Construção sustentável. Casa ecológica. Estudo de caso, Ecopeãozinho - Barretos. Materiais de construção sustentáveis. Concreto reciclável. Solo cimento. Telhado verde. Etc. Engenharia civil.
1. Casas sustentáveis
“É possível construir uma residência com impacto
ambiental menor que as convencionais e
utilizando materiais recicláveis e descartáveis.”
Alunas: Andresa Martins Souza e Débora Vieira
2. Introdução:
• Processo de escassez dos recursos naturais.
• A Construção Civil é uma das áreas que mais consume recursos
naturais.
• Promover sustentabilidade, qualidade de vida e inovação.
• Urgência de uma mudança comportamental de todos em prol a
conservação do meio ambiente.
• Buscar métodos construtivos e soluções tecnológicas sustentáveis
empregadas para fins estruturais e não estruturais.
3. • Aproveitamento da ventilação e iluminação natural;
• Captação da água da chuva;
• Uso racional de energia;
• Reuso da água;
• Esgoto tratado;
• Uso de madeira certificada;
• Materiais de construção a base de produtos reciclados; etc.
Meios de sustentabilidade na construção:
4. Materiais ecológicos:
Os materiais utilizados devem ser:
• Fabricados para ter longa vida útil;
• Recicláveis;
• Não poluentes os meios nos quais são utilizados;
• Não possuam substâncias que sejam tóxicas ou nocivas na
decomposição;
• De origem natural, mas renovável.
5. Solo cimento:
• Composto por areia argilosa, cimento e
água;
• Utilizado para argamassa, pavimentação,
estrutura, fabricação de telhas e tijolos;
• Vantagem: Seu principal componente, o solo
arenoso, é abundante em várias regiões do
Brasil; Elimina menos carbono durante sua
produção.
• Desvantagem: Requer mão-de-obra bem
qualificada; Pouco produzido industrialmente.
Figura – Bloco de solo cimento.
Fonte: ambiencia
6. Concreto reciclado:
• Composto por materiais de RCD que substitui 60% do uso de areia;
• Reduz extração de materiais de fonte natural e o descarte indevido de
entulhos.
• 30% mais barato que o material comum.
Figura – Blocos de concreto
reciclado.
Fonte: proguaru.com
Figura – Processo de trituração de RCD para formar o
concreto reciclado.
Fonte: proguaru.com
7. Madeiras alternativas:
• O uso de madeira certificada é de extrema importância;
• Local de origem certificado através de selos concedidos por órgãos
competentes e avaliadores.
• O gasto de energia para adquirir esse material é menor do que o de
materiais como aço, concreto ou alumínio.
8. Telhas ecológicas:
• Feitas de fibras naturais prensadas,
asfalto, ou de materiais reciclados como
Tetra Pak;
• Emitem baixa transmissão de calor e
som;
• Não absorvem água;
• São mais leves e práticas de instalar;
• Facilitam a mão de obra e dão mais
leveza à estrutura do telhado
• Desvantagem: 10% mais cara que as
telhas cerâmicas.
Figura – Telha ecológica feita
com plástico e alumínio
Fonte: ecotop.com
9. Placas ecológicas:
• Composta de resíduos e/ou
reciclagem de embalagens;
• Utilizada para forros, pisos,
divisórias, box para banheiros,
construção de canteiro de obras, entre
outros;
• Apresentam grande versatilidade e
durabilidade;
• Reduz em 60% a temperatura
ambiente;
• Possui ótima proteção acústica.
Figura – Placa ecológica de embalagens recicladas.
Fonte: telhapak.com
10. Telhados ecológicos:
Figura – Componentes do
telhado verde.
Fonte: ambiencia.com
Figura – Telhado ecológico.
Fonte: sustentarqui.com
11. Telhados ecológicos:
Vantagens:
• Substitui telhas convencionais por vegetação.
• Ajuda a combater o efeito de Ilhas de Calor;
• Isolante térmico e acústico da edificação;
• Retenção de água da chuva; Diminui possibilidade de enchentes;
• Aumento da biodiversidade, atrai pássaros, borboletas;
• Reduz o gasto de energia quanto à refrigeração do ambiente.
12. Telhados ecológicos:
Desvantagens:
• Necessita manutenção para manter estrutura
saudável e boa aparência.
• O Investimento financeiro inicial pode ser
alto.
• Restrições quanto à estrutura podem
inviabilizar o sistema.
• Requer mão de obra especializada para
instalação;
• Má instalações podem ocasionar vazamento
e infiltrações
Figura – Telhado ecológico.
Fonte: Arqvision.
13. Figura – “Eco peãozinho”
Fonte: Dutra (2006)
Estudo de caso:
14. • Projeto ecológico foi concebido na região do parque do peão na cidade
de Barretos – SP, nomeado como “Eco peãozinho”.
• Finalidade: realizado com a intenção de colaborar com a
conscientização e educação ambiental, e mostrar para a população um
projeto ecológico sustentável, econômico e com auto eficiência energética.
• Realização: Alunos de Engenharia Civil da UNIFEB sob coordenação da
professora Marony Costa Martins Dutra.
• A área construída é de 38 m² ; Área impermeabilizada do terreno é de 65 m².
• Custo aproximado: R$ 14.000,00.
• A casa apresenta sistema inovador de tecnologia de construção e usa
entulho da construção civil e reciclável no processo construtivo.
• Mão de obra: Esquema de mutirão da comunidade.
Estudo de caso:
15. Figura 1 – Planta Baixa;
Fonte: Reforme
Figura 2 – Corte;
Fonte: Reforme
16. • Base da fundação.
• Dimensões: 10 m x 11 m x 0,7 m (LxCxA).
• Composto de RCC (Resíduos da Construção Civil).
Método construtivo:
Figura 3 - Demonstração de execução de
alvenaria Fonte: Dutra
Figura 4: Resíduos da Construção Civil.
Fonte: Proguaru Recicladora
17. • Tipo raider.*
• Executada com concreto usinado, composto por concreto
convencional e adição de pneu triturado.
• Dispensada a operação de impermeabilização da obra.
Fundação:
Figura 5 - Demonstração de execução de alvenaria
Fonte: Dutra
18. Alvenaria:
• Blocos de concreto de vedação, em posição invertida (emborcados),
com a inserção de garrafas pet nos vãos dos blocos.
• Quantidade de garrafas PET utilizadas ao todo: Aproximadamente 4 mil.
Figura 6 - Demonstração de execução de alvenaria.
Fonte: Dutra
19. Alvenaria:
• As garrafas PET servem para o sistema de intertravamento dos
blocos;
• Além das funções de isolante térmico e acústico.
Figura 7 - Demonstração de execução de alvenaria.
Fonte: Dutra
20. Argamassa:
• Utilizada apenas na parte horizontal dos blocos, sendo aplicada
apenas a cada duas fiadas.
• O intertravamento dos blocos com garrafas PET reduz a
necessidade de aplicação de argamassa entre cada par de fiadas.
• Economia no processo: Redução de aproximadamente 70% do
consumo de argamassa.
Figura 8 - Execução da Alvenaria com garrafas PET .
Fonte: Dutra
21. Telhado:
• Construído com perfis metálicos reutilizados de RCD (Resíduos
da Construção Civil e Demolição)
• Madeiras utilizadas no telhado são certificadas, e as dos pilares da
varanda são madeira reutilizada.
Figura 9 – Construção do telhado .
Fonte: Dutra
22. • As telhas utilizadas nesta construção tem sobreposição mínima de
10% do vão. são do modelo ONDULINE fabricadas pela ETERNIT.
Telhado:
Figura 10 – Fachada.
Fonte: Dutra
23. Forro:
• Construído com embalagens “Tetra Pak”.
• Foram utilizadas aproximadamente 3.000 embalagens de caixas
de leite (15,67 caixas por metro quadrado).
Figura 11 – Instalação do forro com embalagens Tetra Pak.
Fonte: Dutra
24. Forro:
• Revestimento fino com gesso realizado sobre as embalagens da
Tetra Pak a fim de melhor o aspecto visual.
Figura 12 – Forro com embalagens tetra Pak .
Fonte: Dutra
25. Biodigestor
• Para tratamento do esgoto doméstico, foi utilizado o sistema de
fossa séptica, no qual a matéria orgânica é direcionada ao
biodigestor, através deste é captado o gás metano e, por sua vez
este é direcionado para o consumo doméstico como gás de cozinha.
Figura 13 – Sistema de fossas sépticas.
Fonte: Dutra
26. Reuso de água
• A reutilização de água feita através de sistema que capta a água
utilizada no lavatório, abaixo do mesmo há um reservatório feito de
material reutilizado com capacidade de 60L.
• Abaixo da válvula do lavatório foi instalado um filtro para melhorar
a qualidade da água.
Figura 14 – Coletor de água pluvial.
Fonte: Dutra
27. Reuso de água
• Para o armazenar água da chuva foi instalado um reservatório de
material reutilizado com capacidade de 200L. O qual também é
conectado ao filtro que fica abaixo do lavatório, direcionando o seu
uso também para a bacia sanitária.
Figura 15 – Coletor de água pluvial.
Fonte: Dutra
28. Aquecedor solar
•Sistema feito a partir da utilização de embalagens descartáveis Tetra
Pak, garrafas PET e tubos de PVC.
Figura 16 – Sistema de aquecedor solar com garrafas PET.
Fonte: Dutra
30. Vantagens:
• Economia de argamassa de assentamento, de mão-de-obra, aço, de
energia elétrica, de água potável (consumo reduzido em 20%), e gastos com
outros materiais de construção.
• Conforto térmico e acústico;
• Sistema econômico que mantêm a água aquecida.
• Economia significativa na construção quando comparado a sistemas
convencionais.
• O projeto privilegia a iluminação e o ar natural.
31. • Parte da água da chuva retida, evita que esta contribua para enchentes,
enxurradas ou empoçamento.
• O reuso de materiais que seriam descartados inadequadamente, evitou
que estes ficassem durante anos para se biodegradar.
• Período de construção de 12 dias.
• A durabilidade dos materiais utilizados é tão grande.
Vantagens: