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PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA 
FORMAÇÃO PARA PROFESSORES ALFABETIZADORES 
CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DE 
NUMERAÇÃO DECIMAL 
Caderno de Estudos 03
INICIANDO A CONVERSA 
• O tema central deste caderno é o Sistema de Numeração 
Decimal (SND). 
• O objetivo geral do caderno é fornecer subsídios que 
permitam ao professor encaminhar a construção do SND em 
situações lúdicas de modo que a criança possa investigar as 
regularidades do sistema de numeração decimal para 
compreender o princípio posicional de sua organização.
Luciane Ferreira Mocrosky 
Rosa Monteiro Paulo 
Wanderli C. Lima 
UM POUCO DE HISTÓRIA DO SND
Por que entender sistemas de numeração que não sejam de 
base dez é importante para o professor? 
• Trazer tais aspectos históricos dos sistemas de numeração 
permite abrir, na sala de aula, a oportunidade de o aluno 
investigar padrões presentes em distintos sistemas de 
contagem.
NUMERAÇÃO: que história é essa? 
• A constituição da ideia de número, em 
diferentes culturas, surge de modos variados. 
Alguns povos desenvolveram seu processo de 
contagem de quantidades usando ossos ou 
pedras a partir de um sistema de números 
falados que lhes era eficiente.
Luciane Ferreira Mocrosky 
Rosa Monteiro Paulo 
Wanderli C. Lima 
O SISTEMA DE NUMERAÇÃO INDO-ARÁBICO
Sistema de Numeração indo-arábico 
• Por ser um sistema de numeração criado pelos hindus 
e difundido pelos árabes, ficou conhecido como 
sistema de numeração indo-arábico, que usa apenas 
dez símbolos distintos (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 0), possui 
notação posicional e base decimal. 
• O sistema de numeração por nós utilizados é o sistema 
indo-arábico, um sistema que é decimal e posicional.
Agrupamento como recurso de contagem e compreensão do 
sistema decimal 
• O recurso de agrupar quantidades 
pode facilitar a tarefa de contagem. 
• Quando as crianças percebem que 
reunir objetos em grupos abrevia a 
contagem, começam a utilizar esse 
recurso ao manipular objetos, ou ao 
representá-los por esquemas.
Agrupamento como recurso de contagem e compreensão do 
sistema decimal 
• O desenvolvimento de atividades de agrupamentos e 
trocas possibilita à criança perceber semelhanças e 
diferenças envolvidas nas situações de contagem, 
favorecendo a abstração e a compreensão do sistema 
de numeração. 
• Não basta a criança decorar os termos unidade, 
dezena, centena, é preciso que ela entenda o que é 
essa base (dez) e para que serve.
Agrupamento como recurso de contagem e compreensão do 
sistema decimal 
• As atividades de contagem oral de 2 em 2, 5 em 5, 10 
em 10 podem subsidiar as tarefas de agrupamento, 
pois o domínio da contagem oral favorece a busca por 
agrupamentos. 
• Para a realização de atividades de agrupamento, pode-se 
usar objetos diversos, como: palitos, tampinhas, 
sementes, fichas, material dourado, “dinheirinho”, 
entre outros. E também se pode realizar jogos e 
brincadeiras envolvendo agrupamentos e trocas.
Cristiano Alberto Muniz 
Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana 
Sandra Maria Pinto Magina 
Sueli Brito Lira de Freitas 
AGRUPAMENTOS E TROCAS
Articulação entre quantidade numérica e registro 
• No ciclo de alfabetização, as atividades devem 
favorecer a articulação entre uma quantidade 
numérica e seu respectivo registro com a utilização 
dos algarismos. 
• A figura ao lado ilustra o uso de palitos para que 
sejam vivenciados os agrupamentos. Contudo, é 
necessário desenvolver atividades que requeiram o 
registro desses agrupamentos. 
• Neste caderno, “registro” não requer necessariamente a escrita pelo aluno, 
mas essencialmente o desenvolvimento de sua capacidade enquanto sujeito 
da alfabetização matemática em reconhecer as quantidades até 9, e utilizar-se 
de fichas numéricas (em papel, papelão, EVA, etc.), associando a quantidade 
ao numeral correspondente, aproximando fisicamente quantidade e símbolo.
Sistema Decimal e Posicional 
• Associar a quantidade de grupos aos algarismos não é o 
suficiente para a aquisição pela criança, em alfabetização, das 
estruturas fundantes do Sistema de Numeração Decimal, pois, 
além de decimal, o sistema é posicional.
Sistema Decimal e Posicional 
• Um objetivo essencial para a aprendizagem no processo de 
alfabetização matemática é, portanto, associar a 
representação material e o registro simbólico por meio da 
utilização posicional dos algarismos. 
JOGO DO TAPETINHO 
Quadro para posicionamento de materiais soltos e grupos 
representando quantidades
Materiais para Contagem 
• quantidades concretas livres: como os palitos, a 
partir dos quais os alunos formam os grupos a 
cada dez palitos contados por eles; 
• quantidades concretas estruturadas: como o 
material dourado, nos quais os alunos têm um 
material com os grupos já previamente 
estruturados, e a cada dez contado, os alunos 
realizam a troca correspondente.
Coleções 
• Atividades, como a de fazer coleções, devem ser 
estimuladas pelo professor alfabetizador dentro e fora da 
escola. 
• Fazer coleções favorece o estabelecimento de metas, 
concepções de estratégias de êxito, formas de organização, 
classificação e, em especial, de contagem e controle das 
quantidades. 
• As crianças podem fazer coleções de: figurinhas, pedras 
coloridas, sementes, tampinhas, entre outros objetos.
Carlos Roberto Vianna 
RELAÇÕES ENTRE O SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA (SEA) 
E O SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL (SND)
• se escreve com letras, que não 
podem ser inventadas, que têm um 
repertório finito e que são 
diferentes de números e outros 
símbolos; 
• as letras têm formatos fixos e 
pequenas variações produzem 
mudanças em sua identidade das 
mesmas (p, q, b, d), embora uma 
letra assuma formatos variados (P, 
p, P, p); 
• O SND tem apenas dez símbolos – 
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 – a partir 
dos quais são construídos todos os 
números; 
• O SND utiliza a base dez – por isso 
ele é chamado de sistema 
decimal; 
• O Zero representa a ausência de 
quantidade (abordaremos os 
papéis do zero mais adiante);
• a ordem das letras é definidora da 
palavra e, juntas, configuram-na. Uma 
letra pode se repetir no interior de 
uma palavra e em diferentes palavras; 
• nem todas as letras podem vir juntas 
de outras e nem todas podem ocupar 
certas posições no interior das 
palavras; 
• as letras notam a pauta sonora e não 
as características físicas ou funcionais 
dos referentes que substituem; 
• Os símbolos possuem valores 
distintos, segundo sua posição no 
número (a posição onde se encontra 
um símbolo é que define o seu 
valor, ou seja, um mesmo símbolo 
pode ter valores diferentes, de 
acordo com a posição em que ele se 
encontra no número); 
• Todo e qualquer número pode ser 
representado usando-se o Princípio 
Aditivo (o valor do numeral pode ser 
dado pela adição dos valores 
posicionais dos símbolos). Exemplo: 
12 = 10 + 2
• a ordem das letras é definidora da 
palavra e, juntas, configuram-na. Uma 
letra pode se repetir no interior de 
uma palavra e em diferentes palavras; 
• nem todas as letras podem vir juntas 
de outras e nem todas podem ocupar 
certas posições no interior das 
palavras; 
• as letras notam a pauta sonora e não 
as características físicas ou funcionais 
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• Todo e qualquer número pode ser 
representado usando-se o 
Princípio Multiplicativo (o valor do 
número pode ser dado pela 
multiplicação do número pela 
potência de 10). 
– 7 X10° = 7 X1 = 7 
– 7 X10¹ = 7 X10 = 70 
– 7 X10² = 7 X100 = 700 e assim por 
diante. 
• Os Princípios Aditivo e 
Multiplicativo geram a 
decomposição dos números. 
– 345 = 3 x 10² + 4 x 10¹ + 5 x 10° = 3 x 
100 + 4 x 10 + 5 x 1 = 300 + 40 + 5.
Reflexões sobre o SEA e o SND 
• Compreensão do funcionamento do sistema; 
• Opera com símbolos; 
• Aprendizagem por meio de hipóteses; 
• Uso de jogos e sequências didáticas para o 
desenvolvimento da consciência fonológica/consciência 
numérica; 
• Papel do professor para apropriação/domínio do Sistema: 
– 1º. Contato 
– 2º. Sistematização 
– 3º. Planejamento 
– 4º. Mediação
Cristiano Alberto Muniz 
Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana 
Sandra Maria Pinto Magina 
Sueli Brito Lira de Freitas 
O CORPO COMO FONTE DO 
CONHECIMENTO MATEMÁTICO
CONTAR NOS DEDOS 
• Por muito tempo desenvolveu-se a crença de 
que, para aprender Matemática, a criança não 
deveria utilizar o próprio corpo ou partes dele. 
• Acreditava-se que, sendo os objetos 
matemáticos de natureza abstrata, a contagem 
nos dedos se constituiria num obstáculo a tal 
abstração, levando a crer que o sujeito que 
manipula objetos jamais conceberia os entes 
matemáticos, neste caso, os números.
CONTAR NOS DEDOS 
• Tal ideologia sobre a utilização do corpo na 
aprendizagem matemática produziu várias e 
graves consequências para a Educação 
Matemática, com repercussões danosas no 
processo da alfabetização nessa área.
CONTAR NOS DEDOS 
• Contando nos dedos, as crianças começam a 
construir uma base simbólica, que é 
essencial neste processo, assim como na 
estruturação do número no sistema de 
numeração decimal. 
• A contagem nos dedos pode permitir o 
desenvolvimento de primeiras estratégias de 
contagem e operacionalização matemática, 
ainda mais ao assumirmos o limite dos dez 
dedos das mãos, organizados em cinco 
dedos em cada.
CONTAR NOS DEDOS 
• A exploração das mãos como ferramenta no 
registro de quantidades e para realizar medições 
é uma aprendizagem social. 
• no início do seu desenvolvimento, a criança 
utiliza as mãos para realizar atividade 
matemática e é culturalmente estimulada a fazê-lo 
antes do processo de alfabetização e fora da 
escola. 
• Ao contar nos dedos, a criança em alfabetização 
está efetivamente fazendo Matemática e se 
constituindo em um ser matemático.
CONTAR NOS DEDOS 
• A escola nega a história da Matemática, pois é sabido que em tempos antigos 
quantificava-se com pedras (os cálculos) e com os dedos (os dígitos). 
• Valorizando estes aspectos, contribuímos para superar a ruptura que a escola 
impõe aos procedimentos construídos ao longo da história.
Contar nos dedos SIM, sobretudo 
no Ciclo de Alfabetização 
• É fundamental que a escola, no ciclo de 
alfabetização, valorize o uso dos dedos na realização 
das contagens e cálculo com pequenas quantidades. 
Contar nos dedos pode implicar tanto a descoberta, 
pela criança, dos cinco dedos em cada mão, como os 
dois grupos de cinco formando dez. Mais que isto, a 
descoberta das quantidades maiores e menores que 
o cinco, quanto falta para cinco, quanto falta para 
dez.
Cristiano Alberto Muniz 
Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana 
Sandra Maria Pinto Magina 
Sueli Brito Lira de Freitas 
O LÚDICO, OS JOGOS E O SND
O que é ATIVIDADE LÚDICA? 
• Neste Caderno, destaca-se 
aspectos importantes da 
atividade lúdica associada à 
característica fundamental do 
jogo como atividade livre 
que permite propor, produzir 
e resolver situações-problema.
Cristiano Alberto Muniz 
Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana 
Sandra Maria Pinto Magina 
Sueli Brito Lira de Freitas 
CAIXA MATEMÁTICA E SITUAÇÕES 
LÚDICAS
Ambiente de Letramento Matemático
CAIXA MATEMÁTICA 
• É importante que haja uma Caixa Matemática para cada aluno. 
• Esta caixa deve ser montada pelo alfabetizando, ao longo do trabalho, a 
partir das necessidades de uso, devendo conter materiais para 
representação e manipulação de quantidades numéricas. 
• Para guardar e transportar o material, cada aluno pode encontrar sua 
própria solução e personalizar sua Caixa Matemática, usando caixa de 
sapato ou camisa, caixa plástica de ferramentas, sacola de tecido...
SUGESTÃO DE MATERIAIS
SUGESTÃO DE MATERIAIS
SUGESTÃO DE MATERIAIS
SUGESTÃO DE MATERIAIS
VALE A PENA TENTAR! 
• Caso os alunos tenham suas caixas 
matemáticas, eles podem ser estimulados a 
ensinar os jogos em casa e a desenvolver fora 
da aula de Matemática tais jogos, numa 
perspectiva extraescolar da atividade 
matemática aprendida em sala de aula e 
assumida pela criança como uma atividade 
essencialmente lúdica.
Cristiano Alberto Muniz 
Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana 
Sandra Maria Pinto Magina 
Sueli Brito Lira de Freitas 
JOGOS NA APRENDIZAGEM DO SND
O QUE VERIFICAR NA APLICAÇÃO DE JOGOS? 
• Em momentos de avaliação, além do que é específico de cada jogo, recomenda--se 
que o professor atente para verificar se a criança: 
– consegue organizar o material na carteira; 
– respeita regras, espera sua vez, discute procedimentos, aceita bem situações de frustração; 
– busca conquistar e garantir seus direitos, sua vez, seu direito em realizar as atividades sem 
intervenção dos colegas, garantindo sua autonomia de trabalho; 
– trata os colegas com respeito, cordialidade, sabendo respeitar a vez e os procedimentos do 
outro, assim como se é capaz de expor e argumentar quando está em desacordo com 
determinado procedimento; 
– demonstra alegria, satisfação, motivação pelo desenvolvimento da atividade lúdica; 
– está evoluindo nos processos de amarração dos grupos com a liga elástica, o • que requer 
destreza motora; 
– coopera com as outras crianças. 
• No início de cada jogo, deve-se encorajar as crianças a escolherem ou sortearem a 
sequência de jogadores por meio de diferentes critérios ou formas: do mais novo 
para o mais velho, quem tirar o menor ou maior valor no lançamento de dados, 
dois ou um, etc.
Exemplos de jogos que auxiliam na construção 
do SND 
• Jogo 1: ganha cem primeiro 
• Jogo 2: gasta cem primeiro 
• Jogo 3: esquerdinha: quem primeiro tiver 100 
• Jogo 4: placar zero 
• Jogo 5: agrupamento para mudar de nível 
(segundo a cor) 
• Jogo 6: qual a representação do número?
EXEMPLOS DE ATIVIDADES QUE AJUDAM NO PROCESSO DE 
CONSTRUÇÃO DO SND 
Finalmente deve-se sobrepor do menor 
para o maior: 
Obtém-se assim 697, SEIScentos e 
NOVEnta e SETE.
EXEMPLOS DE ATIVIDADES QUE AJUDAM NO PROCESSO DE 
CONSTRUÇÃO DO SND 
construção de uma linha com 
números em sequência
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Construção do Sistema de Numeração Decimal

  • 1. PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA FORMAÇÃO PARA PROFESSORES ALFABETIZADORES CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL Caderno de Estudos 03
  • 2. INICIANDO A CONVERSA • O tema central deste caderno é o Sistema de Numeração Decimal (SND). • O objetivo geral do caderno é fornecer subsídios que permitam ao professor encaminhar a construção do SND em situações lúdicas de modo que a criança possa investigar as regularidades do sistema de numeração decimal para compreender o princípio posicional de sua organização.
  • 3. Luciane Ferreira Mocrosky Rosa Monteiro Paulo Wanderli C. Lima UM POUCO DE HISTÓRIA DO SND
  • 4. Por que entender sistemas de numeração que não sejam de base dez é importante para o professor? • Trazer tais aspectos históricos dos sistemas de numeração permite abrir, na sala de aula, a oportunidade de o aluno investigar padrões presentes em distintos sistemas de contagem.
  • 5. NUMERAÇÃO: que história é essa? • A constituição da ideia de número, em diferentes culturas, surge de modos variados. Alguns povos desenvolveram seu processo de contagem de quantidades usando ossos ou pedras a partir de um sistema de números falados que lhes era eficiente.
  • 6.
  • 7. Luciane Ferreira Mocrosky Rosa Monteiro Paulo Wanderli C. Lima O SISTEMA DE NUMERAÇÃO INDO-ARÁBICO
  • 8. Sistema de Numeração indo-arábico • Por ser um sistema de numeração criado pelos hindus e difundido pelos árabes, ficou conhecido como sistema de numeração indo-arábico, que usa apenas dez símbolos distintos (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 0), possui notação posicional e base decimal. • O sistema de numeração por nós utilizados é o sistema indo-arábico, um sistema que é decimal e posicional.
  • 9.
  • 10. Agrupamento como recurso de contagem e compreensão do sistema decimal • O recurso de agrupar quantidades pode facilitar a tarefa de contagem. • Quando as crianças percebem que reunir objetos em grupos abrevia a contagem, começam a utilizar esse recurso ao manipular objetos, ou ao representá-los por esquemas.
  • 11. Agrupamento como recurso de contagem e compreensão do sistema decimal • O desenvolvimento de atividades de agrupamentos e trocas possibilita à criança perceber semelhanças e diferenças envolvidas nas situações de contagem, favorecendo a abstração e a compreensão do sistema de numeração. • Não basta a criança decorar os termos unidade, dezena, centena, é preciso que ela entenda o que é essa base (dez) e para que serve.
  • 12. Agrupamento como recurso de contagem e compreensão do sistema decimal • As atividades de contagem oral de 2 em 2, 5 em 5, 10 em 10 podem subsidiar as tarefas de agrupamento, pois o domínio da contagem oral favorece a busca por agrupamentos. • Para a realização de atividades de agrupamento, pode-se usar objetos diversos, como: palitos, tampinhas, sementes, fichas, material dourado, “dinheirinho”, entre outros. E também se pode realizar jogos e brincadeiras envolvendo agrupamentos e trocas.
  • 13. Cristiano Alberto Muniz Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana Sandra Maria Pinto Magina Sueli Brito Lira de Freitas AGRUPAMENTOS E TROCAS
  • 14. Articulação entre quantidade numérica e registro • No ciclo de alfabetização, as atividades devem favorecer a articulação entre uma quantidade numérica e seu respectivo registro com a utilização dos algarismos. • A figura ao lado ilustra o uso de palitos para que sejam vivenciados os agrupamentos. Contudo, é necessário desenvolver atividades que requeiram o registro desses agrupamentos. • Neste caderno, “registro” não requer necessariamente a escrita pelo aluno, mas essencialmente o desenvolvimento de sua capacidade enquanto sujeito da alfabetização matemática em reconhecer as quantidades até 9, e utilizar-se de fichas numéricas (em papel, papelão, EVA, etc.), associando a quantidade ao numeral correspondente, aproximando fisicamente quantidade e símbolo.
  • 15. Sistema Decimal e Posicional • Associar a quantidade de grupos aos algarismos não é o suficiente para a aquisição pela criança, em alfabetização, das estruturas fundantes do Sistema de Numeração Decimal, pois, além de decimal, o sistema é posicional.
  • 16. Sistema Decimal e Posicional • Um objetivo essencial para a aprendizagem no processo de alfabetização matemática é, portanto, associar a representação material e o registro simbólico por meio da utilização posicional dos algarismos. JOGO DO TAPETINHO Quadro para posicionamento de materiais soltos e grupos representando quantidades
  • 17. Materiais para Contagem • quantidades concretas livres: como os palitos, a partir dos quais os alunos formam os grupos a cada dez palitos contados por eles; • quantidades concretas estruturadas: como o material dourado, nos quais os alunos têm um material com os grupos já previamente estruturados, e a cada dez contado, os alunos realizam a troca correspondente.
  • 18. Coleções • Atividades, como a de fazer coleções, devem ser estimuladas pelo professor alfabetizador dentro e fora da escola. • Fazer coleções favorece o estabelecimento de metas, concepções de estratégias de êxito, formas de organização, classificação e, em especial, de contagem e controle das quantidades. • As crianças podem fazer coleções de: figurinhas, pedras coloridas, sementes, tampinhas, entre outros objetos.
  • 19. Carlos Roberto Vianna RELAÇÕES ENTRE O SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA (SEA) E O SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL (SND)
  • 20. • se escreve com letras, que não podem ser inventadas, que têm um repertório finito e que são diferentes de números e outros símbolos; • as letras têm formatos fixos e pequenas variações produzem mudanças em sua identidade das mesmas (p, q, b, d), embora uma letra assuma formatos variados (P, p, P, p); • O SND tem apenas dez símbolos – 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 – a partir dos quais são construídos todos os números; • O SND utiliza a base dez – por isso ele é chamado de sistema decimal; • O Zero representa a ausência de quantidade (abordaremos os papéis do zero mais adiante);
  • 21. • a ordem das letras é definidora da palavra e, juntas, configuram-na. Uma letra pode se repetir no interior de uma palavra e em diferentes palavras; • nem todas as letras podem vir juntas de outras e nem todas podem ocupar certas posições no interior das palavras; • as letras notam a pauta sonora e não as características físicas ou funcionais dos referentes que substituem; • Os símbolos possuem valores distintos, segundo sua posição no número (a posição onde se encontra um símbolo é que define o seu valor, ou seja, um mesmo símbolo pode ter valores diferentes, de acordo com a posição em que ele se encontra no número); • Todo e qualquer número pode ser representado usando-se o Princípio Aditivo (o valor do numeral pode ser dado pela adição dos valores posicionais dos símbolos). Exemplo: 12 = 10 + 2
  • 22. • a ordem das letras é definidora da palavra e, juntas, configuram-na. Uma letra pode se repetir no interior de uma palavra e em diferentes palavras; • nem todas as letras podem vir juntas de outras e nem todas podem ocupar certas posições no interior das palavras; • as letras notam a pauta sonora e não as características físicas ou funcionais dos referentes que substituem; • Todo e qualquer número pode ser representado usando-se o Princípio Multiplicativo (o valor do número pode ser dado pela multiplicação do número pela potência de 10). – 7 X10° = 7 X1 = 7 – 7 X10¹ = 7 X10 = 70 – 7 X10² = 7 X100 = 700 e assim por diante. • Os Princípios Aditivo e Multiplicativo geram a decomposição dos números. – 345 = 3 x 10² + 4 x 10¹ + 5 x 10° = 3 x 100 + 4 x 10 + 5 x 1 = 300 + 40 + 5.
  • 23. Reflexões sobre o SEA e o SND • Compreensão do funcionamento do sistema; • Opera com símbolos; • Aprendizagem por meio de hipóteses; • Uso de jogos e sequências didáticas para o desenvolvimento da consciência fonológica/consciência numérica; • Papel do professor para apropriação/domínio do Sistema: – 1º. Contato – 2º. Sistematização – 3º. Planejamento – 4º. Mediação
  • 24. Cristiano Alberto Muniz Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana Sandra Maria Pinto Magina Sueli Brito Lira de Freitas O CORPO COMO FONTE DO CONHECIMENTO MATEMÁTICO
  • 25.
  • 26. CONTAR NOS DEDOS • Por muito tempo desenvolveu-se a crença de que, para aprender Matemática, a criança não deveria utilizar o próprio corpo ou partes dele. • Acreditava-se que, sendo os objetos matemáticos de natureza abstrata, a contagem nos dedos se constituiria num obstáculo a tal abstração, levando a crer que o sujeito que manipula objetos jamais conceberia os entes matemáticos, neste caso, os números.
  • 27. CONTAR NOS DEDOS • Tal ideologia sobre a utilização do corpo na aprendizagem matemática produziu várias e graves consequências para a Educação Matemática, com repercussões danosas no processo da alfabetização nessa área.
  • 28. CONTAR NOS DEDOS • Contando nos dedos, as crianças começam a construir uma base simbólica, que é essencial neste processo, assim como na estruturação do número no sistema de numeração decimal. • A contagem nos dedos pode permitir o desenvolvimento de primeiras estratégias de contagem e operacionalização matemática, ainda mais ao assumirmos o limite dos dez dedos das mãos, organizados em cinco dedos em cada.
  • 29. CONTAR NOS DEDOS • A exploração das mãos como ferramenta no registro de quantidades e para realizar medições é uma aprendizagem social. • no início do seu desenvolvimento, a criança utiliza as mãos para realizar atividade matemática e é culturalmente estimulada a fazê-lo antes do processo de alfabetização e fora da escola. • Ao contar nos dedos, a criança em alfabetização está efetivamente fazendo Matemática e se constituindo em um ser matemático.
  • 30. CONTAR NOS DEDOS • A escola nega a história da Matemática, pois é sabido que em tempos antigos quantificava-se com pedras (os cálculos) e com os dedos (os dígitos). • Valorizando estes aspectos, contribuímos para superar a ruptura que a escola impõe aos procedimentos construídos ao longo da história.
  • 31. Contar nos dedos SIM, sobretudo no Ciclo de Alfabetização • É fundamental que a escola, no ciclo de alfabetização, valorize o uso dos dedos na realização das contagens e cálculo com pequenas quantidades. Contar nos dedos pode implicar tanto a descoberta, pela criança, dos cinco dedos em cada mão, como os dois grupos de cinco formando dez. Mais que isto, a descoberta das quantidades maiores e menores que o cinco, quanto falta para cinco, quanto falta para dez.
  • 32. Cristiano Alberto Muniz Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana Sandra Maria Pinto Magina Sueli Brito Lira de Freitas O LÚDICO, OS JOGOS E O SND
  • 33. O que é ATIVIDADE LÚDICA? • Neste Caderno, destaca-se aspectos importantes da atividade lúdica associada à característica fundamental do jogo como atividade livre que permite propor, produzir e resolver situações-problema.
  • 34.
  • 35. Cristiano Alberto Muniz Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana Sandra Maria Pinto Magina Sueli Brito Lira de Freitas CAIXA MATEMÁTICA E SITUAÇÕES LÚDICAS
  • 36. Ambiente de Letramento Matemático
  • 37. CAIXA MATEMÁTICA • É importante que haja uma Caixa Matemática para cada aluno. • Esta caixa deve ser montada pelo alfabetizando, ao longo do trabalho, a partir das necessidades de uso, devendo conter materiais para representação e manipulação de quantidades numéricas. • Para guardar e transportar o material, cada aluno pode encontrar sua própria solução e personalizar sua Caixa Matemática, usando caixa de sapato ou camisa, caixa plástica de ferramentas, sacola de tecido...
  • 42. VALE A PENA TENTAR! • Caso os alunos tenham suas caixas matemáticas, eles podem ser estimulados a ensinar os jogos em casa e a desenvolver fora da aula de Matemática tais jogos, numa perspectiva extraescolar da atividade matemática aprendida em sala de aula e assumida pela criança como uma atividade essencialmente lúdica.
  • 43. Cristiano Alberto Muniz Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana Sandra Maria Pinto Magina Sueli Brito Lira de Freitas JOGOS NA APRENDIZAGEM DO SND
  • 44. O QUE VERIFICAR NA APLICAÇÃO DE JOGOS? • Em momentos de avaliação, além do que é específico de cada jogo, recomenda--se que o professor atente para verificar se a criança: – consegue organizar o material na carteira; – respeita regras, espera sua vez, discute procedimentos, aceita bem situações de frustração; – busca conquistar e garantir seus direitos, sua vez, seu direito em realizar as atividades sem intervenção dos colegas, garantindo sua autonomia de trabalho; – trata os colegas com respeito, cordialidade, sabendo respeitar a vez e os procedimentos do outro, assim como se é capaz de expor e argumentar quando está em desacordo com determinado procedimento; – demonstra alegria, satisfação, motivação pelo desenvolvimento da atividade lúdica; – está evoluindo nos processos de amarração dos grupos com a liga elástica, o • que requer destreza motora; – coopera com as outras crianças. • No início de cada jogo, deve-se encorajar as crianças a escolherem ou sortearem a sequência de jogadores por meio de diferentes critérios ou formas: do mais novo para o mais velho, quem tirar o menor ou maior valor no lançamento de dados, dois ou um, etc.
  • 45. Exemplos de jogos que auxiliam na construção do SND • Jogo 1: ganha cem primeiro • Jogo 2: gasta cem primeiro • Jogo 3: esquerdinha: quem primeiro tiver 100 • Jogo 4: placar zero • Jogo 5: agrupamento para mudar de nível (segundo a cor) • Jogo 6: qual a representação do número?
  • 46. EXEMPLOS DE ATIVIDADES QUE AJUDAM NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SND Finalmente deve-se sobrepor do menor para o maior: Obtém-se assim 697, SEIScentos e NOVEnta e SETE.
  • 47. EXEMPLOS DE ATIVIDADES QUE AJUDAM NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SND construção de uma linha com números em sequência
  • 48. EXEMPLOS DE ATIVIDADES QUE AJUDAM NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SND Para 1º e 2º ano Para 3º ano
  • 49. EXEMPLOS DE ATIVIDADES QUE AJUDAM NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SND
  • 50. EXEMPLOS DE ATIVIDADES QUE AJUDAM NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SND

Notas do Editor

  1. Quando estamos na escola e deparamos com alunos contando com os dedos, essas são os principais comentários dos professores.
  2. Para guardar e transportar o material, cada aluno pode encontrar sua própria solução e personalizar sua Caixa Matemática, usando caixa de sapato ou camisa, caixa plástica de ferramentas, sacola de tecido,