3. DEFINIÇÃO
Samuel Gross (1872): “Um desarranjo grosseiro
da maquinaria da vida”
John Collins (1872): “ Uma pausa momentânea
no ato da morte”
PHTLS (2007): “Estado de hipoperfusão celular
generalizada no qual a liberação de oxigênio no
nível celular é inadequada para atender as
necessidades metabólicas”
4. Pré-Carga: Volume de sangue nas veias cavas e
pulmonares;
Lei de Starling: Quanto mais os ventrículos se
enchem maior é a força de contração do
coração;
Pós-Carga: Resistência que o ventrículo deve
vencer para bombear o sangue;
5.
6. TIPOS DE CHOQUE
HIPOVOLÊMICO(hemorrágico): causado por
perca sanguínea que faz com que o coração
aumente o débito cardíaco devido a liberação de
adrenalina pelas suprarrenais. O simpático
libera noradrenalina que faz vasoconstricção dos
capilares periféricos.
Mas isso só funciona até certo ponto...
Vítima com sinais de compensação não vai
entrar em choque “ELE JÁ ESTA EM CHOQUE”!!!
7. CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE HEMORRÁGICO
Hemorragia classe 1: Perca de até 15% (750 ml)
de sangue. Mínima taquicardia, sem alterações
pressóricas ou ventilatórias.
Hemorragia classe 2: Perca de 15 a 30 % ( até
1500ml), taquicardia, aumento da frequência
ventilatória e diminuição da pressão de pulso,
geralmente a pressão é mantida. A vítima pode
demonstrar medo ou ansiedade. Os cristalóides
são uma boa IDÉIA!!!
8. Hemorragia classe 3: de 30 a 40% do volume
sanguíneo( 1500 a 2000ml), nesse nível a
pressão não é mais mantida, ocorre 30 a 40
ventilações por minuto, ansiedade ou confusão
acentuada. Muitos necessitam de transfusão
sanguínea.
Hemorragia classe 4: mais de 40% do volume
sanguíneo (mais de 2000 ml), taquicardia
acentuada(>140 bpm), pressão sistólica na faixa
de 60 mmHg, respiração agônica e resumindo
ELES TÊM POUCOS MINUTOS DE VIDA!!!
9. OBS: Reposição de líquidos com eletrólitos a
razão é de 3 litros para cada litro perdido.
(PHTLS 6ª ed, página 171 segundo parágrafo,
terceira linha.) Ou seguindo o ATLS, 1000 ml...
10. CHOQUE DISTRIBUTIVO
Ocorre devido aumento dos vasos sanguíneos
(continente) sem aumento do conteúdo
(sangue). Ocorre diminuição do débito cardíaco
sem perca de sangue (“hipovolemia relativa”),
pode ocorrer devido trauma de medula,
infecções graves, reações alérgicas, simples
desmaio...
11. Choque séptico: Ocorre devido a liberação de
citoquinas pelos leucócitos nas infecções,
causando vasodilatação periférica e
extravasamento de plasma.
“Choque” neurogênico: Lesões medulares na
saída dos nervos do sistema nervoso simpático
(toracolombar), causa desregulação do tamanho
dos vasos.
12. O choque neurogênico causa sinais como pele
seca, quente, bradicardia devido a atividade
parassimpática, pressão de pulso mantida na
faixa normal.
- Perca do simpático;
- Venodilatação potente.
13. “Choque” psicogênico: Ocorre devido a estimulação do
nervo vago, que provoca bradicardia se for acentuada
pode ocorrer a chamada síncope vasovagal (desmaio),
dura apenas minutos enquanto no neurogênico pode
durar dias. Os pacientes se recuperam colocados na
posição horizontal.
14. CHOQUE CARDIOGÊNICO
É a falha de bombeamento do coração. Que
pode ser por causas intrínsecas ou extrínsecas.
Intrínsecas:
-Lesão do músculo cardíaco (IAM causado por
doença coronariana);
-Arritmias
-Disfunção valvar.
Extrínsecas:
-Tamponamento pericárdico
- Pneumotórax hipertensivo.
15. COMPLICAÇÕES DO CHOQUE
Essas complicações não são vista no APH,
porém, podem ser vistas durante o transporte
inter-hospitalar.
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA: No choque a
hipoperfusão renal pode levar a insuficiência
renal aguda. As células dos túbulos renais
morrem se não for ofertado oxigênio por mais
de 45 a 60 min. Se os rins não funcionam não
tem líquido excretado e ocorre acidose
metabólica devido a falta de excreção de
metabólitos ácidos.
16. SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA
AGUDA:
Decorre de lesão dos capilares pulmonares,
levando a extravasamento de líquido para o
interstício e para os alvéolos.
INSUFICIÊNCIA HEMATOLÓGICA: Ocorre devido
a perca sanguínea, levando a perca de hemácias,
plaquetas (coagulopatia) e leucócitos
(predispondo a infecções).
17. INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA:
Manifestada por hipoglicemia persistente,
acidose lática persistente e icterícia, pode
acompanhar também coagulopatia.
FALÊNCIA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS:
Caso não seja tratado o choque ocorrerá o
falecimento de um órgão seguido do outro.