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Centro Universitário Estácio de Santa Catarina
Arquitetura e Urbanismo - 9ª Fase.
Fundamentos para o TFG
Luiza Lubke de Souza
Florianópolis - Santa Catarina
Docente: Julia Fiuza Cercal
xx de xxxxx de 20202
Casa Lar e Creche 
Caderno de Diretrizes de anteprojeto arquitetônico
1
Luiza Lubke de Souza
ESTUDO PARA ANTEPROJETO DE UMA CASA LAR PARA CRIANÇAS DE 0 A 6 ANOS
NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS - SC
Florianópolis - 2020
Fundamentos para o trabalho final de
graduação em Arquitetura e
Urbanismo realizado em cumprimento
as exigências da disciplina CCE 0909
- Fundamentos para Trabalho Final de
Graduação.
2
Luiza Lubke de Souza
ESTUDO PARA ANTEPROJETO DE UMA CASA LAR PARA CRIANÇAS DE 0 A 6 ANOS
Fundamentos para o trabalho final de
graduação em Arquitetura e
Urbanismo realizado em cumprimento
as exigências da disciplina CCE 0909
- Fundamentos para Trabalho Final de
Graduação.
NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS - SC
Florianópolis , xx de xxxxx de 2020
____________________________________________
Professora da Disciplina de Fundamentos para o Trablho Final de Graduação
Professora Júlia Fiuza Cercal
Centro universutário Estácio de Santa Catarina
3
Dedico este trabalho aos meus
professores, minha família e a todas as
pessoas que me incentivaram durante
o decorrer do curso, foi um caminho
árduo e que foi preciso muito apoio
para chegar a esta etapa.
4
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................. 6
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 7
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 9
2.1. ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL INFANTIL ................................................... 10
2.1.1. SITUAÇÃO ATUAL NO BRASIL .................................................................. 10
2.1.2. MODALIDADES DE ACOLHIMENTO ......................................................... 11
2.1.3. O QUE É UMA CASA LAR? ........................................................................... 12
2.2. INTEGRAÇÃO SOCIAL DE CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS ................. 13
2.3. ARQUITETURA SENSORIAL ................................................................................. 13
2.4 LEGISLAÇÕES .......................................................................................................... 14
2.4.1 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ...................................... 14
2.4.2 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ................ 15
3. ESTUDO DE CASO ........................................................................................................... 16
3.1 MAISON D'ACCUEIL DE L'ENFANCE ELEANOR ROOSEVELT ........................ 17
3.1.1 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................. 17
3.1.2 ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO E PLANTAS BAIXAS ................................... 18
3.1.3 ELEMENTOS E MATERIAIS CONSTRUTIVOS ........................................... 22
3.2 CRECHE ŠMARTNO PRI SLOVENJ GRADCU ...................................................... 23
3.2.1 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................. 23
3.2.2 ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO E PLANTAS BAIXAS .................................. 24
3.2.3 ELEMENTOS E MATERIAIS CONSTRUTIVOS ........................................... 27
4. REFERENCIAL PROJETUAL ....................................................................................... 28
5
5. ANÁLISE DO TERRENO ............................................................................................... 30
5.1 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 31
5.2 LOCALIZAÇÃO .......................................................................................................... 31
5.3 HISTÓRICO DO BAIRRO .......................................................................................... 31
5.4 PLANO DIRETOR ...................................................................................................... 32
5.5 ANÁLISE DO ENTORNO .......................................................................................... 33
5.6 ANÁLISE BIOCLIMÁTICA ....................................................................................... 35
5.7 IDENTIDADE VISUAL .............................................................................................. 37
6. PROPOSTA PROJETUAL ............................................................................................. 38
6.1 PARTIDO E CONCEITO ............................................................................................ 39
6.2 MÉTODO MONTESSORI .......................................................................................... 40
6.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES .......................................................................... 41
6.4 ORGANOFLUXOGRAMA ........................................................................................ 43
6.5 ZONEAMENTO .......................................................................................................... 45
6.6 ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS .......................................................................... 46
6.7 ARQUITETURA SUSTENTÁVEL ............................................................................ 48
6.8 MOBILIÁRIO E PAISAGISMO ................................................................................. 51
6.9 VOLUMETRIA ........................................................................................................... 54
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 55
CRONOGRAMA ................................................................................................................. 55
REFERENCIAL BICLIOGRÁFICO ................................................................................ 55
CONTRACAPA ................................................................................................................... 58
RESUMO
6
ABSTRACT
Este caderno tem como objetivo definir diretrizes de anteprojeto arquitetônico para
uma Casa Lar e Creche localizada no Bairro Ingleses do Rio Vermelho, que fica no
norte da ilha de Florianópolis. O objetivo principal deste caderno é criar orientações
para um projeto que pretende dar suporte às crianças institucionalizadas do bairro e das
comunidades do seu entorno e aliviar a sobrecarga no sistema educacional infantil. A
pesquisa envolve análise do histórico da região, estudo de caso de uma casa lar
localizada no centro de uma cidade na França e de uma creche em um bairro residencial
e rural da Eslovênia, pesquisas mais aprofundadas em relação ao suporte e assistência
que as crianças recebem após sofrerem violência, leitura do estatuto da criança e
legislações educacionais para melhor entendimento das necessidades infantis, análise de
condicionantes bioclimáticas da região para melhor conforto dentro da edificação,
estudo de todo o conjunto incluindo o bairro para melhor implantar o projeto dentro dos
parâmetros do bairro, estudar o surgimento das instituições de acolhimento infantil e
das creches, quais suas tipologias, como são aplicadas e quais as consequências da
institucionalização no desenvolvimento psicossocial e de aprendizagem infantil. Todo o
recolhimento de dados encontrados neste arquivo foram levantadas para entender como
o sistema de institucionalização funciona, e como podemos melhorar a adaptação à
nova realidade de suas vidas, tais informações foram coletadas por meio de sites,
artigos e livros pertinentes ao assunto, para embasar o mais próximo da realidade
vivenciada pelos moradores da região. Como resultado deste levantamentos de dados as
informações especulativas serão apresentadas de forma clara e objetiva para propor a
melhor forma de integração entre as crianças e a comunidade, e a melhor forma de
aplicação destas informações durante o período de formação de implantação, plantas
baixas e todas as medidas adotada para ter um resultado final de projeto coerente com a
realidade que vivemos.
This notebook aims to define architectural preliminary project guidelines for a
Home and Nursery Located in the English Neighborhood of Rio Vermelho, which is in
the north of the island of Florianópolis. The main objective of this notebook is to create
guidelines for a project that aims to support institutionalized children in the
neighborhood and the surrounding communities and relieve the burden on the children's
educational system. The research involves analysis of the region's history, a case study
of a home located in the center of a city in France and a daycare center in a residential
and rural district of Slovenia, further research into the support and assistance that
children receive after suffering violence, reading the child's status and educational
legislation to better understand children's needs , analysis of bioclimatic conditions of
the region for better comfort within the building, study of the whole set including the
neighborhood to better implement the project within the parameters of the
neighborhood, study the emergence of child care institutions and day care centers, what
their typologies are, how they are applied and what the consequences of
institutionalization in psychosocial development and child learning. All the collection
of data found in this file were collected to understand how the institutionalization
system works, and how we can improve the adaptation to the new reality of their lives,
such information was collected through websites, articles and books pertinent to the
subject, to support the closest to the reality experienced by the residents of the region.
As a result of this data collection, speculative information will be presented clearly and
objectively to propose the best form of integration between children and the
community, and the best way to apply this information during the period of
implementation training, floor plans and all measures adopted to have a final project
result consistent with the reality we live in.
Palavras-chave: Criança – assistência social – acolhimento – desenvolvimento humano. Keywords: Child – social assistance – Host – human development.
Introdução
7
1.
O objetivo geral da pesquisa é propor diretrizes projetuais de anteprojeto para a
elaboração de uma casa de acolhimento integral temporário, com os seguintes
objetivos específicos: identificar características especificas na implantação que
favoreçam a melhor experiência dessas crianças, analisar edificações semelhantes,
estudar a área de implantação e seu entorno, propor programa de necessidades, pré-
dimensionamento, fluxo-organograma, lançar primeiros esboços, croquis,
volumetria,buscar estatísticas de melhora na vida da criança após a saída da casa de
A pesquisa se trata de um trabalho final de graduação, onde o projeto surge da
preocupação com as crianças do bairro dos Ingleses, que atualmente tem um grande
índice de comunidades carentes, o que ocasiona em muitas crianças em situação de
risco e que de alguma forma foram retiradas de suas famílias e estão sob a tutela do
juizado de menores.
A Casa de Acolhimento visa proporcionar acolhimento em um prazo máximo de
24 meses crianças entre 0 e 6 anos, residentes do bairro ingleses de ambos os sexos,
em situação de risco e vulnerabilidade, com necessidade de afastamento de sua
família de origem, com a finalidade de que eles possam se desenvolver
pedagogicamente e ter o devido acompanhamento psicológico, para que quando
voltem para suas famílias não haja qualquer sinal de trauma, que posteriormente
afetaria na inserção social das crianças.
“De acordo com a Lei 12.010, “o acolhimento institucional e o
acolhimento familiar são medidas provisórias e excepcionais,
utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar ou, não
sendo esta possível, para colocação em família substituta, não
implicando em privação de liberdade.”
Segundo dados do IBGE, atualmente 46.710 crianças entre 0 a 9 anos vivem
em comunidades carentes em Florianópolis, e muitas dessas crianças sofreram ou
sofrem violências domésticas, o que traz uma grande preocupação que é suprir todas
as necessidades de desenvolvimento humano que essas crianças venham a ter, para
que no futuro se interessem pelo meio em que vivem e possam desenvolver
habilidades ao longo da vida, e retirar essas crianças de ambiente desfavoráveis para
seu avanço como ser humano.
Em conjunto com a casa será construída uma creche, que é de grande
necessidade na região, principalmente pela escassez de vagas em creches de
Florianópolis, e tem o intuito de que as crianças não sejam afetadas pela falta de
estudos, e que possam ter contato com outras crianças de suas idades, o que faz parte
da integração social das crianças. As atividades que são disponibilizadas serão
sempre visando o conforto, interação social e tratamento psicopedagógico, então o lar
funcionará simultaneamente com a creche, para estimular cada vez mais o
desenvolvimento humano dessas crianças e reintegrá-las a sociedade de forma natural
e saudável.
A pesquisa envolve análise bibliográfica do histórico da região, estudo de caso
em instituições dentro e fora do Brasil (pesquisa de campo e online), pesquisas mais
aprofundadas em relação ao suporte e assistência que as crianças recebem após
sofrerem violência, leitura do estatuto da criança para melhor entendimento das
necessidades infantis, análise de condicionantes físicas e ambientais da região para
melhor conforto dentro da edificação.
acolhimento, trazer dados que demonstrem a necessidade de um ambiente de moradia
saudável e educação de qualidade para as crianças.
8
Fundamentação Teórica
Nesse capítulo será apresentado todo o estudo de fundamentação teórica, inicialmente será explicado sobre a
institucionalização infantil, suas modalidades e situação atual, logo após falará sobre a integração social e seus benefícios
no desenvolvimento infantil, e será finalizado com as legislações pertinentes ao assunto.
2.
9
2.1 ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL INFANTIL
O acolhimento institucional, anteriormente denominado abrigamento em
entidade, é uma das medidas de proteção previstas pela Lei Federal nº 8069/1990
(ECA) e aplicáveis a crianças e adolescentes sempre que os direitos reconhecidos
naquela lei forem ameaçados ou violados. Sendo medida de proteção, o acolhimento
institucional não pode ser confundido com alguma das medidas socioeducativas
aplicadas aos adolescentes que, eventualmente, pratiquem atos infracionais. São
institutos jurídicos distintos: o acolhimento em abrigo (ECA, art. 101, VII) e a
internação em estabelecimento educacional (ECA, art. 112, VI).
Estatuto da Criança e do Adolescente - Planalto Federal
Durante muito tempo, esses locais eram sinônimos de abandono, lugares
fechados que não tinham contato com a comunidade e com lotação máxima, nestas
instituições as crianças ficavam até completar 18 anos, não tendo trabalho para
garantir que houvesse convivência familiar e comunitária.
Tais medidas eram construídas em concordância a perspectiva higienista, no
qual a proposta era o saneamento e limpeza social, em que tanto as fragilidades
socioeconômicas, quanto o descumprimento de leis eram tratados com situações
semelhantes. As políticas direcionadas à infância elencadas em grandes sistemas de
internação com características de instituições totais, onde os internos realizavam
todas suas atividades. Existiam duas direções de tratamento: o primeiro dizia respeito
à defesa do menor abandonado, e o segundo tinha por foco defender a sociedade
desse mesmo menor, que também era intendido como delinquente em potencial, e
consequentemente, oferecia perigo à população.
Antes da criação do
Estatuto da Criança e do
adolescente (1990), as
legislações dirigidas a esse
público foram as duas versões
do Código de Menores, de 1927
e de 1979. Embora haja
diferenças entre si, as duas
eram baseadas na Doutrina da
Situação Irregular, que era direcionada as crianças e adolescentes que estivessem em
situação de pobreza, abandono ou cometessem qualquer tipo de infração, as
instituições de acolhimento que existiam eram os orfanatos, educandários e colégios
internos.
2.1.1 SITUAÇÃO ATUAL NO BRASIL
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atualmente 47 mil crianças e
adolescentes no Brasil estão em situação de acolhimento institucional, de acordo
com a Lei 12.010/09, que alterou o art. 19 do ECA, “a permanência da criança e do
adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de
dois anos”. Vítimas de abandono, maus-tratos, negligência e agressões, a grande
maioria delas vai chegar à idade adulta sem saber o que é viver em uma família
saudável. Mas há outro caminho, além da adoção, que possibilita essa oportunidade a
essas crianças e adolescentes: o programa Família Acolhedora, que, graças à ação de
ONGs, conselhos tutelares e juízes da Vara da Infância e da Juventude, vem
crescendo no Brasil como uma alternativa ao acolhimento institucional.
10
Mesmo hoje em dia existindo diferentes modalidades de acolhimento, muitas
ainda são pouco utilizadas, e para tentar mudar essa realidade, as instituições ligadas
à causa da adoção no Brasil pretendem aplicar tais modalidades inovadoras, como
famílias acolhedoras e o apadrinhamento afetivo. O propósito é que a criança deixe a
família acolhedora e retorne para sua família de origem ou parentes próximos, ou ser
encaminhada para adoção, em alguns casos o acolhimento pode se estender até a
maioridade, dependendo do programa de acolhimento
O acolhimento institucional
ainda é muito forte no Brasil, há
estimativas de que apenas 5% das
crianças estão em situação de
acolhimento familiar, e isso é muito
pouco em relação à outros países, onde
esse índice pode chegar a 50%,
segundo Sandra Sobral, presidente do
Instituto Geração Amanhã. O
acolhimento familiar; garantido pela
Constituição Federal; hoje em dia é o
modo mais eficaz no desenvolvimento
humano e preferencial pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA) em oposição ao acolhimento institucional
(abrigo), que segundo pesquisas, causa danos no desenvolvimento neurológico
e emocional no ser humano.
Apadrinhamento Afetivo - TJSP
“A primeira infância é um período fundamental para o desenvolvimento
das crianças. A maioria dos abrigos não oferece uma vivência
comunitária adequada. Não ter o vínculo, o estímulo, o afeto ou a
socialização afeta essas crianças, que crescem com sequelas pela falta
destes pilares”, diz Sandra Sobral, presidente do Instituto Geração
Amanhã
2.1.2 MODALIDADES DE ACOLHIMENTO
Há alguns tipos de serviço de acolhimento para ter mais efetividade às
necessidades de cada criança a adolescente. A escolha da modalidade mais
adequada depende de um conjunto de fatores: situação familiar, perfil e
processo de desenvolvimento, idade, histórico de vida, aspectos
socioculturais, motivos e estimativa de tempo de acolhimento, respeito a
vínculo de parentesco (irmão e primos devem ser acolhidos juntos). Existem
4 modalidades de acolhimento:
ABRIGO INSTITUCIONAL
Deve ter aspecto semelhante ao de uma
residência, estar inserido em áreas residenciais
e utilizar equipamentos e serviços disponíveis
na comunidade local. Deverá manter aspecto
semelhante ao de uma residência, seguindo o
padrão arquitetônico das demais residências da
comunidade na qual estiver inserida. Não
devem ser instaladas placas indicativas da
natureza institucional do equipamento, também
Assistência Social de São Miguel do Oeste
11
deficiência em situação de medida de proteção e em situação de risco pessoal, social
e de abandono, cujas famílias ou responsáveis encontrem-se temporariamente
impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção, até que seja
viabilizado o retorno ao convívio com a família de origem ou, na sua impossibilidade,
encaminhamento para família substituta.
devendo ser evitadas nomes que remetam a aspectos negativos,
estigmatizando os usuários. Possui um público alvo de crianças e adolescente
entre 0 e 18 anos, com um número máximo de 20 acolhidos.
CASA LAR
Casa Lar Luz do Camimho
Serviço de Acolhimento provisório oferecido em
unidades residenciais, nas quais pelo menos uma
pessoa ou casal trabalha como educador/cuidador
residente – em uma casa que não é a sua. Deve
localizar-se em áreas residenciais da cidade e
seguir o padrão-sócio econômico da comunidade
onde estiverem inseridas. A Casa Lar é
particularmente adequada ao atendimento a grupos
de irmãos e a crianças e adolescentes com perspectiva de acolhimento de média ou
longa duração. Seu público alvo são crianças e adolescentes de 0 a 18 anos sob
medida protetiva de abrigo com um número máximo de 10 acolhidos.
FAMÍLIA ACOLHEDORA
Assistência social de São Miguel do Oeste
Serviço que organiza o acolhimento de crianças
e adolescentes em residências de famílias
acolhedoras cadastradas, selecionadas e
supervisionadas. Embora ainda pouco difundida no
País, esse serviço encontra-se consolidado em outros
países, especialmente nos europeus e da América do
Norte, além de contar com experiências exitosas no
Brasil e América Latina.
Assim como os serviços de acolhimento institucional, deve organizar-se
segundo os princípios e diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente. . Tem um
público alvo com idades entre 0 e 18 anos, e em relação ao número máximo de
acolhidos é de uma criança ou adolescente por vez, em exceção
nos casos de grupos de irmão.
2.1.3 O QUE É UMA CASA LAR?
Segundo a Assistência e
Desenvolvimento Social de São Paulo,
uma Casa Lar é: Serviço de Acolhimento
provisório e excepcional para até 10
crianças e adolescentes de ambos os
sexos, de 0 a 17 anos e 11 meses,
inclusive crianças e adolescentes com Crianças - Prefeitura de vila velha
O serviço é oferecido em unidades residenciais, nas
quais pelo menos uma pessoa trabalha como
educador/cuidador residente em uma casa disponibilizada
pela organização – prestando cuidados a um grupo de
crianças e adolescentes. O serviço deve organizar
ambiente próximo de uma rotina familiar, proporcionando
vínculo estável entre o educador/cuidador/ residente e as
crianças e adolescentes atendidos.
Casa - pngtree
12
Deve favorecer o convívio familiar e comunitário, oportunizando a (re) inserção
na família de origem ou substituta, atendendo a todas as premissas do Estatuto da
Criança e do Adolescente, especialmente no que diz respeito ao fortalecimento dos
vínculos familiares e sociais. As crianças e adolescente devem fazer uso dos
equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local, onde o serviço está
instalado. Os grupos de crianças e adolescentes com vínculos de parentesco devem
ser atendidos na mesma unidade. Usuários: Crianças e adolescentes de 0 a 17 anos
e 11 meses.
A educação infantil é considerada como importante corresponsável pelo início da
promoção de padrões específicos de interação social, como interações afiliativas, pró-
sociais e de caráter cooperativo envolvendo crianças, professores, membros da família
e adultos em geral. Assim, o professor destas crianças está intrinsecamente envolvido
no seu desenvolvimento e socialização, podendo canalizar determinadas formas de
interação social em detrimento de outras, como a violência, por exemplo.
2.2 INTEGRAÇÃO SOCIAL DE CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS
As crianças institucionalizadas, são
crianças que em muitos casos, não
esperam por um colo, nem por uma
família, esperam que o tempo os conduza
a outra instituição, onde uma outra fase da
vida “as libertará”, em muitos casos, para
as ruas.Crianças aprendendo na sala de aula - Vecteezy
Para o sociólogo brasileiro Gilberto Freire, a socialização pode ser definida da
seguinte maneira:
"É a condição do indivíduo (biológico) desenvolvido, dentro da
organização social e da cultura, em pessoa ou homem social, pela
aquisição de status ou situação, desenvolvidos como membro de um grupo
ou de vários grupos.”
O desenvolvimento humano, que acontecem desde o nascimento e continua por
toda a vida, e as crianças institucionalizadas precisam do convívio com outras
pessoas, pois após serem retirados de suas famílias, eles perdem um pouco o sentido
da vida e necessitam conviver principalmente com crianças da sua idade.
2.3 ARQUITETURA SENSORIAL
Para fazer a ligação com o método de
ensino escolhido, pretendo usar a arquitetura
sensorial que complementará fora da creche os
estímulos recebidos durante as aulas, e por que
não utilizar a arquitetura ao nosso favor? A
arquitetura tem uma grande gama de
oportunidades para oferecer tais atividades
sensoriais, e através dela podemos habitar
qualquer fantasia.
imagem da autora
13
A sensação é um acontecimento psicológico que surge da ação dos estímulos
externos sobre os órgãos dos sentidos humanos. É através das sensações que o
indivíduo se relaciona com o próprio organismo, com o mundo e tudo que está à sua
volta. Quanto mais os sentidos de uma pessoa estiverem desenvolvidos, mais variadas
e delicadas serão suas sensações. As principais formas de sensações que irei utilizar
são as cores e a iluminação, por se terem estudos explicando a importância que tais
elementos tem no desenvolvimento humano.
Considerando sobre as sensações que a obra de arquitetura pode transmitir às
pessoas, Corbusier (2000) diz:
“Que a arquitetura é feita para emocionar. Tal emoção existe
quando a obra soa em você ao diapasão de um universo cujas leis
sofremos, reconhecemos e admiramos. Arquitetura consiste em
“relações”, é “pura criação do espírito”
(CORBUSIER, 2000. pg. 10)
Uma das formas da manifestação sensorial na
arquitetura, é o uso de cores, que são responsáveis
por muitas das sensações que o ser humano detém,
tem o poder de mudar o humor, a sensação de frio ou
calor, e até mesmo estimular a fome, a criatividade.
A mesma atividade feita em diversos espaços
com cores diferentes pode se ter resultados
totalmente diferentes, as cores atuam em nosso
Elemento do canva
subconsciente, trazendo de nossa memória determinadas sensações que influenciam o
nosso estado de espírito.
A iluminação é outra parte muito importantes em uma
edificação, ela nos faz ver e perceber o espaço ou o vazio,
visualizar componentes individuais, um conjunto de formas
ou do todo, só acontece de fato em função da existência do
fenômeno da luz, a iluminação tem grande influência sobre o
sono, o que é muito importante, principalmente em relação às
crianças, pois gastam muita energia durante o dia e precisam de uma recarga
energética para que possam continuar suas atividades no próximo dia.
Elemento do canva
2.4 LEGISLAÇÕES
Legislação é um corpo de leis que regulariza determinada matéria ou ciência,
ou ainda um conjunto de leis que organiza a vida de um país, ou seja, o que
popularmente se chama de ordem jurídica e que estabelece condutas e ações
aceitáveis ou recusáveis de um indivíduo, instituição, empresa, entre outros.
2.4.1 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
O Estatuto da Criança e do Adolescente, conhecido
popularmente como ECA, é a lei 8.069 de 13 de julho de
1990, que trata sobre a proteção à criança e adolescente.
Ela estabelece direitos e deveres dos responsáveis pelas
crianças e pelos adolescentes, e também pelo estado. que
tratam sobre regras de permanência no lar e a
reintegração social dos institucionalizados. Segundo os
Artigos 19 e 101, é direito da criança e do adolescente ser
criado e educado no seio de sua família e,
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a
Capa - Lei n°8,069
14
convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento
integral, e ser acolhido familiar e institucionalmente utilizando uma forma de
reintegrá-los em suas famílias, sejam elas biológicas ou adotivas. (Redação dada pela
Lei nº 13.257, de 2016).
2.4.2 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - 1988
De acordo com a constituição federal, a educação
infantil é definida como a primeira etapa da educação
básica e é um direito da criança, e o Estado tem o dever
de oferecer ensino gratuito em estabelecimentos oficiais.
Conforme a constituição, o ensino é oferecido em creches
ou entidades equivalentes para crianças de zero a 3 anos e
pré-escolas para crianças de 4 a 6 anos.
A legislação estabelece que o ensino que faz parte da reintegração psicossocial
infantil, complementa à ação da família e da comunidade no desenvolvimento da
criança, sendo, necessária a integração escola-família-comunidade. De acordo com a
CF, art. 211, § 2º, e a LDB, art. 11, V, a educação infantil constitui área de atuação
prioritária dos Municípios. Dito de outra forma, constitui responsabilidade dos
Municípios a oferta da educação infantil à população brasileira.
Elemento do canva
15
Estudo de caso
Nesse capítulo será apresentado dois estudos de caso indiretos, onde iniciará com o estudo de uma casa lar e
posteriormente com uma creche, ambos se localizam fora do Brasil e servirão para embasar a concepção do programa de
necessidades, organofluxograma e estratégias de projeto.
3.
16
Área: 5.211 m² Ano de inauguração: 2013 Localização: França
O centro residencial de emergência funciona como um abrigo para crianças e um
lar de cuidado, onde os jovens sentem-se bem-vindos, protegidos e atendidos. É também
um lugar de transição, onde incentiva-se a criação de vínculos familiares com calma e
supervisão. Os arquitetos tinham em mente que as crianças não deviam perceber que são
um grupo de “emergência”, e prezaram para que elas se sentissem tranquilas,
completamente seguras e que tivessem todas suas necessidades cumpridas. Com tudo
isso em mente, os arquitetos projetaram o abrigo em forma que cada piso seja ocupado
por um grupo de certa idade.
Segundo o site Archdaily, o Maison d’accueil de l’enfance Eleanor Roosevelt se
trata de um centro residencial de emergência localizado em Paris, foi inaugurado em
2013 e é gerido pelo departamento local do bem-estar infantil. Proporciona um abrigo de
emergência a menores de idade sob tutela legal. O centro residencial visa proporcionar
apoio educacional e psicológico às crianças e adolescentes.
3.1 MAISON D'ACCUEIL DE L'ENFANCE ELEANOR ROOSEVELT
AUTOR: Vicent Fillon - FONTE: Archdaily
FICHA TÉCNICA
3.1.1 LOCALIZAÇÃO
Biblioteca
Instituições de ensino
Casa Lar
Igreja
Prefeitura
Museu
Saúde
Praças e Parques
A  casa fica localizada em uma
cidade mais a norte da França, e está
bem centralizada em seu bairro.
Segundo a imagem abaixo está em uma
área onde no seu entorno de raio de
1,5km existem todos os equipamentos
urbanos necessários para dar suporte à
casa, sem que precisem percorrer uma
longa distância até chegar nos mesmos.
Google Earth editada pela autora
Google Earth editada pela autora
17
AUTOR: Vicent Fillon - FONTE: Archdaily
3.1.2 ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO E PLANTAS BAIXAS
Primeiramente, segundo as informações obtidas no site
Archdaily, o projeto teve duas grandes limitações. A primeira é
que o lote tem sua face principal virada para o norte, e não expõe
o motivo de ser um problema, então ao meu ver acredito que seja
por causa dos ventos, que podem causar muitos estragos e
também o excesso de insolação neste quadrante poderia causar
ofuscamento e super aquecimento nos ambientes, porém ao
estudarem seu entorno viram que o excesso de insolação não
seria um problema, e sim a falta dela.
E o segundo grande problema é que o edifício é muito
denso e não se adapta facilmente aos planos de desenvolvimento
do seu entorno e futuramente iria resultar em uma severa falta de
luz no edifício. Então por esses motivos, os arquitetos
desenharam uma estrutura em forma de "L" com níveis de
escalonamento em seu centro, o que faz com que os pavimentos
recebam luz sem os pavimentos superiores causarem
sombreamento e ocasionalmente cria um caminho para os ventos
que perdem sua força de impacto.
PAVIMENTO TÉRREO - Administrativo
18
AUTOR: Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes e editada pela autora - FONTE:Archdaily
Nesta imagem encontra-se a planta do segundo pavimento (não encontrei a
planta do primeiro pavimento) e nele estão locadas os adolescentes entre 12 e 18 anos
e assim como todos os pavimentos, possui quartos, áreas de estudos, lazer, serviço e
alimentação, e há também um jardim interno que vai desde o primeiro até o último
pavimento, melhorando a qualidade do ar e entrada de luz natural, muito importante
para o desenvolvimento das crianças.
Nesta imagem encontra-se a planta do terceiro pavimento, onde estão as
crianças de 3 a 6 anos, e além dos mesmos cômodos do andar anterior, há 2
diferenciais, o primeiro é um terraço jardim onde tem uma área de lazer e descanso
ao ar livre e o segundo diferencial é uma sala para a psicóloga, esta localizada neste
andar por ele ser o central verticalmente.
SEGUNDO PAVIMENTO - 12 à 18 anos TERCEIRO PAVIMENTO - 3 à 6 anos
19
AUTOR: Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes e editada pela autora - FONTE:Archdaily AUTOR: Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes e editada pela autora - FONTE:Archdaily
20
QUARTO PAVIMENTO - 6 à 12 anos QUINTO PAVIMENTO - 0 à 3 anos
Nesses pavimentos, assim como nos anteriores, os quartos não possuem definição de gênero, e isso no âmbito brasileiro é um grande problema, pois a legislação
brasileira não permite que crianças de 12 à 18 anos de gêneros diferentes dividam o mesmo quarto, por não misturar as faixas etárias no mesmo pavimento, não se enquadra na
ideia de lar. Achei interessante a separação dos pavimentos por faixa etária, porém não vejo uma ordem cronológica em sua distribuição, pois um pavimento ficam crianças de
12 à 18 anos e no superior estão as de 3 à 6 anos, um ponto positivo que encontrei é que em todos os pavimentos existem banheiros adaptados para portadores de deficiência
motora.
AUTOR: Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes e editada pela autora - FONTE:Archdaily AUTOR: Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes e editada pela autora - FONTE:Archdaily
SEXTO PAVIMENTO - Prolongamento da Função CORTES ESQUEMÁTICOS
AUTOR: Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes e editada pela autora - FONTE:Archdaily
21
O fator principal que na minha opinião deveria ser melhorado é a distribuição
dos ambientes, fazer alas para os quartos, pois achei eles um pouco espalhados, e
isso também ter uma segurança maior, pois todas as crianças do pavimento vão
estar juntas, e para qualquer emergência será muito mais rápida locomoção.
O fator principal que na minha opinião deveria ser melhorado é a distribuição
dos ambientes, fazer alas para os quartos, pois achei eles um pouco espalhados, e isso
também ter uma segurança maior, pois todas as crianças do pavimento vão estar
juntas, e para qualquer emergência será muito mais rápida locomoção. Além da
separação por faixa etária, todo o setor administrativo e de apoio é restrita ao andar
térreo, para que as crianças não tenham acesso.
AUTOR: Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes e editada pela autora - FONTE:Archdaily
Estrutura de concreto com elementos externos pré-fabricados em
cimento branco
Persianas em madeira na cor dourada, garantindo a barragem dos
ventos e privacidade.
22
3.1.3 ELEMENTOS E MATERIAIS CONSTRUTIVOS
AUTOR: Vicent Fillon - FONTE: Archdaily AUTOR: Vicent Fillon - FONTE: Archdaily
AUTOR: Vicent Fillon - FONTE: Archdaily AUTOR: Vicent Fillon - FONTE: Archdaily
Muito uso de vidro para melhor aproveitamento da luz natural Ferro preto e madeira para compor os ambientes internos e fachadas.
A creche fica localizada na Eslovênia,
uma cidade maioritariamente rural e
residencial, ao estudar seu entorno em um
raio de 1,5km, observei que há somente
casas, terrenos rurais, pequenas lojas, um
parque, igreja e cemitério, e ao observar um
pouco mais longe a percepção da cidade é a
mesma, não há muito suporte para os
moradores, então se locomovem para a
cidade mais próxima, para ter acesso aos
serviços básicos.
Segundo o site Archdaily, a Creche Smartno Pri Gradcu oi criada com o pensamento
de incentivar a interação e aprendizagem igualitária. Conta com uma planta livre, que
funde espaços outrora mal utilizados como armários, circulações e escadarias em uma
paisagem de aprendizagem junto com as salas de brincadeiras; ao abrir as paredes
internas totalmente envidraçadas desta  área, é gerado 700 m² de superfície de jogos
ilimitados.
O edifício possui 2 usos, durante o dia e até as 17:00 funciona como creche e após este
horário até as 23:00 é de uso comunitário, onde no segundo pavimento são oferecidos
yoga, pilates, reuniões, danças e até mesmo seminários, e enquanto os pais desfrutam das
atividades citadas acima, as crianças ficam no andar inferior utilizando das salas de aula
e brinquedos sob a supervisão de um ou mais funcionários voluntários.
23
3.2 CRECHE ŠMARTNO PRI SLOVENJ GRADCU
Cemitério
Igreja
Creche
Área Residencial
Parque
3.2.1 LOCALIZAÇÃO
FONTE: Google Earth editada pela autora
FONTE: Google Earth editada pela autora
Área: 1.040 m² Ano de inauguração: 2015 Localização: Eslovênia
AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
A creche possui um terreno reduzido, onde se encontra o edifício, estacionamentos e também o patio onde está toda a parte de lazer e brinquedos para as crianças, há também
uma horta onde as crianças podem ajudar a cultivar seu próprio alimento. O terreno possui 3 acessos, sendo dois deles ao estacionamento e o terceiro dá acesso direto ao interior da
creche, e todo seu limite é cercado por uma grade, para que haja segurança e ainda assim integração com o resto da comunidade, não criando uma barreira visual.
3.2.2 ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO E PLANTAS BAIXAS
IMPLANTAÇÃO
24
AUTOR: Arhitektura Jure Kotnik e editada pela autora - FONTE:Archdaily
AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
A área de brincadeiras é composta por superfícies diferenciadas para
diferentes sensações, com equipamentos que reproduzam essas sensações,
por exemplo: caixa de areia, jogos com água, escalada, desenho, colina
multifuncional que possui túnel, tobogã e escalada com cordas. A parte
posterior da colina é utilizada para escorregar no inverno e no resto do ano
serve como anfiteatro para a "quadra" de esportes (limitação de piso).
25
PAVIMENTO TÉRREO 
AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
AUTOR: Arhitektura Jure Kotnik e editada pela autora - FONTE:Archdaily
Achei muito bem planejada a distribuição dos cômodos nos dois pavimentos, onde no pavimento térreo na lateral nordeste podemos
encontrar a área de serviços, como, cozinha, área de funcionários, porém há alguns ambientes que não consegui identificar quais seus
usos, e na parte sudoeste do térreo encontram-se as salas de aulas, que também servem como área de alimentação e brincadeiras. Um
aspecto que achei bem interessante é o fator de que cada banheiro é ligado a duas salas de aula ao mesmo tempo, assim como as próprias
salas possuem uma ligação entre si para maior integração entre as crianças de idades diferenciadas, e por este mesmo motivo todas as
aberturas voltadas para o corredor são grandes, podendo assim criar um pavimento totalmente livre onde as crianças podem brincar
livremente.
26
PRIMEIRO PAVIMENTO 
AUTOR: Arhitektura Jure Kotnik e editada pela autora - FONTE:Archdaily AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
Neste pavimento encontra-se a parte administrativa à nordeste, e assim como a planta inferior, na parte sudoeste encontram-se as salas
de aula no mesmo esquema de integração entre si e utilizando o mesmo banheiro a cada duas salas. No mesmo quadrante ad administração
há também uma área destinada a brincadeiras dentro da edificação e que durante o segundo uso da edificação serve também como área de
brincadeiras comunitária, que como já foi explicado anteriormente, enquanto os pais fazem suas atividades, seus filhos podem ficar ali
brincando sob supervisão de funcionários.
AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
27
3.2.3 ELEMENTOS E MATERIAIS CONSTRUTIVOS
Todas as janelas da edificação possuem em seu vidro tratamento
contra a entrada de raios solares.
A edificação possuem várias áreas para influenciar a
criatividades, dentre elas estão as paredes onde podem
desenhar e algumas áreas bem coloridas.
AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
A creche possui todos os seus fechamentos externos e internos
feitos de madeira, tanto para o isolamento térmico quanto para
usar de materiais locais.
Em toda a parte de brincadeiras do patio podemos encontrar
grama, para maior segurança das crianças e permeabilidade do
solo.
28
Referencial Projetual
Nesse capítulo será apresentado quatro referencias projetuais, sendo eles: conceitual, estrutural, volumétrica e programática.
4.
Volumetria simples
Adereços coloridos
Platibanda irregular
Esquadrias coloridas
Gabarito baixo
Fachadas criativas.
DESCRIÇÃO FICHA TÉC.
Dormitórios
Banheiros adaptados
Áreas de lazer/estudos
Áreas externas
Playground
Possui um programa
de necessidades muito
parecido ao que
pretendo alcançar.
DESCRIÇÃO FICHA TÉC.DESCRIÇÃO FICHA TÉC.
Tem como missão
acolher Crianças e
Adolescentes, de
ambos os sexos, que
tenham seus direitos
violados, para delas
cuidar integralmente e
promover suas
potencialidades
psicológicas, físicas e
sociais
29
FONTE: www.archdaily.com/888773/the-
tetrisception-renesa-architecture-design-interiors-
studio
FONTE:www.archdaily.com.br/br/733949/centro-de-
bem-estar-para-criancas-e-adolescentes-em-paris
DESCRIÇÃO FICHA TÉC.
FONTE: www.casalarluzdocaminho.org/sobre-nos FONTE: www.archdaily.com.br/br/784463/jardim-
infantil-de-tempo-compartilhado-smartno-arhitektura-
jure-kotnik
VOLUMÉTRICOPROGRAMÁTICO
ESTRUTURALCONCEITUAL
NOME
The Tetrisception
LOCALIZAÇÃO
Índia
AUTOR
Renesa Architecture
Design Interiors Studio
INAUGURAÇÃO
2017
NOME
Jardim de Infância
Eleanor Roosevelt
LOCALIZAÇÃO
França
AUTOR
Marjan Hessamfar &
Joe Verons architectes 
INAUGURAÇÃO
2013
NOME
Smartno Pri Sloven
Gradcu
LOCALIZAÇÃO
Eslovênia
AUTOR
Arhitektura Jure
Kotnik
INAUGURAÇÃO
2015
NOME
Casa Lar Luz
do Caminho
LOCALIZAÇÃO
Florianópolis
AUTOR
Não identificado
INAUGURAÇÃO
2010
VIDRO
METAL
MADEIRA
Grandes
aberturas
Paredes e
Fachadas
Esquadrias
30
Análise do Terreno
Nesse capítulo será analisado o terreno onde será implantado a casa lar e creche acolher, serão foco de estudo para
definições projetuais. Veremos um breve histórico da região, topografia local, estrutura viária, plano diretor, gabaritos do
entorno imediato e entre outros
5.
31
O bairro Ingleses foi escolhido primeiramente por possuir um
grande número de comunidades carentes e em bairros próximos também,
e a maior parte das crianças institucionalizadas vêm dessas
comunidades. O segundo motivo é que no bairro há poucas casas que
possam dar suporte à essas crianças e as poucas que tem estão
superlotadas, assim como as creches da região.
Infelizmente, os registros históricos do bairro são poucos.
Apesar disso, temos a resposta para uma das suas principais
curiosidades: o nome! A principal  seção litorânea  do bairro,
a  Praia dos Ingleses, recebeu essa alcunha devido a uma
embarcação britânica que por ali naufragou. A data desse evento
não pôde ser aferida com precisão, mas os historiadores estimam
que isso tenha acontecido entre 1683 e 1737, por conta de alguns
O lote foi escolhido principalmente por ser localizado em um das vias principais do
bairro sendo de fácil acesso, pois passam muitas linhas de ônibus. No seu entorno há
muito suporte básico para manter tanto a casa quanto a creche, como, mercados, posto de
saúde, clínicas médicas, outras escolas entre outros e sua localização dá fácil acesso a
outros bairros e ao centro de Florianópolis.
5.1 JUSTIFICATIVA
5.2 LOCALIZAÇÃO
Elemento do Canva
FONTE: https://www.tjsc.jus.br/
FLORIANÓPOLIS
INGLESES
LOTE
Ingleses do Rio Vermelho é um
distrito de Florianópolis situado no
nordeste da ilha de Santa Catarina,
entre os distritos de Cachoeira do
Bom Jesus e São João do Rio
Vermelho, criado a partir
FONTE: Google earth
FONTE:
Geoprocessamento
de um decreto em 1831.
31
5.3 HISTÓRICO DO BAIRRO 
Elemento do Canva
Muito popular entre turistas, Ingleses do Rio Vermelho reúne diversas
nacionalidades e culturas durante o verão. A região possui uma boa oferta de lazer
com operadoras de passeios turísticos. Inclusive, é neste bairro que está localizada a
Praia do Santinho, onde fica o multi-premiado e mais completo complexo turístico da
região, o Costão do Santinho Resort.
Grande parte da população local é proveniente de outras cidades e estados,
e a cultura açoriana não é hoje tão marcante como em outras localidades da Ilha. Ao
longo do ano, várias festas de caráter religioso são realizadas. As atividades
principais estão relacionadas ao comércio, à construção civil e
principalmente ao turismo.
A pesca, que por muitos
anos foi o principal meio de
FONTE: Canva.com
assim mesmo nos períodos de temperaturas mais baixas, essencialmente.
realizada de forma artesanal e assim
subsistência da população é
vasos cerâmicos encontrados no entorno do naufrágio, com marcações apontando o
número 1683.
RUA MAIORCA
SC405
O terreno está
localizado na Rua
Maiorca, que tem
ligação com a SC
405, uma das vias
centrais do bairro.
32
Tratando-se de estatísticas, Florianópolis tende a  apresentar
quedas consecutivas nos indicadores criminais  mas, infelizmente, o
Ingleses sofre com uma vulnerabilidade em sua imagem imaculada.
Apesar de ser uma  região nobre, composta por mais de 25 mil
habitantes de classe média e alta, o bairro pena com uma situação
similar à que ocorre no contraste social da orla carioca. Os principais bairros do norte da
ilha, Canavieiras e Ingleses, ambos nobres, são cercados por comunidades em situação
de fragilidade socioeconômica. Esse índice é um dos motivos pelos quais escolhi este
bairro para implantar o projeto, pois é uma área de vulnerabilidade e que necessita de
assistência especial.
O terreno fica localizado em duas zonas do plano diretor, pouco mais de 60%
fica em uma zona residencial predominante que permite até 2 pavimentos, 50% de
taxa de ocupação e índice de aproveitamento 1, já os outros 40% estão em uma zona
mista central, que tem permissão de até 3 pavimentos, 50% de ocupação do solo e
índice de aproveitamento 2,5. No seu entorno podemos encontrar zonas diversas , o
que significa que há zonas de de comércio, serviço e institucional, o que é bom já que
essas zonas dão suporte a Casa e a Creche
5.4 PLANO DIRETOR
Elemento do Canva
Fonte: http://geo.pmf.sc.gov.br/
Geoprocessamento Florianópolis - Plano Diretor
ARP 2.5
Geoprocessamento Florianópolis - Plano Diretor
Fonte: http://geo.pmf.sc.gov.br/
32
33
5.5 ANÁLISE DO ENTORNO
Por ser uma zona predominantemente residencial eu já tinha a percepção de que a maioria
das construções seriam de 1 a 2 pavimentos, e ao estudar o entorno e criar o mapa a esquerda
eu pude comprovar esta teoria, são poucas as construções que ultrapassam esse numero de
pavimentos, o que é bom, pois não há barreiras que impedirão a luz e ventilação natural de
adentrar no terreno e consequentemente na edificação e também não haverão barreiras visuais,
ja que a pouco mais de 1 km esncontra-se a praia dos ingleses.
Fonte: http://geo.pmf.sc.gov.br/ e editada pela autora
Fonte:www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/ 
o terreno está inserido tem muito suporte para
garantir o bem estar tanto das crianças da casa lar
quanto das crianças da creche, pois podemos
encontrar postos de saúde, clínicas médicas,
igrejas, supermercados e ainda há um Centro de
Assistência Social quase em frente ao terreno, e
todo esse suporte é de fácil acesso pois ficam em
média a 15 minutos de distância. 
Ao estudar o mapa de equipamentos
urbanos, pude observar que a área onde
MAPA DE EQUIPAMENTOS URBANOS
MAPA DE GABARITOS
34
ESTRUTURA VIÁRIA
LINHAS DE ÔNIBUS E PERCURSO
Terreno objeto de estudo
Pontos de ônibus
Ao estudar a estrutura viária do contorno do lote, compreendi
que há um sistema de transporte público eficaz, com muitas
linhas de ônibus, que torna de fácil acesso chegar ao
terreno, possui um sistema viário bem estruturado
com uma rua de fluxo intenso como via princi-
pal de acesso, o que a torna a mais movimen-
tada e por convivência no local eu sei que é 
onde há o maior fluxo de pessoas passando
e ter uma creche nessa rua significa que
será caminho para os pais que estão
indo traballhar e essas vias são
as principais do bairro, onde
fica a maior aglomeração
de moradores da região.
Fonte: http://geo.pmf.sc.gov.br/ e editada pela autora
Fonte:www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/ 
RUA MAIORCA
5.6 ANÁLISE BIOCLIMÁTICA
SC405
Ao utilizar a carta solar e de ventos de Florianópolis como objeto de estudo pude compreender que na região de Florianópolis
há uma predominância e maior frequência de ventos vindos do quadrante norte/nordeste, porém é um vento que não vem com
muita força, Na carta de ventos não podemos visualizar, mas quem mora na cidade sabe, que o quadrante sul é o que tem o vento
com maior força e o que acaba causando mais estragos na cidade, e consequentemente é a orientação onde devemos ter maior
cuidado, principalmente com as aberturas, porque além dos ventos, é uma fachada que em praticamente o ano todo não pega sol, e
35
Primavera
Verão
Outono
Inverno
então é propícia para o uso de grandes
aberturas, mas sempre acompanhado de
alguma estratégia para evitar que o vento
chegue na edificação com muita força.
Se tratando do quadrante norte em
relação à insolação, tem que se ter muito
cuidado com as aberturas, pois
diferentemente do lado sul, essa fachada
recebe insolação direta durante pelo menos
85% do ano. 
VENTO NORDESTE
VENTO SUL
Fonte:www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/ 
Fonte: SOL - ARFonte: SOL - AR
36
TOPOGRAFIA
RUA MAIORCA
5 metros acima do nível do mar
10 metros acima do nível do mar
20 metros acima do nível do mar
370 metros acima do nível do mar
Terreno objeto de estudo
Terreno
Vegetação Nativa
Banhado
Fonte: http://geo.pmf.sc.gov.br/ e editada pela autora
Fonte:www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/ 
O terreno está localizado a 10 metros acima do nível do mar, porém não há declividades em seu interior,
pois esses esses 10 metros de altitude vêm desde a faixa de areia aumentando gradativamente até chegar ao
terreno. Nos últimos anos o bairro passou por um processo de terraplanagem, então fora os casos de morros, a
maioria dos terrenos são planos e sem grandes declividades.
MANCHAS VERDES
Em todo o contorno do terreno podemos
encontrar zonas de vegetação, em sua maior parte se
trata de vegetação nativa e banhado, este fica mais
próximo as dunas e ao mar. É notório que o bairro
vem crescendo com o tempo, mas podemos ver
também que ainda há uma grande massa de
vegetação que podemos agregar ao projeto.
5.7 IDENTIDADE VISUAL 
37
Fonte:www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/ 
38
Proposta Projetual
Neste capítulo será apontado toda a parte de pré - lançamentos projetuais, onde serão apresentados programa de
necessidades, fluxograma, zoneamento, estratégias bioclimáticas e entre outros itens que podem ser modificados mais a
frente durante a disciplina de TFG
6.
O Partido do projeto é a Integração e se deu a partir da
questão da institucionalização, onde a casa irá servir de objeto de
integração entre as crianças e a sociedade, trazendo novamente o
sentimento de segurança e pertencimento que é muito importante
para o desenvolvimento social infantil. A ideia de fazer uma Casa
Lar e Creche surge para consolidar o partido, criando em um
39
6.1 PARTIDO E CONCEITO
Já o Conceito do projeto surge a partir da ideia de
independência das crianças para que sintam que tem
controle da sua vida, já que foram retirados de suas casas e
colocadas em outro lugar que não conhecem sem a opção
de escolha, e o uso do conceito montessoriano fará parte
tanto da casa quanto da creche, um conceito onde
qualquer mobília será da altura das crianças, espaços único edifício uma integração entre as crianças da casa e as crianças da creche que fazem
parte da comunidade. livres, todos os ambientes serão pensados para garantir a autonomia da criança.
Montessoriano
FONTE: canva.com
Integração
FONTE: canva.com
FONTE: www.dds.com.br
Integração Social Infantil Autonomia
FONTE: www.blogdaqualidade.com.br
Hoje em dia o Ensino Tradicional tem sendo deixado de lado um pouco, pois é
conhecida por ser uma metodologia rígida, que impõe muitas regras e que aos alunos
cabia somente a função de aprendizagem crua e ao professor a função de ensino
direto e sem delongas. Então a minha intenção é propor uma metodologia diferente e
que trabalhe mais a independência infantil dentro da sala de aula, e que o professor
seja um ajudante e supervisor.
Pelos motivos que citei logo acima, decidi escolher aplicar
a modalidade Montessori, tanto na casa quanto na creche, uma
metodologia que surgiu em uma época em que a educação era
marcada por rigidez e até mesmo castigos físicos, Montessori
mudou os rumos da educação tradicional ao incentivar o
desenvolvimento do potencial criativo desde a primeira 
40
6.2 MÉTODO MONTESSORI
“A educação é uma produção de si por si mesmo, mas essa
autoprodução só é possível pela mediação do outro e com sua ajuda. A
educação é produção de si por si mesmo; é o processo através do qual
a criança que nasce inacabada se constrói enquanto ser humano,
social e singular..”
Bernard Charlot (2000, p.54, grifo nosso)
nfância, elaborando e aperfeiçoando técnicas de aprendizagem que procuravam inter-
relacionar e harmonizar atividade, liberdade e individualidade, esse método defende
as atividades que favorecem o movimento e toque, por acreditar que durante a
primeira infância o intelecto se desenvolve a partir dos sentidos humanos.
FONTE: canva.com
Este método não possui avaliações com notas, pois a intenção é que as crianças
se desenvolvam durante a primeira infância para que quando chegarem no ensino
fundamental II e médio tenham uma experiência de aprendizado diferenciado e muito
mais proveitosa.
Ensino Tradicional
APLICAÇÃO NA ARQUITETURA
Os padrões montessorianos de sala de aula requerem ambientes de tamanhos
maiores e relações de alunos por professor maiores do que o que geralmente se vê em
salas tradicionais. Adicionar professores a uma sala de três a seis anos pode interferir
com, mais do que encorajar, o aprendizado dirigido pelas crianças.
Os padrões montessorianos de sala de aula requerem ambientes de tamanhos
maiores e relações de alunos por professor maiores do que o que geralmente se vê em
salas tradicionais. Adicionar professores a uma sala de três a seis anos pode interferir
com, mais do que encorajar, o aprendizado dirigido pelas crianças.
FONTE: archdaily.com FONTE: archdaily.com
Jardim de infância montessori
De acordo com o método montessoriano, a criança precisa ter independência
dentro do ambiente e a decoração deve ser planejada para deixar tudo o que pertence
a elas ao alcance. É importante que os móveis com os quais a criança precise
interagir sejam baixos. Além de ser uma questão de segurança, pois isso evita que
elas escalem.
6.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES
O programa de necessidades foi
planejado pensando em suprir todas as
atividades que serão realizadas na casa, tem
toda a parte de administração, serviços e de
lazer para dar todo o suporte necessário que
as crianças venham a ter.
41
42
Este programa de necessidades se trata
da área da creche, que assim como a casa
possui todos ambientes necessários para
suprir toda e qualquer necessidade das
crianças e funcionários.
O estudo do organofluxograma é muito importante para o entendimento de como irá funcionar cada
pavimento e a edificação como um todo, a melhor distribuição dos ambientes que encontram-se
detalhados no programa e necessidades, pensando sempre na segurança e bem estar das crianças.
43
6.4 ORGANOFLUXOGRAMA
PAVIMENTO TÉRREO
Administrativo
Serviço
Privado
Social
Fluxo privado Casa Lar
Fluxo público Casa Lar
Fluxo privado Creche
Fluxo público Creche
Acesso Funcionários
Acesso Social
44
PRIMEIRO PAVIMENTO
Administrativo
Serviço
Privado
Social
Fluxo privado Casa Lar
Fluxo público Casa Lar
Fluxo privado Creche
Fluxo público Creche
Acesso Funcionários
Acesso Social
Área de esportes
Playground
45
6.5 ZONEAMENTO
Administrativo
Serviço
Privado
Social
Horta
Acesso
Edificação
Estacionamento
O zoneamento do terreno foi pensado no seu melhor aproveitamento, com a edificação em
azul, quase que centralizada e todas as atividades ao ar livre ao seu redor, o playground e a horta se
localizam no quadrante norte para melhor exploração da luz solar e seus benefícios, a área de
estacionamento fica a sul do terreno com acesso pela rua lateral, e a parte mais barulhenta que é a
área de esportes fica paralela a SC 405, para mesclar com o barulho próprio da via.
PAVIMENTO TÉRREO
PRIMEIRO PAVIMENTO
46
6.6 ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS
Bioclimatismo é a utilização de elementos e fatores climáticos para promover
o bem estar dos seres vivos. A partir deste conceito, a Arquitetura Bioclimática
procura associar o Bioclimatismo a elementos construtivos, definindo Estratégias
Bioclimáticas que vão proporcionar conforto térmico, acústico e visual a seus
habitantes. Estratégias Bioclimáticas são alternativas ou soluções que influenciam a
edificação, assim como, o seu processo e sistema construtivo, a forma, os materiais e
os componentes construtivos. No projeto serão identificados as seguintes estratégias:
VENTILAÇÃO CRUZADA
A ventilação natural cruzada é aquela cujas aberturas em um determinado
ambiente ou construção são dispostos em paredes opostas ou adjacentes, permitindo a
entrada e saída do ar. Indicado às construções em zonas climáticas com temperaturas
mais elevadas, o sistema permite trocas constantes do ar dentro do edifício,
renovando-o e ainda, diminuindo consideravelmente a temperatura interna.
FONTE: www.grupomb.ind.br
Ventilação Cruzada
AQUECIMENTO SOLAR PASSIVO
O aquecimento solar passivo é uma estratégia que consiste na utilização da
radiação solar direta para aquecimento ambiental da edificação. Este tipo de
aquecimento pode ser direto ou indireto. No aquecimento solar direto, a radiação
solar de inverno (norte no hemisfério sul) é admitida diretamente no ambiente através
das aberturas ou superfícies envidraçadas, obtendo uma resposta imediata de
aquecimento. Devido ao efeito estufa, a radiação, ao passar pelas superfícies
envidraçadas, é absorvida e refletida pelas superfícies internas na forma de onda
longa, permanecendo no interior da edificação por um período que pode chegar à
noite, ou até mesmo ao outro dia, uma vez que o vidro é opaco a onda longa.
FONTE: www.projeteee.mma.gov.br FONTE: www.projeteee.mma.gov.br
Aquecimento Solar Passivo
Aquecimento Solar Passivo
EFEITO CHAMINÉ
O efeito chaminé trata da movimentação do ar em virtude das diferenças de
temperatura e consequentemente da pressão. É um fenômeno que em um ambiente
fechado, o ar quente tende a subir, por ser menos denso. O ar frio, mais denso, desce.
E quanto maior o pé direito, maior a velocidade de saída do ar na parte superior.
47
Ocorre quando as aberturas de saída de ar estão em posições elevadas ou em
chaminés. O ar quente, menos denso sobe e é puxado para o exterior promovendo um
fluxo de ar renovado e frio.
FONTE: www.projeteee.mma.gov.br
FONTE: www.projeteee.mma.gov.br
Efeito Chaminé
Efeito Chaminé
MASSA TÉRMICA DE RESFRIAMENTO
FONTE: www.projeteee.mma.gov.br FONTE: www.projeteee.mma.gov.br
Inércia Térmica de Resfriamento
A massa térmica de um edifício é a capacidade que alguns materiais têm de
absorver calor ou frio. Funciona quando utilizamos algum material que diminua a
velocidade que o calor ou frio entra na edificação, por exemplo, a vegetação tem uma
capacidade muito grande de absorver o calor excessivo antes que chegue ao interior
da construção.
PRATELEIRA DE LUZ
É uma técnica utilizada para garantir um maior aproveitamento da luz natural e
para redução da incidência solar no interior dos ambientes. Sua função é refletir a luz
para a laje de forro interna da construção aumentando seu alcance de  iluminação.
As fachadas em que funciona de forma mais eficiente são as voltadas á Norte. Com
essa técnica a luz solar que entra é mais homogênea e produz uma iluminação com
maior qualidade e que não causa ofuscamento.
FONTE: www.coletivourbane.blogspot.com/
Prateleira de Luz
BRISES
Brises são exímios mecanismos à garantia de ventilação natural, que além do
controle lumínico e solar, se designados e posicionados corretamente em união às
situações solar e dos ventos locais, podem garantir excelente qualidade térmica
interna. Permitem ainda controle, se móveis, ou mesmo em caso de elementos
vazados.
FONTE: www.brasiliaconcreta.com.br
Sistema de Brises
48
6.7 ARQUITETURA SUSTENTÁVEL
Na arquitetura, o desenvolvimento sustentável se traduz em procurar minimizar
os recursos utilizados na construção, uso e operação de uma edificação, bem como
em reduzir ao máximo os impactos causados ao meio ambiente e à saúde humana
através da emissão, poluição e desperdício de seus componentes. A seguir irei
especificar algumas estratégias sustentáveis que serão adotadas:
JARDIM VERTICAL
É uma forma de Arquitetura Sustentável que limpa e purifica o ar, além de
economizar energia e reduzir a poluição sonora. O jardim que é fixado em sentido
vertical, que além de tornar o local mais harmonioso contribui para o meio ambiente.
protege contra as altas temperatura no verão e ajuda a manter a temperatura interna
no inverno. melhora a eficiência energética do edifício, devido à redução da
temperatura no ambiente interno, diminuindo a necessidade de refrigeração.
FONTE: www.studiolabdecor.com.br/FONTE: www.decorfacil.com
Jardim Vertical
REUSO DA ÁGUA
Será reaproveitada a água do banho. Isso
vai significar aproximadamente 30% de
economia por mês. Desviar a água do ralo do box
para um reservatório passando por filtros e
tratamentos para depois reutilizar essa água nos
vaso sanitário.
FONTE: www.sociedadedosol.org.br/
Funciona da seguinte maneira:
a água da chuva é levada pelas
calhas a um filtro, que eliminará
mecanicamente impurezas, como
folhas ou pedaços de galhos. Um
freio d'água impede que a entrada
de água na cisterna agite seu
conteúdo e suspenda partículas
sólidas depositadas no fundo. 
CISTERNA
Por ser proveniente da chuva, a água obtida não é considerada potável (por
poder conter desde partículas de poeira e fuligem, até sulfato, amônio e nitrato),
portanto, não é adequada para consumo humano. Ainda assim, pode ser usada nas
tarefas domésticas que mais consomem água, como lavar a calçada, o carro e etc...
FONTE: www.imejunior.com.br/
Reaproveitamento da Água da Chuva
A superfície dos painéis possui aletas feitas de cobre ou alumínio, comumente
pintadas de uma cor escura para maior absorção da radiação solar. Assim, estas aletas
captam essa radiação para então transformá-la em calor. O calor é então absorvido
pelo líquido presente no interior dos painéis, que é em seguida transportado por
bombeamento através de tubos isolados, até que chegue ao depósito de água quente.
O depósito de água quente é composto por material isolante, que impede o
resfriamento da água, permitindo que seja fornecida água quente mesmo em períodos
sem sol, como à noite.
49
PLACAS SOLARES TÉCNICAS E MATERIAIS CONSTRUTIVAS SUSTENTÁVEIS
A energia solar possui um papel importantíssimo na diminuição
dos impactos ambientais em todo o mundo. Além da preservação do
meio ambiente, traz diversos benefícios. A energia solar tem como
vantagens o pouco espaço ocupado pelo sistema fotovoltaico,
facilitando a instalação em diferentes áreas, além de trazer retorno
em investimento a partir dos seis primeiros anos, gerando uma economia de até 95%
em sua conta de luz.
FONTE: www.unisolarbrasil.com.brFONTE: www.soletrol.com.br
Placas Solares
TIJOLO ECOLÓGICO
É considerado um produto mais ecológico porque sua produção não utiliza a
queima da madeira, como os tijolos cerâmicos. Sua produção é realizada através da
prensagem hidráulica. Com isso, o consumo de recursos naturais é nulo, tornando-o
dessa forma um material de menor impacto ambiental. São muito eficazes na
construção de alvenarias estruturais externas, pois depois de secos adquirem uma alta
resistência e ótimas propriedades acústicas.
FONTE: www.institutodeengenharia.org.br/ FONTE: www.institutodeengenharia.org.br/
Materiais Ecológicos
CIMENTO SUSTENTÁVEL
Sua fabricação incorpora certa de 35 a 70% de resíduos oriundos dos altos fornos
das siderúrgicas. Além disso, esse material causa um menor impacto ambiental, pois
emite menor quantidade de gás carbônico para a atmosfera durante seu processo de
fabricação.
50
Possui as seguintes vantagens: • Maior
impermeabilidade; • Grande flexibilidade de
aplicação, compatível com todas as etapas da
obra; • Maior resistência se comparado ao
cimento comum, devido ao processo de
hidratação mais lento; • Menor probabilidade
de fissuras térmicas; • Durabilidade 40%
superior à do cimento CPII.
TINTA ECOSSÍLICA
FONTE: www.pensamentoverde.com.br
Cimento Sustentável
Tinta mineral monocomponente, Produto mineral à base de silicato de potássio,
isento de compostos orgânicos voláteis, cargas de natureza mineral, pigmentos
isentos de agentes tóxicos, modificadores reológicos, polímeros, dispersantes,
hidrorrepelente e água. Não tem cheiro e não causa danos a saúde. Indicado para
aplicação exterior e interior, possibilitando a habitação imediatamente após a
secagem.
FONTE:
www.kroten.com.br
FONTE:
www.kroten.com.br
VIDRO DE ALTO DESEMPENHO
Os vidros de controle solar são aqueles revestidos com uma superfície
metalizada, invisível a olho nu, com partículas do diâmetro em escala nanométrica,
que permite a filtragem da radiação solar, transmitindo mais luz e menos calor, ou o
contrário, dependendo da necessidade do projeto. A metalização, ou coating, pode ser
aplicada sobre vidro incolor, cinza, verde ou azul. Além disso, o vidro ainda pode ser
laminado com qualquer uma dessas outras opções. Logo, as combinações possíveis
são muitas. A diferença do temperado diante de outros vidros é que ele se torna 5
vezes mais resistente do que o vidro comum. Quando o vidro se quebra, forma-se
pequenos pedaços em grânulos, reduzindo a chance de danos corporais ou materiais.
FONTE: www.ekoglass.com.br
51
6.8 MOBILIÁRIO E PAISAGISMO
De acordo com o método montessoriano, a criança precisa ter independência
dentro do ambiente e a decoração deve ser planejada para deixar tudo o que pertence
a elas ao alcance. Por isso, a cama precisa ser sempre o mais baixa possível, ou até
diretamente no chão, permitindo que o pequeno consiga se levantar e deitar sozinho.
Como a ideia é que as crianças tenham liberdade, tapetes nunca são demais em
uma decoração montessoriana. Eles permitem que elas brinquem no chão sempre
que quiserem e as protegem do frio e de uma eventual sujeira que tenha no piso.
Além disso, protegem os pequenos em caso de queda.
Além da cama, é importante que os outros móveis com os quais a criança precise
interagir sejam baixos. Além de ser uma questão de segurança, pois isso evita que
elas escalem, estantes e caixas, por exemplo, ficam ao alcance das mãozinhas e
permitem que elas peguem seus próprios brinquedos. Uma ideia aqui é incentivar os
pequenos a guardar tudo depois que brincar. Prateleiras e nichos baixos com livros
também compõem um ambiente mais acessível. As cores são capazes de criar
sensações e trazer um toque lúdico ao espaço. E isso estimula a criatividade dos
pequenos. Por isso, elas também são uma característica da decoração no método
montessoriano.
CASA LAR
FONTE: www.blogdaflaviana.com.br/ FONTE: www.blogdaflaviana.com.br/
AUTOR: Pâmela Namiki AUTOR: Pâmela Namiki
FONTE: www.petitnini.com.br FONTE: www.instagram.com
AUTOR: @cadodesignoficial
52
CRECHE
FONTE: www.graodegente.com.br. FONTE: www.archdaily.com.
FONTE: www.archdaily.com. FONTE: www.archdaily.com.
PAISAGISMO
Escola Infantil SMjardim de infância montessori
Mobilíario Montessori Parede Negra
Na implantação do projeto haverá um grande cuidado com o paisagismo, para
que não ocorra quaisquer acidente com a vegetação, e além disso haverá uma horta
que as crianças vão ter acesso e aprender a cultivar frutas e verduras para consumo
próprio. Abaixo serão especificados algumas frutas e verduras que serão cultivadas:
FONTE: www.epagri.sc.gov.br
MAÇÃ
FONTE: www.globorural.sc.gov.br
LARANJA
FONTE: www.cpt.com.br/
MORANGO UVA
FONTE: www.agron.com.br/
53
CENOURA
FONTE: www.greenme.com.br FONTE: https://br.freepik.com/
BATATA
FONTE: www.globorural.sc.gov.br
BETERRABA ABÓBORA
FONTE: www.ciclovivo.sc.gov.br
FONTE: https://blog.plantei.com.br/
MIRRA RABO DE GALO
FONTE: https://blog.plantei.com.br/
GIRASSOL
FONTE: www.infoescola.com.br
LAVANDA
FONTE: www.greenme.com.br
IPÊ BRANCO IPÊ ROXO
FONTE: www.sementeoranica.sc.gov.brFONTE: www.sementeoranica.sc.gov.br
FONTE: www.sementeoranica.sc.gov.brFONTE: www.sementeoranica.sc.gov.br
IPÊ ROSA
PAINEIRA
6.9 VOLUMETRIA
54
Durante o processo de pesquisa teórica para montagem deste caderno,
consegui entender como se deu o surgimento da institucionalização e como isto vem
afetando a vida das famílias e principalmente das crianças que sofrem com a
violência ou abandono e necessitam de assistência, e que inicialmente eram tratadas
como marginais e não como vítimas, e compreendi a complexidade deste assunto,
que deve ser tratado com muita cautela para não haver maiores sequelas nas vidas
dos pequenos futuramente. Com estas pesquisas pude perceber que na cidade de
Florianópolis, em especial o Bairro ingleses não recebe uma ajuda
significativamente governamental para poder manter estes lares, como também não
há mais vagas em creches, o que torna muito mais difícil manter essa assistência
pois o maior índice de crianças em lares são as que não tem a oportunidade de estar
em uma sala de aula, isto é uma realidade nacional e que necessita de ajuda. Sobre a
pesquisa, estou quase que completamente satisfeita com os dados que obtive, pelo
motivo da pandemia do Covid-19 tive algum problema em encontrar livros para usa-
los na pesquisa, pois estamos em isolamento social e as faculdades e bibliotecas
estão fechados, e os livros que encontrei na internet não foram capazes de me
satisfazer com seu conteúdo e outro fator causado pelo Covid-19 é que não consegui
fazer estudos de caso diretos e também não pude ir visitar o terreno escolhido, mas
fora estes problemas que citei acima, estou muito satisfeita com as outras
informações que alcancei.
55
CONSIDERAÇÕES FINAIS CRONOGRAMA
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
ANJOS, M. F. D; DIAS, A. D. S. Projetar sentidos: A arquitetura e a manifestação sensorial. Centro
Universitário FAG, Cascavél, v. 1, n. 1, p. 3-10, jun./2017. Disponível em:
https://www.fag.edu.br/upload/contemporaneidade/anais/594c063e6c40e.pdf. Acesso em: 7 abr. 2020.
ARCHDAILY.  Centro de Bem-Estar para Crianças e Adolescentes / Marjan Hessamfar & Joe
Vérons. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/765064/centro-de-bem-estar-para-criancas-e-
adolescentes-marjan-hessamfar-and-joe-verons/54caf099e58ece5c5e0002a8?next_project=no. Acesso
em: 7 mai. 2020.
BLOG DE ARQUITETURA SUSTENTÁVEL.  Arquitetura Bioclimática. Disponível em:
https://bioclimatismo.com.br/arquitetura-bioclimatica/. Acesso em: 30 mai. 2020.
BRASIL ESCOLA.  A socialização da educação infantil. Disponível em:
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-socializacao-na-educacao-infantil.htm. Acesso em:
13 mai. 2020.
56
FEDERAIS, Ministérios. Congresso Nacional: Plantalto Federal.  Orientações
Técnicas, Brasília, v. 1, n. 1, p. 18-30, jun./2009.
GUIA FLORIPA.  Ingleses do Rio Vermelho. Disponível em:
https://guiafloripa.com.br/cidade/bairros/ingleses. Acesso em: 10 jun. 2020.
INFO ESCOLA.  Método Montessoriano. Disponível em:
https://www.infoescola.com/pedagogia/metodo-montessoriano/. Acesso em: 3 abr.
2020.
INSTITUTO FAZENDO HISTÓRIA.  serviços de acolhimento no brasil.
Disponível em: https://www.fazendohistoria.org.br/servicos-de-acolhimento-no-
brasil. Acesso em: 23 mar. 2020.
INSTITUTO FAZENDO HISTÓRIA. As modalidades de acolhimento no Brasil,
suas específidades e diferenças. Disponível em:
https://www.fazendohistoria.org.br/blog-geral/2018/5/9/as-modalidades-de-
acolhimento-no-brasil-suas-especificidades-e-diferenas. Acesso em: 23 mar. 2020.
JUS.COM.BR. Acolhimento Institucional no ECA: Teoria e Prática. Disponível
em: https://jus.com.br/artigos/32306/acolhimento-institucional-no-eca. Acesso em:
22 abr. 2020.
JUSBRASIL. Artigo 19 da Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990. Disponível em:
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618045/artigo-19-da-lei-n-8069-de-13-de-
julho-de-1990. Acesso em: 24 abr. 2020.
LANCILLOTTI, S. S. P. Pedagogia Montessoriana: ensaio de individualização do
ensino. Revista HistedBR On-line  , Campinas, v. 1, n. 1, p. 166-170, mai./2010.
Disponível em:
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/37e/art11_37e.pdf. Acesso em: 3
abr. 2020.
NEJAR, M. C. D. S. Práticas educativas em casas lares: Relato de uma intervenção
grupal.  Monografia apresentada como exigência parcial do curso de
especialização em saúde comunitária, Porto Alegre, v. 1, n. 1, p. 3-10, mar./2011.
Disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/32831/000787074.pdf?
sequence=1. Acesso em: 28 mar. 2020.
OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO SETOR. 47 mil crianças no Brasil vivem em
instituições de acolhimento. Disponível em:
https://observatorio3setor.org.br/carrossel/47-mil-criancas-no-brasil-vivem-em-
instituicoes-de-acolhimento/. Acesso em: 24 mar. 2020.
PLANALTO FEDERAL.  Leis Complementares. Disponível em:
http://www4.planalto.gov.br/legislacao/portal-legis/legislacao-1/leis-
complementares-1/todas-as-leis-complementares-1. Acesso em: 15 abr. 2020.
PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS.  Geoprocessamento Corporativo.
Disponível em: http://geo.pmf.sc.gov.br/. Acesso em: 9 jun. 2020.
PREFEITURA DE SÃO PAULO.  2. Casa Lar. Disponível em:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/protecao_soci
al_especial/index.php?p=28982. Acesso em: 25 mar. 2020.
PSICOLOGADO.  A Infância Institucionalizada e as Dificuldades de
Aprendizagem: uma Revisão de Literatura. Disponível em:
https://psicologado.com.br/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/a-infancia-
institucionalizada-e-as-dificuldades-de-aprendizagem-uma-revisao-de-literatura .
Acesso em: 20 abr. 2020.
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO.  Roda dos expostos.
Disponível em:
https://www.santacasasp.org.br/portal/site/quemsomos/museu/pub/10956/a-roda-
dos-expostos-1825-1961. Acesso em: 3 abr. 2020.
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58
"A boa arquitetura pode e deve ser feita em qualquer
circunstâncias, por mais difíceis que se apresentem as
situações econômicas e sociais"
Ruth Verde Zein

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CASA LAR E CRECHE ACOLHER - LUIZA/FLORIANÓPOLIS 2020

  • 1. Acolher Centro Universitário Estácio de Santa Catarina Arquitetura e Urbanismo - 9ª Fase. Fundamentos para o TFG Luiza Lubke de Souza Florianópolis - Santa Catarina Docente: Julia Fiuza Cercal xx de xxxxx de 20202 Casa Lar e Creche  Caderno de Diretrizes de anteprojeto arquitetônico 1
  • 2. Luiza Lubke de Souza ESTUDO PARA ANTEPROJETO DE UMA CASA LAR PARA CRIANÇAS DE 0 A 6 ANOS NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS - SC Florianópolis - 2020 Fundamentos para o trabalho final de graduação em Arquitetura e Urbanismo realizado em cumprimento as exigências da disciplina CCE 0909 - Fundamentos para Trabalho Final de Graduação. 2
  • 3. Luiza Lubke de Souza ESTUDO PARA ANTEPROJETO DE UMA CASA LAR PARA CRIANÇAS DE 0 A 6 ANOS Fundamentos para o trabalho final de graduação em Arquitetura e Urbanismo realizado em cumprimento as exigências da disciplina CCE 0909 - Fundamentos para Trabalho Final de Graduação. NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS - SC Florianópolis , xx de xxxxx de 2020 ____________________________________________ Professora da Disciplina de Fundamentos para o Trablho Final de Graduação Professora Júlia Fiuza Cercal Centro universutário Estácio de Santa Catarina 3
  • 4. Dedico este trabalho aos meus professores, minha família e a todas as pessoas que me incentivaram durante o decorrer do curso, foi um caminho árduo e que foi preciso muito apoio para chegar a esta etapa. 4
  • 5. SUMÁRIO RESUMO ................................................................................................................................. 6 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 7 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 9 2.1. ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL INFANTIL ................................................... 10 2.1.1. SITUAÇÃO ATUAL NO BRASIL .................................................................. 10 2.1.2. MODALIDADES DE ACOLHIMENTO ......................................................... 11 2.1.3. O QUE É UMA CASA LAR? ........................................................................... 12 2.2. INTEGRAÇÃO SOCIAL DE CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS ................. 13 2.3. ARQUITETURA SENSORIAL ................................................................................. 13 2.4 LEGISLAÇÕES .......................................................................................................... 14 2.4.1 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ...................................... 14 2.4.2 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ................ 15 3. ESTUDO DE CASO ........................................................................................................... 16 3.1 MAISON D'ACCUEIL DE L'ENFANCE ELEANOR ROOSEVELT ........................ 17 3.1.1 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................. 17 3.1.2 ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO E PLANTAS BAIXAS ................................... 18 3.1.3 ELEMENTOS E MATERIAIS CONSTRUTIVOS ........................................... 22 3.2 CRECHE ŠMARTNO PRI SLOVENJ GRADCU ...................................................... 23 3.2.1 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................. 23 3.2.2 ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO E PLANTAS BAIXAS .................................. 24 3.2.3 ELEMENTOS E MATERIAIS CONSTRUTIVOS ........................................... 27 4. REFERENCIAL PROJETUAL ....................................................................................... 28 5 5. ANÁLISE DO TERRENO ............................................................................................... 30 5.1 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 31 5.2 LOCALIZAÇÃO .......................................................................................................... 31 5.3 HISTÓRICO DO BAIRRO .......................................................................................... 31 5.4 PLANO DIRETOR ...................................................................................................... 32 5.5 ANÁLISE DO ENTORNO .......................................................................................... 33 5.6 ANÁLISE BIOCLIMÁTICA ....................................................................................... 35 5.7 IDENTIDADE VISUAL .............................................................................................. 37 6. PROPOSTA PROJETUAL ............................................................................................. 38 6.1 PARTIDO E CONCEITO ............................................................................................ 39 6.2 MÉTODO MONTESSORI .......................................................................................... 40 6.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES .......................................................................... 41 6.4 ORGANOFLUXOGRAMA ........................................................................................ 43 6.5 ZONEAMENTO .......................................................................................................... 45 6.6 ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS .......................................................................... 46 6.7 ARQUITETURA SUSTENTÁVEL ............................................................................ 48 6.8 MOBILIÁRIO E PAISAGISMO ................................................................................. 51 6.9 VOLUMETRIA ........................................................................................................... 54 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 55 CRONOGRAMA ................................................................................................................. 55 REFERENCIAL BICLIOGRÁFICO ................................................................................ 55 CONTRACAPA ................................................................................................................... 58
  • 6. RESUMO 6 ABSTRACT Este caderno tem como objetivo definir diretrizes de anteprojeto arquitetônico para uma Casa Lar e Creche localizada no Bairro Ingleses do Rio Vermelho, que fica no norte da ilha de Florianópolis. O objetivo principal deste caderno é criar orientações para um projeto que pretende dar suporte às crianças institucionalizadas do bairro e das comunidades do seu entorno e aliviar a sobrecarga no sistema educacional infantil. A pesquisa envolve análise do histórico da região, estudo de caso de uma casa lar localizada no centro de uma cidade na França e de uma creche em um bairro residencial e rural da Eslovênia, pesquisas mais aprofundadas em relação ao suporte e assistência que as crianças recebem após sofrerem violência, leitura do estatuto da criança e legislações educacionais para melhor entendimento das necessidades infantis, análise de condicionantes bioclimáticas da região para melhor conforto dentro da edificação, estudo de todo o conjunto incluindo o bairro para melhor implantar o projeto dentro dos parâmetros do bairro, estudar o surgimento das instituições de acolhimento infantil e das creches, quais suas tipologias, como são aplicadas e quais as consequências da institucionalização no desenvolvimento psicossocial e de aprendizagem infantil. Todo o recolhimento de dados encontrados neste arquivo foram levantadas para entender como o sistema de institucionalização funciona, e como podemos melhorar a adaptação à nova realidade de suas vidas, tais informações foram coletadas por meio de sites, artigos e livros pertinentes ao assunto, para embasar o mais próximo da realidade vivenciada pelos moradores da região. Como resultado deste levantamentos de dados as informações especulativas serão apresentadas de forma clara e objetiva para propor a melhor forma de integração entre as crianças e a comunidade, e a melhor forma de aplicação destas informações durante o período de formação de implantação, plantas baixas e todas as medidas adotada para ter um resultado final de projeto coerente com a realidade que vivemos. This notebook aims to define architectural preliminary project guidelines for a Home and Nursery Located in the English Neighborhood of Rio Vermelho, which is in the north of the island of Florianópolis. The main objective of this notebook is to create guidelines for a project that aims to support institutionalized children in the neighborhood and the surrounding communities and relieve the burden on the children's educational system. The research involves analysis of the region's history, a case study of a home located in the center of a city in France and a daycare center in a residential and rural district of Slovenia, further research into the support and assistance that children receive after suffering violence, reading the child's status and educational legislation to better understand children's needs , analysis of bioclimatic conditions of the region for better comfort within the building, study of the whole set including the neighborhood to better implement the project within the parameters of the neighborhood, study the emergence of child care institutions and day care centers, what their typologies are, how they are applied and what the consequences of institutionalization in psychosocial development and child learning. All the collection of data found in this file were collected to understand how the institutionalization system works, and how we can improve the adaptation to the new reality of their lives, such information was collected through websites, articles and books pertinent to the subject, to support the closest to the reality experienced by the residents of the region. As a result of this data collection, speculative information will be presented clearly and objectively to propose the best form of integration between children and the community, and the best way to apply this information during the period of implementation training, floor plans and all measures adopted to have a final project result consistent with the reality we live in. Palavras-chave: Criança – assistência social – acolhimento – desenvolvimento humano. Keywords: Child – social assistance – Host – human development.
  • 8. O objetivo geral da pesquisa é propor diretrizes projetuais de anteprojeto para a elaboração de uma casa de acolhimento integral temporário, com os seguintes objetivos específicos: identificar características especificas na implantação que favoreçam a melhor experiência dessas crianças, analisar edificações semelhantes, estudar a área de implantação e seu entorno, propor programa de necessidades, pré- dimensionamento, fluxo-organograma, lançar primeiros esboços, croquis, volumetria,buscar estatísticas de melhora na vida da criança após a saída da casa de A pesquisa se trata de um trabalho final de graduação, onde o projeto surge da preocupação com as crianças do bairro dos Ingleses, que atualmente tem um grande índice de comunidades carentes, o que ocasiona em muitas crianças em situação de risco e que de alguma forma foram retiradas de suas famílias e estão sob a tutela do juizado de menores. A Casa de Acolhimento visa proporcionar acolhimento em um prazo máximo de 24 meses crianças entre 0 e 6 anos, residentes do bairro ingleses de ambos os sexos, em situação de risco e vulnerabilidade, com necessidade de afastamento de sua família de origem, com a finalidade de que eles possam se desenvolver pedagogicamente e ter o devido acompanhamento psicológico, para que quando voltem para suas famílias não haja qualquer sinal de trauma, que posteriormente afetaria na inserção social das crianças. “De acordo com a Lei 12.010, “o acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo esta possível, para colocação em família substituta, não implicando em privação de liberdade.” Segundo dados do IBGE, atualmente 46.710 crianças entre 0 a 9 anos vivem em comunidades carentes em Florianópolis, e muitas dessas crianças sofreram ou sofrem violências domésticas, o que traz uma grande preocupação que é suprir todas as necessidades de desenvolvimento humano que essas crianças venham a ter, para que no futuro se interessem pelo meio em que vivem e possam desenvolver habilidades ao longo da vida, e retirar essas crianças de ambiente desfavoráveis para seu avanço como ser humano. Em conjunto com a casa será construída uma creche, que é de grande necessidade na região, principalmente pela escassez de vagas em creches de Florianópolis, e tem o intuito de que as crianças não sejam afetadas pela falta de estudos, e que possam ter contato com outras crianças de suas idades, o que faz parte da integração social das crianças. As atividades que são disponibilizadas serão sempre visando o conforto, interação social e tratamento psicopedagógico, então o lar funcionará simultaneamente com a creche, para estimular cada vez mais o desenvolvimento humano dessas crianças e reintegrá-las a sociedade de forma natural e saudável. A pesquisa envolve análise bibliográfica do histórico da região, estudo de caso em instituições dentro e fora do Brasil (pesquisa de campo e online), pesquisas mais aprofundadas em relação ao suporte e assistência que as crianças recebem após sofrerem violência, leitura do estatuto da criança para melhor entendimento das necessidades infantis, análise de condicionantes físicas e ambientais da região para melhor conforto dentro da edificação. acolhimento, trazer dados que demonstrem a necessidade de um ambiente de moradia saudável e educação de qualidade para as crianças. 8
  • 9. Fundamentação Teórica Nesse capítulo será apresentado todo o estudo de fundamentação teórica, inicialmente será explicado sobre a institucionalização infantil, suas modalidades e situação atual, logo após falará sobre a integração social e seus benefícios no desenvolvimento infantil, e será finalizado com as legislações pertinentes ao assunto. 2. 9
  • 10. 2.1 ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL INFANTIL O acolhimento institucional, anteriormente denominado abrigamento em entidade, é uma das medidas de proteção previstas pela Lei Federal nº 8069/1990 (ECA) e aplicáveis a crianças e adolescentes sempre que os direitos reconhecidos naquela lei forem ameaçados ou violados. Sendo medida de proteção, o acolhimento institucional não pode ser confundido com alguma das medidas socioeducativas aplicadas aos adolescentes que, eventualmente, pratiquem atos infracionais. São institutos jurídicos distintos: o acolhimento em abrigo (ECA, art. 101, VII) e a internação em estabelecimento educacional (ECA, art. 112, VI). Estatuto da Criança e do Adolescente - Planalto Federal Durante muito tempo, esses locais eram sinônimos de abandono, lugares fechados que não tinham contato com a comunidade e com lotação máxima, nestas instituições as crianças ficavam até completar 18 anos, não tendo trabalho para garantir que houvesse convivência familiar e comunitária. Tais medidas eram construídas em concordância a perspectiva higienista, no qual a proposta era o saneamento e limpeza social, em que tanto as fragilidades socioeconômicas, quanto o descumprimento de leis eram tratados com situações semelhantes. As políticas direcionadas à infância elencadas em grandes sistemas de internação com características de instituições totais, onde os internos realizavam todas suas atividades. Existiam duas direções de tratamento: o primeiro dizia respeito à defesa do menor abandonado, e o segundo tinha por foco defender a sociedade desse mesmo menor, que também era intendido como delinquente em potencial, e consequentemente, oferecia perigo à população. Antes da criação do Estatuto da Criança e do adolescente (1990), as legislações dirigidas a esse público foram as duas versões do Código de Menores, de 1927 e de 1979. Embora haja diferenças entre si, as duas eram baseadas na Doutrina da Situação Irregular, que era direcionada as crianças e adolescentes que estivessem em situação de pobreza, abandono ou cometessem qualquer tipo de infração, as instituições de acolhimento que existiam eram os orfanatos, educandários e colégios internos. 2.1.1 SITUAÇÃO ATUAL NO BRASIL Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atualmente 47 mil crianças e adolescentes no Brasil estão em situação de acolhimento institucional, de acordo com a Lei 12.010/09, que alterou o art. 19 do ECA, “a permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de dois anos”. Vítimas de abandono, maus-tratos, negligência e agressões, a grande maioria delas vai chegar à idade adulta sem saber o que é viver em uma família saudável. Mas há outro caminho, além da adoção, que possibilita essa oportunidade a essas crianças e adolescentes: o programa Família Acolhedora, que, graças à ação de ONGs, conselhos tutelares e juízes da Vara da Infância e da Juventude, vem crescendo no Brasil como uma alternativa ao acolhimento institucional. 10
  • 11. Mesmo hoje em dia existindo diferentes modalidades de acolhimento, muitas ainda são pouco utilizadas, e para tentar mudar essa realidade, as instituições ligadas à causa da adoção no Brasil pretendem aplicar tais modalidades inovadoras, como famílias acolhedoras e o apadrinhamento afetivo. O propósito é que a criança deixe a família acolhedora e retorne para sua família de origem ou parentes próximos, ou ser encaminhada para adoção, em alguns casos o acolhimento pode se estender até a maioridade, dependendo do programa de acolhimento O acolhimento institucional ainda é muito forte no Brasil, há estimativas de que apenas 5% das crianças estão em situação de acolhimento familiar, e isso é muito pouco em relação à outros países, onde esse índice pode chegar a 50%, segundo Sandra Sobral, presidente do Instituto Geração Amanhã. O acolhimento familiar; garantido pela Constituição Federal; hoje em dia é o modo mais eficaz no desenvolvimento humano e preferencial pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em oposição ao acolhimento institucional (abrigo), que segundo pesquisas, causa danos no desenvolvimento neurológico e emocional no ser humano. Apadrinhamento Afetivo - TJSP “A primeira infância é um período fundamental para o desenvolvimento das crianças. A maioria dos abrigos não oferece uma vivência comunitária adequada. Não ter o vínculo, o estímulo, o afeto ou a socialização afeta essas crianças, que crescem com sequelas pela falta destes pilares”, diz Sandra Sobral, presidente do Instituto Geração Amanhã 2.1.2 MODALIDADES DE ACOLHIMENTO Há alguns tipos de serviço de acolhimento para ter mais efetividade às necessidades de cada criança a adolescente. A escolha da modalidade mais adequada depende de um conjunto de fatores: situação familiar, perfil e processo de desenvolvimento, idade, histórico de vida, aspectos socioculturais, motivos e estimativa de tempo de acolhimento, respeito a vínculo de parentesco (irmão e primos devem ser acolhidos juntos). Existem 4 modalidades de acolhimento: ABRIGO INSTITUCIONAL Deve ter aspecto semelhante ao de uma residência, estar inserido em áreas residenciais e utilizar equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local. Deverá manter aspecto semelhante ao de uma residência, seguindo o padrão arquitetônico das demais residências da comunidade na qual estiver inserida. Não devem ser instaladas placas indicativas da natureza institucional do equipamento, também Assistência Social de São Miguel do Oeste 11
  • 12. deficiência em situação de medida de proteção e em situação de risco pessoal, social e de abandono, cujas famílias ou responsáveis encontrem-se temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção, até que seja viabilizado o retorno ao convívio com a família de origem ou, na sua impossibilidade, encaminhamento para família substituta. devendo ser evitadas nomes que remetam a aspectos negativos, estigmatizando os usuários. Possui um público alvo de crianças e adolescente entre 0 e 18 anos, com um número máximo de 20 acolhidos. CASA LAR Casa Lar Luz do Camimho Serviço de Acolhimento provisório oferecido em unidades residenciais, nas quais pelo menos uma pessoa ou casal trabalha como educador/cuidador residente – em uma casa que não é a sua. Deve localizar-se em áreas residenciais da cidade e seguir o padrão-sócio econômico da comunidade onde estiverem inseridas. A Casa Lar é particularmente adequada ao atendimento a grupos de irmãos e a crianças e adolescentes com perspectiva de acolhimento de média ou longa duração. Seu público alvo são crianças e adolescentes de 0 a 18 anos sob medida protetiva de abrigo com um número máximo de 10 acolhidos. FAMÍLIA ACOLHEDORA Assistência social de São Miguel do Oeste Serviço que organiza o acolhimento de crianças e adolescentes em residências de famílias acolhedoras cadastradas, selecionadas e supervisionadas. Embora ainda pouco difundida no País, esse serviço encontra-se consolidado em outros países, especialmente nos europeus e da América do Norte, além de contar com experiências exitosas no Brasil e América Latina. Assim como os serviços de acolhimento institucional, deve organizar-se segundo os princípios e diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente. . Tem um público alvo com idades entre 0 e 18 anos, e em relação ao número máximo de acolhidos é de uma criança ou adolescente por vez, em exceção nos casos de grupos de irmão. 2.1.3 O QUE É UMA CASA LAR? Segundo a Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, uma Casa Lar é: Serviço de Acolhimento provisório e excepcional para até 10 crianças e adolescentes de ambos os sexos, de 0 a 17 anos e 11 meses, inclusive crianças e adolescentes com Crianças - Prefeitura de vila velha O serviço é oferecido em unidades residenciais, nas quais pelo menos uma pessoa trabalha como educador/cuidador residente em uma casa disponibilizada pela organização – prestando cuidados a um grupo de crianças e adolescentes. O serviço deve organizar ambiente próximo de uma rotina familiar, proporcionando vínculo estável entre o educador/cuidador/ residente e as crianças e adolescentes atendidos. Casa - pngtree 12
  • 13. Deve favorecer o convívio familiar e comunitário, oportunizando a (re) inserção na família de origem ou substituta, atendendo a todas as premissas do Estatuto da Criança e do Adolescente, especialmente no que diz respeito ao fortalecimento dos vínculos familiares e sociais. As crianças e adolescente devem fazer uso dos equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local, onde o serviço está instalado. Os grupos de crianças e adolescentes com vínculos de parentesco devem ser atendidos na mesma unidade. Usuários: Crianças e adolescentes de 0 a 17 anos e 11 meses. A educação infantil é considerada como importante corresponsável pelo início da promoção de padrões específicos de interação social, como interações afiliativas, pró- sociais e de caráter cooperativo envolvendo crianças, professores, membros da família e adultos em geral. Assim, o professor destas crianças está intrinsecamente envolvido no seu desenvolvimento e socialização, podendo canalizar determinadas formas de interação social em detrimento de outras, como a violência, por exemplo. 2.2 INTEGRAÇÃO SOCIAL DE CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS As crianças institucionalizadas, são crianças que em muitos casos, não esperam por um colo, nem por uma família, esperam que o tempo os conduza a outra instituição, onde uma outra fase da vida “as libertará”, em muitos casos, para as ruas.Crianças aprendendo na sala de aula - Vecteezy Para o sociólogo brasileiro Gilberto Freire, a socialização pode ser definida da seguinte maneira: "É a condição do indivíduo (biológico) desenvolvido, dentro da organização social e da cultura, em pessoa ou homem social, pela aquisição de status ou situação, desenvolvidos como membro de um grupo ou de vários grupos.” O desenvolvimento humano, que acontecem desde o nascimento e continua por toda a vida, e as crianças institucionalizadas precisam do convívio com outras pessoas, pois após serem retirados de suas famílias, eles perdem um pouco o sentido da vida e necessitam conviver principalmente com crianças da sua idade. 2.3 ARQUITETURA SENSORIAL Para fazer a ligação com o método de ensino escolhido, pretendo usar a arquitetura sensorial que complementará fora da creche os estímulos recebidos durante as aulas, e por que não utilizar a arquitetura ao nosso favor? A arquitetura tem uma grande gama de oportunidades para oferecer tais atividades sensoriais, e através dela podemos habitar qualquer fantasia. imagem da autora 13
  • 14. A sensação é um acontecimento psicológico que surge da ação dos estímulos externos sobre os órgãos dos sentidos humanos. É através das sensações que o indivíduo se relaciona com o próprio organismo, com o mundo e tudo que está à sua volta. Quanto mais os sentidos de uma pessoa estiverem desenvolvidos, mais variadas e delicadas serão suas sensações. As principais formas de sensações que irei utilizar são as cores e a iluminação, por se terem estudos explicando a importância que tais elementos tem no desenvolvimento humano. Considerando sobre as sensações que a obra de arquitetura pode transmitir às pessoas, Corbusier (2000) diz: “Que a arquitetura é feita para emocionar. Tal emoção existe quando a obra soa em você ao diapasão de um universo cujas leis sofremos, reconhecemos e admiramos. Arquitetura consiste em “relações”, é “pura criação do espírito” (CORBUSIER, 2000. pg. 10) Uma das formas da manifestação sensorial na arquitetura, é o uso de cores, que são responsáveis por muitas das sensações que o ser humano detém, tem o poder de mudar o humor, a sensação de frio ou calor, e até mesmo estimular a fome, a criatividade. A mesma atividade feita em diversos espaços com cores diferentes pode se ter resultados totalmente diferentes, as cores atuam em nosso Elemento do canva subconsciente, trazendo de nossa memória determinadas sensações que influenciam o nosso estado de espírito. A iluminação é outra parte muito importantes em uma edificação, ela nos faz ver e perceber o espaço ou o vazio, visualizar componentes individuais, um conjunto de formas ou do todo, só acontece de fato em função da existência do fenômeno da luz, a iluminação tem grande influência sobre o sono, o que é muito importante, principalmente em relação às crianças, pois gastam muita energia durante o dia e precisam de uma recarga energética para que possam continuar suas atividades no próximo dia. Elemento do canva 2.4 LEGISLAÇÕES Legislação é um corpo de leis que regulariza determinada matéria ou ciência, ou ainda um conjunto de leis que organiza a vida de um país, ou seja, o que popularmente se chama de ordem jurídica e que estabelece condutas e ações aceitáveis ou recusáveis de um indivíduo, instituição, empresa, entre outros. 2.4.1 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE O Estatuto da Criança e do Adolescente, conhecido popularmente como ECA, é a lei 8.069 de 13 de julho de 1990, que trata sobre a proteção à criança e adolescente. Ela estabelece direitos e deveres dos responsáveis pelas crianças e pelos adolescentes, e também pelo estado. que tratam sobre regras de permanência no lar e a reintegração social dos institucionalizados. Segundo os Artigos 19 e 101, é direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a Capa - Lei n°8,069 14
  • 15. convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral, e ser acolhido familiar e institucionalmente utilizando uma forma de reintegrá-los em suas famílias, sejam elas biológicas ou adotivas. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016). 2.4.2 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - 1988 De acordo com a constituição federal, a educação infantil é definida como a primeira etapa da educação básica e é um direito da criança, e o Estado tem o dever de oferecer ensino gratuito em estabelecimentos oficiais. Conforme a constituição, o ensino é oferecido em creches ou entidades equivalentes para crianças de zero a 3 anos e pré-escolas para crianças de 4 a 6 anos. A legislação estabelece que o ensino que faz parte da reintegração psicossocial infantil, complementa à ação da família e da comunidade no desenvolvimento da criança, sendo, necessária a integração escola-família-comunidade. De acordo com a CF, art. 211, § 2º, e a LDB, art. 11, V, a educação infantil constitui área de atuação prioritária dos Municípios. Dito de outra forma, constitui responsabilidade dos Municípios a oferta da educação infantil à população brasileira. Elemento do canva 15
  • 16. Estudo de caso Nesse capítulo será apresentado dois estudos de caso indiretos, onde iniciará com o estudo de uma casa lar e posteriormente com uma creche, ambos se localizam fora do Brasil e servirão para embasar a concepção do programa de necessidades, organofluxograma e estratégias de projeto. 3. 16
  • 17. Área: 5.211 m² Ano de inauguração: 2013 Localização: França O centro residencial de emergência funciona como um abrigo para crianças e um lar de cuidado, onde os jovens sentem-se bem-vindos, protegidos e atendidos. É também um lugar de transição, onde incentiva-se a criação de vínculos familiares com calma e supervisão. Os arquitetos tinham em mente que as crianças não deviam perceber que são um grupo de “emergência”, e prezaram para que elas se sentissem tranquilas, completamente seguras e que tivessem todas suas necessidades cumpridas. Com tudo isso em mente, os arquitetos projetaram o abrigo em forma que cada piso seja ocupado por um grupo de certa idade. Segundo o site Archdaily, o Maison d’accueil de l’enfance Eleanor Roosevelt se trata de um centro residencial de emergência localizado em Paris, foi inaugurado em 2013 e é gerido pelo departamento local do bem-estar infantil. Proporciona um abrigo de emergência a menores de idade sob tutela legal. O centro residencial visa proporcionar apoio educacional e psicológico às crianças e adolescentes. 3.1 MAISON D'ACCUEIL DE L'ENFANCE ELEANOR ROOSEVELT AUTOR: Vicent Fillon - FONTE: Archdaily FICHA TÉCNICA 3.1.1 LOCALIZAÇÃO Biblioteca Instituições de ensino Casa Lar Igreja Prefeitura Museu Saúde Praças e Parques A  casa fica localizada em uma cidade mais a norte da França, e está bem centralizada em seu bairro. Segundo a imagem abaixo está em uma área onde no seu entorno de raio de 1,5km existem todos os equipamentos urbanos necessários para dar suporte à casa, sem que precisem percorrer uma longa distância até chegar nos mesmos. Google Earth editada pela autora Google Earth editada pela autora 17 AUTOR: Vicent Fillon - FONTE: Archdaily
  • 18. 3.1.2 ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO E PLANTAS BAIXAS Primeiramente, segundo as informações obtidas no site Archdaily, o projeto teve duas grandes limitações. A primeira é que o lote tem sua face principal virada para o norte, e não expõe o motivo de ser um problema, então ao meu ver acredito que seja por causa dos ventos, que podem causar muitos estragos e também o excesso de insolação neste quadrante poderia causar ofuscamento e super aquecimento nos ambientes, porém ao estudarem seu entorno viram que o excesso de insolação não seria um problema, e sim a falta dela. E o segundo grande problema é que o edifício é muito denso e não se adapta facilmente aos planos de desenvolvimento do seu entorno e futuramente iria resultar em uma severa falta de luz no edifício. Então por esses motivos, os arquitetos desenharam uma estrutura em forma de "L" com níveis de escalonamento em seu centro, o que faz com que os pavimentos recebam luz sem os pavimentos superiores causarem sombreamento e ocasionalmente cria um caminho para os ventos que perdem sua força de impacto. PAVIMENTO TÉRREO - Administrativo 18 AUTOR: Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes e editada pela autora - FONTE:Archdaily
  • 19. Nesta imagem encontra-se a planta do segundo pavimento (não encontrei a planta do primeiro pavimento) e nele estão locadas os adolescentes entre 12 e 18 anos e assim como todos os pavimentos, possui quartos, áreas de estudos, lazer, serviço e alimentação, e há também um jardim interno que vai desde o primeiro até o último pavimento, melhorando a qualidade do ar e entrada de luz natural, muito importante para o desenvolvimento das crianças. Nesta imagem encontra-se a planta do terceiro pavimento, onde estão as crianças de 3 a 6 anos, e além dos mesmos cômodos do andar anterior, há 2 diferenciais, o primeiro é um terraço jardim onde tem uma área de lazer e descanso ao ar livre e o segundo diferencial é uma sala para a psicóloga, esta localizada neste andar por ele ser o central verticalmente. SEGUNDO PAVIMENTO - 12 à 18 anos TERCEIRO PAVIMENTO - 3 à 6 anos 19 AUTOR: Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes e editada pela autora - FONTE:Archdaily AUTOR: Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes e editada pela autora - FONTE:Archdaily
  • 20. 20 QUARTO PAVIMENTO - 6 à 12 anos QUINTO PAVIMENTO - 0 à 3 anos Nesses pavimentos, assim como nos anteriores, os quartos não possuem definição de gênero, e isso no âmbito brasileiro é um grande problema, pois a legislação brasileira não permite que crianças de 12 à 18 anos de gêneros diferentes dividam o mesmo quarto, por não misturar as faixas etárias no mesmo pavimento, não se enquadra na ideia de lar. Achei interessante a separação dos pavimentos por faixa etária, porém não vejo uma ordem cronológica em sua distribuição, pois um pavimento ficam crianças de 12 à 18 anos e no superior estão as de 3 à 6 anos, um ponto positivo que encontrei é que em todos os pavimentos existem banheiros adaptados para portadores de deficiência motora. AUTOR: Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes e editada pela autora - FONTE:Archdaily AUTOR: Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes e editada pela autora - FONTE:Archdaily
  • 21. SEXTO PAVIMENTO - Prolongamento da Função CORTES ESQUEMÁTICOS AUTOR: Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes e editada pela autora - FONTE:Archdaily 21 O fator principal que na minha opinião deveria ser melhorado é a distribuição dos ambientes, fazer alas para os quartos, pois achei eles um pouco espalhados, e isso também ter uma segurança maior, pois todas as crianças do pavimento vão estar juntas, e para qualquer emergência será muito mais rápida locomoção. O fator principal que na minha opinião deveria ser melhorado é a distribuição dos ambientes, fazer alas para os quartos, pois achei eles um pouco espalhados, e isso também ter uma segurança maior, pois todas as crianças do pavimento vão estar juntas, e para qualquer emergência será muito mais rápida locomoção. Além da separação por faixa etária, todo o setor administrativo e de apoio é restrita ao andar térreo, para que as crianças não tenham acesso. AUTOR: Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes e editada pela autora - FONTE:Archdaily
  • 22. Estrutura de concreto com elementos externos pré-fabricados em cimento branco Persianas em madeira na cor dourada, garantindo a barragem dos ventos e privacidade. 22 3.1.3 ELEMENTOS E MATERIAIS CONSTRUTIVOS AUTOR: Vicent Fillon - FONTE: Archdaily AUTOR: Vicent Fillon - FONTE: Archdaily AUTOR: Vicent Fillon - FONTE: Archdaily AUTOR: Vicent Fillon - FONTE: Archdaily Muito uso de vidro para melhor aproveitamento da luz natural Ferro preto e madeira para compor os ambientes internos e fachadas.
  • 23. A creche fica localizada na Eslovênia, uma cidade maioritariamente rural e residencial, ao estudar seu entorno em um raio de 1,5km, observei que há somente casas, terrenos rurais, pequenas lojas, um parque, igreja e cemitério, e ao observar um pouco mais longe a percepção da cidade é a mesma, não há muito suporte para os moradores, então se locomovem para a cidade mais próxima, para ter acesso aos serviços básicos. Segundo o site Archdaily, a Creche Smartno Pri Gradcu oi criada com o pensamento de incentivar a interação e aprendizagem igualitária. Conta com uma planta livre, que funde espaços outrora mal utilizados como armários, circulações e escadarias em uma paisagem de aprendizagem junto com as salas de brincadeiras; ao abrir as paredes internas totalmente envidraçadas desta  área, é gerado 700 m² de superfície de jogos ilimitados. O edifício possui 2 usos, durante o dia e até as 17:00 funciona como creche e após este horário até as 23:00 é de uso comunitário, onde no segundo pavimento são oferecidos yoga, pilates, reuniões, danças e até mesmo seminários, e enquanto os pais desfrutam das atividades citadas acima, as crianças ficam no andar inferior utilizando das salas de aula e brinquedos sob a supervisão de um ou mais funcionários voluntários. 23 3.2 CRECHE ŠMARTNO PRI SLOVENJ GRADCU Cemitério Igreja Creche Área Residencial Parque 3.2.1 LOCALIZAÇÃO FONTE: Google Earth editada pela autora FONTE: Google Earth editada pela autora Área: 1.040 m² Ano de inauguração: 2015 Localização: Eslovênia AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
  • 24. A creche possui um terreno reduzido, onde se encontra o edifício, estacionamentos e também o patio onde está toda a parte de lazer e brinquedos para as crianças, há também uma horta onde as crianças podem ajudar a cultivar seu próprio alimento. O terreno possui 3 acessos, sendo dois deles ao estacionamento e o terceiro dá acesso direto ao interior da creche, e todo seu limite é cercado por uma grade, para que haja segurança e ainda assim integração com o resto da comunidade, não criando uma barreira visual. 3.2.2 ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO E PLANTAS BAIXAS IMPLANTAÇÃO 24 AUTOR: Arhitektura Jure Kotnik e editada pela autora - FONTE:Archdaily AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily A área de brincadeiras é composta por superfícies diferenciadas para diferentes sensações, com equipamentos que reproduzam essas sensações, por exemplo: caixa de areia, jogos com água, escalada, desenho, colina multifuncional que possui túnel, tobogã e escalada com cordas. A parte posterior da colina é utilizada para escorregar no inverno e no resto do ano serve como anfiteatro para a "quadra" de esportes (limitação de piso).
  • 25. 25 PAVIMENTO TÉRREO  AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily AUTOR: Arhitektura Jure Kotnik e editada pela autora - FONTE:Archdaily Achei muito bem planejada a distribuição dos cômodos nos dois pavimentos, onde no pavimento térreo na lateral nordeste podemos encontrar a área de serviços, como, cozinha, área de funcionários, porém há alguns ambientes que não consegui identificar quais seus usos, e na parte sudoeste do térreo encontram-se as salas de aulas, que também servem como área de alimentação e brincadeiras. Um aspecto que achei bem interessante é o fator de que cada banheiro é ligado a duas salas de aula ao mesmo tempo, assim como as próprias salas possuem uma ligação entre si para maior integração entre as crianças de idades diferenciadas, e por este mesmo motivo todas as aberturas voltadas para o corredor são grandes, podendo assim criar um pavimento totalmente livre onde as crianças podem brincar livremente.
  • 26. 26 PRIMEIRO PAVIMENTO  AUTOR: Arhitektura Jure Kotnik e editada pela autora - FONTE:Archdaily AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily Neste pavimento encontra-se a parte administrativa à nordeste, e assim como a planta inferior, na parte sudoeste encontram-se as salas de aula no mesmo esquema de integração entre si e utilizando o mesmo banheiro a cada duas salas. No mesmo quadrante ad administração há também uma área destinada a brincadeiras dentro da edificação e que durante o segundo uso da edificação serve também como área de brincadeiras comunitária, que como já foi explicado anteriormente, enquanto os pais fazem suas atividades, seus filhos podem ficar ali brincando sob supervisão de funcionários. AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily
  • 27. 27 3.2.3 ELEMENTOS E MATERIAIS CONSTRUTIVOS Todas as janelas da edificação possuem em seu vidro tratamento contra a entrada de raios solares. A edificação possuem várias áreas para influenciar a criatividades, dentre elas estão as paredes onde podem desenhar e algumas áreas bem coloridas. AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily AUTOR: Janez Marolt - FONTE: Archdaily A creche possui todos os seus fechamentos externos e internos feitos de madeira, tanto para o isolamento térmico quanto para usar de materiais locais. Em toda a parte de brincadeiras do patio podemos encontrar grama, para maior segurança das crianças e permeabilidade do solo.
  • 28. 28 Referencial Projetual Nesse capítulo será apresentado quatro referencias projetuais, sendo eles: conceitual, estrutural, volumétrica e programática. 4.
  • 29. Volumetria simples Adereços coloridos Platibanda irregular Esquadrias coloridas Gabarito baixo Fachadas criativas. DESCRIÇÃO FICHA TÉC. Dormitórios Banheiros adaptados Áreas de lazer/estudos Áreas externas Playground Possui um programa de necessidades muito parecido ao que pretendo alcançar. DESCRIÇÃO FICHA TÉC.DESCRIÇÃO FICHA TÉC. Tem como missão acolher Crianças e Adolescentes, de ambos os sexos, que tenham seus direitos violados, para delas cuidar integralmente e promover suas potencialidades psicológicas, físicas e sociais 29 FONTE: www.archdaily.com/888773/the- tetrisception-renesa-architecture-design-interiors- studio FONTE:www.archdaily.com.br/br/733949/centro-de- bem-estar-para-criancas-e-adolescentes-em-paris DESCRIÇÃO FICHA TÉC. FONTE: www.casalarluzdocaminho.org/sobre-nos FONTE: www.archdaily.com.br/br/784463/jardim- infantil-de-tempo-compartilhado-smartno-arhitektura- jure-kotnik VOLUMÉTRICOPROGRAMÁTICO ESTRUTURALCONCEITUAL NOME The Tetrisception LOCALIZAÇÃO Índia AUTOR Renesa Architecture Design Interiors Studio INAUGURAÇÃO 2017 NOME Jardim de Infância Eleanor Roosevelt LOCALIZAÇÃO França AUTOR Marjan Hessamfar & Joe Verons architectes  INAUGURAÇÃO 2013 NOME Smartno Pri Sloven Gradcu LOCALIZAÇÃO Eslovênia AUTOR Arhitektura Jure Kotnik INAUGURAÇÃO 2015 NOME Casa Lar Luz do Caminho LOCALIZAÇÃO Florianópolis AUTOR Não identificado INAUGURAÇÃO 2010 VIDRO METAL MADEIRA Grandes aberturas Paredes e Fachadas Esquadrias
  • 30. 30 Análise do Terreno Nesse capítulo será analisado o terreno onde será implantado a casa lar e creche acolher, serão foco de estudo para definições projetuais. Veremos um breve histórico da região, topografia local, estrutura viária, plano diretor, gabaritos do entorno imediato e entre outros 5.
  • 31. 31 O bairro Ingleses foi escolhido primeiramente por possuir um grande número de comunidades carentes e em bairros próximos também, e a maior parte das crianças institucionalizadas vêm dessas comunidades. O segundo motivo é que no bairro há poucas casas que possam dar suporte à essas crianças e as poucas que tem estão superlotadas, assim como as creches da região. Infelizmente, os registros históricos do bairro são poucos. Apesar disso, temos a resposta para uma das suas principais curiosidades: o nome! A principal  seção litorânea  do bairro, a  Praia dos Ingleses, recebeu essa alcunha devido a uma embarcação britânica que por ali naufragou. A data desse evento não pôde ser aferida com precisão, mas os historiadores estimam que isso tenha acontecido entre 1683 e 1737, por conta de alguns O lote foi escolhido principalmente por ser localizado em um das vias principais do bairro sendo de fácil acesso, pois passam muitas linhas de ônibus. No seu entorno há muito suporte básico para manter tanto a casa quanto a creche, como, mercados, posto de saúde, clínicas médicas, outras escolas entre outros e sua localização dá fácil acesso a outros bairros e ao centro de Florianópolis. 5.1 JUSTIFICATIVA 5.2 LOCALIZAÇÃO Elemento do Canva FONTE: https://www.tjsc.jus.br/ FLORIANÓPOLIS INGLESES LOTE Ingleses do Rio Vermelho é um distrito de Florianópolis situado no nordeste da ilha de Santa Catarina, entre os distritos de Cachoeira do Bom Jesus e São João do Rio Vermelho, criado a partir FONTE: Google earth FONTE: Geoprocessamento de um decreto em 1831. 31 5.3 HISTÓRICO DO BAIRRO  Elemento do Canva Muito popular entre turistas, Ingleses do Rio Vermelho reúne diversas nacionalidades e culturas durante o verão. A região possui uma boa oferta de lazer com operadoras de passeios turísticos. Inclusive, é neste bairro que está localizada a Praia do Santinho, onde fica o multi-premiado e mais completo complexo turístico da região, o Costão do Santinho Resort. Grande parte da população local é proveniente de outras cidades e estados, e a cultura açoriana não é hoje tão marcante como em outras localidades da Ilha. Ao longo do ano, várias festas de caráter religioso são realizadas. As atividades principais estão relacionadas ao comércio, à construção civil e principalmente ao turismo. A pesca, que por muitos anos foi o principal meio de FONTE: Canva.com assim mesmo nos períodos de temperaturas mais baixas, essencialmente. realizada de forma artesanal e assim subsistência da população é vasos cerâmicos encontrados no entorno do naufrágio, com marcações apontando o número 1683. RUA MAIORCA SC405 O terreno está localizado na Rua Maiorca, que tem ligação com a SC 405, uma das vias centrais do bairro.
  • 32. 32 Tratando-se de estatísticas, Florianópolis tende a  apresentar quedas consecutivas nos indicadores criminais  mas, infelizmente, o Ingleses sofre com uma vulnerabilidade em sua imagem imaculada. Apesar de ser uma  região nobre, composta por mais de 25 mil habitantes de classe média e alta, o bairro pena com uma situação similar à que ocorre no contraste social da orla carioca. Os principais bairros do norte da ilha, Canavieiras e Ingleses, ambos nobres, são cercados por comunidades em situação de fragilidade socioeconômica. Esse índice é um dos motivos pelos quais escolhi este bairro para implantar o projeto, pois é uma área de vulnerabilidade e que necessita de assistência especial. O terreno fica localizado em duas zonas do plano diretor, pouco mais de 60% fica em uma zona residencial predominante que permite até 2 pavimentos, 50% de taxa de ocupação e índice de aproveitamento 1, já os outros 40% estão em uma zona mista central, que tem permissão de até 3 pavimentos, 50% de ocupação do solo e índice de aproveitamento 2,5. No seu entorno podemos encontrar zonas diversas , o que significa que há zonas de de comércio, serviço e institucional, o que é bom já que essas zonas dão suporte a Casa e a Creche 5.4 PLANO DIRETOR Elemento do Canva Fonte: http://geo.pmf.sc.gov.br/ Geoprocessamento Florianópolis - Plano Diretor ARP 2.5 Geoprocessamento Florianópolis - Plano Diretor Fonte: http://geo.pmf.sc.gov.br/ 32
  • 33. 33 5.5 ANÁLISE DO ENTORNO Por ser uma zona predominantemente residencial eu já tinha a percepção de que a maioria das construções seriam de 1 a 2 pavimentos, e ao estudar o entorno e criar o mapa a esquerda eu pude comprovar esta teoria, são poucas as construções que ultrapassam esse numero de pavimentos, o que é bom, pois não há barreiras que impedirão a luz e ventilação natural de adentrar no terreno e consequentemente na edificação e também não haverão barreiras visuais, ja que a pouco mais de 1 km esncontra-se a praia dos ingleses. Fonte: http://geo.pmf.sc.gov.br/ e editada pela autora Fonte:www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/  o terreno está inserido tem muito suporte para garantir o bem estar tanto das crianças da casa lar quanto das crianças da creche, pois podemos encontrar postos de saúde, clínicas médicas, igrejas, supermercados e ainda há um Centro de Assistência Social quase em frente ao terreno, e todo esse suporte é de fácil acesso pois ficam em média a 15 minutos de distância.  Ao estudar o mapa de equipamentos urbanos, pude observar que a área onde MAPA DE EQUIPAMENTOS URBANOS MAPA DE GABARITOS
  • 34. 34 ESTRUTURA VIÁRIA LINHAS DE ÔNIBUS E PERCURSO Terreno objeto de estudo Pontos de ônibus Ao estudar a estrutura viária do contorno do lote, compreendi que há um sistema de transporte público eficaz, com muitas linhas de ônibus, que torna de fácil acesso chegar ao terreno, possui um sistema viário bem estruturado com uma rua de fluxo intenso como via princi- pal de acesso, o que a torna a mais movimen- tada e por convivência no local eu sei que é  onde há o maior fluxo de pessoas passando e ter uma creche nessa rua significa que será caminho para os pais que estão indo traballhar e essas vias são as principais do bairro, onde fica a maior aglomeração de moradores da região. Fonte: http://geo.pmf.sc.gov.br/ e editada pela autora Fonte:www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/ 
  • 35. RUA MAIORCA 5.6 ANÁLISE BIOCLIMÁTICA SC405 Ao utilizar a carta solar e de ventos de Florianópolis como objeto de estudo pude compreender que na região de Florianópolis há uma predominância e maior frequência de ventos vindos do quadrante norte/nordeste, porém é um vento que não vem com muita força, Na carta de ventos não podemos visualizar, mas quem mora na cidade sabe, que o quadrante sul é o que tem o vento com maior força e o que acaba causando mais estragos na cidade, e consequentemente é a orientação onde devemos ter maior cuidado, principalmente com as aberturas, porque além dos ventos, é uma fachada que em praticamente o ano todo não pega sol, e 35 Primavera Verão Outono Inverno então é propícia para o uso de grandes aberturas, mas sempre acompanhado de alguma estratégia para evitar que o vento chegue na edificação com muita força. Se tratando do quadrante norte em relação à insolação, tem que se ter muito cuidado com as aberturas, pois diferentemente do lado sul, essa fachada recebe insolação direta durante pelo menos 85% do ano.  VENTO NORDESTE VENTO SUL Fonte:www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/  Fonte: SOL - ARFonte: SOL - AR
  • 36. 36 TOPOGRAFIA RUA MAIORCA 5 metros acima do nível do mar 10 metros acima do nível do mar 20 metros acima do nível do mar 370 metros acima do nível do mar Terreno objeto de estudo Terreno Vegetação Nativa Banhado Fonte: http://geo.pmf.sc.gov.br/ e editada pela autora Fonte:www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/  O terreno está localizado a 10 metros acima do nível do mar, porém não há declividades em seu interior, pois esses esses 10 metros de altitude vêm desde a faixa de areia aumentando gradativamente até chegar ao terreno. Nos últimos anos o bairro passou por um processo de terraplanagem, então fora os casos de morros, a maioria dos terrenos são planos e sem grandes declividades. MANCHAS VERDES Em todo o contorno do terreno podemos encontrar zonas de vegetação, em sua maior parte se trata de vegetação nativa e banhado, este fica mais próximo as dunas e ao mar. É notório que o bairro vem crescendo com o tempo, mas podemos ver também que ainda há uma grande massa de vegetação que podemos agregar ao projeto.
  • 38. 38 Proposta Projetual Neste capítulo será apontado toda a parte de pré - lançamentos projetuais, onde serão apresentados programa de necessidades, fluxograma, zoneamento, estratégias bioclimáticas e entre outros itens que podem ser modificados mais a frente durante a disciplina de TFG 6.
  • 39. O Partido do projeto é a Integração e se deu a partir da questão da institucionalização, onde a casa irá servir de objeto de integração entre as crianças e a sociedade, trazendo novamente o sentimento de segurança e pertencimento que é muito importante para o desenvolvimento social infantil. A ideia de fazer uma Casa Lar e Creche surge para consolidar o partido, criando em um 39 6.1 PARTIDO E CONCEITO Já o Conceito do projeto surge a partir da ideia de independência das crianças para que sintam que tem controle da sua vida, já que foram retirados de suas casas e colocadas em outro lugar que não conhecem sem a opção de escolha, e o uso do conceito montessoriano fará parte tanto da casa quanto da creche, um conceito onde qualquer mobília será da altura das crianças, espaços único edifício uma integração entre as crianças da casa e as crianças da creche que fazem parte da comunidade. livres, todos os ambientes serão pensados para garantir a autonomia da criança. Montessoriano FONTE: canva.com Integração FONTE: canva.com FONTE: www.dds.com.br Integração Social Infantil Autonomia FONTE: www.blogdaqualidade.com.br
  • 40. Hoje em dia o Ensino Tradicional tem sendo deixado de lado um pouco, pois é conhecida por ser uma metodologia rígida, que impõe muitas regras e que aos alunos cabia somente a função de aprendizagem crua e ao professor a função de ensino direto e sem delongas. Então a minha intenção é propor uma metodologia diferente e que trabalhe mais a independência infantil dentro da sala de aula, e que o professor seja um ajudante e supervisor. Pelos motivos que citei logo acima, decidi escolher aplicar a modalidade Montessori, tanto na casa quanto na creche, uma metodologia que surgiu em uma época em que a educação era marcada por rigidez e até mesmo castigos físicos, Montessori mudou os rumos da educação tradicional ao incentivar o desenvolvimento do potencial criativo desde a primeira  40 6.2 MÉTODO MONTESSORI “A educação é uma produção de si por si mesmo, mas essa autoprodução só é possível pela mediação do outro e com sua ajuda. A educação é produção de si por si mesmo; é o processo através do qual a criança que nasce inacabada se constrói enquanto ser humano, social e singular..” Bernard Charlot (2000, p.54, grifo nosso) nfância, elaborando e aperfeiçoando técnicas de aprendizagem que procuravam inter- relacionar e harmonizar atividade, liberdade e individualidade, esse método defende as atividades que favorecem o movimento e toque, por acreditar que durante a primeira infância o intelecto se desenvolve a partir dos sentidos humanos. FONTE: canva.com Este método não possui avaliações com notas, pois a intenção é que as crianças se desenvolvam durante a primeira infância para que quando chegarem no ensino fundamental II e médio tenham uma experiência de aprendizado diferenciado e muito mais proveitosa. Ensino Tradicional APLICAÇÃO NA ARQUITETURA Os padrões montessorianos de sala de aula requerem ambientes de tamanhos maiores e relações de alunos por professor maiores do que o que geralmente se vê em salas tradicionais. Adicionar professores a uma sala de três a seis anos pode interferir com, mais do que encorajar, o aprendizado dirigido pelas crianças. Os padrões montessorianos de sala de aula requerem ambientes de tamanhos maiores e relações de alunos por professor maiores do que o que geralmente se vê em salas tradicionais. Adicionar professores a uma sala de três a seis anos pode interferir com, mais do que encorajar, o aprendizado dirigido pelas crianças. FONTE: archdaily.com FONTE: archdaily.com Jardim de infância montessori De acordo com o método montessoriano, a criança precisa ter independência dentro do ambiente e a decoração deve ser planejada para deixar tudo o que pertence a elas ao alcance. É importante que os móveis com os quais a criança precise interagir sejam baixos. Além de ser uma questão de segurança, pois isso evita que elas escalem.
  • 41. 6.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES O programa de necessidades foi planejado pensando em suprir todas as atividades que serão realizadas na casa, tem toda a parte de administração, serviços e de lazer para dar todo o suporte necessário que as crianças venham a ter. 41
  • 42. 42 Este programa de necessidades se trata da área da creche, que assim como a casa possui todos ambientes necessários para suprir toda e qualquer necessidade das crianças e funcionários.
  • 43. O estudo do organofluxograma é muito importante para o entendimento de como irá funcionar cada pavimento e a edificação como um todo, a melhor distribuição dos ambientes que encontram-se detalhados no programa e necessidades, pensando sempre na segurança e bem estar das crianças. 43 6.4 ORGANOFLUXOGRAMA PAVIMENTO TÉRREO Administrativo Serviço Privado Social Fluxo privado Casa Lar Fluxo público Casa Lar Fluxo privado Creche Fluxo público Creche Acesso Funcionários Acesso Social
  • 44. 44 PRIMEIRO PAVIMENTO Administrativo Serviço Privado Social Fluxo privado Casa Lar Fluxo público Casa Lar Fluxo privado Creche Fluxo público Creche Acesso Funcionários Acesso Social
  • 45. Área de esportes Playground 45 6.5 ZONEAMENTO Administrativo Serviço Privado Social Horta Acesso Edificação Estacionamento O zoneamento do terreno foi pensado no seu melhor aproveitamento, com a edificação em azul, quase que centralizada e todas as atividades ao ar livre ao seu redor, o playground e a horta se localizam no quadrante norte para melhor exploração da luz solar e seus benefícios, a área de estacionamento fica a sul do terreno com acesso pela rua lateral, e a parte mais barulhenta que é a área de esportes fica paralela a SC 405, para mesclar com o barulho próprio da via. PAVIMENTO TÉRREO PRIMEIRO PAVIMENTO
  • 46. 46 6.6 ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS Bioclimatismo é a utilização de elementos e fatores climáticos para promover o bem estar dos seres vivos. A partir deste conceito, a Arquitetura Bioclimática procura associar o Bioclimatismo a elementos construtivos, definindo Estratégias Bioclimáticas que vão proporcionar conforto térmico, acústico e visual a seus habitantes. Estratégias Bioclimáticas são alternativas ou soluções que influenciam a edificação, assim como, o seu processo e sistema construtivo, a forma, os materiais e os componentes construtivos. No projeto serão identificados as seguintes estratégias: VENTILAÇÃO CRUZADA A ventilação natural cruzada é aquela cujas aberturas em um determinado ambiente ou construção são dispostos em paredes opostas ou adjacentes, permitindo a entrada e saída do ar. Indicado às construções em zonas climáticas com temperaturas mais elevadas, o sistema permite trocas constantes do ar dentro do edifício, renovando-o e ainda, diminuindo consideravelmente a temperatura interna. FONTE: www.grupomb.ind.br Ventilação Cruzada AQUECIMENTO SOLAR PASSIVO O aquecimento solar passivo é uma estratégia que consiste na utilização da radiação solar direta para aquecimento ambiental da edificação. Este tipo de aquecimento pode ser direto ou indireto. No aquecimento solar direto, a radiação solar de inverno (norte no hemisfério sul) é admitida diretamente no ambiente através das aberturas ou superfícies envidraçadas, obtendo uma resposta imediata de aquecimento. Devido ao efeito estufa, a radiação, ao passar pelas superfícies envidraçadas, é absorvida e refletida pelas superfícies internas na forma de onda longa, permanecendo no interior da edificação por um período que pode chegar à noite, ou até mesmo ao outro dia, uma vez que o vidro é opaco a onda longa. FONTE: www.projeteee.mma.gov.br FONTE: www.projeteee.mma.gov.br Aquecimento Solar Passivo Aquecimento Solar Passivo EFEITO CHAMINÉ O efeito chaminé trata da movimentação do ar em virtude das diferenças de temperatura e consequentemente da pressão. É um fenômeno que em um ambiente fechado, o ar quente tende a subir, por ser menos denso. O ar frio, mais denso, desce. E quanto maior o pé direito, maior a velocidade de saída do ar na parte superior.
  • 47. 47 Ocorre quando as aberturas de saída de ar estão em posições elevadas ou em chaminés. O ar quente, menos denso sobe e é puxado para o exterior promovendo um fluxo de ar renovado e frio. FONTE: www.projeteee.mma.gov.br FONTE: www.projeteee.mma.gov.br Efeito Chaminé Efeito Chaminé MASSA TÉRMICA DE RESFRIAMENTO FONTE: www.projeteee.mma.gov.br FONTE: www.projeteee.mma.gov.br Inércia Térmica de Resfriamento A massa térmica de um edifício é a capacidade que alguns materiais têm de absorver calor ou frio. Funciona quando utilizamos algum material que diminua a velocidade que o calor ou frio entra na edificação, por exemplo, a vegetação tem uma capacidade muito grande de absorver o calor excessivo antes que chegue ao interior da construção. PRATELEIRA DE LUZ É uma técnica utilizada para garantir um maior aproveitamento da luz natural e para redução da incidência solar no interior dos ambientes. Sua função é refletir a luz para a laje de forro interna da construção aumentando seu alcance de  iluminação. As fachadas em que funciona de forma mais eficiente são as voltadas á Norte. Com essa técnica a luz solar que entra é mais homogênea e produz uma iluminação com maior qualidade e que não causa ofuscamento. FONTE: www.coletivourbane.blogspot.com/ Prateleira de Luz BRISES Brises são exímios mecanismos à garantia de ventilação natural, que além do controle lumínico e solar, se designados e posicionados corretamente em união às situações solar e dos ventos locais, podem garantir excelente qualidade térmica interna. Permitem ainda controle, se móveis, ou mesmo em caso de elementos vazados. FONTE: www.brasiliaconcreta.com.br Sistema de Brises
  • 48. 48 6.7 ARQUITETURA SUSTENTÁVEL Na arquitetura, o desenvolvimento sustentável se traduz em procurar minimizar os recursos utilizados na construção, uso e operação de uma edificação, bem como em reduzir ao máximo os impactos causados ao meio ambiente e à saúde humana através da emissão, poluição e desperdício de seus componentes. A seguir irei especificar algumas estratégias sustentáveis que serão adotadas: JARDIM VERTICAL É uma forma de Arquitetura Sustentável que limpa e purifica o ar, além de economizar energia e reduzir a poluição sonora. O jardim que é fixado em sentido vertical, que além de tornar o local mais harmonioso contribui para o meio ambiente. protege contra as altas temperatura no verão e ajuda a manter a temperatura interna no inverno. melhora a eficiência energética do edifício, devido à redução da temperatura no ambiente interno, diminuindo a necessidade de refrigeração. FONTE: www.studiolabdecor.com.br/FONTE: www.decorfacil.com Jardim Vertical REUSO DA ÁGUA Será reaproveitada a água do banho. Isso vai significar aproximadamente 30% de economia por mês. Desviar a água do ralo do box para um reservatório passando por filtros e tratamentos para depois reutilizar essa água nos vaso sanitário. FONTE: www.sociedadedosol.org.br/ Funciona da seguinte maneira: a água da chuva é levada pelas calhas a um filtro, que eliminará mecanicamente impurezas, como folhas ou pedaços de galhos. Um freio d'água impede que a entrada de água na cisterna agite seu conteúdo e suspenda partículas sólidas depositadas no fundo.  CISTERNA Por ser proveniente da chuva, a água obtida não é considerada potável (por poder conter desde partículas de poeira e fuligem, até sulfato, amônio e nitrato), portanto, não é adequada para consumo humano. Ainda assim, pode ser usada nas tarefas domésticas que mais consomem água, como lavar a calçada, o carro e etc... FONTE: www.imejunior.com.br/ Reaproveitamento da Água da Chuva
  • 49. A superfície dos painéis possui aletas feitas de cobre ou alumínio, comumente pintadas de uma cor escura para maior absorção da radiação solar. Assim, estas aletas captam essa radiação para então transformá-la em calor. O calor é então absorvido pelo líquido presente no interior dos painéis, que é em seguida transportado por bombeamento através de tubos isolados, até que chegue ao depósito de água quente. O depósito de água quente é composto por material isolante, que impede o resfriamento da água, permitindo que seja fornecida água quente mesmo em períodos sem sol, como à noite. 49 PLACAS SOLARES TÉCNICAS E MATERIAIS CONSTRUTIVAS SUSTENTÁVEIS A energia solar possui um papel importantíssimo na diminuição dos impactos ambientais em todo o mundo. Além da preservação do meio ambiente, traz diversos benefícios. A energia solar tem como vantagens o pouco espaço ocupado pelo sistema fotovoltaico, facilitando a instalação em diferentes áreas, além de trazer retorno em investimento a partir dos seis primeiros anos, gerando uma economia de até 95% em sua conta de luz. FONTE: www.unisolarbrasil.com.brFONTE: www.soletrol.com.br Placas Solares TIJOLO ECOLÓGICO É considerado um produto mais ecológico porque sua produção não utiliza a queima da madeira, como os tijolos cerâmicos. Sua produção é realizada através da prensagem hidráulica. Com isso, o consumo de recursos naturais é nulo, tornando-o dessa forma um material de menor impacto ambiental. São muito eficazes na construção de alvenarias estruturais externas, pois depois de secos adquirem uma alta resistência e ótimas propriedades acústicas. FONTE: www.institutodeengenharia.org.br/ FONTE: www.institutodeengenharia.org.br/ Materiais Ecológicos CIMENTO SUSTENTÁVEL Sua fabricação incorpora certa de 35 a 70% de resíduos oriundos dos altos fornos das siderúrgicas. Além disso, esse material causa um menor impacto ambiental, pois emite menor quantidade de gás carbônico para a atmosfera durante seu processo de fabricação.
  • 50. 50 Possui as seguintes vantagens: • Maior impermeabilidade; • Grande flexibilidade de aplicação, compatível com todas as etapas da obra; • Maior resistência se comparado ao cimento comum, devido ao processo de hidratação mais lento; • Menor probabilidade de fissuras térmicas; • Durabilidade 40% superior à do cimento CPII. TINTA ECOSSÍLICA FONTE: www.pensamentoverde.com.br Cimento Sustentável Tinta mineral monocomponente, Produto mineral à base de silicato de potássio, isento de compostos orgânicos voláteis, cargas de natureza mineral, pigmentos isentos de agentes tóxicos, modificadores reológicos, polímeros, dispersantes, hidrorrepelente e água. Não tem cheiro e não causa danos a saúde. Indicado para aplicação exterior e interior, possibilitando a habitação imediatamente após a secagem. FONTE: www.kroten.com.br FONTE: www.kroten.com.br VIDRO DE ALTO DESEMPENHO Os vidros de controle solar são aqueles revestidos com uma superfície metalizada, invisível a olho nu, com partículas do diâmetro em escala nanométrica, que permite a filtragem da radiação solar, transmitindo mais luz e menos calor, ou o contrário, dependendo da necessidade do projeto. A metalização, ou coating, pode ser aplicada sobre vidro incolor, cinza, verde ou azul. Além disso, o vidro ainda pode ser laminado com qualquer uma dessas outras opções. Logo, as combinações possíveis são muitas. A diferença do temperado diante de outros vidros é que ele se torna 5 vezes mais resistente do que o vidro comum. Quando o vidro se quebra, forma-se pequenos pedaços em grânulos, reduzindo a chance de danos corporais ou materiais. FONTE: www.ekoglass.com.br
  • 51. 51 6.8 MOBILIÁRIO E PAISAGISMO De acordo com o método montessoriano, a criança precisa ter independência dentro do ambiente e a decoração deve ser planejada para deixar tudo o que pertence a elas ao alcance. Por isso, a cama precisa ser sempre o mais baixa possível, ou até diretamente no chão, permitindo que o pequeno consiga se levantar e deitar sozinho. Como a ideia é que as crianças tenham liberdade, tapetes nunca são demais em uma decoração montessoriana. Eles permitem que elas brinquem no chão sempre que quiserem e as protegem do frio e de uma eventual sujeira que tenha no piso. Além disso, protegem os pequenos em caso de queda. Além da cama, é importante que os outros móveis com os quais a criança precise interagir sejam baixos. Além de ser uma questão de segurança, pois isso evita que elas escalem, estantes e caixas, por exemplo, ficam ao alcance das mãozinhas e permitem que elas peguem seus próprios brinquedos. Uma ideia aqui é incentivar os pequenos a guardar tudo depois que brincar. Prateleiras e nichos baixos com livros também compõem um ambiente mais acessível. As cores são capazes de criar sensações e trazer um toque lúdico ao espaço. E isso estimula a criatividade dos pequenos. Por isso, elas também são uma característica da decoração no método montessoriano. CASA LAR FONTE: www.blogdaflaviana.com.br/ FONTE: www.blogdaflaviana.com.br/ AUTOR: Pâmela Namiki AUTOR: Pâmela Namiki FONTE: www.petitnini.com.br FONTE: www.instagram.com AUTOR: @cadodesignoficial
  • 52. 52 CRECHE FONTE: www.graodegente.com.br. FONTE: www.archdaily.com. FONTE: www.archdaily.com. FONTE: www.archdaily.com. PAISAGISMO Escola Infantil SMjardim de infância montessori Mobilíario Montessori Parede Negra Na implantação do projeto haverá um grande cuidado com o paisagismo, para que não ocorra quaisquer acidente com a vegetação, e além disso haverá uma horta que as crianças vão ter acesso e aprender a cultivar frutas e verduras para consumo próprio. Abaixo serão especificados algumas frutas e verduras que serão cultivadas: FONTE: www.epagri.sc.gov.br MAÇÃ FONTE: www.globorural.sc.gov.br LARANJA FONTE: www.cpt.com.br/ MORANGO UVA FONTE: www.agron.com.br/
  • 53. 53 CENOURA FONTE: www.greenme.com.br FONTE: https://br.freepik.com/ BATATA FONTE: www.globorural.sc.gov.br BETERRABA ABÓBORA FONTE: www.ciclovivo.sc.gov.br FONTE: https://blog.plantei.com.br/ MIRRA RABO DE GALO FONTE: https://blog.plantei.com.br/ GIRASSOL FONTE: www.infoescola.com.br LAVANDA FONTE: www.greenme.com.br IPÊ BRANCO IPÊ ROXO FONTE: www.sementeoranica.sc.gov.brFONTE: www.sementeoranica.sc.gov.br FONTE: www.sementeoranica.sc.gov.brFONTE: www.sementeoranica.sc.gov.br IPÊ ROSA PAINEIRA
  • 55. Durante o processo de pesquisa teórica para montagem deste caderno, consegui entender como se deu o surgimento da institucionalização e como isto vem afetando a vida das famílias e principalmente das crianças que sofrem com a violência ou abandono e necessitam de assistência, e que inicialmente eram tratadas como marginais e não como vítimas, e compreendi a complexidade deste assunto, que deve ser tratado com muita cautela para não haver maiores sequelas nas vidas dos pequenos futuramente. Com estas pesquisas pude perceber que na cidade de Florianópolis, em especial o Bairro ingleses não recebe uma ajuda significativamente governamental para poder manter estes lares, como também não há mais vagas em creches, o que torna muito mais difícil manter essa assistência pois o maior índice de crianças em lares são as que não tem a oportunidade de estar em uma sala de aula, isto é uma realidade nacional e que necessita de ajuda. Sobre a pesquisa, estou quase que completamente satisfeita com os dados que obtive, pelo motivo da pandemia do Covid-19 tive algum problema em encontrar livros para usa- los na pesquisa, pois estamos em isolamento social e as faculdades e bibliotecas estão fechados, e os livros que encontrei na internet não foram capazes de me satisfazer com seu conteúdo e outro fator causado pelo Covid-19 é que não consegui fazer estudos de caso diretos e também não pude ir visitar o terreno escolhido, mas fora estes problemas que citei acima, estou muito satisfeita com as outras informações que alcancei. 55 CONSIDERAÇÕES FINAIS CRONOGRAMA REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ANJOS, M. F. D; DIAS, A. D. S. Projetar sentidos: A arquitetura e a manifestação sensorial. Centro Universitário FAG, Cascavél, v. 1, n. 1, p. 3-10, jun./2017. Disponível em: https://www.fag.edu.br/upload/contemporaneidade/anais/594c063e6c40e.pdf. Acesso em: 7 abr. 2020. ARCHDAILY.  Centro de Bem-Estar para Crianças e Adolescentes / Marjan Hessamfar & Joe Vérons. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/765064/centro-de-bem-estar-para-criancas-e- adolescentes-marjan-hessamfar-and-joe-verons/54caf099e58ece5c5e0002a8?next_project=no. Acesso em: 7 mai. 2020. BLOG DE ARQUITETURA SUSTENTÁVEL.  Arquitetura Bioclimática. Disponível em: https://bioclimatismo.com.br/arquitetura-bioclimatica/. Acesso em: 30 mai. 2020. BRASIL ESCOLA.  A socialização da educação infantil. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-socializacao-na-educacao-infantil.htm. Acesso em: 13 mai. 2020.
  • 56. 56 FEDERAIS, Ministérios. Congresso Nacional: Plantalto Federal.  Orientações Técnicas, Brasília, v. 1, n. 1, p. 18-30, jun./2009. GUIA FLORIPA.  Ingleses do Rio Vermelho. Disponível em: https://guiafloripa.com.br/cidade/bairros/ingleses. Acesso em: 10 jun. 2020. INFO ESCOLA.  Método Montessoriano. Disponível em: https://www.infoescola.com/pedagogia/metodo-montessoriano/. Acesso em: 3 abr. 2020. INSTITUTO FAZENDO HISTÓRIA.  serviços de acolhimento no brasil. Disponível em: https://www.fazendohistoria.org.br/servicos-de-acolhimento-no- brasil. Acesso em: 23 mar. 2020. INSTITUTO FAZENDO HISTÓRIA. As modalidades de acolhimento no Brasil, suas específidades e diferenças. Disponível em: https://www.fazendohistoria.org.br/blog-geral/2018/5/9/as-modalidades-de- acolhimento-no-brasil-suas-especificidades-e-diferenas. Acesso em: 23 mar. 2020. JUS.COM.BR. Acolhimento Institucional no ECA: Teoria e Prática. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/32306/acolhimento-institucional-no-eca. Acesso em: 22 abr. 2020. JUSBRASIL. Artigo 19 da Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618045/artigo-19-da-lei-n-8069-de-13-de- julho-de-1990. Acesso em: 24 abr. 2020. LANCILLOTTI, S. S. P. Pedagogia Montessoriana: ensaio de individualização do ensino. Revista HistedBR On-line  , Campinas, v. 1, n. 1, p. 166-170, mai./2010. Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/37e/art11_37e.pdf. Acesso em: 3 abr. 2020. NEJAR, M. C. D. S. Práticas educativas em casas lares: Relato de uma intervenção grupal.  Monografia apresentada como exigência parcial do curso de especialização em saúde comunitária, Porto Alegre, v. 1, n. 1, p. 3-10, mar./2011. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/32831/000787074.pdf? sequence=1. Acesso em: 28 mar. 2020. OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO SETOR. 47 mil crianças no Brasil vivem em instituições de acolhimento. Disponível em: https://observatorio3setor.org.br/carrossel/47-mil-criancas-no-brasil-vivem-em- instituicoes-de-acolhimento/. Acesso em: 24 mar. 2020. PLANALTO FEDERAL.  Leis Complementares. Disponível em: http://www4.planalto.gov.br/legislacao/portal-legis/legislacao-1/leis- complementares-1/todas-as-leis-complementares-1. Acesso em: 15 abr. 2020. PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS.  Geoprocessamento Corporativo. Disponível em: http://geo.pmf.sc.gov.br/. Acesso em: 9 jun. 2020.
  • 57. PREFEITURA DE SÃO PAULO.  2. Casa Lar. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/protecao_soci al_especial/index.php?p=28982. Acesso em: 25 mar. 2020. PSICOLOGADO.  A Infância Institucionalizada e as Dificuldades de Aprendizagem: uma Revisão de Literatura. Disponível em: https://psicologado.com.br/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/a-infancia- institucionalizada-e-as-dificuldades-de-aprendizagem-uma-revisao-de-literatura . Acesso em: 20 abr. 2020. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO.  Roda dos expostos. Disponível em: https://www.santacasasp.org.br/portal/site/quemsomos/museu/pub/10956/a-roda- dos-expostos-1825-1961. Acesso em: 3 abr. 2020. 57
  • 58. 58 "A boa arquitetura pode e deve ser feita em qualquer circunstâncias, por mais difíceis que se apresentem as situações econômicas e sociais" Ruth Verde Zein