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COMUNICAÇÃO E
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA:
PERSPECTIVAS E DESAFIOS
Quintas de ciências
Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
Junho/ 2016
 “Recentemente, houve uma grande divulgação do aumento
no número de publicações de brasileiros em revistas
indexadas pela Web of Science. Em 12/05/2009 o então
ministro da educação Fernando Haddad apresentou
durante uma seção conjunta da SBPC-ABC dados que
mostravam que o Brasil tinha alcançado a 13ª posição no
ranking dos países com maior produção indexada no Web
of Science.”(Jacques Wagner, Jornal da ciência, 2012)
Ciência brasileira: patinando entre uma produção
que se aproxima das principais potências científicas
internacionais, mas que carece de estabilidade e
investimento em sua estrutura.
Análise sobre os conceitos de comunicação e
divulgação científica, relacionando-os a realidade
científica brasileira.
COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
 “transferência de informações científicas, tecnológicas ou
associadas a inovações e que se destinam aos especialistas em
determinadas áreas do conhecimento”, visando “(...) tornar
conhecidos, na comunidade científica, os avanços obtidos
(resultados de pesquisas, relatos de experiências, etc.) em áreas
específicas ou a elaboração de novas teorias ou refinamento das
existentes”
COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA.
 está presente em círculos mais restritos, como eventos técnico-
científicos, livros e periódicos científicos. Embora existam congressos
ou publicações especializadas com número significativo de
interessados (respectivamente, participantes ou leitores), ela não
consegue reunir, pela própria limitação de acesso dos canais ou
veículos, a mesma audiência.
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
 “[…] utilização de recursos, técnicas, processos e produtos
(veículos ou canais) para a veiculação de informações científicas,
tecnológicas ou associadas a inovações ao público leigo”
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
 inclui não só os jornais, revistas, rádio, televisão e jornalismo on-line,
mas também livros didáticos, as palestras de ciências abertas ao
público leigo, o uso de histórias em quadrinhos ou de folhetos para
veiculação de informações científicas (encontráveis com facilidade na
área da saúde / Medicina), determinadas campanhas publicitárias ou de
educação, espetáculos de teatro com a temática de ciência e tecnologia
(relatando a vida de cientistas ilustres) e mesmo a literatura de cordel,
amplamente difundida no Nordeste brasileiro.
ESTÍMULOS INICIAIS SÉCULO XV- XVI
 Necessidade de troca e divulgação de pesquisas, invenções e inovações entre
cientistas, inicialmente a base de cartas, e gradativamente, em reuniões entre
pesquisadores, ou entre pesquisadores com a nobreza e classes populares.
 1491, em Veneza, publica-se um compêndio de conhecimentos médicos,
intitulado Fascículo de Medicina.
LEONARDO DA VINCI, GEROLAMO
CARDANO
ACADEMIAS DE CIÊNCIA – SÉCULO XVII -
EUROPA
PERIÓDICOS CIENTÍFICOS – A PARTIR DE
1665
FRANCIS BACON, GALILEU GALILEI, BERNARD
LE BOUYER DE FONTENELLE, ÉMILIE DU
CHÂTELET
SÉCULOS XVIII E XIX – LIVROS CIENTÍFICOS/
ENCICLOPÉDIAS
SÉCULO XIX: CRIAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES PARA O
PROGRESSO DA CIÊNCIA
PERIÓDICOS E REVISTAS – SCIENTIFIC AMERICAN,
NATURE E SCIENCE
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO BRASIL:
PRIMEIRAS REVISTAS
 1983 1987 1991/1998
A PARTIR DO SÉCULO XIX- JORNALISMO CIENTÍFICO,
MUSEUS, CENTRO DE CIÊNCIA E INTRODUÇÃO DAS NOVAS
TECNOLOGIAS NA COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO
CIENTÍFICA
COMUNICAÇÃO X DIVULGAÇÃO
CIENTÍFICA
 A comunicação científica visa, basicamente, à disseminação de
informações especializadas entre os pares, com o intuito de tornar
conhecidos, na comunidade científica, os avanços obtidos (resultados
de pesquisas, relatos de experiências, etc.) em áreas específicas.
 A divulgação científica cumpre função de democratizar o acesso ao
conhecimento científico e estabelecer condições para a chamada
alfabetização científica. Contribui, portanto, para incluir os cidadãos no
debate sobre temas especializados e que podem impactar sua vida e
seu trabalho
Comunicação científica
 disseminação da ciência
 difusão científica
Divulgação científica
 alfabetização científica ou alfabetização em ciências
 popularização da ciência
 Vulgarização da ciência
FONTE: CARIBÉ (2015)
COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO:
QUESTIONAMENTOS (IMPASSES?)
 Até que ponto o campo científico realmente está conseguindo se
comunicar ou fazer entender com a sociedade ou público “leigo”?
 De que forma a popularização e vulgarização da ciência podem
oferecer informações distorcidas, incompletas ou sensacionalistas ?
 filmes, livros, programas de TV, seriados...prós e contras das novas
mídias na comunicação e divulgação científica.
 Eventos científicos atraem interesse, mas nem sempre (poucas vezes na
verdade) são bem divulgados.
 Pouca leitura do público brasileiro, seja livro científico ou não.
 E a divulgação científica em meio digital?
ESTÍMULOS PARA A CONTINUIDADE DE
PESQUISAS LIGADAS A CIÊNCIA E
TECNOLOGIA
 o interesse e a curiosidade do público em obter informações acerca do
que se produz em C&T;
 a consciência de que os sistemas de C&T mantenham a imagem da
ciência como instrumento de bem-estar econômico e social, para que a
opinião pública seja favorável ao desenvolvimento e financiamento de
projetos;
 a imprescindibilidade da informação científica para a compreensão da
realidade que cerca o homem moderno.
DISCIPLINAS HISTÓRIA, FILOSOFIA E
SOCIOLOGIA DA CIÊNCIA
 buscam analisar o funcionamento, estrutura e desenvolvimento do
campo científico e de suas pesquisas.
 Durante o século XX, essas disciplinas consolidaram-se a partir dos
anos 1930, obtendo maior ampliação de análises entre os anos 1950 e
1970, e a partir dos anos 1970, com uma geração de pesquisadores que
expandiram o leque de abordagens para essas disciplinas (incluindo
estudos de caráter quantitativo).
 Karl Popper, Thomas kuhn, Imre Lakatos, Paul Feyerabend, Fritjof Capra,
Bruno Latour...
POLÍTICAS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E
INOVAÇÃO
 Desenvolvimento desde 1945, nos EUA e Europa ocidental.
 estudos tendem para um caráter quantitativo referente à eficiência das
pesquisas e políticas de financiamento da ciência em nível macro ou
em áreas especificas.
 Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq)
 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
 A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará
(Fapespa)
CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO BRASIL
 Getúlio Vargas : no período que permeia os anos de 1951 a 1955, o
Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) e CAPES foi dividido pelas políticas
econômicas e de relações internacionais. A criação do Conselho ampliou as
possibilidades de formação no exterior, intensificando a circulação
internacional de pesquisadores nacionais que foram estudar em instituições
estrangeiras, obtendo títulos, diplomas e competências, tal como a vinda
de cientistas estrangeiros ao país para a realização de atividades de
pesquisa e ensino, contribuíram para intensificar o intercâmbio entre
pesquisadores e instituições dos países ocidentais.
 1964-1985: relação instável entre a ciência brasileira e o regime militar, ora
recebendo incentivo financeiro, ora tendo cortes e fechamento.
 Após 1985: criação do ministério em Ciência e Tecnologia, porém todos os
governos da nova democracia apresentam políticas instáveis, ora inserindo
recursos, ora retirando.
 As medidas quantitativas em ciência e tecnologia tem um
papel relevante na análise da produção científica de um
país, uma vez que seus indicadores podem retratar o
comportamento e desenvolvimento de uma área do
conhecimento.
MEDIDAS QUANTITATIVAS EM CIÊNCIA
E TECNOLOGIA
 Science Citation Index (SCI), atualmente Thomson Reuters/ Web of Science,
desenvolvido e coordenado por Eugene Garfield
(www.garfield.library.upenn.edu/ )- em colaboração com pesquisadores
ingleses e norte-americanos – em 1958, com publicação regular a partir de
1960.
 Science Citation Index : “base de dados multidisciplinar de onde se pode
recuperar os resumos, em inglês, de todas as revistas da literatura científica
indexadas à base de dados (Pinto, Andrade, 1999)”.
 As informações do SCI foram descobertas como instrumentos para se
estudar a distribuição da ciência no mundo , com considerável utilização
nos países desenvolvidos
 Thomson Reuters (thomsonreuters.com) Web Of Science
(http://thomsonreuters.com/products_services/science/science_products/a-
z/isi_web_of_knowledge/) e Scopus (https://www.scopus.com/)
FATOR DE IMPACTO (EXEMPLO)
MEDIDAS QUANTITATIVAS EM CIÊNCIA
E TECNOLOGIA : FATOR DE IMPACTO
 Fator de Impacto (JIF)- cálculo que reflete o número médio de citações
de artigos científicos publicados em determinado periódico -
sendo A = o número de vezes em que os artigos publicados em 2013 e
2014 foram citados por periódicos indexados durante 2015
sendo B = o número total de "itens citáveis" publicados em 2013 e 2014
("itens citáveis": geralmente artigos, revisões, resumos de congressos ou
notas)
então, o fator de impacto de 2015 = A/B
 Forte participação das áreas relacionadas a Ciência da Informação e
Sociologia da ciência na formulação e discussão dessa ferramenta
(estudos de citação)
MEDIDAS QUANTITATIVAS EM CIÊNCIA
E TECNOLOGIA: ÍNDICE H
 No dia 3 de agosto de 2005, o físico argentino Jorge Hirsch
disponibiliza para a comunidade cientifica um pequeno artigo
apresentando um indicador para quantificar o desempenho individual
de um cientista a partir de uma sutil combinação entre duas variáveis –
numero de citações e numero de artigos publicados (HIRSCH, 2005).
Esse novo indicador, índice h, atraiu rapidamente a atenção de muitos
pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento (Batista, 2011).
 Um cientista terá um índice h se h de seus N artigos tiverem ao menos h
citações cada um. Em palavras, o índice h é o número de artigos com
citações maiores ou iguais a esse número (Batista,2011).
 Atualmente mais de 40 variações do índice apresentadas
MEDIDAS QUANTITATIVAS EM CIÊNCIA
E TECNOLOGIA (ESTUDO DE METRIAS)
técnicas quantitativas e estatísticas de medição dos índices de produção e
disseminação do conhecimento científico atualmente conhecida como
estudo de metrias
 Bibliometria - Documentos (livros, artigos, teses...), autores, usuários)
 Cientometria - Disciplinas, campos, áreas, assuntos específicos
 Informetria - Palavras, documentos, bases de dados
 Webometria - Páginas na internet, hospedeiros
 Altmetria - Web Social – visualizações, downloads, compartlhamentos
MEDIDAS QUANTITATIVAS EM CIÊNCIA
E TECNOLOGIA: ACESSO ABERTO
 Brasil, o Scielo (Scientific Electronic Library Magazine) - coleção de
periódicos brasileiros publicados e indexados online em acesso aberto
(convênio FAPESP/BIREME): http://www.scielo.br/scielo.php?lng=en
 Políticas de acesso aberto no Brasil – lideradas pelo IBICT – Instituto
Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - www.ibict.br - BDTD
- Biblioteca Digital de Teses e Dissertações - http://bdtd.ibict.br/bdtd/ ;
TEDE - Sistema de Publicações Eletrônicas de Teses e Dissertações -
http://tedesite.ibict.br (Bonfá et. al. 2008). Portal Capes
(periodicos.capes.gov.br/)
MEDIDAS QUANTITATIVAS EM CIÊNCIA
E TECNOLOGIA: QUESTIONAMENTOS
 Discussões sobre o real estado da ciência do Brasil a partir desses
dados quantitativos (uma ciência cada vez mais visível e internacional,
ou um campo cada vez mais irrelevante e esvaziado?)
 Discussão sobre a inclusão desses instrumentos quantitativos no
patrocínio científico de pesquisadores, periódicos, grupos de pesquisa
e universidades.
 Base de dados nacionais: além do Scielo e das políticas de acesso
aberto de periódicos, quais outras opções possíveis de medição
quantitativa da produção científica no Brasil?
 Dimensionar a influência do Fator de impacto ou do índice de citações
em decisões do CAPES e CNPQ (por exemplo no QUALIS)
 Editoras privadas em âmbito internacional, problemas e custos para a
publicação de trabalho em inglês
MEDIDAS QUANTITATIVAS EM CIÊNCIA
E TECNOLOGIA: IMPASSES
 Analisar de forma cuidadosa o fluxo de produção, disseminação e
comunicação nos campos da ciências humanas e sociais, naturais e exatas,
pois existem diferença entre essas ciências na forma em que a informação
científica é trocada entre seus pares (não somente artigos em periódicos,
mas também capítulos de livros, comunicações em congresso, etc...).
 medição da produtividade científica: quantitativo X qualitativo
 Prostituição acadêmica/ Publish ou perish /problemas éticos: desunião,
egos, “panelinhas”.
 Estrutura engessada do sistema acadêmico.
 Problemas no ensino público (regulamentação e burocratização excessiva)
e privado (regras de mercado agressivas- “pagou passou”)
EXEMPLO: ARQUIVOLOGIA
 Produção bibliográfica considerável, porém incipiente. (segundo Costa,
em 2008, foram localizados 77 livros publicados na área entre 1960 e
2006)
 Periódicos em 2016: ágora; archeion; informação arquivística e Acervo.
Não incluem aqui os relacionados a Arquivos púbicos estaduais e
municipais.
 Congressos: Congresso Nacional de Arquivologia; Reunião Brasileira de
Ensino e Pesquisa em Arquivologia; Encontro
Nacional dos Estudantes de Arquivologia
 16 cursos de graduação em arquivologia; 1 mestrado profissional; 1
graduação particular e 6 especializações (Gestão eletrônica de
documentos/ gestão de documentos)
EXEMPLO: ARQUIVOLOGIA
 Levantamentos indicam que a área possui parca produção bibliográfica,
com considerável centralização de temas, pouca densidade
epistemológica, incidência de autores de outras áreas e, em
congressos, alto índice de estudo de caso nas pesquisas apesentadas.
 Repetições de temáticas (cachorro correndo atrás do próprio rabo/
redescoberta constante da roda)
 Pouca inter-relação entre as instituições arquivísticas e o arquivo
nacional. Mobilização dos profissionais inconstante.
 Fraca divulgação da área fora do âmbito acadêmico: percebe-se a
importância dos arquivos, mas não da existência dos arquivistas (Arque
o quê?/ Arqueologia? Adoro! / o que faz um arquivológo /
arquivologista?).
 Grande parte dos alunos que entram no curso de arquivologia não
conhecem a área.
A GUISA DE CONCLUSÃO
 Um indicador importante para a classificação de um país no status de
influente potência internacional, é o grau de investimento realizado no
campo em Ciência e Tecnologia, estimulando setores relacionados à
pesquisa e desenvolvimento, a formação de centros de pesquisa de alta
qualidade, a produção acadêmica (em forma de artigos científicos,
comunicações em congressos, entre outros) e de patentes, e o fomento
à inovação das empresas e instituições públicas e privadas.
 O campo político (de esquerda ou direita) brasileiro teima em não
enxergar o potencial estratégico da ciência e tecnologia brasileira,
preferindo pela manutenção de uma longa relação problemática,
aparentemente em vias de continuação.
A GUISA DE CONCLUSÃO
 A produção científica brasileira, apesar dos problemas, é considerável, mas
instabilidades internas e a falta de coesão de nossos pesquisadores minam maior
efetividade do campo científico brasileiro.
 Visibilidade de nossa ciência pela sociedade brasileira ainda incompleta e distante,
com exceções localizadas. A comunicação e divulgação de pesquisas científicas não
só mostram certo descompasso entre ciência e sociedade, mas evidenciam
pesquisadores de algumas áreas que optam por ficarem numa estranha “zona de
conforto”.
 Por outro lado áreas produtivistas em detrimento da qualidade dos artigos, com
posturas nem sempre éticas.
 Necessidade de se reavaliar o funcionamento e constituição do campo de pesquisa
brasileiro (inciativas localizadas), e a continuação dessa reavaliação de forma
periódica.
A GUISA DE CONCLUSÃO
 Comunicação e divulgação científica continuarão como importante
ponte onde a informação científica irá passar entre os pesquisadores
para com a sociedade. Os acadêmicos precisam mostrar predisposição
para estimular e manter projetos, iniciativas e diálogos para que essas
práticas cientificas obtenham algum tipo de visibilidade. A ciência
brasileira precisa sair de seus muros e castelos e mostrar suas
qualidades e potencial.
BIBLOGRAFIA
ARAUJO, R. F.; ALVARENGA, L. . A bibliometria na pesquisa científica da pós-graduação
brasileira de 1987 a 2007. Encontros Bibli, v. 16, p. 51-70, 2011.
BUENO, W. C. Comunicação científica e divulgação científica: aproximações e rupturas
conceituais. Informação & informação, v. 15, p. 1-12, 2010.
CARIBÉ, R. C. V.. Comunicação científica: reflexões sobre o conceito. Informação &
Sociedade (UFPB. Online), v. 25, p. 89-104, 2015.
MUELLER, S.P.M. ; CARIBÉ, R. C. V. . A comunicação científica para o público leigo: breve
histórico. Informação & Informação (UEL. Online), v. 15, p. 13-30, 2010.
VARELA, A. G.; Domíngues, Heloísa Maria Bertol ; Coimbra, Carlos Augusto . A
Circulação Internacional dos Cientistas Brasileiros nos Primeiros Anos do CNPq (1951-
1955). Revista Brasileira de História da Ciência, v. 6, p. 301-319, 2013.
VELHO, L. Conceitos de Ciência e a Política Científica, Tecnológica e de Inovação.
Sociologias, v. 13, p. 128-153, 2011.
Obrigado!

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Comunicação e divulgação científica: perspectivas e desafios

  • 1. COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS Quintas de ciências Núcleo de Altos Estudos Amazônicos Junho/ 2016
  • 2.  “Recentemente, houve uma grande divulgação do aumento no número de publicações de brasileiros em revistas indexadas pela Web of Science. Em 12/05/2009 o então ministro da educação Fernando Haddad apresentou durante uma seção conjunta da SBPC-ABC dados que mostravam que o Brasil tinha alcançado a 13ª posição no ranking dos países com maior produção indexada no Web of Science.”(Jacques Wagner, Jornal da ciência, 2012)
  • 3.
  • 4. Ciência brasileira: patinando entre uma produção que se aproxima das principais potências científicas internacionais, mas que carece de estabilidade e investimento em sua estrutura. Análise sobre os conceitos de comunicação e divulgação científica, relacionando-os a realidade científica brasileira.
  • 5. COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA  “transferência de informações científicas, tecnológicas ou associadas a inovações e que se destinam aos especialistas em determinadas áreas do conhecimento”, visando “(...) tornar conhecidos, na comunidade científica, os avanços obtidos (resultados de pesquisas, relatos de experiências, etc.) em áreas específicas ou a elaboração de novas teorias ou refinamento das existentes”
  • 6. COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA.  está presente em círculos mais restritos, como eventos técnico- científicos, livros e periódicos científicos. Embora existam congressos ou publicações especializadas com número significativo de interessados (respectivamente, participantes ou leitores), ela não consegue reunir, pela própria limitação de acesso dos canais ou veículos, a mesma audiência.
  • 7. DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA  “[…] utilização de recursos, técnicas, processos e produtos (veículos ou canais) para a veiculação de informações científicas, tecnológicas ou associadas a inovações ao público leigo”
  • 8. DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA  inclui não só os jornais, revistas, rádio, televisão e jornalismo on-line, mas também livros didáticos, as palestras de ciências abertas ao público leigo, o uso de histórias em quadrinhos ou de folhetos para veiculação de informações científicas (encontráveis com facilidade na área da saúde / Medicina), determinadas campanhas publicitárias ou de educação, espetáculos de teatro com a temática de ciência e tecnologia (relatando a vida de cientistas ilustres) e mesmo a literatura de cordel, amplamente difundida no Nordeste brasileiro.
  • 9. ESTÍMULOS INICIAIS SÉCULO XV- XVI  Necessidade de troca e divulgação de pesquisas, invenções e inovações entre cientistas, inicialmente a base de cartas, e gradativamente, em reuniões entre pesquisadores, ou entre pesquisadores com a nobreza e classes populares.  1491, em Veneza, publica-se um compêndio de conhecimentos médicos, intitulado Fascículo de Medicina.
  • 10. LEONARDO DA VINCI, GEROLAMO CARDANO
  • 11. ACADEMIAS DE CIÊNCIA – SÉCULO XVII - EUROPA
  • 12. PERIÓDICOS CIENTÍFICOS – A PARTIR DE 1665
  • 13. FRANCIS BACON, GALILEU GALILEI, BERNARD LE BOUYER DE FONTENELLE, ÉMILIE DU CHÂTELET
  • 14. SÉCULOS XVIII E XIX – LIVROS CIENTÍFICOS/ ENCICLOPÉDIAS
  • 15. SÉCULO XIX: CRIAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA PERIÓDICOS E REVISTAS – SCIENTIFIC AMERICAN, NATURE E SCIENCE
  • 16. DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO BRASIL: PRIMEIRAS REVISTAS  1983 1987 1991/1998
  • 17. A PARTIR DO SÉCULO XIX- JORNALISMO CIENTÍFICO, MUSEUS, CENTRO DE CIÊNCIA E INTRODUÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
  • 18. COMUNICAÇÃO X DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA  A comunicação científica visa, basicamente, à disseminação de informações especializadas entre os pares, com o intuito de tornar conhecidos, na comunidade científica, os avanços obtidos (resultados de pesquisas, relatos de experiências, etc.) em áreas específicas.  A divulgação científica cumpre função de democratizar o acesso ao conhecimento científico e estabelecer condições para a chamada alfabetização científica. Contribui, portanto, para incluir os cidadãos no debate sobre temas especializados e que podem impactar sua vida e seu trabalho
  • 19. Comunicação científica  disseminação da ciência  difusão científica Divulgação científica  alfabetização científica ou alfabetização em ciências  popularização da ciência  Vulgarização da ciência
  • 21. COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO: QUESTIONAMENTOS (IMPASSES?)  Até que ponto o campo científico realmente está conseguindo se comunicar ou fazer entender com a sociedade ou público “leigo”?  De que forma a popularização e vulgarização da ciência podem oferecer informações distorcidas, incompletas ou sensacionalistas ?  filmes, livros, programas de TV, seriados...prós e contras das novas mídias na comunicação e divulgação científica.  Eventos científicos atraem interesse, mas nem sempre (poucas vezes na verdade) são bem divulgados.  Pouca leitura do público brasileiro, seja livro científico ou não.  E a divulgação científica em meio digital?
  • 22.
  • 23.
  • 24. ESTÍMULOS PARA A CONTINUIDADE DE PESQUISAS LIGADAS A CIÊNCIA E TECNOLOGIA  o interesse e a curiosidade do público em obter informações acerca do que se produz em C&T;  a consciência de que os sistemas de C&T mantenham a imagem da ciência como instrumento de bem-estar econômico e social, para que a opinião pública seja favorável ao desenvolvimento e financiamento de projetos;  a imprescindibilidade da informação científica para a compreensão da realidade que cerca o homem moderno.
  • 25. DISCIPLINAS HISTÓRIA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA DA CIÊNCIA  buscam analisar o funcionamento, estrutura e desenvolvimento do campo científico e de suas pesquisas.  Durante o século XX, essas disciplinas consolidaram-se a partir dos anos 1930, obtendo maior ampliação de análises entre os anos 1950 e 1970, e a partir dos anos 1970, com uma geração de pesquisadores que expandiram o leque de abordagens para essas disciplinas (incluindo estudos de caráter quantitativo).  Karl Popper, Thomas kuhn, Imre Lakatos, Paul Feyerabend, Fritjof Capra, Bruno Latour...
  • 26. POLÍTICAS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO  Desenvolvimento desde 1945, nos EUA e Europa ocidental.  estudos tendem para um caráter quantitativo referente à eficiência das pesquisas e políticas de financiamento da ciência em nível macro ou em áreas especificas.  Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq)  Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)  A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa)
  • 27. CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO BRASIL  Getúlio Vargas : no período que permeia os anos de 1951 a 1955, o Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) e CAPES foi dividido pelas políticas econômicas e de relações internacionais. A criação do Conselho ampliou as possibilidades de formação no exterior, intensificando a circulação internacional de pesquisadores nacionais que foram estudar em instituições estrangeiras, obtendo títulos, diplomas e competências, tal como a vinda de cientistas estrangeiros ao país para a realização de atividades de pesquisa e ensino, contribuíram para intensificar o intercâmbio entre pesquisadores e instituições dos países ocidentais.  1964-1985: relação instável entre a ciência brasileira e o regime militar, ora recebendo incentivo financeiro, ora tendo cortes e fechamento.  Após 1985: criação do ministério em Ciência e Tecnologia, porém todos os governos da nova democracia apresentam políticas instáveis, ora inserindo recursos, ora retirando.
  • 28.
  • 29.
  • 30.  As medidas quantitativas em ciência e tecnologia tem um papel relevante na análise da produção científica de um país, uma vez que seus indicadores podem retratar o comportamento e desenvolvimento de uma área do conhecimento.
  • 31. MEDIDAS QUANTITATIVAS EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA  Science Citation Index (SCI), atualmente Thomson Reuters/ Web of Science, desenvolvido e coordenado por Eugene Garfield (www.garfield.library.upenn.edu/ )- em colaboração com pesquisadores ingleses e norte-americanos – em 1958, com publicação regular a partir de 1960.  Science Citation Index : “base de dados multidisciplinar de onde se pode recuperar os resumos, em inglês, de todas as revistas da literatura científica indexadas à base de dados (Pinto, Andrade, 1999)”.  As informações do SCI foram descobertas como instrumentos para se estudar a distribuição da ciência no mundo , com considerável utilização nos países desenvolvidos  Thomson Reuters (thomsonreuters.com) Web Of Science (http://thomsonreuters.com/products_services/science/science_products/a- z/isi_web_of_knowledge/) e Scopus (https://www.scopus.com/)
  • 32. FATOR DE IMPACTO (EXEMPLO)
  • 33. MEDIDAS QUANTITATIVAS EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA : FATOR DE IMPACTO  Fator de Impacto (JIF)- cálculo que reflete o número médio de citações de artigos científicos publicados em determinado periódico - sendo A = o número de vezes em que os artigos publicados em 2013 e 2014 foram citados por periódicos indexados durante 2015 sendo B = o número total de "itens citáveis" publicados em 2013 e 2014 ("itens citáveis": geralmente artigos, revisões, resumos de congressos ou notas) então, o fator de impacto de 2015 = A/B  Forte participação das áreas relacionadas a Ciência da Informação e Sociologia da ciência na formulação e discussão dessa ferramenta (estudos de citação)
  • 34. MEDIDAS QUANTITATIVAS EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA: ÍNDICE H  No dia 3 de agosto de 2005, o físico argentino Jorge Hirsch disponibiliza para a comunidade cientifica um pequeno artigo apresentando um indicador para quantificar o desempenho individual de um cientista a partir de uma sutil combinação entre duas variáveis – numero de citações e numero de artigos publicados (HIRSCH, 2005). Esse novo indicador, índice h, atraiu rapidamente a atenção de muitos pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento (Batista, 2011).  Um cientista terá um índice h se h de seus N artigos tiverem ao menos h citações cada um. Em palavras, o índice h é o número de artigos com citações maiores ou iguais a esse número (Batista,2011).  Atualmente mais de 40 variações do índice apresentadas
  • 35. MEDIDAS QUANTITATIVAS EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA (ESTUDO DE METRIAS) técnicas quantitativas e estatísticas de medição dos índices de produção e disseminação do conhecimento científico atualmente conhecida como estudo de metrias  Bibliometria - Documentos (livros, artigos, teses...), autores, usuários)  Cientometria - Disciplinas, campos, áreas, assuntos específicos  Informetria - Palavras, documentos, bases de dados  Webometria - Páginas na internet, hospedeiros  Altmetria - Web Social – visualizações, downloads, compartlhamentos
  • 36. MEDIDAS QUANTITATIVAS EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA: ACESSO ABERTO  Brasil, o Scielo (Scientific Electronic Library Magazine) - coleção de periódicos brasileiros publicados e indexados online em acesso aberto (convênio FAPESP/BIREME): http://www.scielo.br/scielo.php?lng=en  Políticas de acesso aberto no Brasil – lideradas pelo IBICT – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - www.ibict.br - BDTD - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações - http://bdtd.ibict.br/bdtd/ ; TEDE - Sistema de Publicações Eletrônicas de Teses e Dissertações - http://tedesite.ibict.br (Bonfá et. al. 2008). Portal Capes (periodicos.capes.gov.br/)
  • 37. MEDIDAS QUANTITATIVAS EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA: QUESTIONAMENTOS  Discussões sobre o real estado da ciência do Brasil a partir desses dados quantitativos (uma ciência cada vez mais visível e internacional, ou um campo cada vez mais irrelevante e esvaziado?)  Discussão sobre a inclusão desses instrumentos quantitativos no patrocínio científico de pesquisadores, periódicos, grupos de pesquisa e universidades.  Base de dados nacionais: além do Scielo e das políticas de acesso aberto de periódicos, quais outras opções possíveis de medição quantitativa da produção científica no Brasil?  Dimensionar a influência do Fator de impacto ou do índice de citações em decisões do CAPES e CNPQ (por exemplo no QUALIS)  Editoras privadas em âmbito internacional, problemas e custos para a publicação de trabalho em inglês
  • 38.
  • 39. MEDIDAS QUANTITATIVAS EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA: IMPASSES  Analisar de forma cuidadosa o fluxo de produção, disseminação e comunicação nos campos da ciências humanas e sociais, naturais e exatas, pois existem diferença entre essas ciências na forma em que a informação científica é trocada entre seus pares (não somente artigos em periódicos, mas também capítulos de livros, comunicações em congresso, etc...).  medição da produtividade científica: quantitativo X qualitativo  Prostituição acadêmica/ Publish ou perish /problemas éticos: desunião, egos, “panelinhas”.  Estrutura engessada do sistema acadêmico.  Problemas no ensino público (regulamentação e burocratização excessiva) e privado (regras de mercado agressivas- “pagou passou”)
  • 40.
  • 41.
  • 42. EXEMPLO: ARQUIVOLOGIA  Produção bibliográfica considerável, porém incipiente. (segundo Costa, em 2008, foram localizados 77 livros publicados na área entre 1960 e 2006)  Periódicos em 2016: ágora; archeion; informação arquivística e Acervo. Não incluem aqui os relacionados a Arquivos púbicos estaduais e municipais.  Congressos: Congresso Nacional de Arquivologia; Reunião Brasileira de Ensino e Pesquisa em Arquivologia; Encontro Nacional dos Estudantes de Arquivologia  16 cursos de graduação em arquivologia; 1 mestrado profissional; 1 graduação particular e 6 especializações (Gestão eletrônica de documentos/ gestão de documentos)
  • 43. EXEMPLO: ARQUIVOLOGIA  Levantamentos indicam que a área possui parca produção bibliográfica, com considerável centralização de temas, pouca densidade epistemológica, incidência de autores de outras áreas e, em congressos, alto índice de estudo de caso nas pesquisas apesentadas.  Repetições de temáticas (cachorro correndo atrás do próprio rabo/ redescoberta constante da roda)  Pouca inter-relação entre as instituições arquivísticas e o arquivo nacional. Mobilização dos profissionais inconstante.  Fraca divulgação da área fora do âmbito acadêmico: percebe-se a importância dos arquivos, mas não da existência dos arquivistas (Arque o quê?/ Arqueologia? Adoro! / o que faz um arquivológo / arquivologista?).  Grande parte dos alunos que entram no curso de arquivologia não conhecem a área.
  • 44. A GUISA DE CONCLUSÃO  Um indicador importante para a classificação de um país no status de influente potência internacional, é o grau de investimento realizado no campo em Ciência e Tecnologia, estimulando setores relacionados à pesquisa e desenvolvimento, a formação de centros de pesquisa de alta qualidade, a produção acadêmica (em forma de artigos científicos, comunicações em congressos, entre outros) e de patentes, e o fomento à inovação das empresas e instituições públicas e privadas.  O campo político (de esquerda ou direita) brasileiro teima em não enxergar o potencial estratégico da ciência e tecnologia brasileira, preferindo pela manutenção de uma longa relação problemática, aparentemente em vias de continuação.
  • 45. A GUISA DE CONCLUSÃO  A produção científica brasileira, apesar dos problemas, é considerável, mas instabilidades internas e a falta de coesão de nossos pesquisadores minam maior efetividade do campo científico brasileiro.  Visibilidade de nossa ciência pela sociedade brasileira ainda incompleta e distante, com exceções localizadas. A comunicação e divulgação de pesquisas científicas não só mostram certo descompasso entre ciência e sociedade, mas evidenciam pesquisadores de algumas áreas que optam por ficarem numa estranha “zona de conforto”.  Por outro lado áreas produtivistas em detrimento da qualidade dos artigos, com posturas nem sempre éticas.  Necessidade de se reavaliar o funcionamento e constituição do campo de pesquisa brasileiro (inciativas localizadas), e a continuação dessa reavaliação de forma periódica.
  • 46. A GUISA DE CONCLUSÃO  Comunicação e divulgação científica continuarão como importante ponte onde a informação científica irá passar entre os pesquisadores para com a sociedade. Os acadêmicos precisam mostrar predisposição para estimular e manter projetos, iniciativas e diálogos para que essas práticas cientificas obtenham algum tipo de visibilidade. A ciência brasileira precisa sair de seus muros e castelos e mostrar suas qualidades e potencial.
  • 47.
  • 48. BIBLOGRAFIA ARAUJO, R. F.; ALVARENGA, L. . A bibliometria na pesquisa científica da pós-graduação brasileira de 1987 a 2007. Encontros Bibli, v. 16, p. 51-70, 2011. BUENO, W. C. Comunicação científica e divulgação científica: aproximações e rupturas conceituais. Informação & informação, v. 15, p. 1-12, 2010. CARIBÉ, R. C. V.. Comunicação científica: reflexões sobre o conceito. Informação & Sociedade (UFPB. Online), v. 25, p. 89-104, 2015. MUELLER, S.P.M. ; CARIBÉ, R. C. V. . A comunicação científica para o público leigo: breve histórico. Informação & Informação (UEL. Online), v. 15, p. 13-30, 2010. VARELA, A. G.; Domíngues, Heloísa Maria Bertol ; Coimbra, Carlos Augusto . A Circulação Internacional dos Cientistas Brasileiros nos Primeiros Anos do CNPq (1951- 1955). Revista Brasileira de História da Ciência, v. 6, p. 301-319, 2013. VELHO, L. Conceitos de Ciência e a Política Científica, Tecnológica e de Inovação. Sociologias, v. 13, p. 128-153, 2011.