A Guerra dos Cem Anos começou devido a disputas sucessórias entre a Inglaterra e a França pelo trono francês. A guerra durou 116 anos e enfraqueceu ambos os países, levando a uma crise socioeconômica na Europa. A vitória final da França consolidou a monarquia centralizada francesa.

2.  Questão sucessória: Com a Morte de Carlos IV, rei
da Inglaterra, Eduardo III passou a reivindicar seu
direito ao trono da França, porém, foi barrado pela
Lei Sálica, a qual, dizia que o trono só poderia ser
ao herdeiro masculino, enquanto Eduardo
descendia de Filipe IV, por linha, materna. Por isso,
a Coroa passou a Filipe (VI) de Valois, dando inicio
á dinastia dos Valois.
 Questão Flamenga: Já, a região francesa de
Flandres encontrava-se ligada á Inglaterra por
questões econômicas e políticas.

3.  Os atritos entre ambas agravaram-se quando a
nobreza flamenga colocou-se ao lado de Filipe VI,
enquanto a burguesia local apoiava a Inglaterra.
 Em resposta, Eduardo III, enviou tropas á burguesia
de Flandres, dominando a região. O que, por sua
vez, deu início á Guerra dos cem Anos.
 No início, a Inglaterra obteve grandes avanços,
dificultando assim a vida dos camponeses franceses
que, alem de terem suas terras e plantações
destruídas, eram obrigados a pagar elevados
impostos para sustentar a guerra. Esse
descontentamento levou a várias revoltas,
conhecidas como jacqueries. A grande
disseminação da peste negra que exterminou cerca
de um terço da população européia agravou a
situação.

5.  A partir de 1360 a França veio a conquistar
significativas vitorias o que, contudo não foi
duradouro. Os eficazes ataques ingleses
obrigaram a França a assinar o Tratado de
Troyes que assegurava ao rei inglês o
direito de sucessão da Coroa francesa.
 Surge então a figura de Joana d’Arc, que,
dizendo ter sido enviada por Deus, inflama o
nacionalismo francês impulsionando suas
vitórias.

6.  Joana foi presa pelas autoridades da Inglaterra e
condenada pelos crimes de bruxaria e heresia
pelos quais foi supostamente queimada viva na
fogueira.
 Sua morte estimulou os soldados franceses,
que, com repetidas vitorias conseguem libertar a
França do domínio inglês.
 A guerra, diferente do que o nome sugere durou
116 anos e debilitou as estruturas
feudais,consolidando as bases da monarquia
centralizada francesa e favorecendo a formação
do estado absolutista que predominaria durante
a idade moderna.

8.  Com os custos, mortos e destruição
provocados pela Guerra dos Cem anos, a
monarquia e nobreza inglesas
enfraqueceram. Com isso, teve inicio uma
guerra civil pela Coroa da Inglaterra, na
qual se antagonizaram as famílias
Lancaser e York, sendo a primeira
representada pela rosa vermelha e a
segunda pela branca. Tal disputa dividiu
os nobres, reduzindo seu poderio.

9.  A situação só foi resolvida quando se
decidiu que o novo rei seria Henrique
VII, da família Tudor (descendente dos
Lancaster,mas casado com a herdeira
dos York).A Guerra,porem, debilitou
muito o poder da nobreza
britânica,permitindo assim que o novo
monarca reiniciasse o processo de
centralização(interrompido com a magna
carta de 1215).

11.  As sucessivas guerras resultaram
numa crise socioeconômica européia.
Além da disseminação de peste, a
desorganização da produção
(consequência do recrutamento de
camponeses para a luta) levou á fome,
aumentando catastroficamente a taxa
de mortalidade da Europa.

12.  Por outro lado, as atividades urbano-
comerciais atraíram a população
servil, está deixa os campos e dirigi-
se para as cidades. A nobreza
enfraquecida já não podia manter os
trabalhadores presos á terra. Assim,
graças á burguesia (e aos nobres
intimidados pelas revoltas rurais) a
realeza se fortaleceu.

14.  A solução encontrada pelos europeus foi a
expansão marítima (o que deu inicio ás
grandes navegações).Consequentes
descobertas (como a chegada ás Américas)
consolidou a superioridade do comercio
sobre as atividades agrofeudais.
 Assim, surge uma nova ordem
socioeconômica que substituía o velho (e
decadente) sistema. Nasce então a idade
Moderna, período baseado numa economia
comercial expansionista denominada
capitalismo.