SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 57
FACULDADE DO MÉDIO PARNAÍBA - FAMEP
DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA
MORFOLOGIA E CITOLOGIA
FÚNGICA
Prof. Me. Joara
TERESINA-PI
2022
FUNGOS – DEFINIÇÃO
Os fungos não possuem nenhum pigmento fotossintético;
Não formam tecido verdadeiro;
Não apresentam celulose na parede celular (exceto alguns
fungos aquáticos);
Não armazenam amido como substância de reserva;
Apresentam substância quitinosa na parede celular;
Sua estrutura somática é representada por hifas;
São Heterotróficos – Eucarióticos;
Nutrem-se de matéria orgânica morta (fungos
saprófitas) ou viva (fungos parasitas);
Apresentam dois grande grupos: os pluricelulares ou
filamentosos(bolores) e os unicelulares (leveduras).
Decompositores primários de matéria orgânica. Responsáveis pela
reciclagem de nutrientes.
Alimentos
* Como alimentos
* Como produtor de alimentos: proteinas, vitaminas, etc.
* No preparo de alimentos: Panificação, bebidas (cerveja, vinho)
Antibióticos (Penicilina, Cephalosporina, Griseofulvina)
FUNGOS: IMPORTÂNCIA DE SEU ESTUDO
Importância do estudo de fungos do ar
• Deterioração dos alimentos: Importantes
recicladores de matéria orgânica do meio
ambiente
• Degradação estética de paredes: Criam
manchas escuras em ambientes com alta
umidade (Ex: banheiros)
• Doenças respiratórias (Ex. rinites e outras
alergias do trato respiratório) causadas por
inalação de esporos )
Doenças: Plantas, homem, animais.
REINO FUNGI
FILOS
1- Chytridiomycota: Sem interesse clínico (esporos assexuados, móveis
e com 1 flagelo)
2- Zygomycota: Fase sexuada (formação de zigósporos)
Fase assexuada ( esporangiósporos)
3- Basidiomycota: Reprodução sexuada por basidiosporos
4-Ascomycota: Fase sexuada (ascósporos)
Fase Assexuada (conídios)
TAXONOMIA
FUNGI
ZYGOMYCOTA
BASIDIOMYCOTA
ASCOMYCOTA
CHYTRIDIOMYCOTA
MICOSES
FUNGOS: ESTRUTURA VEGETATIVA
Unicelular Leveduras Brotamento
Cissiparidade
Pluricelular Bolores Filamento Septado
Cenocítico
Pseudo
Filamentoso Candida albicans
Célula Fúngica
 Parede celular
-Proteção e forma
 Membrana celular
-Ergosterol
 Citoplasma
-Núcleo com cromossomo linear
-Membrana nuclear
-Nucléolo, RE, mitocôndria, ribossomos
-Vacúolos, complexo de Golgi
 Cápsula
Cryptococcus neoformans (levedura)
:
Membrana
celular
Parede celular
Sintese de ácidos
Nucleicos
1,3
1,6
glucanas
M.P.
quitina
ergosterol
mannoproteinas
Esquema parede e membrana celular fungos:
Citologia dos fungos
 Parede celular:
• Forma do fungo – força mecânica
• Proteção osmótica – evita o choque osmótico
• Sede de antígenos - induz a produção de Anticorpos
 Composição química principalmente de:
• Manoproteina, glucanas e quitina (Leveduras – restrita a área de
formação do blastoconídio: brotamento da célula-mãe).
• Quitina, glucanas (Bolor)
• Alguns lipídios e pigmentos (melanina – fungos demáceos)
Manoproteínas são
proteínas glicosiladas
A parede celular dos
fungos não tem
peptideoglicano, fato que
a difere da das bactérias.
Citologia de fungos
Membrana celular
• Atua como uma barreira semi – permeável no transporte
ativo e passivo das substâncias;
• Constituída por uma porção hidrofóbica e outra hidrofílica;
• Esteróis – Ergosterol
• Lipídeos associados a açucar –glicolipídeos - importantes
na aderência da célula fúngica às células do hospedeiro
Citologia de fungos
Núcleo
• Contém o genoma fúngico
• Agrupado em cromossomos lineares
• Composto de DNAdupla fita em hélice
• Contém histonas associadas ao DNA cromossomal
Plasmídeos:
• estruturas circulares de DNAdupla fita
• localização extra cromossômica,
• capacidade de autoduplicação de modo independente dos cromossomos
• auto transferência para outras células
• Raramente evidenciados em leveduras
Ribossomos: síntese proteica
Mitocôndria: Fosforilação oxidativa
Citologia de fungos
Núcleo
• Contém o genoma fúngico
• Agrupado em cromossomos lineares
• Composto de DNAdupla fita em hélice
• Contém histonas associadas ao DNA cromossomal
Plasmídeos:
• estruturas circulares de DNAdupla fita
• localização extra cromossômica,
• capacidade de autoduplicação de modo independente dos cromossomos
• auto transferência para outras células
• Raramente evidenciados em leveduras
Ribossomos: síntese proteica
Mitocôndria: Fosforilação oxidativa
Cápsula:
 Facultativa
 Mucopolissacarídeos
 Fator de virulência→função: resistência à fagocitose (algumas leveduras)
 Ex:Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii
Citologia de fungos
Morfologia dos fungos
• Macromorfologia: características macroscópicas
(coloniais)
• Micromorfologia: características microscópicas
Bolores – fungos filamentosos e multicelulares
MACROMORFOLOGIA
 Colônias de aspecto seco, aveludadas, algodonosas, pulverulentas.
 Os bolores são menos exigentes que as leveduras e bactérias, em
relação a umidade, pH, temperatura e nutrientes;
 Normalmente cresce em alimentos ricos em carboidratos e ácidos;
 Como são em grande maioria aeróbios eles crescem apenas na
superfície do alimento em contato com o ar;
 Aassimilação de nutrientes é bastante acelerada.
BOLORES (MACROMORFOLOGIA)
Aspergillus, Fusarium e Penicillium
• ASPERGILLUS SP.
• PENICILLIUM SP.
BOLORES
(FUNGOS FILAMENTOSOS)
Micromorfologia
1. Características microscópicas:
. Multicelulares e filamentosos
. Hifas: Estruturas tubulares e ramificadas.
Do grego hyphe quer dizer teia.
. Hifas e esporos são características clássicas dos filamentosos.
. Conjunto de hifas massas filamentosas enoveladas) MICÉLIO
. Devido ao enovelamento das hifas filamentosas, as colônias são mais
resistentes do que as de bactérias.
Tipos morfológicos de hifas: (micélio)
1. Asseptada, não septada ou cenocítica
2. septada
ASPECTO MACROSCÓPICO ASPECTO MICROSCÓPICO
Rhizopus spp.
Rhizopus spp.
•Agentes deteriorantes comuns em alimentos de origem vegetal.
•Bolor comum em pão
•Muito utilizados no preparo de alimentos orientais fermentados
Alternaria alternata
ASPECTO MACROSCÓPICO ASPECTO MICROSCÓPICO
Fungos Pluricelulares
Chapéu
Lamelas
⚫ Corpo constituído por 2 componentes
⚫ Reprodução (Esporos no ar)
⚫ Micélio
– mantém o fungo
vivo
- Atividade
decompositora das
hifas
⚫ Hifas
- Células com parede
celular de quitina
Os cogumelos são os corpos de
frutificação de certos fungos .
LEVEDURAS – FUNGOS UNICELULARES
Coloração e Consistência
Forma, superfície, margem, coloração, aspecto
(seco, úmido), Tamanho – dependem do tempo de
incubação, meio e temperatura
LEVEDURAS
⚫ Necessitam para o seu crescimento de umidade superior a exigida pelos bolores
e inferior a exigida pelas bactérias.
⚫ Faixa de temperatura ideal para o crescimento em torno de 25°C a 30°C;
⚫ O crescimento é favorecido em pH ácido;
⚫ Multiplicando-se melhor em aerobiose (com exceção das leveduras
fermentadoras que se multiplicam melhor em anaerobiose) e tendo açúcar como
fonte de energia.
⚫ As leveduras transformam o açúcar em álcool através do processo de
fermentação. Ex: Candida tropicalis.
⚫ Glicose → álcool etílico + gás carbônico
⚫ As leveduras do gênero Saccharomyces são as que apresentam maior valor
industrial e comercial como agentes biológicos de transformação em indústrias
de bebidas fermentadas, de panificação e destilarias de etanol.
⚫ Levedos (fermento biológico).
⚫ Pão, cachaça, cerveja, vinho.
⚫ Reprodução: brotamento
Leveduras – fungos unicelulares
 MICROMORFOLOGIA
Unicelulares
 Esféricas, ovais ou elipsóides
 Algumas formam pseudo-micélio
LEVEDURAS
MACROSCOPIA MICROSCOPIA
Cryptococcus neoformans
Levedura: Saccharomyces cerevisiae
Levedura + Bactéria Leveduras
Colônia Micélio Hifas
Desenvolvimento dos fungos
Aspergillus parasiticus Microsporum canis
PLEOMORFISMO
Quando os ciclos biológicos de nutrição e reprodução estão em plena
atividade, esta pode apresentar forma filamentosa verdadeira – independe
da temperatura.
DIMORFISMO TÉRMICO
25ºC
Bolores
37ºC
Leveduras
• É considerado um mecanismo de defesa importante para a adaptação de
fungos às condições adversas do hospedeiro humano, à invasão de tecidos e
ao estabelecimento da doença.
• A temperatura é um dos estímulos mais notórios no dimorfismo.
BOLORES (MACROMORFOLOGIA)
Aspecto da colônia (aveludado, cotonoso, pulverulento), Bordas, Tamanho e Cores
Retirada da colônia da placa Tubo com meio
De cultura
Exame direto
ASPECTO MACROSCÓPICO ASPECTO MICROSCÓPICO
Aspergillus spp
Culturas Afetadas: Algodão, Amendoim,
Arroz, Arroz irrigado, Aveia, Cevada,
Ervilha, Feijão, Milho, Soja, Sorgo, Trigo
 É um dos fungos responsáveis pela
produção de micotoxinas (aflatoxina) em
grãos armazenados.
 As micotoxinas em grãos armazenados
podem ser produzidas a baixas
temperaturas.
 Responsável pela Aspergilose - fonte de
contágio mais comum é a via aérea, e
causa de infecção grave com risco de
vida em pacientes imunodeprimidos.
Fungo de pós colheita (Aspergillus spp)
Controle: A prevenção contra a infecção dos grãos por fungos
promotores de grãos ardidos deve levar em consideração um
conjunto de medidas:
a) utilizar cultivares mais resistentes aos fungos do
gênero Aspergillus;
b) realizar rotação de culturas com espécies de plantas não
suscetíveis aos fungos do gênero Aspergillus;
c) interromper o monocultivo;
d) usar sementes de alta qualidade sanitária;
e) evitar altas densidades de plantio;
f) No caso do milho, utilizar cultivares com espigas
decumbentes;
g) evitar colher espigas atacadas por insetos e pássaros;
i) não retardar a colheita;
ASPECTO MACROSCÓPICO
ASPECTO MICROSCÓPICO
Penicillium spp.
BOLORES (MICROMORFOLOGIA)
Conídios: forma (esféricos, fusiformes), cor (hialino, pigmentado), septos,
isolados ou agrupados
Fusarium Penicillium
LEVEDURAS
MACROSCOPIA MICROSCOPIA
Cryptococcus neoformans
Muitas espécies
possuem
morfologia similar
Identificação
molecular
Diferenças morfológicas extremamente difíceis de serem detectadas
Identificação clássica de fungos – uso de
chaves de identificação
Identificação polifásica de fungos
• Características morfológicas
• Características fisiológicas
• Características genéticas
• Técnicas Moleculares
COMPARAÇÃO ENTRE OS MICRORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA
Características Bactérias Fungos Vírus-
Células Sim Sim Não
Diâmetro(µm) 1-5 3-10 0,02-0,2
Ácido Nucléico DNA e RNA DNA e RNA DNA ou RNA
Tipo de núcleo Procariótico Eucariótico Nenhum
Ribossomos 70S 80S Ausente
Mitocôndria Ausente Presente Ausente
Camada externa Parede rígida Parede rígida Proteina do
contendo contendo capsídeo e
peptidioglicana quitina lipoproteina do
envelope
Motilidade Alguns representantes Nenhum Nenhum
Multiplicação Fissão binária Brotamento ou mitose Replicação

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Aula Morfologia e Citologia dos Fungos.pptx

Semelhante a Aula Morfologia e Citologia dos Fungos.pptx (20)

Micro E Higiene Alimentar
Micro E Higiene AlimentarMicro E Higiene Alimentar
Micro E Higiene Alimentar
 
Controle e crescimento Microbiano, sua importanacia
Controle e crescimento Microbiano, sua importanaciaControle e crescimento Microbiano, sua importanacia
Controle e crescimento Microbiano, sua importanacia
 
microbiologia e parasitologia voltada para a enfermagem
microbiologia e parasitologia voltada para a enfermagemmicrobiologia e parasitologia voltada para a enfermagem
microbiologia e parasitologia voltada para a enfermagem
 
Aula 7º ano - Reino Fungi
Aula 7º ano - Reino FungiAula 7º ano - Reino Fungi
Aula 7º ano - Reino Fungi
 
REINO FUNGI.ppt
REINO FUNGI.pptREINO FUNGI.ppt
REINO FUNGI.ppt
 
reinos microscópicos.pdf
reinos microscópicos.pdfreinos microscópicos.pdf
reinos microscópicos.pdf
 
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 003
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 003Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 003
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 003
 
A microbiologia dos alimentos e a
A microbiologia dos alimentos e aA microbiologia dos alimentos e a
A microbiologia dos alimentos e a
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
6
66
6
 
Reino fungi
Reino fungiReino fungi
Reino fungi
 
Reino fungi
Reino fungiReino fungi
Reino fungi
 
Fungos e Bactérias
Fungos e BactériasFungos e Bactérias
Fungos e Bactérias
 
Fungos e Bactérias
Fungos e BactériasFungos e Bactérias
Fungos e Bactérias
 
Fungo ( Prof. Gisele A. Barbosa)
Fungo ( Prof. Gisele A. Barbosa)Fungo ( Prof. Gisele A. Barbosa)
Fungo ( Prof. Gisele A. Barbosa)
 
Reino Fungi
Reino FungiReino Fungi
Reino Fungi
 
Morfologiafisiologiaeclassificaodosfungos
MorfologiafisiologiaeclassificaodosfungosMorfologiafisiologiaeclassificaodosfungos
Morfologiafisiologiaeclassificaodosfungos
 
Micotoxinas seminario-ufla
Micotoxinas seminario-uflaMicotoxinas seminario-ufla
Micotoxinas seminario-ufla
 
Reino monera (1)
Reino monera (1)Reino monera (1)
Reino monera (1)
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 

Mais de JoaraSilva1

ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.pptME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.pptJoaraSilva1
 
AULA OXIGENOTERAPIA, TIPOS DE CATETERES E VIAS
AULA OXIGENOTERAPIA, TIPOS DE CATETERES E VIASAULA OXIGENOTERAPIA, TIPOS DE CATETERES E VIAS
AULA OXIGENOTERAPIA, TIPOS DE CATETERES E VIASJoaraSilva1
 
7 - AULA TÉCNICA COLOCAÇÃO LUVAS ESTÉREIS.pptx
7 - AULA TÉCNICA COLOCAÇÃO LUVAS ESTÉREIS.pptx7 - AULA TÉCNICA COLOCAÇÃO LUVAS ESTÉREIS.pptx
7 - AULA TÉCNICA COLOCAÇÃO LUVAS ESTÉREIS.pptxJoaraSilva1
 
3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt saúde, enfermsgem
3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt saúde, enfermsgem3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt saúde, enfermsgem
3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt saúde, enfermsgemJoaraSilva1
 
AULA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES - saúde e enfermagem
AULA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES - saúde e enfermagemAULA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES - saúde e enfermagem
AULA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES - saúde e enfermagemJoaraSilva1
 
4 - AULA PREPARO DO LEITO DO PACIENTE.pptx
4 - AULA PREPARO DO LEITO DO PACIENTE.pptx4 - AULA PREPARO DO LEITO DO PACIENTE.pptx
4 - AULA PREPARO DO LEITO DO PACIENTE.pptxJoaraSilva1
 
3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt
3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt
3- AULA BIOSSEGURANÇA.pptJoaraSilva1
 
AULA ANCILOSTOMÍASE E LARVA MIGRANS.pptx
AULA ANCILOSTOMÍASE E LARVA MIGRANS.pptxAULA ANCILOSTOMÍASE E LARVA MIGRANS.pptx
AULA ANCILOSTOMÍASE E LARVA MIGRANS.pptxJoaraSilva1
 
Aula Amebíase.pptx
Aula Amebíase.pptxAula Amebíase.pptx
Aula Amebíase.pptxJoaraSilva1
 

Mais de JoaraSilva1 (9)

ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.pptME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
ME e Angelina - aula anotações de enfermagem.ppt
 
AULA OXIGENOTERAPIA, TIPOS DE CATETERES E VIAS
AULA OXIGENOTERAPIA, TIPOS DE CATETERES E VIASAULA OXIGENOTERAPIA, TIPOS DE CATETERES E VIAS
AULA OXIGENOTERAPIA, TIPOS DE CATETERES E VIAS
 
7 - AULA TÉCNICA COLOCAÇÃO LUVAS ESTÉREIS.pptx
7 - AULA TÉCNICA COLOCAÇÃO LUVAS ESTÉREIS.pptx7 - AULA TÉCNICA COLOCAÇÃO LUVAS ESTÉREIS.pptx
7 - AULA TÉCNICA COLOCAÇÃO LUVAS ESTÉREIS.pptx
 
3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt saúde, enfermsgem
3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt saúde, enfermsgem3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt saúde, enfermsgem
3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt saúde, enfermsgem
 
AULA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES - saúde e enfermagem
AULA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES - saúde e enfermagemAULA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES - saúde e enfermagem
AULA ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES - saúde e enfermagem
 
4 - AULA PREPARO DO LEITO DO PACIENTE.pptx
4 - AULA PREPARO DO LEITO DO PACIENTE.pptx4 - AULA PREPARO DO LEITO DO PACIENTE.pptx
4 - AULA PREPARO DO LEITO DO PACIENTE.pptx
 
3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt
3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt
3- AULA BIOSSEGURANÇA.ppt
 
AULA ANCILOSTOMÍASE E LARVA MIGRANS.pptx
AULA ANCILOSTOMÍASE E LARVA MIGRANS.pptxAULA ANCILOSTOMÍASE E LARVA MIGRANS.pptx
AULA ANCILOSTOMÍASE E LARVA MIGRANS.pptx
 
Aula Amebíase.pptx
Aula Amebíase.pptxAula Amebíase.pptx
Aula Amebíase.pptx
 

Aula Morfologia e Citologia dos Fungos.pptx

  • 1. FACULDADE DO MÉDIO PARNAÍBA - FAMEP DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA MORFOLOGIA E CITOLOGIA FÚNGICA Prof. Me. Joara TERESINA-PI 2022
  • 2. FUNGOS – DEFINIÇÃO Os fungos não possuem nenhum pigmento fotossintético; Não formam tecido verdadeiro; Não apresentam celulose na parede celular (exceto alguns fungos aquáticos); Não armazenam amido como substância de reserva; Apresentam substância quitinosa na parede celular;
  • 3. Sua estrutura somática é representada por hifas; São Heterotróficos – Eucarióticos; Nutrem-se de matéria orgânica morta (fungos saprófitas) ou viva (fungos parasitas); Apresentam dois grande grupos: os pluricelulares ou filamentosos(bolores) e os unicelulares (leveduras).
  • 4. Decompositores primários de matéria orgânica. Responsáveis pela reciclagem de nutrientes. Alimentos * Como alimentos * Como produtor de alimentos: proteinas, vitaminas, etc. * No preparo de alimentos: Panificação, bebidas (cerveja, vinho) Antibióticos (Penicilina, Cephalosporina, Griseofulvina) FUNGOS: IMPORTÂNCIA DE SEU ESTUDO
  • 5. Importância do estudo de fungos do ar • Deterioração dos alimentos: Importantes recicladores de matéria orgânica do meio ambiente • Degradação estética de paredes: Criam manchas escuras em ambientes com alta umidade (Ex: banheiros) • Doenças respiratórias (Ex. rinites e outras alergias do trato respiratório) causadas por inalação de esporos )
  • 7. REINO FUNGI FILOS 1- Chytridiomycota: Sem interesse clínico (esporos assexuados, móveis e com 1 flagelo) 2- Zygomycota: Fase sexuada (formação de zigósporos) Fase assexuada ( esporangiósporos) 3- Basidiomycota: Reprodução sexuada por basidiosporos 4-Ascomycota: Fase sexuada (ascósporos) Fase Assexuada (conídios)
  • 9. FUNGOS: ESTRUTURA VEGETATIVA Unicelular Leveduras Brotamento Cissiparidade Pluricelular Bolores Filamento Septado Cenocítico Pseudo Filamentoso Candida albicans
  • 10. Célula Fúngica  Parede celular -Proteção e forma  Membrana celular -Ergosterol  Citoplasma -Núcleo com cromossomo linear -Membrana nuclear -Nucléolo, RE, mitocôndria, ribossomos -Vacúolos, complexo de Golgi  Cápsula Cryptococcus neoformans (levedura)
  • 13.
  • 14. Citologia dos fungos  Parede celular: • Forma do fungo – força mecânica • Proteção osmótica – evita o choque osmótico • Sede de antígenos - induz a produção de Anticorpos  Composição química principalmente de: • Manoproteina, glucanas e quitina (Leveduras – restrita a área de formação do blastoconídio: brotamento da célula-mãe). • Quitina, glucanas (Bolor) • Alguns lipídios e pigmentos (melanina – fungos demáceos)
  • 15. Manoproteínas são proteínas glicosiladas A parede celular dos fungos não tem peptideoglicano, fato que a difere da das bactérias.
  • 16. Citologia de fungos Membrana celular • Atua como uma barreira semi – permeável no transporte ativo e passivo das substâncias; • Constituída por uma porção hidrofóbica e outra hidrofílica; • Esteróis – Ergosterol • Lipídeos associados a açucar –glicolipídeos - importantes na aderência da célula fúngica às células do hospedeiro
  • 17. Citologia de fungos Núcleo • Contém o genoma fúngico • Agrupado em cromossomos lineares • Composto de DNAdupla fita em hélice • Contém histonas associadas ao DNA cromossomal Plasmídeos: • estruturas circulares de DNAdupla fita • localização extra cromossômica, • capacidade de autoduplicação de modo independente dos cromossomos • auto transferência para outras células • Raramente evidenciados em leveduras Ribossomos: síntese proteica Mitocôndria: Fosforilação oxidativa
  • 18. Citologia de fungos Núcleo • Contém o genoma fúngico • Agrupado em cromossomos lineares • Composto de DNAdupla fita em hélice • Contém histonas associadas ao DNA cromossomal Plasmídeos: • estruturas circulares de DNAdupla fita • localização extra cromossômica, • capacidade de autoduplicação de modo independente dos cromossomos • auto transferência para outras células • Raramente evidenciados em leveduras Ribossomos: síntese proteica Mitocôndria: Fosforilação oxidativa
  • 19.
  • 20. Cápsula:  Facultativa  Mucopolissacarídeos  Fator de virulência→função: resistência à fagocitose (algumas leveduras)  Ex:Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii Citologia de fungos
  • 21. Morfologia dos fungos • Macromorfologia: características macroscópicas (coloniais) • Micromorfologia: características microscópicas
  • 22. Bolores – fungos filamentosos e multicelulares MACROMORFOLOGIA  Colônias de aspecto seco, aveludadas, algodonosas, pulverulentas.  Os bolores são menos exigentes que as leveduras e bactérias, em relação a umidade, pH, temperatura e nutrientes;  Normalmente cresce em alimentos ricos em carboidratos e ácidos;  Como são em grande maioria aeróbios eles crescem apenas na superfície do alimento em contato com o ar;  Aassimilação de nutrientes é bastante acelerada.
  • 24. Aspergillus, Fusarium e Penicillium
  • 27. BOLORES (FUNGOS FILAMENTOSOS) Micromorfologia 1. Características microscópicas: . Multicelulares e filamentosos . Hifas: Estruturas tubulares e ramificadas. Do grego hyphe quer dizer teia. . Hifas e esporos são características clássicas dos filamentosos. . Conjunto de hifas massas filamentosas enoveladas) MICÉLIO . Devido ao enovelamento das hifas filamentosas, as colônias são mais resistentes do que as de bactérias.
  • 28.
  • 29. Tipos morfológicos de hifas: (micélio) 1. Asseptada, não septada ou cenocítica 2. septada
  • 30.
  • 31. ASPECTO MACROSCÓPICO ASPECTO MICROSCÓPICO Rhizopus spp.
  • 32. Rhizopus spp. •Agentes deteriorantes comuns em alimentos de origem vegetal. •Bolor comum em pão •Muito utilizados no preparo de alimentos orientais fermentados
  • 34. Fungos Pluricelulares Chapéu Lamelas ⚫ Corpo constituído por 2 componentes ⚫ Reprodução (Esporos no ar) ⚫ Micélio – mantém o fungo vivo - Atividade decompositora das hifas ⚫ Hifas - Células com parede celular de quitina Os cogumelos são os corpos de frutificação de certos fungos .
  • 35. LEVEDURAS – FUNGOS UNICELULARES
  • 36. Coloração e Consistência Forma, superfície, margem, coloração, aspecto (seco, úmido), Tamanho – dependem do tempo de incubação, meio e temperatura LEVEDURAS
  • 37. ⚫ Necessitam para o seu crescimento de umidade superior a exigida pelos bolores e inferior a exigida pelas bactérias. ⚫ Faixa de temperatura ideal para o crescimento em torno de 25°C a 30°C; ⚫ O crescimento é favorecido em pH ácido; ⚫ Multiplicando-se melhor em aerobiose (com exceção das leveduras fermentadoras que se multiplicam melhor em anaerobiose) e tendo açúcar como fonte de energia. ⚫ As leveduras transformam o açúcar em álcool através do processo de fermentação. Ex: Candida tropicalis. ⚫ Glicose → álcool etílico + gás carbônico ⚫ As leveduras do gênero Saccharomyces são as que apresentam maior valor industrial e comercial como agentes biológicos de transformação em indústrias de bebidas fermentadas, de panificação e destilarias de etanol. ⚫ Levedos (fermento biológico). ⚫ Pão, cachaça, cerveja, vinho. ⚫ Reprodução: brotamento Leveduras – fungos unicelulares
  • 38.  MICROMORFOLOGIA Unicelulares  Esféricas, ovais ou elipsóides  Algumas formam pseudo-micélio
  • 44. Aspergillus parasiticus Microsporum canis PLEOMORFISMO Quando os ciclos biológicos de nutrição e reprodução estão em plena atividade, esta pode apresentar forma filamentosa verdadeira – independe da temperatura.
  • 45. DIMORFISMO TÉRMICO 25ºC Bolores 37ºC Leveduras • É considerado um mecanismo de defesa importante para a adaptação de fungos às condições adversas do hospedeiro humano, à invasão de tecidos e ao estabelecimento da doença. • A temperatura é um dos estímulos mais notórios no dimorfismo.
  • 46. BOLORES (MACROMORFOLOGIA) Aspecto da colônia (aveludado, cotonoso, pulverulento), Bordas, Tamanho e Cores
  • 47. Retirada da colônia da placa Tubo com meio De cultura Exame direto
  • 48. ASPECTO MACROSCÓPICO ASPECTO MICROSCÓPICO Aspergillus spp
  • 49. Culturas Afetadas: Algodão, Amendoim, Arroz, Arroz irrigado, Aveia, Cevada, Ervilha, Feijão, Milho, Soja, Sorgo, Trigo  É um dos fungos responsáveis pela produção de micotoxinas (aflatoxina) em grãos armazenados.  As micotoxinas em grãos armazenados podem ser produzidas a baixas temperaturas.  Responsável pela Aspergilose - fonte de contágio mais comum é a via aérea, e causa de infecção grave com risco de vida em pacientes imunodeprimidos. Fungo de pós colheita (Aspergillus spp)
  • 50. Controle: A prevenção contra a infecção dos grãos por fungos promotores de grãos ardidos deve levar em consideração um conjunto de medidas: a) utilizar cultivares mais resistentes aos fungos do gênero Aspergillus; b) realizar rotação de culturas com espécies de plantas não suscetíveis aos fungos do gênero Aspergillus; c) interromper o monocultivo; d) usar sementes de alta qualidade sanitária; e) evitar altas densidades de plantio; f) No caso do milho, utilizar cultivares com espigas decumbentes; g) evitar colher espigas atacadas por insetos e pássaros; i) não retardar a colheita;
  • 52. BOLORES (MICROMORFOLOGIA) Conídios: forma (esféricos, fusiformes), cor (hialino, pigmentado), septos, isolados ou agrupados Fusarium Penicillium
  • 55. Muitas espécies possuem morfologia similar Identificação molecular Diferenças morfológicas extremamente difíceis de serem detectadas Identificação clássica de fungos – uso de chaves de identificação
  • 56. Identificação polifásica de fungos • Características morfológicas • Características fisiológicas • Características genéticas • Técnicas Moleculares
  • 57. COMPARAÇÃO ENTRE OS MICRORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA Características Bactérias Fungos Vírus- Células Sim Sim Não Diâmetro(µm) 1-5 3-10 0,02-0,2 Ácido Nucléico DNA e RNA DNA e RNA DNA ou RNA Tipo de núcleo Procariótico Eucariótico Nenhum Ribossomos 70S 80S Ausente Mitocôndria Ausente Presente Ausente Camada externa Parede rígida Parede rígida Proteina do contendo contendo capsídeo e peptidioglicana quitina lipoproteina do envelope Motilidade Alguns representantes Nenhum Nenhum Multiplicação Fissão binária Brotamento ou mitose Replicação