2. •Caratê
•É uma arte marcial japonesa (Budō) que se desenvolveu a partir da
arte marcial autóctone de Oquinaua sob influência do chuan fa chinês
e dos koryu japoneses (modalidades tradicionais de luta).
•A influência do chuan fa foi maior num primeiro estágio e se fez sentir
nas técnicas dos estilos mais fluidos e pragmáticos da China
meridional. A influência das disciplinas de combate familiares do
Japão, ou koryu, é notada no desenvolvimento de movimentos diretos
e simples, abandonando aquilo que não seria útil.
•Seu repertório técnico abrange principalmente golpes contundentes —
atemi waza —, como pontapés, socos, joelhadas, bofetadas
etc., executadas com as mãos desarmadas. Todavia, técnicas de
projeção, imobilização e bloqueios — nage waza, katame waza, uke
waza — também são ensinados, com maior ou menor ênfase
dependendo do onde ou qual estilo/escola se aprende.
3. •Historia
• O caratê, ou caratê do, nasceu verdadeiramente na Índia há cerca de
cinco mil anos, quando o príncipe Sidarta Gautama, que viveu por volta de
563 a.c. a 483 a.c. na região do Nepal, observou os movimentos de luta
entre os animais e adaptou algumas técnicas à condição humana.
• Mais tarde, por volta de 200 a.c. um lendário monge indiano peregrinou
até à China, encontrando alguns monges de sua mesma filosofia em franco
estado de debilidade.
• Ensinou-lhes as técnicas até então estudadas na Índia, e desenvolveu
um método de treino físico e mental, o tai-chi, o qual se propagou mais
tarde até à ilha de Okinawa.
• A filosofia que lhe assistia, desenvolvida por Sidarta, aliada à sua
riqueza técnica, permitiu que a luta sobrevivesse a todas as evoluções
socioculturais existentes desde essa época até aos nossos dias.
4. • Apesar de sofrer várias adaptações, de acordo com as necessidades dos
povos de então, e de ter servido as mais diversas culturas, sua técnica original
foi sempre preservada.
•Caratê no Japão:
• O caratê como conhecemos hoje teve início na ilha de Okinawa, uma
província das 169 ilhas do arquipélago de Riu-Kyu, ao sul do Japão.
• Em 1964, no final da dinastia Ming, a província, que antes fazia parte de
um reino independente, passou a ser dominada pelo Japão que, para evitar a
reação do povo nativo, proibiu o uso de armas no local.
•Sob pressão militar, a população buscou, nos utensílios de uso cotidiano e no
próprio corpo, meios de defesa, segundo o historiador e professor da
Federação Paulista de Karatê, Paulinho Sukumotto.
•―Surgiram então os primeiros indícios da arte marcial que, no início, era
chamada de ‗tode‘
5. • Devido à sua localização geográfica, Okinawa recebia comerciantes e
visitantes de várias partes do continente. Nessa época, o ―tode‖ era
influenciado pelas artes de luta praticadas principalmente na China –
e, consequentemente, adaptado às diversas guerras que a população
enfrentava.
• Anos mais tarde, por determinação do imperador do Japão, foram retirados
da luta os movimentos violentos anexados à arte marcial nos períodos de
guerra. Para cumprimento desta determinação imperial, foi designado o
monge e professor Funakoshi.
• Ele viajou por todo o Japão e foi convidado a lecionar em
universidades, onde o caratê passou a ser submetido à pesquisa
científica, aprimorando técnicas e criando métodos de treinamentos
sistemáticos. Após o sucesso de Funakoshi, outros mestres de Okinawa foram
ao Japão divulgar os seus estilos de caratê.
6. • Após a segunda guerra mundial, a emigração dos japoneses e o grande
interesse das tropas de ocupação em aprender a lutar, difundiram o caratê
pelos continentes. Hoje o caratê, segundo a Federação Paulista de Karatê, é
a arte marcial mais praticada no mundo.
7. •Graduação
• A graduação no caratê é importante para indicar o nível de
experiencia dos praticantes, e é vista como sinal de respeito para os
atletas menos graduados. Para demonstrar a graduação os Karatecas
usam uma faixa com uma cor na região da cintura. A ordem das cores
das graduações variam de estilo para estilo mas como padrão, a faixa
iniciante é a de cor branca.
• Na classificação de faixas coloridas, Kyu significa classe, sendo que
essa classificação é em ordem decrescente. Na classificação de faixas
pretas, Dan significa grau, sendo a primeira faixa preta a de 1º Dan, a
segunda faixa preta 2º Dan e assim por diante em ordem crescente.
Em um plano simbólico, o branco representa a pureza do
principiante, e o preto se refere aos conhecimentos apurados durante
anos de treinamento.
8. Estas são as graduações (em faixas) do estilo shotokan:
•
lBranca (7º kyu)
lAmarela (6º Kyu)
lVermelho (5º Kyu)
lLaranja (4º Kyu)
lverde (3º Kyu)
lRoxa (2º Kyu)
lMarrom (1º Kyu)
lPreta (1º Dan até 9º)
9. •Competição:
• Os torneios são realizados em duas modalidades, kata e kumite.
Uma terceira modalidade, que outros enxergam como subdivisão da de
kata, é a de bunkai.
• Na competição de kata, pontos são concedidos por cinco juízes, de
acordo com a qualidade do desempenho do atleta, de maneira análoga
à ginástica olímpica. São critérios fundamentais para uma boa
performance a correta execução dos movimentos e a interpretação
pessoal do kata através da variação de velocidade dos movimentos.
Quando o kata é executado em grupo (usualmente, de três
atletas), também é importante a sincronização dos movimentos entre
os componentes do grupo.
10. • No kumite, dois oponentes (ou duas equipes de lutadores)
enfrentam-se por um tempo, que pode variar de dois a cinco minutos.
Pontos são concedidos tanto pela técnica quanto pela área do corpo
em que os golpes são desferidos. As técnicas permitidas e os pontos
permissíveis de serem atacados variam de estilo para estilo. Além
disso, o kumite pode ser de semi-contato (como no estilo
Shotokan), ou de contato direto (como no estilo Kyokushin).
11.
12. •Tabela de pontuação utilizada pela Confederação Brasileira
de Karate-do, e entidades a ela filiadas, válida a partir de
janeiro de 2012:
lYuko (equivalente a um ponto) - soco na área do abdome, do peito, do
rosto ou costas.
lWazari (equivalente a dois pontos) - chute na área das costas; chute
na área do abdome ou do peito; chute nas laterais do tronco.
lIppon (equivalente a três pontos) - chute na cabeça ou nas laterais do
pescoço, com contato rigorosamente controlado (ou, dependendo da
categoria em disputa, com aproximação de 5 cm a 10 cm, desde que o
oponente não esboce reação), independentemente do oponente estar
caído ou não; aplicar uma técnica pontuável no oponente
completamente caído e sem chances de contra-atacar, num intervalo
de até 2 segundos, independentemente de ter caído por si só ou ter
sido derrubado com técnica de varredura ou projeção.
13. •No Brasil:
• Da mesma forma como sucedeu com outras artes marciais
japonesas, o caratê foi introduzido no Brasil com a chegada de
imigrantes japoneses no começo do século XX. Mas somente no ano
de 1956, o sensei Mitsuke Harada (Shotokan) instala o primeiro dojô
em São Paulo. A esse exemplo seguiram os mestres Juichi Sagara
(Shotokan), em 1957; Seichi Akamine (Goju-ryu), em 1958; Koji
Takamatsu (Wado-ryu); Takeo Suzuki (Wado-ryu); Michizo Buyo
(Wado-ryu); Yoshihide Shinzato (Shorin-ryu); Takeda, Kimura e Fábio
Sensei (Bushi Ryu), em 1992; Akio Yokoyama (Kenyu-ryu), em
1965.[39]
• A prática da modalidade percebeu um aumento depois que
participantes de competições de artes marciais mistas lograram
vitórias, como é o caso do carateca Lyoto Machida.