“Aarte não se deita nas camas que foram feitas para ela,
antes foge logo que alguém pronuncia o seu nome: ela
gosta de permanecer incógnita. Os seus melhores
momentos são quando se esquece de como se chama.
"
Jean Dubuffet
2. “L'art ne vient pas se coucher dans les lits qu'on a faits
pour lui ; il se sauve aussitôt qu'on prononce son nom.
Ce qu'il aime, c'est l'incognito, ses meilleurs moments
sont quand il oublie comment il s'appelle.”
Jean Dubuffet
“A arte não se deita nas camas que foram feitas para ela,
antes foge logo que alguém pronuncia o seu nome: ela
gosta de permanecer incógnita. Os seus melhores
momentos são quando se esquece de como se chama.
"
Jean Dubuffet
“Art does not come to lie down in the beds that have
been made for it; it runs away as soon as anyone utters
its name: it likes being incognito. Its best moments are
when it forgets what it's called.”
Jean Dubuffet
4. 02
Pop Mag é a newsletter que semestralmente divulga a Actividade
Artística no Articentro.
Projecto Oficina de Pintura Magazine é ela própria um dos exercícios
de design e ilustração contextualizados na actividade pedagógica de-
senvolvida nesta valência do ArtiSport. Serve de súmula para cada se-
mestre de trabalho e dá a oportunidade a cada Aluno de ver o seu tra-
balho a partir do contexto geral e não apenas do seu projecto pessoal.
Um trabalho colectivo, feito com amor e dedicação, com o melhor de
cada Autor, na forma do seu dom e talento, para toda a Comunidade
Escolar e para a Comunidade em Geral.
Ficha Técnica:
Redacção e coordenação de conteúdos:
Nuno Quaresma, Inês Hassamo e Paula Valente
Projecto gráfico inicial:
oferta Jtb & Guru Design and Art Projects
Editor de Arte: Nuno Quaresma
Comissária do evento e revisão científica
dos conteúdos:
Inês Hassamo
Fotografia e Ilustração:
Alunos Articentro e CAL SolSal
Colaborações: Pe. José Cordeiro, José Morais, Jor-
ge Santos, Alexandra Constantino, Sara Bahia, José Pe-
dro Trindade, Sofia Trindade, Maria Ana Lima, Marta Fi-
gueira, Íris Arriscado, Ana Maggiolly e Equipa de Manu-
tenção das Oficinas de S. José.
Publicação: on-line, em:
http://pt.scribd.com/pop_lisboa/shelf
5. 03
ÍNDICE
04 12
Mensagem Articentro, Os primeiros passos...
Oficinas de S. José para a Bela Criação
Equipa Articentro Inês Hassamo
05 13
Introdução Algumas Visões dos
«Bela Criação» nossos Alunos
Nuno Quaresma Alunos de Desenvolvimento pela Arte
06 14
A Arte como Direito da Catálogo da Exposição
Construção da Expressão «Bela Criação»
Sara Bahia & José Pedro Trindade Alunos Articentro e CAL SolSal
10 29
Manifesto Álbum de fotos de
Direito à Educação actividades Articentro
Sofia Trindade
6. 04
MENSAGEM
“Ensinar é aprender duas vezes”
Joseph Joubert, Filósofo e Ensaísta Francês (1754-1824)
Não sei se todas as Pessoas reflectem sobre crescer o improvável, o belo, o sublime, a sabedoria
as dimensões do conhecimento, mas para nós, Edu- e ainda outras coisas mais simples e necessárias
cadores, Pais, Professores, o tema é naturalmente em cada dia: respeito, cooperação, solidariedade, to-
de uma importância central. lerância, trabalho em equipa, organização e segu-
É neste conhecimento que sabemos existir o rança no trabalho.
mais sólido alicerce para o crescimento, pleno, sau- Educamos para esta cultura da curiosidade,
dável, e para a adaptação ao Mundo, com serenida- da inovação, do empreendedorismo, da responsabi-
de, bom senso, para o sonho, para o amor, para a fé. lidade, da perseverança, com uso das linguagens
Nesta “Oficina” e pela natureza dos ofícios que tradicionais das artes plásticas, com o recurso às
nelas exercitamos, todos os dias fazemos do conhe- mais variadas técnicas, tecnologias, materiais e
cimento e da sua aprendizagem um processo vivo, plasticidades e firmemente fundados na crença no
dinâmico e intenso, que em cada semente, faz cres- talento e unicidade de cada Aluno.
cer muitas mais, cumprindo assim dois dos mais be- Trabalhamos para fazer florescer Homens e
los fenómenos associados à criatividade: o desen- Mulheres mais felizes e completos, Cidadãos mais
volvimento e a inovação. equipados e responsáveis, no bom Estilo Preventivo
Este é um dos aspectos da identidade do Arti- Salesiano inspirado em D. Bosco.
centro - a de laboratório onde uma Equipa de Pro- Temos um único desejo e apenas um objecti-
fessores multidisciplinares catalisa esta transforma- vo: ajudar os nossos pequenos grandes Autores a
ção e o Articentro, mais do que um mero espaço cumprirem o máximo das suas potencialidades, a en-
agradável e bem equipado para a tarefa, é sobretu- contrarem a sua vocação, seja ela qual for, mas com
do um espaço simbólico para a descoberta, experi- a absoluta e experimentada confiança de que, como
mentação e aquisição de saberes através da Arte. dizia Mahatma Gandhi, todos possamos ser um dia
Aqui preocupamo-nos com o desenvolvimento a mudança que queremos ver acontecer no Mundo.
completo do Aluno, com a sua capacitação para com-
preensão, interpretação e representação da sua rea-
lidade interior e exterior. Preocupamo-nos em for- Equipa Articentro
má-lo para o uso em pleno dessa imprescindível Nuno Quaresma
competência que é a imaginação e criatividade para Inês Hassamo
que, ao longo da vida, se lembre que sobre este ins- Paula Valente
trumento será sempre possível fazer germinar e
7. 05
INTRODUÇÃO
«Que encontres na vida um sentido que te faça daridade, Sustentabilidade, Cidadania e Ecologia
agir, com aquela determinação que muitos já de- Humana, sob o mote da Declaração Universal dos
monstraram na escola, para vencer as crises que Direitos do Homem.
por vezes surgem na vida. Que saibas e sejas capaz
de amar aqueles que se vão cruzando no teu cami- Fizemos do nosso dom - da imaginação, traba-
nho e que encontres alguém ou Alguém a quem pos- lho e inovação - uma dádiva para o outro, para os ou-
sas dizer um “Amo-te” marcado por aquela pontinha tros, e empenhámo-nos na construção de uma Arte
de eternidade que dura uma vida. que fizesse realmente diferença na vida das Pesso-
Não te limites a existir: Vive!» as, da nossa Comunidade Educativa, Comunidade
Local e Comunidade em Geral.
Pe. José Cordeiro in Mensagem Pastoral,
«Tudo Sobre Nós 2011" Foi portanto com muito gosto que empreende-
mos a 1ª mostra deste ciclo de Exposições - Bela
Foi sob este mote, o do Amor, substanciado e Criação - com início precisamente nesta grande
falado em torno do tema «Ser Dom», nos exemplos Festa com uma Exposição conjunta SolSal - Projec-
de superação, de criatividade, de autenticidade e do to de Solidariedade Salesiana, e Articentro, Centro
bom samaritano, que toda a Comunidade Escolar de Expressão Plástica das OSJ.
das Oficinas de S. José canalizou o seu trabalho, a É com um gosto redobrado que fazemos a ree-
sua curiosidade e aprendizagem para aquilo que en- dição desta mostra, desta feita a celebrar o encerra-
tre nós chamamos Área Projecto. Projectos de Inte- mento do ano escolar e de actividade SolSal, e que
lectualidade, de Afecto, mas sobretudo Projectos de poderá ser visitada, no Sábado dia 25 de Junho, na
Vida que, fazendo justiça ao Estilo Salesiano de D. Biblioteca e no Articentro, onde poderá ver obras de
Bosco, se começam justamente a edificar desde ce- Pintura, Escultura, Desenho e Fotografia, e onde po-
do no espaço Escola. derá participar em tertúlias e workshops em torno
dos temas da Criatividade, Solidariedade, Paridade
A Exposição Ser Dom, cuja inauguração teve e Cidadania, num ambiente repleto de Juventude,
lugar no dia 31 de Maio, no Ginásio das Oficinas de Amor e de Vida, plena... vivida :)
S. José, no contexto geral das Festas consagradas
ao tema e à N.ª Senhora Auxiliadora que decorre- Porque é Bela a Criação e este é nosso pre-
ram entre os dias 25 de Maio e 2 de Junho, com o ar- sente de Amor endereçado ao próximo, visite-nos e
ranque do Festival Gímnico, é a síntese mais rica e passe os olhos nestas pequenas maravilhas e con-
detalhada de todo este esforço colectivo teúdos que aqui deixamos antever.
No Articentro acolhemos o tema com todo o co-
ração e fizemos deste ano um ano dedicado à Criati- Nuno Quaresma
vidade, orientada para o Amor, Tolerância, Paz, Soli- Professor Pintura, Desenho, Ilustração e BD - Articentro
8. 06
A Arte como o Direito de
construção da Expressão
Abstract vo e a diferenciação emocional, e, é responsável pe-
Tendo como premissa fundamental o direito que la constante organização e reorganização pessoal
todas as pessoas têm em conseguir expressar a de significados (Guidano & Liotti, 1983). Por seu tur-
compreensão que têm do mundo, procurou-se im- no, Eisner (2008) explica que a arte proporciona um
plementar uma estratégia eficaz para a compreen- sentido de vitalidade e uma “explosão de emoções”
são e expressão dos direitos da criança através de e revela como as experiências de vida podem ter um
dois exercícios promotores da interiorização, com- significado pessoal profundo e, que por isso, serve
preensão e expressão dos elementos da linguagem de modelo para a educação.
visual. A realização destes exercícios revelou que os A Lei de Bases do Sistema Educativo considera
direitos e os elementos da linguagem visual foram a promoção da educação artística um direito e um
compreendidos e utilizados na comunicação de idei- dever no panorama educativo nacional que permite
as, exemplificando os efeitos positivos da educação “sensibilizar para as diversas formas de expressão
artística no desenvolvimento pessoal. estética, detectando e estimulando aptidões nesses
domínios” (alínea c do artº 7º da LBSE, 2005). No en-
Para a cultura africana Akan, personalidade, in- sino básico, a educação artística estrutura-se em tor-
teligência e carácter (Sumsum e Suban) são ingredi- no de quatro competências transversais: a apropria-
entes fundamentais da construção da identidade ção das linguagens elementares das artes, o desen-
pessoal, visão que demonstra como esta cultura re- volvimento da capacidade de expressão e comuni-
conhece o papel dinâmico do organismo, num contí- cação, o desenvolvimento da criatividade e, ainda, a
nuo processo de reorganização da complexidade in- compreensão contextualizada das artes (ME,
terna, que segundo Greenberg e Pascual-Leone 2001). Seguindo estas orientações procurou-se im-
(1995) constituem o cerne do paradigma construti- plementar um estratégia promotora das competên-
vista. cias específicas de fruição-contemplação, produ-
O papel proactivo da pessoa na construção do ção-criação e reflexão–interpretação contempladas
seu percurso de vida foi realçada por Dewey (1934) nos princípios da educação artística para adoles-
ao acentuar o papel da experiência e da arte nessa centes (ME, 2001). Esta estratégia teve como base
construção. A arte seria um exemplo da vivência hu- a concepção construtivista sobre a interacção entre
mana, na medida em que a sua essência consiste conhecimento e factores motivacionais e emociona-
na construção do sentido de si e dos outros através is como determinante para a construção do conheci-
dos sentidos e do desenvolvimento da necessidade mento visual (e.g. Gregory, 1978). Mais concreta-
de estética (Dewey, 1934). De acordo com o para- mente, procurou-se a interiorização dos princípios
digma construtivista, o processo desenvolvimentis- do pensamento e linguagem visual na medida em
ta envolve a alternância entre o crescimento cogniti- que estes possibilitam uma leitura compreensiva da
9. 07
realidade (e.g. Eisner, 2002), a representação de ide- uma reflexão sobre o uso dos elementos da lingua-
ias (Dondis, 1991) e a formação de conceitos (e.g. gem visual, apelando para a observação, e subse-
Löwgren & Stolterman, 2005). quente interpretação, que não havia sido solicitada
na primeira fase e incentivar o processo de desco-
Estratégia de desenvolvimento artístico berta do código visual específico. Deste modo, a se-
A estratégia didáctica consistiu no desenvolvi- gunda fase do primeiro exercício apelou para per-
mento de dois exercícios consecutivos: a elabora- cepção do todo, através da descodificação e com-
ção de uma imagem e a subsequente atribuição de preensão das imagens construídas a partir da for-
um significado e a ilustração de um conceito. Foi mação de uma gestalt dinâmica (e.g. Löwgren & Stol-
aplicada a 100 alunos do 8º ano de escolaridade nu- terman, 2005). A conciliação das combinações com
ma escola do ensino particular e cooperativo de uma um tema, incentivou a procura de soluções mais fle-
zona rural da Estremadura. xíveis (e.g. Torrance, 1988). O segundo exercício
O primeiro exercício pretendeu sistematizar o procurou incentivar a simplificação de uma realida-
processo de representação de ideias a partir da lin- de abstracta – um direito humano, e compreendê-lo
guagem visual (Dondis, 1991) e subsequente reco- e expressá-lo de forma funcional no sentido de uma
nhecimento, interpretação e comunicação do seu comunicação clara (Lupton & Miller, 1991).
significado (Buttenfield & Mackaness, 1992). Na pri- Em termos de avaliação das produções dos alu-
meira parte deste exercício pedia-se a aplicação de nos, os critérios utilizados procuraram contemplar a
uma linguagem imagética sem preocupação com a composição dos elementos da linguagem visual e
representação de uma ideia. Eram especificadas re- os indicadores utilizados para apreciar produtos cria-
gras de composição e do agrupamento das figuras tivos, nomeadamente a fluência, que se refere ao nú-
geométricas e, embora alguns alunos em todas as mero de ideias pertinentes, a flexibilidade, que se re-
turmas tivessem manifestado expectativas de insu- fere ao número de categorias ou temas abordados,
cesso face à composição final, todos, sem excep- a originalidade, definida pela infrequência estatísti-
ção, conseguiram realizar o exercício. Ao solicitar a ca, a elaboração, associada ao número de porme-
experimentação de todas as possibilidades de com- nores e a expressividade e riqueza da imagem (Tor-
binação das figuras, procurou-se, por um lado, facili- rance, 1966) e, ainda, a adequação (e.g. Nickerson,
tar o processo criativo a partir de novos modelos (Pa- Perkins & Smith, 1985), ou seja, a possibilidade de
ivio, 1971) e, por outro, o processo de representa- adaptação à realidade. Em termos muito concre-
ção proposicional, decompondo e compondo os ele- tos, foi atribuída uma classificação de 1 a 5 a cada
mentos para depois numa segunda fase recompô- exercício sendo 1 não contempla nada e 5 contem-
los a partir de operações lógicas (Dean, Scherzer & plou tudo, a partir dos seguintes critérios:
Chabaud, 1986), na medida em que as imagens per- fluência – nº resposta dadas adequadas à pro-
mitem a criação de novas ideias (Cornelius & Casler, posta e o cumprimento das regras (a presença de 6
1991). Por isso, após a composição realizada, pro- rectângulos, 9 figuras, variação em termos de apli-
curou-se, na segunda fase do exercício, promover cação de figuras, direcção, composição, escala).
10. 08
flexibilidade – utilização de diferentes categori-
as do conhecimento para atribuir significados ou ilus- rance, 1988). Como Bovet e Voelin (2007) defen-
trar o conceito. dem, a utilização da imagem é estruturante do racio-
originalidade – infrequência de respostas e não- cínio e por isso o trabalho em torno da percepção, vi-
recurso a imagens estereotipadas. sualização e abstracção, predispõe para o desen-
elaboração – riqueza da variação em termos de volvimento de operações mentais de raciocínio em
aplicação de figuras, direcção, composição, escala situações novas (Primi, 2002) e a sua transferência
exploração flexível do espaço representado (com- para outros domínios a partir dos processos de ob-
posição dinâmica e estática) e rigor utilizado na cons- servação, visualização, inovação e reflexão (He-
trução das ideias. tland & Winner, 2008). Por isso, esta proposta de tra-
expressividade – fortalecimento do código das balho permitiu sensibilizar 100 adolescentes para os
formas mostrando riqueza emocional. Direitos da Criança e proporcionar-lhes uma forma
apreciação global - avaliação geral do trabalho de expressão diferente das habituais, promovendo,
tendo em conta a composição das figuras e a criati- assim, o direito à expressão. Possibilitou ainda que
vidade. desenvolvessem o seu Sumsum e Suban de modo a
Para a avaliação da eficácia da implementação construir o sentido de si e dos outros, fornecendo as-
da estratégia, procedeu-se à analise comparativa sim os alicerces para uma Beautiful Creation.
dos resultados dos dois exercícios a parir dos seis
critérios definidos na literatura: fluência, flexibilida- Sara Bahia & José Pedro Trindade
de, originalidade, elaboração, expressividade e ANEIS Lisboa & ANEIS Torres Vedras
Associação Nacional para o Estudo e Intervenção na Sobredota-
apreciação global. Foi utilizado um teste t para amos- ção.
tras emparelhadas, verificando-se diferenças signi-
ficativas em todos os critérios entre o primeiro e o se- Referências bibliográficas
gundo exercício para a fluência, a originalidade, a Bovet, M., & Voelin, D. (2007). O papel da ima-
elaboração, a expressividade e a apreciação global gem mental no raciocínio operatório: auxiliar ou es-
significativas para p<0.01 (t (99) = -2,85, p<0,01; truturante? Educar, Curitiba, 30, 107-130.
t(99) = -5,82, p<0,01; t(99) = -5,25, p<0,01; t (99) = - Buttenfield B. & Mackaness, W. (1991). Visu-
7,84, p<0,01; t (99) = -8,08, p<0,01, respectivamen- alisation In D. J. Maguire, M. F., Goodchild & D. W.
te). As diferenças para a flexibilidade foram menos Rhind (eds), GIS: Principles and Application. Vol. 1
fortes mas ainda significativas: p<0,05 (t(99) = -2,43, (pp. 427-443). London, Longman.
p<0,05). Estas diferenças entre o primeiro e o se- Cornelius, G. & Casler, J. (1991). Enhancing
gundo exercício revelam que os 100 alunos interiori- creativity in young children: Strategies for teaching.
zaram e aplicaram elementos da linguagem visual. Curriculum and Teaching, 6 (2) 67-72
Dean, A. L., Scherzer, E., & Chabaud, S.
Síntese conclusiva (1986). Sequential ordering in children's representa-
Todas as experiências que saiam da rotina, são tions of rotation movements. Journal of Experimen-
potencialmente promotoras da criatividade (e.g. Tor-
11. 09
tal Child Psychology (42) 99-114
Dewey, J. (1934). Art as Experience. New Nickerson,R S, Perkins, D & Smith, E. E.
York: Minton Balch and Co (1985). The Teaching of Thinking. Hillsdale, New Jer-
Dondis, D. A. (1991). A sintaxe da linguagem sey: Lawrence Erlbaum Associates
visual. São Paulo: Martins Fontes, Paivio, A. (1971). Imagery and verbal proces-
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Eisner, E. (2008). What Education Can Learn ductive reasoning tasks: Contribution to the unders-
from the Arts. The Lowenfeld lecture, 2008 NAEA Na- tanding of fluid intelligence. Intelligence, 30, 41-70
tional Convention. New Orleans: Louisiana Torrance, E. P. (1966). Torrance Tests of Crea-
Greenberg, L. & Pascual-Leone, J. (1995). A tive Thinking: Norms technical manual (Research
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The Bauhaus and design theory. Princeton Architec-
tural Press.
ME (2001). Currículo Nacional do Ensino Bá-
sico - Competências Essenciais. Lisboa: Departa-
mento da Educação Básica do Ministério da Educa-
ção.
12. 10
Direito à Educação [MANIFESTO]
Pensa na vida como se fosse andar de bicicleta, a cada pedalada vinha-te uma
ideia à cabeça, isso era genial mas também uma confusão, tinhas de ter um bloco de
notas, uma caneta e (só se quiseres) uma máquina fotográfica.
Mas imagina, andar de bicicleta não é só pedalar, mas sim estruturares,
organizares e memorizar as tuas ideias, para de seguida exprimi-las aos teus colegas
e familiares.
Pensa agora na vida boa que tens, achas que poderia ser mesmo melhor?
Tens o Direito à Educação e dou-te um conselho, não o uses mal, não o
desperdices, porque há muitas crianças que não o têm, enquanto tu podes seguir o
teu sonho e ser cantor(a), médica(o), empresária(o), professor(a) entre outras.
Aqueles que não têm nada, sonham um dia em ter a mesma oportunidade que tu
– ir para a Escola.
Sofia Trindade
13.
14. 12
OS PRIMEIROS PASSOS... PARA A BELA CRIAÇÃO
A nossa disciplina de Desenvolvimento pela
Arte/ Expressarte segue um modelo onde o aluno do dia-a-dia e até dos problemas especificamente
tem um papel activo, onde se incentiva à curriculares.
participação assertiva, descoberta, reflexão e
genuinidade, num ambiente acolhedor a aceitante. Esta mostra de trabalhos partilha os percursos,
as inquietações e as reflexões que os alunos de
Aqui não nos focamos no ensino de um Desenvolvimento pela Arte/ Expressarte foram
conjunto de técnicas artísticas propriamente ditas desenvolvendo ao longo de um ano lectivo cheio de
(como em Pintura, Ilustração e BD ou Laboratório de descobertas, dos quais destacamos o tema “Os
Artes), mas sim dar oportunidade aos alunos do 1º Direitos Humanos”. Tendo em conta a Natureza
ciclo para as explorar, de uma forma livre e deste, os trabalhos apresentados adquirem a forma
dinâmica, em momentos lúdicos, criativos e de de “manifestos” relacionados com:
expressão individual. É através da exploração de
mediadores expressivos como as expressões - Noção de pessoa;
plástica, corporal, dramática, os jogos de grupo e a -Importância do respeito dos Direitos
percussão corporal que pretendemos promover: Humanos no quotidiano e nas relações
- Criatividade; interpessoais;
- Espontaneidade; -Importância e significado de valores como o
- Psicomotricidade; respeito, dignidade, não-discriminação;
- Conhecimento de si e do outro; -Visões do mundo/ Visões para um mundo
- Brincar; melhor.
- Expressão não-verbal;
- Relação entre pares; Assim, acreditamos que o SER DOM parte do
- Expressão de emoções e visões pessoais; princípio de SER-SE, ser-se genuíno, ser-se a si, e
- Aceitação das diferenças; para alcançar a pessoa que existe dentro de cada
- Cooperação e a entre-ajuda. aluno Expressarte, para alcançar a Bela Criação,
iremos continuar este percurso que se foca na
É sobre esta visão integrativa da criança, Expressão Humana como o alicerce indissociável
enquanto ser que sente, pensa, cria, ri, cheira, de se SER DOM.
brinca, se relaciona, interpreta…, que construímos .
actividades para o desenvolvimento destas
competências chave. São chave, pois são Inês Hassamo
autênticos alicerces para a aprendizagem de si e da Professora Desenvolvimento pela Arte/
procura das melhores soluções perante obstáculos - Expressarte | Articentro
Psicóloga Educacional
15. 13
Algumas visões dos nossos Alunos…
«O Direito de ser criança», Mariana Carneiro
«O Direito de ser feliz», Mafalda Carneiro
«De Viver em paz e liberdade», Madalena Lourenço
«O Direito de ter um mundo melhor», Rita Nunes
«O Direito de a Natureza ser saudável», Marta Fernandes
«Direito de pintar bem ou mal, de desenhar à vontade», Mariana Carneiro
«Há o Direito de ver as coisas, de olhar para as pessoas livremente», Madalena Lourenço
«De serem observadas, de gostarem das outras, para poderem admirarem o que as outras
fazem», Marta Fernandes
«Direito de ter pessoas a gostarem dela», Rita Nunes
«Tudo envolve os Direitos - Direito de visitar outros sítios, pessoas, tradições, línguas.
Poder amar [...] Conhecer outros povos, dormir numa cama boa [...]», Marta Fernandes
«Os descobrimentos de coisas novas [...] Descobrir a luz – Sem o Sol não vivíamos, sem a
luz também não, porque o Sol é uma luz. Direito de descobrir. É preciso descobrir para
viver [...] Consegui ser mais aceitante», Rita Nunes
... Sem pontos finais, apenas espaço para pensar...
16.
17. 15
“S. Jorge e o Dragão” “Cavalo Possante” “Chuva de Amor”
Escultura em pasta de papel Acrílico sobre tela Acrílico sobre tela
Tomás Serrão Maria Xara Brasil Beatriz Troni e Teresa Cabral
Cotação: Testes Psicológicos WISC-III - Escala de Inteligência de Colecção da Autora Cotação: Testes Psicológicos WISC-III - Escala de Inteligência de
Weschler para Crianças - 3ª edição Weschler para Crianças - 3ª edição
“As Cores das Emoções” “As Cores das Emoções” “As Cores das Emoções”
Aguarela sobre papel Aguarela sobre papel Aguarela sobre papel
Madalena Lourenço Rita Nunes Mariana Carneiro
Colecção da Autora Colecção da Autora Colecção da Autora
18. 16
“As Cores das Emoções” “Renascimento” “Alegria”
Aguarela sobre papel Acrílico sobre tela Acrílico sobre tela
Mafalda Carneiro Teresa Cabral Beatriz Troni e Teresa Cabral
Colecção da Autora Colecção da Autora Cotação: Testes Psicológicos WISC-III - Escala de Inteligência de
Weschler para Crianças - 3ª edição
“Guerreiro Onírico” “Como eu vejo os Direitos Humanos” Como eu gostava de ver o céu”
Acrílico e óleo sobre tela Colagem sobre papel Técnica mista sobre tela
Bruno Antunes Marta Fernandes Mafalda Carneiro
Cotação: Testes Psicológicos WISC-III - Escala de Inteligência de Colecção da Autora Colecção da Autora
Weschler para Crianças - 3ª edição
19. 17
“Os dois amigos” “Azeitão” “Liberdade”
Acrílico sobre tela Cartão recortado Acrílico sobre tela
Maria Barão Maria Barão Colectivo
Cotação: Testes Psicológicos WAIS-III - Escala de Inteligência de Cotação: Livro/ Publicação sobre o tema da Pintura, Desenho e Cotação: 10 tubos de tinta de óleo
Weschler para Adultos - 3ª edição Artes Plásticas
“Retrato Azul” “A Teia” “Contraste”
Acrílico sobre tela Óleo sobre tela Óleo sobre tela
Maria Xara Brasil Ana Anahory Ringo Nogueira
Cotação: 1 Aspirador Colecção da Autora Cotação: 1 Leitor de DVD para sala de aula
20. 18
“O Sol e a Vida” “Rouxinol” “O meu arco-íris”
David Quaresma Acrílico sobre tela Acrílico e óleo sobre tela
Aguarela sobre tela Miguel Santos Laura Gidro
Cotação: Um Livro de Contos Infantis Cotação: Um estojo com lápis de cor, aguarela e afia para o Filipe Colecção da Autora
“História de mim” “A menina” “O Dragão em Azeitão”
Técnica Mista sobre cartão Ácrílico sobre tela Acrílico e óleo sobre tela
Laura Gidro Ana Anahory Maria Barão
Colecção da Autora Colecção da Autora Colecção da Autora
21. 19
“Rosto 1” “Rosto 2” “Rosto 3”
Aguarela sobre papel Técnica mista e tratamento digital Desenho em suporte digital
Inês Zenha Inês Zenha Inês Zenha
Colecção da Autora Colecção da Autora Colecção da Autora
“Sem Abrigo” “No Differences” “Homem”
Óleo sobre tela Óleo sobre tela Carvão sobre papel
Inês Zenha Inês Zenha Inês Zenha
Cotação: 1 Computador Colecção da Autora Colecção da Autora
22. 20
31 32 33
“Sonhar por um porto seguro” “Esquecer” “À solta na pradaria”
Grafite sobre papel Grafite sobre papel Grafite sobre papel
Luísa Villar Luísa Villar Luísa Villar
Colecção da Autora Colecção da Autora Colecção da Autora
34 35 36
“Desfolhando o Malmequer” “Remorsos de um caçador” “O meu bom fiel Amigo”
Grafite sobre papel Grafite sobre papel Grafite sobre papel
Luísa Villar Luísa Villar Luísa Villar
Colecção da Autora Colecção da Autora Colecção da Autora
23. 21
37 38 39
“Paz no Mundo” “Paz no Mundo” “Paz no Mundo”
Técnica Mista sobre tela Técnica Mista sobre tela Técnica Mista sobre tela
Colecção da Autora Colecção da Autora Colecção da Autora
40 41 42
“A lua, o sol e as estrelinhas” “O Leopardo” “M de Matilde”
Acrílico sobre tela Acrílico sobre tela Marcador sobre quadro magnético, obra efémera
Sarah Pauthier Carolina Amaral Matilde Rebello Andrade
Colecção da Autora Colecção da Autora
24. 22
43 44 45
“Grafitti” “Ondas” “Conversa no Jardim”
Marcador sobre papel Acrílico e têmpera sobre tela Acrílico sobre tela
Filipe Leite Inês Rebelo Maria Xara Brasil
Cotação: Uma tela e uma caixa de carvão para desenho Cotação: Conjunto de tintas de aguarela Cotação: 1 tela e 1 caixa de tintas acrílicas
46 47 48
“Arco Íris na Serra da Estrela” “O Sr. Polícia” “Salto do Homem Aranha”
Lápis de cor sobre papel Marcador sobre papel Marcador sobre papel
Sofia Santos Jorge Poligó Tavares Rodrigo Soares
Colecção do Papá Cotação: Um pião «Beiblade» Cotação: Um pião «Beiblade»
25. 23
49 50 51
“Nossa Senhora” “Cálice” “O cão da avó Mizé”
Desenho sobre papel Desenho sobre papel Acrílico sobre tela
Flávio Baptista Beatriz Troni Carolina Amaral
Cotação: 1 caixa de carvão e 1 caixa de giz branco para desenho Cotação: 1 Bloco de papel de aguarela Cotação: Livro sobre Arte
52 53 54
“Águia Real” “Tempestade no Castelo” “Três Amores”
Lápis de cor sobre papel Pastel seco sobre papel Técnica mista sobre papel
Maria Xara Brasil Ruben Guerreiro dos Santos Laura Gidro
Colecção da Autora Cotação: 1 par de ténis Cotação: 1 bloco A3 de papel cavalinho
26. 24
55 56 57
“Que susto” “Herói Manga” “Auto-Retrato”
Pastel seco sobre papel Acrílico sobre tela Acrílico sobre tela
Bruno Antunes Tomás Serrão Matilde Rebello Andrade
Cotação: Tecidos Cotação: caixa com lápis de grafite do espectro H até 7B Colecção da Autora
58 59 60
“Retrato da Mónica” “Romano” “Retrato de uma rapariga”
Carvão sobre papel Carvão e têmpera branca sobre papel pardo Carvão sobre papel
Maria Luísa Lino Silva Zé Maria Maria Luísa Lino Silva
Cotação: Ecoponto para sala de aula
27. 25
61 62 63
“Ilustração sobre Direitos Humanos” “O Grito” “S. Jorge e o Dragão”
Colagem sobre papel Óleo e tinta de ouro sobre tela Escultura em pasta de papel
Marta Fernandes Maria Carolina Amaral Tomás Serrão
Cotação: Bolsa de Oportunidades de Actividades Extra Cotação: Testes Psicológicos WISC-III - Escala de Inteligência de
Curriculares Artisport Weschler para Crianças - 3ª edição
64 65 66
“Naked Lunch” “Como eu vejo os Direitos Humanos” “Anjos para a Comunidade Vida e
Acrílico e assemblagem sobre tela Carvão e giz sobre papel Paz”Colagens montadas em 3D
Humberto Fernandes Isabel de Figueiredo Colectivo
Cotação: Computador com acessórios e ajudas técnicas para Cotação: 10 Paletas para pintura Oferta a favor da CVP para a decoração da Ceia de Natal
crianças com necessidades especiais
28. 26
67 68 69
“Ratinho contente” “Big Bang” “Rosa dos ventos”
Cartão recortado Cartão recortado Técnica mista
Maria Barão Maria Barão Maria Carolina Amaral
Cotação: Livro/ Publicação sobre o tema da Pintura, Desenho e Cotação: Livro/ Publicação sobre o tema da Pintura, Desenho e Cotação: Bolsa de Oportunidades de Actividades Extra
Artes Plásticas Artes Plásticas Curriculares Artisport
70 71 72
“O Universo aos nossos pés” “Viagem em torno do mundo” Como eu gostava de ver o céu”
Acrílico, esmalte e óleo sobre tela Técnica mista sobre tela Técnica mista sobre tela
José Maria Leitão, Santiago Martins e Teresa Cabral Mafalda Carneiro
Vicente Palma Cotação: BENDER - Teste Guestaltico Visuo-motor
Cotação: 1 Máquina de Costura para espaço de aula
29. 27
73 74 75
“Prima vestida de Arquitecta” “Super Bruno” “Auto Retrato na pose da Barbie”
Imagem em suporte digital Imagem em suporte digital Imagem em suporte digital
Matilde Rebello Andrade Bruno Antunes Matilde Rebello Andrade
Colecção da Autora Colecção do Autor Colecção da Autora
76 77 78
“Exercício de coloração digital” “Artistas com barco de velas de borboleta” Fanzine Cabe na cabeça
Imagem em suporte digital Imagem em suporte digital Publicação em suporte digital
Maria Barão Matilde Rebello Andrade Colectivo
Colecção da Autora Colecção da Autora disponível on line
30. Já disponível on-line no endereço:
http://pt.scribd.com/doc/54129578/Proposta-Fanzine-Articentro-Cabe-na-Cabeca-edicao-00
Ilustrações: Nuno Castro, Teresa Cabral, Maria Xara Brasil e Carolina Amaral
edição
experimental
00a
36. 34
Homenagem a D. Bosco
Tema e objecto do worshop do Articentro no dia 25.06.2001
intitulado « Educar com o Coração, segundo D. Bosco» -
Arte, Biologia da Educação/ Amar e Jogar, o fundamento
esquecido do humano
38. 36
Nome completo
Nome abreviado
(O computador forma o nome abreviado pelo 1.º, 2.º e último nome automaticamente. No caso de pretender outra opção, escolha três nomes.)
Empresa ou
Instituição
Sigla
(A preencher em situação de apoio cedido por Empresas ao abrigo do Estatuto do Mecenato)
Morada
Freguesia
Código Postal Localidade
Telemóvel Telefone de casa
E-mail
@ N.º Contribuinte
Valores Género Valor Pecuniário
Descrição
FICHA DE RECEPÇÃO DE
DONATIVOS A FAVOR DO
PROJECTO SOLIDARIEDADE Total
SALESIANA
40. Uma iniciativa:
Oficinas de S. José, Associação Educativa, é uma IPSS (Registo nº3, nos termos da Portaria nº860/91, de
20 de Agosto) ao abrigo do Estatuto das Instituições Particulares de Solidariedade Social (Decreto-Lei nº 119/93,de 25 de
Fevereiro), consagrada à educação, através da prosecussão de actividades de ensino, culturais, desportivas e recreativas, e
ao apoio a jovens, nomeadamente os mais carenciados, na organização de actividades de tempos livres, centros escolares,
cantinas, obtenção de subsídios de estudo, alimentação e orientação profissional.
O cumprimento deste Projecto Social, Educativo e Cultural é desenvolvido pela SolSal. Solidariedade Salesiana. Se desejar
conhecer mais sobre o Projecto e os seus beneficiários, visite:
www.solsal-solidariedadesalesiana.blogspot.com
solsal