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UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
Licenciatura em Gestão
Macroeconomia
Ano letivo 2023/2024
Docente: Elena Neves
Capítulo 4
A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO
UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
Licenciatura em Gestão
Macroeconomia
CAPÍTULO 4: A ECONOMIA REAL NO LONGO
PRAZO
4.1. Produção e crescimento económico
4.2. Poupança, investimento e sistema financeiro
4.3. Desemprego
4.1 – PRODUÇÃO E CRESCIMENTO ECONÓMICO
Crescimento económico: conceito e medida
O crescimento económico corresponde ao aumento, ao longo do tempo, na quantidade
de bens e serviços produzidos num país, por habitante.
O crescimento económico é medido pela taxa de crescimento do PIB real per capita.
Crescimento económico ≠ Desenvolvimento:
o o desenvolvimento traduz a melhoria nos níveis de bem-estar da população, envolvendo outras
dimensões para além da dimensão económica;
o o crescimento económico é necessário mas não suficiente para promover o desenvolvimento;
o o nível de desenvolvimento de um país pode ser avaliado pelo IDH.
3
4.1 – PRODUÇÃO E CRESCIMENTO ECONÓMICO
Crescimento económico e níveis de rendimento
 No longo prazo, pequenas diferenças nas taxas médias anuais de crescimento refletem-
se em diferenças significativas nos níveis de produto real per capita.
 Os países atualmente mais ricos são-no porque tiveram, ao longo do tempo, taxas
médias de crescimento elevadas; os países atualmente mais pobres são-no porque
tiveram, ao longo do tempo, taxas médias de crescimento baixas.
 Convergência: mede a capacidade de um país aproximar o seu PIB real per capita do
PIB real per capita de outro país (ou grupo de países), inicialmente mais rico:
o existe convergência quando o PIB real per capita do país mais pobre se aproxima do PIB real per
capita do país mais rico  a taxa de crescimento anual média do primeiro é superior à do segundo;
o existe divergência quando o PIB real per capita do país mais pobre se afasta do PIB real per capita do
país mais rico  a taxa de crescimento anual média do primeiro é inferior à do segundo.
4
4.1 – PRODUÇÃO E CRESCIMENTO ECONÓMICO
Crescimento económico e produtividade
Essencialmente, o que determina o crescimento económico a longo prazo é o aumento
da produtividade.
Produtividade: corresponde à quantidade de bens e serviços produzidos por cada
unidade de trabalho.
Determinantes da produtividade:
1) capital físico por trabalhador (equipamentos e estruturas usados na produção de bens e serviços);
2) capital humano por trabalhador (conhecimentos e capacidades adquiridas pelo trabalhador por
meio da educação, formação e experiência);
3) recursos naturais por trabalhador (fatores de produção fornecidos pela natureza);
4) conhecimento tecnológico (compreensão, por parte da sociedade, das melhores formas de produzir
bens e serviços).
5
4.1 – PRODUÇÃO E CRESCIMENTO ECONÓMICO
Crescimento económico e política pública
As políticas públicas podem ter um papel importante no aumento da produtividade de
um país e, em consequência, no ritmo de crescimento.
Áreas de intervenção importantes:
1) poupança e investimento;
2) investimento estrangeiro;
3) educação;
4) saúde e nutrição;
5) direitos de propriedade e estabilidade política;
6) comércio livre;
7) investigação e desenvolvimento;
8) crescimento da população.
6
UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
Licenciatura em Gestão
Macroeconomia
CAPÍTULO 4: A ECONOMIA REAL NO LONGO
PRAZO
4.1. Produção e crescimento económico
4.2. Poupança, investimento e sistema financeiro
4.3. Desemprego
4.2 – POUPANÇA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO
Relação entre poupança, investimento e o sistema financeiro
 O investimento é essencial para o crescimento económico de longo prazo, na medida
em que, ao permitir aumentar o stock de capital físico de um país, contribui para o
aumento da produtividade por trabalhador.
 Para haver investimento, é necessário que haja poupança. A poupança pode ser feita
pelas famílias, pelas empresas, pelo Estado ou pelo exterior.
 Sistema financeiro: grupo de instituições na economia que ajuda a coordenar a
poupança e o investimento.
8
4.2 – POUPANÇA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO
Instituições financeiras
Dois grupos de instiuições financeiras: mercados financeiros e intermediários financeiros.
Mercados financeiros: instituições através das quais os aforradores proporcionam
fundos diretamente aos investidores.
o mercado de obrigações: mercado onde são transacionados títulos de dívida;
o mercado de acções: mercado onde são transacionadas partes de capital.
Intermediários financeiros: instituições através das quais os aforradores proporcionam
fundos indiretamente aos investidores.
o bancos: instituições que recolhem os depósitos dos aforradores e os utilizam para
emprestar aos investidores;
o fundos de investimento: carteiras detidas por vários investidores que aplicam em
comum os seus recursos em títulos diversos.
9
4.2 – POUPANÇA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO
Oferta e procura de fundos nos mercados financeiros
A análise da interação entre a procura e a oferta de fundos nos mercados financeiros
permite-nos explicar como é que estes coordenam a poupança e o investimento.
 Oferta de fundos: provém dos agentes que poupam e querem emprestar; a poupança é
a fonte da oferta de fundos; aumenta com o aumento da taxa de juro.
 Procura de fundos: provém dos agentes que contraem empréstimos para efetuar os
seus investimentos; o investimento é a fonte da procura de fundos; diminui com o
aumento da taxa de juro.
 Taxa de juro: representa o valor que quem empresta recebe pelas suas poupanças e
que quem pede emprestado tem de pagar; a taxa de juro de equilíbrio é aquela para a
qual a oferta de fundos iguala a procura de fundos.
10
4.2 – POUPANÇA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO
Oferta e procura de fundos nos mercados financeiros
O modelo da procura e da oferta de fundos permite-nos analisar os efeitos de várias
políticas orçamentais que afectam a poupança e o investimento:
 Políticas fiscais de incentivo à poupança provocam uma diminuição nas taxas de juro e
fazem aumentar o investimento.
 Políticas fiscais de incentivo ao investimento provocam um aumento nas taxas de juro e
fazem aumentar a poupança.
 Défices orçamentais reduzem a poupança e provocam um aumento nas taxas de juro e
uma redução no investimento (efeito crowding-out).
11
UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
Licenciatura em Gestão
Macroeconomia
CAPÍTULO 4: A ECONOMIA REAL NO LONGO
PRAZO
4.1. Produção e crescimento económico
4.2. Poupança, investimento e sistema financeiro
4.3. Desemprego
4.3 – DESEMPREGO
Conceitos e indicadores
 População ativa
 População inativa
 População empregada
 População desempregada
 Taxa de desemprego
 Taxa de atividade
 Taxa de inatividade
13
4.3 – DESEMPREGO
Relação entre desemprego e inflação no curto prazo
Trade-off de curto prazo entre inflação e desemprego: menos desemprego gera mais
inflação; menos inflação gera mais desemprego; representado pela Curva de Phillips.
Taxa natural de desemprego: taxa de desemprego normal numa dada economia; taxa de
desemprego para a qual a taxa de inflação se mantém estável.
Quando a inflação acelera, a taxa de desemprego tende a situar-se abaixo da taxa
natural; quando a inflação abranda, a taxa de desemprego tende a situar-se acima da taxa
natural.
14
4.3 – DESEMPREGO
Tipos de desemprego
 Desemprego friccional: desemprego de curto prazo, que resulta do facto de ser
necessário algum tempo para que os trabalhadores encontrem os empregos que
melhor se ajustam aos seus gostos e capacidades.
 Desemprego cíclico: desemprego de médio prazo, que ocorre em épocas de recessão,
devido à diminuição do produto.
 Desemprego estrutural: desemprego de longo prazo, resultante do desajuste entre a
quantidade de postos de trabalho disponíveis em alguns sectores e a quantidade de
pessoas disponíveis para trabalhar; ocorre porque os salários se estabelecem acima do
nível de equilíbrio, o que, por seu turno, se pode dever a:
o salário mínimo;
o sindicatos;
o salários de eficiência.
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  • 1. UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS Licenciatura em Gestão Macroeconomia Ano letivo 2023/2024 Docente: Elena Neves Capítulo 4 A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO
  • 2. UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS Licenciatura em Gestão Macroeconomia CAPÍTULO 4: A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO 4.1. Produção e crescimento económico 4.2. Poupança, investimento e sistema financeiro 4.3. Desemprego
  • 3. 4.1 – PRODUÇÃO E CRESCIMENTO ECONÓMICO Crescimento económico: conceito e medida O crescimento económico corresponde ao aumento, ao longo do tempo, na quantidade de bens e serviços produzidos num país, por habitante. O crescimento económico é medido pela taxa de crescimento do PIB real per capita. Crescimento económico ≠ Desenvolvimento: o o desenvolvimento traduz a melhoria nos níveis de bem-estar da população, envolvendo outras dimensões para além da dimensão económica; o o crescimento económico é necessário mas não suficiente para promover o desenvolvimento; o o nível de desenvolvimento de um país pode ser avaliado pelo IDH. 3
  • 4. 4.1 – PRODUÇÃO E CRESCIMENTO ECONÓMICO Crescimento económico e níveis de rendimento  No longo prazo, pequenas diferenças nas taxas médias anuais de crescimento refletem- se em diferenças significativas nos níveis de produto real per capita.  Os países atualmente mais ricos são-no porque tiveram, ao longo do tempo, taxas médias de crescimento elevadas; os países atualmente mais pobres são-no porque tiveram, ao longo do tempo, taxas médias de crescimento baixas.  Convergência: mede a capacidade de um país aproximar o seu PIB real per capita do PIB real per capita de outro país (ou grupo de países), inicialmente mais rico: o existe convergência quando o PIB real per capita do país mais pobre se aproxima do PIB real per capita do país mais rico  a taxa de crescimento anual média do primeiro é superior à do segundo; o existe divergência quando o PIB real per capita do país mais pobre se afasta do PIB real per capita do país mais rico  a taxa de crescimento anual média do primeiro é inferior à do segundo. 4
  • 5. 4.1 – PRODUÇÃO E CRESCIMENTO ECONÓMICO Crescimento económico e produtividade Essencialmente, o que determina o crescimento económico a longo prazo é o aumento da produtividade. Produtividade: corresponde à quantidade de bens e serviços produzidos por cada unidade de trabalho. Determinantes da produtividade: 1) capital físico por trabalhador (equipamentos e estruturas usados na produção de bens e serviços); 2) capital humano por trabalhador (conhecimentos e capacidades adquiridas pelo trabalhador por meio da educação, formação e experiência); 3) recursos naturais por trabalhador (fatores de produção fornecidos pela natureza); 4) conhecimento tecnológico (compreensão, por parte da sociedade, das melhores formas de produzir bens e serviços). 5
  • 6. 4.1 – PRODUÇÃO E CRESCIMENTO ECONÓMICO Crescimento económico e política pública As políticas públicas podem ter um papel importante no aumento da produtividade de um país e, em consequência, no ritmo de crescimento. Áreas de intervenção importantes: 1) poupança e investimento; 2) investimento estrangeiro; 3) educação; 4) saúde e nutrição; 5) direitos de propriedade e estabilidade política; 6) comércio livre; 7) investigação e desenvolvimento; 8) crescimento da população. 6
  • 7. UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS Licenciatura em Gestão Macroeconomia CAPÍTULO 4: A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO 4.1. Produção e crescimento económico 4.2. Poupança, investimento e sistema financeiro 4.3. Desemprego
  • 8. 4.2 – POUPANÇA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO Relação entre poupança, investimento e o sistema financeiro  O investimento é essencial para o crescimento económico de longo prazo, na medida em que, ao permitir aumentar o stock de capital físico de um país, contribui para o aumento da produtividade por trabalhador.  Para haver investimento, é necessário que haja poupança. A poupança pode ser feita pelas famílias, pelas empresas, pelo Estado ou pelo exterior.  Sistema financeiro: grupo de instituições na economia que ajuda a coordenar a poupança e o investimento. 8
  • 9. 4.2 – POUPANÇA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO Instituições financeiras Dois grupos de instiuições financeiras: mercados financeiros e intermediários financeiros. Mercados financeiros: instituições através das quais os aforradores proporcionam fundos diretamente aos investidores. o mercado de obrigações: mercado onde são transacionados títulos de dívida; o mercado de acções: mercado onde são transacionadas partes de capital. Intermediários financeiros: instituições através das quais os aforradores proporcionam fundos indiretamente aos investidores. o bancos: instituições que recolhem os depósitos dos aforradores e os utilizam para emprestar aos investidores; o fundos de investimento: carteiras detidas por vários investidores que aplicam em comum os seus recursos em títulos diversos. 9
  • 10. 4.2 – POUPANÇA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO Oferta e procura de fundos nos mercados financeiros A análise da interação entre a procura e a oferta de fundos nos mercados financeiros permite-nos explicar como é que estes coordenam a poupança e o investimento.  Oferta de fundos: provém dos agentes que poupam e querem emprestar; a poupança é a fonte da oferta de fundos; aumenta com o aumento da taxa de juro.  Procura de fundos: provém dos agentes que contraem empréstimos para efetuar os seus investimentos; o investimento é a fonte da procura de fundos; diminui com o aumento da taxa de juro.  Taxa de juro: representa o valor que quem empresta recebe pelas suas poupanças e que quem pede emprestado tem de pagar; a taxa de juro de equilíbrio é aquela para a qual a oferta de fundos iguala a procura de fundos. 10
  • 11. 4.2 – POUPANÇA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO Oferta e procura de fundos nos mercados financeiros O modelo da procura e da oferta de fundos permite-nos analisar os efeitos de várias políticas orçamentais que afectam a poupança e o investimento:  Políticas fiscais de incentivo à poupança provocam uma diminuição nas taxas de juro e fazem aumentar o investimento.  Políticas fiscais de incentivo ao investimento provocam um aumento nas taxas de juro e fazem aumentar a poupança.  Défices orçamentais reduzem a poupança e provocam um aumento nas taxas de juro e uma redução no investimento (efeito crowding-out). 11
  • 12. UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS Licenciatura em Gestão Macroeconomia CAPÍTULO 4: A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO 4.1. Produção e crescimento económico 4.2. Poupança, investimento e sistema financeiro 4.3. Desemprego
  • 13. 4.3 – DESEMPREGO Conceitos e indicadores  População ativa  População inativa  População empregada  População desempregada  Taxa de desemprego  Taxa de atividade  Taxa de inatividade 13
  • 14. 4.3 – DESEMPREGO Relação entre desemprego e inflação no curto prazo Trade-off de curto prazo entre inflação e desemprego: menos desemprego gera mais inflação; menos inflação gera mais desemprego; representado pela Curva de Phillips. Taxa natural de desemprego: taxa de desemprego normal numa dada economia; taxa de desemprego para a qual a taxa de inflação se mantém estável. Quando a inflação acelera, a taxa de desemprego tende a situar-se abaixo da taxa natural; quando a inflação abranda, a taxa de desemprego tende a situar-se acima da taxa natural. 14
  • 15. 4.3 – DESEMPREGO Tipos de desemprego  Desemprego friccional: desemprego de curto prazo, que resulta do facto de ser necessário algum tempo para que os trabalhadores encontrem os empregos que melhor se ajustam aos seus gostos e capacidades.  Desemprego cíclico: desemprego de médio prazo, que ocorre em épocas de recessão, devido à diminuição do produto.  Desemprego estrutural: desemprego de longo prazo, resultante do desajuste entre a quantidade de postos de trabalho disponíveis em alguns sectores e a quantidade de pessoas disponíveis para trabalhar; ocorre porque os salários se estabelecem acima do nível de equilíbrio, o que, por seu turno, se pode dever a: o salário mínimo; o sindicatos; o salários de eficiência. 15