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CONTROLE E
CRESCIMENTO
MICROBIANO
Prof. Rosenildo A. R .
Correa
COREN-SP 542.965
Enf. Docente
Controle do Crescimento Microbiano
Esterilização: processo de destruição, inativação
definitiva e/ou remoção de todas as formas de vida
de um objeto ou material, inclui os endósporos.
Desinfecção: destruição (morte) de micro-organismos
capazes de transmitir infecção, patógenos, portanto.
São usadas geralmente substâncias químicas que são
aplicadas em objetos ou materiais.
Antissepsia: é o nome dado ao procedimento de inibição do
crescimento de microrganismos em tecidos vivos através do
uso de bacteriostáticos ou bactericidas.
Além disso, é bom mencionar que a antissepsia atua tanto na
flora permanente como transitória da pele. A flora transitória é
composta por bactérias mais patogênica e é removida com o
procedimento.
Toda a sujidade das mãos promove a formação da flora
transitória.
Germicida: agente químico genérico que mata germes,
micróbios: bactericida; víruscida; fungicida; esporocida
Bacteriostase: o crescimento bacteriano está inibido, mas a
bactéria não
está morta. Se o agente (substância ou condição) for retirado,
o crescimento
Indicadores biológicos
São suspensões de esporos bacterianos que são
usados para testar a eficácia da esterilização nas
autoclaves.
Eles são submetidos à esterilização junto com os
materiais a serem processados em autoclaves.
Depois do ciclo de esterilização, os indicadores são
colocados em meios de cultura adequados para o
desenvolvimento dos esporos e, se não houver
crescimento, significa que o processo de
esterilização está validado
Fermentação
• É uma forma de respiração anaeróbica para a produção
de energia na ausência de O2. Durante o processo da
glicólise (quebra da glicose), a glicose é inicialmente
degradada em piruvato, e este é metabolizado em
diferentes compostos de acordo com o tipo de
fermentação.
• Na fermentação láctica o piruvato é convertido a ácido
láctico, enquanto na fermentação alcoólica o mesmo é
convertido a etanol.
• Fermentação alcoólica – produção do álcool etílico
(etanol). Ex. Saccharomyces (Levedura).
• Fermentação láctica – feita por bactérias e fungos e
MICROBIOLOGIA -
FORMAS DE
ASSOCIAÇÃO
(SIMBIOSE)
Simbiose
A simbiose é uma associação de dois organismos de
espécies diferentes vivendo juntos em íntima
associação.
MUTUALISMO – benéfica para os dois.
COMENSALISMO – benéfica para um e indiferente
para o outro. Vivem juntos sem causar danos.
Exemplo: a Entamoeba coli vivendo no intestino
grosso humano.
PARASITISMO – relação danosa para o hospedeiro.
Microbiota humana
FLORA RESIDENTE:
normal ou autóctone, convivem no nosso corpo. São
os microrganismos que se encontram em grande
quantidade em uma determinada região anatômica,
em uma dada população. A microbiota normal pode
ser chamada de endogena, autóctone ou residente.
FLORA TRANSITÓRIA:
eliminada por mecanismos naturais de defesa ou por
ações de limpeza, como a antissepsia. A microbiota
transitória alóctone ou exógena habita na pele por
horas ou dias, são eliminadas na higienização das
Microbiota da pele
• Bactérias Gram-positivas aeróbias obrigatórias,
como Micrococcus, anaeróbias facultativas, como
Staphylococcus e Corynebacterium, e anaeróbias
estritas como Propionibacterium.
• Staphylococcus é um dos principais
colonizadores da pele humana. S. epidermidis está
presente como principal componente da microbiota
da pele em 90% da população; já S. aureus é
encontrado em torno de 10 e 40%
Microbiota da via aérea
• As fossas nasais são colonizadas
predominantemente por Staphylococcus e
Corynebacterium.
• Há indivíduos que após receberem antibióticos
β-lactâmicos passam a serem colonizados por
Klebsiella pneumoniae, E. coli e P. aeruginosa,
devido à supressão ou redução da microbiota da
região.
• Na faringe e traqueia encontramos Streptococcus
alfa- -hemolíticos e não hemolíticos, Neisseria,
Staphylococcus, difteróides, Haemophilus e
Microbiota vaginal
• Lactobacillus- as bactérias deste gênero
fermentam o glicogênio presente na vagina,
diminuindo o valor do pH local.
• Mulheres em idade reprodutiva é composta por
cerca 85% de Lactobacillus, além de Gardnerella e
Atopodium.
• Durante a pré-menarca e a menopausa, o valor
do pH vaginal aumenta e a população de
Lactobacillus já não é mais tão abundante,
coexistindo com Corynebacterium, Staphylococcus
e Escherichia.
Trato Genital Masculino
A microbiota da uretra é composta
basicamente por Staphylococcus
epidermidis, Corynebacterium,
Streptococcus e E. coli.
Trato Gastrointestinal
• Estômago: Lactobacillus, Streptococcus e Candida
albicans e um alto percentual de pessoas são
colonizados por Helicobacter pylori.
• Íleo: Enterobactérias e anaeróbios obrigatórios. Ex.
Escherichia coli, Clostridium, Eubacterium, Bacillus,
Peptostreptococcus, Fusobacterium e Ruminococcus.
• 1ª a colonizarem o intestino: E. coli, Enterococos
faecalis e E. faecium.
• Bactérias benéficas controlam via “quorum sensing” a
densidade polulacional de bactérias patogênicas
presentes na microbiota, como Clostridium.
O sistema digestivo e a imunidade
O padrão de produção de anticorpos pelos linfócitos B intestinais é
diferente do sistema imunológico sistêmico, de maneira que o
isótipo de imunoglobulina produzido preferencialmente é a IgA,
que possui várias funções importantes na proteção das superfícies
mucosas
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Controle e crescimento Microbiano, sua importanacia

  • 1. CONTROLE E CRESCIMENTO MICROBIANO Prof. Rosenildo A. R . Correa COREN-SP 542.965 Enf. Docente
  • 2. Controle do Crescimento Microbiano Esterilização: processo de destruição, inativação definitiva e/ou remoção de todas as formas de vida de um objeto ou material, inclui os endósporos. Desinfecção: destruição (morte) de micro-organismos capazes de transmitir infecção, patógenos, portanto. São usadas geralmente substâncias químicas que são aplicadas em objetos ou materiais.
  • 3. Antissepsia: é o nome dado ao procedimento de inibição do crescimento de microrganismos em tecidos vivos através do uso de bacteriostáticos ou bactericidas. Além disso, é bom mencionar que a antissepsia atua tanto na flora permanente como transitória da pele. A flora transitória é composta por bactérias mais patogênica e é removida com o procedimento. Toda a sujidade das mãos promove a formação da flora transitória. Germicida: agente químico genérico que mata germes, micróbios: bactericida; víruscida; fungicida; esporocida Bacteriostase: o crescimento bacteriano está inibido, mas a bactéria não está morta. Se o agente (substância ou condição) for retirado, o crescimento
  • 4. Indicadores biológicos São suspensões de esporos bacterianos que são usados para testar a eficácia da esterilização nas autoclaves. Eles são submetidos à esterilização junto com os materiais a serem processados em autoclaves. Depois do ciclo de esterilização, os indicadores são colocados em meios de cultura adequados para o desenvolvimento dos esporos e, se não houver crescimento, significa que o processo de esterilização está validado
  • 5.
  • 6. Fermentação • É uma forma de respiração anaeróbica para a produção de energia na ausência de O2. Durante o processo da glicólise (quebra da glicose), a glicose é inicialmente degradada em piruvato, e este é metabolizado em diferentes compostos de acordo com o tipo de fermentação. • Na fermentação láctica o piruvato é convertido a ácido láctico, enquanto na fermentação alcoólica o mesmo é convertido a etanol. • Fermentação alcoólica – produção do álcool etílico (etanol). Ex. Saccharomyces (Levedura). • Fermentação láctica – feita por bactérias e fungos e
  • 8. Simbiose A simbiose é uma associação de dois organismos de espécies diferentes vivendo juntos em íntima associação. MUTUALISMO – benéfica para os dois. COMENSALISMO – benéfica para um e indiferente para o outro. Vivem juntos sem causar danos. Exemplo: a Entamoeba coli vivendo no intestino grosso humano. PARASITISMO – relação danosa para o hospedeiro.
  • 9. Microbiota humana FLORA RESIDENTE: normal ou autóctone, convivem no nosso corpo. São os microrganismos que se encontram em grande quantidade em uma determinada região anatômica, em uma dada população. A microbiota normal pode ser chamada de endogena, autóctone ou residente. FLORA TRANSITÓRIA: eliminada por mecanismos naturais de defesa ou por ações de limpeza, como a antissepsia. A microbiota transitória alóctone ou exógena habita na pele por horas ou dias, são eliminadas na higienização das
  • 10. Microbiota da pele • Bactérias Gram-positivas aeróbias obrigatórias, como Micrococcus, anaeróbias facultativas, como Staphylococcus e Corynebacterium, e anaeróbias estritas como Propionibacterium. • Staphylococcus é um dos principais colonizadores da pele humana. S. epidermidis está presente como principal componente da microbiota da pele em 90% da população; já S. aureus é encontrado em torno de 10 e 40%
  • 11. Microbiota da via aérea • As fossas nasais são colonizadas predominantemente por Staphylococcus e Corynebacterium. • Há indivíduos que após receberem antibióticos β-lactâmicos passam a serem colonizados por Klebsiella pneumoniae, E. coli e P. aeruginosa, devido à supressão ou redução da microbiota da região. • Na faringe e traqueia encontramos Streptococcus alfa- -hemolíticos e não hemolíticos, Neisseria, Staphylococcus, difteróides, Haemophilus e
  • 12. Microbiota vaginal • Lactobacillus- as bactérias deste gênero fermentam o glicogênio presente na vagina, diminuindo o valor do pH local. • Mulheres em idade reprodutiva é composta por cerca 85% de Lactobacillus, além de Gardnerella e Atopodium. • Durante a pré-menarca e a menopausa, o valor do pH vaginal aumenta e a população de Lactobacillus já não é mais tão abundante, coexistindo com Corynebacterium, Staphylococcus e Escherichia.
  • 13. Trato Genital Masculino A microbiota da uretra é composta basicamente por Staphylococcus epidermidis, Corynebacterium, Streptococcus e E. coli.
  • 14. Trato Gastrointestinal • Estômago: Lactobacillus, Streptococcus e Candida albicans e um alto percentual de pessoas são colonizados por Helicobacter pylori. • Íleo: Enterobactérias e anaeróbios obrigatórios. Ex. Escherichia coli, Clostridium, Eubacterium, Bacillus, Peptostreptococcus, Fusobacterium e Ruminococcus. • 1ª a colonizarem o intestino: E. coli, Enterococos faecalis e E. faecium. • Bactérias benéficas controlam via “quorum sensing” a densidade polulacional de bactérias patogênicas presentes na microbiota, como Clostridium.
  • 15. O sistema digestivo e a imunidade O padrão de produção de anticorpos pelos linfócitos B intestinais é diferente do sistema imunológico sistêmico, de maneira que o isótipo de imunoglobulina produzido preferencialmente é a IgA, que possui várias funções importantes na proteção das superfícies mucosas ALTERTHUM, FLAVIO; RÁCZ, MARIA LUCIA. Microbiologia-Trabulsi Alterthum 6ª Ed.-Ebook.