro candil”
alegre, colorido, dançante, que surge em um Festival Internacional em Porto Murtinho e que
ganha fama em todo o Estado de Mato Grosso do Sul e no Brasil. Mas que não mantém a
tradição popular, que se ressignifica pelo capital, pelas mídias, pelo viés da cultura de massas,
pelas infiltrações. No entanto, o popular resiste, não morre, continua, pois é mantido pela fé,
pela crença, pela determinação do povo, ou como diz Renato Almeida (1957, p. 42): “Se não
vier do povo ou do primitivo (de origem) coisa alguma é folclore [tradição], pois apenas nesse
ambiente produz-se folclore”.
2 A guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido no continente americano, no
período de dezembro de 1864 a março de 1870. É também chamada Guerra da Tríplice Aliança. O Brasil, a
Argentina e o Uruguai, aliados, derrotaram o Paraguai após cinco anos de lutas, durante os quais o Brasil
enviou 180 mil homens em guerra. Destes, mais de 30 mil não voltaram. As perdas humanas sofridas pelo
Paraguai são calculadas em 300 mil pessoas, entre civis e militares, mortos em decorrência dos combates, das
epidemias que se alastraram durante a guerra e da fome. O Paraguai, antes da guerra, atravessava uma fase de
prosperidade econômica. A derrota marcou uma reviravolta decisiva na história do país, desde então um dos
menos desenvolvidos da América do Sul. (Disponível em:
<http://www.suapesquisa.com/historia/guerradoparaguai/>. Acessado em: 18 de abril de 2011).
BOITATÁ, Londrina, n. 10, p. 18-33, jul-dez 2010.
5. Boitatá – Revista do GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL
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ToroCandil original
O processo de mestiçagem é responsável pelo diálogo tradutório entre língua e
culturas. É pela mestiçagem que explicamos as constantes transformações culturais sul-mato-
grossenses e sua densa polissemia, pois esta vive entre o que afirmam Laplantine e Nouss
(s/d, p. 58), que “qualquer cultura é mestiça no sentido em que esta participa do mito e do
real, e que vive no limiar entre o passado e o futuro”. Na linha deste pensamento contribui a
conceituação de Tania Carvalhal (2003, p. 156), segundo a qual: “Fronteira é realidade e mito,
sonho e frustração”, pois vai além dos marcos geográficos e cartográficos, são marcos e
limiares políticos, sociais e culturais. Este limiar nos permite uma reflexão do que é a cultura
popular e a cultura de massa. Cultura popular é aquela que se constitui pela exclusão do culto,
da erudição, cultura do povo formada em suas relações sociais, aquela que comunica a
memória e experiência de um povo. Cultura de massa é a unificação, homogeneização da
cultura popular que passa por “uma operação, um apagamento das fronteiras que se
desencadeia com a constituição de um discurso homogêneo e uma imagem unificada do
popular, primeira figura da massa” (SANTAELLA, 2005, p. 165). Por sua vez, a semioticista
defende ainda, que a cultura – qualquer cultura – é sempre um procedimento operacional ativo
por causa de seu modo “mimético, de imitação, de assimilação, de confluência” (p. 10). Ela
reitera que, considerar uma cultura como um corpo imaculado e intocável, é um evento que
não se sustenta sob nenhuma hipótese. Para a teórica não existe separação rígida entre cultura
erudita, popular e de massa, quer dizer,
[...] a cultura de massa não deve ser vista como uma terceira forma de
cultura estranha às anteriores. Ao contrário, a cultura de massas
provocou profundas mudanças entre a cultura erudita e a cultura
popular, produzindo novas apropriações e intersecções absorvendo
para dentro de suas malhas. Em síntese, a comunicação massiva deu
início a um processo que estava destinado a se tornar cada vez mais
BOITATÁ, Londrina, n. 10, p. 18-33, jul-dez 2010.
6. Boitatá – Revista do GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL
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absorvente: a hibridação das formas de comunicação e de cultura.
(Ibid., loc. cit.)
A cultura popular é produzida pelas classes subalternas responsáveis pela preservação
ritualística da memória cultural de um povo. Um povo sem cultura não tem tradição e um
povo sem tradição não tem história, uma necessita da outra para se fazer presente dentro dessa
ou daquela determinada sociedade. Temos que conhecer nossa ancestralidade e isso se faz
mediante a cultura popular produzida e eternizada pelo povo. É o que acontece com o ritual
do El Toro Candil na fronteira do Brasil com o Paraguai. É nosso povo perpetuando nossa
cultura e fazendo nossa história fronteiriça. Em seu contínuo transformar através dos tempos,
a cultura popular sempre manteve um diálogo com as outras manifestações humanas. No caso
do El toro candil, esse diálogo realiza-se, sobretudo, entre o sagrado e o profano. Com o
advento do jogo – linguagem que aglutina fé e é possuidora de uma incrível capacidade de
interlocução sígnica, capaz de atuar em diversos níveis de percepção, a ponto de transformar
uma narrativa de crença em um evento plurissemiótico –, é oferecida à comunidade a
oportunidade de um diálogo dinâmico como manifestação popular a partir do contato com a
linguagem das imagens dos “mascaritas” e do toro em movimento. O espaço da manifestação,
a rua, a quadra, se ilumina e ilumina as mentes e as vidas dos que participam dela, pois é uma
manifestação de fé (lembremos sempre que é em homenagem a Nossa Senhora de Caacupé).
A percepção e a interlocução semiótica são tão fortes, pois parte de uma consideração desta
enquanto uma experiência física, que deixa suas marcas impressas na memória do
participante, do espectador (o mesmo sendo válido para o espectador-escritor). O fato de a
manifestação do El Toro Candil acontecer associada, ou em homenagem, a Nossa Senhora de
Caacupé colabora para a ideia de que a cultura sul-mato-grossense é constituida da
confrontação e do diálogo. É a religião se alocando em sua condição mestiça e comprovando
o que Laplantine e Nouss (s/d, p. 10) afirmam, que nos processos de mestiçagem a única e
grande regra é a “falta de regras”.
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Nossa Senhora de Caacupé
A Virgem de Caacupé é a padroeira do Paraguai e de alguns municípios sul-mato-
grossenses, inclusive de Porto Murtinho, cidade em que a manifestação do El Toro Candil é
tradicional. Conta a lenda que:
no final do século XVI, no Paraguai, um índio convertido, escultor por
ofício, andava sobre uma montanha quando foi atacado pelos
Mbayaes, dos quais escapou escondendo-se atrás de um grosso tronco.
Nos angustiantes momentos em que ficou escondido, pediu a Nossa
Senhora que o livrasse da morte. Quando se viu livre da ameaça,
começou a construir uma imagem da Virgem com um pedaço do
tronco que o havia acolhido. Ainda segundo a lenda, no ano de 1603,
o lago Tapaicuá transbordou e inundou todo o vale de Pirayú,
arrastando tudo que estava à sua volta, inclusive a imagem de Nossa
Senhora. Quando as águas baixaram, milagrosamente apareceu a
imagem que o índio esculpira. Os fiéis começaram a difundir sua
devoção e a invocá-la com o nome de "Virgem dos Milagres". Um
devoto chamado José, carpinteiro, construiu uma modesta ermida e
nela começou a ser cultuada a Virgem de Caacupé. A imagem de
Nossa Senhora de Caacupé é bem pequena, medindo pouco mais de
cinquenta centímetros. Ela é a Imaculada Conceição. Seus pés se
apoiam sobre uma pequena esfera e suas vestes trazem uma faixa
branca de seda. A palavra Caacupé significa "detrás dos montes". O
Santuário de Caacupé é um centro nacional de peregrinações. A festa é
celebrada anualmente no dia 8 de dezembro. Os peregrinos chegam
aos milhares ao Santuário para demonstrar seu amor e gratidão à Mãe
de todos, a "Virgem Azul do Paraguai". (Disponível em:
BOITATÁ, Londrina, n. 10, p. 18-33, jul-dez 2010.
8. Boitatá – Revista do GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL
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http://www.reocities.com/Heartland/Bluffs/6737/Caacupe/Caacupe.htm.
Acessado em: 20 de março de 2011)
O fato de a religiosidade estar mesclada por lendas, de ser uma religiosidade
fronteiriça, de ser esta um lenda indígena, ou conviver nesta lenda um elemento índio,
também sinaliza a condição mestiça de nossa cultura por acusar o encontro de povos e suas
identidades plurais.
2. El Toro Candil no Mato Grosso do Sul
No Paraguai, a manifestação do El Toro Candil acontece no dia 8 de dezembro, em
homenagem a Nossa Senhora de Caacupé, ou como parte das festividades em comemoração
ao nascimento de São João Batista, nas festas do mês de junho, mais precisamente do dia 24
de junho. A brincadeira e a festa fazem parte do calendário oficial do Paraguai. No Brasil, por
sua vez, esta manifestação popular é encontrada na região fronteiriça e é conhecida também
como Toro candil. Temos notícias da prática desta brincadeira, por grupos isolados, em épocas
diversas, em cidades como Corumbá, Dourados, Bandeirantes, Ponta Porã, Bonito, Aral
Moreira, Coronel Sapucaia, Bela Vista, Bandeirantes, Amambai e até Campo Grande (capital
do estado). No entanto, sabemos que em apenas dois espaços geográficos distintos do Mato
Grosso do Sul é que a manifestação realmente se mantém viva e atuante. Em Amambai 3,
município fronteiriço do sul do estado, a tradição se mantém e acrescenta a esta um avestruz,
que acompanha El Toro Candil. A alegoria é feita com uma armação de arame, enfeitada com
folhas de coqueiro e uma cabeça feita de madeira. A ave provoca e disputa com El Toro
Candil, juntamente com o mascarita, geralmente o personagem mascarado (a máscara ganha
apenas uma parte do rosto) que usa uma capa de toureiro. Em Amambai El Toro Candil
participa de toda e qualquer festividade, chegando de surpresa e animando os convidados.
Está sempre acompanhado do avestruz:
3 Amambai é um município brasileiro do sul de Mato Grosso do Sul, situado a 90 km de Ponta Porã e 50 km
de Coronel Sapucaia (fronteira com o Paraguay). O Município está localizado numa região de relevo
levemente ondulado, predominando os “Campos de Vacaria“ e “Mata de Dourados“. Disponivel em <
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amambai>. Acessado dia 20 de abril.
As fotos ilustram uma releitura da brincadeira do El Toro Candil feita por alunos de Artes Cênicas em
evento acadêmico na Universidade Federal da Grande Dourados no ano de 2010.
BOITATÁ, Londrina, n. 10, p. 18-33, jul-dez 2010.
9. Boitatá – Revista do GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL
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O avestruz (em Portugal, a avestruz) é uma ave não voadora,
originária da África, que leva o nome científico Struthio camelus. É a
única espécie viva da família Struthionidae, do gênero, Struthio, e da
ordem das Struthioniformes. Avestruzes são considerados a maior
espécie viva das Aves e seu nome científico vem do grego para
"camelo pardo" (Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Avestruz>. Acessado em: 20 de maio de
2011).
Ninguém sabe como o avestruz, que é uma ave africana, começou a fazer parte da
manifestação cultural em Amambai. Acredita-se que por ser parente da ema, o avestruz pode
até ter sido confundido com a ema. Mas nada, até então, comprova esta afirmação. A única
explicação plausível é a nossa mestiçagem de cultura. É interessante lembrar que tanto o
avestruz quanto o touro são animais utilizados para corrida, que o El Toro Candil – paródia
das corridas de touros (Espanha, México) – é uma festa que acontece no período noturno, em
espaço aberto, clareado pelo fogo das tochas conectadas à ossatura da cara do boi,
complementada pelo corpo feito de varas com cobertura do próprio couro do boi, ou de
tecido. Outras vezes o El Toro Candil só possui a cabeça incandescente, desprovida do corpo.
Um acontecimento que se repete no Paraguai, Argentina e na Colômbia. Em Corumbá, o El
Toro candil aparece na época do São João 4, uma festa muito grande que existe na região de
fronteira com a Bolívia. Nesta cidade ele se mantém de forma tradicional. A grande
transformação operada na manifestação do El Toro Candil acontece na cidade de Porto
Murtinho.
3. El Toro Candil e mestiçagem: o caso Porto Murtinho
El Toro Candil é uma manifestação cultural de local. Temos aqui local como lugar
numa acepção de que o lugar não é apenas físico, é contexto e significação. Segundo
registros, o El Toro Candil acontece em Porto Murtinho há mais de meio século 5 como uma
4 O Arraial do Banho de São João, festa de origem portuguesa, tem como propósito divulgar as tradições
folclóricas de Corumbá. já é conhecido como o melhor São João do estado de Mato Grosso do Sul e é o único
do Brasil que mantém a tradição de banhar o santo nas margens do rio Paraguai. (Disponível em:
<http://www.etur.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=10951>. Acessado em: 20 de março de 2011).
5 Pesquisas realizadas nos anos 90 por Sigrist (publicadas em 2000 e 2008 em 2ª edição) e revisitadas por
Banducci (2003), registraram a manifestação do El Toro Candil, em que o grupo participante era liderado por
Xisto Salvador Antunes, que havia herdado de sua mãe, Natividade Gimenez, a referida tradição e promessa
da Festa da Virgem de Caacupé, há mais de 50 anos na cidade de Porto Murtinho em Mato Grosso do Sul.
BOITATÁ, Londrina, n. 10, p. 18-33, jul-dez 2010.
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manifestação de cultura popular. Hoje esta manifestação toma um outro viés, pois El Toro
Candil surge de forma inovadora em meados de 2005 e é tido pela mídia como um resgate da
cultura murtinhense, tornando-se uma grande apresentação conhecida nacionalmente. O que
era apenas uma manifestação popular, tornou-se um “Festival Internacional de Porto
Murtinho” e um “Projeto social da Prefeitura Municipal”; ganhou uma lenda, a “Lenda do El
Toro Candil”, que nasce de uma lenda do Paraguai e é adaptada para o Brasil, e assim dois
touros, nos modelos do boi de Parintins através de duelos culturais feitos em uma arena,
confeccionada sob medida, disputam a legítima paternidade do famoso El Toro Candil.
O projeto sociocultural Toro Candil reúne cerca de 100 adolescentes com idade entre
12 e 18 anos para mostrar, através da dança e da encenação, no estilo de um grupo
parafolclórico, traços da cultura murtinhense e se apresenta no Festival Internacional de Porto
Murtinho, já em sexta edição, a exemplo do Festival de Parintins, no Amazonas. O Grupo
também aceita convites e leva a apresentação do Toro Candil para todos os lugares em que
são convidados, virando a sensação do momento no estado de Mato Grosso do Sul. No ano de
2011, apresentaram-se como parte oficial do calendário do Festival América do Sul da Cidade
de Corumbá.
O Festival Internacional de Porto Murtinho segue o Modelo do Festival de Parintins,
Amazonas. O Festival Folclórico de Parintins é uma festa popular realizada anualmente no
último fim de semana de junho. O festival é uma apresentação a céu aberto, onde competem
duas agremiações, o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. A
apresentação ocorre no Bumbódromo (Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes), um
tipo de estádio com o formato de uma cabeça de boi estilizada, com capacidade para 35 mil
espectadores. Durante as três noites de apresentação, os dois bois exploram as temáticas
regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e
encenações. O Festival de Parintins se tornou um dos maiores divulgadores da cultura local. O
festival é realizado desde 1965 e já teve vários locais de disputa, como a quadra da catedral de
Nossa Senhora do Carmo, a quadra da extinta CCE e o estádio Tupy Cantanhede. Até que em
1987, o governador Amazonino foi assistir o festival, no mesmo local onde é o Bumbódromo,
mas era um tablado.
(Disponivel em <.http://www.camalote.org.br/?artigos> Acessado em: 26 de junho de 2011).
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Assim como o festival de Parintins, o Festival Internacional de Porto Murtinho busca
o resgate da cultura local, ou seja:
[...] A inovação do povo legitima o poder da burguesia na medida
exata em que essa invocação articula sua exclusão da cultura. É nesse
movimento que geram as categorias “do culto” e do “popular. Isto é,
do popular como inculto, do popular designado, no momento de sua
constituição em conceito, um modo especifico de relação com
totalidade social: a da negação, a de uma identidade reflexa a daquele
que se constitui não pelo que é, mas pelo que lhe falta. (MARTIN-
BARBERO, 2008, p. 35)
Na abertura do festival é feita uma homenagem a Nossa Senhora de Caacupé,
padroeira do país vizinho e patrona de Porto Murtinho. Ainda são reverenciados o negro, o
índio, o Barão da Fazenda e também o mito do encantamento que deu origem ao folclore,
valorizando, assim, a religiosidade do povo da fronteira com o Paraguai. Em Porto Murtinho,
os jovens do Projeto Toro Candil participam de todas as etapas de produção dos Toros
inclusive da criação do figurino e das maquiagens. A disputa acontece entre o Toro Bandido,
representado pela cor verde, e o Toro Encantado, identificado pela cor amarela, em uma
grande brincadeira com muita música e dança, impressionando a plateia pelo misto de festa e
religiosidade, pelo colorido, pelo brilho das fantasias e mágico desempenho dos participantes.
A apresentação do Toro Candil foi eleita uma das melhores manifestações culturais de Mato
Grosso do Sul, e em outubro de 2009 o grupo abriu o jogo Brasil versus Venezuela, no
Estádio Morenão, em Campo Grande, na última etapa das eliminatórias da Copa do Mundo.
Em 2010, representou o Mato Grosso do Sul durante o Salão Internacional de Turismo de São
Paulo.
A Comissão Sul-Mato-Grossense de Folclore (CSMFL), entidade não governamental,
com sede em Campo Grande/MS, não aceita a inovação da tradição do El Toro Candil e
externa em documento sua opinião sobre esta manifestação de Porto Murtinho:
é um produto cultural interessante enquanto criação/transposição, já
que é uma febre nacional fazer cópias de algumas manifestações,
como ocorrido com o axé da Bahia (carnaval fora de época),
implantado em centenas de municípios brasileiros. É o que tem
ocorrido ultimamente com o Boi Bumbá de Parintins (Amazonas),
num processo de desterritorialização, provocado pela massa.
(Disponível em: http//www.camalote.org.br/. Acessado em: 22/03/2011)
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Desta forma, deixa claro que os dois bois criados recentemente em Porto
Murtinho/MS, denominados de Toro Candil por seus criadores (produtores culturais) e até de
Boi Candil, Touro Candil, “é um produto cultural importante, mas não representa as
manifestações populares tradicionais (hoje reconhecidas como patrimônio imaterial pela
legislação vigente) entendidas como folclóricas” (disponível em: http//www.camalote.org.br/.
Acessado em: 22/03/2011), porque são representativas da tradição local de um povo,
apreendidas junto à comunidade por imitação e passadas de geração a geração, em
transmissão empírica, distanciada das formas eruditas de ensino, como escolas, academias,
instituições em geral, bem como das produzidas pelos meios massivos de comunicação. Muito
menos estão impregnadas de signos e significados importantes para a comunidade que as
pratica, porque não possuem vínculo com o fazer da ancestralidade local. “Se não vier do
povo ou do primitivo (de origem) coisa alguma é folclore [tradição], pois apenas nesse
ambiente produz-se folclore” (ALMEIDA, 1957, p. 42).
Se folclore é arte do povo, deverá ser entendido como uma reminiscência do passado,
em que sua raiz bebe na fonte da tradição, arraigada a princípios de uma completa
humanização coletiva, exteriorizada pela e para a comunidade. A comunidade murtinhense é
formada por maioria de descendência paraguaia, mestiça e, portanto, guardiã da memória de
seus antepassados indígenas (na linguagem, na alimentação, no artesanato) e espanhóis (nas
festividades, nos ritmos, instrumentos musicais e danças). Por isso, reproduz a linguagem
fronteiriça, limítrofe, conforme observa Tedesco (2010, p. 66):
[...] O limite insinua a divisão entre dois ou mais mundos, busca a
divisão, anuncia a diferença, aparta o que não está ligado. O limite
também traz presença da diferença e sugere a necessidade da
separação insinuar dois mundos Brasil/Paraguai; pode ser a busca de
todas as manifestações culturais, locais como a brincadeira do Toro
Candil [...]. No Brasil tal brincadeira é realizada por paraguaios
naturalizados brasileiros que chegaram ao Brasil e fixaram-se na
região de fronteira e por seus descendentes.
A manifestação Cultural Touro Candil, que em meados de 2005 surgiu como um
resgate da cultura murtinhense pela segunda vez, foi eleita, naquele ano, a manifestação
cultural representante oficial da região turística Bonito/Serra da Bodoquena. A escolha
aconteceu em Guia Lopes da Laguna, com participação de todos os municípios integrantes do
Fórum. Porto Murtinho teve a responsabilidade de mostrar para todo o estado de MS o que a
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região está desenvolvendo nos setores da cultura e do turismo e que colaboram com o
fortalecimento das atividades do consórcio. “E ao ficar sem sentido histórico, o que se resgata
acaba sendo uma cultura que não pode olhar senão para o passado, cultura-patrimônio,
folclore de arquivo ou de museu nos quais conservar a pureza original de um povo-menino,
primitivo” (ALMEIDA, 1957, p. 40).
4. El Toro Candil: Bandido e Encantado
Ao criarem os filhos do El Toro Candil, a cidade de Porto Murtinho criou a disputa
pela sua paternidade e também a lenda. Conta a lenda que:
Nascido no Paraguai, vindo para o Brasil, fugido de uma lida
castigada, Candil, o touro comprado para ser reprodutor, era utilizado
na fazenda para puxar arado e carro-de-boi, seu dono “senõr Caceres”
além de castigá-lo na lida, ainda deixava o touro passar necessidades
físicas: fome e frio no relento, à beira do rio Paraguai. Candil
atravessou a nado o rio que que separa o Brasil de seu vizinho, mas
precisamente na região de Isla Margarida e Porto Murtinho. Já em
terra brasilis, Candil aproximou-se da Fazenda Fronteira, do senhor
Quinzinho e conheceu a novilha Estrela, que segundo antigos
moradores da região, era a mais bela novilha pantaneira. Nos idos dos
anos 40, numa noite de tempestade, Estrela apavorada debandou do
rebanho para mata adentro, e nem mesmo “Nego Peão”, o forte e
corajoso capataz da fazenda se arriscou a buscar a novilha, tamanha a
violência da natureza naquela noite. Pouco tempo depois, Sinhazinha
Laura gritou: - O Candil debandou!. "Já é tarde. Perdemos nosso
gado", exclamou alguém. A alvorada anunciava um novo dia, alguns
raios de sol mostravam o fim da noite tempestiva. Sinhazinha estava
em prantos sentada num tronco de Jacarandá, quanto avistou dois
pontos brancos vindo em direção à fazenda, eram eles: Candil
carregando Estrela, depois de salvá-la da tempestade. Dias e semanas
se passaram, logo, Estrela pariu um lindo bezerro. “Esse bezerro vai
roubar o lugar do meu potro no curral”, exclamou Sinhazinha, que não
teve dúvidas, batizou o bezerro de Bandido, filho de Estrela e do touro
Candil. Anos se passaram e Sinhazinha, já era Sinhá, mãe do menino
Diego. Seu filho era um belo menino que adorava pescar no rio
Paraguai. Numa tarde de outono, o vento brando fez com que o
menino dormisse à beira rio. Uma sucuri, que buscava por alimentos
começou a enroscar o corpo do menino, Bandido que estava pastando
pelas bandas viu a cobra grande levar Diego rio adentro. Sem pensar
duas vezes, Bandido se jogou no rio e salvou o menino, mas a cobra já
tinha outra comida e começou a se enrolar no touro Bandido. Nego
Peão tentou apartar a briga, mas já era tarde Bandido estava quase
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morto. Já era noite quando as promesseiras de Caacupé deram um
grito de socorro aos pajés, que num ritual envocaram o poder da santa
milagreira. Em um passe de mágica a grande cobra soltou o touro e
fugiu rio a dentro, Bandido levantou-se e voltou ao curral. Mais um
milagre da Santa de Caacupé havia acontecido. Naquela noite, a santa
do Paraguai tinha salvo o filho do touro Candil, o famoso e valente
touro Bandido. Esta é mais uma das lendas de Porto Murtinho, a
estória do touro Bandido, um touro que pela santa foi iluminado. Filho
do touro Candil, que disputa a paternidade legítima com outro famoso
touro da região, o galante touro Encantado. (Portal de Porto Murtinho.
Disponível em: http://www.overmundo.com.br/overblog/a-lenda-do-touro-
bandido. Acessado em: 20 de abril de 2011)
Nos deparamos com o que Stuart Hall (2000) afirma: as culturas nacionais são
comunidades imaginadas. Por sua vez, o teórico sul-mato-grossense Paulo Nolasco dos
Santos, em seu livro Literatura e Práticas Culturais (2009), lembra que, tal como a nação, a
região também é uma tradição inventada. Temos então uma comunidade inventando uma
manifestação cultural inspirada em outra manifestação já existente. A cidade de Porto
Murtinho, inspirada pela manifestação popular centenária do El toro Candil, contaminada
pelas infiltrações midiáticas, cria o “Touro candil” ou “Boi de candil”, uma manifestação
nova, de massa, popularesca, que faz uma releitura nada tradicional da manifestação folclórica
existente anteriormente na cidade.
Considerações possíveis
Acreditamos que é a mestiçagem que unge os elos de intermediação da cultura sul-
mato-grossense, pois privilegia um conjunto de procedimentos formais caracterizados pelo
cruzamento de elementos artísticos de múltiplas origens, o que inclui a forte presença da
contradição, do paradoxo, do desequilíbrio, gerando no receptor um certo estranhamento no
que diz respeito aos valores, modelos e referências que se encontram integrados nas práticas
culturais.
Tratamos, portanto, do mundo das representações, incorporadas simbolicamente na
complexidade das manifestações culturais sul-mato-grossenses. Desta forma, fica claro que a
cultura, ao traduzir outros códigos, gera textos que são a base da cultura humana não como
acessório de nossa condição, mas sim seu substrato. O ser humano é humano porque produz
cultura. E esta se apresenta, assim, como um mecanismo dinâmico que traduz mensagens em
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novos textos ou sistemas de signos. Por isto “cultura é memória, ela relaciona-se
necessariamente com a experiência histórica passada [...]. A própria existência da cultura
pressupõe a construção de um sistema de regras para a tradução da experiência imediata em
textos” (LOTMAN e USPENSKI, 1981, p. 41). Desta forma, memória é cultura, é matriz da
vida social. Daí nosso objeto de pesquisa voltar-se para as manifestações de cultura sul-mato-
grossense, de forma intercultural que traduzem as experiências imediatas em textos. E texto
enquanto “unidade mínima de cultura” (LOTMAN, 1978, p. 89).
El Toro Candil que acontece em Porto Murinho é uma manifestação de cultura sul-
mato-grossense que merece destaque e melhor apuro cientifico, pois está presente nos
costumes de nossa gente e que a todo momento recebe novos elementos num processo
contínuo de mestiçagem. Afinal, são processos resultantes daquilo que Paulo Nolasco dos
Santos (2009, p. 80) chama de “trânsitos, travessias que aí se fizeram e que resultam no
dilema da representação cultural que constitui a um só tempo e num só compasso, o que
aqueles que vivem do lado de cá, no Brasil e os do lado de lá no Paraguai”. E, ouso afirmar,
em quaisquer outros lugares.
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[Recebido: 15.set.11 - Aceito: 18.set.11]
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