Este documento discute as relações entre psicanálise e educação. Apresenta definições de educação segundo diferentes autores e discute como a psicanálise pode questionar e apontar dificuldades no campo educacional. O objetivo é elencar os conflitos e contribuições entre educação e psicanálise, como a psicanálise pode contribuir para que a educação não se acomode.
O documento discute conceitos de cidadania e educação. A cidadania é entendida como o acesso aos direitos e deveres previstos na Constituição e o exercício dos direitos políticos e sociais. A educação deve preparar os estudantes para o exercício da cidadania de forma crítica e transformadora, levando-os a compreender as raízes históricas da desigualdade social. Além disso, o documento aborda conceitos como dignidade, dialogicidade e autonomia relacionados à educação e cidadania.
1) O documento discute as demandas da educação no século 21 e como a educação pode responder a essas demandas.
2) Foi formada uma comissão pela UNESCO em 1993 para refletir sobre como a educação poderia responder às exigências do século 21.
3) A educação é vista como crucial para o desenvolvimento das pessoas e da sociedade para enfrentar os desafios do futuro.
1. O documento discute a educação inclusiva e a necessidade de a escola se adaptar para incluir todos os alunos, independentemente de características ou deficiências.
2. Analisa dois livros que abordam temas como o conhecimento produzido na escola, a construção do conhecimento e a educação como forma de intervenção no mundo.
3. Resume o livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, que defende a importância do diálogo entre professor e aluno, do respeito aos saberes dos educand
Este documento descreve a experiência de Carla Lam na Rede dos Românticos Conspiradores, um grupo que promove a educação democrática e libertária. O texto discute como a rede proporcionou aprendizado emocional aos participantes através do sentimento de pertencimento, reconhecimento e pertinência. A rede cresceu ao longo dos anos com novos núcleos, ações em escolas e apoio a educadores, e realizou encontros nacionais para debater suas ideias.
1) O documento discute as transformações metodológicas na formação de profissionais de saúde, com ênfase nas metodologias ativas de ensino-aprendizagem.
2) Essas metodologias valorizam a autonomia do estudante e reconhecem seu papel ativo no processo de aprendizagem, ao contrário das metodologias tradicionais que enfatizam a transmissão passiva de conteúdo.
3) As metodologias ativas buscam formar profissionais capazes de aprender ao longo da vida
O documento discute a importância da educação em valores humanos no contexto escolar. Argumenta que a educação deve ensinar tanto conteúdos acadêmicos quanto valores como verdade, amor e não-violência para promover uma sociedade harmônica. Também ressalta o papel fundamental dos educadores em transmitir esses valores e formar cidadãos conscientes e líderes.
O documento resume os principais pontos discutidos no Capítulo 2 do livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire. O capítulo argumenta que ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas exige humildade, tolerância, apreensão da realidade, alegria, esperança e a convicção de que a mudança é possível. A curiosidade do educador e do educando é essencial para o ato de ensinar.
O documento discute a disciplina "Educação na Pós-Modernidade" ministrada pelo professor Silvânio Barcelos. Apresenta brevemente as ideias de Jean-François Lyotard sobre pós-modernidade e da obra "A Sociedade do Espetáculo" de Guy Debord. Também aborda origens da educação no Brasil desde os jesuítas até reformas pombalinas e evolução até os dias atuais.
O documento discute conceitos de cidadania e educação. A cidadania é entendida como o acesso aos direitos e deveres previstos na Constituição e o exercício dos direitos políticos e sociais. A educação deve preparar os estudantes para o exercício da cidadania de forma crítica e transformadora, levando-os a compreender as raízes históricas da desigualdade social. Além disso, o documento aborda conceitos como dignidade, dialogicidade e autonomia relacionados à educação e cidadania.
1) O documento discute as demandas da educação no século 21 e como a educação pode responder a essas demandas.
2) Foi formada uma comissão pela UNESCO em 1993 para refletir sobre como a educação poderia responder às exigências do século 21.
3) A educação é vista como crucial para o desenvolvimento das pessoas e da sociedade para enfrentar os desafios do futuro.
1. O documento discute a educação inclusiva e a necessidade de a escola se adaptar para incluir todos os alunos, independentemente de características ou deficiências.
2. Analisa dois livros que abordam temas como o conhecimento produzido na escola, a construção do conhecimento e a educação como forma de intervenção no mundo.
3. Resume o livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, que defende a importância do diálogo entre professor e aluno, do respeito aos saberes dos educand
Este documento descreve a experiência de Carla Lam na Rede dos Românticos Conspiradores, um grupo que promove a educação democrática e libertária. O texto discute como a rede proporcionou aprendizado emocional aos participantes através do sentimento de pertencimento, reconhecimento e pertinência. A rede cresceu ao longo dos anos com novos núcleos, ações em escolas e apoio a educadores, e realizou encontros nacionais para debater suas ideias.
1) O documento discute as transformações metodológicas na formação de profissionais de saúde, com ênfase nas metodologias ativas de ensino-aprendizagem.
2) Essas metodologias valorizam a autonomia do estudante e reconhecem seu papel ativo no processo de aprendizagem, ao contrário das metodologias tradicionais que enfatizam a transmissão passiva de conteúdo.
3) As metodologias ativas buscam formar profissionais capazes de aprender ao longo da vida
O documento discute a importância da educação em valores humanos no contexto escolar. Argumenta que a educação deve ensinar tanto conteúdos acadêmicos quanto valores como verdade, amor e não-violência para promover uma sociedade harmônica. Também ressalta o papel fundamental dos educadores em transmitir esses valores e formar cidadãos conscientes e líderes.
O documento resume os principais pontos discutidos no Capítulo 2 do livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire. O capítulo argumenta que ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas exige humildade, tolerância, apreensão da realidade, alegria, esperança e a convicção de que a mudança é possível. A curiosidade do educador e do educando é essencial para o ato de ensinar.
O documento discute a disciplina "Educação na Pós-Modernidade" ministrada pelo professor Silvânio Barcelos. Apresenta brevemente as ideias de Jean-François Lyotard sobre pós-modernidade e da obra "A Sociedade do Espetáculo" de Guy Debord. Também aborda origens da educação no Brasil desde os jesuítas até reformas pombalinas e evolução até os dias atuais.
O documento discute a importância de se repensar os currículos escolares colocando os educandos e seus direitos no centro. Vários grupos apresentam considerações sobre como os currículos atuais tendem a rotular e limitar os alunos, enquanto deveriam valorizar a individualidade e capacidade de cada um em seu próprio tempo e ritmo de aprendizagem. Também ressaltam a necessidade de ver educandos e educadores como sujeitos de direitos iguais.
O documento resume os principais pontos do capítulo 1 do livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire. Freire discute que ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas sim criar possibilidades para os alunos construírem seu próprio conhecimento. Ele também enfatiza a importância da reflexão crítica da prática pedagógica, da pesquisa, do respeito aos saberes dos alunos e do pensamento crítico.
O documento discute diversos tópicos relacionados à educação superior, incluindo seu papel no desenvolvimento econômico e social, novas concepções de conhecimento, mudanças no ensino e aprendizagem, e inovações como a educação a distância.
1. Esta unidade apresenta as teorias sociológicas clássicas de Durkheim, Marx e Engels, e Weber sobre a relação entre educação e sociedade.
2. De acordo com Durkheim, a educação é o processo pelo qual nos tornamos membros da sociedade e nos integramos à consciência coletiva.
3. Marx e Engels viam a educação como um meio de reprodução das desigualdades de classe na sociedade capitalista, mas também como um instrumento para sua transformação.
4. Weber analisou como a educação
1. O documento descreve a vida e obra do educador brasileiro Paulo Freire, conhecido por seu método de alfabetização de adultos e livro Pedagogia do Oprimido.
2. Freire defende que ensinar exige rigor metodológico, pesquisa, respeito pelos saberes dos alunos, criticidade, ética e estética.
3. Ele também argumenta que ensinar requer ouvir os alunos, ter esperança no processo de aprendizagem e reconhecer que nenhum conhecimento é definitivo.
Este capítulo discute a educação como um processo de desenvolvimento que ocorre ao longo da vida de uma pessoa e não se restringe à educação formal na escola. A educação é influenciada por fatores como a família, mídia e contexto social mais amplo. A educação formal surgiu com a escola, enquanto a educação informal ocorre por meio de experiências no dia a dia e transmissão cultural entre gerações. O capítulo também diferencia educação formal, não-formal e informal.
1. O projeto propõe discutir o respeito mútuo e a diversidade no ambiente escolar através de dinâmicas com os alunos do 2o ao 5o ano.
2. Serão realizadas três dinâmicas nos primeiros semestres para sensibilizar os alunos sobre conduta ética e respeito às diferenças.
3. Cada turma produzirá um trabalho sobre o tema ao final do ano letivo para apresentar aos pais.
O documento discute os conceitos-chave da pedagogia de Paulo Freire, incluindo a educação problematizadora e reflexiva, a rejeição da educação "bancária", e a importância do diálogo e da autonomia do educando. Freire defende uma educação que promova a cidadania ativa e a transformação social.
O documento discute os desafios da qualidade da educação e a gestão da sala de aula. Primeiro, define qualidade da educação como o cumprimento da função social da escola de proporcionar aprendizagem efetiva, desenvolvimento humano pleno e alegria crítica dos alunos. Segundo, analisa as armadilhas históricas para os professores e a questão do envolvimento no trabalho. Terceiro, discute a necessidade de posicionamento da sociedade, sistema de ensino e professores para resgatar a vontade dos professores. Por fim
1. O documento resume a vida e obra de Paulo Freire, importante pedagogo brasileiro que desenvolveu uma pedagogia crítica e libertadora. 2. Freire defende que ensinar exige rigor metodológico, respeito aos saberes dos alunos, e reflexão crítica sobre a prática pedagógica. 3. Para Freire, educar significa formar sujeitos capazes de pensar criticamente e transformar o mundo.
Este documento resume os principais pontos da Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire. Ele defende que educar é construir conhecimento de forma conjunta entre professor e aluno, rejeitando a mera transmissão de informações. Também enfatiza a importância da ética, coerência, respeito e afetividade no processo educativo.
Resumo do livro de paulo freire pedagogia da autonomiaJoka Luiz
1. O documento resume o livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, que discute a importância da reflexão crítica na prática docente e da relação entre ensinar e aprender. 2. Freire argumenta que ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas sim criar possibilidades para os alunos construírem seu próprio conhecimento. 3. Uma pedagogia democrática exige respeito aos saberes dos alunos, pesquisa, criticidade e a corporeização da palavra pelo exemplo.
1) O documento discute como a aprendizagem ocorre de forma contínua ao longo da vida, desde a infância até a terceira idade.
2) A aprendizagem na infância e terceira idade acontece de forma prazerosa através da resolução de problemas e projetos, diferentemente do período escolar.
3) Programas educacionais para a terceira idade têm crescido em popularidade, mostrando que a aprendizagem nessa fase pode ser divertida e estimulante.
O documento discute os conceitos de docência e discência segundo Paulo Freire. Freire acreditava que não há docência sem discência, ou seja, os professores precisam ser constantemente alunos para ensinar. Ele também enfatizou a importância da pesquisa, da reflexão crítica sobre a prática e do respeito pelos saberes dos estudantes.
O documento discute o "senso comum pedagógico" que impera na prática docente cotidiana. Segundo o texto, os professores geralmente não têm uma filosofia crítica que orienta suas ações, agindo com base em conceitos adquiridos de forma acrítica ao longo do tempo. Isso resulta em visões fragmentadas e contraditórias sobre o educando, o conhecimento e os métodos de ensino. Além disso, o texto aponta razões para a permanência do "senso comum", como o interesse das classes dominantes
Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire - apresentação críticaMiguel Martins
Este documento resume o livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, discutindo três capítulos centrais sobre ensinar e aprender, a formação docente, e conceitos como diálogo e esperança. Ele também reflete sobre implicações pedagógicas como a importância da curiosidade e autonomia do estudante.
Este documento descreve uma pesquisa sobre o uso do computador no processo de alfabetização de estudantes com deficiência visual na APAE de Cáceres, Mato Grosso. O objetivo geral é avaliar como o computador é usado no ensino-aprendizagem destes alunos. A metodologia inclui observação de aulas de informática e entrevistas com o aluno, professor e instituição. A análise dos dados se dará por meio de relatórios sobre o progresso cognitivo do aluno durante o processo de alfabetização.
O documento discute três obstáculos para a educação - o currículo ultrapassado, professores sem capacitação adequada para novas tecnologias, e metodologias que não acompanham os novos caminhos do ensino. Ele também apresenta quatro pilares da educação segundo Delors e sete saberes essenciais para a educação do futuro de acordo com Morin.
Convivencia democratica protagonismo juveniltatyathaydes
O texto discute a resolução de conflitos como parte natural das relações humanas e importante para a formação ética e moral dos estudantes. Aponta que as assembléias escolares podem ser um espaço para dialogar sobre conflitos e buscar soluções participativas, ao invés de reprimi-los. Defende que a escola deve compreender os conflitos como conteúdo essencial para o desenvolvimento dos estudantes e incorporá-los nas atividades, em vez de condená-los.
1. O documento discute o desenvolvimento e aprendizagem de adolescentes, com foco na influência da família e mídia.
2. A metodologia inclui entrevistas com professores e estudantes para analisar os mecanismos de reprovação e como melhorar as escolas.
3. As conclusões indicam que as famílias devem se envolver mais na educação dos filhos para promover valores positivos, já que a escola sozinha não pode substituir a influência familiar.
O documento discute a natureza e identidade da pedagogia. Explica que pedagogia não é apenas ensino, mas sim um campo de conhecimento sobre a problemática educativa em sua totalidade. Define pedagogia como a ciência da e para a educação, que investiga o fenômeno educativo teoricamente, formula orientações para a prática, e propõe princípios e normas para a educação. A pedagogia lida com processos formativos que ocorrem em diversos lugares, não apenas na escola.
1) O documento discute a relação entre ensino, aprendizagem e desenvolvimento no contexto escolar.
2) Argumenta que a aprendizagem e o desenvolvimento são processos psicossociais, onde as crianças se apropriam de conteúdos e formas de pensar presentes na cultura e sociedade através da interação com outras pessoas.
3) Defende que é importante a escola focar na qualidade do conteúdo e mediação entre professor e aluno, para contribuir para o desenvolvimento de capacidades cognitivas que permitam compreender a real
O documento discute a importância de se repensar os currículos escolares colocando os educandos e seus direitos no centro. Vários grupos apresentam considerações sobre como os currículos atuais tendem a rotular e limitar os alunos, enquanto deveriam valorizar a individualidade e capacidade de cada um em seu próprio tempo e ritmo de aprendizagem. Também ressaltam a necessidade de ver educandos e educadores como sujeitos de direitos iguais.
O documento resume os principais pontos do capítulo 1 do livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire. Freire discute que ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas sim criar possibilidades para os alunos construírem seu próprio conhecimento. Ele também enfatiza a importância da reflexão crítica da prática pedagógica, da pesquisa, do respeito aos saberes dos alunos e do pensamento crítico.
O documento discute diversos tópicos relacionados à educação superior, incluindo seu papel no desenvolvimento econômico e social, novas concepções de conhecimento, mudanças no ensino e aprendizagem, e inovações como a educação a distância.
1. Esta unidade apresenta as teorias sociológicas clássicas de Durkheim, Marx e Engels, e Weber sobre a relação entre educação e sociedade.
2. De acordo com Durkheim, a educação é o processo pelo qual nos tornamos membros da sociedade e nos integramos à consciência coletiva.
3. Marx e Engels viam a educação como um meio de reprodução das desigualdades de classe na sociedade capitalista, mas também como um instrumento para sua transformação.
4. Weber analisou como a educação
1. O documento descreve a vida e obra do educador brasileiro Paulo Freire, conhecido por seu método de alfabetização de adultos e livro Pedagogia do Oprimido.
2. Freire defende que ensinar exige rigor metodológico, pesquisa, respeito pelos saberes dos alunos, criticidade, ética e estética.
3. Ele também argumenta que ensinar requer ouvir os alunos, ter esperança no processo de aprendizagem e reconhecer que nenhum conhecimento é definitivo.
Este capítulo discute a educação como um processo de desenvolvimento que ocorre ao longo da vida de uma pessoa e não se restringe à educação formal na escola. A educação é influenciada por fatores como a família, mídia e contexto social mais amplo. A educação formal surgiu com a escola, enquanto a educação informal ocorre por meio de experiências no dia a dia e transmissão cultural entre gerações. O capítulo também diferencia educação formal, não-formal e informal.
1. O projeto propõe discutir o respeito mútuo e a diversidade no ambiente escolar através de dinâmicas com os alunos do 2o ao 5o ano.
2. Serão realizadas três dinâmicas nos primeiros semestres para sensibilizar os alunos sobre conduta ética e respeito às diferenças.
3. Cada turma produzirá um trabalho sobre o tema ao final do ano letivo para apresentar aos pais.
O documento discute os conceitos-chave da pedagogia de Paulo Freire, incluindo a educação problematizadora e reflexiva, a rejeição da educação "bancária", e a importância do diálogo e da autonomia do educando. Freire defende uma educação que promova a cidadania ativa e a transformação social.
O documento discute os desafios da qualidade da educação e a gestão da sala de aula. Primeiro, define qualidade da educação como o cumprimento da função social da escola de proporcionar aprendizagem efetiva, desenvolvimento humano pleno e alegria crítica dos alunos. Segundo, analisa as armadilhas históricas para os professores e a questão do envolvimento no trabalho. Terceiro, discute a necessidade de posicionamento da sociedade, sistema de ensino e professores para resgatar a vontade dos professores. Por fim
1. O documento resume a vida e obra de Paulo Freire, importante pedagogo brasileiro que desenvolveu uma pedagogia crítica e libertadora. 2. Freire defende que ensinar exige rigor metodológico, respeito aos saberes dos alunos, e reflexão crítica sobre a prática pedagógica. 3. Para Freire, educar significa formar sujeitos capazes de pensar criticamente e transformar o mundo.
Este documento resume os principais pontos da Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire. Ele defende que educar é construir conhecimento de forma conjunta entre professor e aluno, rejeitando a mera transmissão de informações. Também enfatiza a importância da ética, coerência, respeito e afetividade no processo educativo.
Resumo do livro de paulo freire pedagogia da autonomiaJoka Luiz
1. O documento resume o livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, que discute a importância da reflexão crítica na prática docente e da relação entre ensinar e aprender. 2. Freire argumenta que ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas sim criar possibilidades para os alunos construírem seu próprio conhecimento. 3. Uma pedagogia democrática exige respeito aos saberes dos alunos, pesquisa, criticidade e a corporeização da palavra pelo exemplo.
1) O documento discute como a aprendizagem ocorre de forma contínua ao longo da vida, desde a infância até a terceira idade.
2) A aprendizagem na infância e terceira idade acontece de forma prazerosa através da resolução de problemas e projetos, diferentemente do período escolar.
3) Programas educacionais para a terceira idade têm crescido em popularidade, mostrando que a aprendizagem nessa fase pode ser divertida e estimulante.
O documento discute os conceitos de docência e discência segundo Paulo Freire. Freire acreditava que não há docência sem discência, ou seja, os professores precisam ser constantemente alunos para ensinar. Ele também enfatizou a importância da pesquisa, da reflexão crítica sobre a prática e do respeito pelos saberes dos estudantes.
O documento discute o "senso comum pedagógico" que impera na prática docente cotidiana. Segundo o texto, os professores geralmente não têm uma filosofia crítica que orienta suas ações, agindo com base em conceitos adquiridos de forma acrítica ao longo do tempo. Isso resulta em visões fragmentadas e contraditórias sobre o educando, o conhecimento e os métodos de ensino. Além disso, o texto aponta razões para a permanência do "senso comum", como o interesse das classes dominantes
Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire - apresentação críticaMiguel Martins
Este documento resume o livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, discutindo três capítulos centrais sobre ensinar e aprender, a formação docente, e conceitos como diálogo e esperança. Ele também reflete sobre implicações pedagógicas como a importância da curiosidade e autonomia do estudante.
Este documento descreve uma pesquisa sobre o uso do computador no processo de alfabetização de estudantes com deficiência visual na APAE de Cáceres, Mato Grosso. O objetivo geral é avaliar como o computador é usado no ensino-aprendizagem destes alunos. A metodologia inclui observação de aulas de informática e entrevistas com o aluno, professor e instituição. A análise dos dados se dará por meio de relatórios sobre o progresso cognitivo do aluno durante o processo de alfabetização.
O documento discute três obstáculos para a educação - o currículo ultrapassado, professores sem capacitação adequada para novas tecnologias, e metodologias que não acompanham os novos caminhos do ensino. Ele também apresenta quatro pilares da educação segundo Delors e sete saberes essenciais para a educação do futuro de acordo com Morin.
Convivencia democratica protagonismo juveniltatyathaydes
O texto discute a resolução de conflitos como parte natural das relações humanas e importante para a formação ética e moral dos estudantes. Aponta que as assembléias escolares podem ser um espaço para dialogar sobre conflitos e buscar soluções participativas, ao invés de reprimi-los. Defende que a escola deve compreender os conflitos como conteúdo essencial para o desenvolvimento dos estudantes e incorporá-los nas atividades, em vez de condená-los.
1. O documento discute o desenvolvimento e aprendizagem de adolescentes, com foco na influência da família e mídia.
2. A metodologia inclui entrevistas com professores e estudantes para analisar os mecanismos de reprovação e como melhorar as escolas.
3. As conclusões indicam que as famílias devem se envolver mais na educação dos filhos para promover valores positivos, já que a escola sozinha não pode substituir a influência familiar.
O documento discute a natureza e identidade da pedagogia. Explica que pedagogia não é apenas ensino, mas sim um campo de conhecimento sobre a problemática educativa em sua totalidade. Define pedagogia como a ciência da e para a educação, que investiga o fenômeno educativo teoricamente, formula orientações para a prática, e propõe princípios e normas para a educação. A pedagogia lida com processos formativos que ocorrem em diversos lugares, não apenas na escola.
1) O documento discute a relação entre ensino, aprendizagem e desenvolvimento no contexto escolar.
2) Argumenta que a aprendizagem e o desenvolvimento são processos psicossociais, onde as crianças se apropriam de conteúdos e formas de pensar presentes na cultura e sociedade através da interação com outras pessoas.
3) Defende que é importante a escola focar na qualidade do conteúdo e mediação entre professor e aluno, para contribuir para o desenvolvimento de capacidades cognitivas que permitam compreender a real
1. O documento discute a crise da educação no Brasil, citando fatores como falta de investimento, aumento da demanda, ingresso de educadores sem formação adequada e diminuição das condições salariais.
2. Defende que a qualidade da educação depende da quantidade, ou seja, da democratização do acesso para todos. Também propõe uma reorganização curricular levando em conta a realidade dos alunos.
3. Argumenta que os educadores devem refletir sobre o sentido social concreto de seu trabalho e repensar a teoria de
O documento discute o conceito de educação e sua importância para o século XXI. Segundo o texto, a educação é o processo de desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e morais do ser humano para melhor integração na sociedade. O papel da educação é formar indivíduos críticos capazes de gerar transformações positivas na sociedade e se tornarem profissionais especializados.
Este artigo discute a relação entre ensino, aprendizagem e desenvolvimento no contexto escolar. Argumenta-se que a aprendizagem e o desenvolvimento são processos psicossociais, onde as crianças se apropriam de conteúdos e formas de pensar presentes na cultura por meio da interação social. Destaca-se a importância da qualidade do conteúdo mediado na relação professor-aluno, pois ele carrega potencial para promover formas de pensamento mais complexas nas crianças.
O documento discute conceitos de filosofia e sociologia relacionados à educação. Aborda definições de Aristóteles sobre o que é o bem e a felicidade, além de discutir o papel social da educação, tipos de educação formal e informal, e a escola como grupo social e instituição.
- A Filosofia e a Educação estão intrinsecamente ligadas desde a Grécia Antiga, quando os primeiros filósofos se preocupavam com a educação do ser humano e a transmissão de valores para as novas gerações.
- As principais correntes filosóficas, como o racionalismo, empirismo, idealismo e existencialismo, influenciaram as teorias do conhecimento e tiveram implicações nos processos educacionais ao longo da história.
- A Filosofia da Educação busca compreender criticamente as
- A Filosofia e a Educação estão intrinsecamente ligadas desde a Grécia Antiga, quando os primeiros filósofos se preocupavam com a educação do ser humano e a transmissão de valores para as novas gerações.
- As principais correntes filosóficas, como o racionalismo, empirismo, idealismo, fenomenologia, existencialismo e positivismo/marxismo influenciaram o desenvolvimento de teorias do conhecimento e suas implicações nos processos educacionais.
- Ao longo da história, a Fil
ARTIGO – PIBID E PROFESSOR: INTERSECÇÕES NA FORMAÇÃO DE UM NOVO PROFISSIONAL.Tissiane Gomes
Neste artigo destacou-se como o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) contribui para a formação dos professores, como a vivência dos bolsistas do PIBID oferece uma experiência prática para os alunos universitários que, muitas vezes, se encontram fora da realidade de como é a dinâmica em sala de aula. O trabalho foi publicado nos anais do VI Encontro de Iniciação à Docência da UEPB (ENID), realizado em Campina Grande, no Estado da Paraíba, em 15 e 16 de dezembro de 2017.
Este documento fornece dicas sobre conceitos pedagógicos importantes. Discute tendências pedagógicas liberais e progressistas, as teorias de Piaget e Vygotsky sobre o desenvolvimento cognitivo, avaliação formativa, diretrizes curriculares nacionais, processo de ensino-aprendizagem e função social da escola.
O documento discute o conceito de educação, definindo-a como um processo de estimulação cognitiva e física para integrar indivíduos na sociedade. A educação formal é conduzida por professores usando ferramentas pedagógicas. A educação significa modificar as pessoas para melhorar suas vidas e a sociedade. Sem educação, cada geração teria de reconstruir o conhecimento adquirido.
O documento apresenta uma lista de temas e oficinas para a formação continuada de educadores, com foco em questões filosóficas e pedagógicas. Os temas incluem diferentes concepções de educação, papel do professor, sociedade de controle, e mídia e preconceito. As oficinas abordam artes visuais, consumo, cultura digital e produção de comunicação. O objetivo é promover a compreensão destes assuntos e disponibilidade para mudanças.
O documento discute o papel do psicopedagogo na educação especial. Ele descreve como a psicopedagogia pode contribuir para uma educação inclusiva ao fornecer estratégias de avaliação e intervenção para estudantes com dificuldades de aprendizagem. Também enfatiza a importância da colaboração interdisciplinar entre psicopedagogos e educadores para promover o desenvolvimento de cada estudante.
Este documento discute conceitos fundamentais da educação, incluindo o papel da educação na sociedade, objetivos da educação brasileira e funções sociais da educação. A educação é vista como um processo que integra indivíduos à sociedade e busca transformá-la para beneficiar seus membros. Os objetivos da educação brasileira incluem educação para a subsistência, libertação, comunicação e transformação. A educação pode servir funções sociais de redenção, reprodução ou transformação da sociedade.
O documento discute como a sociologia estuda a educação como um processo social que ocorre em toda sociedade e como os sistemas escolares fazem parte do sistema social mais amplo. A sociologia da educação examina a educação globalmente, os sistemas escolares, a escola como unidade sociológica e o papel do professor.
A educação como processo para emancipar os cidadãoscefaprodematupa
O documento discute a importância da educação para a formação da cidadania e do desenvolvimento nacional. A educação é vista como um processo que deve emancipar os cidadãos e permitir que alcancem sua dignidade e autonomia. A família e a escola têm papéis fundamentais nesse processo de educar e formar pessoas capazes de participar ativamente da sociedade.
Educação Escolar, Cultura e Diversidade.Texto de Antonio Flávio e Vera CandauSeduc MT
Apresentação em slide sobre o texto : Educação Escolar e Cultura(s) Construindo Caminhos .Texto de ANTONIO FLAVIO BARBOSA MOREIRA e VERA MARIA CANDAU .
Este documento apresenta orientações curriculares para o Programa de Educação de Jovens e Adultos (PEJA) da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Ele discute objetivos, conteúdos e sugestões de atividades para o bloco de Ciências no PEJA I, com foco em temas como meio ambiente, seres vivos e poluição. O documento enfatiza a importância de abordagens investigativas e debates sobre fenômenos naturais e sociais.
As teorias do currículo na perspectiva de Tomás Tadeu da SilvaVanubia_sampaio
1. O documento discute as teorias do currículo de acordo com Tomás Tadeu da Silva, incluindo a teoria tradicional, crítica e pós-crítica. 2. A teoria tradicional via o currículo como meio de transmitir os valores da cultura dominante e preparar estudantes para o trabalho, enquanto as teorias críticas argumentam que o currículo reproduz as desigualdades sociais. 3. O currículo oculto transmite valores e comportamentos não explícitos que preparam estudantes para se adaptarem à sociedade
As teorias do currículo na perspectiva de Tomás Tadeu da Silva
Conflitos e contribuições
1. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA
CONFLITOS E CONTRIBUIÇÕES ENTRE A PSICANÁLISE E A EDUCAÇÃO
1
2. UCG
TEODORO GONÇALVES SILVA
CONFLITOS E CONTRIBUIÇÕES ENTRE A PSICANÁLISE E A EDUCAÇÃO
Trabalho de conclusão de Curso, em forma de
Artigo Científico, apresentado à Coordenação
de Pós-Graduação Lato Sensu da UCG, como
parte dos requisitos para a obtenção do título
de especialista em educação, na área de
concentração Docência Universitária, sob a
orientação do Prof. Ms. Norton Godinho
Leão.
2
3. FOLHA DE AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO
___________________________________________
____
Prof. Ms. Norton Godinho Leão
- Orientador -
___________________________________________
Coordenador do Curso
Resultado:
___________________________________
3
5. Dedico este trabalho a todos que, de uma
forma ou de outra, me ajudaram a chegar ao
final. À turma XVII, que certamente me
lembrarei da caminhada juntos. Aos Pes.
Mário Aldighieri, da Diocese de Cremona –
Itália, e José Pereira de Maria, e a Wilson S.
G. Júnior, pela paciência e dedicação em
digitar este trabalho.
FOLHA DE AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS
“Bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus
Cristo”: (Ef 1, 3a).
5
6. O apóstolo Paulo, dirigindo-se à comunidade de
Éfeso, começa com essa saudação numa forma de
hino de louvor e agradecimento a Deus. E é isso
mesmo o que desejo fazer: agradecer a Ele, por tudo
de bom que recebi e recebo. “Tudo é graça”: nossa
vida, nossas lidas, trabalhos, realizações e estudos. É
mais uma missão cumprida. Quando se começa uma
tarefa, no mais profundo do nosso ser vem aquela
pergunta silenciosa: será que vou chegar ao final? De
mais uma tarefa, cheguei ao fim! Este, que poderá me
possibilitar novos começos.
Agradeço também aos meus amigos e amigas pelo
apoio, incentivo e confiança naquilo que me dizem
que posso realizar.
Ao Edvar, colega dos tempos do Seminário Santa
Cruz, em Goiânia, pela amizade e companheirismo
que continuam. E pela sua paciência e bondade em
corrigir, dar os retoques finais, no que diz respeito à
língua portuguesa. Grato por tudo.
Ao professor Ms. Norton, pela gentileza de ter
aceitado me acompanhar e orientar em mais uma
jornada. Obrigado mesmo!
Obrigado ao Pai Criador e à Vida, devido essa
coragem que tenho de, aos 58 anos de idade, enfrentar
salas de aula, estar produzindo e me deliciando com a
aventura de estudar! O que não fiz quando novo, a
vida está me propiciando fazer agora. Isto me deixa
feliz! Pois “tudo é graça”.
6
7. RESUMO
Título: CONFLITOS E CONTRIBUIÇÕES ENTRE A PSICANÁLISE E A EDUCAÇÃO
Autor: Teodoro Gonçalves Silva
Orientador: Norton Godinho Leão
Área de Concentração: Educação
RESUMO: Esta reflexão é, de certa forma, uma continuação de uma reflexão anterior,
quando apresentei o artigo de conclusão do curso de Psicologia. Lá, a reflexão foi feita
entre a filosofia e a psicanálise. Relações, Conflitos e Contribuições entre a Filosofia e a
Psicanálise. Aqui a reflexão é feita entre Educação e Psicanálise. Procura-se perceber os
conflitos e as contribuições entre ambas. Tendo como objetivo elencar os conflitos e as
contribuições entre a Educação e a Psicanálise. Dificuldades que até mesmo os pensadores
da educação, na atualidade, apontam. A psicanálise questiona e aponta essas dificuldades
no campo educacional. E, se a educação, ou os educadores derem ouvido à psicanálise, esta
poderá contribuir com a educação, no sentido de não deixá-la acomodar-se.
Palavras-Chave: Educação. Psicanálise. Conflitos. Contribuições. Pedagogia.
7
8. CONFLITOS E CONTRIBUIÇÕES ENTRE A PSICANÁLISE E A EDUCAÇÃO
Falar de psicanálise e educação, num primeiro momento, pode ser algo que desperte
incômodo e provoque inquietação. Sobretudo no que diz respeito à psicanálise; falar da
mesma, pode gerar uma série de interrogações, especulações e palpites.
No que diz respeito à educação, é fácil - se não se pretender ir além daquilo que se fala
no quotidiano da mesma. Contudo, procurando-se entender melhor a questão da educação,
os emaranhados que a envolvem, as aspirações daqueles que a pensam, que a planejam;
olhando por este ângulo, será que é fácil falar de educação? Como ela é tratada? O que
fazem com ela? Ao que ela se presta verdadeiramente na sociedade? A carga de
significados, símbolos e as pretensões ideológicas que estão envoltas, embutidas nessa tão
necessária educação. Será que é tão fácil assim falar da mesma?
As duas têm objetivos e propostas distintas: à psicanálise interessa o inconsciente, aquilo
que no ser humano está presente e ausente: entra e sai quando bem entende e o indivíduo
não se dá conta disso.
Quanto à educação, seu objetivo é a formação, o conhecimento, conduzir o indivíduo
para bem se portar socialmente. Isso pode se dizer tem um preço. Nessa preparação da
pessoa para se colocar, ou se apresentar socialmente, a educação tanto forma como pode
deformar o sujeito.
E, nesse cruzar entre psicanálise e educação, o que uma pode provocar e dizer da outra?
Tentando situar, ou pesquisar sobre uma e outra, é importante se recorrer a algumas fontes.
Segundo a Grande Enciclopédia Larousse Cultural (1998),
Educação é a ação de criar; (reduzir) alimentação; instrução (...) conhecimento e
prática dos atos sociais (...) O objetivo da sociedade é reproduzir, através da
educação, os modelos de referência no interior dos quais situam-se os indivíduos
de uma nova geração. Assim, a escola tem um papel positivo quando é percebida
favoravelmente e quando funciona normalmente na vivência cotidiana da criança
(...) A sociologia da educação busca refletir também sobre os efeitos
uniformizadores do sistema escolar, (...) privilegia os valores da classe dominante:
a aquisição da cultura está assim ligada à hierarquia dos valores que a veiculam
(1998, v. 9, p. 2023).
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9. Segundo o conceito de educação acima, pode-se depreender que esta se presta mais a
fortalecer as ideologias dominantes, das classes e elites privilegiadas da sociedade, do que
para responder aos anseios e aspirações da mesma como um todo; para atender às
necessidades dos discentes e seus familiares.
E para Abbagnano (2000), educação é um termo que designa a transmissão e o
aprendizado de técnicas culturais; produção e comportamento. Uma sociedade humana não
pode sobreviver se sua cultura não for transmitida de geração à geração. Os meios e os
modos pelos quais se dá essa transmissão são chamados educação. Nas sociedades mais
antigas, a questão educacional visava preservar a imutabilidade, sendo mais fechada ou ter
até um caráter religioso, místico. Nas sociedades modernas a educação pode estar mais
aberta a receber influências, modificar-se; contudo, isso não é norma geral.
Pode-se, portanto, distinguir duas formas principais de educação: a primeira, se propõe
a transmitir técnicas de trabalho e maneiras de ser (comportamento) que já fazem parte do
cotidiano, já estão em poder do grupo e pretendem garantir sua imutabilidade; a segunda,
que através da transmissão das técnicas que já estão em poder da sociedade, têm como
objetivo formar nos elementos da sociedade a capacidade de aperfeiçoar, corrigir essas
mesmas técnicas. Há de certa forma, uma evolução e transformação delas.
Vê-se, assim, que o primeiro conceito de educação é colocado em prática pelas
sociedades primitivas e também nas sociedades secundárias, de modo mais acentuado no
que diz respeito à educação religiosa e moral. E, num segundo momento, o conceito de
educação é transmitir as técnicas já adquiridas e que têm, sobretudo, a finalidade de
aperfeiçoamento dessas mesmas técnicas através das iniciativas das pessoas na prática
pedagógica, ou teorização sobre a educação.
Para Jaeger (2001), os povos antigos estavam certos de que a educação e a cultura não
são uma arte formal, ou teoria meramente abstrata que se distinguem da estrutura objetiva
da vida espiritual de uma nação; para eles, os povos antigos, esses valores são
concretizados na literatura, expressão real de toda cultura superior. Segundo ele, todo o
povo que atinge um certo grau de desenvolvimento se torna naturalmente voltado a praticar
a educação. Ela é o instrumento por meio do qual a comunidade dos homens conserva e
transmite aquilo que lhe é peculiar, física e espiritualmente. E só o homem consegue
conservar e divulgar a sua forma de existir social e espiritualmente por meio das forças por
ele criadas; entre esses, a educação tem importância fundamental. Esta, a educação, permite
que se perceba como o homem é capaz de se organizar, manter e transmitir seus valores e
estrutura, corpórea e espiritual.
Para ele, a educação não é uma propriedade individual, mas essencialmente pertence
à comunidade e participa na vida e do crescimento da sociedade.
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10. (...) Grécia representa, em face dos grandes povos do Oriente, um ‘progresso’
fundamental, um novo ‘estádio’ em tudo o que se refere à vida dos homens na
comunidade. (...) Por mais elevadas que julguemos as realizações artísticas,
religiosas e políticas dos povos anteriores, a história daquilo a que podemos com
plena consciência chamar cultura só começa com os gregos (Jaeger, 2001, p.15).
Ainda segundo Jaeger (2001), no século IV a.C. e durante o helenismo, no tempo de
Sófocles, surgem os sofistas, que se preocuparam com a educação de modo mais incisivo:
saíram pelas casas e praças ensinando aos jovens a arte do bem discursar, do falar bem.
Com eles aconteceu a origem da educação, no sentido estrito da palavra: a paidéia, a
formação do homem grego.
Também Abrão (1999), aborda a tarefa de educadores dos sofistas; se incumbiram de
formar cidadãos para a vida pública, e a condição para tal era que eles se tornassem bons e
grandes oradores, que soubessem argumentar bem em público. Assim, deveriam se tornar
bons oradores, homens da palavra.
Para os gregos, educar era formar o homem vivo (Jaeger, 2001). Para o homem grego a
idéia educação ou processo educativo representava todo o significado do esforço humano.
Ainda para Abbagnano (2000), pedagogia na sua origem significa a profissão ou prática
daquele que educava, tinha a função de educar. E, com o passar do tempo, veio designar
qualquer teoria sobre a educação. Teoria aqui significando não apenas uma elaboração
organizada e genérica das modalidades, meios e possibilidades de educação, mas também
um modo de refletir ocasionalmente ou quaisquer pressupostos da prática educacional; o
que quer dizer que na antiguidade clássica a pedagogia não tinha o status de ciência
autônoma, mas era apenas considerada parte da ética ou da política; e assim era elaborada,
tendo em vista apenas o fim que a ética ou a política colocavam como proposta ao homem,
objetivando apenas a primeira educação, ministrada na infância (ler, contar e escrever).
Havia na antiguidade um grande esforço pedagógico para formar o homem no assim
chamado ethos pedagógico de Tirteu. (Jaeger, 2001), apresenta esta preocupação dos
gregos em formar os jovens espartanos; a teoria, o discurso ético-filosófico para impregnar
nos jovens os interesses comunitários e patrióticos.
Nas elegias, Tirteu vive a vontade política que faz a grandeza de Esparta. A sua
poesia modelou-lhe a fisionomia espiritual. Ela é, por isso, demonstração vigorosa
de sua força idealizadora, que se estendeu muito além da exigência histórica do
Estado espartano e ainda não se extinguiu o ideal de Esparta – que impregnou a
existência inteira dos cidadãos e inspirou com férrea conseqüência a vida total do
seu Estado – é imorredouro, porque está profundamente enraizado na natureza
humana. Guarda a sua verdade e o seu valor, embora a sua inserção no estilo de
vida daquele povo possa parecer à posteridade uma realização unilateral e restrita
(Jaeger, 2001, p. 117).
Apesar de todas as restrições na época ao ideal pedagógico espartano, este veio a ser
aceito como legítimo por uma figura respeitadíssima da época: Platão reconheceu o esforço
10
11. espartano no que dizia respeito à educação. Apesar de todas as ressalvas ao ideal de
Esparta, este por final foi aceito e reconhecido como sendo legítimo (Jaeger, 2001).
(...) Platão é o grande organizador do tesouro espiritual da nação. No seu sistema
objetivam-se e situam-se em sua justa relação as forças da vida espiritual grega. A
ordenação que ele estabeleceu, não sofreu depois dele, mudança substancial.
Esparta ocupa na cultura grega das épocas subseqüentes, e na posteridade em geral
o lugar que Platão lhe atribuiu (Jaeger, 2001, p.p. 117-118).
Vê-se que no decorrer da história humana, a questão da educação e a preocupação com
ela tem sido uma constante.
Posteriormente, na Idade Média, viu-se o nascimento das universidades. “As
universidades medievais há muito atraíram a atenção dos historiadores, por serem uma das
criações mais originais da civilização ocidental dessa época” (Verger, 1990, p. 13).
Segundo Verger (1990), no início do século XII, só na Itália existiam algumas escolas
particulares nas cidades de Roma, Ravena, Bolonha e Pávia. Em todo o outro mundo
europeu, as escolas estavam sobre a orientação e domínio da Igreja. Não havia nenhuma
escola que não estivesse sob a orientação religiosa, ligada a um mosteiro ou catedral. Essas
escolas estavam destinadas aos membros dos mosteiros (oblatos, irmãos, e clérigos); esses,
mais tarde, se tornariam membros dos mosteiros ou clérigos. Mas, podiam também receber
alunos de fora, desejosos de se tornar clérigos, ou mesmo filhos de nobres, cujos pais
queriam dar-lhes uma formação intelectual, como Abelardo e Bernardo, mais tarde São
Bernardo, confiado pela mãe, ainda criança, aos cuidados dos mestres da escola da Igreja
Châtillo-Sour-Seine. Nos conventos haviam as escolas internas destinadas aos oblatos e as
externas para os estranhos, os mestres destas escolas externas nem sempre eram monges.
De modo geral, essas escolas não tinham um bom nível; algumas ministravam apenas o
nível elementar (leitura, escrita, cálculo); visavam apenas formar os futuros clérigos para as
missões litúrgicas. Só algumas poderiam ser consideradas de nível superior. Algumas
tinham renome, graças ao mestre; quando este partia, a fama ia com ele. Os bispos não
tinham a preocupação de investir nesses centros de estudos.
Nessas escolas se ministravam as sete artes liberais: gramática, dialética, retórica,
matemática, geometria, música e astronomia.
Pedro Abelardo se sobressaiu, retirou a dialética das escolas de arte, introduziu-a nas
escolas de teologia, onde se tornou o essencial instrumento para o comentário da Sagrada
Escritura e também um instrumento crítico. Todos os que se deixaram influenciar por
Abelardo receberam a reprovação da Igreja. Assim, houve, entre avanços e recuos, um
desenrolar dos acontecimentos, até chegar ao surgimento das primeiras universidades.
A universidade de Paris, a partir das escolas já existentes, e com a chegada de Abelardo
tornou-se realidade, no início do século XII. Esses centros estudantis (universidades) foram
11
12. se desenvolvendo e foram despertando o interesse da sociedade para lá enviarem seus
filhos. Isso graças aos esforços e capacidades dos mestres e estudantes que para lá se
dirigiram. Depois, houve o nascimento da universidade de Bolonha. O caráter da
universidade era a intercionalidade.
Com o passar do tempo, surgiram os problemas e também as soluções eram
encontradas. Nessa busca, entre avanços e recuos, surgem as universidades “espontâneas” e
as universidades “criadas”. As primeiras receberam esse nome, por terem surgido de
escolas já existentes, que se desenvolveram para que tal fato ocorresse. E, as segundas, por
serem “criadas” pelo Papa ou pelo Imperador. Essas, em relação às universidades
espontâneas, não tiveram um resultado satisfatório.
Assim, pode-se perceber que à medida que a humanidade foi se desenvolvendo,
juntamente a esse crescimento, cresceu também o gosto pela cultura e sua conservação. A
cada período da história foram surgindo pessoas preocupadas com essa questão
pedagógico-educacional. Então, no século XVIII, surge a figura de J.- J. Rousseau (1712 -
1778) que, segundo a Grande Enciclopédia Larousse Cultural (1998, v.21, p. 5145) foi um
romancista e pensador suíço de língua francesa. Destacou-se no campo da educação com
sua obra, Emílio: ou da educação.
Segundo ele, a educação deve ocorrer de modo mais acentuado na vida da pessoa de 2 a
12 anos. Depois há a idade da força, de 12 a 15 anos; e a educação deve estar aqui presente;
e na idade das paixões e da razão, dos 15 aos 20 anos; e na idade da sabedoria e do
casamento, dos 20 aos 25 anos.
Vê-se como metodicamente a educação foi pensada por Rousseau. E o nosso processo
educativo, não tem algo de semelhante a essa linha, no decorrer da sua história?
A primeira educação é a mais importante; e esse papel é específico da mulher. Se o
homem fosse bom educador, o criador da natureza teria dado a ele a capacidade de
amamentar o bebê. Cabe à mulher a educação dos filhos. Elas são mais receptivas e
cuidadosas, no que diz respeito aos cuidados com a vida. Também quando o marido morre,
a mulher mãe fica aos cuidados dos filhos.
Assim, vê-se que, de uma forma ou de outra, a questão educacional foi e é, de um modo
ou de outro, uma preocupação constante nas épocas passadas, como também na atual.
Segundo a Enciclopédia Larousse Cultural (1998, v. 23, p. 5616), no Brasil houve
pessoas preocupadas com a educação, desde há muito tempo. Anísio Spíndola Teixeira
(1900 - 1971), para ele a educação deveria se ajustar à diversidade das condições concretas;
isto é, a educação deveria estar voltada para a realidade daquele que aprende. Esta deveria
se prestar para que a mudança e o progresso acontecessem na realidade brasileira.
Ainda para Teixeira (1977), à medida que se amplia o conhecimento, sua área quando
é aumentada, amplia-se também a abrangência da tolerância e o respeito pelo homem é uma
conseqüência desse saber intelectual e também a reverência pela sua tarefa e missão de
ampliar e fazer desenvolver sua aventura da vida sob o sol.
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13. “Todo saber é uma experiência de saber. Toda ciência é uma vitória da persuasão sobre
a força”. (Teixeira, 1977, p.147).
Ainda para Teixeira (1977), a educação não pode ser vista por si mesma. Ela representa
um conjunto de forças muito mais profundas que mantêm o controle da sociedade. Isso
evidentemente faz perceber que Teixeira, sendo um homem que pensava a educação, já no
seu tempo concebia a mesma com uma visão crítica. O que na atualidade, faz-se afirmar
que a educação é pensada pelas elites, para que esta responda a seus objetivos e interesses.
Para ele, a escola é uma comunidade que tem seus membros, governo e interesses. Se
contudo no governo dessa escola não estiverem presentes os moldes democráticos, ela
evidentemente não formará para a democracia. Diretores, professores e alunos precisam se
organizar e participar das tarefas de governo escolar que forem mais convenientes. O
desempenho e participação de todos, a co-responsabilidade de interesses comuns, são sem
dúvida essenciais para o feliz desenvolvimento da missão educativa da escola.
“A educação está intrínsecamente relacionada ao caráter da civilização de cada país”.
(Teixeira, 1977, p. 237). Para ele, a qualidade, a capacidade e o desenvolvimento de cada
país, se devem à qualidade educacional aplicada à nação.
Holanda (1995), afirma que, diferentemente do que ocorreu com os holandeses, os
portugueses se aproximaram mais intimamente da população de cor; cederam mais
docilmente ao prestígio da comunicação dos costumes, da linguagem, e das seitas dos
índios e negros. Se americanizaram ou africanizaram, conforme foi necessário. Tudo leva a
crer que a língua portuguesa, ao contrário da holandesa, encontrou disposição de modo
particular mais simpática entre esses homens, índios e negros. Se tornou bem mais
acessível que a língua holandesa. Inicialmente, a religião trazida pelos holandeses, não foi
tão bem acolhida como a católica; essa não favorecia e não satisfazia à religiosidade no que
diz respeito à transição, não correspondia e não favorecia a acomodar-se aos ideais cristãos.
Não houve uma identificação do índio e do negro com os princípios calvinistas. O que pode
ter realmente acontecido em tal contato foi o jeito simpático e comunicativo da Igreja
Católica; mais universalista, menos exigente que os princípios do protestantismo. Assim, o
protestantismo não conseguia seguidores, tanto quanto a Igreja Católica.
Os empecilhos colocados no que diz respeito ao desenvolvimento cultural do Brasil,
eram uma precaução portuguesa (corte) para impedir idéias novas que viessem a colocar
em risco a ordem e a estabilidade do domínio português na colônia.
A pedagogia moderna e as virtudes antifamiliares, os ideais de cultura, de uma vida
intelectual, levaram os jovens a abandonar o convívio familiar. A aspiração pelos ideais
culturais gerou, de certa forma, uma ruptura com o convívio familiar. E o desligamento da
vida familiar levou os indivíduos a se adaptarem à vida prática, serem eles mesmos,
tornarem-se donos das suas escolhas e decisões. Isso, sem dúvida, não foi feito sem
sofrimento ou custo, deixavam suas famílias para estudar fora, Portugal (Coimbra, Lisboa).
A educação, no decorrer da história, tanto gerou alegrias, conquistas para os indivíduos,
como também contribuiu para fazê-los sofrer e os reprimir.
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14. (...) É não só interessante, mas profundamente importante que os estudantes
percebam as diferenças de compreensão dos fatos, as posições às vezes
antagônicas entre professores, na apreciação dos problemas e no equacionamento
das soluções. Mas é fundamental que percebam o respeito e a lealdade com que um
professor analisa e critica as posturas dos outros. (Freire, 1996, p.18).
Segundo Freire (1996), não é possível ao sujeito ético viver sem estar continuamente
sujeito à transgredir a ética. A luta do homem ético na história é exatamente o lutar pelos
princípios éticos, sem se deixar cair no moralismo farisaico e no farisaísmo.
Para ele, não existe docência sem discência; ensinar não significa imposição de um
saber sobre alguém (aluno), mas um partilhar do conhecimento. Professor e aluno são
parceiros na construção do saber/conhecimento. Quem ensina, ensina aprendendo; quem
aprende, aprende ensinando. O aprendiz, aluno, precisa ter os seus saberes respeitados por
quem ensina, (docente). Ensinar requer risco, aceitação, tolerância, aceitação daquilo que é
novo e rejeição de tudo aquilo que é discriminação, autoritarismo e dominação.
É dever do educador saber que deve respeito à autonomia, à dignidade e à identidade do
educando. Agir contrariamente a isso, só serve para irritar, impor um saber autoritário ao
discente, que não serve senão para macular aquilo que é sede do homem: saber. Ensinar não
quer significar dominar e impor uma educação bancária a alguém. Ensinar é fazer parcerias
com aquele que aprende, para juntos, mestre/discípulo, se aventurarem na busca e no
fascínio de aprender.
Nenhum professor passa pelo aluno sem deixar sua marca. Caberia aqui o
questionamento: como o mestre queria ser lembrado pelo discípulo? Como autoritário,
bom, amigo, desumano/humano, amigo do saber ou alguém que dele usa para desprezar e
se tornar severo com os outros?
Patto (1999), afirma que a tarefa de entender a história da educação brasileira em seus
encontros com a história do estado e da sociedade, não se deixa esgotar com uma reflexão
analítica do ângulo dos interesses das classes dominantes e das precauções tomadas em seu
nome pelo poder constituído. A história é cada vez mais entendida como obra de muitas
mãos, inclusive a das chamadas classes populares, que no decorrer dos tempos foi relegada
e sistematicamente esquecida pela história oficial. Assim, vê-se que a educação, como
qualquer outra realidade brasileira, foi e é pensada para atender às aspirações de quem
detem o poder. Então, como ela poderia e poderá atender às necessidades do educando,
principalmente daquele que tem dificuldade no processo de aprendizagem? Os alunos-problema
ficaram e ficam à margem do processo ensino/aprendizagem. Se o sistema
ideológico das classes dominantes é que terá que ser observado e atendido, como fica a
situação do indivíduo que não tem voz nenhuma em seu favor?
14
15. Para Pimenta e Anastasiou (2005), o processo de educar significa traçar, percorrer, ou
passar por um processo de humanização. Isto é gerar possibilidades para que os indivíduos
se integrem na sociedade humana, que é historicamente construída, e está em construção.
Sociedade esta que é rica em avanços e, ao mesmo tempo, tem seus retrocessos, no que se
refere às questões econômicas, sociais e culturais. A tarefa da educação está em contribuir
para que as crianças e jovens se insiram no avanço da civilização, para que dela possam
usufruir, como também se descubram sujeitos no seu contexto social e histórico. Assim, os
indivíduos vão se descobrindo e se fazendo presentes no espaço socio/histórico que
ocupam.
Gil (2006) afirma que os desafios atuais do professor universitário requerem que ele seja
um profissional com caracteres bem diferentes daqueles que foram tidos como importantes
no passado. O professor universitário hoje precisa ser competente; isto é, ter qualidades e
capacidades que o levem a solucionar uma série de fatores, contextuais e culturais. Um
professor com visão de futuro; atento à velocidade dos fatos e transformações, às mudanças
sociais, etc. Que aceite não ocupar o centro do cenário do ensino e aceite o estudante como
parceiro do processo de aprender. Ninguém é dono da verdade; o saber é construído, e, se o
professor leva o aluno a entender que ele é parte desse processo, meio caminho já foi
andado em busca do conhecimento, ou da construção do mesmo.
Segundo Luckesi (2006), acolher amorosamente é aceitar a verdade como ela é. Isto
significa aceitar a verdade minha e do outro, sem pré-julgamentos. Este ato amoroso é ato
que acolhe atos, ações, alegrias e dores como elas são verdadeiramente. E permite que cada
coisa seja o que é neste instante. Isto implica não julgar; erros poderão aparecer, mas de
forma a levar os indivíduos a reconhecerem seus erros e, a partir destes, buscarem crescer e
melhorar posteriormente. No processo avaliação e aprendizagem, o ato amoroso se
manifesta tendo em vista que a avaliação, por si, deveria ser um ato acolhedor, que integra
e inclui o indivíduo no processo. Avaliar não é julgar, mas permitir que o indivíduo perceba
seu erro ou falha e procure melhorar; isto é humano e humanamente confortador, pois
permite ao discente perceber que o erro faz parte do processo de aprendizagem.
E como a pedagogia se relaciona com a psicanálise ou vice-versa? Para isso deve-se
ouvir o que diz alguém da área psicanalítica.
Freud (1996) em O Mal-Estar na Civilização, nos faz refletir sobre as três direções do
sofrimento humano, onde, no entender dele, o homem estará sempre se esbarrando nas
suas limitações humanas. A primeira realidade do sofrimento humano, diz respeito ao
próprio corpo, que caminha para a sua decadência com a aproximação do envelhecimento e
da degeneração. O homem caminha para a morte. A segunda limitação e forma de
sofrimento, diz respeito ao mundo externo; este, podendo voltar-se contra o indivíduo com
esmagadoras forças de destruição e impiedade; e, por último, a terceira forma de sofrimento
se refere aos nossos relacionamentos com as outras pessoas. E o sofrimento advindo dessa
fonte poderá ser mais penoso que qualquer outro sofrimento. Esse sofrimento, sem dúvida,
pode ser pensado, pré-meditado da nossa parte em relação ao outro e vice-versa. Nessa
relação de nossa parte para o outro e dele em relação a nós, muitas tentativas, intenções,
vontades, quereres e racionalizações podem estar envolvidos, ou bem para um e mal para o
outro e mal para o primeiro. É, sem dúvida, o que Freud queria dizer quando falava da
15
16. criação das leis, normas e princípios éticos. Esses são pensados para facilitar, com o intuito
de beneficiar o indivíduo, mas na realidade se tornam para ele uma escravidão. Até mesmo
antes da pessoa nascer, ela já está condenada a obedecer normas e leis.
A vida humana em comum só se torna possível quando a maioria mais forte se sobrepõe
ao indivíduo; este, em relação ao coletivo, sai sempre perdendo. Substituindo-se o poder
individual pelo poder coletivo, eis o passo decisivo da civilização. O indivíduo vai sofrendo
e recebendo da sociedade (comunidade) aquilo que ele não quis e não pensou. Os princípios
éticos, filosóficos, e educacionais muito podem contribuir para a criação destas leis (são
fundamentais), normas e princípios que contribuem para o mal-estar do indivíduo que, por
sua vez, contribui para o mal estar da sociedade.
Logo, está o homem sempre procurando se libertar de algo que o angustia, o deixa
infeliz e desconfortável, é o homem que cria o mal-estar para o próprio homem. A
educação pode, sem dúvida, se prestar a isso: tanto para que a pessoa viva numa situação de
mal-estar, como de bem-estar. Ela pode ter um duplo papel no processo formativo do
indivíduo. Nessa crítica, Freud (1930, 1996), lembra, faz uma referência à afirmativa de
Hobbes (1588 – 1679), que disse: homo homini lupus (o homem é o lobo do homem).
Filosoficamente, ao pensar normas e princípios que dêem suas diretrizes à sociedade, o
homem está criando embaraços e mais sofrimento para os que virão depois. Não é assim o
andar da história? O homem em nome de um bem-estar pensado, querido e imaginado por
um pequeno grupo, que cria princípios, leis para que o homem seja feliz! Freud e Hobbes
não tinham razão? A educação como é administrada, não desempenha este papel de
mantenedora de normas e princípios que escravizam o homem? Em nome do bem-estar,
proíbe o homem de ser ele mesmo, e esse homem reprimido vai cada vez mais se tornando
estranho a si mesmo. Portanto, o processo formativo do indivíduo na busca da felicidade
não é impossível, mas é uma busca sofrida, uma luta de forças (Davi lutando contra Golias:
I Sm 17, 48 s.), para lembrar uma passagem bíblica. Ao colocar o poder da sociedade sobre
o indivíduo, queria demonstrar que a relação indivíduo e sociedade será sempre conflituosa,
pois conflitivo é o homem; e, nessa busca de realização, de prazer, e de viver melhor, a
angústia, o conflito e o descontentamento estão presentes. O superego é formado e
fortalecido exatamente através dessa dinâmica, se o indivíduo nunca conhecer limites ele
nunca saberá lidar com a frustração, a dor e a morte.
A questão ético-educacional ou a busca constante da felicidade poderá acontecer nessa
dinâmica constante do ego se jogar no “mar bravio” em busca de algo que, ao mesmo
tempo, atenda às exigências do id e negocia com o superego para que os dois sejam
atendidos em suas exigências; embora a dialética ou a angústia do ego seja enorme, ele
acaba sendo fortalecido também; pois, querendo ou não, ele quer realizar essa tarefa
inteligente, no sentido de fazer essa negociação entre o id e o superego.
O mal-estar na civilização depreende que o homem está sempre criando, recriando,
buscando ser feliz e está sempre na mesma situação, descontente com a sua realidade. Isto
porque o homem de hoje cria embaraços para o de amanhã enfrentar. E, assim, as
dificuldades estão sempre sendo criadas e recriadas.
16
17. De acordo com Rouanet (2003), esse mal-estar, ora se acentua mais, ora menos. Pois, o
próprio homem percebe os aspectos enfadonhos, pesados e repressivos da cultura por ele
mesmo criada. No nosso mundo pós-moderno, essas características ou pesos culturais, se
sobressaem de forma bastante acentuada.
De acordo com ele, se referindo ao sistema econômico predominante no mundo
contemporâneo, há uma descrença que esse venha mesmo a responder aos anseios das
populações. E isso vai também influenciando as questões sociais, morais, culturais, éticas,
etc. Um sistema perverso vai gerar, sem dúvidas, nas pessoas uma situação de mal estar
social. Segundo ele, no Brasil e no mundo, o projeto civilizatório da modernidade entrou
em colapso. Trata-se de uma desilusão social, frente às falsas promessas de um sistema que
visa o lucro para uma minoria e a maioria se torna massa de manobra das elites e dos
grandes grupos que controlam o mundo ideologicamente. Isto, sem sombra de dúvidas,
gerará e está gerando um mal-estar na modernidade.
Ressalta Molnar (1998), falando a respeito de um estudo de Freud sobre a cidade de
Londres: “toda cidade é assombrada por traumas do passado comemorados por
monumentos” (p.45). Isso leva a depreender que a sociedade representa na cultura, nos
monumentos traços das dores e sofrimentos do passado; e, nesse conservar há, de certa
forma, uma tentativa ou maneira de, através da dor (não compreendida nem detectada por
muitos nos monumentos) ou traços de culturais, falar dessas dores passadas no presente; ou
relembrando a afirmação de Freud “os pacientes histéricos sofrem de reminiscência”
(p.45).
Trazendo isso para o contexto escolar, caberia aqui interrogações: Porque muita gente
evadiu-se da escola ou porque há pessoas que não suportam uma determinada disciplina ou
gostam de um professor(a) e não gostam de outro(a)?
“O coração tem razões que a própria razão desconhece” (Pascal, apud, Abrão, 1999. p.
205). Que parafraseando isso diz: o psiquismo humano tem segredos e dores guardados no
mais recôndito do seu existir (inconsciente) que ele mesmo pode ser capaz (é) de não
conhecê-los; nem sequer desconfiar desses segredos e dores. Contudo, eles existem e estão
presentes no caráter do indivíduo, assim como Freud via nas estátuas e monumentos traços
das dores humanas de épocas passadas retratadas aí.
Cifali (2005) afirma que: “para a concepção freudiana, a pedagogia quer designar à
aplicação da psicanálise o seu inserir-se no mundo ou campo educacional e do ensino”.
(Cifali, 2005, p. 1358.).
Qual o papel que Freud se reservou no que diz respeito a esta questão? Há algumas
passagens onde ele se refere a essa psicanálise aplicada, são: “o interesse científico da
psicanálise (1913 j); seu prefácio para a juventude desorientada, de August Aicchorn (1925
f) e a VI Conferência das novas conferências introdutórias sobre a psicanálise (1933 a)”,
(Cifali, 2005, p. 1358). No que diz respeito à posição de Freud mediante essa aplicação, as
leituras e posições são bastante divergentes. Elas se cristalizam antagonicamente em duas
obras: Freud Anti-pedagogo, de Catherine Millot (1979) e Freud Pedagogo? Psicanálise e
Educação, de M. Cifali (1982).
17
18. Os primeiros que tentaram fazer essa aplicação e ligação psicanálise e educação foram:
o pastor psicanalista da Suíça Oskar Pfister (A Psicanálise a Serviço dos Educadores,
1917); Sándor Ferenczi (Psicanálise e Pedagogia, 1908) e Ana Freud com sua obra
(Iniciação à Psicanálise para Educadores, 1927). Há também as contribuições que se podem
contar: August Aicchorn (1925), A Psicanálise na Escola, (1930, edição original, 1921), de
Ernest Scneider e Hans Zuliger.
Por algum tempo, acreditou-se que poder-se-ia prevenir as dificuldades psíquicas das
pessoas adultas, prevenindo-se de uma série de erros ocorridos no processo educativo, pela
educação administrada profilaticamente da sexualidade, por exemplo. Renunciou-se a essa
idéia, mas permaneceu a esperança na implantação de uma educação menos traumática.
Freud desejava que a psicanálise transpusesse-se para outros campos das ciências e que
isso fosse para ela garantia de não ficar reduzida a um anexo da medicina. Esse desejo
freudiano foi realizado apenas parcialmente.
Contudo, a psicanálise não conseguiu, por si só, determinar uma prática docente; tendo
então que se renunciar a isso.
Mas, apesar disso, da dificuldade de a psicanálise por si só criar métodos educacionais e
pedagógicos, não se pode esquecer trabalhos como os de Françoise Dolto, que criou uma
estrutura com base na psicanálise para receber crianças com dificuldades escolares. No que
diz respeito ao ensino, Célestin Freinet, na França. Foi a partir destes trabalhos e outros
movimentos, na França, que os pontos de referência pedagógicos se conjugaram com os da
psicanálise.
Para Martins (2007), imaginar uma conexão entre psicanálise e educação é provocar
uma tempestade de idéias e uma reflexão sobre esse assunto tende a levar a um caminho
cheio de bifurcações.
Os dois campos são extremamente diferentes, começando pelos objetos que interessam a
cada um e aos sujeitos.
À psicanálise interessa o inconsciente e como funciona o aparelho psíquico, e à
educação interessa o conhecimento. O psicanalista é aquele que analisa e o professor é
aquele que propicia a educação; aquele que educa.
Kupfer (2006) afirma que a teoria psicanalítica busca constantemente dois princípios
que, ao mesmo tempo, são opostos, estão em luta, movimentando-se e, com isso, o
indivíduo se desenvolve. Indo para trás ou para a frente o conflito e o movimento que disso
resulta permitem que o indivíduo saia do lugar. Se isso não ocorrer, o sujeito estaria
condenado a permanecer na imutabilidade. Na relação, então, entre psicanálise e educação,
isso gera um conflito constante: a psicanálise é questionadora constante das normas e
regras; e a educação bancária, domadora pretende levar o indivíduo a uma pacificação e
aceitação dessas regras e normas sociais.
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19. Ainda de acordo com Kupfer, a relação psicanálise e educação resultou num casamento
desfeito. A primeira relação foi a tentativa de criar a pedagogia psicanalítica, na Suíça, no
início do séc. XX. A segunda foi o esforço empenhado por alguns analistas para transmitir
a professores e pais a teoria psicanalítica (Ana Freud encabeçou este trabalho). E a terceira
e última, trata-se de transmitir a psicanálise a todos que representam a cultura e que estejam
interessados em ampliar a visão ao mundo.
Para Martins (2007) a psicanálise, ao se desenvolver e tomar corpo, se constituiu num
novo conhecimento. Ela não pode tomar e ocupar o lugar da educação e não poderá ser
considerada salvação para todos os problemas da educação, mas, sim, pode dar auxílio para
um maior conhecimento do funcionamento mental e inconsciente dos elementos que
estiverem envolvidos no processo. Já para Freud (1976) o trabalho da educação é algo sui-generis:
“não deve ser confundido com a influência psicanalítica e não pode ser substituído
por ela” (Freud, 1976, p.342).
Freud via a educação como aquela que fabrica as neuroses; e o preço disso é a perda do
prazer que o educador paga e a considera “normal”. A educação precisa ser iluminada e
feita por uma visão psicanalítica esclarecedora desses pontos. A organização escolar é um
ato violento contra aquilo que era natural à criança antes dela entrar na escola. Agora, terá
que obedecer a normas, regras, tudo que até então não fazia parte do seu mundo (Martins,
2007).
Lembra Milot (2001)
Freud com conhecimento de causa, afirmava que era preciso incluir a psicanálise
entre as profissões impossíveis, ao lado da educação e da arte de governar. As três
repousam sobre os poderes que um homem pode exercer sobre outro mediante a
palavra, e as três encontram os limites de sua ação, em última instância, no fato de
que não se submete o inconsciente, pois é ele que nos sujeita (Milot, 2001, p.151).
A psicanálise poderá contribuir com a educação no que consiste essencialmente na
descoberta de que esta é nociva e é, ao mesmo tempo, necessária. Não há como fazer uma
aplicação da psicanálise à pedagogia; não existe pedagogia analítica no que diz respeito ao
pedagogo alinhar sua posição subjetiva à do analista e ter uma “atitude analítica” para com
o educando. O que o pedagogo pode aprender na análise e pela análise é, sem dúvida,
colocar limites ao seu agir; e esse saber não corresponde a nenhum saber científico, mas,
sim, à arte (Milot, 2001).
Para Alves (2003), a miséria da educação não aparece onde ela é pior. Essa miséria se
revela, justamente, onde ela é excelente. E a universidade é uma fábrica que produz
conhecimentos e técnicas que estão a serviço das burocracias sociais. E ainda, segundo ele,
as escolas se assemelham a canteiros de mudas, todas terão que ser iguais, apenas separadas
por fazes de crescimento. Se uma dessas mudas se torna diferente, o jardineiro (educador)
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20. vem e tira essa muda do meio das outras, para que estas não recebam influências daquela
muda destonada. Isso faz ressonância ao que Paulo Freire chamava de pedagogia bancária.
As crianças são cofres, onde os mestres depositam seus saberes. Educar assim é contribuir
para que a pessoa seja deformada. A psicanálise, com sua crítica à educação castradora, não
se aproximaria ou permitiria que sua dose de crítica desestabilizasse àquilo que vinha há
anos consagrado na pedagogia? Ainda na visão de Alves, quando a escola é
verdadeiramente educadora, a educação acontece quando se vê o mundo como um
brinquedo e se brinca com ele como a criança brinca com sua bola. Segundo ele, o
educador é aquele que mostra brinquedos ao aprendiz. Assim, a educação seria criativa,
propiciadora de prazer e, quem sabe, não haveria tanta evasão escolar.
Diz Speller (2004) que a psicanálise tem muito a dizer ao educador. Esse pode se
inspirar, tendo a figura do analista à sua frente para tal, ocupando o lugar e exercendo sua
atividade, não como dono da verdade, que contém todo o saber, mas como aquele que
produz bordas e marcas e com as quais a criança possa encontrar segurança, entrar no veio
social. É papel da educação criar um efeito que organize ou que possa ajudar a criança a se
organizar e a construir um símbolo onde possa viver nesta sociedade, tendo seus
referenciais.
De acordo com Luckesi (2005), o papel da escola/universidade é formar leitor-sujeito,
para que esse se torne leitor-autor para não só receber informações e mensagens, mas
também as criar e as transmitir dando-lhes nova vida e nova dimensão. Somente o leitor-sujeito
é capaz de multiplicar a cultura e a aprofundar. Este deveria ser o papel da educação
em todos os níveis. Quanto à psicanálise, ela é um calo no campo da educação: instiga,
questiona e é inconformada.
Garcia-Roza (2001) apresenta “A bruxa metapsicologia: é dessa forma que Freud se
refere à metapsicologia. A bruxa, a feiticeira. E Freud mais do que ninguém, acreditava na
bruxa, posto que ela existe” (1ª orelha). Ora, ninguém mais do que Freud, criador da
psicanálise, sabia como esta é questionadora. Ela quer penetrar em todas as esferas da vida
humana e, não seria do processo educacional que ela ficaria de fora. A bruxa é aquela que
inferniza, que não dá sossego, que não dá trégua. E a educação poderá ganhar com isso,
nessa relação conflituosa.
Comenius (1997), na sua época, aspirava: “que a proa e a popa da nossa didática sejam:
buscar e encontrar um método para que os docentes ensinem menos e os discentes
aprendam mais; que nas escolas haja menos conversa, menos enfado e trabalhos inúteis,
mais tempo livre, mais alegria e mais proveito” (p.12). Vê-se, assim, que a história da
educação, como a história humana, é feita de avanços e recuos; nos séculos XVI/XVII
(1592-1670), Comenius teve essa visão crítica e humana da vida escolar. Dizia ele, que
toda a juventude deveria ser instruída educacionalmente; defendia a idéia de que quem
deveria ir à escola não eram só os filhos de ricos, nobres; mas que todos, todos igualmente,
deveriam ser confiados à escola: meninos, meninas, nobres ou não. Todos igualmente
deveriam ser educados dignamente.
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21. O reconhecimento dos desejos sempre teve uma virtude pacificante: eis o princípio
da cura analítica. (...), Freud gostaria de ver fundar-se uma nova educação: (...), a
psicanálise para a substituição do recalque pela condenação através do juízo: dizer
não a um desejo é reconhecê-lo como dito, reconhecê-lo como desejo. O desejo se
‘realiza’ no dizer. Este poderia ser o programa de uma educação de orientação
psicanalítica. Como a psicanálise o demonstra, a potência da razão reside nas
virtudes da palavra. (Milot, 2001, pp.115-116).
Assmann (1998) ressalta que na educação precisa haver ternura e prazer. É necessário e
urgente que o ambiente pedagógico seja um lugar fascinante e de inventividade; não um
lugar de inibições, mas que propicie prazer, entusiasmo no educando e que este se perceba
prazeroso em tomar ciência de que está verdadeiramente sendo sujeito no processo do
conhecimento.
De acordo com Kupfer (2006) a psicanálise pode permitir ao educador e não à
pedagogia como um todo, um jeito de ver, um agir ético e um modo de entender sua prática
educativa; isso pode levar o educador a uma filosofia de trabalho e a um agir educacional
que contemple mais o educando. Inspirado por idéias psicanalíticas, o professor tenha
talvez, a possibilidade de, na relação professor/aluno, não ficar apenas preso ao conteúdo
dado; mas, poderá ver o aluno além da sala de aula; um fio invisível poderá levar o
professor a ver este aluno com suas dores, angústias e lágrimas. Ir, assim, além do escrever,
ler e passar um conteúdo para ser estudado. Isto é, ir além do visto.
Saint-Exupéry (2000) afirma que o essencial é invisível aos olhos; assim, o olhar
psicanalítico poderá permitir esse ver além de; não ficar preso apenas ao momento, mas,
fazer um caminho imaginário para assim o enxergar do professor em relação ao aluno não
se estancar em dificuldades que possam surgir em sala de aula ou algo de somenos
importância.
E ainda: tu te tornas responsável por aquilo que cativas. Na sala de aulas, se o aluno se
percebe amado e respeitado, valorizado em suas participações e intervenções nos assuntos
tratados, com muita certeza a qualidade da aprendizagem e do saber será bem outra. O
aluno aprende, participa e devolve esse saber produzido em sala com prazer, com
sabedoria.
De acordo com Alves, (2000) “ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma
forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da
nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais” (2000, p.5).
E ainda,
o amor é o pai da inteligência. Mas sem amor todo o conhecimento permanece
adormecido, inerte, impotente... As escolas: imensas oficinas, ferramentas de todos
os tipos, capazes dos maiores milagres. Mas de nada valem para aqueles que não
sabem sonhar. (Alves, 2000, p.p.92/93).
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22. Como diz Speller (2004), para o aprendizado ocorrer tem-se que desejar; e o desejo
deve ser fisgado por alguma coisa. O bom professor é um bom pescador, aquele que
provoca no aprendiz a curiosidade e o desejo de ser mais. E, assim, o desejo de saber mais,
será sem dúvida estimulado.
Psicanálise e educação são caminhos cruzáveis: uma contribui com a outra, nessa
relação conflituosa e instigante. Com sua postura questionadora, a psicanálise contribui
com a educação, não deixando-a em paz e nem adormecer em seu acontecer pedagógico.
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