Políticas Macroeconômicas: Desemprego, Inflação e Crescimento
1. POLÍTICAS MACROECONÔMICAS
A teoria macroeconômica tradicional
trata fundamentalmente das questões
do desemprego e da inflação, que são
consideradas como problemas de curto
prazo ou conjunturais.
Os objetivos de política
macroeconômica são:
Alto nível de emprego;
Estabilidade de preços;
Distribuição de renda
socialmente justa;
Crescimento econômico:
expansão de seu produto real ao
longo do tempo.
PRODUTO INTERNO BRUTO
O Produto Interno Bruto (PIB) é o total
do valor monetário de todos os bens e
serviços finais produzidos na economia
durante um ano, ou toda riqueza gerada
dentro das fronteiras nacionais.
O PIB pode ser mensurado de diversas
formas, como por exemplo, pela ótica
da produção ou oferta e pela ótica da
renda, mas normalmente é medido pela
ótica do dispêndio:
PIB = Consumo + Investimento +
Gastos do Governo + (Exportação –
Importação)
O PIB é uma forma de analisar se as
políticas macroeconômicas estão no
caminho certo e se estão sendo bem
aplicadas.
PRINCIPAIS DETERMINANTES DO
CRESCIMENTO ECONÔMICO
Determinantes próximos: variáveis que,
de forma direta, afetam a capacidade
produtiva de uma economia, ou seja, a
acumulação de fatores de produção,
tais como:
Capital físico (conjunto de
equipamentos e instalações no
processo produtivo);
trabalho e capital humano
(investimentos destinados à
formação educacional e
profissional dos indivíduos.);
progresso tecnológico (conjunto
de inovações materializadas em
termos de bens, máquinas e
equipamentos, novas técnicas
produtivas etc.;
poupança (parte da renda
nacional ou individual que não é
utilizada em despesas com
consumo, sendo guardada e
aplicada);
2. investimento (aplicação de
recursos em empreendimentos
que rendem juros ou lucros ao
longo prazo);
DESEMPREGO
Tipos de desemprego
Desemprego involuntário: número de
pessoas que aceitariam trabalhar
mesmo com baixa remuneração
corrente, contudo não conseguem
emprego.
Desemprego estrutural ou
tecnológico: está associado à
estrutura da economia ou pela
substituição dos homens pelas
máquinas.
Desemprego conjuntural ou cíclico:
acompanha a conjuntura econômica do
país. Recessão, crédito, risco país,
consumo dos trabalhadores ou inflação
podem contribuir para o aumento desse
tipo de desemprego.
Desemprego natural ou friccional:
ocorre quando os trabalhadores
mudam de emprego ou quando acabam
de entrar no mercado de trabalho e
levam algum tempo para encontrar o
primeiro emprego.
Desemprego disfarçado ou oculto:
trabalhadores que estão
subempregados, não são registrados e
têm remunerações muito abaixo dos
níveis aceitáveis.
Desemprego sazonal: causado por
variações da demanda de trabalho em
diferentes momentos do ano, como em
épocas de plantio e colheita.
O desemprego gera um custo
considerável para as economias. Como
destaque, podemos citar o custo para a
sociedade inerente aos recursos não
produzidos devido à mão de obra
desocupada. É um dos determinantes
da pobreza e a queda da renda induz
aos problemas sociais mais graves. A
parcela da população que está
empregada também sofre com o
desemprego, por causa de impostos
mais elevados e o seguro-desemprego.
INFLAÇÃO
A inflação é o aumento continuado no
nível geral de preços, a qual faz com
que haja uma perda no poder aquisitivo
da moeda.
3. TIPOS DE INFLAÇÃO
Inflação aberta e reprimida: Uma
inflação aberta caracteriza-se pelo livre
aumento de preços dos produtos e dos
insumos. Já numa inflação reprimida o
excesso de demanda não se manifesta
através da alta dos preços, pois há o
controle de preços e congelamento de
salários e de taxas de juros.
Inflação de demanda e de oferta: No
caso da inflação de demanda, há um
excesso de demanda agregada em
relação à capacidade de oferta da
economia, devido, por exemplo, a
políticas fiscais ou monetárias
expansionistas. Já numa inflação de
oferta há um deslocamento contínuo da
oferta agregada para cima e para
esquerda, devido a choques, como
embargos ou secas.
A queda da inflação geralmente causa
um aumento temporário no
desemprego, pois para se combater a
alta generalizada de preços, é preciso
recorrer a uma política econômica
contracionista, que diminui a produção.
A inflação diminui o poder aquisitivo da
população, que passa a comprar
menos produtos. E contribui também
para uma redistribuição negativa de
renda. Pode ocorrer o estímulo às
importações e desestímulo às
exportações, quando os produtos
nacionais ficam relativamente mais
caros aos produzidos fora do país. E
ainda, costuma gerar também
mudanças políticas drásticas.
FUNÇÕES DO SETOR PÚBLICO
Por conta de falhas de mercado, tendo
em vista a necessidade de aumentar o
bem-estar da sociedade, o setor público
intervém na economia desempenhando
três funções: alocativa, distributiva e
estabilizadora.
Função alocativa: fornecimento de
bens e serviços não oferecidos
adequadamente pelo sistema de
mercado, ou seja, o Setor Público deve
ir aonde a iniciativa privada não vai ou
não tem interesse. Ex: quando o
governo executa obras que
beneficiarão a população.
Função distributiva: a necessidade do
governo de intervir na economia,
visando corrigir a desigualdade
existente na distribuição da renda
nacional. “Tirar de quem tem, para dar
para quem não tem.”
Função estabilizadora: manutenção
de um alto nível de utilização de
recursos e de um valor estável da
moeda.
4. MOEDA
A moeda, sinônimo de dinheiro, é um
objeto de aceitação geral, garantida por
lei, usada na aquisição de bens e
serviços. Se caracteriza por ter curso
forçado, ou seja, é um meio irrecusável
de pagamento.
Os atuais conceitos de moeda
englobam, basicamente, quatro
funções:
I – meio de pagamento;
II – meio de trocas;
III – instrumento para denominação
comum de valores; e
IV – reserva de valores.
ECONOMIA INTERNACIONAL
As nações não são autossuficientes, ou
seja, elas não produzem internamente
todos os bens e serviços que sua
população consome. Dessa forma, elas
se envolvem no comercio internacional
exportando e importando bens e
serviços, suprindo suas necessidades e
de seus parceiros comerciais.
Existem alguns fatores propulsores das
trocas que motivam a divisão
internacional do trabalho, como:
desigual quantidade de reservas não
renováveis, diferenças internacionais
de solo e clima, desiguais
disponibilidades estruturais de capital e
trabalho e diferentes estágios de
desenvolvimentos tecnológico.
POLÍTICA CAMBIAL
Quando dois países com moedas
diferentes mantêm relações
econômicas entre si, é necessário que
se faça o câmbio entre essas moedas.
Câmbio é a operação de troca de
moeda de um país pela moeda de outro
país.
O valor da taxa de câmbio depende do
regime cambial do país. Existem dois
regimes cambiais extremos: o regime
de taxa de câmbio fixa, onde os bancos
centrais fixam o valor do câmbio, e o
regime de taxa de câmbio flexível, em
que os bancos centrais permitem que a
taxa de câmbio se ajuste para equilibrar
a oferta e demanda por moeda
estrangeira.