Este documento discute o ativismo ambiental na internet, especificamente através do aplicativo Amazônia.vc no Orkut. Primeiramente, aborda o histórico do ativismo na mídia e como as mídias digitais permitiram novas formas de ativismo online, chamado de ciberativismo. Em seguida, analisa os paradigmas que norteiam o ciberativismo, como a interatividade proposta por Brecht e a evolução da comunicação com a internet. Por fim, apresenta o aplicativo Amazônia.vc como exemplo de ciber
A INTERNET E O PODER DA COMUNICAÇÃO NA SOCIEDADE EM REDE: INFLUÊNCIAS NAS FOR...Alessandra Lima
O documento discute como a internet transformou as formas de interação social através da comunicação em rede. Apresenta as perspectivas de Manuel Castells e John Thompson sobre como as tecnologias da informação alteraram a noção de espaço-tempo e potencializaram novas formas de sociabilidade através de sites como o Facebook e YouTube. Argumenta que a internet propiciou uma nova era de comunicação de massa descentralizada e interativa.
Publicado na 3ª Conferência de Comunicação e Tecnologias Digitais (UnB, 2009), o artigo trata de como qualquer tecnologia traz em si pressupostos sociais intrínsecos, que são agenciados pela
sociedade conforme suas necessidades ambientais e históricas específicas. Esses usos podem resultar em configurações bastante diversas das inicialmente imaginadas ou que serviram de inspiração ás técnicas. O artigo aborda tais aspectos, indicando resistências e riscos a um projeto mais democrático de uso das novas tecnologias, por um lado, e a expansão, por outro,
da lógica própria dos meios digitais, que busca chegar até mesmo aos meios de produção,
abrindo oportunidades para uma superação do modelo capitalista, ao menos em sua formulação
contemporânea. Uma versão preliminar foi apresentada em disciplina da UnB.
Este documento discute como as mudanças nas comunicações afetaram as comunidades e a mobilização social. 1) A comunicação moderna desafiou a noção tradicional de comunidade local, à medida que as pessoas podem se conectar em escala global. 2) Novas tecnologias como rádio, TV e internet permitiram que as causas sociais transcendam o âmbito local. 3) Isso exige novas estratégias comunicativas para mobilizar as pessoas e alcançar cooperação mais ampla.
Marshall McLuhan divide os meios de comunicação de massa em duas espécies, distinguíveis pela “temperatura”:
- Meios quentes, prolongam um único (ou preferencialmente algum) dos sentidos humanos, e em “alta definição”.
- Meios frios, acionam simultaneamente vários sentidos humanos, em baixa saturação de informação.
O documento discute a evolução da sociedade da informação ao longo da história da humanidade, desde as revoluções industriais até a era digital atual. Apresenta pensadores como McLuhan, Tofler e Castells que analisaram o impacto das novas tecnologias de comunicação e a emergência da sociedade em rede. Por fim, destaca características e críticas à sociedade da informação contemporânea.
O documento discute o conceito de ciberdemocracia proposto pelo autor Pierre Lévy. Ele argumenta que a Internet renova a democracia ao aumentar a transparência dos governos, fornecer mais canais para deliberação política e permitir maior participação dos cidadãos no processo democrático. A ciberdemocracia representa um estágio superior da democracia ao facilitar o acesso a informações políticas e promover o aprofundamento do conhecimento sobre os assuntos políticos.
Este documento descreve um projeto desenvolvido na escola Nossa Senhora da Assunção em 2012 que tinha como objetivo promover o uso de novas tecnologias entre alunos e professores. Alunos voluntários criaram um blog e uma revista digital onde publicaram vídeos, fotos, pesquisas e entrevistas produzidas em grupos. O projeto observou a participação entusiasmada dos alunos ao usarem ferramentas digitais para a comunicação.
A INTERNET E O PODER DA COMUNICAÇÃO NA SOCIEDADE EM REDE: INFLUÊNCIAS NAS FOR...Alessandra Lima
O documento discute como a internet transformou as formas de interação social através da comunicação em rede. Apresenta as perspectivas de Manuel Castells e John Thompson sobre como as tecnologias da informação alteraram a noção de espaço-tempo e potencializaram novas formas de sociabilidade através de sites como o Facebook e YouTube. Argumenta que a internet propiciou uma nova era de comunicação de massa descentralizada e interativa.
Publicado na 3ª Conferência de Comunicação e Tecnologias Digitais (UnB, 2009), o artigo trata de como qualquer tecnologia traz em si pressupostos sociais intrínsecos, que são agenciados pela
sociedade conforme suas necessidades ambientais e históricas específicas. Esses usos podem resultar em configurações bastante diversas das inicialmente imaginadas ou que serviram de inspiração ás técnicas. O artigo aborda tais aspectos, indicando resistências e riscos a um projeto mais democrático de uso das novas tecnologias, por um lado, e a expansão, por outro,
da lógica própria dos meios digitais, que busca chegar até mesmo aos meios de produção,
abrindo oportunidades para uma superação do modelo capitalista, ao menos em sua formulação
contemporânea. Uma versão preliminar foi apresentada em disciplina da UnB.
Este documento discute como as mudanças nas comunicações afetaram as comunidades e a mobilização social. 1) A comunicação moderna desafiou a noção tradicional de comunidade local, à medida que as pessoas podem se conectar em escala global. 2) Novas tecnologias como rádio, TV e internet permitiram que as causas sociais transcendam o âmbito local. 3) Isso exige novas estratégias comunicativas para mobilizar as pessoas e alcançar cooperação mais ampla.
Marshall McLuhan divide os meios de comunicação de massa em duas espécies, distinguíveis pela “temperatura”:
- Meios quentes, prolongam um único (ou preferencialmente algum) dos sentidos humanos, e em “alta definição”.
- Meios frios, acionam simultaneamente vários sentidos humanos, em baixa saturação de informação.
O documento discute a evolução da sociedade da informação ao longo da história da humanidade, desde as revoluções industriais até a era digital atual. Apresenta pensadores como McLuhan, Tofler e Castells que analisaram o impacto das novas tecnologias de comunicação e a emergência da sociedade em rede. Por fim, destaca características e críticas à sociedade da informação contemporânea.
O documento discute o conceito de ciberdemocracia proposto pelo autor Pierre Lévy. Ele argumenta que a Internet renova a democracia ao aumentar a transparência dos governos, fornecer mais canais para deliberação política e permitir maior participação dos cidadãos no processo democrático. A ciberdemocracia representa um estágio superior da democracia ao facilitar o acesso a informações políticas e promover o aprofundamento do conhecimento sobre os assuntos políticos.
Este documento descreve um projeto desenvolvido na escola Nossa Senhora da Assunção em 2012 que tinha como objetivo promover o uso de novas tecnologias entre alunos e professores. Alunos voluntários criaram um blog e uma revista digital onde publicaram vídeos, fotos, pesquisas e entrevistas produzidas em grupos. O projeto observou a participação entusiasmada dos alunos ao usarem ferramentas digitais para a comunicação.
Este documento discute três pontos principais sobre gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital:
1) Analisa alguns gêneros que estão emergindo no contexto da tecnologia digital, como e-mail, chat e aulas virtuais.
2) Discutem como essas novas tecnologias estão levando a uma "cultura eletrônica" e uma "radicalização do uso da escrita".
3) Argumenta que esses novos gêneros digitais podem forçar uma revisão de conceitos tradicion
O bios midiático da cena musical paraense: visualidade e visibilidade do loca...Talita Baena
Este documento discute como músicos independentes da Amazônia usam estratégias midiáticas para aumentar a visibilidade de sua produção cultural no ciberespaço. Ele explora como esses artistas se apropriam de novas tecnologias digitais para divulgar e distribuir sua música online, criando redes virtuais que ampliam seu alcance. O documento também analisa como essa presença online ajuda a diminuir a invisibilidade histórica da cultura amazônica e ganhar reconhecimento fora da região.
Da Cultura De Massa à Cibercultura O Caso Do FenôMeno Da Cultura Pop Japonesa...Giovana S. Carlos
O documento descreve a evolução da cultura de massa para a cibercultura, analisando três estágios: cultura de massa, cultura das mídias e cibercultura. A autora usa o fenômeno da cultura pop japonesa no Ocidente como exemplo para ilustrar como o público passou de mero consumidor para participante ativo nesses três estágios.
O documento discute a teoria midiática e o ciberativismo. A teoria midiática de McLuhan argumenta que os meios de comunicação moldam a sociedade mais do que o conteúdo transmitido. O ciberativismo usa a internet para defender causas políticas e sociais de forma descentralizada. Exemplos mostram como movimentos online mobilizaram pessoas em torno de questões ambientais e de direitos humanos. Há uma ligação entre esses temas na medida em que novos meios alteram as relações de poder e democratizam o acesso à informação.
Em direção a uma ciberdemocracia planetáriaJose Mendes
O documento discute a perspectiva da emancipação através da ciberdemocracia planetária. Afirma que a expansão rápida da internet levará a mais liberdade e comunicação sem controle estatal, e que o tempo real permite a aprendizagem coletiva por colaboração em rede. Também contrasta as funções massivas versus pós-massivas das mídias, onde as funções pós-massivas emergentes são mais abertas, livres e colaborativas, contribuindo para a ciberdemocracia.
Afrodite no Ciberespaço. A era das Convergências. E-bookclaudiocpaiva
Este documento apresenta uma coletânea de artigos sobre a cibercultura dividida em duas partes. A primeira parte discute as essências e substratos da cibercultura, incluindo tópicos como convergência social e tecnológica, fandom, transmídia e redes sociais. A segunda parte analisa construções informativas e jornalísticas no ciberespaço, abordando interatividade, produção de notícias, Twitter e participação em comunidades online. O trabalho busca mapear as práticas comunicativas mediadas por
Há uma transformação tecnológica de dimensões históricas em curso atualmente: a integração de vários modos de comunicação em uma rede interativa.
Pela primeira vez na história, um mesmo sistema é capaz de integrar comunicação humana nas modalidades escrita, oral e audiovisual. Surge uma nova forma de comunicação baseada em hipertexto e metalinguagem.
As Novas Tecnologias O Individuo E A Sociedadeclaudia amaral
O documento discute como as novas tecnologias, especialmente a internet, afetam os indivíduos e a sociedade. Apresenta três principais pontos: 1) Como a internet trouxe novas formas de comunicação que destroem barreiras geográficas, mas também podem isolar as pessoas; 2) Como a internet cria novas oportunidades para as pessoas construírem identidades online, mas também desenvolve dependência da comunicação; 3) Como a experiência do tempo é alterada na comunicação online em comparação com a comunicação offline.
Jornalismo, semiformação e o espectro do fascismo: apontamentos à luz da Teor...Emerson Campos
Este artigo discute a relação entre jornalismo, semiformação e o espectro do fascismo à luz da Teoria Crítica da Sociedade. Argumenta-se que o jornalismo hegemônico promove processos semiformativos que influenciam a proliferação de sintomas fascistas na sociedade, como discursos de ódio. Defende-se que conceituar o jornalismo como campo de pesquisa na educação pode ajudar a desenvolver formas de jornalismo contra-hegemônico.
O documento discute o conceito de cibercultura, definido como as comunidades que se formam no espaço virtual e ampliam o uso da internet. A cibercultura influencia a dinâmica política, social, econômica e filosófica dos indivíduos conectados e como eles interagem. Surgiu da relação entre tecnologia e modernidade, buscando dominar o mundo por meio de dados digitais e novas formas de sociabilidade.
1) O documento discute como as redes sociais digitais estão transformando a disseminação e construção coletiva de conhecimento. 2) Conceitos como memes e inteligência coletiva são explorados para entender como as ideias se espalham online de forma descentralizada. 3) A noção de receptor ativo que produz conteúdo substitui o modelo tradicional emissor-receptor nas redes sociais.
O documento resume 5 textos lidos e discutidos em aula sobre Teoria da Comunicação. O primeiro texto fala sobre como a tecnologia influencia a cultura através da troca de informações. O segundo define comunicação e aborda problemas comunicacionais em diferentes contextos. O terceiro trata de modelos e processos de comunicação nos EUA. O quarto discute espaço como sistema de objetos e ações. O quinto analisa identidades como espetáculos multimídias.
Pierre Lévy analisa a cibercultura e como as novas tecnologias digitais podem permitir novas formas de inteligência coletiva e colaboração entre as pessoas. No entanto, a tecnologia não determina estas mudanças, mas sim cria novas condições para que elas ocorram. A inteligência coletiva sempre existiu, mas agora pode florescer de novas formas no ambiente digital.
O documento apresenta a disciplina Teorias e Técnicas da Comunicação lecionada pela professora Mara Baroni na Universidade Paulista para 10 alunos. Discute os principais conceitos da Escola de Toronto e de seu expoente Marshall McLuhan, incluindo a distinção entre meios quentes e frios e a noção de aldeia global.
Midia Alternativa P Alem Da Contra InformaçãOAllan Diniz
Este documento discute modelos alternativos de mídia além da contra-informação. Apresenta como o excesso de informação, a espetacularização, a internet e novas sensibilidades em relação à mídia afetam as respostas dos ativistas aos veículos midiáticos hegemônicos. Também reflete sobre como certas práticas contemporâneas de mídia alternativa experimentam modelos diferentes daquele baseado na contra-informação.
Este documento discute o jornalismo cidadão e as estratégias discursivas das mídias para criar um espaço democrático simbólico. Apresenta os conceitos de jornalismo cidadão e analisa as potencialidades do modelo open source, bem como os desafios em definir o papel do jornalista nesse novo contexto em que os cidadãos participam da produção de notícias.
1) O documento discute a comunicação pública da ciência como proposta de inclusão social e engajamento político, analisando as contribuições da 13a Conferência Internacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia.
2) Apresenta dois modelos de comunicação pública da ciência - o deficitário e o participativo - e defende que o Brasil segue o modelo verticalizado.
3) Argumenta que a comunicação pública da ciência é essencial para a construção da democracia participativa e do exercício da cidadania.
A dinâmica dos meios de comunicação de massamarluiz31
Este documento discute a relação entre meios de comunicação de massa, espaço público e diversidade cultural no Brasil. Apresenta a teoria da ação comunicativa de Habermas e como ela propõe que indivíduos reflexivos produzem informações alternativas aos meios de comunicação sistêmicos, difundindo a diversidade cultural. Também argumenta que os meios de comunicação não necessariamente homogeneizam a cultura, mas também ajudam a difundir a diversidade através de meios alternativos e cobertura de questões de minorias.
Comunicação instantânea: uma nova prática sociocultural no contexto organizac...Blog Mídia8!
Este documento discute a comunicação instantânea no contexto organizacional. Ele explica como as novas tecnologias de comunicação permitem novas formas de interação entre funcionários e podem alterar a cultura organizacional, tornando-a mais participativa. A comunicação instantânea pode potencializar a participação dos funcionários no processo comunicativo e causar mudanças na cultura das organizações.
This document provides a guide to understanding stock market game portfolios. It explains how to log in to access portfolios using advisor/team IDs and passwords. It describes the portfolio welcome page and features like viewing portfolio pages, rules, making trades, research, mutual funds, passwords, rankings, outside links, and logging off. It also covers keeping passwords secure and examples of ranking reports.
This document summarizes Abraham Maslow's observations about creativity in self-actualizing people based on his studies. Some key points:
1) Maslow found that creativity was not dependent on talent, genius, or productivity in a conventional sense, as many self-actualizing subjects were not prominent artists or intellectuals.
2) He observed different forms of creativity beyond conventional areas like art, including caring for a home and family, social service work, clinical practice, and business organization.
3) Maslow described self-actualizing creativity as a character trait involving openness to experience, spontaneity, expressiveness, and perception without preconceptions - resembling the creativity of children.
4)
Este documento discute três pontos principais sobre gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital:
1) Analisa alguns gêneros que estão emergindo no contexto da tecnologia digital, como e-mail, chat e aulas virtuais.
2) Discutem como essas novas tecnologias estão levando a uma "cultura eletrônica" e uma "radicalização do uso da escrita".
3) Argumenta que esses novos gêneros digitais podem forçar uma revisão de conceitos tradicion
O bios midiático da cena musical paraense: visualidade e visibilidade do loca...Talita Baena
Este documento discute como músicos independentes da Amazônia usam estratégias midiáticas para aumentar a visibilidade de sua produção cultural no ciberespaço. Ele explora como esses artistas se apropriam de novas tecnologias digitais para divulgar e distribuir sua música online, criando redes virtuais que ampliam seu alcance. O documento também analisa como essa presença online ajuda a diminuir a invisibilidade histórica da cultura amazônica e ganhar reconhecimento fora da região.
Da Cultura De Massa à Cibercultura O Caso Do FenôMeno Da Cultura Pop Japonesa...Giovana S. Carlos
O documento descreve a evolução da cultura de massa para a cibercultura, analisando três estágios: cultura de massa, cultura das mídias e cibercultura. A autora usa o fenômeno da cultura pop japonesa no Ocidente como exemplo para ilustrar como o público passou de mero consumidor para participante ativo nesses três estágios.
O documento discute a teoria midiática e o ciberativismo. A teoria midiática de McLuhan argumenta que os meios de comunicação moldam a sociedade mais do que o conteúdo transmitido. O ciberativismo usa a internet para defender causas políticas e sociais de forma descentralizada. Exemplos mostram como movimentos online mobilizaram pessoas em torno de questões ambientais e de direitos humanos. Há uma ligação entre esses temas na medida em que novos meios alteram as relações de poder e democratizam o acesso à informação.
Em direção a uma ciberdemocracia planetáriaJose Mendes
O documento discute a perspectiva da emancipação através da ciberdemocracia planetária. Afirma que a expansão rápida da internet levará a mais liberdade e comunicação sem controle estatal, e que o tempo real permite a aprendizagem coletiva por colaboração em rede. Também contrasta as funções massivas versus pós-massivas das mídias, onde as funções pós-massivas emergentes são mais abertas, livres e colaborativas, contribuindo para a ciberdemocracia.
Afrodite no Ciberespaço. A era das Convergências. E-bookclaudiocpaiva
Este documento apresenta uma coletânea de artigos sobre a cibercultura dividida em duas partes. A primeira parte discute as essências e substratos da cibercultura, incluindo tópicos como convergência social e tecnológica, fandom, transmídia e redes sociais. A segunda parte analisa construções informativas e jornalísticas no ciberespaço, abordando interatividade, produção de notícias, Twitter e participação em comunidades online. O trabalho busca mapear as práticas comunicativas mediadas por
Há uma transformação tecnológica de dimensões históricas em curso atualmente: a integração de vários modos de comunicação em uma rede interativa.
Pela primeira vez na história, um mesmo sistema é capaz de integrar comunicação humana nas modalidades escrita, oral e audiovisual. Surge uma nova forma de comunicação baseada em hipertexto e metalinguagem.
As Novas Tecnologias O Individuo E A Sociedadeclaudia amaral
O documento discute como as novas tecnologias, especialmente a internet, afetam os indivíduos e a sociedade. Apresenta três principais pontos: 1) Como a internet trouxe novas formas de comunicação que destroem barreiras geográficas, mas também podem isolar as pessoas; 2) Como a internet cria novas oportunidades para as pessoas construírem identidades online, mas também desenvolve dependência da comunicação; 3) Como a experiência do tempo é alterada na comunicação online em comparação com a comunicação offline.
Jornalismo, semiformação e o espectro do fascismo: apontamentos à luz da Teor...Emerson Campos
Este artigo discute a relação entre jornalismo, semiformação e o espectro do fascismo à luz da Teoria Crítica da Sociedade. Argumenta-se que o jornalismo hegemônico promove processos semiformativos que influenciam a proliferação de sintomas fascistas na sociedade, como discursos de ódio. Defende-se que conceituar o jornalismo como campo de pesquisa na educação pode ajudar a desenvolver formas de jornalismo contra-hegemônico.
O documento discute o conceito de cibercultura, definido como as comunidades que se formam no espaço virtual e ampliam o uso da internet. A cibercultura influencia a dinâmica política, social, econômica e filosófica dos indivíduos conectados e como eles interagem. Surgiu da relação entre tecnologia e modernidade, buscando dominar o mundo por meio de dados digitais e novas formas de sociabilidade.
1) O documento discute como as redes sociais digitais estão transformando a disseminação e construção coletiva de conhecimento. 2) Conceitos como memes e inteligência coletiva são explorados para entender como as ideias se espalham online de forma descentralizada. 3) A noção de receptor ativo que produz conteúdo substitui o modelo tradicional emissor-receptor nas redes sociais.
O documento resume 5 textos lidos e discutidos em aula sobre Teoria da Comunicação. O primeiro texto fala sobre como a tecnologia influencia a cultura através da troca de informações. O segundo define comunicação e aborda problemas comunicacionais em diferentes contextos. O terceiro trata de modelos e processos de comunicação nos EUA. O quarto discute espaço como sistema de objetos e ações. O quinto analisa identidades como espetáculos multimídias.
Pierre Lévy analisa a cibercultura e como as novas tecnologias digitais podem permitir novas formas de inteligência coletiva e colaboração entre as pessoas. No entanto, a tecnologia não determina estas mudanças, mas sim cria novas condições para que elas ocorram. A inteligência coletiva sempre existiu, mas agora pode florescer de novas formas no ambiente digital.
O documento apresenta a disciplina Teorias e Técnicas da Comunicação lecionada pela professora Mara Baroni na Universidade Paulista para 10 alunos. Discute os principais conceitos da Escola de Toronto e de seu expoente Marshall McLuhan, incluindo a distinção entre meios quentes e frios e a noção de aldeia global.
Midia Alternativa P Alem Da Contra InformaçãOAllan Diniz
Este documento discute modelos alternativos de mídia além da contra-informação. Apresenta como o excesso de informação, a espetacularização, a internet e novas sensibilidades em relação à mídia afetam as respostas dos ativistas aos veículos midiáticos hegemônicos. Também reflete sobre como certas práticas contemporâneas de mídia alternativa experimentam modelos diferentes daquele baseado na contra-informação.
Este documento discute o jornalismo cidadão e as estratégias discursivas das mídias para criar um espaço democrático simbólico. Apresenta os conceitos de jornalismo cidadão e analisa as potencialidades do modelo open source, bem como os desafios em definir o papel do jornalista nesse novo contexto em que os cidadãos participam da produção de notícias.
1) O documento discute a comunicação pública da ciência como proposta de inclusão social e engajamento político, analisando as contribuições da 13a Conferência Internacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia.
2) Apresenta dois modelos de comunicação pública da ciência - o deficitário e o participativo - e defende que o Brasil segue o modelo verticalizado.
3) Argumenta que a comunicação pública da ciência é essencial para a construção da democracia participativa e do exercício da cidadania.
A dinâmica dos meios de comunicação de massamarluiz31
Este documento discute a relação entre meios de comunicação de massa, espaço público e diversidade cultural no Brasil. Apresenta a teoria da ação comunicativa de Habermas e como ela propõe que indivíduos reflexivos produzem informações alternativas aos meios de comunicação sistêmicos, difundindo a diversidade cultural. Também argumenta que os meios de comunicação não necessariamente homogeneizam a cultura, mas também ajudam a difundir a diversidade através de meios alternativos e cobertura de questões de minorias.
Comunicação instantânea: uma nova prática sociocultural no contexto organizac...Blog Mídia8!
Este documento discute a comunicação instantânea no contexto organizacional. Ele explica como as novas tecnologias de comunicação permitem novas formas de interação entre funcionários e podem alterar a cultura organizacional, tornando-a mais participativa. A comunicação instantânea pode potencializar a participação dos funcionários no processo comunicativo e causar mudanças na cultura das organizações.
This document provides a guide to understanding stock market game portfolios. It explains how to log in to access portfolios using advisor/team IDs and passwords. It describes the portfolio welcome page and features like viewing portfolio pages, rules, making trades, research, mutual funds, passwords, rankings, outside links, and logging off. It also covers keeping passwords secure and examples of ranking reports.
This document summarizes Abraham Maslow's observations about creativity in self-actualizing people based on his studies. Some key points:
1) Maslow found that creativity was not dependent on talent, genius, or productivity in a conventional sense, as many self-actualizing subjects were not prominent artists or intellectuals.
2) He observed different forms of creativity beyond conventional areas like art, including caring for a home and family, social service work, clinical practice, and business organization.
3) Maslow described self-actualizing creativity as a character trait involving openness to experience, spontaneity, expressiveness, and perception without preconceptions - resembling the creativity of children.
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The document discusses Hilicom's Simply Super shelving system. It is a bolt-free, modular shelving system made of corrosion-resistant steel that is easy to assemble and adjust. It comes with a wide variety of accessories like shelves, bins, and dividers. The shelving can be customized and expanded as needs grow. It is a versatile storage solution that is great for garages, offices, kitchens, and other areas.
The document contains data from surveys on levels of interpersonal trust in various Latin American countries from 2010. It shows that Costa Rica, Canada, and the United States had the highest levels of interpersonal trust, while Belize and Peru had the lowest. It also includes charts mapping values in Peru, showing that the most important values for Peruvians over 30 are traditions and relationships, while the most important values for younger Peruvians aged 15-29 are achievement and pleasure. The document discusses the need for a common agenda, responsibility, commitment, conflict management, trust, and respect in the context of social change and changing values.
Este documento contiene 20 preguntas sobre conceptos económicos presentados en los primeros capítulos de Los Simpson, incluyendo las críticas planteadas en el Capítulo 1, el análisis del comportamiento del consumidor, las decisiones de los agentes económicos y los objetivos de la economía conductual. También hace preguntas sobre conceptos como el sesgo de status quo, duopolios, oligopolios, monopolios, barreras de entrada y la teoría de juegos ilustrada por el dilema del prisionero.
This document discusses the maintenance of a live corner aquarium. It begins by providing background on fish farming and the increased global demand for fish. The document then outlines the key factors for maintaining a stable aquarium, including proper tank setting, equipment like filters and heaters, bed preparation, and regular maintenance like cleaning. Maintaining proper water quality, feeding, and preventing disease are essential. Setting up the aquarium correctly with the right equipment is a prerequisite for successful fishkeeping.
Presented at Social Media Cafe Manchester, Feb 2009. First version of a presentation exploring how we identify communities and what they are, and a look at the emerging phenomena of communities that can only emerge online while being able to impact the real world.
Este documento describe las aplicaciones de sistemas inteligentes en hardware. Explica que los sistemas inteligentes artificiales tratan de emular las capacidades de los sistemas naturales mediante algoritmos que aprenden a partir de datos de entrada y experiencias almacenadas. También describe cómo las arquitecturas de hardware como FPGA y microcontroladores permiten dotar de inteligencia a sistemas embebidos como casas, vehículos y robots inteligentes mediante el procesamiento en tiempo real. Finalmente, concluye que las aplicaciones en tiempo real requieren arquitecturas de comput
El documento resume varios capítulos de un libro que utiliza la serie Los Simpson para explicar conceptos económicos. Explica las críticas de Galbraith sobre la libertad del consumidor y la racionalidad limitada propuesta por Herbert Simon. También resume las teorías de Cournot sobre duopolios y la teoría de juegos representada por el dilema del prisionero. Por último, resume brevemente los temas tratados en capítulos posteriores como derechos de propiedad, políticas públicas, globalización y consecuencias de las crisis financieras.
An Overview of Web Innovations in ChinaTangos Chan
This document provides an overview of web innovations in China and discusses reasons for the perceived lack of innovation. It notes that 25% of people think China's internet only has copycats, but innovation arbitrage is global. Two main reasons are given for few web innovations in China: most startups seek shortcuts instead of being entrepreneurial, and the market does not sufficiently reward innovation. However, some local innovations are highlighted in areas like BBS forums, IM services, streaming TV, mobile services, and online gaming. Examples like Baidu Post, IM bots, PPStream and mInfo are described. The document concludes by asking where innovations currently stand and thanks the reader.
The document provides instructions and eligibility requirements for applicants to the Iowa Golf Course Superintendents Association Legacy Scholarship. Applicants must be enrolled or accepted at a university, college or technical school. One of the applicant's parents or grandparents must be an active member of the Iowa GCSA. The application requires information on the applicant's academic history, activities, employment, financial support and goals. Applicants must submit transcripts, an original essay, and have their advisor complete a confidential report evaluating the applicant.
O documento apresenta uma entrevista com Luciano Zarur, jornalista e professor, sobre o papel do jornalismo praticado pelas Organizações Globo. Zarur analisa o histórico controverso das Organizações Globo, destacando seu alinhamento com governos de ocasião, e avalia positivamente a Carta de Princípios Editoriais, embora ache que alguns pontos são óbvios para qualquer jornalista.
The document discusses the financial and health challenges facing people and presents network marketing and USANA products as potential solutions. It outlines concerns around personal finances, taxes, health issues, and lack of nutrition. It then summarizes the benefits of network marketing and home-based businesses, and introduces USANA as a company providing high-quality nutritionals and skincare that can help address financial and health issues.
Esta apresentação visa a fornecer uma visão geral do estado do acesso aberto na África, considerando tanto a rota dourada quanto a verde. Explora o nível de desenvolvimento dos repositórios institucionais, bem como dos periódicos de acesso aberto no continente. Também destaca os principais desafios que os editores enfrentam na publicação de seus periódicos na África.
This presentation aims to give an overview of the status of Open Access in Africa, considering both the Green and Gold routes. It explores the level of development of Institutional repositories, as well as Open Access journals on the continent. It also highlights the major challenges that editors face in publishing their journals in Africa.
Esta presentación tiene como objetivo dar una visión general de la situación del Acceso Abierto en África, teniendo en cuenta tanto las rutas Verde y Dorada. Se explora el nivel de desarrollo de los repositorios institucionales, así como las revistas de Acceso Abierto en el continente. También se destacan los principales desafíos que enfrentan los editores para la publicación de sus revistas en África.
The document provides background information on the events leading up to the American Civil War from the 1840s through the start of the war in 1861. It discusses the growing political tensions around the issue of slavery and states' rights. Key events included the Missouri Compromise, the Kansas-Nebraska Act, Lincoln's election in 1860, and Confederate states beginning to secede from the Union. The document also outlines some of the military advantages held by the North compared to the South at the start of the war, such as population, industry, naval capabilities, and transportation infrastructure. It describes the Union's initial naval blockade strategy against the Confederacy.
Ultrasegmentada, convergente e múltipla a publicidade nas novas mídiasJanise Rafaela
1) O documento discute as transformações nas mídias e comunicação causadas pela digitalização e convergência tecnológica.
2) Isso levou a novas formas de consumo de informação e mídia, com o usuário assumindo um papel ativo e personalizando sua experiência.
3) As novas mídias exigem novas abordagens de publicidade, com segmentação mais refinada de públicos-alvo e mensagens personalizadas.
1. O documento discute o impacto das novas tecnologias na sociedade e conceitos da Sociedade da Informação e Sociedade Digital.
2. Apresenta definições de informação e Sociedade da Informação, destacando a importância crescente da informação e da tecnologia na sociedade contemporânea.
3. Aborda o desenvolvimento da Sociedade Digital e da internet, analisando como isso influenciou a esfera pública, práticas sociais, economia e exclusão digital.
O documento discute a emergência da cibercultura e da mobilidade ubíqua em conectividade com o ciberespaço e as cidades. A cibercultura é definida como a cultura contemporânea estruturada pelas tecnologias digitais em rede, caracterizada pela produção de linguagens e signos mediados digitalmente e pela liberação do polo de emissão, permitindo que as pessoas produzam e distribuam conteúdo de forma global. As novas tecnologias reconfiguram as sociedades de forma social, cultural, econô
A Teoria do Agendamento na Atuação da Imprensa Sergipana_ArtigoJanete Cahet
Este documento discute a Teoria do Agendamento e sua aplicação na análise da cobertura da imprensa sergipana sobre a construção da Ponte Joel Silveira em abril de 2010. A teoria sugere que a mídia influencia o que o público pensa sobre temas selecionando e priorizando certos assuntos. A análise mostra que a imprensa sergipana deu grande visibilidade à ponte, mantendo o tema na agenda pública por meio de diversas reportagens.
1) O artigo busca mapear novas práticas interacionais emergentes com o surgimento de mídias sociais baseadas em rádio, chamadas de rádio social.
2) Discute avanços nos estudos de recepção, interação e mediação, assim como alterações no processo comunicacional trazidas pelas redes digitais.
3) Aborda os conceitos de radiomorfose e remediação para caracterizar esse momento de transição entre rupturas e continuidades na apropriação de conteúdos radiofônicos.
O documento descreve uma atividade complementar de sociologia para alunos do 9o ano. A atividade aborda os temas da cibercultura, ciberespaço, redes sociais e inteligência coletiva, analisando como essas influenciam as transformações sociais. O objetivo é complementar o ensino e aprendizagem sobre os processos de globalização e suas consequências para a juventude.
O documento descreve uma atividade complementar de sociologia para alunos do 9o ano. A atividade aborda os temas da cibercultura, ciberespaço, redes sociais e inteligência coletiva, bem como os impactos do cyberbullying. O objetivo é complementar o ensino e aprendizagem sobre esses tópicos relacionados ao processo de globalização.
Trabalho apresentado ao NT “Sociabilidade, novas tecnologias, política e ativismo”, do II Simpósio em Tecnologias Digitais e Sociabilidade (SimSocial), realizado em Salvador/BA, em 11 de outubro de 2012.
As mídias sociais colocando em xeque o monopólio da fala dos grandes veículosFlávia Lopes
No atual ambiente sociotécnico, a informação tem ganhado novos suportes, ocasionando uma mudança de paradigmas na maneira como as pessoas produzem e buscam conteúdo noticioso na atualidade. Hoje não se pode falar em produtores e consumidores de mídia como ocupantes de papéis separados, mas como “participantes interagindo de acordo com um novo conjunto de regras”. A partir dessa percepção, torna-se oportuno analisar como as ferramentas de mídias sociais, em especial o Twitter, têm atuado na reconfiguração das relações de poder e na mudança do jogo de sentidos no qual imprensa se insere. O monopólio da fala dos grandes veículos parece ter sido colocado em xeque. A partir de casos como “Cala Boca Galvao”, o “erro na publicidade do Extra” e a “fala de Dilma” no Twitter, pretende-se avaliar como a população e mesmo os veículos de comunicação estão tendo a percepção de que “a imprensa está nua”.
A Utilização das Mídias Digitais nas Manifestações Ocorridas no Brasil em 201...Marina Amâncio
O documento descreve como as mídias digitais e redes sociais foram utilizadas para organizar e realizar as manifestações ocorridas no Brasil em 2013. Analisa o papel das mídias digitais durante a organização dos protestos, destacando que foi a primeira manifestação organizada inteiramente pela internet, diferentemente de outras ocorridas anteriormente no país. Explora como as características das mídias digitais permitiram a rápida disseminação de informações e convocação de participantes.
Webjornalismo participativo e a produção aberta de notíciasAlex Primo
Este artigo discute o surgimento do jornalismo participativo na web, habilitado pelas novas tecnologias digitais e interfaces que permitem a produção colaborativa de notícias. Analisa como processos como gatekeeping e gatewatching estão sendo impactados e como diferentes formas de participação estão emergindo, desde a escrita até a edição de conteúdo. Argumenta que essa tendência desafia a separação tradicional entre jornalistas e leitores e requer uma revisão dos modelos de produção jornalística e dos próprios idea
Hermes introdução - hermes e a complexidade da comunicação 13.05.2011claudiocpaiva
O documento discute o deus Hermes na mitologia grega e sua relevância para a comunicação moderna. Hermes era o mensageiro dos deuses e patrono da comunicação, comércio e diplomacia. Sua imagem representa a mediação e o equilíbrio nas trocas de informações. O documento também analisa como as redes sociais atualizaram o papel de Hermes na disseminação colaborativa de conteúdo.
O presente texto pretende analisar as condi es epistemológicas da “verdade” e do “real”/”realidade” na questão inter-relacional das Ciências da Comunicação com as Ciências Exatas. A ideia apresentada é que há um processo de lógico-matematização na pesquisa em Comunicação que resulta em um campo teórico que damos o nome de Comunicamática e que ele é um mecanismo de análise para entender a circulação de informa es digitais da cena “ciberatual” (cibercultural + atual). Para investigar tal condição, imaginaremos um experimento onde, ao ler notícias sobre o terremoto do Nepal, um lugar tão distante quanto sua imagina ão, um usu rio poderia pensar: “o que o jornal diz verdade?”, “ser que isso aconteceu em um lugar que não conhe o?” e que essa pergunta fosse avaliada pelo crivo de autômatos celulares, representados pelos buscadores online nas condições postas pela comunicação digital.
Este documento descreve a coleção "Comunicação & Sociedade" criada para promover trabalhos de pesquisa sobre comunicação e sociedade moçambicana. A coleção tem como objetivo dar contribuições para o debate sobre o papel da comunicação em Moçambique e abrir mais canais de publicação. Espera-se que esta coleção apoie o desenvolvimento das ciências da comunicação no país, fornecendo material bibliográfico para pesquisadores.
A interface Marxista entre Comunicação e Cultura de MassasMontaniniRC
Este documento resume uma dissertação de mestrado sobre a interface marxista entre comunicação e cultura de massas. Analisa como as ideias marxistas sobre comunicação e cultura de massas podem ser aplicadas no contexto atual, especialmente no que diz respeito à força do coletivo para aceitar novas condições sociais.
Programa TEORIA DA COMUNICAÇÃO II 2011.2claudiocpaiva
Este documento apresenta o programa de uma disciplina de Teorias da Comunicação em uma universidade brasileira. O programa descreve os objetivos da disciplina, que são instrumentalizar os alunos com recursos cognitivos para compreender processos comunicacionais de forma crítica. Também apresenta a estrutura do curso, dividido em unidades que cobrem história das teorias da comunicação, linguagem, poder, mídia e novas tecnologias. Por fim, fornece sugestões bibliográficas para o curso.
O documento apresenta uma introdução sobre o conceito de cultura digital e cibercultura, discutindo sua evolução ao longo do tempo com o avanço das tecnologias digitais. Apresenta definições de cultura e cibercultura de acordo com diferentes autores e discute temas associados a esse campo como ciberespaço, interatividade, redes sociais e pesquisa nessa área. Por fim, lista alguns autores e publicações importantes sobre o tema.
URRESTI, Marcelo. Ciberculturas juveniles: vida cotidiana, subjetividad y pertenencia entre los jovenes ante el impacto de las nuevas tecnologias de la comunicación y la información. URREST, Marcelo (Ed.) Ciberculturas juveniles. Buenos Aires: La crujia, 2008, p.13-66
O documento discute como as redes sociais estão transformando a comunicação, o jornalismo e a sociedade de três maneiras: (1) permitindo que todos produzam e recebam informações, tornando os leitores ativos; (2) revolucionando o jornalismo ao fornecer notícias em tempo real e dando voz aos cidadãos; (3) permitindo novas formas de mobilização social e protesto.
1) Este documento discute uma teoria da comunicação sobre a natureza e origem da esquizofrenia, com foco na interação familiar e no conceito de "double bind".
2) A teoria argumenta que a esquizofrenia resulta da repetida exposição a situações "double bind" na infância, onde ordens contraditórias são impostas através de ameaças, criando conflitos na determinação dos tipos lógicos de comunicação.
3) Uma situação "double bind" idealmente envolve duas ou mais pessoas, experiências repetidas de ord
O documento descreve a história das revistas no Brasil desde o início do século XIX, destacando as origens, os tipos de revistas que surgiram e seu desenvolvimento. As primeiras revistas eram inspiradas nos modelos europeus e tinham como objetivo educar e entreter o público. No início do século XX, surgiram as revistas ilustradas que utilizavam fotografias, atraindo mais leitores. A revista Cruzeiro, lançada em 1928, se tornou um grande sucesso devido à qualidade editorial e ao enfoque em f
Este manual apresenta um método de jornalismo investigativo baseado em começar com uma história hipotética e usá-la para guiar o processo de investigação, desde a concepção até a publicação. O método envolve formular uma história potencial, testá-la para avaliar a viabilidade do projeto, organizar as informações coletadas de acordo com a história, e redigi-la de forma a contá-la de maneira impactante. O objetivo é contar histórias que promovam reformas e soluções para problemas sociais.
1. O documento discute a crise do pensamento iluminista e como o desenvolvimento técnico minou conceitos como razão, verdade e história.
2. Também aborda como a técnica liquidou a noção de ontologia e de sujeito histórico, demonstrando que o homem não tem controle total sobre os acontecimentos.
3. Analisa como a sociedade passou a ser dominada pela técnica de forma autônoma, criando uma "sociedade Frankenstein".
Revista realizada pelos alunos da disciplina Redação e Edição em Impressos das faculdades Integradas Helio Alonso, campus Méier, no segundo semestre de 2013.
Docente: Maracy Guimaraes
1) O autor contesta três postulados implícitos das pesquisas de opinião pública: que todos podem ter uma opinião, que todas as opiniões têm o mesmo valor e que há consenso sobre quais questões devem ser colocadas.
2) As pesquisas de opinião são dominadas por demandas políticas e servem para legitimar políticas através da ilusão de consenso público.
3) Não existe realmente uma "opinião pública" uniforme, mas sim um sistema complexo de forças e tensões que as pesquisas simplific
1) O autor contesta três postulados implícitos das pesquisas de opinião pública: que todos podem ter uma opinião, que todas as opiniões têm o mesmo valor e que há consenso sobre quais questões devem ser colocadas.
2) As pesquisas de opinião são dominadas por demandas políticas e servem para legitimar políticas através da ilusão de consenso, representado por percentagens.
3) Não existe realmente uma "opinião pública" unânime, mas sim um sistema complexo de forças e tensões que não pode
Este documento apresenta várias histórias curtas sobre a vida na comunidade Nova Brasília no Rio de Janeiro, incluindo: (1) a história de Jurema, que vendia lugares na fila do posto de saúde; (2) uma discussão entre moradores sobre os problemas da comunidade; e (3) uma conversa sobre as mudanças trazidas pelo programa de investimentos PAC e os problemas que ainda precisam ser resolvidos.
O documento repete várias vezes palavras-chave relacionadas a conhecimento, cultura, tempo, comunidade e desenvolvimento. Sem um contexto claro, é difícil resumir o significado geral do texto.
1) O texto discute as posições extremadas em relação às novas tecnologias, seja de aceitação entusiástica ou rejeição conservadora.
2) Argumenta que as marcas deixadas pela internet e tecnologia digital irão reprogramar as pessoas e sociedade de forma duradoura, mesmo após seu declínio, orientando-os para novos modos de pensar e viver.
3) Aponta que a digitalização reduz todas as informações a bits abstratos e igualizados, ameaçando a cultura escrita e patrimônio
O documento descreve diversas brincadeiras tradicionais de crianças, incluindo pular corda, esconde-esconde, cabo de guerra, amarelinha, pega-pega, queimado e telefone sem fio. As brincadeiras requerem poucos ou nenhum material e envolvem corrida, competição, habilidade motora e diversão entre amigos. O texto encoraja a relembrar essas brincadeiras simples.
CIRANDA: A Infância na História dos Moradores da Serra da Misericordia e Arre...Maracy Guimaraes
Este documento descreve a revista "Ciranda" produzida por alunos do Centro de Cultura Digital Praça do Conhecimento em Nova Brasília, Complexo do Alemão. A revista contém relatos e memórias dos alunos sobre suas infâncias vividas na região, incluindo brincadeiras, jogos, desafios e a forma como a comunidade era no passado.
Este documento descreve a revista "Ciranda" produzida por alunos do Centro de Cultura Digital Praça do Conhecimento em Nova Brasília, Complexo do Alemão. A revista contém relatos e memórias dos alunos sobre suas infâncias nas favelas, incluindo brincadeiras, jogos, desafios e a falta de infraestrutura na época.
1) O entrevistado analisa o histórico das Organizações Globo, destacando seu papel controverso, com apoio aos governos militares e de ocasião, e linha editorial de oposição aos governos de esquerda;
2) Ele cita um exemplo recente de erro factual em reportagem do jornal O Globo para ilustrar possível deslealdade editorial;
3) Apesar de considerar a Carta de Princípios Editoriais importante, o entrevistado duvida que haja efetiva mudança na linha editorial das
O documento apresenta uma entrevista com Luciano Zarur, jornalista e professor, sobre o papel do jornalismo praticado pelas Organizações Globo. Zarur analisa o histórico controverso das Organizações Globo, desde a fundação do jornal O Globo até a obtenção da concessão para a TV Globo durante a ditadura militar, período em que a emissora se alinhou ao regime. Zarur também comenta a Carta de Princípios Editoriais proposta pelas Organizações Globo
1. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Curitiba, PR – 4 a 7 de setembro de 2009
Ciberativismo: mídias digitais e o ativismo ambiental na rede1
Alan Mascarenhas2
Ana Paula Azevedo3
Olga Tavares4
Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB
RESUMO
O caráter transformador do homem aliado à insatisfação frente às desigualdades e outras
dificuldades de ordem social refletem um histórico de lutas e mobilizações em busca de
interferências no status quo. Diante disso, destacamos a relação desses movimentos
sociais com a comunicação, haja vista que os processos comunicacionais mediam as
relações em sociedade através de suas linguagens. Em tempos de realidade virtual, com
o advento da internet, e o turbilhão de possibilidades que apresenta, propomos um
estudo dos movimentos de ativismo social no ciberespaço – Ciberativismo - através do
aplicativo Amazônia.vc presente no site de relacionamentos Orkut.
PALAVRAS-CHAVE: ativismo social; ciberativismo; comunicação; cibercultua; meio
ambiente.
O Ativismo na Mídia
Com freqüência ouvimos na academia e na própria mídia discussões sobre o
poder que as mídias exercem sobre o comportamento social. Remete ao período
monárquico absolutista a constatação, mesmo que insipiente, de tal força da influência
social dos meios de comunicação presentes na imposição do silêncio e na proibição de
livros, em detrimento da liberdade de expressão. Nesse sentido, ao longo da história
política mundial podemos constatar inúmeros momentos onde a mídia foi utilizada
como ferramenta de “manipulação” da opinião pública, como no Brasil, por exemplo,
tivemos na era Vargas a criação da Voz do Brasil, tradicional programa radiofônico de
notícias sobre o governo, que não por acaso existe até hoje praticamente com o mesmo
perfil editorial.
Esta força foi crescendo e se refinando, conforme evoluíram os suportes
midiáticos como afirmam Ferreira e Vizer:
1
Trabalho apresentado na Divisão Temática Multimídia, da Intercom Júnior – Jornada de Iniciação Científica em
Comunicação, evento componente do XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação
2
Estudante de Graduação 7º. semestre do Curso de Radialismo da UFPB, email: alanmangabeira@gmail.com
3
Estudante de Graduação 7º. semestre do Curso de Radialismo da UFPB, email: azevedo.ap@hotmail.com
4
Orientadora do trabalho. Professora-adjunto do CCTA, PPGC e PPGCI/ UFPB, email: olgatavares@cchla.ufpb.br
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2. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Curitiba, PR – 4 a 7 de setembro de 2009
A influência social, cultural e psicológica da comunicação midiatizada
cresceu em forma permanente e acelerada com o surgimento dos
meios de comunicação audiovisuais, paralelamente aos processos de
massificação dos públicos telespectadores em escala global.
(FERREIRA e VIZER, 2007, p. 26).
Entretanto, não se trata mais de pensar numa força direitista unilateral ou
exclusiva dos detentores da produção midiática dos grandes meios de comunicação
como as emissoras de Rádio, TV e de impressos, porque em outros tempos e espaços a
mídia havia sendo, também, utilizada como ferramenta de contestação e transformação
da ordem vigente.
Desde a Revolução Francesa com a panfletagem e os discursos orais de
fundamentação iluminista, que visavam à passagem de um regime político a outro,
resultado, sobretudo, do acesso massificado à leitura, a história retrata como a mídia
pode atuar não somente na manutenção de uma ordem, mas também na ruptura do
status quo.
No decorrer do tempo, muita coisa mudou tanto na esfera tecnológica da
comunicação, bem como no âmbito das necessidades sociais, nas suas lutas e na forma
de lutar, em especial, na maneira de utilização da mídia por ativistas de movimentos
sociais, como o movimento ambiental. Estima-se que os movimentos ambientais
tiveram origem no final do século XIX, na Europa Ocidental, com a formação de grupos
voluntários para proteger a vida selvagem e a preservar áreas naturais, fazendo surgir,
então, a primeira “onda de ação ambiental” (TAVOLARO, 2001, p.18). Mas foi no século
XX, a partir da década de 60, que a “segunda onda” fez surgir novas organizações
ambientalistas, uma crescente consciência pública, mas, também, problemas industriais
como energia nuclear, lixo tóxico e afins (DALTON, 1994, apud TAVOLARO, 2001,
p.19), o que passou a despertar a mobilização ambiental.
A seu turno, a revolução digital trouxe, entre outras coisas, a multiplicação dos
meios de produção e disseminação da comunicação proporcionando o acesso, que não é
total, mas crescente da internet nos diversos recantos do planeta. Concomitantemente,
os movimentos sociais tomaram novos formatos, como afirmam Ferreira e Vizer (2007,
p.36) “o ativismo social já não deve ser forçosamente organizado, nem requerer ‘atos de fé’
nem formalidades (...)”.
Sob essa perspectiva, pensar todas as possibilidades que a internet oferece ao
reunir imagem, texto, áudio e vídeo, interligados numa rede de alcance mundial é uma
justa e frequente preocupação do meio acadêmico contemporâneo de diferentes campos
2
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de estudo, tais como a sociologia e a comunicação tamanha sua relevância e
complexidade. Propomos, neste trabalho, uma reflexão do uso da internet como
ferramenta de ativismo – o ciberativismo – numa perspectiva ambiental, através do
aplicativo Amazônia.vc presente no site de relacionamentos Orkut.
Do papel ao virtual: Paradigmas que norteiam o ciberativismo
O Ciberativismo é uma atividade completamente nova, que se inspirou no
ativismo, cujas práticas nos veículos tradicionais deram lugar aos novos suportes
digitais e eletrônicos "para divulgar causas, fazer reivindicações e organizar mobilizações"
(VASCONCELOS, 2008).
Neste artigo, iremos estudar o ativismo feito através da internet, considerado
ciberativismo; e, também, tentaremos refletir acerca de quais ações o circundam,
fazendo um recorte sobre o ciberativismo através do aplicativo Amazonia.vc,
desenvolvido para o Orkut. Todavia, é de extrema importância que alguns conceitos
básicos e seus contextos históricos sejam esclarecidos para que a análise do aplicativo
possa ser compreendia.
Em 1932, momento de plena expansão da Comunicação de Massa e de pesquisas
sobre essa nova forma de difundir cultura, o dramaturgo Bertold Brencht, o mesmo que
levou o teatro a níveis onde o público poderia interferir na peça, criando a estética do
teatro didático, se tornou o pioneiro no que se refere aos pensamentos sobre a
interatividade - termo que norteia os avanços na área da informática e que interfere em
nosso objeto de estudo, o Amazônia.vc, como veremos mais adiante.
Brecht imaginou um modelo de programa radiofônico onde o ouvinte fosse
dotado da opção de se tornar ativo na produção, ou seja, de interferir no que estivesse
sendo transmitido pela rádio de forma participativa, crítica e direta do público, segundo
Arlindo Machado, em “Hipermídia: O labirinto como metáfora” (1997). A partir dos
pensamentos mais ousados de Brecht, vemos a necessidade de "interativizar" o
relacionamento homem e máquina, relacionamento já notado no aplicativo Amazônia.vc
Houve um grande caminho entre a comunicação unilateral, norteada pelo
Esquema de Laswell, onde tal receptor apenas recebe a informação, sem interferir nela,
e a situação comunicacional atual. Quando Brecht refletia sobre a relação "homem-
máquina", esta ainda estava, para maioria dos meios, estabelecida de forma quente,
como discorre Marshall McLuhan (1969).
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Para o filósofo canadense, meios quentes não dispõem de lacunas a serem
preenchidas pelo receptor. McLuhan pensava então o rádio como um desses meios
quentes. O que não significa que tal meio, assim como outros, não poderia se tornar um
meio de comunicação que sofresse interferências do receptor.
A informática foi criada pensando na relação entre o homem e a máquina,
consequentemente, atuando sobre a forma de emitir e receber informação. A evolução
da informática atinge um patamar importante nesse sentido com o surgimento da
internet.
O inicio prático da internet partiu da comunicação entre bases militares na
década de 60. De uma época onde apenas 100 sites existiam na rede - o que podemos
comparar com um pequeno vilarejo - chegamos a uma rede composta por cidades
virtuais, dando origem a um mundo que abandonou o paralelismo e se adequou como
extensão do mundo físico. Para o pesquisador André Lemos, cidades virtuais podem ser
chamadas de cibercidades e vistas da seguinte maneira:
A cidade e as cibercidades devem ser vistas como formas espaço-
temporal que se constroem pelo movimento: transporte e comunicação.
No processo de virtualização das cidades, deve acontecer, para que as
cibercidades possam ser assim chamadas, formas de transporte e
comunicação, onde os percursos de pessoas pelo espaço informativo a
partir de trocas comunicacionais possa se inserir em trocas de
informação entre elas. Cidade e circuitos eletrônicos mantêm assim
uma analogia que vai além da mera metáfora: ambas fazem circular
(transporte) informação pelos mapeamentos de objetos e instrumentos,
provocando situações de comunicação. (LEMOS,2000, p.4)
André Lemos faz a analogia entre os circuitos eletrônicos e visualiza todos os
elementos principais de uma cidade palpável, como a que moramos. Nas cibercidades,
as ruas, avenidas, campos e praças, por exemplo, são apenas um simulacro. Para Lemos
(2000, p.5), elas devem "reivindicar ser uma 'narrativa' da cidade e não sua transposição literal
ou espacial". É dentro do universo virtual e com suas trocas de dados que surgem as
comunidades virtuais de usuários, que com uma linha de pensamento em comum
desenvolvem ações virtuais, podendo transcender o mundo das virtualidades, como
podemos observar nas ações ciberativistas.
Os encontros e as trocas de informação entre pessoas têm a possibilidade de
ocorrer em qualquer ponto de uma cidade física, que pode também possibilitar a troca
de informações entre objetos e pessoas, desde que esses objetos sejam signos que
possam interferir, ou dialogar, com algum pensamento do individuo que decodificou a
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informação em código proposta no signo em questão, como é reforçado por Lúcia
Santaella (1996, p.60): “refletir, o signo, necessariamente e sem escapatória possível também
retrata essa realidade, isto é, ao refletir o signo transforma, transfigura e até certo ponto e numa
certa medida, deforma aquilo que reflete”. No mundo virtual, como afirma Lemos (2000, p.
4), a troca passa a ser de bytes e não mais de objetos, além de se tornar uma ação muito
mais tangível ao intelecto humano em detrimento da troca material. No sistema virtual
de trocas, não deixa de haver uma possessão, mesmo não tendo objetos físicos, afinal
tudo que recebemos através da internet também tem uma imagem. No mundo não-
virtual precisamos pegar os objetos (o documento em papel de uma petição ou um DVD
com aulas virtuais, por exemplo) com nossas mãos, mas no que diz respeito ao mundo
virtual, precisamos de uma extensão do nosso corpo para que isso aconteça, como situa
Mcluhan, em "Os Meios de Comunicação Como Extensão do Homem" (1969). No caso
do computador, o mouse é a extensão virtual de nossas mãos.
Mas atualmente, com o avanço tecnológico, algumas extensões, como o mouse,
já estão sendo comprimidas. Nesse caso que tratamos, o mouse se torna desnecessário
com as telas de toque (Touchscreen). Tal fator interfere positivamente na relação entre
os usuários da rede que compartilham a ação ciberativista. É como estar muito mais
próximo de um usuário que junto com outro que programou uma ação ativista através de
uma comunidade virtual. Com a extensão reduzida, as informações são trocadas de
forma mais eficaz.
Quanto à interação e à interatividade que introduzimos no tópico, fatores
decisivos em aplicativos semelhantes ao Amazônia.vc, é importante frisar a forma
imatura que o marketing se apropriou dos termos para vender seus produtos, incluindo
aplicativos para sites de relacionamento, para televisões, entre outros. Edna Brennand e
Guido Lemos afirmam que as possibilidades dadas por uma televisão que permita o
controle da sua programação com avanço e retrocesso de imagem, por exemplo, "ainda
não satisfaz a necessidade intrínseca que os sujeitos cognitivos possuem de transgredir e
redirecionar os fluxos comunicacionais" (BRENNAND e LEMOS, 2007, p.78). Ou seja,
podemos pensar em interatividade como algo que nos permite sair da fórmula pré-
estabelecida de caminhos, ou pelo menos que essa forma supra a necessidade de atender
à demanda de caminhos que o usuário possa optar, transformando a situação. Para
Enzensberger (1979, p.25), a interatividade é pensada em um processo que possa ter um
feedback constante entre emissor e receptor, invertendo tais papéis, inicialmente
estáticos.
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Já a interação é tida como uma relação, referindo-se a um tipo de ação que
envolve vários sujeitos no sentido de criar um vínculo entre eles (VITADINI, 1995 apud
MIELNICZUG, 2001, p.173). Sem tal interação se tornaria impossível a existência de
movimentos ativistas, quanto mais ciberativistas, que passam a contar com a
interatividade pertinente à internet. Sobre essa ligação entre internet, ativismo e
interatividade, Dênis Morais comenta:
A Internet oferece novas ferramentas de intervenção, como as
campanhas virtuais, o correio eletrônico, grupos de discussão, fóruns,
salas de conversação, boletins, manifestos online, murais, anéis de sites
e árvores de links. É uma arena complementar de mobilização e
politização, somando-se a assembléias, passeatas, atos públicos e
panfletos. (MORAIS, 2001, p.3)
As Mídias Digitais como Suporte para o Ativismo Social
Muitos teóricos alertam para possíveis problemas sociais oriundos da
incorporação da internet ao cotidiano da população como, por exemplo, dificuldades de
relacionamento provocado por seu uso exacerbado numa geração que cresceu “imersa”
no mundo virtual.
Mas o espaço oferecido virtualmente não deve ser concebido como um espaço à
parte do considerado “real”, porque o conteúdo que compõe o texto em rede está em
constante diálogo com a realidade sócio-histórica. O homem que habita o ciberespaço
está preenchendo-o com informações e questões que dizem respeito ao contexto social
de que participa e é produto. Conforme Lèvy (1999, p.17), “o termo [ciberespaço]
especifica não apenas a infra-estrutura material da comunicação digital, mas também o universo
oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e
alimentam esse universo”. Por outro lado, a internet surge como uma opção
descentralizada de comunicação, oferecendo um fluxo de informações distribuídas de
forma horizontal e é antes de tudo uma realidade já instalada, ou seja, não se trata de um
processo passível de inversão. A questão é muito mais de pensarmos as novas práticas
que este meio introduz ao contexto social para melhor compreendemos essas
possibilidades e suas implicações.
Castells nos fala da sociedade regida sob o paradigma tecnológico da
informação, a sociedade em rede:
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(...) o paradigma da tecnologia da informação não evolui para seu
fechamento como sistema, mas rumo a abertura como rede de acessos
múltiplos. É forte e impositivo na sua materialidade, mas adaptável e
aberto em seu desenvolvimento histórico. Abrangência, complexidade
e disposição em forma de rede são seus principais atributos.
(CASTELLS, 2007, p.113).
Essa abertura quanto ao seu desenvolvimento histórico da rede na internet - que
“é a rede que liga a maior parte das redes” (CASTELLS,2007, p.431), propiciou ao
ativismo grandes avanços, pois, se a grande mídia (TV, rádio, jornal impresso) obedece
a um formato que não dá livre acesso às minorias sociais, “a criação de novos softwares
cada vez mais sofisticados e o barateamento de equipamentos fez com que aumentasse o
número de pessoas com acesso à rede, abrindo ainda mais o mercado da informação e do
conhecimento” (LÉVY, p. 44, 1999).
Tomando ambientalismo como um conjunto de pensamentos e ações coletivas
que defendem o reajuste das relações entre o homem e o meio ambiente, percebemos a
profunda e difícil “missão” deste movimento, já que propõe uma profunda modificação
cultural que mexe com delicadas questões como a economia global ao contrariar
interesses de empresários. Neste sentido, a internet dispõe, no meio virtual, do espaço
de contestação e luta negado por anos nos formatos de outras tecnologias a grupos que
lutam por uma causa social como o dos negros, homossexuais, ambientalistas etc.
Sites, blogs, fóruns e tantas outras ferramentas que compõem o ciberespaço
passaram a compor a parte principal da publicidade de ONGs, associações e ativistas de
movimentos como o movimento ambiental. Junto com as ferramentas citadas do
ciberespaço que contribuem para o ciberativismo ambiental, está o site que hospeda o
Amazônia.vc - o Orkut.
Castells propõe uma relação intensa entre as questões que formam o movimento
ambiental e a estrutura social moldada pela centralidade assumida pela tecnologia e
informação, a saber:
Proponho a hipótese de que existe uma relação direta entre os temas
abordados pelo movimento ambientalista e as principais dimensões da
nova estrutura social, a sociedade em rede, (...): ciência e tecnologia
como os principais meios e fins da economia e da sociedade; a
transformação do espaço; a transformação do tempo; e a dominação
da identidade cultural por fluxos globais abstratos de riqueza, poder e
informações construindo virtualidades reais pelas redes da mídia.
(CASTELLS, 2006, p. 154)
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O aplicativo em estudo possui a particularidade de não estar associado a uma
organização não-governamental ou instituição de proteção ambiental, mas ser produzido
por uma grande emissora de comunicação do Brasil, a Rede Globo. O que demonstra,
no mínimo, a penetração do tema no seio da sociedade e levanta questionamentos: o que
move a ação ativista de uma empresa de comunicação, antes de tudo movida pelo lucro
como manda o sistema capitalista? Ambientalismo, hoje em dia, deixou de ser “coisa de
ambientalista” e virou acessório de moda para as pessoas jurídicas e físicas?
O Orkut como suporte para o Amazônia.vc
O Orkut se define como uma comunidade on-line e pode ser considerado rede
social ou site de relacionamento, sendo criado em Janeiro de 2004, por Orkut
Büyükkokten, engenheiro do Google, que deu nome à comunidade. Esta se estrutura em
um banco de dados comportando perfis de usuários que podem manter uma interação
entre si através dos perfis e das comunidades existentes no site.
Tais comunidades podem ser criadas por qualquer usuário que deseje exprimir
um pensamento, definindo então qual tipo de comunidade ela será: Arte e
Entretenimento, História e Ciências e outras categorias selecionadas pelo Orkut.
Dentro do perfil, os usuários têm a possibilidade de trocar informações através
da área de recados ou scraps e, caso ele esteja cadastrado através de um e-mail do
Google (atual empresa dona do Orkut) ele poderá se comunicar em um serviço de
mensagem instantânea com os usuários adicionados no serviço por ele.
Apesar de ter no Brasil a maior quantidade de usuários, o Orkut, no dia 16 de
abril de 2008, começou a testar na Índia a inclusão de aplicativos que poderiam ser
adicionados ao perfil de cada usuário. Cada aplicativo é desenvolvido de forma
independente e, seguindo os passos da empresa de informática Apple em recepção de
idéias, os aplicativos desenvolvidos são recebidos pela Google para análise.
Cada aplicativo usa a tecnologia Google OpenSocial, que é composta das linguagens
de construção na internet mais básicas: HTML e JavaScrip. O OpenSocial não funciona
como uma rede com estrutura própria, ela é um conjunto de três APIs (Interface de
Programação de Aplicativos) que permitem, segundo informações da Google, que os
programadores tenham acesso às informações do site, tais como informações de Perfil
(dados de prováveis usuários), informação de Amigos (gráfico social) e dados sobre as
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atividades (o que o usuário faz na rede). De forma que aplicativos, chamados de "apps",
como o Amazônia.vc sejam baseados no público que atingirá.
O Amazônia.vc é um aplicativo desenvolvido através dessa tecnologia Opensource
pela equipe do programa de televisão Fantástico, da Rede Globo, em parceria com o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que contribui com a atualização de
dados, como as áreas de queimadas e desflorestamento.
A proposta do aplicativo é fazer com que os usuários do Orkut, que são, segundo a
companhia, 49% brasileiros e 54,54% de um total de mais de 25 milhões de usuários
ativos que tem entre 18 e 25 anos, possam controlar e protestar contra a devastação da
floresta amazônica, sem sair de casa. Floresta essa que já teve, ao decorrer da história,
730 km² destruídos pela ação do homem, um espaço que levaria cerca de 10 horas para
se percorrer de caminhão e que equivale a dezessete estados do tamanho do Rio de
Janeiro.
Data da década de 70 o início da vigilância da Amazônia, mas na época tal ação
acontecia para que os militares se certificassem de que a mata estava realmente sendo
derrubada. Ato que representava, para eles, o progresso do país, que se materializou no
projeto da construção da Transamazônica, cujo marco zero fica em Cabedelo, na
Paraíba. “O modelo do desenvolvimento implantado durante os governos militares aparece
entre os meios científicos como o grande responsável pelo processo de desmatamento que se
desencadeou ao longo das últimas três décadas na Amazônia.” (LUFT, 2005, p.69).
Schirley Luft (2005, p.70-74) discorre sobre os “desajustes socioambientais” na
Amazônia, nessas últimas décadas em razão de uma política mais predatória e
destruidora do que preservacionista deste bem natural, deste patrimônio da
biodiversidade mundial, que é a Floresta Tropical.
O aplicativo Amazônia.vc é uma ramificação ativista do portal Globo Amazônia
(www.globoamazonia.com). Apesar de o site conter notícias sobre o desmatamento e
apresentar um mapa que indica a situação da floresta de acordo com dados do Inpe, é
através do aplicativo no Orkut que o ciberativismo acontece efetivamente.
Na página inicial dentro do aplicativo no Orkut, encontramos em destaque um mapa
da América do Sul, com foco nas regiões da floresta. Nele, podemos encontrar grupos
de queimadas (identificado por um ícone com desenho de uma chama com um sinal de
"+"), queimadas isoladas (apenas o ícone da chama), áreas de desmatamento (ícone com
madeiras cortadas e empilhadas), grupos de desmatamento (desenho vetorial das
madeiras empilhadas e o sinal de "+") e casos que foram noticiados (caixa de diálogo
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com um sinal de "+" para grupo de notícias, ou com um botão de play, identificando
notícia com vídeo e ainda a caixa de dialogo simples, com mais caixas dentro, para uma
única notícia) além de mostrar quais locais já foram protegidos inserindo uma imagem
verde de "positivo" em cima das madeiras ou do fogo. A figura 001 mostra os ícones
inseridos no mapa e suas legendas:
Figura 001 - Mapa do Amazônia.vc
Acesso em 19 de Junho de 2009 e disponível em
<http://www.Orkut.com.br/Main#Application.aspx?uid=107712692826252
90202&appId=617265 775021&rl=ls >
Além do mapa, é apresentado um espaço com dados do desmatamento no mês
(atualizados de acordo com a divulgação do Inpe), quantos focos de queimadas foram
identificados no dia e os grupos de notícias. O aplicativo também divulga notícias sobre
o desmatamento, sendo que na parte superior da tela, em destaque, entra uma notícia
postada através do perfil no Twitter (site de rede social) do Globo Amazônia, e na parte
inferior com notícias provenientes da agência de notícias do site do Globo Amazônia.
Há um ranking, ainda na página inicial, que mostra qual estado tem maior número de
protestos, ou seja, mais focos de destruição da floresta. O ranking nos leva, assim como
o menu superior do site, à página de protestos que fica dentro do aplicativo, com um
ranking mais detalhado, contendo: um ranking que mostra a posição do usuário entre os
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amigos que protestam, o seu último protesto, uma lista de protesto por estados e a
quantidade total de protestos.
Dentro do Orkut, fora do aplicativo, é possível saber quais amigos usam o mesmo
aplicativo que o usuário.
Amazônia.vc: Um aplicativo ciberativista?
O aplicativo Amazônia.vc está em fase de teste (Beta) e faz parte do projeto
Globo Amazônia e está à disposição no portal de mesmo nome, como mencionado
anteriormente. Na primeira sessão, intitulada Monitoramento, o mapa apresenta os
pontos de queimada e desmatamento, seguindo a ilustração icônica detalhada no tópico
anterior, além da sequência das últimas notícias sobre meio ambiente, enfatizando
aquelas que abordam a Amazônia.
Destacamos a guia monitoramento como o ponto chave deste software porque é
a partir dela que se desencadearão todas as atividades do usuário permitidas pela
interatividade do aplicativo, sendo elas as ações de ciberativismo as quais, neste caso,
consistem na realização de protestos, possibilitados através da segunda guia do
aplicativo, a guia Protestos. Tais ações se dão a partir da indignação referente ao perigo
de extinção do ecossistema amazônico, sensibilizadas na primeira etapa do aplicativo,
dentro da primeira guia.
O que é alcançado pelos olhos é mais passível de sensibilizar, a dinâmica do
aplicativo funciona de modo que o indivíduo tenha no seu cotidiano possibilidade de
fiscalizar diariamente, através de imagens captadas via satélite, um patrimônio natural
de importância tão elevada quanto a floresta amazônica.
A disponibilização dessas imagens para o público atua também como uma
pressão indireta nas autoridades responsáveis pelo combate à destruição da floresta
amazônica. Casos já foram autuados pelo Ibama graças ao monitoramento do aplicativo
aqui referido, como por exemplo: “Alertado pelo mapa Amazônia.vc, o Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) , do Amapá,
fiscaliza queimada”, em 22/4/2009, disponível em
<http://amapa.bobnews.com.br/noticias/alertado-pelo-mapa-amazoniavc-ibama-do-
amapa-fiscaliza-queimada-199.html>.
Na guia protestos acontece uma espécie de “competição” entre os internautas
que atuam no Amazônia.vc, pois o ranking de usuários que mais postaram protestos
funciona como um elemento de incentivo à participação. Além da natural preocupação
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em proteger a Amazônia, figurar no ranking acaba se tornando um atrativo a mais para o
internauta.
Não devemos olvidar que o aplicativo funciona via Orkut que carrega um
estigma de algo “superficial” voltado para “banalidades” adolescentes. Mas antes de
qualquer coisa é um site de relacionamentos, e nesse sentido o aplicativo termina por
criar uma outra rede dentro do Orkut – a rede dos integrantes do amazônia.vc. que se
entrelaça com a do site hospedeiro proporcionando uma relação de grupo, com a criação
de uma identidade dos elementos que compõem a rede do amazônia.vc. Tal interação
proporciona uma vertente importante ao ciberativismo: a ligação entre as pessoas
ativistas, que precisam formar um grupo que os conecte fora da ação ativista em si.
Dentro da rede, por mais que exista um ranking, essa possível ligação entre os usuários
permite uma comunicação de forma horizontal entre eles, não criando uma hierarquia
entre o criador de um protesto e seus seguidores. A rede e a troca de informação e todas
as ações que a circundam acontecem nas ruas das cibercidades.
Em grandes centros urbanos, onde a ação ativista se apresenta com mais
dificuldade devido à não-disposição de tempo dos integrantes de movimento, a rede
dentro do ciberativismo vem contribuir com a questão temporal. A compactação de
algumas extensões do homem com relação ao computador, como explicamos, encurta a
quantidade de tempo gasta para se fazer algo na internet, como denunciar as queimadas
e em seguida já discutir com o seu grupo de amigos as ações tomadas e os fatos
apresentados nas notícias.
A interação se alia à interatividade, como de costume, dentro do aplicativo, ao
passo que o Orkut permite a troca de mensagem entre os usuários da rede, tendo ele
assim um espaço em branco para discutir suas ações e estender, de forma ao seu critério,
através dos recados (scraps), na extensão da rede. Entrando no gerenciamento do
aplicativo, clicando no ícone em forma de ferramenta, o Orkut proporciona a
visualização de todos os participantes do aplicativo, permitindo que esses fortaleçam a
rede. Para alguns, nesse caso, o aplicativo pode se tornar apenas um dos pontos de
encontros, na cibercidade ou no mundo físico, para os ativistas, levando a rede do
virtual ao físico.
E nessa nova rede, o status maior é o daquele mais ativo no aplicativo, o que
mais posta e está entre os melhores colocados no ranking.
Considerações Finais
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Na sociedade atual percebemos uma tendência de aceitação da visão ecológica.
As preocupações com o meio ambiente que moveram os ativistas de movimentos
ambientais pelo mundo, de certa forma, acabaram por “contaminar” toda a sociedade. A
crescente abordagem na mídia desses problemas, embora em sua maioria de forma
superficial, colaborou para a construção dessa “simpatia” com a ecologia.
O amazonia.vc está voltado para a conscientização em torno da crescente
destruição da Amazônia. Pensando nos altos índices existentes de destruição da floresta,
o projeto consiste numa tentativa de levar o cidadão comum a acompanhar a devastação
e participar efetivamente emitindo sua indignação sobre este crime ambiental; por isso,
é de certo modo, um convite ao ativismo.
Mas não podemos perder de vista todo o interesse comercial embutido desde a
construção do aplicativo, que acaba funcionando como um objeto de divulgação da rede
Globo, colaborando no marketing da empresa, pois é inegável que, na nossa sociedade,
é um ponto positivo ter sua marca associada a alguma causa ambiental.
O ciberativismo começou demasiadamente tímido, recebendo a descrença de
organizações não-governamentais, de pautas jornalísticas, da internet e,
consequentemente, até do meio ambiente. Os usuários mais alternativos e os
comunicadores são costumeiramente os que mais buscam novos fatos na rede e, quando
os últimos não se interessam por esse fato, então os que buscam a cultura "perdida",
fora do mainstream, ficam atentos a ela e fazem uso do que essa cultura lhes oferece,
chamando a atenção da mídia, como um ciclo - do qual o ciberativismo não escapou.
De ações para chamar atenção para situações de pouca relevância, o ativismo
online hoje mobiliza o mundo virtual a favor do mundo físico e, seja por um marketing
"verde" ou boas intenções, o amazônia.vc conseguiu convergir em uma compassada
interação as velhas e as novas mídias, os cidadãos comuns e as autoridades re-ativando,
quem estiver ao alcance, e rejuvenescendo a luta virtual pela Amazônia.
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